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12 DE NOVEMBRO DE 2004

52ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO “DIA DO PSICOPEDAGOGO”

 

Presidência: ANA MARTINS

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 12/11/2004 - Sessão 52ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: ANA MARTINS

 

COMEMORAÇÃO DO "DIA DO PSICOPEDAGOGO"

001 - ANA MARTINS

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que a Presidência efetiva da Casa convocou a presente sessão, a pedido da Deputada ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de comemorar o Dia do Psicopedagogo. Convida todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - YARA PRATES

Conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPP, narra o processo que levou à criação dos psicopedagogos.

 

003 - NEIDE DE AQUINO NOFFS

Ex-Presidente e Conselheira nata da Associação Brasileira de Psicopedagogia, fala sobre a importância de se regulamentar a profissão de psicopedagogo.

 

004 - MARIA IRENE MALUF

Vice-Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, recorda a trajetória da instituição desde sua criação e os resultados que obteve.

 

005 - MARIA CECÍLIA CASTRO GASPARIAN

Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, discorre sobre os objetivos da entidade e as funções do psicopedagogo. Presta homenagem à Deputada Ana Martins.

 

006 - Presidente ANA MARTINS

Conduz a entrega de homenagens a psicopedagogas que lutam pela regulamentação e valorização da categoria. Aponta a necessidade da psicopedagogia diante dos avanços nos campos do conhecimento e da tecnologia. Defende o fortalecimento da profissão. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Srs. Deputados, informo que o Presidente Sidney Beraldo convocou a presente Sessão Solene,a pedido desta Deputada ora dirigindo os trabalhos com a finalidade de comemorar o Dia do Psicopedagogo. Convidamos para fazer parte da Mesa as Sras. Maria Cecília Castro Gasparian, Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPP; Maria Irene Maluf, Vice-Presidente da ABPP; Neide de Aquino Noffs, Ex-Presidente e Conselheira nata também da ABPP; e Yara Prates, Conselheira da ABPP.

Vieram também prestigiar esta sessão a 1º Tenente Éster de Freitas, Pedagoga do Comando do 8º Distrito Naval, neste ato representando o Comandante, Vice-Almirante Marcélio Carmo de Castro; Edite Rubinstein, Ex-Presidente e Conselheira nata da ABPP; Quezia Bombonatto, Diretora Financeira da ABPP; e Monica Mendes, Conselheira nata também da ABPP.

Iniciamos os nossos trabalhos nesta Sessão Solene para comemorar este dia tão importante, que é também o dia do Diretor de Escola. Ouviremos pessoas que resgatarão um pouco da história desta profissão e da sua luta pela regulamentação.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pelo Tecladista da Polícia Militar do Estado de São Paulo, 2º Sargento PM Loyola.

 

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-         É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Gostaríamos de agradecer ao 2º Sargento Músico PM Loyola, com uma salva de palmas. (Palmas.) Muito obrigada.

Dando prosseguimento, passaremos a palavra para a Sra. Yara Prates, Conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPP.

 

A SRA. YARA PRATES - Excelentíssima Senhora Deputada Ana Martins, em nome de quem saúdo todas as autoridades e parlamentares presentes; Ilustríssima Senhora Doutora Maria Cecília Gasparian, Digníssima Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, em nome de quem rendo minhas homenagens a todas as psicopedagogas aqui representadas; Senhoras e Senhores, os primeiros grupos humanos compartilhavam seus afazeres, haveres e saberes, até por uma questão de sobrevivência.

Com o tempo, os afazeres, haveres e saberes foram deixando de ser compartilhados e sendo distribuídos de outra maneira.  Para uns os       afazeres, para outros os haveres, e para outros mais, os saberes.

Um avanço no relógio das eras e nos deparamos com outra organização. Os saberes precisavam ser distribuídos para minimizar os afazeres, aumentar os haveres e criar novos saberes. Foi então criada a escola para dar conta dessa necessidade. Mais um avanço no tempo.  Multidões batiam à porta da escola em busca dos saberes, que diminuiriam seus afazeres e aumentariam seus haveres.

Para atender à demanda, a escola inventou um processo de fabricação: a uma unidade da população seria acrescido um determinado conteúdo, que deveria resultar num determinado produto. Porém, apesar do conteúdo e do processo de agregação serem invariáveis com algumas unidades da população, não se obtinha liga.

