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15 DE DEZEMBRO DE 2011

056ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidente: BARROS MUNHOZ e ANDRÉ DO PRADO

 

RESUMO

ORDEM DO DIA

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de alteração da ordem do dia. Coloca em discussão o PL 954/11, que trata do orçamento para 2012.

 

002 - MARCO AURÉLIO

Discute o PL 954/11.

 

003 - ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

 

004 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência. Encerra a discussão do PL 954/11. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 21h59min; reabrindo-a às 22h03min. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 22h03min; reabrindo-a às 22h04min. Dá conhecimento da íntegra, coloca em votação e declara aprovada a consulta às lideranças quanto à apreciação da emenda aglutinativa de nº 09 ao PL 954/11. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Samuel Moreira, de método de votação ao PL 954/11. Coloca em votação o PL 954/11, salvo emendas e subemendas.

 

005 - RITA PASSOS

Encaminha a votação do PL 954/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PSD.

 

006 - HAMILTON PEREIRA

Encaminha a votação do PL 954/11, salvo emendas e subemendas, em nome da Liderança da Minoria.

 

007 - EDSON FERRARINI

Encaminha a votação do PL 954/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PTB.

 

008 - ENIO TATTO

Encaminha a votação do PL 954/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PT.

 

009 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PL 954/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PSOL.

 

010 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado o PL 954/11, salvo emendas e subemendas.

 

011 - ENIO TATTO

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PT.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PSOL.

 

013 - PEDRO BIGARDI

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PCdoB.

 

014 - OLÍMPIO GOMES

Declara seu voto contrário ao projeto.

 

015 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifeatações. Coloca em votação e declara aprovada a emenda aglutinativa de nº 09. Coloca em votação e declara aprovada a emenda "B", constante do parecer da relatora da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Coloca em votação e declara aprovadas as subemendas nºs 1, 3, 5, 6, 9, 11, 12 e 13. Coloca em votação e declara rejeitada a emenda "A", constante do parecer da relatora da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Coloca em votação e declara rejeitadas as subemendas de números 2, 4, 7, 8 e 10. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas.

 

016 - JOSÉ BITTENCOURT

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PSD.

 

017 - ENIO TATTO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PT.

 

018 - ED THOMAS

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PSB.

 

019 - OLÍMPIO GOMES

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PDT, PT, PCdoB e PSOL.

 

020 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável a todas as emendas, em nome do PSOL.

 

021 - PEDRO BIGARDI

Declara voto favorável a todas as emendas, em nome do PCdoB.

 

022 - VANESSA DAMO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PMDB.

 

023 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Encerra a discussão do PL 771/11. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PL 771/11. Coloca em votação o PL 771/11, salvo emendas e subemendas.

 

024 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação do PL 771/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PT.

 

025 - VANESSA DAMO

Encaminha a votação do PL 771/11, salvo emendas e subemendas, em nome do PMDB.

 

026 - SAMUEL MOREIRA

Encaminha a votação do PL 771/11, salvo emendas e subemendas, em nome da Liderança do Governo.

 

027 - MARCO AURÉLIO

Para comunicação, destaca a realização de audiências públicas a fim de debater a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Lamenta que o prefeito de Caraguatatuba não tenha tido suas reivindicações contempladas na lei orçamentária.

 

028 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado o PL 771/11, salvo emendas e subemendas.

 

029 - ENIO TATTO

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PT.

 

030 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PSOL.

 

031 - OLÍMPIO GOMES

Declara seu voto contrário ao projeto.

 

032 - ORLANDO MORANDO

Declara voto favorável ao projeto, em nome do PSDB.

 

033 - PEDRO BIGARDI

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PCdoB.

 

034 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Coloca em votação e declara aprovadas as emendas de nºs 184, 334 e 367.

 

035 - CAMPOS MACHADO

Para reclamação, considera abusiva e arbitrária ação de busca e apreensão ao escritório eleitoral do Deputado Antonio Mentor, requerida por juiz do município de Americana. Informa que o Conselho de Prerrogativas Parlamentares desta Casa deverá tomar providências sobre o caso.

 

036 - OLÍMPIO GOMES

Para comunicação, requer que seja enviada moção de repúdio à Corregedoria do Tribunal de Justiça quanto à realização de busca e apreensão no escritório eleitoral do Deputado Antonio Mentor.

 

037 - Presidente BARROS MUNHOZ

Afirma que a Procuradoria deste Legislativo deverá tomar as medidas sobre a questão.

 

038 - ANTONIO MENTOR

Para comunicação, pondera que o juiz responsável pela ação de busca e apreensão em seu escritório político fora induzido a erro. Agradece o apoio dos Parlamentares quanto ao caso.

 

039 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovadas as emendas "A", "B" e "C", apresentada pelo relator da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Coloca em votação e declara aprovadas as subemendas de nºs 1 a 11, constantes do parecer do relator da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas.

 

040 - ENIO TATTO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PT.

 

041 - PEDRO BIGARDI

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PCdoB.

 

042 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável a todas as emendas, em nome do PSOL.

 

043 - OLÍMPIO GOMES

Declara seu voto favorável a todas as emendas.

 

044 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Coloca em votação e declara sem debate aprovado o PL 986/11, salvo emendas. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas de nº 1 e 2.

 

045 - ENIO TATTO

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PT.

 

046 - PEDRO BIGARDI

Declara voto favorável às emendas apresentadas pelo PCdoB.

 

047 - OLÍMPIO GOMES

Declara seu voto favorável a todas as emendas.

 

048 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável a todas as emendas, em nome do PSOL.

 

049 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações.

 

050 - SAMUEL MOREIRA

Solicita a suspensão dos trabalhos por cinco minutos, por acordo de lideranças.

 

051 - Presidente BARROS MUNHOZ

Anota o pedido. Convoca a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião extraordinária, a realizar-se hoje, às 23 horas e 40 minutos. Suspende a sessão às 23h40min; reabrindo-a às 23h44min. Encerra a discussão e coloca em votação o PL 1142/11.

 

052 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PL 1142, em nome do PSOL.

 

053 - SIMÃO PEDRO

Para comunicação, manifesta solidariedade ao Deputado Antonio Mentor em razão de episódio de busca e apreensão ocorrido em seu escritório político. Elogia a apreciação de projeto de lei que versa sobre as Associações de Pais e Mestres das escolas da rede pública do Estado de São Paulo.

 

054 - ORLANDO MORANDO

Para comunicação, elogia o Governador Geraldo Alckmin em razão da apreciação do projeto de lei que regulamenta as Associações de Pais e Mestres das escolas da rede pública do Estado de São Paulo. Deseja Boas Festas a todos. Enaltece a conduta política do Presidente Barros Munhoz.

 

055 - Presidente BARROS MUNHOZ

Convoca sessão extraordinária, a realizar-se hoje, com início dez minutos após o término da presente sessão. Coloca em votação e declara aprovado o PL 1142/11. Encerra a discussão e coloca em votação o PDL 13/11.

 

056 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação do projeto, em nome do PT.

 

057 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovado o PDL 13/11.

 

058 - OLÍMPIO GOMES

Declara seu voto contrário ao projeto.

 

059 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao projeto, em nome do PSOL.

 

060 - PEDRO BIGARDI

Declara voto contrário ao projeto, cem nome do PCdoB.

 

061 - ENIO TATTO

Declara o voto contrário da Bancada do PT. Mostra-se solidário ao Deputado Antonio Mentor em razão de ação busca e apreensão realizada em seu escritório político. Faz votos de Boas Festas a todos.

 

062 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações.

 

063 - MARCOS MARTINS

Para comunicação, manifesta solidariedade ao Deputado Antonio Mentor em razão de ação busca e apreensão realizada em seu escritório político. Rememora o ano legislativo. Deseja Boas Festas a todos.

 

064 - Presidente BARROS MUNHOZ

Lamenta estar ausente em colação de grau da Etec João Maria Stevanatto, de Itapira, ocorrida hoje. Demonstra-se satisfeito em presidir esta sessão. Agradece aos colegas parlamentares pela solidariedade prestada. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, com início 10 minutos após o término desta sessão. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Há sobre a mesa o seguinte requerimento: “Sr. Presidente, requeiro nos termos regimentais que a disposição da presente Ordem do Dia seja alterada na seguinte conformidade: que o item 2, referente ao Projeto de lei 954, de 2011, passe a figurando como item 1, renumerando-se os demais itens.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

1 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 954, de 2011, de autoria do Sr. Governador. Orça a Receita e fixa a Despesa do Estado para o exercício de 2012. Com 8759 emendas. Parecer nº 1945 de 2011 da Comissão de Finanças favorável ao projeto com emendas A e B, à emenda de nº 115 e às emendas de nºs 54 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 95 138 175 176 179 181 185 187 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 215 216 217 218 222 223 224 225 226 227 228 231 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 247 251 252 256 260 265 266 267 269 271 275 277 278 280 281 282 284 285 286 287 289 290 291 292 296 297 300 302 304 305 314 390 391 392 393 397 398 399 400 401 408 412 413 414 415 416 417 420 422 426 435 436 437 441 443 446 461 462 466 468 469 471 501 528 532 536 540 545 590 596 598 612 613 623 632 633 635 645 646 647 652 655 671 680 705 743 746 782 785 788 789 796 798 831 833 859 861 864 865 866 867 868 869 871 924 928 934 946 959 964 966 967 971 972 975 977 980 984 1109 1112 1113 1126 1136 1140 1145 1150 1157 1158 1159 1164 1165 1166 1167 1169 1176 1178 1182 1184 1185 1186 1198 1205 1206 1207 1208 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Não havendo mais oradores para falar a favor, tem a palavra para falar contra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres pares, telespectadores que nos assistem pela TV Assembleia, funcionários, este momento é muito especial. A Assembleia Legislativa, como as Câmaras Municipais, e o Congresso Nacional no âmbito federal, entre suas inúmeras funções, duas são primordiais. Uma delas é fiscalizar o Poder Executivo, e a outra é legislar. Quando se fala em legislar, muitas vezes a Imprensa interpreta como o número de projetos que o deputado conseguiu aprovar, votar e colocar, na sua autoria, para a apreciação no plenário. Na verdade, todos os projetos de lei do Poder Legislativo são obrigatoriamente tramitados nesta Casa. Portanto, independente do número de projetos que alguns deputados possam apresentar, todos os projetos de todos os deputados, e do Governador do Estado de São Paulo, passam por esta Casa. E assim votamos aqui inúmeros projetos.

O que estamos votando nesta noite, nesta Sessão Extraordinária, com muita gente fazendo uso da palavra? Estamos votando uma das principais leis do Estado de São Paulo, se não for principal, que é a Lei Orçamentária Anual. É a lei que vai definir recursos para 2012. Diria que são três os projetos que ganham importância na ordem Legislativa: o Plano Plurianual que será também votado hoje, a Lei Orçamentária Anual que está em processo de votação neste momento, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A você que nos assiste possa entender, todo governo, quando entra, no seu primeiro ano tem de fazer o Plano Plurianual. É o conjunto de metas que vai estabelecer para os próximos quatro anos, e que vai valer para o segundo ano do seu mandato, o terceiro, o quarto e o primeiro do mandato do próximo, ou ele próprio se reeleito. É o projeto que mostra as diretrizes para os próximos quatro anos.

Depois temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que pega aquilo que está no Plano Plurianual e diz “Embora isso esteja previsto para os próximos quatro anos, para o ano que vem está previsto isso. Estas são as metas, estes são os programas, estes são os projetos.”

 

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- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

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Depois temos a Lei Orçamentária Anual, que é o volume de recursos que se estima arrecadar no ano seguinte, e uma vez estimado o quanto vai se arrecadar, faz então a previsão das suas despesas, investimentos e transferências. E o que vamos votar hoje e está em processo de votação é exatamente este projeto. Diz quanto se prevê de arrecadação para o ano seguinte. No caso, para o ano de 2012, se prevê arrecadar 156 bilhões de reais. E nessa mesma Peça, há aquilo que se concebe - o que vai se gastar, investir, transferir e utilizar para o ano de 2012.

Devido a importância deste projeto de lei, esta Casa tem uma comissão especial só para fazer a avaliação deste projeto e emitir o seu projeto, que é a Comissão de Finanças e Orçamento. Esta comissão, antes de chegar à data de hoje, fez praticamente quase que 30 audiências públicas, rodando Estado inteiro para ouvir a população, para submeter ao crivo da população, para que conhecesse este projeto e desse a sua opinião, o seu parecer, a sua manifestação.

É por isso que entendo quando a nossa Deputada Ana Perugini vem aqui e fala da frustração, de que quando você faz audiências públicas e ouve a população, e depois aquilo que você ouviu não é incorporado no projeto de lei, evidentemente traz uma grande frustração. Entre essas 28 audiências públicas, uma foi no Vale do Paraíba, especificamente na cidade de Taubaté, e participei desta audiência pública. Nessa audiência comandada pelo Deputado Mauro Bragato, e que estava lá também o Deputado Marcolino, ouvi um munícipe ir ao microfone e dizer que estava participando de um grande teatro. Porque, em anos anteriores, ele já tinha participado de discussões, já tinha colocado as suas sugestões e nunca se tornaram, na prática, incorporados à lei. Eu me lembro que o Presidente no momento, Deputado Mauro Bragato, disse o seguinte: “Isso não é teatro, é uma coisa séria. Estamos coletando as manifestações públicas para que possamos levar para a Assembleia.”

