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12 DE DEZEMBRO DE 2012

056ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

 

Presidentes: CARLOS BEZERRA JR, BARROS MUNHOZ e ULYSSES TASSINARI

 

RESUMO

ORDEM DO DIA

001 - CARLOS BEZERRA JR.

Assume a Presidência e abre a sessão. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 20h14min.

 

002 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 20h15min. Informa haver sobre a mesa oito requerimentos de preferência, de autoria do Deputado Campos Machado.

 

003 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, faz questionamento sobre as matérias em pauta.

 

004 - Presidente BARROS MUNHOZ

Responde ao Deputado Campos Machado. Informa que, havendo mais de cinco requerimentos sobre a Mesa, deveria consultar o Plenário quanto à possibilidade de alteração da ordem do dia.

 

005 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, questiona se a consulta ao Plenário é opcional.

 

006 - Presidente BARROS MUNHOZ

Responde ao Deputado.

 

007 - WELSON GASPARINI

Para comunicação, sugere que sejam votados os projetos com parecer favorável de todas as comissões.

 

008 - Presidente BARROS MUNHOZ

Responde que todos os projetos em pauta receberam pareceres favoráveis das comissões da Casa.

 

009 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, questiona fala do Deputado Welson Gasparini. Recorda indicações realizadas por esta Casa ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

010 - WELSON GASPARINI

Para comunicação, recorda seu voto para o Cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Destaca a importância da aprovação de mais projetos por esta Casa.

 

011 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, responde ao Deputado Welson Gasparini. Questiona posicionamento do Deputado quanto à indicação para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas.

 

012 - CAMPOS MACHADO

Encaminha a votação da consulta ao Plenário, em nome do PTB.

 

013 - ORLANDO MORANDO

Para comunicação, recorda denúncia realizada por este Deputado contra a Presidente da Fundação Casa de São Bernardo do Campo. Menciona problemas ocorridos na instituição.

 

014 - EDINHO SILVA

Para comunicação, manifesta apoio ao Deputado Welson Gasparini.

 

015 - CARLOS BEZERRA JR.

Para comunicação, destaca o apoio do PSDB ao posicionamento do Deputado Welson Gasparini.

 

016 - JOÃO PAULO RILLO

Para comunicação, recorda diferenças ideológicas em relação ao Deputado Welson Gasparini. Afirma que nutre grande respeito pelo parlamentar.

 

017 - CAMPOS MACHADO

Desculpa-se com o Deputado Welson Gasparini. Considera ter agido com excesso.

 

018 - ENIO TATTO

Considera insuficiente o número de projetos de Deputados aprovados por esta Casa. Afirma que a existência de projetos polêmicos não deve travar a pauta deste Legislativo.

 

019 - CARLOS BEZERRA JR.

Parabeniza atitude do Deputado Campos Machado. Desculpa-se com o Presidente por discussão ocorrida em evento.

 

020 - Presidente BARROS MUNHOZ

Agradece as palavras do Deputado Carlos Bezerra Jr.

 

021 - RAFAEL SILVA

Para comunicação, destaca a trajetória política do Deputado Welson Gasparini. Defende maior fiscalização na área de telecomunicações.

 

022 - SAMUEL MOREIRA

Solicita a suspensão dos trabalhos por 10 minutos, por acordo de lideranças.

 

023 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 21h03min.

 

024 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 21h20min.

 

025 - RITA PASSOS

Solicita a suspensão dos trabalhos por 15 minutos.

 

026 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 21h20min.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 21h41min. Altera o objeto da segunda sessão extraordinária de hoje.

 

028 - SAMUEL MOREIRA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

029 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Lembra a realização de sessão extraordinária com início às 21 horas e 52 minutos de hoje. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Bezerra Jr.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, por entendimento dos líderes, esta Presidência suspende a sessão por dois minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 20 horas e 14 minutos, a sessão é reaberta às 20 horas e 15 minutos sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Proposições em Regime de Urgência.

Há sobre a mesa oito requerimentos de preferência, todos assinados pelo nobre Deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, são todos requerimentos de preferência? Há alguns de retirada de pauta por determinado número de sessões?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Deputado Campos Machado, os de tramitação ordinária de adiamento só cabe nas proposições de tramitação ordinária. Vão ser colocados no momento oportuno.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Mas existem?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Existem.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, esses a que eu mencionei?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Se referem as de regime de urgência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, esses momentos oportunos, salvo melhor juízo, serão aqueles quando forem anunciados?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Quando forem anunciados os projetos com tramitação ordinária.

