051ª SESSÃO SOLENE
RESUMO
001 - Presidente CONTE LOPES
Abre a sessão. Nomeia as autoridades
presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta
Casa, por solicitação do Deputado Eli Corrêa Filho, com a finalidade de
comemorar o "Dia do Rádio e do Radialista". Convida o público
presente a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro. Cumprimenta o Deputado Eli
Corrêa Filho, pela iniciativa desta homenagem aos radialistas aqui presentes.
002 - ELI CORRÊA FILHO
Assume a Presidência. Diz de sua alegria em
homenagear todos os radialistas e o rádio.
003 - OLÍMPIO GOMES
Deputado Estadual, cumprimenta a todos os
comunicadores de São Paulo. Diz que tem o prazer de compartilhar da amizade do
Deputado Eli Corrêa Filho e de sua família. Fala de sua paixão pelo rádio, que
causa aproximação com as pessoas, diferentemente das outras mídias, que têm a
limitação do cenário. Lembra que, no rádio, não existe limitação ao imaginário
das pessoas. Deseja que o Deputado Eli Corrêa Filho, representante da
comunicação nesta Casa, continue sempre a promover esse evento.
004 - JONAS DONIZETTE
Deputado Estadual e vice-Líder do Governo,
diz que começou a sua carreira como radialista, na cidade de Campinas, antes de
exercer seus mandatos como vereador e Deputado Estadual. Manifesta a honra de
estar presente a esta solenidade, com pessoas que abraçaram a profissão e
fizeram tanto por ela. Comenta que o rádio, entre todas as mídias, é a que tem
mais facilidade de adaptação. Agradece a todos os que dedicam a sua vida a este
meio de comunicação.
005 - Presidente ELI CORRÊA FILHO
Registra presenças e lembra a comemoração a
partir da data de 21 de setembro de 1943, quando foi sancionado o Decreto-lei
que instituiu o piso da categoria dos profissionais do rádio. Informa que, em
2006, o Presidente Lula sancionou uma lei que instituiu o dia 7 de novembro
como o Dia do Radialista, data do nascimento de Ary Barroso. Lembra que o rádio
se tornou importante meio de informação e entretenimento e continua presente
nas mais diversas situações, como veículo de informação e difusor de uma
ideologia formadora de opiniões. Anuncia a apresentação de vídeo sobre a
história do Rádio. Presta homenagem póstuma às seguintes pessoas que fizeram e
fazem parte da história do Rádio: Hélio Ribeiro, Narciso Vernizzi, Vicente
Leporace e Fiori Gigliotti. Registra correspondências recebidas.
006 - MURILO ANTUNES ALVES
Radialista e 1º Chefe do Cerimonial da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, durante 35 anos, diz que voltar
a esta Casa era um perpassar de emoções. Lembra que, como cronista parlamentar
e radialista pela Record, iniciou suas atividades no Palácio das Indústrias, tendo
posteriormente sido escolhido para diretor do Cerimonial. Informa que exerce a
profissão de radialista há mais de 70 anos, continua na Record há 62 anos e
acompanha toda a evolução do rádio.
007 - Presidente ELI CORRÊA FILHO
Anuncia a apresentação de um áudio. Presta
homenagem, com entrega de troféus, aos seguintes radialistas: Cinthia, José
Nelo Marques, Zé Bettio, representado pelo Sr. Misael Souza; Paulo Barbosa,
Murilo Antunes Alves, Paulo Lopes, representado pelo Sr. Valmor Bolan; Altieres
Barbiere, Francisco Paes de Barros, representado pelo jornalista Luíz Carlos
Ramos; e Eli Corrêa.
008 - JUAREZ DE CASTRO
Padre, fala da importância do rádio para levar esperança e
conforto e para evangelizar. Lembra as locuções radiofônicas do Papa João
XXIII. Homenageia a todos os radialistas. Ao final de seu discurso, juntamente
com Padre Robinson, da Paróquia Santa Inês, de Embu das Artes, abençoa a todos.
009 - Presidente ELI CORRÊA FILHO
Saúda a todos os presentes e aos ouvintes
do Rádio. Agradece a todos que colaboraram para o êxito desta solenidade.
Encerra a sessão.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Conte Lopes.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CONTE
LOPES - PTB - Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIII
Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas
presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PTB -
Este Presidente também quer nomear a presença do Deputado Jonas Donizette, do
Deputado Olímpio Gomes, e também a presença do nosso mestre-de-cerimônias
Murilo Antunes Alves que fez parte da bancada da imprensa do Palácio 9 de
Julho, 1º Chefe de Cerimonial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
por 35 anos. É uma satisfação tê-lo aqui
Senhoras Deputadas, Senhores
Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada
pelo Presidente desta Casa atendendo a solicitação do Deputado Eli Corrêa
Filho, com a finalidade de comemorar o Dia do Rádio e do Radialista.
Convido todos os presentes
para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro executado pela Camerata da
Polícia Militar sob a regência do 2º Tenente PM Ismael Alves de Oliveira.
* * *
- É
executado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PTB - Esta
Presidência agradece a Camerata da Polícia Militar, e também quer cumprimentar
mais uma vez o nobre Deputado Eli Corrêa Filho por essa Sessão Solene em
homenagem a todos os radialistas aqui presentes, ao rádio, a todos que
trabalham. Como nós também fazemos parte dessa família, ficamos felizes em
tê-los nesta Casa, e como o dia é do Deputado e radialista Eli Corrêa Filho,
grande radialista Eli Corrêa, esta Presidência quer passar a V. Exa. a
Presidência desta Casa.
Agradeço a presença de todos
que aqui estão, mas cabe ao nobre Deputado salientar o nome daqueles que aqui
se encontram. Obrigado, meu irmão. Parabéns! (Palmas.)
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Eli Corrêa Filho.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Boa noite a todos. É uma alegria muito grande homenagear
todos os radialistas e o rádio aqui do Brasil.
Antes de mais nada gostaria
de registrar e passar a palavra ao Deputado Olímpio Gomes e depois ao Deputado
Jonas Donizette.
Deputado Major Olímpio Gomes,
V. Exa. tem a palavra.
O
SR. OLÍMPIO GOMES - SEM PARTIDO -
Excelentíssimo Deputado Eli Corrêa Filho, que teve a sensibilidade de promover
esta Sessão Solene mais do que justa. Que a Casa do Povo, que representa os 41
milhões de habitantes deste Estado, abra realmente as suas portas para
homenagear o rádio e o radialista.
Meu caro Murilo Antunes
Alves, na pessoa de quem cumprimento todos os comunicadores, todos os cidadãos
no Estado de São Paulo esse ícone da comunicação brasileira que foi nosso
representante, será sempre o nosso representante na Assembleia Legislativa.
Não poderia de deixar me
fazer presente neste evento. Em primeiro lugar para cumprimentar meu amigo
Deputado Eli Corrêa Filho, que aqui se faz presente junto com a sua família
maravilhosa que eu tenho o prazer de compartilhar da amizade.
Eu tinha 14 anos de idade na
grande Presidente Venceslau quando fui ser estagiário na sonoplastia na Rádio
Presidente Venceslau, e de lá saí para vir para a Academia do Barro Branco onde
acabei fazendo a carreira policial. Sempre tive verdadeira paixão pelo rádio
que causa, continua causando e vai causar sempre essa paixão, essa aproximação
com as pessoas. Diferentemente das demais mídias, uma pessoa quando começa
assistir um programa de televisão ela tem a limitação do cenário, está ali o
Fachiolli com quem já estivemos hoje juntos num evento no interior de São
Paulo. Existe a limitação da tela, o que no rádio não existe, e não tem
limitação o imaginário das pessoas.
O rádio que encanta, a voz
que seduz, que ensina, que é a companheira dos solitários, muitas vezes o
timbre, a entonação, dá a credibilidade que o cidadão quer sobre determinado
tema. Recentemente uma grande autoridade da política brasileira lançou uma
pérola que a mídia tenta deformar as instituições. Sem citar o nome do senhor
José Sarney, as deformações e toda lama que muitas vezes se torna de
conhecimento da população brasileira e que vai aperfeiçoando ao invés de
diminuir as instituições isso acontece justamente porque nós temos uma imprensa
cada vez mais livre, desimpedida para realmente informar e até formar, e forjar
o comportamento para uma nova sociedade muito mais esclarecida.