As unidades da população que não conseguiam agregar saberes, para minimizar afazeres e aumentar seus haveres, foram então enviadas a centros de controle de qualidade, que as analisavam, testavam e expediam certificados diversos: portador de dislexia, dislalia, disgrafia, DCM, DM, carente alimentar....

O processo estava correto, o erro estava na matéria-prima. Criaram-se, então, espaços paralelos, cujos afazeres recuperariam a matéria-prima rejeitada. Multiplicaram-se os recuperadores, mas as unidades insistiam em não se recuperar no tempo necessário para voltar à linha de produção.

Descobriu-se então que o entrave estava nos quereres. Alguns recuperadores investiram nos quereres. A escola ouviu dizer, mas não pôde, não soube ou não quis agregar os quereres nos seus saberes. Aqui acabou-se a história, morreu a vitória e quem quiser que conte outra.

Termina aqui a fábula e começa a história real construída pelos psicopedagogos em suas diferentes áreas de atuação

Espero que esta data se transforme no rito de passagem que faltava para a regulamentação da profissão de psicopedagogo que, muito antes de dividir áreas de atuação com qualquer profissão já existente, abrirá novas oportunidades de trabalho e pesquisa e, estou certa, criará a devida sinergia com diversos segmentos do conhecimento humano.

Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Muita obrigada, Yara Prates, pelas belas palavras para comemorar o Dia do Psicopedagogo, não só aqui em São Paulo como em todo o Brasil.

Tem a palavra a Sra. Neide de Aquino Noffs, Ex-Presidente e Conselheira nata da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

 

A SRA. NEIDE DE AQUINO NOFFS - Excelentíssima Deputada Ana Maria Martins, demais autoridades presentes e colegas de trabalho, para falar sobre a regulamentação gostaria de começar lembrando um pouco o debate neste país sobre a palavra qualidade.

A psicopedagogia sempre esteve presa a uma preocupação com a qualidade. E em que momento a psicopedagogia entra nesse debate envolvendo a qualidade da educação e de ensino? Lembro que na década de 90 isso ficou muito forte no Brasil. E a palavra qualidade representava um grande guarda-chuva em que grandes temas, e até pequenos, estavam acolhidos, nesse debate sobre qualidade.

Mas onde nós entramos na psicopedagogia? Lembro ainda que a Constituição de 88 traz consigo grandes propostas de demandas sociais que expressam movimentos em que há ampliações significativas de direitos. A Educação fica clara como um direito, direito de todos, de todos os cidadãos, direito a toda linha de qualidade que temos que ter.

Mas, no início de 90, para trazer um pouco essa história, há interesses de fora para dentro do Brasil. Ajustes econômicos são feitos. Simultaneamente à discussão de qualidade há uma diminuição de verbas, aumentam-se os direitos, restringem-se as viabilizações. Entram em cena outros elementos, entre eles a área empresarial. Grandes áreas educacionais entram em cena. E na área acadêmica, o que acontece? Há um movimento de rejeição, da questão empresarial como educação, e há uma revisão do que significa qualidade para nós.

Nós, da psicopedagogia, entramos nesse momento com muita força. Na década de 90, nós fazemos toda uma revisão da nossa história e tentamos pensar quais são os indicadores nacionais sobre a questão da qualidade.

E neste momento, o que vemos é que há um clamar para a educação ser um direito de todos. Igualdade para todos. E nesse momento a psicopedagogia começa a se pronunciar com muita força. A psicopedagogia entra no debate discutindo: quantidade ou qualidade? E queremos qualidade dentro da quantidade. Nós queremos uma qualidade social. Queremos a educação inclusiva. Queremos uma qualidade dentro de direitos.

Sabemos que há muitas divergências. Esse debate é permanente. Mas temos clareza dos princípios éticos, como autonomia, respeito. Temos clareza dos princípios políticos, como cidadania, criticidade. E temos clareza dos princípios estéticos, que são as diferentes manifestações. E isto tudo é acompanhado na psicopedagogia, dentro de marcos legais. E aqui estamos hoje comemorando.