Havendo oito requerimentos, esta Presidência, usando a faculdade prevista no Art. 224, do Regimento Interno, que diz: “... quando os requerimentos de preferência excederem de cinco, poderá o Presidente da Assembleia Legislativa, se entender que isso tumultua a ordem dos trabalhos, consultar o Plenário sobre se admite modificação na Ordem do Dia”. Essa consulta obviamente cabe encaminhamento.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar pelo PTB.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está em votação se comporta a modificação da Ordem do Dia ou não.

Está com a palavra, para encaminhar, o nobre Deputado Campos Machado, líder do PTB.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, antes uma questão de ordem. Se poderá, se refere no futuro. Será no caso em espécie a apresentação de oito requerimentos de inversão de pauta podem ser considerados, podem ser tidos como atos que vão tumultuar o andamento da Casa? Ou esse é um critério subjetivo do Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É um critério subjetivo da Presidência. Esta Presidência está envidando esforços no sentido de caminharmos.

Acho, sinceramente, que não atrapalha em nada se houver encaminhamento dessa consulta. Ao invés de oito encaminhamentos, vamos ter um.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, só para um esclarecimento. Seria possível o Plenário decidir porque temos aí cerca de 20 ou 30 projetos, que deveriam ser discutidos e votados aqui pelo Plenário.

Se houvesse uma preferência para colocar em discussão e votação aqueles que têm todos os pareceres favoráveis de todas as comissões técnicas da Assembleia Legislativa e que não tem ninguém contra esses projetos, tenho a impressão de que dos que foram nomeados aqui, no mínimo, 15 ou 20 projetos desses são totalmente pacíficos e a grande crítica que se faz da Assembleia Legislativa é que não se vota nada aqui. Praticamente, em 20 ou 30 dias, votam-se dois ou três projetos.

Agora, os projetos que estamos apresentando são porcarias ou há algum erro no que diz respeito ao encaminhamento disso? Então, faço um apelo à Casa, à Presidência e aos líderes porque dá uma impressão esquisita de obstrução quando são projetos bons - e têm vários projetos que são bons, indiscutíveis -, porque todas as comissões técnicas deram pareceres favoráveis. Então, não tem ninguém contra e esses projetos poderiam ficar livres até de discussão. Simplesmente a Presidência colocaria em votação e tenho certeza de que seriam aprovados. Em seguida, os projetos polêmicos. Vamos discutir até de madrugada, mas não é justo projetos bons ficarem parados nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Quero esclarecer ao nobre Deputado Welson Gasparini que estes projetos mencionados, todos foram aprovados pelas comissões e por todos os líderes com assento no Colégio de Líderes. Há consenso. Nenhum projeto desses sofreu oposição de qualquer deputado. Nenhum dos 28 projetos foi questionado. Todos os projetos que sofreram objeção, ainda que de um só parlamentar, não foram colocados exatamente para que num prazo rápido se deliberasse sobre os que têm consenso. E não adianta questionarmos agora por que não se votou ou por que não se votou antes. O fato é que estamos terminando o ano - praticamente uma semana e um dia do término do ano legislativo, se Deus quiser - e não votamos projetos de 92 dos deputados. Então houve esse entendimento. Agora isso não quer dizer que não haja discordância em relação ao que foi feito.

De fato há um projeto para o qual decidimos buscar um entendimento para sua votação. E realmente se modificou essa decisão depois da decisão já tomada.

Então é lógico que o deputado que quer a aprovação desse projeto tem todo o direito de lutar pela sua inclusão na Ordem do Dia. É muito difícil a conciliação numa Casa de 94 parlamentares, 16 partidos e no mínimo umas 40 tendências.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – PARA COMUNICAÇÃO - Causa-me estranheza o egoísmo do Deputado Welson Gasparini. Esta não é uma atitude condizente com a sua trajetória de vida. Vossa Excelência não conhece o Regimento. Vossa Excelência vem dizer que não se vota na Casa porque não há entendimento? Sabe V. Exa. o que está acontecendo com este Parlamentar? Sabe V. Exa. por que razão o meu projeto não é pautado? Sabe V. Exa. que existem conselheiros nesta Casa ou fora desta Casa, Deputado Welson Gasparini? Desculpe-me. Vossa Excelência teve um projeto aprovado em 2011. Eu não tive nenhum. E V. Exa. quer aprovar o seu projeto em 2012 não se incomodando se os seus colegas têm ou não projetos para votar.

Quero informar V. Exa. que vou encaminhar daqui a pouco os pedidos de inversão. Quero informar V. Exa. que vou usar da tribuna para discutir todos os projetos e V. Exa. não tem o direito de questionar se posso ou não usar esse tempo. Vou discutir projeto por projeto porque para mim justiça vale muito e não aceito regras morais nem lição de moral quando esta Casa não soube se comportar com dignidade.