O meu sonho de menino,
adorador do rádio, ao ter hoje a presença desses baluartes do nosso rádio me
sinto como se levasse alguém para assistir um jogo da Seleção Brasileira, um
entusiasta do futebol. Porque muitos desses representantes que encantam
milhões, e milhões de pessoas com a sua credibilidade são os sonhos das pessoas
chegarem a ter o contato, tocar, conhecer o rosto que muitas das pessoas
simplesmente sonham, imaginam como será aquela voz que me dá tanta certeza,
tanta convicção, que muitas vezes na madrugada é o meu companheiro. Assim é a
beleza do rádio, a beleza que os senhores e senhoras fazem pelo rádio
brasileiro.
Só quero encerrar o meu
pronunciamento desejando que o Deputado jovem, mas atuante Deputado Eli Corrêa
Filho, grande representante da comunicação nesta Casa continue sempre a
promover este evento e no 21 de setembro e não se seduza pelo 7 de novembro. O
rádio brasileiro e o rádio de São Paulo esperam muito de V.Exa., e que V. Exa.
continue a transmitir com todo entusiasmo o quanto é bonito o trabalho
realizado pelos seus companheiros radialistas.
Que Deus o abençoe, e abençoe
a todos os radialistas e aos cidadãos deste Estado que dão a credibilidade a
essas pessoas para continuarem lutando e repercutindo por nós o que a sociedade
quer, espera, e merece ouvir. Parabéns. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM – Obrigado, Deputado Major Olímpio Gomes.
Dando seqüência, eu gostaria
de passar a palavra ao Deputado e também radialista Jonas Donizette.
O
SR. JONAS DONIZETTE - PSB -
Amigo, Deputado e Presidente desta sessão solene Deputado Eli Corrêa Filho,
senhoras e senhores. Deputado Eli Corrêa Filho, eu quero cumprimentá-lo pela
iniciativa. Você é uma pessoa que nesta Casa desenvolveu relacionamentos, é um
Deputado estimado, querido pelos seus companheiros, atuante nas Comissões que
V. Exa. participa e tem sempre essa lembrança nessa data de prestar esta
homenagem.
Eu estou no meu segundo
mandato de Deputado, e antes de ser Deputado tive três mandatos de vereador na
cidade de Campinas, mas antes de tudo isso eu comecei a trabalhar no rádio, e
apresentei um programa diário na Rádio Bandeirantes começando só como
apresentador, depois como diretor artístico durante 15 anos ininterruptos, e
depois mais quatro anos na Rádio Globo. Todas emissoras circundadas ali na
região de Campinas.Sou de uma família de radialistas, tenho um irmão, o Luiz
Lauro, que foi e continua sendo radialista agora aqui em algumas emissoras de
rádio de São Paulo, e também um outro irmão, Tadeu Marcos, que também é
radialista também na cidade de Campinas.
Fiz questão de estar presente
aqui hoje. Tinha outros compromissos, mas quando recebi o seu telefone, pensei
comigo que para mim seria uma honra poder estar num ambiente compartilhando com
pessoas que abraçaram uma profissão e fizeram tanto por ela.
Toda profissão é digna, ela é
honrada, ela enobrece o ser humano quando desempenhada com amor, com
honestidade, com decência. Mas, nós, radialistas, costumamos falar dessa
paixão, desse amor que o rádio brota no nosso coração e que é algo verdadeiro.
Essa data, dia 21 de setembro, veio em decorrência do Presidente Getúlio Vargas
que na época baixou um decreto normatizando relações trabalhistas, questão de
piso salarial. Ele foi um Presidente muito afeito a esse meio de comunicação
que na época começava e despontava com tanta força pelo Brasil afora. Esse meio
de comunicação que muitas vezes foi fadado por profetas do futuro que ele
estaria com os seus dias contados em virtude de outras mídias que surgiam, e o
passar do tempo não mostrou isso verdadeiro. O rádio continua. Talvez ele seja
dentre todas as mídias a que tem mais facilidade de penetração e até de
adaptação a outras mídias. Eu comecei a trabalhar no rádio numa época em que
muitos trabalhavam manuseando jornais, e que fazem ainda até hoje, mas hoje já
é comum se ver nos estúdios de rádio a presença do computador. É a internet e o
rádio interagindo com essa mídia e difundindo a comunicação.
Então, eu queria nesse dia,
Deputado Eli Corrêa Filho, que V. Exa. chame aqui nomes que se destacaram, que
se destacam no rádio, no cenário municipal, no cenário estadual, e no cenário
nacional.
O Deputado Major Olímpio
Gomes falou aqui da população do Estado de São Paulo, 41 milhões de habitantes.
São Paulo só tem menos habitantes do que a Colômbia, na América do Sul.
Portanto, é praticamente uma nação. Nós sabemos que tudo o que acontece
Nos primeiro passos que dei
quando comecei a minha jornada de radialista, eu me espelhei em algum momento,
até que eu pudesse depois criar a nossa própria configuração, a nossa própria
identidade. E assim os senhores também o fizeram com outros nomes. A
comunicação tem essa faceta: nós nos afeiçoamos a alguém, e quando nos
afeiçoamos tem um ditado que diz: “As palavras movem, mas os exemplos arrastam.
E os bons exemplos arrastam mais forte ainda.”
Assim, acho que nós devemos
um “Muito obrigado” a cada um dos senhores e senhoras que estão aqui hoje, que
dedicaram e que dedicam ainda a sua vida a esse meio de comunicação.
Eu acho que cada momento tem
as suas peculiaridades, suas dificuldades. Antes do início da sessão nós
conversávamos um pouco sobre a atual configuração da rádio, a questão de
propriedades das emissoras que muitas vezes mudam de mão de uma forma brusca e
muda a vertente da programação também de forma brusca, mas nós temos que
conviver com essas questões e procurar sempre continuar fazendo esse rádio com paixão,
com amor e com a dedicação de todos os dias. Porque fazer as coisas bem feitas
uma vez é importante, de vez em quando mais importante. Mas se existe uma
característica que faz toda a diferença naquilo que fazemos é a constância dos
nossos atos.
Que Deus possa nos dar a
benção da saúde, e que nós possamos continuar sempre com essa dedicação, com
esse apreço a esse meio de comunicação. Confesso que fui pego de surpreso hoje
também com essa questão da mudança da data para 7 de novembro, que foi a data
de nascimento de Ary Barroso. Eu acho que merece todo o nosso respeito, todo o
nosso carinho, mas é difícil às vezes uma transferência quando você está já
adaptado a uma data. Eu penso que talvez, a mesma coisa quando tem o
falecimento de uma pessoa você querer homenagear aquela pessoa dando o nome
dela a um outro próprio público que já tem um nome, fica algo um pouco
desajeitado, você tirar o nome de uma pessoa que recebeu uma homenagem para
colocar outro. Eu acho que pode se pensar numa outra vertente, num outro
caminho.
Mas, Deputado Eli Corrêa
Filho, parabéns a você e a todos que se fazem presentes aqui, e também nas
poltronas destinadas aqui no plenário, e ao público presente, e que o
radialista possa sempre marcar presença no cotidiano, na vida das pessoas.
Encerrando as minhas
palavras, apenas deixo um abraço representando a Liderança de Governo que eu
represento nesta Casa, do Governador José Serra, que é um homem que tem muito
apreço pela comunicação, participa de programas, gosta do rádio. Sempre que
converso com ele falo: “Governador, o senhor é uma pessoa tão ocupada, tem
tantos afazeres, e às vezes eu o ouço em alguns programas.” Daí ele fala:
“Jonas, é importante. É importante a gente se comunicar com todos os órgãos de
imprensa, mas especialmente o rádio, porque você está falando às vezes com
pessoas que só tem aquele meio de comunicação para receber uma informação. E a
informação é algo que é um direito de todos.” Então também não só em meu nome
como Deputado e como radialista que sou, mas em nome também do Governador José
Serra o meu cumprimento a todos os radialistas. Um abraço, boa noite a todos.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM – Obrigado, Deputado Jonas Donizette, parabéns pelo seu dia
também.