Não podemos esquecer que em 96 houve a nova LDB. E nós, da psicopedagogia, em 97, entramos com o nosso projeto de lei. Nós entramos pedindo a regulamentação dessa profissão. Regulamentação porque saímos de um estudo profundo em nível de pós-graduação. E temos, para poder levar isto adiante, a nossa nova Lei 3.124, datada de 97, - que explica o que é psicopedagogo, quais são as suas atribuições, e mais recentemente, a Lei nº 128, de 2000, aprovada em 2001, do Deputado Claury, desta Casa, que institui o psicopedagogo na rede de ensino particular e pública. E mais atualmente, do ponto de vista legal, a Resolução de 1º de abril de 2001, articulada à Portaria de 6 de maio de 2004, que regulariza os cursos de formação lato senso, entre eles, o de psicopedagogia.

Nós acreditamos estarmos saindo do senso comum, estarmos entrando numa situação que é impregnada de direitos políticos, e que o psicopedagogo, nesse momento, está batalhando pela qualidade, pela qualidade para os nossos jovens, para as nossas crianças, para os nossos adultos.

A regulamentação da profissão de psicopedagogo se insere num debate nacional de qualidade e acreditamos poder contribuir para isso. Neste sentido, as nossas intervenções são intervenções em favor da defesa dos direitos. Então, toda intervenção feita em clínica, feita em escola, feita em hospital, feita em empresa, tem como norte a defesa dos direitos.

Estamos neste momento, refletindo situações do tipo: a educação sempre foi assim, sempre deu certo. Deu certo para quem? Estamos refletindo para quem que deu certo essa educação? Para as pessoas que convivem conosco, não deu certo.

E nesta luta de mudança, nesta busca desses direitos é que nós nos inserimos. Então, a regulamentação está perfeitamente alinhada com a formação, queremos um psicopedagogo bem formado e atuante. E nós, da Associação, temos certeza de que estamos cumprindo o nosso papel. Esperamos que a regulamentação seja uma decisão política. E como decisão política agradecemos a esta Casa e a outras Casas que vão fazer isto virar direito de todos e não direito de alguns.

Obrigada e boa sorte para nós! (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Muito obrigada, Neide de Aquino, que fundamentou a importância da regulamentação da profissão, que tramita no Congresso Nacional.

Com a palavra a Sra. Maria Irene Maluf, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

 

A SRA. MARIA IRENE MALUF - Cumprimento a Deputada Ana Martins, as autoridades aqui presentes e as minhas colegas, a quem também parabenizo. Ter a oportunidade de estar nesta Casa hoje é um privilégio para mim e para toda a nossa diretoria, a quem estou representando neste ato.

Este é um dia de festa, mas também de reflexão. Por isso, minha mensagem é portadora de satisfação - pelo percurso realizado pela ABPP durante estes anos e pelo significado que tem termos chegado até aqui - e de entusiasmo pelo futuro pleno de possibilidades de novas realizações, no qual eu acredito.

Mas é também um repensar das nossas maiores preocupações: a regulamentação da psicopedagogia como profissão, a qualidade da formação oferecida pelos cursos de especialização e a ampliação do campo profissional, o qual decorrerá naturalmente da referida regulamentação e de uma sólida base acadêmica.

A data que hoje comemoramos é um momento histórico relevante dentro da nossa história. Nos traz à consciência a certeza de que a psicopedagogia no Brasil está intimamente ligada à Associação Brasileira de Psicopedagogia, criada em agosto de 1980, em São Paulo, com o nome de Associação Estadual de Psicopedagogos, a AEP.

A preocupação de congregar os profissionais e de divulgar os conhecimentos da área levou à criação do Boletim, um informativo de publicação semestral que em 1991 tornou-se uma revista - a Psicopedagogia, hoje reconhecida nacional e internacionalmente como uma referência na nossa área.

A transformação da Associação Estadual de Psicopedagogos do Estado de São Paulo na ABPP, em 12 de novembro de 1986, foi um marco importante, pois já não se tratava apenas de uma congregação de profissionais, mas do primeiro grande passo para o reconhecimento da existência de uma nova profissão.  Devido à dedicação de um grupo de pessoas presididas pela então Presidente Edite Rubinstein, a AEP transformou-se na primeira e até hoje singular associação nacional desta classe de profissionais, contando com vários núcleos e seções espalhados pelo território nacional.

