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22 DE OUTUBRO DE 2004

48ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO Denarc - DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE NARCÓTICOS

 

Presidência: MILTON VIEIRA

 

Secretário: UBIRATAN GUIMARÃES

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 22/10/2004 - Sessão 48ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: MILTON VIEIRA

 

HOMENAGEM AO DENARC - DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE NARCÓTICOS

001 - MILTON VIEIRA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que a Presidência efetiva da Casa convocou a presente sessão, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de homenagear o DENARC - Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Convida todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - UBIRATAN GUIMARÃES

Cumprimenta os policiais do Denarc por sua dedicação ao trabalho.

 

003 - SOUZA  SANTOS

Destaca o trabalho educativo do Denarc junto aos jovens, que alerta para a realidade das drogas.

 

004 - CAMPOS MACHADO

Afirma que o prestígio do Denarc extrapola os limites do Estado de São Paulo. Rende as homenagens do PTB ao departamento na pessoa de seu diretor, o Dr. Ivaney Cayres de Souza.

 

005 - WAGNER SALUSTIANO

Saúda o Denarc e o Dr. Ivaney por seu trabalho de livrar a sociedade das drogas.

 

006 - IVANEY CAYRES DE SOUZA

Diretor do Denarc, agradece o apoio prestado pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Dr. Marco Antonio Desgualdo, ao órgão que dirige. Exalta a credibilidade conquistada pelo departamento, fruto de um trabalho de difícil execução.

 

007 - MARCO ANTONIO DESGUALDO

Delegado-Geral da Polícia Civil, elogia a atuação do Denarc na repressão às drogas e na sua prevenção, a despeito da falta de reconhecimento.

 

008 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado Federal, prega combate rigoroso às drogas. Considera a polícia de São Paulo exemplo para todo o país.

 

009 - WANDERVAL DOS SANTOS

Deputado Federal, rende homenagens aos policiais que morreram em serviço, pelo bem-estar da sociedade. Defende a criação de lei orgânica para a Polícia Civil e a Polícia Militar e melhores condições de trabalho para os policiais.

 

010 - Presidente MILTON VIEIRA

Conduz a entrega de medalhas a policiais do Denarc e de outros órgãos da Polícia Civil.

 

011 - ROMEU TUMA

Homenageia o Denarc e anuncia a presença de comitiva de Senadores da República Tcheca.

 

012 - FRANCISCO BASILE

Coordenador de Planejamento Operacional do Denarc, em nome de todos os contemplados agradece a homenagem recebida desta Casa.

 

013 - Presidente MILTON VIEIRA

Exalta o papel desempenhado pelo Denarc. Menciona crimes de repercussão que foram solucionados pelo departamento. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

* * *

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Bom-dia. Senhoras e Senhores, vamos dar início à Sessão Solene com a finalidade de homenagear o Denarc - Departamento de Investigações sobre Narcóticos da Polícia Civil do Estado de São Paulo, por solicitação do nobre Deputado Milton Vieira. Convidamos a presidir esta sessão solene S. Exa. o Deputado Milton Vieira, para quem solicitamos uma salva de palmas. (Palmas).

Temos a satisfação de receber e convidar também para compor a mesa o Exmo. Sr. Deputado Federal Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal. Com a mesma satisfação convidamos o Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil; Dr. Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc - Departamento de Investigações sobre Narcóticos; Dr. José Francisco Leigo, diretor do Departamento Estadual de Trânsito - Detran. (Palmas).

Tem a palavra o Presidente desta sessão, nobre Deputado Milton Vieira.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Ubiratan Guimarães para, como 2º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Obrigado, nobre Deputado Ubiratan Guimarães.

Quero cumprimentar o Exmo. Sr. Deputado Federal Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal; Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil; Dr. Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc - Departamento de Investigações sobre Narcóticos; e o Dr. José Francisco Leigo, diretor do Departamento Estadual de Trânsito - Detran.

Quero agradecer as seguintes presenças: dos nossos colegas, Deputado Campos Machado, Líder do PTB; Deputado Cel. Ubiratan Guimarães, que leu a Ata; Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Bispo Atílio Francisco; Exmo. Sr. Deputado Estadual Wagner Salustiano: Dr. Elson Alexandre Sayão, delegado e diretor do Dird - Departamento de Identificação e Registros Diversos da Polícia Civil; Dr. Milton Rodrigues Montemor, delegado, chefe da Assistência Policial Civil da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo; Major PM Carlos Eduardo Blanco, neste ato representando o Cel. Alberto Silveira Rodrigues, Comandante-Geral da Polícia Militar; Dr. Pedro Herbella Fernandes, representando o Dr. Rui Estanislau Silveira Mello, delegado de polícia, diretor da Corregedoria-Geral da Polícia Civil; Dra. Luciane Cristina de Souza, delegada-assistente, representando o Dr. Maurício José Lemos Freire, diretor da Academia da Polícia Civil; e do Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá. Muito obrigado por estarem aqui conosco.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear o Denarc - Departamento de Investigações sobre Narcóticos pelo serviço prestado à nossa sociedade.

Convido todos os presentes para, de pé, entoarmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro, 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

 

* * *

 

-         É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo e também ao 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano. Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Ubiratan Guimarães.

 

O SR. UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Sr. Presidente, nobre Deputado Milton Vieira; Sr. Deputado Federal, Bispo Wanderval; Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Exmo. Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral de Polícia; Dr. Ivaney Cayres, diretor do Denarc; Srs. que compõem a Mesa; Senhoras e Senhores Deputados presentes, é uma satisfação poder estar aqui hoje para cumprimentá-los.

Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar o nobre Deputado Milton Vieira pela oportunidade de poder fazer esta sessão solene para homenagear o Denarc.

Trabalhei ao longo da vida na Polícia Militar. Foram 34 anos nas ruas. Acompanhei e acompanho, até hoje, o trabalho e a dedicação dos Ssenhores. Em muitas oportunidades estivemos juntos, combatendo o crime. Hoje, afastado da Polícia, aqui no Legislativo, acompanho o trabalho, a eficiência e, como disse, a dedicação.

Gostaria também de fazer uma saudação em memória de meu pai, investigador de polícia que por 32 anos lutou. Ele nunca esteve à frente ou na Delegacia de Entorpecentes;, a maior parte de sua vida profissional foi na Delegacia de Capturas. Lembro-me, que, quando pequeno,, que esperávamos o papai chegar das diligências que fazia, com dificuldades, tudo de trem, a cavalo.

Desde pequeno, aprendi a valorizar o trabalho policial, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil. Os Ssenhores estão de parabéns! Um abraço a cada um dos, senhores e muito obrigado! (Palmas.)

 

O sr. PRESIDENTE -- Milton Vieira -- PFL - Esta Presidência agradece ao nobre Deputado Ubiratan Guimarães. Gostaria também de cumprimentar a Sra. Kátia Bombonatti, que está representando a Assessoria da Presidência do Banco Nossa Caixa S/A.

Tem a palavra o nobre Deputado Souza Santos, da Bancada do Partido Liberal.

 

O SR. Souza Santos - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Milton Vieira, V. Exa. está de parabéns por estsa iniciativa. É muito importante o que hoje está se vendo na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Gostaria de cumprimentar o Deputado Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança da Câmara Federal, na pessoa de quem cumprimento os Deputados Federais que aqui se encontram. Quero também cumprimentar o Dr. Desgualdo, chefe dos delegados do Estado de São Paulo, e parabenizá-lo pelo trabalho eficiente que vem desenvolvendo em nosso eEstado; cumprimento o Dr. Ivaney Cayres de Souza, Diretor do Denarc, e o parabenizo pelo trabalho desenvolvido diante dnesse órgão da Polícia Civil; cumprimento também o Dr. José Francisco Leigo, Diretor do Detran; demais autoridades presentes, Ssenhores e Ssenhoras.