Eu gostaria de agradecer
primeiramente a presença dos senhores e das senhoras, e registrar com alegria a
presença da senhora Cinthia, comunicadora da Rádio Capital; do senhor Misael
Souza, representando o locutor Zé Bettio; do senhor Altieres Barbiero; do padre
Juarez de Castro; senhor Paulo Barbosa; do senhor Valmor Bolan representando o
senhor Paulo Lopes; do senhor José Nelo Marques; e o senhor Eli Corrêa.
Também quero registrar a
presença da senhora Tânia Jannuzzi representando o senhor Walter Feldman
Secretário Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo; da
Vereadora Otávia Tenório, da Câmara de Guarulhos; do senhor Marcos Guareschi,
representando o senhor Alan Neto, Presidente da Câmara Municipal de Guarulhos;
do senhor Leão Lobo da Rádio Record; do senhor Américo Guzzi, diretor comercial
da Rádio Capital; do senhor Luis Carlos Ramos, diretor de jornalismo da Rádio
Capital; do senhor José Carlos Gomes, comunicador da Rádio Capital; do senhor
Luciano Fachiolli, da Rede Record de Televisão; do senhor Paulo Eugênio, da
Rádio Record; do senhor Rogério Andrade, também da Rádio Record; do senhor
Anderson França, da Rádio Record; do senhor Felipe Leider, diretor comercial da
Rádio Tupi; do senhor Ricardo Leite, comunicador da Rádio Tupi; do senhor
Roberto Avalone, comunicador da Rádio Capital; do senhor Antonio Aguilar,
comunicador da Rádio Capital; do senhor José Maria Scaquetti, da Rádio Tupi; do
senhor Irineu, do Mercadão das Pratas; do senhor Paulo Dafnes; do doutor
Francisco Assis de Almeida, empresário de Guarulhos; do senhor José Roberto
Gama, diretor da Rádio Capital, e do padre Robson, da Paróquia Santa Inês, em
Embu das Artes.
Hoje estamos reunidos nesta
Sessão Solene para rendermos uma justa homenagem a todos os profissionais do
rádio.
Comemoramos o dia 21 de
setembro pois, neste dia, no ano de 1943 foi sancionado o Decreto-lei que
instituiu o piso da categoria dos profissionais do rádio. O dia de hoje, então,
foi escolhido “o dia do radialista” em reunião na Rádio Nacional.
O dia 25 de setembro, aniversário
de Roquete Pinto foi indicado para se comemorar o “dia do rádio”. E no ano de
2006 o Presidente Lula sancionou a lei instituindo o dia 7 de novembro como o
dia do radialista, data de nascimento de Ary Barroso. Contudo, podemos dizer
que a data de direito é o dia 7 de novembro, e de fato hoje 21 de setembro.
Queremos celebrar aqui então,
juntos, o dia do radialista e o dia do rádio. Após a sua criação o rádio passou
a fazer parte do cotidiano de todas as pessoas tornando-se um companheiro de
todas as horas, e um importante meio de informação e entretenimento. Continua,
diuturnamente, presente em todos os meios, nas mais diversas situações como
veículo de informação, lazer, denunciar, e difusão de uma ideologia formadora
de opiniões.
Sei da importância desse
trabalho porque sou radialista, profissão esta herdada de meu pai, que há 40
anos atua no rádio. Sou também conhecedor das dificuldades que envolvem essa
profissão, seja na conquista de um espaço profissional, seja para mantê-lo.
O rádio, com sua importância
na comunicação, não seria o veículo indispensável que é se não fosse aquele que
o faz com amor, dedicação, talento e paixão: o radialista. Queremos lembrar
nesta noite também de todos os que trabalham nos mais diferentes departamentos
de uma rádio, seja técnico de som, produtor, discotecário, operadores de
transmissores, operadores de externa, enfim, de todos aqueles que nos ajudam e
estão sempre empenhados em um só objetivo: trabalhar e oferecer o melhor para
os ouvintes.
Nesta noite, faço questão de
dedicar esta sessão solene principalmente aos ouvintes que encontram, no estilo
de cada um, o companheiro, e o amigo. Portanto, esta noite é de todos nós. Esta
noite é dos radialistas.
Agora faremos uma breve
apresentação de um vídeo sobre a história do rádio.
* * *
- É
feita a apresentação de vídeo.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Eu peço desculpas, esses são os problemas da modernidade,
se tivesse só ouvindo rádio não aconteceria isso não.
Mas, dando continuidade ao
nosso vídeo nós gostaríamos de homenagear algumas pessoas póstumas. Lógico que
teríamos dezenas de pessoas para homenagear, mas escolhemos quatro
representantes para homenagear todas as pessoas.
* * *
-É
feita a apresentação do áudio de rádio.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Um breve relato do rádio. O rádio é muito grande.
Antes de dar continuidade,
gostaria só de anunciar a presença do empresário e sempre Deputado desta Casa,
Misael Margato. E, corrigindo, o senhor Américo Guzzi, meu amigo Américo Guzzi,
é diretor-comercial da Rádio Capital.
E agora vamos fazer uma
pequena homenagem também póstuma a algumas pessoas que fizeram e fazem parte
dessa história. Sei que são muitos os que devem ser homenageados, mas para
representá-los escolhemos esses grandes jornalistas.
A
SRA. CAROLINA MATTOS -
Jornalista, publicitário, pintor, escultor, compositor, professor de
comunicações da USP, bacharel em Direito pela Universidade Mackenzie, diretor e
apresentador do programa “O Poder da Mensagem”. Produtor associado da Fundação
Cásper Líbero, atuou nos Estados Unidos como narrador e correspondente para
diversas empresas de jornalismo. Detentor do mais extraordinário currículo em
comunicações tornou-se celebre na década de 70 por suas crônicas de opinião.
Sua voz de tom barítono inspirou Chico Anísio para criar em sua homenagem o
personagem Roberval Taylor.
A merecida homenagem a Hélio
Ribeiro. (Palmas.)
Jornalista esportivo e
radialista brasileiro, trabalhou por 59 anos na Rádio Jovem Pan de São Paulo
onde começou como jornalista de esportes em 1947. Criou o primeiro plantão
esportivo permanente do rádio brasileiro nos anos 60, especializou-se em
meteorologia em 1963 quando tornou conhecido em todo o Estado de São Paulo como
o “Homem do Tempo”. Foi o primeiro radialista a emitir boletins de meteorologia
no rádio e também na televisão. Transmitiu com grande confiabilidade seus
prognósticos meteorológicos tendo até mesmo criado o Instituto de Meteorologia.
A homenagem a Narciso
Vernizzi. (Palmas.)
Radialista muito popular,
redator, locutor, programador, discotecário, radioator, apresentador de
televisão, ator de cinema e televisão passando por diversas rádios sempre com
muito sucesso e profissionalismo. Em 1937 idealizou a Sociedade Brasileira de
Rádio Difusão, PRH9, mantinha coluna em diversos jornais de São Paulo. Em sua
dedicação ao rádio produziu o programa jornalístico “Jornal da Manhã”. Foi
apresentador do famoso programa “O Trabuco”, informativo de notícias gerais em
que fazia comentários sobre os fatos políticos do dia, tornou-se assim um
símbolo da defesa dos oprimidos, empunhando o seu trabuco ao censurar algum
acontecimento político ou social. Pela sua coragem e desprendimento tem
assegurado lugar de honra entre as personalidades radiofônicas do nosso país.
Por todo o seu patriotismo,
seu amor a causa pública, a nossa homenagem a Vicente Leporace. (Palmas.)
Radialista e locutor
esportivo. Em sua longa carreira narrou partidas de 10 Copas do Mundo de
Futebol, recebeu mais de 200 títulos de cidadão honorário. No fim de 2005
recebeu a “Medalha da Ordem Nacional do Mérito Futebolístico” da Federação
Paulista de Futebol. Conhecido como poeta da locução esportiva brasileira
celebrizou frases como “Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”, “E o tempo
passa.....”, “Agüenta coração!”, “Crepúsculo de jogo” e “Torcida brasileira”.