Portanto, as audiências públicas feitas por esta Casa foram muito bem feitas. Ouvi a população, seus reclames e suas manifestações para que venham a esta Casa, e sejam transformados em emendas para melhorar, aperfeiçoar, adequar o Orçamento, e aí então ser votado. E ter uma Peça Orçamentária que foi feita pelo Executivo, que passou pelo crivo do povo, sofreu as transformações populares e se transformou numa lei, seria então uma grande vitória do povo paulista.

Mas, infelizmente, não é isso que vai acontecer hoje. Porque todas as manifestações ocorridas nas audiências públicas não estão contempladas na Peça Orçamentária votada no dia de hoje. São 28 audiências que foram realizadas com a participação dos Deputados, população e TV Alesp, que gravou o evento, e após esse trabalhoso processo, infelizmente, nenhuma das emendas foi aprovada. As minhas dúvidas são as seguintes: quem governa não tem direito de utilizar o orçamento que quer? O governante eleito não tem o direito de aprovar projetos sobre o que pensa e pretende estabelecer para a população? Já que o indivíduo foi eleito pelas urnas, ele não teria a legitimidade para fazer o orçamento da maneira como julgar necessário? Eu diria que ele não possui a legitimidade para conduzir os trabalhos da maneira que acredita ser mais adequada.

Explanarei como procede a nossa democracia: uma eleição é disputada, no caso para Governador de São Paulo, se o candidato mais votado ultrapassar mais de 50% dos votos no primeiro turno ele será eleito. Aqui no nosso Estado o Governador eleito não chegou nem a 51% e mesmo assim venceu o primeiro turno. Diante disso eu pergunto: e os outros 49% que não votaram no Governador vigente? Onde essa porcentagem da população se faz representar? Para que se corrija essa distorção democrática e não tenha um governo eleito por apenas 51% e que imponha a ideia dele sobre os cem por cento, necessita-se ter um responsável pelo equilíbrio de poder, o Poder Legislativo. Nos municípios dos senhores quem faz esse equilíbrio é a Câmara Municipal com os seus Vereadores, no nosso País o equilíbrio democrático é feito pelo Congresso Nacional, e no Estado de São Paulo o responsável por essa igualdade de poder é a Assembleia Legislativa.

Por isso as emendas apresentadas por esta Casa e pelos seus Parlamentares possuem a legitimidade que lhe foi constituída nas urnas. É exatamente a participação desta Casa de Leis e dos deputados, e principalmente pelo respeito que temos pela população, que faz com que as audiências sejam realizadas e as emendas tenham toda a legitimidade, e se fossem aprovadas proporcionariam o equilíbrio democrático à Peça Orçamentária do Governo do Estado de São Paulo. Portanto, não acolher as emendas é deslegitimar a participação popular e a democracia que foi duramente conquistada na Constituição de 1988. É isso que infelizmente estamos vendo na noite de hoje. Desaprovando as emendas nós temos a não participação da população, dos 49% que não votaram no atual Governador e a imposição de uma parte sobre os demais.

A Constituição Federal diz em seu Art. 1º, Parágrafo Único “Todo o poder emana do povo que o exerce através dos seus representantes eleitos ou diretamente nos termos dessa Constituição.” Repito! Deputado Pedro Bigardi, o poder emana do povo que o exerce. A população utiliza o seu poder no momento da eleição e continua a exercê-lo por meio dos seus representantes.

Portanto, toda emenda apresentada aqui pelos representantes da população são emendas provindas do povo, e vem com essa legitimidade do Artigo1º em seu Parágrafo Único, da Constituição Federal. Quando não aceitas e não acolhidas aqui, evidentemente, estamos confrontando a democracia, a vontade popular, com a vontade de um partido político eleito na última eleição.

É muito diferente o que foi dito anteriormente, na Sessão Ordinária, que tem um determinado partido querendo mandar, querendo impor. Não é nada disso. Basta ler a Constituição. Basta verificar o que consta na Constituição, para que em seu cumprimento, possamos dar o devido respeito às emendas aqui efetuadas.

Portanto, fazer alterações, fazer inclusões e fazer modificações na Peça Orçamentária, é um dever democrático nosso.

Agora, citarei um exemplo, para termos uma ideia da necessidade que teríamos de fato, de fazermos mudanças na Peça Orçamentária: a Peça Orçamentária do Governo do Estado de São Paulo recebeu um pedido do Tribunal de Justiça, para que a Justiça da Infância e da Juventude fosse contemplada com uma verba de 62 milhões de reais para que esta área pudesse trabalhar no ano de 2012. Eles apresentaram esse pedido ao Governador, inclusive, indicando aqui aonde seriam destinados esses R$ 62 milhões: para o pagamento do pessoal, para o material de escritório, para serviços de utilidade pública, serviços de informática, imobiliários, ou seja, oferecer condições à Secretaria de Justiça, na área da Infância e da Juventude, para que pudessem funcionar no ano de 2012. O pedido foi para o Governador. E quanto o Governador mandou para esta Casa? Ele não mandou R$62 milhões. Alguém pode perguntar: Quanto mandou, R$30 milhões? Não, não mandou R$30 milhões. Mandou R$8 milhões? Não. Não mandou R$ 8 milhões.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

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Sabem quanto mandou? Dez reais! Então, nós fizemos umas emendas que pudessem restabelecer este valor, para que a Secretaria da Infância e da Juventude pudesse funcionar, mas não vai porque essa emenda de R$62 milhões, não será restabelecida. Com isso, vemos a distorção que temos do Orçamento.

Citei apenas um exemplo porque meu tempo acabou, mas temos outros exemplos que mostram a importância que esse Governo está dando para essa questão da Criança e do Adolescente. Apenas um exemplo! Temos inúmeros exemplos que, infelizmente, não serão corrigidos nesta Casa, porque as emendas não foram acolhidas. É uma pena.

Quem sabe nos próximos anos possamos ter um avanço e com nosso poder, transformar, modificar e alterar os Orçamentos, que represente o povo paulista e não um partido político. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência suspende a sessão por três minutos em benefício da ordem dos trabalhos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 21 horas e 59 minutos, a sessão é reaberta às 22 horas e três minutos sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A Presidência suspende a sessão por mais três minutos.

 

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- Suspensa às 22 horas e três minutos, a sessão é reaberta às 22 horas e quatro minutos sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação. Há sobre a mesa emenda aglutinativa com número regimental de assinaturas dos Srs. Líderes.

Esta Presidência, nos termos do Art. 175, § 1º do Regimento Interno, consulta se os líderes presentes concordam em dar conhecimento e colocar em votação a emenda aglutinativa. Os Srs. Líderes que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Havendo anuência das lideranças dispenso a leitura da emenda por já ser de conhecimento de todos.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, há sobre a mesa requerimento de método de votação nos seguintes termos:

1.                                        Projeto de lei 954/11 salvo emendas e subemendas;

2.                                        emenda aglutinativa;

3.                                        Emenda ‘b’ da relatora constante do parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento;

4.                                         Subemendas de nºs 1, 3, 5, 6, 9, 11, 12 e 13 constantes do parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento;

5.                                        Emenda ‘a’ da relatora constante do parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento;

6.                                        Subemendas de nºs 2, 4, 7, 8 e 10 às emendas constantes do parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento,

7.                                        demais emendas englobadamente.

Assina Deputado Samuel Moreira.

Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o item 1 do requerimento - Projeto de lei 954/11 salvo emendas e subemendas.

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela Bancada do PSD.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Nobre Deputada Rita Passo, esta Presidência quer anunciar com satisfação e parabenizar o aniversariante de hoje o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Palmas.)

Tem a palavra a nobre Deputada Rita Passos para encaminhar a votação pela Bancada do PSD.

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, gostaria muito de ocupar esta tribuna para dizer que o orçamento está bem próximo dos anseios da nossa bancada. No entanto, vou me focar apenas no tema justiça da infância e juventude.

Realizei inúmeras reuniões com os coordenadores da infância e juventude no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Conversei com o Dr. Malheiros, que me falou das inúmeras dificuldades enfrentadas nessa área. Faltam profissionais especializados, faltam varas especializadas no Estado de São Paulo. Na Cidade de São Paulo existem apenas 11 varas especializadas. Outras estão espalhadas pelo Estado, o que justifica a especialidade nesse tema porque na maioria das vezes os casos são tratados na área criminal, civil, familiar.

No dia 7 de dezembro a Frente Parlamentar de Adoção e pró-Convivência Familiar discutiu muitas questões nessa área. Contamos com a presença do Dr. Malheiros, do Juiz Dr. Yassin, do Dr. Belini, Presidente da Comissão de Direito à Adoção da OAB/SP, do Gaasp, Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo, todos manifestaram as problemáticas enfrentadas e a urgência de providências para melhorar a questão da especialidade nas varas em todo o Estado de São Paulo.

Apresentei quase 68 milhões de reais em emendas ao orçamento, justamente o necessário para a instalação das varas especializadas em todo o Estado e contratação de funcionários especializados como assistentes sociais e psicólogos. Muitas vezes não se tem um resultado satisfatório porque não se têm pessoas especializadas na área e o que acontece? Como o casal não teve um acompanhamento com psicólogo e assistente social, depois de um tempo acabam devolvendo a criança. Isso tudo porque não existem especialistas trabalhando nessa área para orientar as pessoas que querem adotar uma criança.

Nós temos pressa, Sr. Presidente. Temos que defender se crianças, os jovens, os adolescentes; precisamos tratá-los com respeito, com atenção, com cuidado. Porque o trabalho que fazemos com eles agora poderá evitar catástrofes futuras. Muitas vezes quando a criança chega aos 18 anos e não é adotada ela não tem para onde ir. Não tem uma casa, um parente e vai parar nas ruas. Frequentemente pessoas de ruas, como dizemos, são pessoas que não têm um lar. Não são todas, mas isso acontece.

Como citado pelo Dr. Iacim, uma vez conversando com um jovem prestes a completar 18 anos ele chorava muito e dizia que ia completar 18 anos e não tinha para onde ir. Se tivéssemos especialidades, se houvesse um trabalho mais forte as crianças poderiam ser adotadas com mais rapidez. Se houvesse mais grupos de apoio à adoção, se pessoas com o perfil quisessem adotar uma criança que normalmente são crianças com menos de 3 anos, brancas, meninas, sem irmãos, se corações se abrissem e resolvessem adotar crianças com mais idade, com irmãos, negras, meninos... Precisamos trabalhar com urgência nessa área.

Infelizmente foram transferidos, numa subemenda, apenas 10 milhões de reais. Necessitávamos de 68 milhões e serão apenas 10 milhões. É uma pena. É um avanço pequeno e poderia ser melhor. Obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Sr. Presidente, como vice-líder da minoria, indico o nobre Deputado Hamilton Pereira para encaminhar a votação.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É regimental. Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira, pelo prazo regimental.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Srs. Telespectadores, Sras. Telespectadoras, outros deputados já disseram desta tribuna e eu reafirmo que nos aproximamos do ápice do processo legislativo que ocorre todo final de ano, quando temos oportunidade de debatermos, até de polemizar e defendermos a destinação de recursos para as mais diversas áreas dentro do Projeto de lei Orçamentária do Estado de São Paulo.

O Orçamento público reúne a contribuição de cada um de nós que contribuímos com pagamento de impostos para os cofres públicos, fruto do que se produziu para a grandeza deste estado. Uma parte substancial do que você produziu vai para os cofres do Estado, em poder da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

Todo ano o governo tem que enviar para esta Casa um projeto de lei orçamentária dizendo o que fará com o bolo de recursos fruto das nossas contribuições. É assim que, dentro desse bolo, segundo a previsão desta Lei Orçamentária nº 954 de 2011, que votaremos dentro de instantes, vai definir quanto será destinado para a área da saúde. Saúde que é tão importante e vital para todos. Da mesma forma para a educação. Quanto será destinado para a educação das nossas crianças, dos nossos filhos, dos nossos netos aqui no Estado de São Paulo? Da mesma maneira a segurança pública. Todas as pesquisas de opinião, hoje, mostram que uma das maiores preocupações do povo do Estado de São Paulo é a segurança pública. Porque é verdade que, com a expansão econômica do estado, aumenta a densidade habitacional nos grandes centros e consequentemente aumenta a violência.

Temos ouvido um deputado desta Casa falar seguidamente que as pessoas que morrem por acidente, vítimas da violência, quantitativamente podemos comparar o Estado de São Paulo como resultado de uma guerra como a do Vietnã. Isso é verdade. Daí essa preocupação com quanto será destinado à segurança pública.

Os prefeitos do Estado de São Paulo, que têm de dar satisfação à população do seu município, também esperam do governador do estado destinação de recursos para o saneamento básico, para urbanização, para as vicinais de todo o interior do estado, para melhoria das estradas, enfim, do sistema de transportes. Dessa maneira, cabe a nós deputados desta Casa discutir esse Orçamento e fazer os devidos reparos. É isso que fazemos nesta noite. Por esta tribuna já passaram deputados dos mais diversos partidos, sendo 16 partidos e 94 deputados.

A Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa percorreu praticamente todo o estado. Cada cidade sede de uma região administrativa, cada cidade sede de uma região de governo contou com uma audiência pública em que foram apresentados os números, a arrecadação do estado e aberto um debate com os Srs. Prefeitos, vereadores, com a sociedade civil organizada - sindicatos, associações, organizações não governamentais. E nós que participamos de algumas dessas audiências - houve deputados que participaram de todas as audiências - nos comprometemos com a população no sentido de que faríamos aqui um bom debate. E faríamos o possível para que o Orçamento do Estado fosse distribuído de maneira a fazer justiça, a chegar lá no interior do estado por meio de melhorias para que se eleve cada vez mais a qualidade de vida do povo paulista, das crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos que dedicaram sua vida à construção das riquezas deste Estado.

