18 DE MARÇO DE 2024
28ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: EDNA MACEDO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - EDNA MACEDO
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min.
2 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE EDNA MACEDO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 19/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h34min.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
a Sra. Edna Macedo.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sra. Presidente.
A
SRA PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Pela ordem.
Com a palavra o nobre deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Só para uma comunicação, nobre presidente Edna Macedo. Queria
cumprimentar aqui o nosso sempre senador Eduardo Suplicy, a deputada Leci
Brandão e saudar aqui, presidente, com alegria, nesta tarde, visitando-nos
aqui, duas pessoas lá da Califórnia, dos Estados Unidos, A Lisa, cadê a Lisa? A
Lisa e o David, acompanhados também da Luara e da Karina.
Essas pessoas vieram visitar o Brasil e
estão visitando o Parlamento no dia de hoje. E nós aqui agradecemos muito,
damos as boas-vindas aos nossos amigos californianos, americanos, que sejam
sempre bem-vindos e que possam voltar sempre para esta Casa.
Prazer e felicidade em tê-los aqui.
A
SRA PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Sejam todos
muito bem-vindos a esta Casa de Leis. Deus abençoe vocês. Passamos aos oradores
inscritos no Pequeno Expediente. Com a palavra o nobre deputado Guilherme
Cortez. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado
Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.)
Nobre deputada Leci Brandão, tem V.
Exa. o tempo regimental
A
SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssima senhora presidente, Edna Macedo, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público que nos assiste
pela nossa TV Alesp, e também cumprimento todos os funcionários aqui do serviço
geral desta Assembleia.
Sra.
Presidente, antes de dar aqui a minha fala, eu queria avisar que na
quarta-feira, dia 20, vai acontecer um ato solene, que é o Dia Nacional das
Tradições de Raízes de Matriz Africanas e Nações do Candomblé, no Auditório
Paulo Kobayashi. É uma iniciativa do deputado Maurici, do Partido dos
Trabalhadores, e minha também.
Bom, Sra.
Presidente, tem um assunto que eu gostaria de trazer para esse plenário,
porque, além de ser relevante demais, tem a ver com algo que tem acontecido nas
universidades públicas do estado de São Paulo.
Algumas pessoas
que compõem o grupo de pessoas negras tiveram suas candidaturas negadas no
curso de medicina da USP (Universidade de São Paulo), e só conseguiram efetuar
suas matrículas após recorrerem à Justiça.
Sobre esse
assunto, é sempre importante lembrarmos como chegamos aqui. A história é uma
coisa que não podemos esquecer. A mestra Sueli Carneiro explica que a luta
travada por décadas para que a identidade negra do povo brasileiro fosse
reconhecida foi uma luta muito árdua.
Muitas
lideranças e mentes se sacrificaram por isso. E a população negra brasileira é
composta por pretos e pardos, e é por isso que somos considerados a maioria da
população brasileira. Nesse sentido, não há justificativa para que pessoas
pardas tenham que ficar recorrendo para terem um direito garantido.
Por outro lado,
precisamos sempre reforçar o seguinte: o sistema de cotas tem possibilitado que
pessoas negras acessem a universidade, e esse mesmo sistema tem reduzido o
número de fraudes, e a gente sabe que isso tem incomodado muita gente.
Muitas das
pessoas que só apontam os erros não fazem muita questão de enaltecer os ganhos
dessa política pública, que são infinitamente maiores, não só para quem estuda,
mas para avançarmos enquanto país diverso, inclusivo, antirracista e democrático.
A gente sabe
que há problemas, que as análises das bancas também possuem componentes
subjetivos, mas precisamos garantir que pessoas negras - ou seja, pretas e
pardas - acessem o curso superior, sobretudo em áreas historicamente destinadas
a grupos privilegiados - como a medicina, por exemplo.
Com isso, não
queremos diminuir ou menosprezar o empenho de ninguém. Para cursar medicina em
uma das melhores universidades da América Latina e do mundo, é preciso muita
dedicação.
Mas nem tudo na
vida tem a ver com questões individuais. Estamos tentando encontrar caminhos
para promover reparações históricas e que combatam o racismo profundo que marca
a nossa sociedade. Processos como esse precisam sempre ser melhorados, mas não
podemos mais retroceder nessa questão.