Deixou entre muitas uma grande lição: a seriedade. E entre vários, seu maior
legado: o estilo.
A nossa homenagem a Fiori
Gigliotti. (Palmas.)
Agora os homenageados.
O
SR. PRESIDENTE- ELI CORRÊA FILHO - DEM - Só interrompemos um pouquinho, porque na verdade o
brilhantismo mesmo de todas as imagens são as vozes, aliás, eram locutores que
marcaram história também. Só estamos corrigindo um pouquinho.
Enquanto isso deixa só
registrar algumas pessoas que não puderam vir, algumas manifestações. Senhor
Domingo Paulo Neto, Delegado-geral de Polícia. Senhor João Sampaio, Secretário
de Agricultura e Abastecimento de São Paulo; Senhor Antonio Carlos Rodrigues,
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, e o senhor Geraldo Alckmin,
Secretário de Estado de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Vou passar a palavra para o
senhor Murilo Antunes Alves, que tem tanta experiência e pode nos ensinar ainda
muito mais com toda a sua história. Está com a palavra.
O
SR. MURILO ANTUNES ALVES -
Caríssimo Presidente Eli Corrêa Filho, nobres Deputados, senhores convidados,
depois das considerações despendidas nesta noite ao ser me dada a palavra até
eu fiquei curioso para ouvir o que eu vou dizer. Voltar a esta Casa para mim é
um perpassar de emoções.
Como cronista parlamentar e
radialista pela Record, iniciei minhas atividades como cronista no Palácio das
Indústrias quando da instalação da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Posteriormente quis o destino fosse eu brindado com a direção do
Cerimonial desta Casa, cargo que exerci por 35 anos. Recordo-me bem da
inauguração deste Palácio Nove de Julho e de tantos amigos que já passaram para
o outro lado do mistério.
Esta homenagem ao “Dia do Rádio
e Dia do Radialista” me comove profundamente, porque exerço a profissão de
radialista há mais de 70 anos. Continuo ainda indo na Record onde estou há 62
anos. Acompanhei, portanto, toda a evolução do informativo através do rádio. E
é um fato curioso, quando tivemos naquela época da censura, principalmente no
Estado Novo, nada se podia dizer praticamente no rádio, a não ser que já
estivesse escrito previamente. Recordo-me que quando se chegava no estúdio da
emissora havia assim: “É proibido noticiar o atropelamento de uma funcionária
por um carro oficial”, “´´É proibido isso, é proibido aquilo”.
Eu comecei no rádio
transmitindo futebol. Fui locutor esportivo da Bandeirantes, da Gazeta, da
Rádio São Paulo, e da Rádio Tupi. Acontece que depois de alguns anos eu resolvi
deixar a parte esportiva, e também deixei o rádio porque havia me formado como
advogado. Encontrei-me uma noite com Paulinho Machado de Carvalho no Ponto
Chic, ali no Largo do Paissandu. E o Paulinho me perguntou: “Você não está mais
no rádio?” “Agora eu deixei um pouco e estou advogando.” Disse o Paulinho: “E
por falar nisso, o rádio agora tem um campo vasto, porque com a queda do Estado
Novo praticamente pode-se noticiar, fazer informativos, reportagens, etc.” Ele
achou ótima a ideia e pediu se eu tinha um telefone para deixar para ele.
Deixei o telefone e no dia seguinte fui chamado por Paulo Machado de Carvalho,
na Rua Direita, onde funcionava a Rádio Record. Entabulamos conversação, e
acabei sendo convidado para voltar ao rádio para fazer reportagens. E comecei
então a fazer reportagens para o rádio, e encontrei grande estímulo por parte
do Paulo Machado de Carvalho, marechal da vitória. Tanto assim, que eu via no
jornal: eleições na Itália. As primeiras eleições 1949. Disse ao doutor Paulo
que nós poderíamos irradiar essas eleições. Ele achou interessante a ideia e lá
fui eu para Roma. A primeira dificuldade é que não tínhamos o progresso técnico
para a facilidade das transmissões. Várias noites fizemos tentativas na RAI –
Radio Audicione Italiana, para poder fazer transmissões para o Brasil. Depois
de algumas tentativas, um engenheiro me disse: “Olhe, eu já duas noites tentei
mandar som pela onda curta e não chega no Brasil. Eu vou fazer uma última
experiência esta noite, temos uma antena, eu vou voltar 180 graus, antena
dirigida ao Japão, espero que com isso o som chegue ao Brasil.” E realmente a
experiência deu certo. Então, foi a primeira transmissão internacional com
noticiário completo da eleição italiana.Lembro-me que conheci Togliatti, e
entrevistei um homem que era o homem forte do governo italiano na época.
Recordo-me até hoje e tenho guardado nos meus arquivos a frase final do
pronunciamento final dele: “Um saluto particulare a voi italiano de São Paulo.
Gracie per quanto fato per noite, e gracie per quanto farei”.
Depois disso e com a
repercussão dessa transmissão comecei a fazer transmissões internacionais.
Eleição dos Estados Unidos entre De Gasperi e Eisenhower, e depois várias
outras eleições, depois quando Geisel foi ao Japão eu fiz transmissões de lá.
Até que enfim chegamos à época da televisão.
E para amenizar um pouco a
aridez dessas considerações, recordo-me quando apareceu a televisão consta que
na Europa alguns amigos se reuniram no jantar e falaram sobre a televisão, e um
deles ia para Nova York onde a televisão estava em estágio avançado. Ele disse
aos amigos: “Eu vou ver como é a televisão e depois eu conto pra vocês.” Quando
ele voltou, os amigos ficaram curiosos, perguntaram: “O que você achou da
televisão?” “É interessante, mas também não é lá essas coisas, tirando a
imagem, é um rádio perfeito.” E realmente nós que vínhamos do rádio para a
televisão no primeiro instante tínhamos que nos adaptar, mas depois a coisa foi
evoluindo e a televisão aí está.
A Record começou em 1953,
nela me encontro desde 1947, portanto, há 62 anos. Sou talvez um dos mais
antigos radialistas
Portanto, nesta homenagem eu
me sinto profundamente emocionado e compartilho com todos aqueles companheiros
por essa nobre iniciativa do Deputado Eli Corrêa Filho fazer comemoração do
“Dia do Rádio, Dia do Radialista”. Porque realmente poderia tecer outras
considerações, mas acontece que ouvir algures, quando você tiver que falar
fique de pé para que todos os vejam, fale alto para que todos os ouçam, e fale
pouco para que todos os aprecie. De qualquer forma, o que eu quero dizer que
nesta Casa fui membro da bancada de imprensa durante muitos anos e depois Chefe
do Cerimonial.
Portanto, agradecendo a ideia
desta homenagem ao “Dia do Rádio, ao Dia do Radialista”, eu desejo
congratular-me com os companheiros e evocar a memória daqueles que já passaram
para o outro lado do mistério. Portanto, obrigado Deputado Eli Corrêa Filho,
pela iniciativa, obrigado aos demais parlamentares. E a verdade é esta, se não
correspondi à expectativa nessas desataviadas considerações, é como diria
talvez Camões: “É que a tanto não me ajudaram engenho e arte”. Muito obrigado.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO -
Nós é que agradecemos esta manifestação, e com certeza todos irão compartilhar
com as pessoas que gostam de rádio e vão vivenciar isso no seu futuro.
Agora, sim, eu acredito que
as vozes estão no ponto.
* * *
- É
feita a apresentação do áudio.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Dando seqüência, começaremos a homenagear algumas pessoas
que também fazem parte deste rádio atual.
A
SRA. CAROLINA MATTOS -
Quando criança cantava em programas infantis e na adolescência ganhou o
primeiro lugar em vários programas de calouros onde surgiu a oportunidade de
fazer a sua gravação. Mudou o seu nome para Cidinha Santos passando a fazer
parte da jovem guarda e participar de programas de TV como o do Chacrinha. Em
1980 trocou o seu nome artístico para Cinthia; em 1994 estreou na Rádio Capital
de São Paulo com o programa de duas horas com o qual ficou nacionalmente
conhecida como a “Rainha da Madrugada”. Hoje ela possui um programa na Rádio
Capital ocupando o primeiro lugar no Ibope, se consolidou como uma das mais
importantes comunicadoras do rádio de São Paulo.