No entanto, chegando a esta Casa, verificamos que ao elaborar o parecer do Orçamento a deputada incumbida de fazer uma leitura das emendas possíveis de serem incorporadas ao Orçamento acabou não atendendo à demanda das regiões administrativas, das regiões de governo, que acabaram aparecendo fruto da apresentação da Comissão de Finanças e Orçamento, dos deputados que têm bases regionais.

Estou com um documento que recebemos na audiência pública realizada em Itapeva. Estávamos lá os deputados Mauro Bragato, Luiz Claudio Marcolino, Ulysses Tassinari, natural de Itapeva, e este deputado que vos fala. Recebemos uma pauta de reivindicações. Só para ter ideia de algumas reivindicações: doação de 4 kits de equipamentos para operação tapa-buracos nos municípios que compõem a macrorregião de Itapeva; pavimentação asfáltica da Rodovia 249, que liga os municípios de Ribeirão Branco, Apiaí, numa extensão de 45 km. Um dos objetivos é oferecer ao sudoeste paulista mais uma alternativa de tráfego até a capital paranaense, Curitiba. Observação: o projeto técnico já foi contratado, mas as concessionárias não fazem. Aquilo que acolhemos nesse encontro com as lideranças de Itapeva, aquilo que a Comissão de Finanças e Orçamento acolheu em todas as audiências públicas - Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Baixada Santista, São Paulo capital, regiões metropolitanas, Campinas - foi trazido para cá.

Mas, telespectadores, cidadão contribuinte, perdoe-nos a nós deputados e deputadas, não conseguimos sensibilizar os representantes do Poder Executivo, para que incluíssem no Orçamento do estado aquela que era a sua vontade, aquele que era o seu direito.

Estamos nos encaminhando para o final do ano legislativo. Dentro de instantes estaremos votando o Orçamento, que tem uma previsão de 160 bilhões de arrecadação para o ano de 2012, recursos suficientes para promovermos o desenvolvimento do Estado de São Paulo, a distribuição regional desse orçamento de forma a proporcionar melhorias substanciais na qualidade de vida de cada cidadão e de cada cidadã.

Ousamos falar aqui de Saúde, Educação, Segurança Pública, Habitação, Desenvolvimento regional; todas as políticas sociais estão consignadas em nossa Constituição como direito do cidadão e dever do estado. E o que fizemos dessa tribuna foi cobrar do estado o dever constitucional e social que tem para com seus cidadãos e cidadãs.

Tentamos fazer a nossa parte, mas não fomos ouvidos, mas continuaremos vigilantes, porque embora um deputado diga de vez em quando desta tribuna que ele não admite que o deputado que não é médio fale de saúde, que não é professor fale de educação. Fomos eleitos e apenas os eleitos deveriam elaborar o Orçamento. Todos aqui fomos eleitos.

Obrigado pelo seu voto, pela sua confiança. Desculpe-nos por não conseguirmos, neste Orçamento, incluir a sua vontade e a sua necessidade. Continuaremos lutando. Muito obrigado pela confiança. Muito obrigado àqueles deputados e deputadas que preservaram essa sensibilidade para com o povo de São Paulo e lutaram para que incluíssemos todas as emendas acolhidas nas audiências públicas do Orçamento do Estado de São Paulo que, infelizmente, não constam do relatório final deste Orçamento que votaremos daqui a instantes.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação em nome da bancada do PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem V.Exa. a palavra, pelo tempo regimental.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, amigos da TV Assembleia, estamos votando o projeto mais importante da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que é o Orçamento. Certamente a deputada Maria Lúcia Amary vai fazer uma exposição sobre as várias secretarias, mas vou me deter um pouco sobre a Segurança Pública.

O que conseguimos? Muito do que foi discutido nas audiências públicas foi acolhido no relatório do Orçamento. Foram apresentadas 311 emendas suplementando os recursos da Secretaria da Segurança Pública. O programa Modernização da Segurança Pública 132 emendas. Reaparelhamento da Polícia paulista recebeu 128 emendas, e isso foi avaliado com muito carinho. São Paulo Vivendo em Paz, para a Polícia Militar do Estado de São Paulo, alvo de 69 emendas, foi acolhido. Adequação de unidades policiais militares. A Polícia Civil do Estado de São Paulo, responsável pela polícia judiciária, pela investigação policial, recebeu uma adequação financeira que lhe dá o devido suporte. Instalações da Polícia Civil do Estado de São Paulo serão melhoradas.

O aparelhamento da Polícia Civil do Estado de São Paulo recebeu 9 milhões; para aumento do efetivo, 9 milhões. Com relação à Polícia Militar do Estado de São Paulo, 15 milhões para aumento do efetivo, ampliação de seu contingente na cidade de Sorocaba, no abc - três milhões. Incremento das bases comunitárias, aquilo que faz a Polícia ficar próxima do cidadão. É a polícia junto do povo, também recebeu verba no Orçamento. Construção e readequação de instalações físicas do Corpo de Bombeiros, atendendo sugestões apresentadas na região de Presidente Prudente, Campinas, Grande São Paulo - 3,5 milhões; tudo isso foi acolhido no Orçamento.

Readequação das unidades do IML, tema da audiência pública realizada em Guarulhos - vai receber a sua cota. O Orçamento foi estudado, avaliado com muita responsabilidade e por isso pudemos dar à Polícia de São Paulo os 15 % de aumento, que já constam nos holerites de todos os policiais; 11 % garantidos em 1º de agosto do ano que vem. Exatamente por causa desse critério pudemos dar a todos os oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo a promoção ao posto imediato, uma reivindicação de 20 anos. Ela acabou de ser atendida. E aqueles 1314 oficiais que ficaram fora desse atendimento serão atendidos também. Aquilo que era falado nas audiências públicas foi acolhido. Houve aumento de 900% no vale-refeição do policial. Unificação dos quadros da policia feminina com a polícia masculina foi uma grande conquista. Tudo isso conseguimos atender. No próximo ano, para a Polícia Militar, para seus 23 helicópteros, seis aviões, 16 mil viaturas, está prevista a sua manutenção no próximo orçamento. A peça orçamentária foi feita e elaborada com o maior critério. Todas as audiências foram, na medida do possível, devidamente acolhidas.

Quero dizer aos meus amigos da Polícia Militar e ao povo de São Paulo que a polícia de São Paulo baixou os índices de forma incrível. O número de homicídios em São Paulo baixou de forma efetiva, graças à atuação da polícia e graças a esse orçamento, que vai receber no próximo ano. Esse orçamento, na medida do possível, foi muito bem elaborado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação o item 1 do roteiro.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, para encaminhar pela Bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto, para encaminhar pelo PT, pelo prazo regimental.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste, é o nono ano em que estou aqui na Assembleia, e pelo menos em sete ocasiões fiz o encaminhamento pela Bancada do PT da votação do orçamento.

Nada mudou, Deputado Marcolino, que fez o trabalho tão bonito na Comissão de Finanças e Orçamento. Todas as vezes em que assomei à tribuna, comecei a dialogar e cobrar dos relatores do orçamento. Mas não vou mais fazer isso, não. Há pouco tempo dialoguei muito com a Deputada Regina, a respeito da relatoria dela sobre a LDO.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência solicita silêncio no plenário, para que possamos ouvir o orador na tribuna.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Hoje o relatório é da Deputada Maria Lúcia Amary. Quero colocar um dado importante dos últimos quatro anos, para verificar o retrocesso que é o orçamento do Estado de São Paulo, um orçamento tucano.

Em 2008 o relator era o Deputado Samuel Moreira, Líder do Governo. A Assembleia Legislativa conseguiu mexer no orçamento no valor de 1,67 bilhão. Em 2009 o relator era o Deputado Roberto Engler. A Assembleia Legislativa conseguiu mexer em 2,007 bilhões. Aí veio o relator Deputado Bruno Covas, hoje Secretário do Meio Ambiente. Em 2010, de 2,007 bilhões, ele baixou para 170 milhões. No ano passado o relator foi novamente o Deputado Bruno Covas, que diminuiu para 50 milhões.

Essa é a verdade. Esse é o respeito dos tucanos, do Governo, e é a forma como a Assembleia Legislativa se empenhou, se comportou diante do relatório do Governo do Estado de São Paulo.

Falo isso porque a ideia do Governo é que a Assembleia Legislativa simplesmente, como disse a Deputada Ana Perugini, simplesmente carimbasse o orçamento e aprovasse o orçamento intacto, sem mexer. O problema somos nós, o nosso comportamento.

Quando vejo o Deputado Campos assomar à tribuna e falar da Defensoria, cobrar do PT, fiquei esperando que ele viesse aqui defender o Secretário José Benedito Pereira Fernandes, Secretário de Esportes, Juventude e Lazer do Estado de São Paulo. O orçamento do Esporte, no ano passado, era de um bilhão, e está caindo para 837 milhões, 0,5%. Esperava que ele viesse defender aqui aumento na área do Esporte.

Recebemos uma comissão de desportistas e no Colégio de Líderes, eu me lembro muito bem daquele dia, houve comentários, e foi unânime: nós precisamos no mínimo dobrar o orçamento na área do Esporte. Infelizmente o que está sendo acrescentado são 20 milhões, depois de muita luta no dia de ontem.

A área da Agricultura e Abastecimento tem o orçamento executado neste ano de 1,044 bilhão, e está sendo reduzido para 916 milhões, 12% a menos. E o orçamento aumentou. Como explicar para os agricultores do Estado de São Paulo? Como explicar aos pequenos produtores uma diminuição de 12%?

Emprego e Relações do Trabalho tinha 267 milhões, caiu para 192 milhões, 27% a menos. Como explicar para essa juventude e vai querer combater o tráfico, a droga, o crack, um grande problema, se você investe isso no Trabalho, que é a Pasta responsável pela geração de emprego?

A Cultura era de um bilhão e foi alterada para 837 milhões. Deputado Campos Machado, se eu não me enganasse, se fosse aquilo que eu tivesse falado, seria muito bom. Na verdade, o Esporte, de 179 milhões, caiu para 160 milhões. A Cultura é que caiu de um bilhão para 837 milhões.

Estou falando dessas áreas porque é simbólico. Quando queremos uma sociedade sadia, culta, quando queremos a juventude no bom caminho, estamos falando de esporte, lazer e cultura. Estamos falando de trabalho, de geração de emprego. E é esse o Governo do PSDB.

Orçamento é onde você define as prioridades de um governo, é onde você define o que quer fazer para a sociedade. E percebemos que o Governo tucano é isto aqui. Não vou nem entrar na área da Saúde, da Habitação, do Transporte, mas essas áreas não são levadas a sério, não é prioridade. Imagino que para quem trabalhou num cargo executivo isto aqui tem que ser prioridade, em qualquer governo.

Falo isso porque no Governo Federal, nos últimos nove anos, desde o primeiro ano do Lula até agora, tenho certeza de essas Pastas aumentaram, e aumentaram muito. Para as prefeituras comandadas pelo PT, essas Pastas são prioridade em todos os governos do PT, porque aqui é que se faz a diferença. É o investimento na área social.

Infelizmente o Governo do Estado trata dessa forma. Nós defendemos as audiências públicas e o orçamento regionalizado. Já foi falado aqui, mais de uma vez. Mas não vamos desanimar, não. Mas temos que deixar claro para a sociedade do Estado de São Paulo que a mudança só vai acontecer no dia em que os tucanos saírem do Governo. Isso é fato, e penso que está na hora.

Por que todos participaram das audiências públicas? A comissão, suprapartidária, Presidente do PSDB, Mauro Bragato andaram por todo o Estado de São Paulo. Do PT participaram o Deputado Marcolino, Deputada Ana Perugini e Simão Pedro. Chegaram num consenso, pegando as prioridades de cada região do Estado. Muitas audiências públicas. Vocês sabem quantos milhões ia mexer no Orçamento? Um bilhão, 256 milhões de reais: menos de um por cento! Nós, da Assembleia Legislativa, não podermos mexer no Orçamento do Estado de São Paulo em pelo menos um por cento? Realmente, somos carimbadores de Orçamento. Por isso é que há esse descrédito.

O Deputado Campos Machado vem à tribuna e defende as prerrogativas dos parlamentares. Prerrogativa para levantar o moral da Assembleia Legislativa é defender ajustes no Orçamento. É fazermos a nossa parte, corrigirmos essas distorções, e não ficarmos discutindo como ontem: “Vamos colocar mais cinco milhões para o Desembargador Malheiros para fazer o belíssimo trabalho que ele faz na Vara da Infância e da Juventude.” Ele pediu 50 milhões, o que é pouco. Vamos consertar o ajuste do Iamspe, uma velha luta para chegar aos dois por cento, que é a contrapartida que o Estado tem que honrar. Estávamos discutindo destinar cinco milhões a mais. O que são cinco milhões num Orçamento de 160 bilhões?

A Defensoria Pública, tão combatida pelo Deputado Campos Machado. Fizemos um grande debate nesta semana. Defendemos a Defensoria Pública porque queremos uma Defensoria autônoma e independente. Não destinar dinheiro para a Defensoria no Orçamento significa não aumentar o número de defensores, é manter os 500 profissionais - e precisamos de 1.500, no mínimo.