Tinha obrigação de indicar dois conselheiros para o Tribunal de Contas e se curvou. Vossa Excelência não estava do lado da prerrogativa da Casa para indicar os dois conselheiros e vem agora falar em ditames de moral? Por que V. Exa. não vem à tribuna para defender o direito que esta Casa tinha de indicar dois conselheiros para o Tribunal de Contas do Estado, nossa prerrogativa? Não. Indicamos um deputado federal e depois o ex-chefe da Casa Civil e não vi V. Exa. na tribuna para defender as prerrogativas desta Casa. O Deputado Jorge Caruso acreditou na grandeza desta Casa e hoje sofre, porque não tivemos dignidade e força suficientes para fazer valer a Constituição do Estado. Onde estava V. Exa. nesse momento?

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, eu fui independente, votei em quem quis para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, não tinha compromisso com ninguém.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Com a Casa, com a Assembleia, com a dignidade.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Com a Casa e a minha consciência.

Deputado, tenho admiração pela sua luta aqui na Assembleia Legislativa, agora isso que está acontecendo, Sr. Presidente, nos envergonha, esta é a verdade.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Tem razão.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Nós vamos ficar horas e horas aqui porque o projeto de autoria do Deputado Campos Machado não está sendo pautado para a Ordem do Dia.

O meu projeto que está entrando hoje juntamente com mais 25 outros está tramitando nesta Casa há dois anos e com todos os pareceres favoráveis. Ele busca pura e simplesmente colocar na grade extracurricular do ensino prevenção contra acidentes na infância. Ainda ontem duas crianças morreram afogadas numa piscina doméstica. Quantos são os casos de crianças que ficam para o resto da vida - quando não morrem - deformadas porque uma panela cheia de água quente cai no seu rosto? O que eu peço no meu projeto é muito simples: preparar os professores para que nas reuniões de pais e mestres ensinem os pais a se precaverem contra os acidentes.

Eu vejo esta Casa passar duas, três semanas sem votar um projeto e agora, por que o projeto do Deputado Campos Machado não teve acordo dos líderes, todos os outros projetos vão ser prejudicados?

Estamos nesta Casa há várias horas sem fazer nada, Sr. Presidente. Isso me revolta, porque somos eleitos e V. Exa. sabe o custo disso. Temos de produzir. Agora, usar a tribuna como forma de obstrução porque não concordamos em que a maioria mande na Casa, assim não dá.

Eu sou a favor, por exemplo, de colocar o projeto do Deputado Campos Machado em votação, não em primeiro lugar porque isso são os líderes que vão decidir. Mas vamos votar o projeto do Deputado Campos Machado. Quem é a favor vota a favor, quem é contra vota contra. E se amanhã o Governador for contra, ele que vete. Agora o que não pode é esta Casa não ficar fazendo nada. Isso nos envergonha. Eu não queria falar isso aqui: tenho orgulho de ser deputado estadual, mas queria ser um deputado mais produtivo, não ser chamado à atenção como fui agora por não ter votado no candidato a Conselheiro do Tribunal de Contas do Deputado Campos Machado. Eu votei naquele que achava era o melhor e fui eleito para isso, para dar voto com independência nesta Casa.

Eu não participo de conchavos, Sr. Presidente. Respeito os meus colegas, mas gostaria que esta Casa tivesse lá fora conceito, respeitabilidade e a primeira coisa para isso é trabalhar, trabalhar. E sinto que não estamos conseguindo trabalhar como deveríamos.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Quanta hipocrisia, meu Deus do céu. Que hipocrisia do Deputado Welson Gasparini. Sua Excelência diz que não votou no candidato Caruso. Ele nem foi candidato. Ele não chegou a ser candidato porque deputados como V. Exa., que vêm no microfone falar em ética, não tiveram coragem para defender a Casa, que tinha obrigação de indicar membros desta Casa. Vossa Excelência foi na fila.

Não, Deputado Gasparini, aqui não. Vossa Excelência quer chamar a atenção, chame, mas não de mim porque não vi V. Exa. na linha de frente defendendo a dignidade da Casa, defendendo a Constituição do Estado.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Dignidade da Casa é trabalho, não é fazer acordos como os que são feitos nesta Casa.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Que trabalho? Vossa Excelência não pára na Casa, só fica em Ribeirão Preto.

 

* * *

 

- São dados apartes antirregimentais.

 

* * *

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Eu não devo nada a ninguém.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Deve à Casa, deve à Casa ...

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Votei com a minha consciência e não fui chamado atenção por ninguém, nem pelo Deputado Jorge Caruso, que sequer me pediu voto, Sr. Presidente. Eu não assinei documento nenhum e não voltei atrás. Votei em quem eu achava que merecia ser votado e respeito o Deputado Jorge Caruso.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Mas não tinham dois candidatos, só pode votar em um!