A nossa homenagem agora para
Cinthia.
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
A
SRA. CINTHIA CORRÊA -
Boa noite a todas as autoridades aqui presentes, boa noite a todos os
radialistas, boa noite a todos vocês.
Eu estou muito feliz em estar
aqui ao lado de tanta gente famosa, de tantos comunicadores aí tão queridos do
Brasil todo. E o que eu posso dizer? Que eu me orgulho muito em ser radialista.
Eu comecei como cantora, mas desde que eu tive a oportunidade de ser radialista
nunca mais eu quis deixar, nem voltei mais a cantar, fiquei fazendo rádio.
Claro que diante de tantas pessoas famosas eu ainda sou uma formiguinha, estou
caminhando, mas espero que Deus me ajude a poder cada vez mais fazer parte do
rádio. Estou sempre procurando me aprimorar mais, aprender mais, porque sei da
importância desse veículo.
E quero dizer que eu gosto
tanto de rádio, adoro rádio, não só sou uma comunicadora, como sou ouvinte, uma
assídua ouvinte de rádio. Gosto tanto que até me casei com radialista. E só
posso agradecer ao Deputado Eli Corrêa Filho por esta oportunidade, pelo
convite que me fez de estar aqui nesta noite tão importante para todos nós que
amamos o rádio. E agradeço a todos vocês pelo carinho que tem com a gente e com
o rádio. Obrigada a todos. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS - Jornalista
e radialista. Iniciou sua carreira aos 14 anos na extinta Rádio Clube de Garça
em 1970, e permaneceu por três anos. Ao chegar
A homenagem a José Nelo
Marques.
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. JOSÉ NELO MARQUES - Senhoras
e senhores, Deputado Eli Corrêa Filho, companheiros, tanta gente aqui com as
quais nós trabalhamos. Eu me sinto muito honrado de fazer parte desta
homenagem.
Hoje até disse no meu
programa da Record que eu era um transgressor porque eu não aceitava mudança do
“Dia do Radialista”. Por iniciativa de um Deputado goiano fez a propositura, o
Presidente sancionou e fomos para 7 de novembro. Acho que o “Dia do Radialista”
será sempre 21 de setembro.
E lia hoje também alguma
coisa muito peculiar de Edgar Roquete Pinto, a quem devemos tudo isso. E numa
homenagem que fizeram a Roquete Pinto, logo depois de descoberto, de iniciadas
as transmissões o saudaram como o “pai do rádio”, o responsável por tudo aquilo
que estava acontecendo desde a sociedade do Rio de Janeiro. Ele disse o
seguinte: “Não sou pai, não sou tio, não sou patrão, eu sou apenas aquele
cidadão que pegou a corda e bateu no bronze do sino. Eu sou um sineiro do
rádio”. E eu acho que todos nós temos um pouco de Roquete Pinto. Somos os
sineiros que alertam a sociedade para os seus problemas, para as suas mazelas
levando informação, levando entretenimento, levando cultura, tudo o que Roquete
Pinto sonhou.
Obrigado, Deputado Eli Corrêa
Filho. Parabéns companheiros radialistas. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS - A
carreira de radialista iniciou quando ao se apresentar numa rádio de Guarulhos
com o seu conjunto musical ocupou o lugar do locutor. Foi então contratado pela
Rádio Cometa apresentando um programa próprio, improvisado. Improvisando os
textos dos anunciantes com muito bom humor, voz anasalada e um sotaque
ítalo-caipira. Nos início dos anos 70 foi contratado pela Rádio Record de São
Paulo onde em dois anos levou a emissora do 14º ao primeiro lugar de audiência.
Essa liderança foi mantida durante muitos anos atingindo um universo de cerca
de três milhões de ouvintes segundo boletins da própria emissora. Passou
rapidamente também pela Rádio Gazeta AM, em 1984 transferiu-se para a Rádio
Capital fazendo dois programas, na Rádio Record lançou muitas duplas e cantores
sertanejos.
A nossa homenagem ao nosso
querido Zé Bettio. Representando o comunicador Zé Bettio o senhor Misael Souza.
(Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. MISAEL SOUZA -
Senhoras e senhores muito boa noite. Inicialmente, Deputado Eli Corrêa Filho,
eu o parabenizo por essa brilhante iniciativa em homenagear aquele caipira que
até hoje mantém a sua essência. Zé Bettio é o mesmo comunicador já no rádio há
mais de cinco décadas. Zé Bettio desenvolve o seu trabalho com a mesma paixão,
com a mesma alegria do início da sua carreira. E admiro Zé Bettio como homem,
como profissional porque Zé Bettio não precisa trabalhar, modéstia a parte é um
homem bem sucedido, sucesso esse obtido através do rádio, mas que diariamente
acorda às três horas da manhã e inicia o seu programa às cinco e vai até às
sete e depois a produção até às 10.
Então, é um exemplo de vida e
amicíssimo do Fachiolli, grande amigo. É um exemplo de vida para todos nós
brasileiros pela sua idoneidade, pela sua moral. E tenha certeza, Deputado Eli
Corrêa Filho, que ele gostaria muito de estar presente nesta brilhante festa,
mas continua trabalhando, está escrevendo um livro e está fazendo um
documentário sobre a sua vida profissional. Encontra-se neste momento na Cidade
de Cornélio Procópio, mas mandou que eu transmitisse o abraço e que
parabenizasse por essa brilhante iniciativa. Porque o rádio como todo meio de
comunicação teve a sua dificuldade, mas não podemos esquecer de Casé, e o
professor Murilo deve conhecer bem a história: Casé, para que pudesse, ou para
que vendesse os aparelhos de rádio ele visitava aquelas famílias mais
privilegiadas financeiramente, pedia permissão à esposa para deixar aquele
aparelho e que ele voltaria após a decorrência de uma semana. Voltava, e aí
ninguém queria mais devolver o rádio. Assim ele vendia os seus aparelhos. Casé
é o avô dessa grande atriz Regina Casé.
Muito obrigado e parabéns a
todos pela brilhante solenidade. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS - Falou
pela primeira vez ao microfone no dia sete de setembro de 1959 aos 15 anos de
idade na Rádio Imperial de Petrópolis. Uma semana depois gravava um programa
aos sábados “O Clube dos Jovens” e uma coluna no jornal Tribuna de Petrópolis
virando assim cronista social da juventude petropolitana. Foi contratado pela
Petrópolis Rádio Difusora agora como repórter, onde conseguiu um programa
diário. Em seguida partiu para os debates e para as entrevistas. Em 1963
recebeu do Sindicato dos Jornalistas o prêmio de melhor rádio repórter do
Estado do Rio de Janeiro. Em 1969 recebeu e aceitou o convite para trabalhar na
Rádio Globo de Belo Horizonte. Em 1970 estreou na Super Rádio Tupi e na Rede
Tupi de Televisão. Em 1980 foi para a TVS do Rio de Janeiro hoje SBT, e em 1983
estreou na Rádio e TV Manchete. Sua estreia
A merecida homenagem a Paulo
Barbosa. (Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. PAULO BARBOSA - Tem
que falar, senão não é comunicador. Eu estou muito feliz de estar aqui hoje
participando dessa festa promovida e idealizada por você, Deputado Eli Corrêa
Filho, que é mais que um filho que eu também tenho como tantos filhos que eu já
tenho por aí. Filhos no rádio, porque eu só tenho dois.
Mas, eu estou muito feliz
realmente e estou com pena daqueles comunicadores e radialistas que foram
convidados e não vieram hoje aqui a esta festa. Nós temos tantas pouquíssimas
oportunidades de se reunir, que hoje seria realmente um dia para todo mundo do
rádio estar aqui festejando, vibrando e aplaudindo todos os seus colegas, todos
os seus comunicadores, operadores, aqueles que fazem o rádio também anônimo,
atrás, lá por trás e fazem tão bem feito para que a gente possa aparecer.