Mais uma vez, temos um Orçamento pífio, injusto, que não atende aos anseios da população do Estado de São Paulo. Por isso, a Bancada do Partido dos Trabalhadores vai fazer a sua declaração de voto contrário a esse Orçamento.

 

O Sr. Carlos Giannazi - PSOL - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela Liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O Sr. Carlos Giannazi - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectador da TV Assembleia, assomo à tribuna para encaminhar contrariamente à aprovação do PL 954/2011, que versa sobre o Orçamento para 2012, pelas razões que já apresentei durante o processo de discussão.

Em primeiro lugar, porque esse Orçamento é autoritário e antidemocrático, pois não incorporou as propostas da sociedade civil organizada, que participou das audiências públicas, e muito menos as emendas que apresentamos na Assembleia Legislativa. Isso confirma o que já foi dito, o que estamos exaustivamente afirmando há muitos anos: a Assembleia Legislativa tornou-se apenas uma seção, um departamento subalterno ao Palácio dos Bandeirantes.

Em segundo lugar, porque se trata de um Orçamento antissocial, que não traz aportes orçamentários significativos para áreas sociais, como, por exemplo, Educação Pública, que vive uma grande crise. Até gostaria de entrar um pouco nesse tópico, em relação à Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). Desvios e superfaturamento de obras vêm ocorrendo há muito tempo nessa autarquia ligada à Secretaria da Educação, que tem canalizado recursos do Orçamento da Educação para o ralo profundo da corrupção. Já estamos fazendo essa denúncia há um bom tempo, denunciando o superfaturamento das construções escolares, da compra de material didático, das reformas escolares. Já acionamos o Tribunal de Contas, o Ministério Público. Já levamos essa discussão para a Comissão de Educação.

Gostaria de registrar que o Presidente da FDE não compareceu nas comissões. Ele foi convidado várias vezes, depois convocado, porque tínhamos muitas indagações a fazer. Sem contar que isso significa desvio de dinheiro público do Orçamento da Educação, temos a ineficiência da Secretaria da Educação e da FDE em relação às reformas escolares. As escolas continuam totalmente abandonadas no Estado de São Paulo.

Pela manhã, tivemos acesso a uma denúncia gravíssima, de uma escola na Vila Mariana, nas proximidades da Rua Luís Góis. Refiro-me à Escola Estadual Eurico de Abreu Sodré. Trouxe algumas fotos que gostaria de mostrar no telão para que os parlamentares tenham acesso à situação da escola. A irresponsabilidade e leviandade da Secretaria da Educação em não organizar uma reforma adequada geraram esse tipo de situação. Hoje, a escola teve que suspender as aulas porque não houve a reforma, apesar dos diversos pedidos.

Aqui, apenas uma pintura que foi feita, uma pequena obra que nem foi solicitada pela escola. Ou seja, a FDE não consulta as escolas. Choveu nesta noite e a escola foi totalmente desativada, os dois andares, mais de dez salas. Não houve aula hoje por conta da falta de reforma do telhado.

Vamos apresentar um pequeno vídeo que mostra as goteiras, chovendo dentro da escola.

 

* * *

 

- É feita a apresentação de vídeo.

 

* * *

 

São imagens chocantes. Não dá para nós, do PSOL, aprovarmos um Orçamento antidemocrático e antissocial que não resolva esse tipo de problema. Esse é um dos muitos motivos que nos levam a ter essa posição de contrariedade à aprovação desta Peça Orçamentária.

Gostaria de fazer um agradecimento ao Deputado João Paulo Rillo e ao Deputado Campos Machado pelas intervenções que V. Exas. fizeram em relação à audiência pública que tivemos na Comissão de Educação e Cultura, com a presença do Secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, que não respondeu às perguntas que tínhamos feito, principalmente em relação a uma questão gravíssima que levantamos em relação ao Orçamento da Cultura. Temos dados mostrando que quase a metade do Orçamento da Secretaria da Cultura é destinada a empresas terceirizadas. É inconcebível que a metade do Orçamento dessa Secretaria seja destinada às Organizações Sociais. Isso, na prática, significa que o Estado está lavando as mãos em relação à gestão da Cultura. Isso não foi respondido, o Secretário fugiu dessa discussão, como foi mencionado pelo Deputado João Paulo Rillo, de forma arrogante e prepotente.

Exigimos o não fechamento da Escola de Música do Estado de São Paulo, que é ligada à antiga Universidade Livre de Música Tom Jobim, que está sendo desmontada por conta dessa terceirização, e agora a Secretaria de Cultura está fechando o curso na unidade Brooklin. Isso gerou protesto e revolta dos alunos, dos pais e da comunidade daquela região, e nós fizemos esse debate também. A escola tem de continuar. O fato é que, depois que a Escola Livre de Música foi terceirizada, tivemos queda na qualidade de ensino, tivemos a demissão de centenas de professores que são extremamente reconhecidos nessa área musical. O fato é que temos um desmantelamento do ensino de Música no nosso Estado por conta das terceirizações. Os nossos equipamentos públicos estão sendo entregues para as Organizações Sociais de caráter privado. A Organização Santa Marcelina tem uma faculdade de Música e é então essa instituição que está administrando a antiga Escola Livre de Música, com uma concepção totalmente diferente que destruiu o projeto original, que era de excelência.

Infelizmente, essa tem sido a prática não só da Secretaria da Cultura, mas da Saúde, de privatizar, de terceirizar. O Governador Geraldo Alckmin anunciou recentemente que pretende até privatizar as cavernas, as cachoeiras e os parques estaduais. Esse é o DNA do PSDB no Estado de São Paulo e do Brasil.

As pessoas deveriam ler o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que faz um histórico e com provas, inclusive, de como se deu o processo de privatização, a corrupção e as propinas que rolaram em torno desse fato no Brasil, desde a era Fernando Henrique Cardoso.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, porque acho que já se esgotou os motivos apresentados por mim durante a discussão, e por vários companheiros dos pontos negativos deste Orçamento, que são até maiores do que os positivos, eu abro mão de fazer o encaminhamento pelo PDT, para que o cansaço e o estresse da longa jornada não prejudiquem mais os trabalhos desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo ao Projeto de lei 954, de 2011, salvo emendas e subemendas, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Declaro voto contrário da bancada do Partido dos Trabalhadores, e apresentar declaração de voto por escrito.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Declaro voto contrário do PSOL, porque a nossa opinião é de que o projeto é antissocial e antidemocrático.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Declaro voto contrário da bancada do PCdoB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, para fazer declaração do meu voto contrário ao projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

Item 2 - Emenda Aglutinativa. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Item 3 - Emenda B da relatora, constante do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Item 4 - Subemendas de nºs 1, 3, 5, 6, 9, 11, 12 e 13, constantes do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovadas.

Item 5 - Emenda A da relatora, constante do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitada.

Item 6 - Subemendas de nºs 2, 4, 7, 8 e 10 às emendas constantes do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

Item 7 - Demais emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PSD - Declaro voto favorável às emendas do PSD, principalmente aquelas que foram interpostas pela Deputada Rita Passos, que almejava modificar o Orçamento incluindo mais recursos para a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Declaro voto favorável às emendas apresentadas pela bancada do Partido dos Trabalhadores, em especial a vinda das audiências públicas em todo o Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Declaro voto favorável da bancada do PSB às nossas emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Declaro o meu voto favorável às emendas do PDT às emendas apresentadas pelos parlamentares do PT, do PCdoB e do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Declaro voto favorável às emendas do PSOL e a todas outras emendas apresentadas.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Declaro voto favorável a todas as emendas, especialmente as apresentadas pelo PCdoB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - Declaro voto favorável às emendas da bancada do PMDB.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Bancada do PT ao PL 954/11.

“A Bancada do Partido dos Trabalhadores expressa, nesta declaração de voto, as razões de seu posicionamento contrário ao Projeto de lei nº 954, de 2011, que orça a receita e fixa as despesas do Estado de São Paulo para o exercício de 2012.

O Projeto de lei nº 954, de 2011, orça a Receita e fixa a Despesa da Administração Direta e Indireta do Estado de São Paulo para o ano de 2012, num montante de R$ 156.543.055.050 (cento e cinqüenta e seis bilhões, quinhentos e quarenta e três  milhões, cinqüenta e cinco mil e cinquenta reais).

Em pauta pelo período regimental, o projeto recebeu 8.758 emendas. Destas, 204 emendas foram apresentadas pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, refletindo as sugestões apresentadas pela população nas audiências públicas realizadas pelo Poder Legislativo, em todas as regiões do Estado.

Iniciadas as discussões sobre o Orçamento Estadual 2012, na Assembleia Legislativa de SP, alguns desafios principais estavam colocados.

Primeiro, ampliar a transparência do processo legislativo e da liberação dos recursos por parte do Poder Executivo, no tocante às emendas parlamentares individuais (cota parlamentar), principalmente diante da crise que envolveu toda a Casa nos últimos meses, com acusações de desvios e pagamentos de propinas em relação a essas emendas.

Um segundo desafio presente nas discussões seria a incorporação das principais demandas regionais apresentadas pela população nas audiências públicas do orçamento estadual realizadas pelo Legislativo.

Através das sugestões apresentadas pelas mais de 3 mil pessoas presentes nas 28 audiências públicas realizadas, a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento elaborou e aprovou, por unanimidade, 204 emendas, sendo 167 emendas de caráter regional e 37 emendas de caráter geral.

Com essas emendas, a CFOP produziu uma criteriosa seleção das ações prioritárias para o Estado como um todo e para cada uma das regiões, com base nas reivindicações apresentadas pela população.

O valor total dessas emendas foi de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 433,6 milhões referentes às emendas regionais e R$ 389 milhões referentes às emendas gerais (conforme tabela resumida abaixo).

A incorporação das emendas regionais significaria também uma preparação para a regionalização do orçamento estadual, postergada pelo governo Alckmin para 2013.

Cumpre lembrar que o Estado de São Paulo encontra-se fortemente atrasado na regionalização ou territorialização do seu planejamento, ficando isso claro na falta de previsões regionalizadas no Plano Plurianual e na Lei Orçamentária Anual. Mais ainda, o governo paulista não apresenta à sociedade um Plano de Investimentos Anual de forma clara e territorializada, prática adotada pelo governo federal (através do PAC) e por diversos Estados da União (como Minas Gerais, por exemplo).

Este “atraso” no processo de planejamento, diga-se, possui, até aqui, grande funcionalidade política, uma vez que o Governador pode anunciar investimentos bilionários nas diversas regiões do Estado – como vem fazendo em 2010 - sem que a sociedade consiga, de fato, acompanhar e cobrar a execução das promessas no tempo apresentado.

Um terceiro desafio seria a aprovação de mais recursos do Tesouro Estadual para o IAMSPE, proposta levada pelo funcionalismo público em todas as audiências públicas. Através de emendas apresentadas pela Assembleia Legislativa, o orçamento estadual deveria prever um aporte maior de recursos do governo para a manutenção da assistência médica do servidor público paulista, já que, hoje, grande parte da manutenção deste sistema é financiada apenas pelo funcionalismo público (descontado na fonte).

O quarto desafio seria a incorporação de emenda que contenha a obrigatoriedade de cumprimento da data-base do funcionalismo público estadual por parte do governo paulista.

O quinto desafio seria dotar os fundos de desenvolvimento regional, das regiões metropolitanas e dos aglomerados urbanos de recursos significativos para a execução da política anunciada pelo governo paulista em 2010.

Finalmente, o fortalecimento do Poder Legislativo através do processo orçamentário pressupõe a correção de distorções em áreas fundamentais, com a inclusão de mais recursos significativos para a Agricultura, o Esporte, a Cultura, a Assistência Social, a Segurança Pública, os Transportes, a Justiça, a Educação, a Saúde, o Saneamento e Meio Ambiente.

O relatório produzido pela Deputada Maria Lúcia Amary e aprovado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento não atendeu aos desafios acima apresentados, permanecendo distante do interesse público. Mais ainda, manteve o quadro de completa desvalorização do Poder Legislativo na análise e aprimoramento da proposta orçamentária.

Antes de mais nada, quando comparamos os valores suplementados pela relatora da LOA 2012 com outros relatórios, podemos identificar claramente a desvalorização do Poder Legislativo.

Em 2007, o relator, Deputado Samuel Moreira, acrescentou ao orçamento de 2008 o valor de R$ 1,6 bilhão, ou 1,76% do valor da proposta orçamentária. Para o orçamento de 2008, o relator, Deputado Roberto Engler, acrescentou 1,73% ao orçamento, ou R$ 2 bilhões. Em 2009, o relator, Deputado Bruno Covas, iniciou o processo de desvalorização da Casa Legislativa, apresentando um relatório com acréscimo de apenas R$ 170 milhões na proposta orçamentária para 2010, ou 0,14% do orçamento total. Não obstante este valor já irrisório apresentado pelo relator para o orçamento de 2010, no ano passado, o nobre Deputado Bruno Covas conseguiu piorar ainda mais o relatório: em seu parecer, suplementou o orçamento em míseros 0,04% da proposta do Executivo para 2011, ou apenas R$ 50 milhões.

Neste ano, a Deputada Maria Lúcia Amary não conseguiu sequer apresentar uma suplementação orçamentária equivalente, em termos nominais, aos valores baixíssimos apresentados pelo Deputado Bruno Covas em 2009. A relatora apresentou, em seu parecer, uma suplementação de R$ 135 milhões, ou apenas 0,09% do orçamento total.