Temos em mãos hoje uma associação forte, atual, dinâmica. É uma jovem adulta de quase 25 anos almejando crescer e amadurecer.  E quando digo ter em mãos quero apontar para a possibilidade de vir a agir, a concretizar planos. Significa que nos cabe a desafiadora, mas gratificante tarefa da continuidade e da renovação, da dedicação da expansão e de conquistas mais amplas. A luta pelos ideais de toda uma classe. Ter em mãos nada tem a ver com um fim, mas com o princípio, a atualização, a continuidade e o crescimento gerados pela ação planejada e o trabalho persistente.

Continuidade de luta pela regulamentação, já que o reconhecimento social nós já obtivemos pelo resultado de nosso trabalho profissional. E por esse mesmo social, pelo grande número de crianças e jovens que necessitam de nossa especialidade, e não apenas por nós mesmas, é que nos animamos ainda mais em perseverar em busca do direito de exercer um trabalho legalizado.

Para encerrar, quero afirmar que esta data, aqui comemorada publicamente pela primeira vez, é também um modo de homenagear os psicopedagogos, e especialmente aquelas pessoas que, tão desinteressadamente quanto nós, se dedicaram à ABPP ao longo destes anos.

Não podendo citar todas, declino o nome de nossas presidentes ao longo destes anos: Leda Barone Edite Rubinstein, Maria Célia Malta Campos, Monica Mendes, Neide Noffs , Nívea Fabrício e a atual Presidente, Maria Cecília Gasparian.

Pelo seu trabalho e contribuição, em nome de todas essas presidentes e de suas diretorias, e ainda do Conselho Nacional, queremos chamar a esta Mesa aquela que há exatos 18 anos presidiu a grande mudança nos rumos da nossa associação, a nossa querida Edite Rubinstein, que peço que receba o carinho do nosso aplauso e nossa homenagem neste dia.

 

A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Muito obrigada, Maria Irene. Passamos a palavra agora para a Sra. Maria Cecília Castro Gasparian, Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

 

A SRA. MARIA CECÍLIA CASTRO GASPARIAN - Exma. Sra. Deputada Ana Martins e demais autoridades presentes, bom dia a todos.

Hoje estamos aqui para consolidar um sonho que não é só meu, mas de todas as presidentes que me antecederam. Como Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, gostaria de agradecer a sugestão da nobre Deputada Ana Martins em comemorar publicamente o que fazíamos apenas em nossa intimidade, e esta Casa em nos acolher.

Através do empenho e da parceria com então Deputado Estadual Claury Alves da Silva, conseguimos o que temos hoje: o Projeto de lei nº 128 de 2000, que estabelece a implantação em todos os estabelecimentos de ensino básico público e privado, de Ensino de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, de assistência psicológica e psicopedagógica ao aprendiz e à instituição, e agora esperamos que o nosso Governador sancione esta lei para que ela entre em vigor.

A ABPP é uma entidade que representa uma classe de profissionais e um de seus objetivos é possibilitar que a população brasileira conheça melhor este profissional, através de atividades culturais e acadêmicas, de trabalhos sociais junto às ONGs e com pessoas menos favorecidas.

O trabalho psicopedagógico de um modo geral se dirige para intervenção sobre o processo de aprendizagem escolar; é este profissional que intervem no processo de aprendizagem, possibilitando novos olhares para as dificuldades do aprendiz, que podem surgir no decorrer da história de vida de cada pessoa.

Tanto o trabalho desenvolvido pela ABPP quanto o do profissional psicopedagogo foi se tornando relevante nos últimos 20 anos por vários motivos. O primeiro, para a sociedade, devido à eficácia de sua atuação junto à população escolar que tem dificuldades para aprender; e o segundo junto à comunidade acadêmica, devido aos inúmeros trabalhos de qualidade científica apresentados, podendo assim contribuir para o desenvolvimento do conhecimento e para uma melhoria da Educação. Seu reconhecido desempenho acadêmico-científico é agora consolidado através de nossa revista Psicopedagogia, indexada em várias bases científicas.

Estamos, portanto, vivendo hoje um momento histórico: estamos começando a ser não só conhecidos, mas também reconhecidos, e agora, através desta data em que comemoramos nosso dia, fica publicamente registrada nossa existência.  Ela não mais poderá ser negada.

Como psicopedagogos que somos, aprendemos ao longo de nossas vidas a conter nossas ansiedades e angústias, aprendemos a desenvolver a espera vigiada para atuar com humildade, paciência, compreensão, tolerância, respeito, gratidão e generosidade.  São essas as virtudes de qualquer bom profissional, mas em particular são elas que fazem do psicopedagogo um profissional original, forjado pela compaixão pelos que sofrem por não aprender e para aprender.