Sabemos que o trabalho que o Denarc e a Polícia Civil vêm fazendo no Estado de São Paulo é um trabalho que ensina, que fala a língua dos jovens, que fala a língua dos pais, que fala a língua dos professores e, em outras palavras, educa. Isso é muito importante.

O trabalho do Denarc, o trabalho da Polícia Civil, é preventivo e social. É muito mais do que combater o tráfico: é educar, ir às escolas, conversar com os professores, conversar com os líderes religiosos nas igrejas. É um trabalho que todos conhecemos.

Estive com o Dr. Carlos, ?, que tem um programa de televisão em Campinas, e gostei muito da apresentação sobre o que as drogas fazem na vida de uma sociedade que se envereda por esse caminho.

A Polícia Civil e a Militar, em especial o Denarc, está nas ruas e se antecipa aos fatos, informando à população o que as drogas podem causar. Isso é muito importante, é salutar e, por que não dizer que a Polícia é responsável pela ordem pública?

A Polícia Civil possui verdadeiros heróis da sociedade, faz um trabalho que é simpático à sociedade e que merece muito mais reconhecimento do que está tendo hoje.

Portanto, quero parabenizar a iniciativa do Deputado Milton Vieira e parabenizar todos destsa brilhante polícia, dirigida pelo Dr. Ivaney e pelo Dr. Desgualdo.

Vamos em frente porque o Brasil realmente precisa de homens sinceros, honestos e trabalhadores como vocês. Muito obrigado! (Palmas.)

 

O sr. PRESIDENTE - Milton Vieira - PFL - Esta Presidência agradece ao nobre Deputado Souza Santos e dá a palavra ao convida o nobre Deputado Campos Machado, lLíder da Bancada do o PTB, que falará em nome de toda a Bancada.

 

O SR. Campos Machado - PTB - Meu Presidente, Deputado Milton Vieira, um orgulho desta Casa; meu Deputado, meu amigo, meu Prefeito,, Deputado Arnaldo Faria de Sá; meu amigo, Deputado, Bispo Wanderval; meu amigo, meu irmão,, Dr. Desgualdo; meu amigo,, Dr. Leigo; meu grande amigo, meu irmão,, Dr. Ivaney; meus amigos da Polícia Civil,; Srs. Deputados.

Quando vinha para cá, fiz uma pequena viagem ao passado, e constatei que estou nesta Casa há 14 anos e nunca havia participado de nenhuma sessão solene. Por que motivo, então, nesta manhã, aqui estou? Refleti, meditei e conclui que três são as razões. Uma de ordem sentimental, o sentimento de amor, de carinho, de apreço e de afeto que tenho pela Polícia Civil. Seguramente, a melhor polícia do mundo.

Em segundo lugar, o respeito que tenho pelo Denarc, órgão cujo prestígio já extrapolou todo o eEstado. Recentemente, fui fazer um comício em Recife para o meu amigo Joaquim Francisco, candidato a PPrefeito. Lá, dizia-me um Juiz de Direito que ele gostaria que no Nordeste existisse um órgão como o Denarc, repressivo, sim, mas preventivo nas suas ações.

Recordo-me que, há anos e anos, policiais civis sempre evitavam o Denarc. Eles achavam que era uma espécie de castigo irem para lá. Hoje, os policiais fazem questão de ir para o Denarc, como se a permanência no Denarc significasse uma medalha conquistada num campo de batalha, estampada em seu peito. Esse é o Denarc, orgulho de São Paulo e do Brasil.

E a terceira razão é em vista de um homem que sabe plantar sementes de sonhos e, mais do que isso, ssabe construir sonhos. quem não sabe sonhar não sabe viver, e esse homem sabe sonhar. Dizem que tem estrela, mas diz um provérbio chinês: “Trabalho muito, daí a minha estrela, daí a minha sorte”. Estse homem é um sonhador, estse homem realiza os seus sonhos, constrói os seus sonhos. refiro-me ao meu amigo, mais meu irmão do que meu amigo, exemplo de policial,: Dr. Ivaney.

Por isso, fiz questão vir hoje aqui. Cheguei de madrugada de Santos, após uma convenção religiosa. Disse a minha esposa, Marlene: “Posso faltar a qualquer compromisso, menos a este de estender minha mão a um homem de valor, simples, que jamais se despediu do paletó da humildade, que respeita seus colegas, incentiva escrivães, investigadores e agentes. Mais que um chefe, é um pai.”

Daí a Bancada do PTB estar hoje aqui para render suas homenagens aos pés do altar da Justiça. Aceite, Dr. Ivaney, meu amigo e irmão de fé, os aplausos do PTB. Tenha certeza de que o senhor é um homem marcado pelo destino. São Paulo ainda espera muito do senhor.

Quanto ao Denarc, se não fosse Deputado, se não tivesse sido advogado - vim de uma pequena cidade do interior sonhando em ser policial civil, sonhando em ser delegado - se o destino dos gregos houvesse me conduzido para a Polícia Civil, eu gostaria de esta manhã sentar-me aqui e dizer: “Eu pertenço ao Denarc.”

Que Deus proteja a Polícia Civil de São Paulo!

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Agradeço ao Deputado Campos Machado por estar conosco e prestar essa grande homenagem em nome do PTB. Tem a palavra o nobre Deputado Wagner Salustiano, para falar em nome da Bancada do PSDB.

 

O SR. WAGNER SALUSTIANO - PSDB - Sr. Presidente, meu amigo Deputado Milton Vieira; Deputado Federal Wanderval dos Santos; Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Dr. Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo; Dr. Ivaney, Diretor do Denarc; Dr. Leigo, que realiza um grande trabalho como Diretor do Detran; Dr. Montemor, Delegado da Assembléia Legislativa; Deputado Campos Machado, Líder do PTB, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados estaduais presentes; Vereador Atílio Francisco, na pessoa de quem cumprimento todos os vereadores; demais autoridades civis e militares, minhas senhoras e meus senhores, é uma honra muito grande ocupar a tribuna neste momento para falar de um departamento da polícia que vem realizando um grande trabalho para a sociedade em geral. Este é um grande privilégio e eu o tenho. É um dos momentos na política que nos faz crescer.

Para nós, políticos, que recebemos tantas críticas, muitas vezes injustas, que somos alvos de tantas pedradas, alvos da imprensa, da sociedade, este é um momento gratificante, de alegria, porque temos oportunidade, como políticos, de subir a esta tribuna e prestar homenagem a um departamento que se preocupa com a família. E a família é algo sagrado.

No caminho para a Assembléia Legislativa vinha pensando na história do filho pródigo, daquele pai que tinha seus filhos educados, dirigindo seus negócios junto a eles, uma família bem sucedida. De repente, um dos filhos tomou a iniciativa de dizer que queria ir embora. Pediu que o pai vendesse a parte dos seus bens e lhe desse o dinheiro. Pegou o pai de surpresa.

Fico imaginando aquele pai, depois de tratar e cuidar tão bem do seu filho, ouvir do filho que iria embora, que não queria mais ficar junto à família. O pai não pediu para que ele ficasse. Apenas disse: “Se é a sua vontade, vá.”