Eu confesso que eu estou
muito emocionado hoje. Este ano tem sido um ano de muita alegria para o Paulo
Barbosa. Fazemos 50 anos de comunicação, 50 anos de rádio, 50 anos de
televisão, e 25 anos de São Paulo, essa cidade que há 25 anos me recebeu de
braços abertos depois de ter passado pelo Rio de Janeiro e recebido aquele
carinho do povo carioca e vindo para São Paulo. Eu, que vim para conquistar,
acabei sendo conquistado, fazendo grandes amigos e recebendo realmente tanto
carinho dos meus próprios colegas de rádio.
Quando eu olho aqui, eu vejo
tanta gente querida aqui do lado, eu vejo do lado de cá, por isso sinto-me
realmente empolgado com esse rádio. É o que eu digo sempre: “Enquanto a gente
sonhar, enquanto o homem sonhar, esse rádio não vai acabar, porque o rádio é o
sonho.” O rádio é o poder de fazer as pessoas imaginarem, dar oportunidade de a
pessoa colocar a cabeça para funcionar. E é isso que o rádio faz através da
madrugada, da manhã, da alegria, da tarde, da informação, do esporte, de tudo.
Esse dia de hoje, dia 21, é o
“Dia do Radialista” no Estado de São Paulo, projeto inclusive do meu filho
Deputado na época, Paulo Barbosa Filho, que criou esse dia oficial do
radialista aqui no Estado de São Paulo.
Eu peço ao padre Juarez de
Castro e a todos de todas as religiões para que rezemos muito. Mas rezar muito
mesmo para que as emissoras de rádio sejam vendidas, podem ser vendidas ou para
pastores, ou para católicos, ou para evangélicos, ou para políticos, ou para
empresários, mas que mantenham a sua programação comunicando e fazendo aquilo
que a gente sabe fazer com muito amor. É esse rádio que eu amo e se Deus quiser
vai continuar por muitos e muitos anos.
Obrigado Deputado Eli Corrêa
Filho, um beijo para você. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS - Iniciou
a sua carreira na Rádio Record ainda na década de 30 cobrindo o Estado Novo, a
Segunda Guerra Mundial entre outros eventos da época. Em 1953 ajudou a
inaugurar a TV Record, lá cobriu os mais variados eventos como a morte de John
Kennedy, e o primeiro homem na Lua. Apresentou os programas “Record em
Notícias” popularmente conhecido como “Jornal da Tosse”, e o “Repórter Esso” da
década de 60 até o final do jornalístico em 1996.
Permaneceu na Rede Record
sendo hoje contratado mais antigo da emissora, atualmente trabalha por trás das
câmeras na produção dos telejornais. É um dos mais antigos e cultos jornalistas
brasileiros em atividades.
A homenagem a Murilo Antunes
Alves. (Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
A
SRA. CAROLINA MATTOS - No
rádio, o seu primeiro trabalho aconteceu aos 16 anos na Rádio Sociedade AM em
Juiz de Fora,
Vicente Paulo Reis Ribeiro,
hoje um dos mais famosos radialistas do país. Conhecido como o “amigão das
mulheres”, apresenta há muitos anos um debate onde aborda sempre os assuntos do
dia ouvindo a opinião de grandes nomes.
A homenagem desta noite a
Paulo Lopes representado por Valmor Bolan. (Palmas.)
O
SR. VALMOR BOLAN - Na
qualidade de amigo do Paulo Lopes e colaborador do seu programa, estou aqui
para deixar seu agradecimento pessoal ao Deputado Eli Corrêa Filho, tão querido
de toda família do Paulo Lopes. Ele se refere muito a você e a seu pai. Aliás,
ele tem muito apreço por vocês e, portanto, estando impossibilitado de estar
aqui pessoalmente, me encarregou de aqui dar um muito obrigado.
Quero aproveitar ainda em seu
nome para saudar a todos os radialistas, de modo especial os homenageados, mas
também os demais pelo extraordinário trabalho que fazem em favor da liberdade.
Da liberdade em geral e da liberdade de imprensa
Então é muito importante
neste momento homenagearmos vocês por esse lindo trabalho: os que estão aqui,
os que estão aí, suas equipes, os jornalistas que colaboram muito com os
radialistas. Homenageá-los pela resistência, porque nós cidadãos comuns devemos
muito a vocês. A coragem, ao denodo de vocês, e quem lembra este país também
sabe que há pouco tempo nós todos passamos por esses duros momentos provocados
por nossos algozes no poder lá de cima do Planalto.
Para concluir, eu queria
outra vez agradecer em nome do Paulo Lopes a todos os seus colegas aqui
presentes, em nome de todos os ouvintes do rádio que são por vocês alimentados
na inteligência pela informação e alimentados pelas emoções em seus corações.
Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS -
Começou como operador de áudio em 1960 na Rádio Cultura de Uberlândia.
Locutor, rádio ator,
radialista brasileiro, passou pelas Rádios Record, Globo, São Paulo, Rádio
Mulher e Rádio América. Na Rádio América foi responsável pelo surgimento do
padre Marcelo Rossi, já que Altieres Barbiero deu a grande oportunidade para o
padre levar a sua mensagem aos ouvintes da programação religiosa da emissora.
A nossa homenagem a Altieres
Barbiero. (Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. ALTIERES BARBIERO - Deputado
Eli Corrêa Filho, senhores Deputados presentes, demais autoridades, esse
público maravilhoso que aqui está, amigos radialistas muito boa noite.
Confesso que hoje realmente a
emoção fala bem alto, porque começamos a lembrar da trajetória que tivemos até
esta homenagem aqui hoje. Jamais eu pude imaginar isto. Porque quando eu
comecei trabalhar no rádio e até hoje eu queria um trabalho, trabalho no meio
de comunicação e nunca visei ser famoso, ser isso e ser aquilo. Não. Eu queria
ter o meu espaço, meu trabalho e isso eu consegui até esta homenagem aqui no
dia de hoje.
Numa ocasião, conversando com
o seu pai - não sei se o Eli vai lembrar disso-, ele falou: “Altieres, eu não
consigo fazer o que você faz em matéria de religiosidade.” Só que ele não sabia
que eu já fui seminarista também, viu, Eli?Eu fui seminarista salesiano, depois
eu falei que padre não é comigo. Aí, então, o meu sacerdócio seria outro, a
comunicação. Mas um dia alguém me puxou pela orelha e falou: “Você vai ser
comunicador religioso.” Assim, hoje estamos fazendo uma programação religiosa.
O nosso programa já está com 37 anos no ar, e dia dois de outubro agora o fará.
Os meus herdeiros estão aí: o
Adriano Barbiero, que está na Rádio Capital, e o Altieres Barbiero Júnior, que
se especializou agora em esporte, locutor esportivo. E tenho dois sobrinhos
também: o Marcelo Tadeu e o Paulinho Mauricio, lá
Eu rendo minhas homenagens
hoje ao Richiele Fachiolli, que é o pai do Fachiolli que hoje está na Record.
Numa ocasião, o Richiele chegou lá e se apresentou. Hoje, saudoso, mas ele está
sempre no coração.
E vejo uma outra pessoa
também que é fofoqueiro, que eu gosto muito: Henrique Lobo, Leão Lobo. Eu dizia
assim: “Vou escolher um nome para você agora: a ‘fera da fofoca’, Leão Lobo.”
E rever tantos amigos aqui
hoje, realmente é emocionante. Essa iniciativa que você a partir de hoje nos
proporciona é muito importante, e serve de incentivo ainda mais para
continuarmos esse trabalho, que é de grande responsabilidade. Fazer rádio não é
chegar simplesmente dar um “Oi”, “Boa tarde”, “Oba!” Não, não é nada disso. É
uma responsabilidade porque o pessoal que está te ouvindo confia em você e você
precisa saber o que você vai falar para os ouvintes, porque você é um formador
de opinião também.
Então, salve o rádio neste
dia que, para mim, também será sempre o dia 21, mas agora nós vamos ter duas
datas, dia 21 e dia 7. Meus amigos, muito boa noite e desculpem a demora. Eu
tinha feito um discurso de duas horas, mas não vai. Falou, gente, obrigado.
(Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS - Formou-se
em publicidade onde exerceu a função por 10 anos. Trabalhou na agência América
Publicidade antes de assumir com apenas 23 anos a direção comercial da Rádio
Record em 1970. Trabalhou nas Rádios Record, Globo, América, Nove de Julho e
Capital. Foi na sua gestão na Rádio Globo de São Paulo que passou a ter 150
quilos de potência, diretor artístico e geral com mais de 30 anos de
experiência. Passou por grandes emissoras populares da cidade de São Paulo,
sempre alcançando altos índices de audiência.
A nossa homenagem a Francisco
Paes de Barros, que aqui está representado pelo jornalista Luiz Carlos Ramos.
(Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. LUIZ CARLOS RAMOS -
Boa noite a todos, é um presente estar nesta Casa, a Casa de Leis de São Paulo,
um nome bastante sugestivo de Nove de Julho, a grande data paulista. Agradeço
ao Deputado Eli Corrêa Filho em nome do Francisco Paes de Barros.
O Francisco Paes de Barros ao
contrário desses senhores que estão aqui, grandes comunicadores, e são
comunicadores que estão no coração do povo e na boca do povo, o Chico não tem o
hábito de falar ao microfone, raramente ele fala. E eu sou o coordenador de
jornalismo da Rádio Capital e conheço o Chico há 29 anos. E ele fez sucesso
dirigindo nos bastidores em todas as principais emissoras de São Paulo: a Rádio
Record que foi citada agora há pouco pela Carolina, a Rádio Globo, a Rádio
América. Esteve também na Rádio Nove de Julho, que é uma emissora católica, e
mais recentemente na Rádio Capital onde ele está há quatro anos e meio, lutando
para recuperar a Rádio Capital e com uma equipe valorosa, com uma equipe da
qual participam hoje muitos profissionais de talento e participaram outros até
recentemente, por exemplo, o Paulo Barbosa.
Eu gostaria de endossar as
palavras com relação ao futuro do rádio. Vocês sabem que rádio é uma concessão,
é uma concessão do governo para determinados empresários, muitas vezes
empresários políticos, muitas vezes empresários religiosos. Eu sou católico e
considero que é importante o rádio na comunicação ter a palavra do comunicador,
que também é um religioso, ter o seu horário definido. Mas de um modo geral é
muito importante a programação, algo com entretenimento, com esportes, com
música, com informação. Informação com lógica, informação com equilíbrio,
informação com isenção sempre que possível. Esse é o serviço prestado pelo
rádio há tanto tempo.
Em 1922, houve uma simples demonstração
no Rio de Janeiro. Em
Quando eu era garotinho, foi
quando eu conheci Roberto Avalone, que está aqui.Carreguei o Roberto Avalone no
colo, eu sou muito mais velho do que ele. Eu era garotinho e já tinha aquele
papo: “O rádio vai acabar.” Algo que foi citado aqui várias vezes: “O rádio vai
acabar.” E o Vicente Leporace que, infelizmente, faleceu e já faz algum tempo,
dizia: “O rádio vai completar 100 anos.” E vai completar logo, ele está com 87
anos. Vai completar 100 anos e ainda vão continuar dizendo que o rádio vai
acabar. Ou seja, ele acabou não só persistindo, como ele foi praticamente aos novos
veículos. Hoje vocês tem aí na internet uma adaptação do que existe no rádio.
Então, esta é a mensagem que
eu gostaria de transmitir para vocês pessoalmente. E tomo liberdade também em
falar em nome do Chico Paes de Barros, e agradecendo muito ao Deputado Eli
Corrêa Filho, aos demais Deputados que participaram dessa festa toda, ao
público e outros comunicadores, e ao público que está ali também na bancada.
Porque afinal de contas, não existe algo para se fazer sozinho, normalmente se
tem a participação do ouvinte, que com todo carinho prestigia esses
comunicadores que aqui estão, e prestigiam também os jornalistas que participam
do rádio. Muito obrigado. (Palmas.)
A
SRA. CAROLINA MATTOS -
Aos 16 anos faz um teste de locutor na Rádio Emissora da Barra e começa a
trabalhar como apresentador pela primeira vez em uma rádio comandando o
programa “Isto é Sucesso”. Transferiu-se mais tarde para a Rádio Jauense, no
município de Jaú, onde veio a fazer um programa de quatro horas no horário do
meio-dia.
Chegando a maioridade, Eli
Corrêa se transfere para São Paulo em 1972 trabalhando nas Rádios São Paulo,
Rádio Tupi, Rádio Record, Rádio Globo, Rádio Capital, Rádio América e
retornando a Radio Capital. É o criador do momento de maior audiência do rádio,
a sessão: “Que Saudades de Você”. Ele entra para a história do rádio como um
dos maiores nomes de todos os tempos, o homem “sorriso do rádio”, o dono do
famoso grito de alegria: “Oi gente!”.
Vamos homenagear nesta noite
Eli Corrêa. (Palmas.)
* * *
- É
feita a homenagem. (Palmas.)
* * *
O
SR. ELI CORRÊA - Com a
benção do padre Juarez, boa noite. Bom, pessoal, se eu não fizer o “Oi gente!” não é o Eli Corrêa. “Oi gente!
Boa noite!”. (Palmas.)
Ouvindo todas as pessoas que
aqui falaram, eu só posso ouvir realmente calado e aprender um pouquinho mais
com cada um deles e dizer muito obrigado. É a segunda emoção que eu passo aqui
nesse recinto, nessa Assembleia. A primeira foi em 87 quando recebi das mãos do
próprio Paulo Barbosa Filho o troféu Imortal do Rádio, ao qual eu agradeço. E
tantos anos depois, o Eli me oferece essa felicidade de mais um troféu, e eu só
posso agradecer em primeiro lugar a Deus. E em segundo, a você, Eli, porque os
troféus são tão importantes um quanto o outro.Você, por ser meu filho a quem eu
passei um bom caminho para que você siga,
acho que você está seguindo o que é servir as pessoas, servir o
próximo.Acho que isso é muito importante, o rádio se presta também a isto,
claro, de estender sempre a mão a quem precisa. Então, vejo o seu trabalho
sendo brilhante no rádio, e como Deputado. Não por ser meu filho, mas que você
continue realmente trilhando não só na política como homem decente e honesto
que eu penso ter ensinado a você a ser, assim como no rádio também pensando
sempre no próximo.
Eu agradeço este troféu -
agora em 2009 -, que é o segundo, já que o primeiro foi em 1987. E agradeço de
coração por poder estar há 40 anos no rádio, 10 anos a menos que o Paulo, mas
de qualquer maneira 40 é muito tempo. É ou não é? Então, obrigado a todos vocês,
principalmente os da galeria. Melhor dizendo, o principal objetivo de cada um
de nós é o ouvinte. Obrigado a todos. Obrigado a todos vocês de coração. Valeu!
Obrigado, Eli. Obrigado, meu filho. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Antes de encerrar a sessão, eu gostaria de convidar também
um grande amigo padre e radialista para que fizesse uso da palavra para sua
mensagem ao “Dia do Radialista”, o padre Juarez de Castro. (Palmas.)
O
SR. JUAREZ DE CASTRO -
Eu já quero alertar vocês que vai ser bem rapidinho, não tenham medo. Eu sei
que quando vemos padre e político pegarem em microfone, trememos de medo porque
eles não vão parar nunca. Eu sei como é.
O doutor Murilo citou Camões
e eu cito os Romanos que diziam: “Esto brevis et placebis”, ou seja, “Seja
breve e agradará”. Então, eu vou ser breve.
Já que não tenho currículo,
eu vou contar um pouquinho porque eu estou aqui. Primeiro, que eu acho justo
que um padre esteja numa homenagem como esta porque foi um padre que inventou o
rádio, o padre Landell de Moura que já foi citado. Um padre inventou o rádio.
(Palmas.)
Acho que é bonito que se faça
no Palácio Nove de Julho, na Assembleia Legislativa, uma homenagem como esta,
porque segundo as estatísticas o Brasil só perde em audiência de rádio para a
Argentina. A única coisa que perde para a Argentina também, mas só para a
Argentina que nós perdemos em audiência de rádio. A Argentina em primeiro
lugar, e nós em segundo lugar.