Para finalizar minha fala, desejo para todos aqueles que se dedicaram e se dedicam à Psicopedagogia através de seus trabalhos acadêmicos, clínicos, institucionais, tanto escolares, hospitalares e empresariais, muitas realizações e descobertas, mas também muito trabalho e união.

Este dia representa um trabalho de todas as presidentes da Nacional que me antecederam e de todas as Seções pelo Brasil num esforço parceiro e solidário. Este é o dia de lembrar este trabalho que todas realizaram, que outras depois de nós virão a realizar, visando sempre a construção de um mundo mais humano, mais justo, mais feliz, onde o diferente não mais seja visto como deficiente, mas como uma outra forma de ver e ser no mundo.

Gostaria de oferecer agora uma singela homenagem à Deputada Ana Martins por sua generosidade e acolhimento. As portas da ABPP estarão sempre abertas para um diálogo e parceria.

 

A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Muito obrigada, Maria Cecília Castro Gasparian.

Para homenagearmos esta importante categoria no seu dia, faremos a entrega de diplomas e lembranças a algumas das psicopedagogas que têm se empenhado para a regulamentação da categoria e para que cada vez mais essa profissão seja valorizada e institucionalizada no ensino, na aprendizagem.

Gostaríamos de chamar, para receber o diploma e uma pequena lembrança, a Sra. Yara Prates.

 

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- É feita a entrega do diploma e da lembrança.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Gostaríamos de chamar a Sra. Neide de Aquino Noffs.

 

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- É feita a entrega do diploma e da lembrança.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Gostaríamos de chamar a Sra. Maria Irene Maluf.

 

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- É feita a entrega do diploma e da lembrança.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Gostaríamos de chamar a Sra. Maria Cecília Castro Gasparian, Presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

 

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- É feita a entrega do diploma e da lembrança.

 

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A SRA. PRESIDENTE - ANA MARTINS - PCdoB - Dando prosseguimento, gostaríamos de parabenizar todos os psicopedagogos por esse dia tão importante e pela luta que vêm desenvolvendo na nossa sociedade para que tenhamos mais inclusão social.

Sabemos que tem havido grandes avanços na área do conhecimento, das novas tecnologias. Mas setores importantes da população acabam tendo um descompasso com esse desenvolvimento por conta das dificuldades no aprendizado. É por isso que a psicopedagogia é uma área nova dentro das áreas sociais do saber.

Seu objeto de estudo é o processo de aprendizagem, tendo em vista que cada ser humano possa apropriar-se do conhecimento para formar sua própria cultura e se desenvolver, para viver nesta sociedade tão exigente do ponto de vista das novas tecnologias e das novas ciências. Cuida das dificuldades que se dão no aprendizado, seja nas relações entre os que ensinam e os que aprendem, na transferência de conteúdos, nas questões cognitivas, orgânicas e mesmo emocionais, que trazem algumas dificuldades nesse aprendizado., hão porO campo se dár nas escolas, nas empresas, nas clínicas.

Essa área vem se desenvolvendo cada vez mais e, para formar o psicopedagogo, que é uma área especializada, há necessidade de uma pós-graduação ou um curso de especialização de alguém que já tenha a formação de nível universitário. A profissão encontra-se em processo de regulamentação, através dpeloo Projeto de Lei nº 3.124, de 1997, em tramitação no Congresso Nacional.

Muitas cidades no Brasil,, e também no interior de São Paulo já adotam essa área do saber,, utilizando o psicopedagogo nas escolas, nas coordenações de Educação, nas sSecretarias. Temos um exemplo na cidade de Ourinhos, que já o incluiu no Estatuto do Magistério e também no Regimento Comum das Escolas, tanto da Educação Infantil quanto da Educação Fundamental. Já existe o psicopedagogo em Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e, Rio de Janeiro, participando da própria rede de ensino. Portanto, essa é uma profissão que precisa ser necessária de ser urgentemente regulamentada.

Eu, da Bancada do PCdoB, Ana Martins, Deputada da Assembléia Legislativa, e o colega Deputado Nivaldo Santana, colocamo-nos à disposição da categoria para fortalecermos esse pleito tão importante.