Ele vendeu os bens e deu ao filho a parte que lhe cabia. O filho foi e, depois, perdeu tudo, envolveu-se com o mundo, com a prostituição, com tudo que existe de ruim no mundo. Depois, voltou para sua família, para seu pai.

Fiquei pensando o seguinte: será que, naquele tempo, se houvesse drogas, aquele filho teria voltado com vida e aquela família teria tido oportunidade de recebê-lo de braços abertos? Será que aquele filho voltaria com vida ou morreria?

Os tempos passaram e hoje o mundo está envolvido com drogas, com tráfico. Que coisa horrível para a família. Eu, que sou pai de quatro filhos e tenho um neto, fico pensando: quantos pais viram seus filhos envolvidos com drogas? Quantas famílias destruídas por causa das drogas!

Tudo isso me passou pela cabeça vindo para cá. Ao mesmo tempo, pensei na alegria de poder prestar esta homenagem de iniciativa do nobre Deputado Milton Vieira, aliás, uma brilhante iniciativa. Parabéns, Deputado Milton Vieira, por prestar homenagem a um órgão que vem realizando um grande trabalho.

São muitos homens que estão à frente desse trabalho no Denarc, são muitos policiais competentes, mas um se destaca por seu caráter ilibado, por ser um homem honrado, que nem precisava estar à frente de um departamento da polícia, mas, com amor, carinho, dedicação, vem seguindo carreira na polícia. Hoje, à frente do Denarc, tem combatido, com mão firme, o tráfico, prendendo traficantes, desmontando quadrilhas, colocando atrás das grades marginais perigosos para as famílias.

Esse homem é o Dr. Ivaney, a quem tenho a honra de chamar de amigo. Na polícia, foi um dos primeiros homens que conheci, dentre tantos outros honrados que temos na Polícia Civil, como o Dr. Desgualdo, o Dr. Leigo. É um privilégio prestar esta homenagem a um departamento que vem limpando a sociedade desse câncer que é o tráfico de drogas, os traficantes.

Quase que corriqueiramente vemos nos jornais que o Denarc desmantelou, prendeu alguma quadrilha de traficantes. Que alegria ver o Denarc trabalhando dessa maneira. Quando vejo isso acontecer, sinto-me mais aliviado. Vejo que minha família está sendo protegida. Tenho, como tantos aqui, filhos adolescentes. Por mais educação que venhamos a dar aos nossos filhos, parece que o mundo aí fora é muito mais perigoso do que se pode imaginar. Sinto-me honrado, privilegiado por estar aqui homenageando o Denarc.

Parabéns, Dr. Ivaney, que Deus o abençoe abundantemente, o senhor, a sua família, que compreende sua luta para combater esse câncer que são as drogas no nosso país. Parabéns ao Denarc, aos policiais do Denarc, ao Dr. Ivaney. Parabéns à Polícia Civil por contar com um departamento e com um homem do quilate do Dr. Ivaney. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Esta Presidência convida o Dr. Ivaney, diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos - Denarc, para fazer uso da palavra.

 

O SR. IVANEY CAYRES DE SOUZA - Sr. Presidente, nobre Deputado Milton Vieira; Deputado Wanderval, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados Federais presentes; nobre Deputado Campos Machado, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados estaduais presentes; demais autoridades legislativas; Exmo. Sr. Dr. Marco Antonio Desgualdo, meu querido Delegado-Geral, meu irmão e amigo; meus colegas delegados de polícia; policiais; meus senhores, estou muito emocionado e talvez a minha retórica não saia tão bem quanto eu gostaria.

Recebo uma homenagem que não é minha, é dos senhores que compõem esse departamento de polícia. Os senhores trouxeram a imagem que ele tem hoje. Mas o departamento tem um mentor intelectual desse avanço positivo, o Dr. Marco Antonio Desgualdo, a quem ofereço, em nome de todos vocês que comando, as nossas vitórias. (Palmas.)

Quando chamado para assumir o Departamento de Narcóticos, há quase três anos pelo Dr. Marco Antonio, a sociedade queria acabar com o departamento, alguns queriam mudar seu nome, outros falavam sem conhecê-lo. O problema maior é que as pessoas esquecem que as instituições sempre têm de ser preservadas, seja qual for o fundamento, a situação, a transição que se imponha a cada instituição. Essas transições, os problemas que as instituições vivem acontecem para que adquiram maturação, avancem na qualidade, no histórico que todas as instituições devem passar.

Falo da pessoa do Dr. Marco Antonio Desgualdo, nosso Delegado-Geral que se configurou por mais tempo em toda a história da polícia no cargo. Mas isso não é o importante, o importante é a figura do delegado-geral dentro do Dr. Marco Antonio, uma pessoa de extrema competência, visão policial, mas de uma humildade nunca vista em nenhuma outra pessoa que ocupou o cargo de chefia da polícia paulista.

Dr. Desgualdo, no dia de hoje a vitória é sua. V. Exa. acreditou nos seus comandados, na sua polícia que ama tanto, com visão profunda de tudo o que acontecia, soube durante toda essa minha gestão dar tudo aquilo que precisávamos.

Nunca, em nenhum momento, deixei de receber de V. Exa. o apoio necessário para que todos os meus comandados pudessem realizar seu trabalho. Ainda no dia de ontem interrompi seu almoço porque o Denarc “invadiu Minas Gerais” para prender dois traficantes importantes e havia conflito com a polícia de Minas. V. Exa. largou o almoço, foi resolver o problema, dando retorno, conversando com todos, esses grandes traficantes estão hoje presos no Denarc.

Meus caros subordinados, amigos, minha família policial, sou uma pessoa que está na polícia simplesmente porque é minha paixão, meu segundo casamento. A polícia tem me dado tudo aquilo que sonhei um dia como cidadão, como profissional, como pai. A polícia é uma das coisas mais importantes que tenho dentro do meu coração, é minha verdadeira família, pois fico mais com vocês do que com meus filhos, com minha esposa.

Nunca tivemos as condições necessárias para realizar o nosso trabalho, e não vamos ter nunca, pois isso é difícil, as coisas não vão acontecer do dia para a noite. Mas queria, sinceramente, deixar a marca de um departamento que hoje tem sido reconhecido internacionalmente não por esse diretor, por minha pessoa, pois não faço nada nesse departamento a não ser ouvi-los, tentar ajudá-los naquilo que posso, tentar defendê-los em todos os lugares possíveis e imagináveis, mas acima de tudo os senhores conseguiram fazer com que esse departamento ficasse reconhecido internacionalmente.

Outro dia recebi um expediente de Brasília assinado pelo Presidente da República, vindo do Ministro Márcio Thomaz Bastos, passando pelo Delegado-Geral e vindo para mim, pedindo ações do Denarc em Fortaleza e na Bahia. Isso nos causou espécie, porque obviamente não temos competência federal.

Vejam o departamento que os senhores construíram. Vejam a imagem que os senhores têm em todo o Brasil e no mundo todo. Recebo e-mails de outros Estados, da população do Brasil todo, da população internacional solicitando providências, comunicando fatos. Isso é credibilidade, credibilidade que vocês trouxeram para a Polícia Civil paulista. Vocês fizeram isso, a ponto de hoje, sem qualquer competição, termos um departamento que faz muito mais no tráfico internacional do que a própria Polícia Federal, que tem competência originária.

Não queremos abrir competição, mas é uma realidade. Uma polícia que tem marcado não só pelas grandes quantidades e recordes de prisões e apreensões, mas uma polícia que tem se pautado pela qualidade das suas prisões, que tem se preocupado com tudo o que acontece de ruim com as famílias, com as crianças, com os adolescentes.