Feitas estas considerações gerais, cabe agora analisarmos em detalhes o projeto, diante dos desafios mais gerais expostos na primeira parte:

Em primeiro lugar, não se atende às necessidades de maior transparência na elaboração, aprovação e execução das emendas da chamada “cota parlamentar”, uma vez que se optou por manter a ficção jurídica conhecida por “indicações parlamentares”, sujeitas a todo tipo de questionamentos e desconfianças por parte da sociedade, como já ocorreu em boa parte de 2011, mantendo esta Casa numa exposição negativa, de forma desnecessária.

Ao incluir, na parte final, as planilhas enviadas pelos deputados em relação às suas “indicações orçamentárias”, tentou o parecer da CFOP dar um verniz oficial para uma “inovação” paulista absolutamente fora da legalidade. Para piorar, ao anunciar “informalmente” que as “indicações parlamentares” poderão ser substituídas livremente no próximo período, a relatora designada manteve todos os vícios e informalidades presentes até este ano, anulando qualquer utilidade das planilhas anexadas ao relatório.

O resultado prático desta situação, em 2012, é que teremos ainda espaço para denúncias de desvios na liberação das emendas, bem como uma grande margem para o desgaste contínuo desta Casa perante a sociedade paulista. O Poder Legislativo perdeu, portanto, uma grande oportunidade em avançar institucionalmente de forma inequívoca.

Em segundo lugar, o parecer da CFOP, que norteou a votação em Plenário, não atendeu os anseios desta Casa e de milhares de pessoas que participaram das audiências públicas do orçamento estadual 2012, deixando de acolher todas as emendas regionais e gerais propostas e aprovadas, por unanimidade, pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, referentes às principais sugestões feitas pela população em todo o Estado. Mais uma vez, ao apresentar apenas algumas subemendas gerais com valores simbólicos, alegando que tal instrumento daria conta das demandas e emendas regionais, o resultado prático será a “queima” da credibilidade do Poder Legislativo perante a sociedade, neste caso em um dos poucos processos mais do que legitimados de elaboração de emendas ao orçamento pelo Legislativo, porque com ampla participação popular.

Para completar, o referido parecer anunciou que cerca de 80% das emendas regionais apresentadas pela CFOP seriam rejeitadas porque seus valores já constavam da proposta orçamentária enviada pelo governo. Ocorre que, contrariando discussão anterior feita na própria CFOP, o parecer  não apresentou um quadro detalhado de quais emendas/demandas já estão incorporadas efetivamente pela proposta orçamentária e quais seriam incorporadas no parecer, faltando mais uma vez transparência ao processo.

Em terceiro lugar, o parecer não aprovou nenhuma emenda ao IAMSPE, conforme debates em todas as audiências e proposta que vinha sendo discutida entre a CFOP e a Casa Civil. Desta forma, o governo paulista continua a descumprir a legislação, não contribuindo com sua parcela no financiamento da assistência médica do servidor público e mantendo todo o ônus sobre o funcionalismo. Ao não acatar nenhuma emenda ao IAMSPE, fecham-se as portas para melhorias em convênios celebrados pelo Instituto ou ainda para a reforma e modernização do Hospital do Servidor Público. A emenda aglutinativa aprovada em Plenário destinou o valor de 5 milhões ao IAMSPE, valor irrisório, levando-se em conta as determinações legais para o aporte governamental.

Em quarto lugar, foram rejeitadas todas as emendas que tratam do cumprimento da data-base do funcionalismo.

Em quinto lugar, não foi apresentada qualquer emenda que representasse, efetivamente, um aporte de recursos aos fundos de desenvolvimento regional, metropolitano ou das aglomerações urbanas, mantendo-se o discurso do governo distante da prática.

Foi incluída no parecer uma emenda para a criação do programa Mãe Paulista, que não consta do PPA e da Lei Orçamentária. Por outro lado, não foi  incluída ação específica de combate às drogas e ao “crack”, que consta do projeto do PPA.

Finalmente, o papel do Poder Legislativo continua enfraquecido, sem conseguir corrigir algumas distorções e perdas de participação de alguns órgãos.

As subemendas, com valores apenas simbólicos e irrisórios, contidas no parecer e aprovadas pelo Plenário, não conseguem nem ao menos melhorar, de forma significativa, os recursos destinados a algumas secretarias.

As secretarias que apresentaram perda de participação no total do orçamento de 2011 para 2012 não terão seus valores relativos restabelecidos. Como exemplo, a Secretaria de Cultura, que tinha 0,71% do orçamento em 2011 e, pela proposta aprovada para 2012, terá apenas 0,535% do orçamento, com a emenda aprovada no parecer da CFOP (de apenas R$ 5 milhões) terá sua participação corrigida apenas para 0,538%, muito abaixo do valor percentual de 2010. O mesmo ocorre com as Secretarias de Agricultura, Emprego, Esporte e Turismo.

Além do não atendimento dessas questões prioritárias colocadas em debate neste ano, o projeto incorre em problemas antigos. Na prática, sinaliza para uma redução das verbas destinadas à celebração de convênios com os municípios, em relação a 2010. Em 2010, o orçamento estadual apresentou R$ 608 milhões para este fim. Para 2011, os municípios tiveram apenas R$ 200 milhões, um corte de 67%. Para 2012, segundo a proposta aprovada, os municípios terão apenas os mesmos R$ 200 milhões.

Cabe lembrar que nesta rubrica estão grande parte dos valores referentes às chamadas “indicações parlamentares” (cotas parlamentares) que não apareceram de forma discriminada no parecer da CFOP. Concorrem com estes recursos os convênios realizados também segundo a vontade do governo estadual. De acordo com o parecer, para que sejam atendidas as “indicações parlamentares”, outros convênios com os municípios não terão mais recursos disponíveis.

É importante salientar que não se corrigem, adequadamente, as profundas distorções existentes na projeção das receitas estaduais previstas, mantendo-se um orçamento subestimado para 2012. Em outros termos, o governo estadual continuará a esconder da Assembleia Legislativa e do debate público parte dos recursos que efetivamente arrecadará no ano que vem.

De acordo com levantamento efetuado através do Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária/SIGEO, o governo paulista já apresentou, até o mês de outubro de 2011, mais de R$ 6 bilhões em excesso de arrecadação, ou seja, acima do previsto na projeção da Secretaria da Fazenda.

Apenas em relação às Receitas Tributárias (ICMS, IPVA e ITCM) – sobre as quais o Estado tem maior controle -, o excesso de arrecadação atingiu quase R$ 3 bilhões de janeiro a outubro.

Com relação ao funcionalismo público, não se prevê qualquer melhoria das condições salariais do funcionalismo público estadual e dos aposentados.

Também não se apresenta qualquer proposta para a regionalização do planejamento orçamentário, uma realidade em outros Estados (como em Minas Gerais) e no Governo Federal, impedindo a população paulista de saber, efetivamente, quanto será investido em sua região.

Foram rejeitadas todas as emendas do corpo da lei, sobretudo as que buscavam reduzir a enorme margem de remanejamento do Executivo, superior a 40% do Orçamento Estadual, se considerados todos os dispositivos contidos no projeto de lei.

Finalmente, não se contemplaram, de forma adequada, os pleitos referentes ao Centro Paula Souza, à Defensoria Pública, ao ITESP, à Polícia Técnico Científica, ao IAMSPE, entre outras áreas.

Os argumentos acima desenvolvidos justificam o voto contrário da Bancada do Partido dos Trabalhadores ao Projeto de Lei nº 954, de 2011.

Deputado Enio Tatto - Líder da Bancada do PT”

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência registra a manifestação de Vossa Excelência.

2 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 771, de 2011, de autoria do Sr. Governador. Institui o Plano Plurianual - PPA para o quadriênio 2012-2015. Com 702 emendas. Retirada a emenda de nº 85. Parecer nº 1976, de 2011, da Comissão de Finanças, favorável ao projeto com as emendas "A", "B" e "C", às emendas de nºs 184 e 334, e às emendas de nºs 6, 16, 17, 23, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 65, 69, 72, 73, 99, 100, 134, 137, 143, 147, 187, 189, 197, 199, 201, 202, 203, 237, 242, 243, 244, 245, 276, 302, 303, 304, 306, 307, 313, 317, 318, 319, 333, 342, 344, 354, 405, 435, 448, 452, 457, 460, 476, 477, 480, 481, 496, 502, 507, 551, 571, 572, 576, 584, 588, 590, 594, 613, 651, 660, 664, 667, 676 e 677 na forma das subemendas nºs 1 a 11, e contrário às demais emendas.

Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação.

Há sobre a mesa o seguinte requerimento:

“Requeiro nos termos regimentais que a votação do Projeto de lei 771, de 2011, constante da presente Ordem do Dia, se processe na seguinte conformidade:

Item 1 - Projeto de lei 771, de 2011, salvo emendas e submendas.

Item 2 - Emendas 184, 334 e 367.

Item 3 - Emendas A, B e C do relator, constantes do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento.

Item 4 - Subemendas de nºs 1 a 11 às emendas constantes do parecer da Comissão de Finanças e Orçamento e Planejamento.

Item 5 - Demais emendas englobadamente.”

Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o Projeto de lei 771, de 2011, salvo emendas e subemendas.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, indico o Deputado Luiz Claudio Marcolino, para encaminhar pela bancada do PT.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, fizemos um bom debate hoje sobre o PPA, na Comissão de Finanças e Orçamento.

Inicialmente, fizemos o encaminhamento. Seria importante não aprovar na Comissão de Finanças e Orçamento no dia de hoje, até pelo tempo exíguo que foi apresentado à Comissão. Mas foi superado o debate do PPA, na Comissão de Finanças e Orçamento.

Em relação ao orçamento, comentei bastante sobre audiências públicas. Não daria para finalizar o dia de hoje, sem prestar contas à população do que fizemos as audiências públicas.

Quero deixar consignado no dia de hoje algumas propostas que foram fundamentais. É importante que a população saiba que essas emendas foram rejeitadas.

Na cidade de Mogi das Cruzes, tinha a proposta de desassoreamento do Rio Tietê, muito importante agora em virtude das cheias agora no final do ano, mas ela foi rejeitada.

Itapeva - Programa Regional de Turismo na Região de Itapeva. Emenda rejeitada.

Itapeva - Parque Tecnológico na Região de Itapeva. Emenda rejeitada.

Bragança Paulista - Construção de Hospital Regional em Bragança Paulista. Emenda rejeitada.

Presidente Prudente - Corpo de Bombeiros em Presidente Epitácio e Mirante do Paranapanema. Emenda rejeitada.

Jundiaí - Corpo de Bombeiros na Região de Jundiaí. Emenda Rejeitada pelo Governador do Estado de São Paulo.

Assis - Parque Tecnológico na Região Administrativa de Marília. Emenda rejeitada.

Franca - Duplicação e recapeamento da Rodovia Cândido Portinari. Emenda rejeitada.

Registro - cidade do Líder do Governo, Deputado Samuel Moreira - Duplicação da Rodovia Manoel da Nóbrega. Emenda rejeitada.

Registro - Desenvolvimento sustentável no Vale do Ribeira. Emenda rejeitada.

Piracicaba - Aquisição de equipamentos imobiliários para o Hospital Regional de Piracicaba. Emenda rejeitada.

Diadema - Recursos para recuperação da Estrada Alvarenga. Emenda rejeitada.

Votuporanga - Intervenções urbanas nos municípios e proteção do Fundo do Vale da Região do Votuporanga. Emenda rejeitada.

Barretos - Nessas duas emendas, quero fazer aqui uma consideração dos Deputados que lá estiveram.

Lá a população colocou praticamente 50 cruzes durante a audiência pública. Essa audiência pública era para simbolizar as pessoas que estavam morrendo a cada dia, a cada mês nessas duas estradas e propuseram a duplicação da Rodovia Assis Chateaubriand e a da Rodovia Faria Lima. Emendas rejeitadas.

São Paulo - Expansão da linha do metrô até o Jardim Ângela. Emenda rejeitada.

São Carlos - Duplicação da SP-318. Emenda rejeitada.

Sorocaba - Duplicação da São Paulo 264 na Região de Sorocaba. Emenda rejeitada.

Taubaté - Duplicação da Rodovia D. Pedro II. Emenda rejeitada.

Araçatuba - Reforma do esqueleto do Hospital Modelo para abrigar Fórum. Emenda rejeitada.

Bauru - Parque Tecnológico na Região de Bauru. Emenda rejeitada.

Bauru - Duplicação da Rodovia Bauru/Ibitinga na região de Bauru. Inclusive, essa emenda foi debatida em todas as cidades da região: Ibitinga, Bauru.

Emendas feitas pelo presidente estadual do PSDB. Emenda rejeitada.

Santos - Ligação entre o Bairro de Parelheiros e o Município de Itanhaém na Baixada Santista, apresentada pelo governador com a proposta a ser realizada em breve. Emenda rejeitada.

Grande ABC - Expansão do metrô até o ABC. Proposta do Governador do Estado de São Paulo. Proposta rejeitada.

Osasco - Centro de Oncologia na Região Oeste da Região Metropolitana. Emenda rejeitada.

Franca - Aeroporto em Franca. Emenda rejeitada.

Taubaté - Aprovamos ontem, nesta Casa, a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Foi uma festa imensa aqui na Assembleia Legislativa.

Proposta de mais recursos para o Hospital Regional de Taubaté, atendendo o Vale Histórico e Litoral Norte. Emenda rejeitada.

Votuporanga - Recursos para Santa Casa de Votuporanga. Emenda 7025, rejeitada.