Assim, queríamos deixar aqui os nossos parabéns para toda a categoria, deixar os parabéns para todos aqueles que vêm lutando pela sua regulamentação e, em especial, à Associação Brasileira de Psicopedagogia, para que seja vitoriosa na sua grande luta de tanta importância para a sociedade, e para que não tenhamos mais um contingente de excluídos da sociedade, por conta de não terem a chance ou a possibilidade de acesso ao conhecimento tão necessário para essa sociedade tão complexa do mundo de hoje.

Por isso, dispusemo-nos a fazer essta Sessão Solene para poder divulgar mais essa profissão, bem como as reivindicações que essa categoria tem junto ao governo federal, ao Congresso Nacional e também nos estados e municípios.

Srs. Deputados, esgotaEsgotado o objeto da presente sessão,, esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com as suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade. Estão todos convidados para o café da manhã na Sala dos Espelhos. Parabéns a todos e muito obrigada! Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 10 horas e 52 minutos.

 

* * *O SR. (?)

... há 68 anos. Temos várias atividades. Há um programa, que é o que mais sensibiliza não só a coletividade politécnica, como toda a coletividade, em geral: o nosso programa de bolsa de estudos. Fazemos uma pesquisa, uma entrevista anuais e verificamos quais os alunos que têm dificuldades financeiras. Para esses alunos, distribuímos um salário-mínimo mensal. Hoje, temos 106 bolsistas recebendo essa graça. Conseguimos manter essa bolsa de estudos não somente com a contribuição dos engenheiros politécnicos, como também com a colaboração de empresas de engenharia, dirigidas por politécnicos. Quero lembrar o Del Nero, com sua firma, em Figueiredo Ferraz, que contribui com essa nossa bolsa. Espero, com isso, que eu consiga aumentar a cota dele.

Sempre procedemos a reuniões e homenagens. Fazemos sempre um jantar, para o qual convidamos todos os membros da família politécnica e onde são homenageados, em especial, aqueles que completam 50 anos de formados, 25 anos de formados e 10 anos de formados. Neste anos, faremos este jantar no dia 30 de outubro e um dos homenageados, com 25 anos de formado, é o Presidente da Mesa, Deputado Jardim.

Temos, também, uma homenagem anual ao professor do ano. Pedimos à diretoria de escola que nos envie uma lista tríplice de professores. Depois, nossa diretoria se reúne e escolhe. Neste ano, será homenageado o professor Valter Borzane, de química, formado em 1947. Essa homenagem está marcada na Escola Politécnica para o dia 10 de novembro. Outra reunião que fazemos é uma em que sempre convidamos os alunos recentemente formados, que se graduaram no ano anterior, para que eles saibam da existência da Escola Politécnica, assim que se formam. Ultimamente, temos tido um grande apoio da diretoria da Escola Politécnica, que sempre nas aulas magnas, ou seja, na primeira aula que o “bicho” recebe, temos o direito de alguns minutos para falar para que eles já saibam da existência da nossa associação, para que não aconteça o que, lamentavelmente, aconteceu comigo. Só depois de muitos anos de formado é que fiquei sabendo da existência dessa associação bendita, que eu presido hoje.

Também temos a intenção de valorizar a qualidade de vida e, para isso, organizamos brincadeiras e competições de, por exemplo, futebol, xadrez, rúgbi, realizadas no acampamento dos engenheiros que o Instituto de Engenharia, graciosamente e gentilmente, sempre nos oferece. Inclusive, com a participação entusiasta feminina. Não neste ano, em que houve um temporal terrível, quase ninguém apareceu, mas no ano passado as moças foram e montaram um time de futebol. Faltavam elementos para completar os onze jogadores e me convidaram para jogar no time das moças. Joguei e marquei um gol de pênalti. Jogamos também golfe, organizado pelo colega (Sokano ?). Promovemos também viagens e visitas técnicas para expansão e conhecimento pessoal e técnico dos nossos colegas.

No ano passado, organizamos um projeto inédito, a (EP Polivapcom?), com o patrocínio de mais uma empresa dirigida por politécnicos. Conseguimos realizar esse projeto mapcon, que é pioneiro no seio universitário. Através de entrevistas e questionários, descobrimos o potencial de cada aluno, as suas qualidades interiores, dando a ele uma chance de melhorar a gestão da sua carreira. Também cria vantagens para a própria