Por isso a prioridade que V. Exa., Dr. Desgualdo, determinou, está sendo cumprida. Estamos cuidando das escolas, das danceterias, das áreas de lazer, dos nossos jovens, alvo principal dos traficantes. E, acima de tudo, não podemos nos esquecer dos nossos sacerdotes que fazem a prevenção, a educação, que tratam dos dependentes. Chegamos a atender quase dez mil pessoas por ano com as nossas psicólogas, psiquiatras. Realizamos inúmeras palestras.

Diria a todos os senhores que tenho muito orgulho de dirigir o Denarc, porque é um departamento completo, que atua na prevenção, na educação, na repressão, mas também atua na recuperação do dependente. Não importa se vou resolver o problema, importa que façamos, importa que os senhores façam, importa que o Denarc esteja presente em todos os setores importantes da sociedade, importa a credibilidade que os senhores estão dando para suas atividades. Importa acima de tudo que, quando voltarmos aos nossos lares, possamos estar bem com a nossa consciência. E os senhores estão; podem ter certeza disso.

Poucas pessoas conhecem a dificuldade que é atuar na repressão ao narcotráfico, porque mexemos com a degradação em todos os níveis, sem faixa etária. Temos que ter o suporte moral, emocional muito além daquele policial normal. Nós, que trabalhamos na Entorpecentes, sabemos o valor da nossa investigação.

Entendo que uma das investigações mais bonitas que existe é a de homicídio. Mas nenhuma é tão completa como a investigação de entorpecente, onde um policial concorre com a própria vida a todo instante. Isso quando não transcende o perigo para dentro dos nossos lares, pela ameaça desses espúrios criminosos, que nunca vão conseguir nos intimidar em nenhum sentido, porque, acima de tudo, temos dentro do nosso coração a vocação policial. Por isso que admiro os policiais que atuam na repressão ao narcotráfico. Nenhuma polícia do mundo conseguiria realizar o que os senhores estão fazendo.

É muito fácil elaborar filmes sobre entorpecentes, sob o crivo da fantasia. Os senhores vivem a realidade. Os senhores têm a matéria-prima real. Os senhores não têm nenhum espaço virtual de discurso, como muita gente que quer opinar sobre o nosso trabalho, mas nunca passou perto sequer de um problema que nós vivemos.

Sei as críticas que os senhores sofrem e elas todas eu as recebo no meu peito, porque os senhores não as merecem e o meu comando exige que eu as receba no meu peito, como sempre fiz com os senhores. Conheço a ingratidão.

Mas a minha motivação é saber que todos os dias eu posso olhar para os senhores e manter o respeito, a confiança, o carinho e a certeza de que são os verdadeiros policiais, são as pessoas que estão fazendo aquilo que muitos preferem cruzar os braços. Os senhores são aqueles que apanham todos os dias, mas não têm medo de se levantar e continuar fazendo pela sociedade muito daquilo que não é reconhecido.

Mas não trabalhamos para sermos reconhecidos. Trabalhamos porque somos policiais e vamos continuar sendo policiais para termos sociedade que todos sonhamos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Esta Presidência concede a palavra ao Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil.

 

O SR. MARCO ANTONIO DESGUALDO - Exmo. Deputado Estadual Milton Vieira, digno Presidente da Mesa, amigo inseparável e que propiciou esta homenagem aos policiais do Denarc; Dr. Ivaney Cayres de Souza e todos aqueles que trabalham numa missão difícil, que esta Casa Legislativa reconhece o trabalho.

Sr. Presidente, como o Dr. Ivaney Cayres de Souza disse, sabemos que a ingratidão é algo que incomoda. Mas isso não nos atinge, pois sabemos que há pessoas, como V. Exa. e demais Deputados que estão aqui, que sabem da nossa luta. O reconhecimento desta Casa é muito importante para todos nós. Muito obrigado.

Deputados Federais, Dr. Wanderval dos Santos, Arnaldo Faria de Sá, companheiros também sempre presentes; Deputados Estaduais, Coronel Ubiratan Guimarães, nosso amigo e irmão Campos Machado, nosso companheiro Wagner Salustiano, Sousa Santos; Dr. Ivaney Cayres de Souza, Delegado de Policia, Diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos - Denarc, nome forte; Dr. José Francisco Leigo, digno Delegado de Policia, Diretor de Departamento Estadual de Trânsito - Detran; saúdo também os membros do Conselho da Polícia Civil aqui presentes; Dr. Sayão; Vereador Bispo Atílio Francisco; Dr. Milton Rodrigues Montemor, Delegado da Assembléia, Chefe da Assessoria Policial Civil junto à Assembléia; minha amiga e minha irmã Kátia Bombonatti, Assessora da Presidência da Nossa Caixa; Major PM Carlos Eduardo, neste ato representando o digno Coronel Alberto Silveira Rodrigues, comandante da Polícia Militar; e cumprimentando o chefe dos gladiadores, Plínio de Napolis, chefe dos tiras, e Maria Risoleta, chefe dos escrivães, eu abraço todos os policiais civis do Denarc. Falei em gladiadores, vocês são os gladiadores. Vocês mudaram o rumo da história de um departamento.

As palavras do Ivaney Cayres de Souza, da forma como foram ditas, demonstram que polícia é polícia. E para vocês não tem crime, porque passam por cima do crime. O crime não tem fronteiras. O Denarc também não.

Sempre que vocês entram em ação, mais alguns cabelos caem da minha cabeça. Ontem, por exemplo, foi até mais “light”. Aí o coelhinho da felicidade entra em ação, corre o brinquedo assassino. Aquele que nos acompanha, magno em suas palestras, é um pessoal forte, aquele pessoal que vem à frente.

O Luiz Carlos Uzelin, companheiro da década de setenta, dividimos um banco da Marte 07. Estávamos na rua, Uzelin, e sentimos o cheiro do sangue e o cheiro doce da pólvora. Companheiro sempre firme, agora com o Ivaney. Ivaney, um companheiro que sempre se faz presente, que assumiu um posicionamento no Denarc que, como se diz, chegou às raias de uma possível extinção.

Denarc, nome forte, cujo falcão sempre se faz presente não só na repressão e nas grandes canas, porque toneladas de drogas foram apreendidas. Não há como alguma outra polícia concorrer.

E, outra coisa, naquele dia que estávamos entrando lá no prédio de madrugada, depois que os senhores abriram aquele litro de uísque, nós ouvimos a gravação e foram ali identificados os autores de um terrível homicídio. Então, o Denarc também trabalha nessa faixa junto com o DHPP. As prisões, a vibração dos senhores e aquele investigador falando “Olha, as canas estão chegando”, não são os motoristas dos caminhões que estão sendo presos, são os patrões.

A palavra daquele investigador, naquele momento, quis dizer muito. A hora em que ele se referiu a ‘os patrões estão entrando em cana’ é que a coisa mudou. A polícia está indo para cima. Os patrões. Ele quis dizer o quê? Os donos, aqueles que estão por trás do tráfico e não só aquele micro-traficante.

Então, o trabalho de vocês está sendo um trabalho digno, um trabalho correto. Sei que é difícil. Sei das ameaças que os senhores sofrem, que os seus familiares sofrem, os atentados de que ninguém fica sabendo. Mas eu sei. Sei do sofrimento das suas esposas, dos seus familiares, Dr. Ivaney. Nisso ninguém pensa.