Nobre deputado,
Eduardo Suplicy, V. Exa. é um homem de luta que sempre esteve na trincheira
para defender os direitos humanos e V. Exa. entende muito bem porque a gente
sempre tem a necessidade de recorrer a esta tribuna para poder falar das
questões racistas que infelizmente existem no Brasil - por todos os aspectos,
todos os modos, todos os meios.
Agora mesmo
está vindo aí essa discussão de quem é pardo, quem é preto, quem não é, e a
gente ainda vai falar sobre essa questão ainda nesta semana, aqui nesta
tribuna.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
Muito obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS -
Com a palavra, o nobre deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Nobre deputado
Vinicius Camarinha. (Pausa.) Nobre deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Nobre
deputado Simão Pedro. (Pausa.) Nobre deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Nobre deputado Major Mecca. (Pausa.)
Nobre deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge do Carmo.
(Pausa.) Nobre deputado Reis. (Pausa.) Nobre deputada Edna Macedo, nesta
Presidência.
Nobre deputado Donato. (Pausa.) Nobre
deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Nobre deputado Rui Alves. (Pausa.) Nobre
deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Nobre deputado Conte Lopes. (Pausa.) E nobre
deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.)
Encerrada a lista dos oradores
inscritos, vamos passar à lista suplementar. Com a palavra, o nobre deputado delegado
Olim. (Pausa.) Nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputado Enio
Tato. (Pausa.) Nobre deputado Lucas Bove. (Pausa.) Nobre deputado Major Mecca.
(Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Com a palavra, o nobre deputado Eduardo
Suplicy. Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidenta, deputada Edna Macedo, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, eu quero informar que há pouco assinei um manifesto sobre o
seguinte. Enquanto a comunidade internacional pede na ONU políticas de drogas
baseadas nos direitos humanos, o Senado brasileiro insiste na fracassada
abordagem punitiva.
A mais
importante comissão do Senado Federal do Brasil, Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania, aprovou a PEC 45/2023, uma emenda à Constituição
brasileira, que visa criminalizar integralmente a posse de entorpecentes e
similares, independentemente da quantidade.
Isto contrasta
fortemente com a declaração endossada por 60 países da comunidade internacional
e apresentada nas Nações Unidas durante a 67ª Comissão sobre Estupefacientes,
com apelos a políticas de drogas baseadas na redução de danos, justiça e
direitos humanos, e que evidenciam os impactos desproporcionais às pessoas
marginalizadas.
A declaração também
(Inaudível.) do último relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, que apela veementemente a descriminalização do uso e posse de
drogas.
A emenda agora
irá para votação no plenário do Senado. Se aprovada, deverá ser votada na
Câmara dos Deputados, que terá a decisão final, já que, por se tratar de
reforma à Constituição, a proposta não necessita de sanção presidencial.
Esta é uma
reação política clara a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que poderá
resultar na descriminalização de posse de drogas e na definição da quantidade
limite de maconha para diferenciar a posse para uso pessoal e o tráfico da
substância.
Estamos
profundamente preocupados com o futuro da política de drogas do Brasil,
especialmente com a inclusão de drogas como crime na Constituição. Apelamos
coletivamente aos membros do Congresso Nacional para que adotem estratégias
inovadoras e eficazes baseadas na ciência para acabar com a fracassada guerra
às drogas. Em especial, que leve em conta, sobretudo, os efeitos tão positivos
que têm sido detectados pela utilização da maconha medicinal, de um cânhamo
industrial.
Gostaria
também, Sra. Presidenta, de aqui comentar o último “Data Folha”, que, nos
jornais de hoje, indicam que, na cidade de São Paulo, 88% da população é a
favor das câmeras corporais da Polícia Militar. O uso de câmeras por policiais
em seus uniformes é apoiado por 88% dos moradores da cidade de São Paulo,
mostra pesquisa Data Folha.
Oito em cada
dez entrevistados dizem que os equipamentos devem ser usados por todos os
agentes, sem exceções, e que a medida contribuiria muito para impedir ações
violentas dos maus profissionais. Aqueles que são contrários ao uso do
equipamento representam oito por cento dos entrevistados e os indiferentes são
três por cento.