Fernandópolis - Criação do Hospital em Jales. Emenda rejeitada.

Grande São Paulo - Hospital de Parelheiros. Emenda rejeitada.

Piracicaba - Hospital Regional de Piracicaba. Emenda rejeitada.

Jundiaí - Implantar o campus da Unesp em Jundiaí. Emenda rejeitada.

Nobres Deputados, é muito importante essas emendas porque todas elas foram frutos de debate na Comissão de Finanças e Orçamento. Muitos falam que não precisa mais ter audiência pública, mas acredito que o diálogo com a população, a reivindicação da população é importante. Todas essas emendas apresentadas são emendas regionais, emendas que trariam o desenvolvimento para o nosso Estado. Mas o governador encaminhou um orçamento para esta Casa e 51 Deputados construíram e indicaram essas emendas nas audiências públicas regionais. Mas agora abaixam a cabeça para o Governador do Estado de São Paulo e rejeitam o que o povo apontou.

Não dá para, no dia de hoje, com esse monte de emendas rejeitadas, achar que está tudo tranquilo. Não concordamos com o jeito que foi feito o debate do orçamento. Esperamos que no ano que vem seja diferente. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo, para encaminhar a votação

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, ouvi atentamente o pronunciamento do meu colega da Comissão de Finanças e Orçamento, Deputado Luiz Claudio Marcolino.

Eu digo que votei contrário ao PPA hoje porque eu me senti extremamente desrespeitada. Ao chegar à Comissão de Finanças e Orçamento, pela manhã, recebi o relatório. Quero parabenizar o relator, Deputado Carlos Bezerra, que muito rapidamente fez o que poderia fazer porque se debate muito nesta Casa. Aqui é um Parlamento e se parla muito. Mas, efetivamente, os relatórios os Deputados são incumbidos de fazê-los rapidamente e toda pressa é inimiga da perfeição.

Chegando à Comissão de Finanças, tive que tomar conhecimento do relatório naquele momento e, ao me pronunciar colocando que deveria ter recebido o relatório anteriormente, fui bruscamente interrompida pelo Presidente da Comissão, Deputado Bragato, que, depois, se desculpou, dizendo que todos os deputados haviam recebido. Quando, na verdade, falei que posso ter errado, que talvez não tenha aparecido. Ele falou que todos os relatórios foram entregues na noite anterior.

Recorri ao meu gabinete, procurei o relatório e, no entanto, fui ignorada no processo. Eu tive que acompanhar e rapidamente saber o que estava ocorrendo no PPA, na Comissão de Finanças, quando pedimos 30 minutos para poder apreciar a matéria e nem tivemos 10 minutos para poder votar, e votei contrário.

Fui questionada, chamada até pela imprensa da região, porque eu tinha votado contrariamente. Eu digo que não assino nenhum documento sem ler, não assino o cheque em branco, não voto parecer que não tenho conhecimento e nem mesmo a preocupação de encaminhar eu sendo membro da Comissão de Finanças.

Estamos falando do orçamento, do PPA, de peças importantes para o Estado de São Paulo. Infelizmente, o que repete todo ano, nesta Casa, é exatamente tudo sendo votado em afogadilho; os relatores têm pouquíssimo tempo para elaboração do parecer e temas importantes são deixados para trás. No orçamento tivemos um pedido do Dr. Malheiros, do Tribunal de Justiça, que veio até o Colégio de Líderes nos pedir 60 milhões para a vara da infância e juventude. Uma questão muito importante para cuidar do adolescente. Aliás, também foi atrelada a essa questão o combate ao crack, um tema que vem sendo discutido nesta Casa com muita força, inclusive com a presença na Casa do Ministro da Saúde. No entanto, o que se conseguiu no orçamento foram 10 milhões. Dos 156 bilhões do orçamento apenas 120 milhões foi o que a Assembleia Legislativa conseguiu remanejar.

Acho que como legisladores estamos sufocados e se continuarmos calados, mais à frente talvez seja tarde demais para gritar. Talvez não consigamos ter força para brigar, para gritar cada vez mais alto por aqueles que nos elegeram. Falo pela Bancada do PMDB, mas neste momento não falo nem como situação, nem como oposição. Falo como uma representante popular que gostaria de ter visto contemplada no orçamento a delegacia seccional na cidade de Mauá para atender Mauá, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires; que gostaria de ver contempladas obras voltadas para o centro de referência da saúde da mulher, tão importante na prevenção do câncer de mama e outras questões. Mas não foi o que ocorreu. E por quê? Porque as coisas são votadas rapidamente, mal se consegue analisar. A Assembleia perde força a cada ano que passa. E vamos sendo sufocados pelo Governo. Claro, quanto menos a Assembleia puder mexer no orçamento melhor para o Governo. Infelizmente esta é a realidade. Sempre defendi o Governo do PSDB, mas não posso ficar calada diante de uma situação dessas. O Deputado Campos Machado sempre diz que é aliado e não alienado. Exatamente. Devemos ser aliados, nunca alienados, mas é o que vem acontecendo.

Deixo aqui o desabafo de uma deputada que não conseguiu ter nem ao menos um projeto votado este ano na Assembleia Legislativa; que encontrou um relatório do PPA pronto sem que ao menos uma cópia fosse encaminhada ao meu gabinete; que percebe que a Assembleia perde a voz nas reivindicações importantes a terem um encaminhamento. Temos de começar a debater, sim - e votar - os projetos de deputados. Esta é a realidade. Depois vamos verificar se o projeto tem mérito, se deve ser sancionado ou vetado, enfim, se a população gosta. Geralmente todos que foram eleitos sabem da necessidade da população que os elegeram. Mas o que temos é um Legislativo que vive emperrado. Esta a sensação que eu tenho.

Quero parabenizar a nobre Deputada Telma de Souza, que graças a Deus conseguiu ver o projeto aprovado, porque é uma luta ter um projeto aprovado nesta Casa. Digo mais: se a Assembleia Legislativa não levantar sua voz e gritar alto, porque ela é a voz da população, já que estamos aqui representando a população, vamos perder valor cada vez mais, não teremos mais como gritar. Estamos caminhando para isso. Gostaria que ficasse aqui essa reflexão.

Que o Governo pudesse dialogar mais com a Assembeia, que pudéssemos ter mais abertura, que os projetos de deputados fossem debatidos, que o plenário realmente fosse o local de debate de ideias. Discordar, claro que haverá aqueles que discordarão dos nossos projetos, dos nossos pensamentos, mas é para isso que estamos aqui, para debater ideias. A essência do Legislativo está nisso e está-se perdendo isso.

Votei favoravelmente ao orçamento. Quero cumprimentar a relatora Deputada Maria Lúcia Amary, que dentro do tempo que lhe foi dado fez o que pôde, mas muito ficou para trás. Ficaram para trás projetos para a Saúde, investimentos em escolas, em projetos importantes como o metrô - falou-se muito bem do metrô para o ABC, do expresso para o ABC, do IML para Mauá - e tantas outras coisas que gostaríamos de ver contempladas e não foram. Com certeza cada um dos deputados colocou como prioridade uma necessidade da sua região, da base que o elegeu. Isso é triste.

Fica aqui o desabafo, fica aqui ainda o último grito, talvez a última voz de uma deputada que acredita no Parlamento, que acredita no Legislativo. Sou uma jovem parlamentar num estado e num País em que infelizmente a juventude anda muito descrente quando o assunto e política. A gente tem de perguntar por que dessa descrença na política. O que precisamos mostrar para a juventude e para a população de forma geral é que estamos aqui para defendê-la, para brigar por ela. Não podemos deixar que esta voz, que não é só nossa, mas de todos, seja sufocada. O orçamento não foi o que se esperava. Pouquíssimo pudemos remanejar perto do montante de 156 bilhões. No PPA votei contrariamente e votaria novamente com a Bancada do PT como fiz porque achei que foi um desrespeito.

Volto a dizer, não assino cheque em branco e não dou parecer sem que haja uma leitura atenta, um debate aprofundado. Podem até dizer que houve debate. Mas de que adiante realizar tantas audiências públicas se no final tudo é feito de maneira a desagradar a população do Estado de São Paulo?

Fica aqui o desabafo desta deputada que se coloca neste momento nem como da situação, nem como da oposição, mas de forma independente para mostrar que temos de levantar nossa voz, sim, e mostrar que os quase cem mil votos que tive, da mesma forma vale para cada um dos colegas, são para ‘fazer valer’. Se for preciso brigar neste plenário, que briguemos; se for preciso ficar aqui até altas horas da noite, que fiquemos. Este é o propósito do nosso mandato e foi para isso que fomos eleitos no Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Continua em votação.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela Liderança do Governo.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, funcionários da Casa, vou procurar ser breve neste encaminhamento. Não tive oportunidade de encaminhar no momento da votação do orçamento, então aproveito esta oportunidade em que vamos votar o PPA para colocar a nossa opinião também sobre o orçamento que já aprovamos.

Eu não acredito que aqui se trave uma luta entre o bem e o mal. Não acredito também que aqui haja vencedor e vencido. Acredito que as decisões que tomamos aqui acabam resultando de um processo democrático, em reflexos na população como um todo, sempre decisões democráticas, legítimas e que acabam beneficiando a população de São Paulo. Esta a atuação desta Casa.

Acompanhei os pronunciamentos com relação ao orçamento. O orçamento que aprovamos estabeleceu um aumento no seu valor em relação ao ano passado de 11 por cento. Temos um orçamento de 156 bilhões para todo o Estado e não é fácil você projetá-lo. É preciso que você tenha instrumentos de participação, que você construa uma peça que possa atender às demandas da população. Mas que possa resolver tudo? Não. O importante é observarmos que estamos caminhando já há alguns anos e vamos continuar caminhando num rumo certo. Na construção desse orçamento é preciso que haja uma responsabilidade fiscal enorme, que se pague tudo em dia e é preciso que você continue fazendo investimentos fortes. Porque a sociedade precisa que você continue prestando serviços por meio do Estado, mas ela requer que você faça investimentos.

Estão previstos aqui investimentos de 21 bilhões. Mantendo os níveis de investimentos do ano passado. Temos neste estado 60 quilômetros de metrô. Estamos projetando para em 5 anos fazer quase 30 quilômetros. O governador já inaugurou República, Butantã, Pinheiros e as obras continuam. São investimentos fortes nessa área previstos no Orçamento. É importante que o telespectador saiba também que o trecho Leste do Rodoanel está contratado, e aqui constam recursos para a conclusão do Rodoanel. O trecho Norte, em que pesem os movimentos contrários, como o cancelamento da licitação, nova licitação está sendo feita para o trecho Norte e completar o Rodoanel.

Então, as obras do Metrô estão em andamento, as SPs estão sendo duplicadas. Pode verificar isso quem vai pela Euclides da Cunha, para Mato Grosso do Sul, quem mora no Litoral Norte, no Vale do Paraíba. E está previsto para março o início da duplicação da Tamoios. Quem mora em Sorocaba, na região de Itu, como é o caso da Deputada Maria Lúcia, do Deputado Rodrigo Moraes e da Deputada Rita Passos, sabe que está sendo duplicado o trecho de Itu a Sorocaba. A recuperação das SPs já está em andamento e há outras previstas.

São investimentos fortes nessa área. Há a renovação de trens da CPTM. Poderíamos falar de investimentos estatais. Os Deputados André do Prado e Helio Nishimoto são testemunhas de que percorri a Estação de Tratamento 9, em Aparecida, a Estação de Tratamento de Esgoto 9, em Queluz , em São Bento do Sapucaí, em Guararema, em Santa Isabel. Investimentos pesados na área de saneamento e que estão previstos aqui.

E, como não se trata de prever apenas investimentos importantes na área de infraestrutura, aqui estão previstos recursos para uma folha de pagamento, pois se procurou valorizar o funcionalismo público. Os aumentos que esta Casa aprovou por projetos de iniciativa do Governador Geraldo Alckmin foram muito fortes, todos acima da inflação, todos prevendo recuperação de perdas salariais ocorridas no passado. Os 350 mil funcionários da ativa e os inativos, por exemplo, da Educação, tiveram aumento de 42,2% em quatro anos, quando a inflação projetada é de 20. Para que? Para melhorar a qualidade dos serviços com a valorização do funcionário, para que o aluno tenha uma qualidade de ensino melhor. Na Segurança, 150 mil funcionários tiveram aumento de 27,7%. Em dois anos, 27,7% com uma inflação projetada de 10%. Mais que o dobro, quase o triplo da inflação. E na área da Saúde houve aumento para 80 mil funcionários, aprovado por esta Casa. Podemos citar o Paulo Souza, os funcionários da Agricultura, o bônus do DR. Todos eles foram contemplados neste ano, terão que ser pagos no ano que vem e isso tem de estar no Orçamento. Aliás, um Orçamento muito bem estruturado e muito bem realizado, prevendo recursos para as fábricas de cultura, para a erradicação da pobreza. E fizemos esse projeto junto com o governo federal. Ele foi assinado no Palácio dos Bandeirantes com a presença da Presidente Dilma e do Governador Geraldo Alckmin. Então isso não é uma peça de ficção. Esse Orçamento será realizado no ano que vem, tendo sido estruturado na área de investimentos, objetivando melhorar a prestação de serviços públicos para a população nas mais diversas áreas.