Surge alguma coisa que algum policial fez de errado, pronto! Generaliza-se e se esquece de tudo. Esquecem dos heróis, dos gladiadores, daqueles que, levantando a espada, falam: ‘César, nós te saudamos, os que vão morrer te saúdam’. Esquecem deles, esquecem de vocês. Isso é que nos dá força, dirigir uma polícia que é a melhor que existe. É a polícia que se faz presente, a polícia que faz infiltração, que corre riscos, cada coisa mirabolante, de filme, que daria inveja aos filmes de Hollywood.

Aquele dia, no Paraná, quando você me ligou, penso que o Dr. Tanganelli está na Zona Sul, São Paulo. Ele estava na Zona Sul, mas estava na Zona Sul do Estado do Paraná, onde alguns cachorros morreram baleados porque foram para cima, claro, era uma mansão que foi cercada. E aí é bonito. O Secretário de Segurança, o Dr. Saulo, e o Governador do Estado emprestam um avião para nós mandarmos o reforço. E os camaradas vêm em cana. A cana é de São Paulo. Sem acordo. O maluco do Tanganelli está à frente.

Na sustentação administrativa, Gustavo Niess, companheiro de tanto tempo, o Otávio e tantos outros que vêm junto com a gente acompanhando. Fico vendo o rosto de vocês e sei o que passa quando vocês recebem aqueles ataques injustos.

Para mim, vocês são os melhores. Sempre que São Paulo precisou Ivaney se fez presente. Nunca faltou o Ivaney. Você nunca faltou a um chamado. Sempre que nós ligamos, ‘Charlie zero um’, então, ‘QAP’! Aí já começam as maluquices, no bom sentido, desculpem a irreverência. Mas é aquele linguajar da polícia, e eles vão que vão. É a sirene da viatura rompendo as entranhas da madrugada e o doce cheiro de pólvora no ar. Isso faz a gente crescer. Vocês são polícia.

Obrigado, Assembléia, obrigado, Deputado, por reconhecer esse tão sofrido departamento, um departamento cujos policiais vivem ameaçados - atentados, mortes - e eles estão aí. Eles derrubaram o tráfico de entorpecentes. Estão derrubando o tráfico de entorpecentes. O índice de homicídio cai homogeneamente em todo o Estado de São Paulo.

Isso é o que eu gostaria de dizer para vocês. Não poderia deixar de estar aqui. É aquilo que o Deputado Campos Machado disse, a gente tem que ver o rosto de vocês. Obrigado pelo que vocês estão fazendo por São Paulo. Obrigado pelo que já fizeram às toneladas de drogas. E como havia droga! E vocês vão lá.

Falam, metem o pau, falam que vocês fizeram isso, falam que vocês fizeram aquilo, mas ninguém consegue parar. O Denarc vai para cima, o Ivaney briga, o Ivaney faz isso, faz aquilo, vai parar no hospital. Temos que correr com o Ivaney, porque dá um ‘peripaque’ nele e todos correm. E aí outro investigador é baleado, e aquela confusão! Até no Paraguai fomos parar. Permitam incluir-me nessa, que tive uma pequena participação.

É aquela polícia gostosa. Outro dia me disseram sobre algo que uma vez eu me expressei, que era um sonhador, porque eu dizia que eu vivo uma polícia romântica. Eu vivo uma polícia romântica, sim. A polícia é romântica. E não é qualquer um que vai dizer que eu falo de um romantismo em sentido pejorativo. Querem dar um sentido pejorativo.

A polícia é a polícia. A polícia é romântica. Nós que estamos na rua de noite, de madrugada. E outra coisa: vocês vão freqüentar onde? A Catedral da Sé? Aonde vai se buscar a informação? O que vocês têm que fazer? Falar com quem? É aquilo que a polícia sabe fazer. Tem que buscar, tem que ir. A infiltração, o perigo que vocês correm às duas horas da manhã, dentro da favela, naquele caminho e tal, muitas vezes sem arma, porque não pode estar com a arma. O risco. E aí fecha o cerco.

Aí o GOE aparece, aqueles centuriões de negro. Surgem os ‘snipers’, os atiradores de elite. Eu lembro que certa feita um deles estava posicionado em uma casa e o ponto vermelho estava na cabeça do bandido; fomos obrigados a dar ordem para retirar. Vocês sabem do que estou falando. E a Polícia Civil sai de cena. Mas a mira estava lá. Era só a ordem. Vocês são disciplinados. Vocês obedecem, magoados, muitas vezes. Mas cumprem o seu dever.

Muito obrigado, Dr. Ivaney, pelo que você tem feito. Obrigado a todos vocês e Deus lhe pague, Presidente, Deputado, pela lembrança desses queridos policiais do Denarc. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Esta Presidência cumprimenta também o Capitão-de-Fragata, fuzileiro naval Clerynésio Garcia, representando o Comandante do 8º Distrito Naval, Vice-Almirante Marcélio Carmo de Castro Pereira. Obrigado pela presença.

Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presidente, Deputado Milton Vieira; Deputado, líder Campos Machado; Deputado Wagner Salustiano; Deputado Souza Santos; Deputados estaduais; Sr. Delegado-Geral de Polícia, Dr. Marco Antonio Desgualdo; Dr. Ivaney Cayres, diretor do Denarc; Dr. Leigo, diretor do Detran; Deputado Bispo Wanderval; Vereador Bispo Atílio; senhores policiais, com muita alegria e satisfação estamos aqui prestigiando esta homenagem que é feita não apenas ao Denarc, mas a toda a polícia de São Paulo.

Certamente o comando do Dr. Ivaney permite que esse departamento alcance resultados extremamente positivos. Neste período em que o Ivaney está à frente do Denarc, já tivemos a apreensão de mais de 50 mil quilos de drogas. É uma coisa de louco. É preciso ser meio louco para estar à frente de um departamento como este, para manter a motivação, para fazer com que essa motivação seja o norte, uma caminhada. Isso é nato em Ivaney.

Ele, como titular do 78º, como Seccional Leste, sempre agiu dessa maneira. Ele tem essa maneira de dirigir, de motivar, de fazer com que toda a sua equipe esteja sempre alerta.

É como lembrava o Dr. Desgualdo: até fora do país deu ‘cana’. Foi no Paraguai. Depois resolvemos o problema diplomático. Tem ‘cana’ que foi dada no Paraná, em Minas Gerais, no Nordeste. Depois resolvemos o problema. Na verdade, joga o vagabundo para dentro e o resto depois se resolve. É assim mesmo que a polícia tem de ser. Não tem de ter muito método não, tem de ter ação. Muitas vezes a ação chega a extrapolar, mas é assim mesmo que a polícia tem de ser. É por isso que o Denarc transpõe barreiras, transpõe fronteiras e chega a esse dado positivo.

Estávamos numa Comissão na Câmara dos Deputados discutindo essa questão das drogas. E, lamentavelmente, o Congresso Nacional, motivado pela chamada opinião pública e pela grande imprensa, entende que tem de haver complacência em relação a essa questão das drogas. É duro dizer isso. Sei que o Dr. Magno tem um trabalho permanente nessa luta em defesa da nossa juventude e o Congresso Nacional acaba sendo complacente. Na luta de tentar impedir que isso pudesse acontecer, um departamento de narcóticos foi citado como exemplo: o de São Paulo. Certamente esse trabalho de São Paulo leva para além das fronteiras a luta da polícia de São Paulo.

Portanto, estar aqui hoje, Dr. Ivaney, é uma alegria e uma satisfação. Na verdade, o Denarc não é o único exemplo. Esta semana, em Brasília, discutia-se uma questão em relação à área do Detran e o Detran de São Paulo foi citado como exemplo. Na verdade, a polícia que você comanda, Desgualdo, aqui em São Paulo é um exemplo para o Brasil.