A pesquisa
ouviu 1.090 pessoas nos dias sete e oito de março e a margem de erro é de três
pontos percentuais para mais ou para menos. As câmeras corporais recebem o
apoio da maioria dos vários seguimentos das sociedades: brancos, pardos e
pretos; ricos e pobres; homens e mulheres; bolsonaristas e petistas. As margens
de erro variam para cada um desses grupos, mas nenhum deles teve menos de 79%
de respostas favoráveis às câmeras.
No estado de
São Paulo, há 10.125 câmeras instaladas nas fardas de policiais militares, o
que corresponde a cerca de 12% de todos os profissionais na ativa. Os dados
mais recentes divulgados pela Secretaria da Segurança Pública, de agosto do ano
passado, mostram que os equipamentos estavam distribuídos em cerca da metade
dos batalhões do Estado.
Procurada, a
Secretaria reiterou que o programa chamado “Olho Vivo” foi adotado no 1º e no
2º Batalhão de Trânsito na Capital. Com o Orçamento aprovado para 2024, a
Secretaria da Segurança Pública investirá na ampliação de tecnologias e
equipamentos de monitoramento em todo o Estado, visando ao enfrentamento do
crime organizado e a cadeia logística das quadrilhas que atuam no tráfico de
drogas e de armas.
A pasta não
cita ampliação de câmeras corporais, mas destaca licitação aberta para a compra
de três mil sistemas de leitores para a identificação de veículos roubados.
Segundo a pesquisa, 81% dos moradores da Capital dizem que os equipamentos
devem ser usados por todos, e 7% que o programa deveria ser ampliado, mas não para
todos os policiais.
Outros 7%
respondem que nenhum policial deveria usar câmeras corporais; 4% acham que o
programa deveria ser mantido com o número atual de equipamentos. As perguntas
da pesquisa não diferenciam policiais militares, civis e técnico-científicos.
Hoje apenas os da PM usam a tecnologia.
Desde o início
do governo Tarcísio de Freitas, o número de câmeras corporais ficou estagnado,
o contrato do programa foi renovado apenas até junho deste ano, o orçamento foi
reduzido e um estudo que apontou melhorias no desempenho dos batalhões que usam
o equipamento foi descontinuado.
O governador
deu declarações contraditórias sobre o tema em dezembro. Ele afirmou que as
câmeras corporais não têm nenhuma efetividade para a segurança dos cidadãos,
mas pouco depois disse que a política poderia até ser ampliada.
Enquanto isso,
o número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no Estado teve
aumento de 38% no ano passado, o primeiro de Tarcísio, em relação a 2022,
quando São Paulo foi governado pelos então tucanos, João Doria e Rodrigo
Garcia.
Sra.
Presidente, se eu puder, como me inscrevi outra vez para falar, falar mais uma
vez no Pequeno Expediente.
A
SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Sim, senhor.
O senhor pode prosseguir o seu discurso, nobre deputado.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
-- SEM REVISÃO DO ORADOR -
Muitíssimo obrigado. Para 82% dos entrevistados pelo “Datafolha” o uso das
câmeras tem... Nas fardas, contribuiria muito para impedir a ação violenta de
maus policiais, e outros 11% acham que contribuiria pouco.
Um total de 88%
disse acreditar que o uso dos equipamentos pode ter alguma contribuição para
diminuir a violência de forma geral, e 85% que pode diminuir a morte dos
próprios policiais.
As pesquisas em
São Paulo apontaram a eficácia do uso do equipamento. Uma análise da Unicef e
do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicada no ano passado, mostrou que
os batalhões com câmeras corporais tiveram redução de 76% no número de mortes
provocadas por policiais em serviço nos últimos quatro anos. Além disso, em
2022, as mortes de policiais em serviço caíram ao nível mais baixo já
registrado, o que também coincidiu com a adoção da tecnologia.
Outro estudo
feito pelo FGV constatou que, além da redução de mortes, houve um aumento da
produtividade dos policiais que usam as câmeras. Os registros dos casos de
violência doméstica cresceram 102% e as apreensões de armas de fogo tiveram
alta de 24% nos batalhões que usavam o equipamento.