Por isso eu não acredito que as coisas se dêem nesse nível, como se estivéssemos numa luta entre o bem e o mal. Acredito que aqui não há vencido nem vencedor. Acredito que aqui há um trabalho da Assembleia Legislativa de São Paulo que foi coordenado brilhantemente pela relatora Maria Lúcia Amary, que atuou dialogando com todos os líderes desta Casa; da Maria Lúcia junto com a Comissão de Finanças e Orçamento; da Maria Lucia que fez vários exercícios para poder adequar o sentimento e os desejos das lideranças desta Casa.

Portanto, meus amigos, nós aprovamos um bom Orçamento. Vamos sair daqui de cabeça erguida, com o sentimento de missão cumprida, porque esse Orçamento reflete o desejo da nossa sociedade aqui representada pelos seus deputados que puderam participar da elaboração do Orçamento e aprová-lo nesta noite.

Em nome do Governador Geraldo Alckmin, agradeço a todas as bancadas, situação e oposição, que contribuíram para esse Orçamento. Vamos lutar muito para que ele seja totalmente realizado no ano que vem. Muito obrigado.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, não obstante as declarações do líder do governo, o nobre Deputado Samuel, desejo registrar que nas audiências públicas da criação da região metropolitana, sobretudo a penúltima, realizada em Caraguatatuba, foi pedido de maneira insistente, pelo prefeito dessa cidade, do PSDB, e por insistência nossa, que tivesse no Plano Plurianual previsão de recursos para a região metropolitana do Vale do Paraíba que foi aprovada ontem, aqui.

Fiz uma emenda de 400 milhões ao Plano Plurianual para que se contemplassem recursos para a região metropolitana. Fui verificar o processo e essa emenda consta para ser rejeitada, ou seja, não foi acolhida.

Então, mantendo-se o Parecer, e tudo indica que isso irá ocorrer, não vamos ter previsão no Plano Plurianual de valores para a região metropolitana.

Isso que eu queria registrar porque o líder do governo disse que está tudo contemplado, mas não está. O prefeito do PSDB, de Caraguatatuba, Antonio Carlos, inclusive, apoiou nossa emenda, solicitou. O Edson Aparecido estava lá e a solicitação foi feita em conjunto. Ele até disse: “Esse papel é da Assembleia. Delego à Assembleia esse papel.” Fizemos, então, a emenda, mas infelizmente ela consta no Parecer para ser rejeitada. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao Projeto de lei 771 de 2011, salvo emendas e subemendas, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, declaro o voto contrário da bancada do PT e encaminharemos o voto por escrito.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrada a manifestação de V. Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, declaro o voto contrário da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrada a manifestação de V. Excelência.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, declaro o meu voto contrário.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrado o voto do Deputado Olimpio Gomes.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, registro o voto favorável da bancada do PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrado.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Sr. Presidente, declaro o voto contrário da bancada do PCdoB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrado voto do Deputado Pedro Bigardi.

Em votação o item 2 - emendas 184, 334 e 367. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, peço um pouco de atenção pela arbitrariedade que foi cometida em relação ao nobre deputado Antonio Mentor. O juiz da 2ª Vara Civil de Americana, atendendo uma ação de busca e apreensão, de folhetos e Cds, que poderiam ter criado problemas para sua imagem, compareceu a Justiça que era para apreender CDs no diretório municipal do PT. Foi lá a oficial de justiça. Mesmo informada de que era o escritório do deputado Antonio Mentor, prolongamento de seu gabinete, invadiu o escritório, quebrou cadeiras, abriu armários, apreendeu documentos que não tinham nada a ver com isso, e não encontrou nada; dia 13 de dezembro.

Portanto, Sr. Presidente, isso é uma acinte, uma ofensa, um atentado à dignidade de um deputado. O que aconteceu ao deputado Antonio Mentor pode acontecer com qualquer deputado. O judiciário está equivocado. É um poder autônomo como o nosso. Se silenciarmos diante desse fato, estamos convalidando uma covardia, um atentado. Sr. Presidente, quero registrar aqui que o Conselho de Ética não vai silenciar porque esta é uma questão política de americana. Não estou entrando no mérito. Mas invadir o escritório do deputado Antonio Mentor é um crime.

Portanto, Srs. Deputados, é preciso dar uma resposta. Silenciar, fazer de conta que não é com a gente nos leva ao vale dos covardes. Portanto, Sr. Presidente, essa é uma repulsa não minha, da Casa, de todos os partidos, da presidência. Portanto, deputado Antonio Mentor, deixando de lado as divergências políticas, V.Exa. foi vítima não de um equivoco do Judiciário, de uma arbitrariedade do Judiciário. Não adianta tapar o sol com a peneira dizendo que foi um equívoco. O escritório político do deputado Antonio Mentor tem uma grande placa, porque conheço. E vai dizer que se equivocou dizendo que é o diretório municipal do PT? Temos que comunicar esse fato, Sr. Presidente, à Corregedoria do Tribunal de Justiça. Esta é uma luta nossa, não é uma luta do Deputado Antonio Mentor. Confiamos em V. excelência. Convoco todos os partidos e peço a V.Exa. que faça uma medida de repulsa a essa atitude covarde do Poder Judiciário de Americana.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, corroborando a posição do deputado Campos Machado, proporia que fosse esse ofício à Corregedoria do Tribunal de Justiça assinado por todos os partidos desta Casa e por todos os deputados que puderem fazer essa assinatura, ser encaminhado mesmo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência quer informar que tomando ciência do fato pelo deputado Rui Falcão e logo após pelo próprio deputado Antonio Mentor, já tomou as providencias necessárias para amanhã de manhã, através da nossa procuradoria, tomarmos todas as medidas necessárias, cabíveis, imprescindíveis. Inclusive, oficiará ao juiz da comarca de Americana, ao presidente do Tribunal de Justiça, ao corregedor, inclusive marcar uma audiência com o presidente do Tribunal de Justiça para levar em mãos esse ofício aqui sugerido pelos deputados Campos Machado e Olímpio Gomes que, acho de bom alvitre seja assinado por todos os deputados que possam fazê-lo.

 

O SR. ANTONIO MENTOR - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, evidentemente me senti atingido por essa medida arbitrária e quero reconhecer aqui que, do meu ponto de vista, o juiz da comarca foi induzido a erro maliciosamente pelo autor do pedido de busca e apreensão. Não que queira aqui reduzir a responsabilidade do juiz porque deveria ele ter tomado as cautelas necessárias. Porém, sem dúvida nenhuma, ele foi induzido a erro porque o autor do pedido sabe, com absoluta clareza, que o endereço a que ele se referiu é o endereço do meu escritório político e não da sede do Partido dos Trabalhadores. Mas nesse momento, não é essa a questão que está em debate.

Queria deixar claro a todos os deputados, ao Sr. Presidente, especialmente pela manifestação ao deputado Campos Machado, ao deputado major Olímpio Gomes, demais deputados da Casa, pela solidariedade, pelo apoio. Tinha certeza absoluta que não seria diferente a manifestação dessa casa legislativa não em relação não a alguma coisa que me atingiu pessoalmente, porque sim, me atingiu pessoalmente, mas muito mais do que isso, atinge o Poder Legislativo do Estado de São Paulo. Atinge frontalmente os 94 deputados que compõem esta casa de leis, porque quebra um dos princípios mais importantes do exercício do nosso mandato que é a inviolabilidade das nossas palavras, dos nossos votos, das nossas opiniões. O gabinete que utilizamos é o local do nosso trabalho, onde construímos as nossas opiniões, os nossos votos e as nossas palavras. Portanto, Sr. Presidente, quero agradecer publicamente a sua decisão imediata ao tomar conhecimento do ocorrido, tomar todas as providências, e estender meu agradecimento sincero, honesto e de coração a todos os meus companheiros e companheiras deputados e deputadas desta Casa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação as emendas A, B e C do relator, constantes da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas.

Em votação as subemendas de nº 1 a 11, às emendas constantes do parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas.

Em votação as demais emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas do PCdoB.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A Presidência registra as manifestações de V. Excelências.

 

O SR. ENIO TATTO - Sr. Presidente, passo a ler declaração de voto da Bancada do PT ao PL 771/11.

“A Bancada do Partido dos Trabalhadores declara seu voto contrário ao Projeto de Lei PL Nº 771/11, enviado pelo Exmo. Sr. Governador do Estado, QUE DISPÕE SOBRE O PLANO PLURIANUAL 2012/2015, num montante de R$ 809.203.962 (oitocentos e nove bilhões duzentos e três milhões e novecentos e sessenta e dois reais), pelas razões que passa a expor:

Apesar do esforço do Relator, parece-nos evidente que o Poder Executivo não permitiu que o nobre deputado avançasse na sua proposta, aperfeiçoando de modo significativo o projeto de Plano Plurianual enviado pelo Governador Alckmin a esta Casa.

Analisando os números mais gerais, podemos observar que das 702 emendas apresentadas ao PL 771/2011, apenas 78 foram incluídas no Relatório, ou seja, apenas 10% das emendas produzidas pelos senhores deputados. Ainda assim, 76 emendas foram acatadas na forma de 11 subemendas.

Considerando apenas as emendas de programas e ações, as alterações incluídas pelo Relator são mínimas do ponto de vista orçamentário. Para que possamos ter uma idéia, dos R$ 809 bilhões previstos no Projeto de Lei do PPA para o período 2012/2015, o Relator prevê a alteração de apenas R$ 7,5 milhões através das subemendas, ou seja, insignificantes 0,00093% da proposta do Governo.No PPA anterior o relatou alterou em 16 milhões e deste modo o atual relatório é inferior em 53% ao relatório do PPA para 2008-2011.

Além destes aspectos quantitativos, torna-se necessário comentarmos outros problemas de natureza qualitativa, observados no Relatório do Deputado Carlos Bezerra.

Analisando as emendas produzidas em relação aos artigos do Projeto de Lei do Plano Plurianual, podemos destacar que os retrocesso no relatório são evidentes.

Quase todas as propostas visando ampliar a transparência, a participação popular, a priorização dos investimentos nas regiões mais pobres do Estado,transparência dos gastos públicos com prestação de informações sobre publicidade, investimentos das empresas estatais e a garantia de adequação entre o PPA e as LDO´s e LOA´s subseqüentes foram rejeitadas pelo relator.

No PPA 2008-2011, através da subemenda no. 2 – acatando uma emenda da Bancada do PT e outra do Deputado Estevam Galvão – foi aprovada a obrigatoriedade do Executivo de enviar anualmente para a Assembléia Legislativa, até o dia 30 de abril, informações sobre o acompanhamento dos resultados dos programas aprovados no PPA, relativos ao exercício anterior. Ocorre que agora o relator vai contra este relatório e acaba com um dos poucos avanços na transparência (emenda 367). Em um país que o governo federal tenta ampliar a transparência na gestão pública em todos os níveis, vemos o Estado de São Paulo caminhar em sentido oposto e mais triste reforça a obscuridade e as práticas que lembram o período imperial. 

Nas demais emendas, as justificativas manifestadas pelo relator para a rejeição concentram-se em três pontos: a) que o Poder Executivo envia ao TCE trimestralmente os dados de despesa com publicidade, com os investimentos das empresas não dependentes e de metas ;  b) que a adequação entre o PPA, as LDO´s e as LOA´s já estariam asseguradas nas disposições constitucionais Consideramos tais justificativas, porém, insuficientes, uma vez que:

a)                  Se o Poder Executivo envia informações ao Tribunal de Contas, órgão auxiliar da Assembléia Legislativa, porque não poderia enviar ao Poder Legislativo? Esta afirmação do relator retira prerrogativas do Poder Legislativo e desmerece a sua atuação. Além do mais, estas informações sobre os investimentos das empresas não dependentes, como Metrô, CDHU, DERSA, não estão presentes nas informações trimestrais repassadas pelo governo ao TCE, no processo referente as contas do governador. A despesa com publicidade é uma lei federal também não cumprida pelo governo do estado de São Paulo.

b)                 Se a adequação do PPA, LDO e LOA estão asseguradas em dispositivo constitucional, não é isso que vemos nos últimos anos no Estado, quando programas, ações, metas e indicadores são alterados, incluídos ou excluídos sem a autorização legislativa. Cumpre destacar que o texto do projeto de lei do PPA apresentado não exige a autorização do poder legislativo para a realização de inclusões ou exclusões de ações orçamentárias. Esta autorização legislativa estaria circunscrita, conforme Art. 3º, a “ eventuais alterações nos programas ou em seus respectivos objetivos, indicadores, valores e metas, referidos no artigo 1º desta lei”, e ainda assim, somente “quando da elaboração de sua proposta de diretrizes orçamentárias e proposta orçamentária, orientando a ação governamental para o exercício subseqüente”. Desta forma o PPA torna-se uma peça de ficção, e não um instrumento de planejamento e acompanhamento da execução das ações governamentais.

c)                  O relator se recusou a comentar emendas que estão presentes no PPA federal que visam garantir a participação da sociedade no processo de monitoramento dos Programas do PPA 2012-2015.

d)                 Além disto, não teve sensibilidade para garantir instrumentos que ajudem no desenvolvimento das regiões metropolitanas que foram criadas ou estão com projeto para ser votado, como a de São Paulo e a do Vale do Paraíba., rejeitando a criação de fundos específicos ou o aumento das metas e dos recursos.

e)                  O mesmo se dá em relação à Copa do Mundo de 2014. Enquanto o PSDB acusa o governo federal de falta de transparência nos gastos públicos, em São Paulo, onde deveriam dar exemplo, o governo paulista não prevê qualquer ação referente a este grande evento.

f)                  A mesma falta de transparência se vê em relação à rejeição da emenda que criava uma ação buscando acompanhar o desassoreamento do rio Tietê, principal fator para as enchentes em São Paulo. Tal emenda visa defender o cidadão paulistano da irresponsabilidade do governo anterior, que ficou três anos sem desassorear o rio Tietê causando a morte de muitas pessoas.