Tenho certeza de que ao homenagearmos você, Ivaney, estamos homenageando todos os seus policiais.

Quero cumprimentar o Deputado Milton Vieira por esta oportunidade, porque, na verdade, é um louco bem-sucedido que comanda o Denarc e precisamos de loucos como você. Parabéns Ivaney. Parabéns ao Denarc. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Tem a palavra o Exmo. Sr. Wanderval dos Santos, Deputado Federal e Presidente da Comissão de Segurança Pública do Congresso Nacional.

 

O SR. WANDERVAL DOS SANTOS - Nobre Deputado Milton Vieira, Presidente desta sessão solene; Dr. Marco Antonio Desgualdo; Dr. Ivaney Cayres de Souza, na pessoa de quem cumprimento todos os delegados presentes; meu companheiro no Congresso Nacional, Deputado combativo; quero cumprimentar todos os Deputados Estaduais na pessoa do Deputado Souza Santos; todos os vereadores na pessoa do Vereador Atílio Francisco; quero cumprimentar todos os policiais, todos os senhores e as senhoras que hoje têm a grata satisfação de estar nesta sessão.

Quero cumprimentar você, meu irmão, Milton - tenho a liberdade de chamá-lo assim porque você é nosso irmão - pela brilhante iniciativa. Cumprimentando você estou cumprimentando o Poder Legislativo do Estado de São Paulo, que hoje reconhecidamente presta justa homenagem a este tão importante departamento da Polícia Civil que é o Denarc, sob a direção do Dr. Ivaney Cayres de Souza e do Delegado-Geral, Dr. Marco Antonio Desgualdo. Julgo de máxima importância esta sessão, dados os riscos que a profissão oferece na função de bem servir e proteger a sociedade.

Trata-se do Denarc, das chamadas funções modernas no campo da Segurança Pública, pois foi criado em função da necessidade que se via na sociedade, dado o aumento desenfreado do tráfico de drogas e do desdobramento das quadrilhas que se especializavam em desenvolver outras formas de ganhar dinheiro com o lado ilícito da sociedade.

Vimos aqui vários exemplos, como disse agora o companheiro Arnaldo Faria de Sá. Foram apreendidas 50 toneladas de drogas. Vejam como os bandidos estão ligados ao tráfico de drogas. Graças à criação desse departamento é que isso está diminuindo.

Quero, neste momento solene, levantar uma reflexão sobre o tema, lembrando os que, no cumprimento do dever, tombaram na guerrilha urbana que hoje ainda se trava lá fora, no dia-a-dia, nas madrugadas, nos becos escuros e nas esquinas da nossa cidade. (Palmas.) São imolados todos os dias, agentes policiais, pais de família, filhos e filhas que se foram ou que viram os seus entes queridos tombarem na injusta peleja que se trava na desigualdade das cidades.

A falta de visão do Poder Público federal, estadual e municipal, conivente com a falta de investimento na área de Segurança Pública, tem permitido que as ações desenvolvidas pelos órgãos não tenham o resultado que se espera ou que se aguarda.

Os índices no nosso País são muito altos. Por exemplo, no Rio de Janeiro, 137 policiais foram mortos somente neste ano. Em Minas Gerais, quase 80 policiais. E não é diferente também aqui no nosso Estado, onde muitos policiais civis também morrem nesta injusta peleja com os bandidos.

Sabiamente, em razão da grave crise por que passava a Segurança em todo o País, foi criado o Fundo Nacional de Segurança Pública para atender a demanda da área, visando qualificar, equipar e modernizar todo o conjunto da Segurança. Mas, infelizmente, isso em Brasília só ficou no papel. Há, porém, divergências, pois fui informado de que o Governo Federal não tem enviado aos estados os recursos devidos que, tenho certeza, seriam bem aplicados em nosso Estado.

Recente pesquisa apresentada pelo jornal “Folha de S. Paulo” informa que a cada 17 horas no Brasil um policial que deveria garantir a segurança da sociedade é sumariamente assassinado, deixando como legado a orfandade, a viuvez e solidão no coração daqueles que lhe eram caros.

Está em tramitação na Câmara Federal um projeto de lei que cria a Lei Orgânica para os policiais militares e civis de nosso País. Pergunto: Por que os juízes têm a sua lei orgânica? Por que os promotores têm a sua lei orgânica? Por que policial civil não poderá ter a sua lei orgânica? Isso traria mais dignidade. A Polícia Militar e a Polícia Civil têm de ter a sua lei orgânica, tem de ter carreira, tem de ter vida digna. Assim, não haverá policiais corruptos e bandidos, como existem em nosso País. Claro que é uma minoria, mas isso diminuiria muito.

Entendo ser da mais alta importância tal aprovação, pois com ela poderíamos dar condições ao profissional de Segurança Pública. Já que são vocês, policiais civis, policiais competentes deste departamento, que diariamente se colocam na frente de batalha, tombando e fazendo crescer dia-a-dia os números de mortes nas estatísticas oficiais.

Há, porém, Dr. Ivaney e Dr. Desgualdo, motivos alegres para aqui estarmos: o número de seqüestros promovido em nosso Estado tem sofrido sensíveis baixas. Como disse há pouco o Dr. Marco Antonio Desgualdo, o índice de homicídios em nosso Estado também tem sido combatido, sendo noticiado pelos órgãos de imprensa, o que honra o cidadão paulista pela qualidade da polícia que tem.

Acabamos de ver aqui um pouco da história que conta o Delegado-Geral de Polícia, de cada um, do discurso emocionado e inflamado do Dr. Ivaney Cayres de Souza, pela Polícia que dirige, por essa Polícia tão honrada.

Temos nesta sessão as mais representativas autoridades do âmbito da Segurança Pública do Estado, que além de prestigiar a sessão que é prestada ao Denarc, poderão ponderar sobre o que é falado aqui, e na medida do possível equacionar proposições, levando a quem de direito os justos pleitos da comunidade.

Sendo Deputado Federal, tenho a missão neste ano de conduzir os destinos da Comissão de Segurança Pública no combate ao crime organizado, de Brasília. É nesta função que recebo o lamento, de norte a sul do País, da grave situação pela qual passa a nossa sociedade no que diz respeito à insegurança pública.

Entendo que a ampliação dos quadros de agentes públicos de segurança, atrelados aos salários dignos, certamente isso tem que ser dito, salários dignos e justos, sem dúvida alguma, darão tranqüilidade à população e sensação de sentimento de segurança à sociedade como um todo.

Mas, senhoras e senhores, somente aumentar os quadros da Segurança Pública e equalizar os seus salários sem, contudo, cobrar a qualificação dos seus agentes, em nada poderá adiantar ou mesmo mudar o quadro atual.

As autoridades têm que entender que a independência do setor de Segurança Pública, sem que haja contingenciamento de recursos, é necessária para que os objetivos sejam alcançados e sobrepujados sempre. Há quem exemplifique haver um mau-hálito político quando se trata da questão da Segurança. Segurança Pública do nosso País tem que ser levada a sério.

Neste instante, gostaria de parabenizar o grande trabalho social, porque ligado a um grande trabalho social - o Deputado Milton Vieira, Presidente da sessão, sabe o que fazemos dentro das nossas igrejas - também trabalhando como o Denarc faz, em parceria com os sacerdotes, com as igrejas católicas e evangélicas e com os pastores, na recuperação dos viciados - ninguém melhor do que nós, que acompanhamos todos os dias a recuperação desses viciados.