“Do ponto de
vista das evidências científicas, tudo nos leva a crer que os resultados são
muito positivos. O uso das câmeras não diminuiu a produtividade, não reduziu
prisão em flagrante, reduziu o uso da força e deu mais segurança ao sistema
jurídico com um todo, tanto para a defesa do réu quando para a acusação”, diz a
diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.
Ela cita como
exemplo a investigação da morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, 35, da Rota.
Ele foi morto durante a operação em Santos, no litoral paulista. A câmera
corporal de Cosmo gravou o momento em que ele foi alvejado e o rosto do
assassino. “O criminoso foi identificado quase que imediatamente por causa da
câmera policial, caso contrário, não saberíamos quem era. Ele foi preso depois
por causa disso”, afirma.
No mundo, ao
menos 25 países têm policiais que usam câmeras corporais, mas o estudo indica
uma grande variação na eficácia da tecnologia para coibir casos de violência
praticada por e contra agentes de Segurança e para aumentar a produtividade
policial.
Há dois anos, o
“Datafolha” perguntou a opinião de moradores dos estados de São Paulo, Minas
Gerais e Rio de Janeiro sobre as câmeras corporais. Embora as pesquisas tenham
abrangências diferentes, os resultados, naquela ocasião, foram similares: 91%
dos paulistas afirmaram que eram a favor do uso das câmeras por policiais e 7%
contra.
Na pesquisa
realizada em março, o instituto também mostrou que a segurança é o principal
problema da Capital para 23% dos paulistanos. As prefeituras, porém, não
respondem pelo
policiamento, e as GCMs, guardas civis municipais, têm um papel secundário na
segurança pública, fazendo principalmente a proteção dos prédios públicos.
Os guardas civis, em São Paulo, não
usam câmeras corporais. No entanto, a gestão Ricardo Nunes tem feito diversas
operações em que a GCM e as polícias atuam em conjunto, principalmente na
região central da cidade.
Nunes e Tarcísio são aliados. Ao
longo do ano passado, bairros centrais registraram altas recordes de furtos e
roubos impulsionados pela dispersão da Cracolândia, que aumentou do primeiro
para o segundo semestre e se aproximou das ruas do comércio da Santa Efigênia,
no centro da Capital. Ao menos cinco pessoas foram assassinadas no centro entre
os meses de agosto e dezembro.
Assim, Sra. Presidente, eu quero
informar que eu sou plenamente a favor do uso das câmaras pelos policiais
militares. Gostaria também de aqui registrar que moradores de rua e usuários de
drogas são os principais problemas para quem vive no centro.
O asfalto e a energia superam nas
demais regiões. Pesquisa Datafolha divulgada sábado aponta que moradores de
ruas e usuários e drogas são, respectivamente, o primeiro e o segundo problema
citado pelas pessoas que moram no centro da capital paulista.
A presença de pessoas vivendo em
situação de rua incomoda 93% dos moradores da região, dado bem acima da média
registrada no resto da cidade, que é de 68%. Já a presença de usuários de droga
é um transtorno para 90% das pessoas que moram no centro, número também muito
acima do averiguado nas demais regiões de São Paulo, que foi de 74%.
Eu tenho a convicção de que, quando
for instituída a Renda Básica de Cidadania para toda e qualquer pessoa, não
importando sua origem, raça, sexo, idade e condição civil ou mesmo
socioeconômica, certamente vai melhorar muito a situação da população em situação
de rua, inclusive daqueles que frequentam a Cracolândia.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Com a palavra o nobre deputado Conte Lopes. Tem V. Exa.
o tempo regimental.
O SR. CONTE
LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o sempre senador
Suplicy, deputado desta Casa, é favorável ao uso das câmaras na polícia, e eu
sou favorável do uso de câmeras em todo mundo.
Eu acho que todo mundo deveria
andar com câmeras: juízes, promotores, deputados, não é? Todo mundo com a
câmera, inclusive os bandidos que vivem aterrorizando a população.
Veja o crime que aconteceu
hoje: um casal foi morto no Rio, e foi morto um bebezinho de sete meses. Esse é
o bandido aqui de São Paulo e do Brasil. Uma senhora e a filha foram mortas
hoje na zona leste de São Paulo, a adolescente foi estuprada.