É muito importante que a
gente faça essa homenagem. E eu queria parabenizar o Deputado Eli Corrêa Filho
por isso, por fazer com que possamos mostrar e possamos evidenciar esse serviço
tão importante no rádio, que o rádio faz, que o rádio continua fazendo e vai
fazer sempre.
Eu queria dizer também porque
eu gosto do rádio. Rapidinho. Eu não fui contratado por nenhuma emissora quando
era criança como Paulo, como Eli. Sou de uma cidade mineira chamada Lavras, que
deu dois grandes radialistas: o José Silvério, que ainda está, e o Antonio de
Carvalho, que faleceu há pouco tempo. E eu gostava muito do rádio, e lá nós
tínhamos uma só rádio, a Rádio Cultura. A Rádio Cultura não ia me contratar, e
eu tive uma ideia então. Fui a um radiotécnico, e como se dizia lá em Lavras,
“fiquei aporrinhando ele” até que junto com ele construíssemos um transmissor
AM. E eu construí, fabriquei um transmissor AM e comecei a transmitir lá na
minha cidade. Botei o nome de Rádio Taboca, porque Taboca era o nome de uma
fazenda que o meu pai tinha. Meu pai era prefeito na época, e ele disse: “Você
vai fechar essa rádio, porque senão a gente vai ser preso.” Assim, o meu pai
lacrou a minha rádio, que eu ainda guardo até hoje. Ela está na minha cidade
até hoje. Ela é uma caixa azul com duas válvulas que transmitiu durante muito
tempo. E esse meu amor pelo rádio sempre, sempre foi crescendo, crescendo até
no seminário. Como noviço e depois no convento sempre gostava do rádio, mas não
podia fazer rádio, sempre escutava o rádio.
E aconteceu algo muito
bonito: quando eu era padre aqui
O Paulo Barbosa então
perguntou ao Roberto Losan quem eu era, e a partir daquele dia eu fui
apresentado ao Paulo Barbosa, que deu uma oportunidade de poder falar num
microfone não mais na Rádio Taboca que foi fechada pelo meu pai, mas numa
rádio, na Rádio América. Naquele dia então eu falei. A primeira participação
que eu tive foi justamente - eu lembro muito bem disso - um debate com o
ex-Governador Fleury para falar sobre a questão do Carandiru. Eu tinha
preparado alguma coisa e depois mudei tudo que eu tinha para falar porque eu
levei um susto porque era o ex-governador. Foi naquele dia então que ele me
chamou e eu comecei no rádio. Mas, me marca ter começado não só ali no rádio,
mas por ter começado uma grande e bonita amizade com Paulo Barbosa, uma grande
e bonita amizade com toda a família do Paulo Barbosa, a quem eu agradeço pelo
fato de ter me proporcionado aquele momento de estar no rádio. Uma paixão tão
grande, e você nem sabia disso. Era uma paixão tão grande que eu tinha.
Continuei no rádio junto com
o Paulo Barbosa, com a famosa imagem de Nossa Senhora Aparecida, que todos os
dias ia para cada casa levando esperança e alegria. Paulo Barbosa sempre dizia
que eu era seu filho, e agradeço mesmo por me considerar como filho, e digo ao
Paulo Eugênio que nós vamos rachar a herança. Agora temos três, tem o Felipe,
tem muita gente para essa herança.
Então, eu queria agradecer o
fato de poder estar no rádio hoje. Fiquei com o Paulo Barbosa até abril deste
ano quando ele foi para uma emissora que por enquanto ainda não aceita padres.
Por enquanto não aceita padres. E aí eu tive uma outra alegria, que foi poder
fazer o programa com o Eli Corrêa.
Eli Corrêa é esse ícone do
rádio que todo mundo conhece. E eu tive a alegria de poder partilhar da mesma
forma o microfone com Eli Corrêa. O Paulo me deixou como espólio para o Eli
Corrêa, e eu fiquei junto com o Eli Corrêa. E ainda hoje às nove horas fazemos
um grande momento do rádio na Rádio Capital e é o momento que eu tenho muita
alegria. Na verdade eu divido o meu dia entre antes e depois desse momento que
eu faço. Se as pessoas querem marcar comigo, eu digo sempre: “Depois da rádio
ou antes da rádio?” Porque para mim é um momento muito importante ali, e não é
em busca da audiência, em busca de ser também famoso, mas é em busca de também
levar a palavra da esperança, o conforto, aquilo que todo radialista faz.
E eu estou muito feliz de
poder cumprimentá-los e também estar neste meio. Hoje eu faço programa em três
rádios. Acho que eu sou o único radialista que tem três rádios diferentes,
concorrentes, e eu fazendo programa: a Nativa FM, às seis horas da manhã; a
Rádio Capital, às nove horas da manhã e a Rádio Nove de Julho à noite também.
Porque eu sei o quanto é importante falar e usar o rádio para evangelizar. A
igreja sabe disso. As famosas locuções radiofônicas de João XXIII tornaram-se
documentos, e a igreja sabe o valor que tem o rádio. Tanto é que temos uma
emissora aqui
Então, eu queria homenagear
todos vocês radialistas, e pedir que nunca parem, nunca parem de falar, nunca
parem de falar. A Palavra de Deus diz o seguinte: “Se calar a voz dos profetas
as pedras falarão”. Por isso nunca deixem que as pedras falem no lugar de
vocês, falem sempre. Anunciem, denunciem. Depende de vocês. (Palmas.)
Depende de vocês a
democracia, depende de vocês a tolerância, depende de vocês a solidariedade.
Depende mesmo. Sintam-se mesmo cheios de valor. Realmente, não é porque é uma
homenagem que fazemos hoje que nós falamos palavras bonitas, é a realidade.
E eu não sei homenagear, eu
sei abençoar. Padre, vamos dar um benção junto aqui para o pessoal! Vem aqui
comigo, padre. Vem cá. Não me importa qual religião, e não me importa que
religião você participa, ou se tem religião. O que importa é que eu queria dar
aquilo que eu tenho. Ouro e prata eu não tenho, dizia os apóstolos quando
pediram. Ouro e prata eu não tenho, mas o que eu tenho vos dou. Então, ouro e
prata nós não temos, não é, Padre Robson, da Paróquia Santa Inês de Embu das
Artes? Ouro e prata nós não temos, mas temos e damos as benções. Permitam
abençoar vocês, e depois nós vamos rezar um Pai Nosso, que é um jeito de
agradecermos a Deus por tudo que nós temos pelo rádio, e pelo rádio é que vocês
falam.
“Deus, nosso Pai, nós vos
pedimos hoje, no dia que celebramos São Mateus grande apóstolo, evangelista que
escrevendo o Evangelho fez com que a salvação pudesse entrar nas nossas casas.
Pedimos da mesma forma, Senhor, que abençoai cada um desses vossos filhos e
filhas para que eles nunca se cansem de falar, nunca se cansem de informar, de
anunciar, de denunciar. Fazei, Deus todo poderoso, que cada um desses filhos e
filhas, tornem-se verdadeiros mensageiros da justiça, da solidariedade, do
amor, do respeito, da tolerância. Que venha sobre cada um de nós, sobre cada um
desses vossos filhos, a benção que nunca deixa, que nunca permita que se canse.
A benção de Deus todo poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém”.
Nós vamos rezar o Pai Nosso,
não precisa dar a mão por causa da gripe do porco: “Pai Nosso que estás no céu.
Santificado seja o vosso nome. Vem a nós o vosso reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.” Deus abençoe a
todos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ELI CORRÊA FILHO - DEM - Gostaria de agradecer a todos pela presença nesta justa
homenagem ao “Dia do Radialista e o Dia do Rádio”.
Deixo um abraço especial a
todos da galeria e ouvintes de rádio, um grande abraço a todos.
Esgotado o objeto da presente
sessão esta Presidência agradece as autoridades, a minha equipe, aos
funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da
Secretaria Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, das
assessorias policiais Civis e Militares, bem como a todos que com a sua
presença colaboraram para o êxito desta solenidade.
Está encerrada a presente
sessão. (Palmas.)
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Encerra-se a sessão às 22horas e39 minutos.
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