Dr. Ivaney Cayres de Souza, continue trabalhando. O senhor nos deu uma lição com essa vibração que o senhor expressou desta tribuna aos seus subordinados. Algo me marcou quando também o Delegado-Geral, Dr. Marco Antonio Desgualdo falou. “Vem, vamos embora - já dizia o grande poeta - esperar não é saber”.

Policiais, vamos continuar sentindo as sirenes das suas viaturas cortando as entranhas das madrugadas e dos dias da nossa cidade. Que o doce cheiro de pólvora vocês continuem sentindo. Não esperem acontecer! Vamos à luta! Que Deus abençoe. Parabéns a todos vocês! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Quando homenageamos o Denarc, o fazemos a toda Polícia Civil, porque fazemos uma homenagem a um departamento que está servindo de exemplo do que é Polícia do nosso Estado. Então, preparamos.

Quero prestar aqui minha homenagem, não apenas como Presidente desta sessão ou como solicitante para que esta sessão acontecesse; daqui a pouco vou expressar também o que sinto pela Polícia. Mas nós preparamos uma simples homenagem, para ficar registrada não somente nos Anais desta Casa e também no Denarc e no coração de cada um de nós. Vamos oferecer medalhas a alguns policiais que foram indicados pelo Dr. Ivaney; aqueles que mais se destacaram, que colaboraram e estavam à frente.

Quero fazer essa entrega agora; gostaria que o cerimonial pudesse iniciar essa homenagem.

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Muito obrigado, Deputado.

O primeiro homenageado para receber das mãos do Deputado Milton Vieira, não poderia ser diferente, é o Exmo. Sr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Recebendo, igualmente, das mãos do Deputado Milton Vieira, o Dr. Ivaney Cayres de Souza, Diretor do Denarc. (Palmas.) Receberá também uma placa de homenagem. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos, igualmente, para receber esta homenagem o Dr. José Francisco Leigo, Diretor do Detran. (Palmas)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Para receber as demais homenagens, das mãos do Dr. Leigo, convidamos o Dr. Francisco Basile, Delegado de Polícia e Coordenador de Planejamento Operacional do Denarc. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos o Dr. Luiz Carlos Uzelin, Delegado Divisionário de Polícia da Assistência Policial do Denarc. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos para receber a próxima homenagem o Dr. Elson Alexandre Sayão, Diretor do Dird - Departamento de Identificação e Registros Diversos da Polícia Civil. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Convidamos o Dr. Everardo Tanganelli Júnior, Delegado Divisionário de Polícia da DISE. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Gustavo Adolpho Niess, Delegado Divisionário de Polícia da Administração do Denarc. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Eduardo Nardi, Delegado Divisionário de Polícia da DIAP. É feita a entrega. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dr. Emílio Paulo Braga Françolin, Delegado de Polícia do NAPE. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dr. Edemur Ercílio Luchiari, Delegado Divisionário de Polícia da DIPE. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dr. Plínio de Napolis, Investigador de Polícia Chefe do Denarc. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dra. Maria Risoleta Estrela dos Santos, Escrivã de Polícia Chefe do Denarc. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dr. José Campos Sales de Lima, Investigador de Polícia Chefe da DISE. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dra. Vânia Celi Bossan, Escrivã de Polícia Chefe da DISE. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Dr. Jorge Marcio de Abreu, Investigador de Polícia Chefe da DIAP. É feita a entrega. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Anunciamos, neste momento, a visita da comitiva de cinco Senadores da República Tcheca a este Parlamento. Esta visita está sendo recepcionada e acompanhada pelo nobre Deputado Romeu Tuma, que também é delegado de classe especial, licenciado para cumprir suas atividades parlamentares. (Palmas.) Ele acaba de anunciar que quebrou o protocolo para esta justa homenagem.

 

O SR. ROMEU TUMA - PPS - Quero apenas justificar a minha ausência desta sessão solene, e dizer que o meu coração está aqui com vocês, nosso povo, nossa grande Polícia Civil, nosso grande Denarc que tem feito um grande trabalho. Representar o Poder Legislativo é uma grande honra para mim, que sou um delegado de polícia, em nome do Presidente, para receber essa delegação de senadores da República Tcheca. Vocês estão muito bem acompanhados pelos meus colegas Deputados, que são grandes defensores da nossa instituição. Parabéns ao Denarc pelo trabalho que tem feito. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - É sempre um prazer, Dr. Romeu Tuma. Agradecemos a ilustre comitiva do Sr. Embaixador da República Tcheca no Brasil, Sr. Václav Hubinger. (Palmas.)

Convidamos a Dra. Denise Hoyos da Silva Pinheiro, Escrivã de Polícia Chefe da DIAP. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Convidamos o Dr. Renato Del Moura, Escrivão de Polícia Chefe da DIPE. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos o Dr. Alexandre Prado Avilez, Investigador de Polícia Chefe da DIPE. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Convidamos o Dr. Emilio Cury Junior, Investigador de Polícia Chefe do NAPE. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Convidamos o Dr. Antonio Carlos Silveira, Assessor de Imprensa do Denarc. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD -Encerrando as homenagens, convidamos o Deputado Federal Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança Pública na Câmara Federal. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega.

 

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O SR. PRESIDENTE - Milton Vieira - PFL - Convido o Dr. Francisco Basile, Delegado de Polícia, Coordenador de Planejamento Operacional do Denarc, que falará em nome de todos os homenageados.

 

O SR. FRANCISCO BASILE - Exmo. Sr. Deputado Milton Vieira, Presidente desta solenidade, autor desta pioneira iniciativa que, com certeza, servirá de êmulo a outras autoridades, pois motiva não só a nós, mas também a todos os policiais civis e militares; Exmo. Sr. Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, meu amigo, digníssimo membro da Câmara Federal, na pessoa de quem cumprimento os demais Deputados Federais; Exmo. Sr. Deputado Campos Machado, meu amigo, digníssimo representante e membro desta Casa; Exmo. Sr. Deputado Estadual Romeu Tuma Jr., meu amigo, também representante desta Casa, na pessoa de quem saúdo todos os demais Deputados; Ilmo. Sr. Dr. Marco Antonio Desgualdo, digníssimo Delegado-Geral de Polícia; Ilmo. Sr. Major Carlos Eduardo Blanco, Subchefe da Assessoria Militar, ora representando o Exmo. Sr. Cel. Alberto Silveira Rodrigues, Comandante da co-irmã Polícia Militar; Ilmo. Sr. Dr. Ivaney Cayres de Souza, digníssimo Diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos, Denarc, ora homenageado, na pessoa de quem cumprimento os respeitáveis membros do egrégio Conselho da Polícia Civil; delegados de polícia; policiais civis; Ilmo. Sr. Carlos Alberto Thadeu, chefe de gabinete do Deputado Campos Machado; Ilmo. Sr. Luiz Souto Madureira, digníssimo Assessor do Deputado Campos Machado, na pessoa de quem saúdo os demais assessores e funcionários desta Casa; Ilmo. Sr. Dr. Gerson Ribone, digníssimo membro do Conselho Participativo do Denarc, por nós criado; senhoras e senhores, demais circunstantes, bom dia.

Hoje, inspirado nos valores cristãos que há cinco séculos singularizam a Nação brasileira, dirijo-me respeitosamente ao Sr. Dr. Ivaney, amigo e chefe, para dizer-lhe o seguinte: As idéias são dinâmicas, devem forçosamente se adaptar às evoluções da sociedade, enquanto os valores, os princípios éticos e morais devem ser estáticos para que a pessoa possa se aperfeiçoar cada vez mais. Isso, em síntese, é o que se depreende de sua fala quase que diária a todos nós.