O mesmo ocorre com as promessas do governador de construir creches, quando não existe ação orçamentária para isto. Também é importante sublinhar que não há ação orçamentária para acessibilidade nas escolas estaduais.

Por todos estes aspectos apontados anteriormente entendemos que o projeto de lei do Plano Plurianual encontra-se distante dos anseios da população paulista, apresentando falhas enquanto instrumento de planejamento.

As razões acima elencadas justificam plenamente o posicionamento da Bancada do Partido dos Trabalhadores contrário à aprovação do PL 631/08.

Deputado Enio Tatto - Líder da Bancada do PT”

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - 3 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 986, de 2011, de autoria do Sr. Governador. Altera a Lei nº 12.276, de 2006, que dispõe sobre a alienação dos imóveis financiados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU no curso do contrato de financiamento. Com 2 emendas. Pareceres nºs 1921 e 1922, de 2011, respectivamente, de relator especial pela Comissão de Justiça e Redação e da Comissão de Defesa da Pessoa Humana, favoráveis ao projeto e contrários às emendas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação o projeto salvo emendas. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação as emendas de nº 1 e 2 de pareceres contrários. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e as Sras. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas pelo PT.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas pelo PT, pelo PSOL e pelo PCdoB .

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para registrar o voto favorável às emendas apresentadas.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A presidência registra as manifestações de V. Excelências.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, quero pedir a suspensão da sessão por cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Antes de suspender a sessão, esta Presidência, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea D, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para se realizar hoje, às 23 horas e 40 minutos, com a finalidade de ser apreciada a seguinte matéria em regime de urgência: redação final ao Projeto de lei 954/11 - orçamento do Estado para 2012, e redação final ao Projeto de lei 771/11 - PPA.

Esta Presidência suspende a sessão por cinco minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 23 horas e 40 minutos, a sessão é reaberta às 23 horas e 44 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB -

Item 4 - Discussão e votação - Projeto de lei nº 1142, de 2011, de autoria do Sr. Governador. Institui o Programa "Aprimoramento da Gestão Participativa", destinado às Associações de Pais e Mestres - APMs das Escolas Estaduais. Parecer nº 1977, de 2011, do Congresso das Comissões de Justiça e Redação, de Educação e de Finanças, favorável.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para encaminhar a votação pela Bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Gianazzi, para encaminhar a votação pelo PSOL, pelo prazo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero registrar que esse Projeto de lei que está sendo votado agora corrige um grave erro cometido pela Secretaria da Educação, que obrigou as APMs das escolas estaduais a contratarem funcionários do quadro de apoio para fazer a limpeza, a merenda escolar, através de cooperativas fantasmas e através de contratações precarizadas pela CLT, um ato altamente ilegal, tanto que houve a intervenção do Ministério Público do Trabalho, que entrou com uma ação contra o Estado de São Paulo, afirmando que esses cargos devem ser providos através de concurso público de provas e títulos.

Esses servidores foram demitidos e o Estado não arcou com as dívidas trabalhistas, impondo sérias dívidas para pais de alunos e professores, que são os representantes das APMs. Temos casos de pais que estão tendo os seus bens penhorados - geladeira, televisão, automóvel - por conta dessa leviandade, dessa irresponsabilidade da Secretaria estadual de Educação.

Em 2008 nós apresentamos um Projeto de lei 407, que tramita ainda aqui pelas comissões da Assembleia Legislativa, mas agora nós nos sentimos contemplados nesse projeto. Inclusive o Projeto de lei do Governo, 1142, incorpora o nosso PL 407.

Portanto, trata-se de uma correção de um erro gravíssimo do Governo estadual do PSDB, como nós corrigimos também outro erro grave em relação à Lei 1093, quando ontem votamos o PLC 71. Nós queríamos acabar definitivamente com a quarentena e com as falsas avaliações para os professores OFA/ACT, as famigeradas provinhas e provões. Agora o Estado tem que arcar com as suas dívidas e ressarcir as APMs, representadas pelos pais de alunos e pelos professores. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, em primeiro lugar quero manifestar a nossa solidariedade ao Deputado Antonio Mentor, por essa grave violação que o Oficial de Justiça e o Juiz cometeram contra um deputado desta Casa, ainda mais sendo o Deputado Antonio Mentor, um deputado que tem no seu currículo o símbolo da correção. Não podemos compactuar com essa agressão que ele sofreu.

Em segundo lugar, Sr. Presidente, esse projeto que vamos votar agora de fato corrige um problema cometido pelo Governo do PSDB ao longo desses anos - jogar para os pais a contratação de funcionários, cozinheiros, faxineiros e depois abandoná-los diante de processos trabalhistas. Isso é de uma arbitrariedade, uma maldade muito grande. Isso está sendo corrigido.

Quero ressaltar a luta de vários deputados desta Casa, o Deputado Carlos Giannazi trouxe esse problema, vários deputados da nossa bancada também reforçaram a gravidade da situação. Até imaginava que isso já tinha sido corrigido há muito tempo. Mas felizmente isso está sendo corrigido com essa lei que vamos votar. Não poderíamos deixar passar o ano sem essa lei aprovada, Sr. Presidente, depois de tudo que aprovamos ontem. Quero parabenizar a luta deste Parlamento e a postura do professor Hermann, que enviou esse projeto a esta Casa, corrigindo assim uma falha muito grave no sistema educacional paulista.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, da mesma forma, em nome da Bancada do PSDB, quero registrar a nossa satisfação em poder aprovar e lembrar que esse é um projeto do Governador Geraldo Alckmin, feito pelo Secretário Herman. Tenho certeza de que todos nós recebemos, ao longo do ano, reclamações de pais que se dedicavam às APMs e alguns que começaram a ter penhora inclusive on-line pela Justiça. Estamos corrigindo um grave erro, mais uma vez devolvendo a tranquilidade à população de São Paulo. Quero expressar o nosso apoio e também a nossa satisfação em aprovar esse projeto. Da mesma forma, quero agradecer pelo ano em que pudemos conviver, o primeiro ano desta legislatura, pela colaboração de todos os parlamentares, respeitando, inclusive, a opinião da oposição. Destaco o papel da Bancada do PSDB, da base aliada. O Governador teve êxito nos seus pleitos na Assembleia Legislativa, e os pleitos feitos pelo Governo nada mais são do que a ressonância do desejo da sociedade.

Desejo a todos um ótimo final de ano, um ótimo Natal. Que, em 2012, Deus proteja a todos nós, mas, principalmente, a população do Estado de São Paulo.

Cumprimento esse brilhante homem, o Deputado Barros Munhoz, pela firmeza, competência e genialidade de sempre. Por mais um ano, conduziu a Presidência. Acima de tudo, os líderes se mostram nos desafios. Mais uma vez, o Presidente resgatou toda a sua liderança, toda a sua firmeza e manteve a tranquilidade ao povo e à Assembleia Legislativa. Que Deus o proteja, Presidente Barros Munhoz. Um ótimo ano a V. Exa., à sua família e ao povo de São Paulo. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Muito obrigado, Deputado Orlando Morando.

Nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término desta primeira Sessão Extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

- Discussão e votação da Redação Final do Projeto de lei nº 954/2011, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2012;

- Discussão e votação da Redação Final do Projeto de lei nº 771/2011, que institui o Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2012/2015.

Discussão e votação - Projeto de decreto legislativo nº 13, de 2011, de autoria da Comissão de Finanças Orçamento e Planejamento. Parecer nº 1348, de 2011. Considera regulares e aprova as contas anuais apresentadas pelo Senhor Chefe do Poder Executivo relativas ao exercício econômico-financeiro de 2010. Parecer nº 1553, de 2011, da Comissão de Fiscalização, favorável.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. Enio Tatto - PT - Sr. Presidente, gostaria de indicar o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino para um breve encaminhamento.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

Eu só pediria, Deputado Marcolino, pela oportunidade. Não sei se ficou muito claro, mas quero ratificar que o Projeto de lei nº 1.142/2011, que trata da Gestão Participativa, foi colocado por mim em votação e foi aprovado pelos Srs. Deputados.

Fica ratificada, portanto, a aprovação do Projeto de lei nº 1.142/2011.

 

O SR. Luiz Claudio Marcolino - PT - Sr. Presidente, como vice-Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores e vice-Líder da Comissão de Finanças e Orçamento, quero falar acerca das Contas do ex-Governador José Serra, de 1º de abril de 2010, e do ex-Governador Goldman, de 2 de abril a 31 de dezembro de 2010.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou um voto em separado na Comissão de Finanças e Orçamento, com 19 itens, apresentado pelo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que colocou alguns questionamentos. Vou ler alguns deles. O restante estará incluído no nosso voto em separado.

Primeiro, discutimos muito a questão do Orçamento. O ponto dois fala: “Identificar na Lei Orçamentária anual sobre a forma específica, atividade ou projeto, as associações que se destinam a satisfazer a proposta popular feita por ocasião de audiência pública a que o projeto de Lei Orçamentária anual foi submetido, nos termos do Art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000.”

O outro ponto é: “Cuidar para que os recursos vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, sobretudo os despendidos por meio de convênios celebrados pela Fundação FDE, sejam efetivamente aplicados dentro do exercício, seguindo o cronograma físico-financeiro das obras e serviços. Encaminhar ao Tribunal de Contas, tão logo aprovada a Lei Orçamentária anual.”

Dois itens importantes: “Acompanhar, em especial, atenção aos gastos com pagamentos a serviços de terceiros, pessoa física, tendo em vista o seu crescimento.”

“Promover, por meio da Secretaria de Saúde, a compatibilização dos dados do Plano Estadual da Saúde com os planos municipais, o plano operativo anual e os demais instrumentos de planejamento.”

Sr. Presidente, não é um questionamento do Partido dos Trabalhadores. É um parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, questionando uma série de itens em relação às Contas do Governador.

Por isso, a Bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou voto em separado e contrário às Contas do Governador. Obrigado.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É registrada a manifestação do encaminhamento.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. Olímpio Gomes - PDT - Sr. Presidente, quero declarar o meu voto contrário ao projeto.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O Sr. Carlos Giannazi - PSOL - Sr. Presidente, quero declarar o voto contrário da Bancada do PSOL.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. PEDRO BIGARDI - PCdoB - Sr. Presidente, quero declarar o voto contrário da Bancada do PCdoB.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. Enio Tatto - PT - Sr. Presidente, quero declarar o voto contrário da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, quero oferecer toda a solidariedade ao Deputado Antonio Mentor por esse ato arbitrário do juiz de Americana. Não só pelo fato de ter invadido o escritório político do Deputado Mentor, mas também por insinuar querer invadir o Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores.

Ao mesmo tempo, cumprimento V. Exa. e agradeço, também em nome da bancada, pela atitude e posição que tomou, em nome da Casa, a respeito desse ato arbitrário.

No mais, quero parabenizá-lo pela condução dos trabalhos e desejar um Feliz Natal aos assessores de todos os gabinetes, a todos os funcionários da Assembleia Legislativa, a todos os Deputados. Que todos tenham um Feliz Natal, com muita paz, junto à família. Voltemos, no ano que vem, para trabalhar por este Estado de São Paulo. Precisamos trabalhar muito por ele. Um grande abraço.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Esta Presidência registra e agradece a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. Marcos Martins - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, aproveitando a oportunidade, quero cumprimentá-lo pelo trabalho realizado, pela solidariedade pronta manifestada em favor do Deputado Antonio Mentor. Também empenhamos a nossa solidariedade, porque foi uma coisa injusta realizada em seu escritório, o que poderia ter acontecido a qualquer um de nós. Gostaria de deixar registrada a minha posição.

Um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos que nos ouvem neste momento, em especial deputados e servidores da Assembleia Legislativa.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nesta noite, deixei de participar da colação de grau da primeira turma do Ensino Médio e das turmas normais de Informática e Administração da Escola Técnica João Marista Ermanato, de Itapira.

Lamento profundamente isso. Pedi à minha esposa que me representasse. Por outro lado, fico extremamente feliz e honrado de ter presidido esta sessão e de ter presidido esta Casa de Leis nesta Sessão Legislativa extremamente espinhosa e difícil para todos nós.

Prevaleceu a nossa garra, a nossa fé na democracia, a nossa fé na política. À mercê de todas as dificuldades possíveis e imagináveis, tenho certeza que posso usar a seguinte expressão: vencemos, porque combatemos o bom combate. Lutamos com amor, garra e dedicação em causa em que acreditamos, que é a causa do nosso povo, da nossa gente. É a causa da democracia.

Orgulho-me muito de ser colega de cada um dos senhores. Sou extremamente grato pela solidariedade que, talvez, fosse inimaginável alguém ter e que os senhores me dedicaram. Do mais fundo do meu coração, obrigado. E a melhor maneira que tenho para agradecer, para manifestar essa minha gratidão, é dedicar-me sempre - e cada vez mais - à Assembleia Legislativa de São Paulo, ao nosso Estado, ao nosso povo, à nossa gente e à democracia.

Obrigado a todos os senhores. Obrigado aos nossos queridos funcionários. Obrigado ao povo de São Paulo.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência, antes de encerrá-la, lembra V. Exas. da Sessão Extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término desta sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 23 horas e 59 minutos.

 

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