Isso é natural, matar pessoas
nas ruas, e os bandidos à vontade, saidinha, visita íntima, ganham salário até.
No Brasil, quem mata um bebezinho de sete meses com o papai e a mamãe junto vai
ganhar um salário, tem direito a um salário. Às vezes o cidadão de bem não tem
um salário, mas o bandido tem.
Então nós somos a favor de que
todo mundo use câmera, principalmente o bandido. E o problema da câmera, que
aconteceu na Polícia Militar de São Paulo, é que ela foi colocada para
perseguição aos policiais. Esse é o grande
problema. Foi colocada para o policial não trabalhar.
Felizmente Tarcísio de Freitas, com o novo comando da Polícia
na mão de policiais, a coisa está mudando, tanto é que a população é favorável
à ação da Polícia Militar e Civil lá na Baixada.
As pessoas de bem, não adianta perguntar para a mãe de
bandido, a mulher do bandido, a filha do bandido. Tem que perguntar para as
pessoas de bem, o sorveteiro, o cara que tem um restaurante, as pessoas que
moram na Baixada se elas estão satisfeitas ou não.
Veja aí a aceitação do Tarcísio de Freitas
junto ao povo de São Paulo, o quanto ele está sendo bem quisto, e nas pesquisas
aprovando o governo dele. Em contrapartida o presidente Lula, que eu até falava
semana passada para os deputados tomarem cuidado.
Não fiquem defendendo assim, atacando a
polícia, defendendo os bandidos que morrem na Baixada, vocês vão prejudicar o
Lula. Estão prejudicando lá. Em todas as pesquisas ele está uma porcaria.
Fez uma reunião hoje de manhã. Ele tem um
ministro, Lewandowski, o ministro que era do Supremo e hoje é da Justiça e
Segurança, está há 30 dias não sei com quantos policiais procurando dois
bandidos em Mossoró.
Eu faço polícia há 50 anos, mais de 50
anos. Fernando, como é duro de pegar um bandido; vai ficar a vida inteira lá e
não vai pegar o bandido, porque os bandidos devem ter ido embora.
Agora, enquanto está a polícia toda lá em
Mossoró no resto do Brasil a bandidagem está à vontade. Gente, o bandido
precisa sentir o peso da lei. Não existe direita, esquerda e centro na
política, criminoso é criminoso. Matou um pai de família, todo mundo viu na
televisão.
O cara sai de São Paulo para fazer um
churrasco na Baixada, esse final de semana. Os bandidos matam um coitado de um
pai de família fazendo churrasco, de bermuda e camiseta, na frente da família.
Espera aí, tem pena de morte nesse país?
Não, não tem. Tem prisão perpétua? Não tem. Agora, tem saidinha temporária.
Solta na rua, põe na rua, como colocaram o André do Rap, o ministro do Supremo,
num domingo à tarde, num sábado à tarde, e depois escreve: prenda-se, como está
fazendo o Lewandowski. Pensa que é assim, que é fácil pegar bandido.
Bandido não é mais um coitado, gente. Tem
bandido de avião, que tem avião, tem helicóptero, tem embarcações, moram em
condomínios de luxo. É assim que eles vivem, uma grande parte. E tem os mais
baixos também, como toda hierarquia na sociedade. Na verdade é isso. Acho que
está na hora de nós diferenciarmos.
Sou favorável às câmeras, sim, no juiz, no
promotor, nos deputados, no padre, no pastor, todo mundo de câmera. Aí o
polícia também de câmera, e principalmente nos bandidos, bandidos de câmeras
para ver o que ele faz nas mulheres, nas crianças e nos pais de família quando
eles assaltam.
Obrigado, Sra. Presidente.
O SR. CONTE LOPES - PL - Pela
ordem, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS
- Pela
ordem com a palavra, deputado.
O SR. CONTE LOPES - PL - Havendo
acordo entre as lideranças em plenário pedir o levantamento da sessão.
A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO -
REPUBLICANOS - É regimental. Havendo acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem
do Dia da última quarta-feira.
Está levantada a sessão.
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Levanta-se a sessão às 14 horas e 34 minutos.
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