Com sua lenitiva e equilibrada presença, que muitas vezes, serviu de bálsamo às aflições e aos sofrimentos pelos quais passamos, uma vez e outra, e outra mais, pois, como idealistas que somos, ou comancheiros como diz o nosso estimado Delegado-Geral, Dr. Desgualdo, somos indomados no espírito.

Um dos axiomas das colunas sociais é que em sociedade tudo se comenta, tudo se sabe. E é por essa razão que hoje aqui estamos nesta sessão solene com a propícia finalidade de homenagear o Departamento de Investigações sobre Narcóticos - Denarc, cujos policiais desenvolvem seus trabalhos com inaudita paciência. Nosso departamento tem evoluído na direção de uma atuação cooperativa entre as instituições do Estado e da União.

Nova Iorque, Londres, Paris ou São Paulo, não importa, para se sentir numa grande cidade com segurança a população precisa acreditar em seu macrossistema de Segurança Pública. E é isso indiscutivelmente o que ocorre em nossa cidade.

Seu nome, Dr. Ivaney, bem como o do Denarc, hoje, nesta sessão solene vêm à ribalta não por acaso, mas por ser V. Sa. possuidor de sobejo cabedal de qualidades, notadamente como dirigente de órgão policial que faz parte do macrossistema de Segurança Pública citado linhas acima. Apesar do sucesso profissional alcançado, V. Sa. continua pessoa simples. E, no dizer do líder espiritual Dalai Lama, a simplicidade é o último degrau da sabedoria.

Isso posto, temos sobradas razões em acreditar que há um foco de luz viva sobre o Denarc, que conta com o apoio incondicional do Dr. Marco Antonio Desgualdo, que nunca se deixou inebriar pelo poder, da Polícia Militar, nossa co-irmã, da Polícia Federal, do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

Portanto, é este testemunho pessoal, insuspeito e desinteressado que levo ao conhecimento de todos os presentes, fazendo-o por elementar imperativo de consciência e de cidadania.

Assim, prezado amigo Ivaney, eu e os demais homenageados, que não passamos de meros representantes dos operosos policiais do Denarc aqui presentes, delegados de polícia, investigadores, escrivães e agentes, compartilhamos com você tão meritória distinção. Que Deus ilumine o seu caminho. Parabéns.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - PFL - Antes de encerrar esta sessão, gostaria de fazer também a minha homenagem em poucas palavras.

Não poderia deixar de lembrar quando tudo começou, o meu contato com a polícia, com o Dr. Ivaney, através da pessoa do Dr. Tanganelli, que conheci no 30º DP. Eu morava na região do Tatuapé e conheci o Dr. Tanganelli, à frente do fechamento dos bares, de operações policiais que davam resultado. Eu o conheci como um “trator” inseparável do companheiro Dr. Ivaney.Ele me fez conhecer toda a polícia.

Hoje tenho muitos amigos, como o Dr. Desgualdo. Veimos também o outro lado da polícia, sofrendo perseguição, sofrendo injúrias. Assistimos nos últimos dias a acontecimentos que tentaram denegrir nossa polícia, a pessoa do nosso Delegado-Geral, que tem um trabalho de honra e de muitos méritos, um trabalho sério. Hoje conhecemos pessoalmente. São realmente nossos amigos.

Por isso resolvemos fazer esta homenagem. Eu vira-e-mexe estou lá no Denarc, em virtude da amizade que tenho com o Dr. Ivaney, com o Dr. Tanganelli, o Campos, o Dr. Basílio, enfim, com todos aqui que foram homenageados. E nos sentimos na obrigação de fazer uma demonstração à sociedade, registrando-a na Assembléia Legislativa, que é o maior Parlamento do País: o Parlamento do Estado de São Paulo.

Tenho certeza de que falo em nome dos 94 Deputados desta Casa, nobre Deputado Campos Machado, um grande líder, muito respeitado, sempre envolvido nas grandes decisões que esta Casa toma, que reconhecem, sem dúvida, o trabalho que o Denarc e a Polícia Civil vem fazendo. Esta homenagem, portanto, não é minha, mas do Parlamento do Estado de São Paulo, na pessoa do seu Presidente, o nobre Deputado Sidney Beraldo, e dos demais colegas Deputados. Fui apenas o instrumento para realizar esta sessão solene.

Quero dizer, Dr. Ivaney, que o senhor tem aqui um irmão, um amigo. O senhor pode contar com a gente, não só como Deputado, pois amanhã podemos deixar de ser Deputado. Mas o senhor será sempre delegado e não vamos deixar de ser amigos, não vamos deixar de estar juntos nos momentos mais difíceis.

Quero cumprimentar também o Delegado-Geral.

Se o Denarc tem um trabalho de destaque, é apenas um exemplo do que é a Polícia Civil. Temos o Deic e outros departamentos. Tenho certeza de que todos eles seguem essa linha do Denarc. São policiais capacitados, que doam sua própria vida. Esta é uma homenagem merecida, porque, não fossem vocês, não existiria o Denarc.

Eu conversava com alguns colegas e eles me diziam: ‘Quem diria, o Denarc um dia quase foi extinto.’ E hoje a gente vê o Denarc responsável por grandes prisões, como a prisão daquele que seqüestrou o Bertim. Ou seja, não são só narcotraficantes, mas seqüestradores. Lembro-me que quando os ladrões foram assaltar os seguranças do filho do nosso Governador Geraldo Alckmin, o Denarc, através de uma investigação e de informações que tinha, no mesmo dia chegou aos criminosos, que estão presos. É, portanto, um departamento que contribui para toda a polícia, pois toda a informação está ali. Eu acompanho a estrutura, vou lá e vejo que eles têm conhecimento de onde está a viatura, tudo muito bem organizado.

Parabéns, Dr. Ivaney. Não posso deixar de dar os parabéns ao meu amigo, Dr. Tanganelli. Sempre que cito o Dr. Ivaney, tenho de citar o Dr. Tanganelli, porque eles são amigos inseparáveis, eles realmente combatem o crime. Como o Dr. Desgualdo falou aqui: estava o “louco” do Tanganelli lá no Paraná, mas para eles são existem fronteiras. Conheci o trabalho deles em Sorocaba, na Deinter-7 - não é, Dr. Ivaney? - e o Dr. Tanganelli na Seccional de Sorocaba, e ali também prenderam seqüestradores naquela época. Lembro-me bem. Foi um dos seqüestros mais longos - acho que a pessoa ficou 107 dias em cativeiro. Ela era das Lojas Cem. Parabéns a vocês.

Fica hoje registrado no Parlamento de São Paulo, no nosso coração e no coração de cada um, que a polícia de São Paulo é competente, que o Denarc tem contribuído para a sociedade, tem contribuído para nossa família. Temos tranqüilidade quando sabemos da operação “Dancing” nas chamadas baladas, onde nossos filhos gostam de estar. Sabemos que lá há um policial do Denarc infiltrado, disfarçado combatendo o narcotráfico - e sabemos que isso tem dado resultado, combatendo o êxtase, o crack, a cocaína, a maconha. Parabéns, mais uma vez.

Quero agradecer a todos os presentes. Esgotado o objeto desta sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece a todas as autoridades, funcionários desta Casa e aqueles que com sua presença colaboraram para o êxito desta solenidade. Contem sempre conosco, não somente aqui, mas como cidadãos do nosso Estado e do nosso País. Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às l2 horas e 14 minutos.

 

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