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Nobre Deputado Campos Machado e nobre Deputado Welson Gasparini, esta Presidência vai consultar o Plenário se aceita a preferência na Ordem do Dia, ou não.

Para encaminhar, tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, 20 anos depois que cheguei a esta Casa eu vejo um Deputado falar aquilo que não sabe, discutir o que não tem conhecimento. Quero lembrar que a Constituição Estadual, assegura, assegurava a esta Casa a indicação de dois membros. Votamos uma Proposta de Emenda Constitucional em 2011, indicando, na pior das hipóteses, três ou dois Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Passei a defender e com o apoio do Conselho de Prerrogativas, que fosse indicado um nome. Poderia ser o Deputado Jorge Caruso ou Deputado Roque Barbiere, Deputado Cauê Macris, ou o Deputado Rodrigo Moraes, mas tinha que ser o de um Deputado.

Deputado Gilmaci Santos, foi aprovada uma Proposta de Emenda Constitucional -PEC, com este objetivo. Nós não tivemos condição de seguir os ditames desta Casa. Essas são as regras morais, Deputado Welson Gasparini, que nós deveríamos seguir; amar a esta Casa, respeitar o nosso direito, não se curvar, mas V. Exa. se omitiu. Não vi V. Exa. em lugar nenhum. E vem V. Exa. dizer que não votou? É lógico que não votou, porque só tinha um candidato. Onde estava V. Exa. quando fizemos um acordo aqui no plenário retirando a candidatura de Jorge Caruso para que pudéssemos votar a indicação de Dimas Ramalho? Onde é que estava Vossa Excelência? Estava em Ribeirão Preto? Aqui V. Exa. não estava.

E nós acreditamos que esta Casa, pela sua história, pela sua tradição, por ser imperioso defender aquilo que nos pertence, a indicação  cabia a nós, Deputado Edmir Chedid. A nós cabia a indicação e eu não vi o Deputado Welson Gasparini, a não ser para defender o seu projeto agora aqui nesta Casa. Ou V. Exa. acha que não existe um ciclo vicioso de álcool, maconha depois, cocaína e crack? V. Exa. acha que estou aqui defendendo questões pessoais, que estou a serviço da AmBev? Quem é que não quer votar este projeto, Deputado Welson Gasparini? A AmBev, a Shell, a Esso, a Schincariol, a Brahma? Quem não quer votar? E V. Exa. vem aqui pretender ditar regras de moral quando V. Exa. não defendeu a dignidade da Casa que era respeitar. Vossa Excelência jurou aqui, quando tomou posse de Deputado, defender a Constituição Estadual. E nós rasgamos a Constituição Estadual não elegendo, não escolhendo o único candidato e o Deputado Jorge Caruso não foi candidato. Vossa Excelência não pôde votar no Deputado Jorge Caruso. Isso não é questão de compromisso, não. O compromisso foi com a Casa. Onde estava V. Exa. quando eu e o Deputado Edinho Silva, saímos na primeira página da revista “Veja”, porque estávamos defendendo a dignidade da Polícia Civil? Onde estava Vossa Excelência? E agora V. Exa. vem aqui falar em moral, querendo achincalhar a Casa?

Não é o meu projeto que está em jogo, Deputado, isso é uma questão de justiça. E quer queira ou não V. Exa., vou ficar a noite inteira aqui, não importa o resultado. Eu estou acreditando que estou do lado certo. Não me importo com que V. Exa. pensa ou diz o que pensar. Não sabe V. Exa. o que tem por trás disso; se soubesse, não teria ocupado o microfone de apartes.

Deputado Welson Gasparini, as palavras, enquanto nós não as pronunciamos, são nossas prisioneiras, porém depois que as pronunciamos, passamos a ser prisioneiros delas. V. Exa. esqueceu-se dessa premissa básica em política e na vida.

Sr. Presidente, não acho justo, não acho correto, não acho moral e não acho ético, que se queira fazer uma nova rodada de projetos de Deputados de 2012, quando não tive o meu de 2011 aprovado para satisfazer a vontade dos “Welsons Gasparinis” desta Casa. Não estou preocupado com elogios, nem com apoios, nem com sorrisos. Só sou vassalo da minha consciência e a minha consciência me diz que eu tenho a obrigação de permanecer a noite toda aqui.

Estou preparado para ter embate com qualquer Deputado que seja, porque estou acreditando, Deputado Luiz Claudio Marcolino, que caminho do lado certo.

Portanto, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, passaremos até o final da sessão e quero discutir e encaminhar, requerer verificação de votação em todas as votações que forem ocorrer nesta noite, em todas as votações que forem ocorrer até o final de ano, em todos os projetos de todos os Deputados desta Casa.

Cara feia, falta de imaginação, hipocrisia não me afetam. Por isso, Sr. Presidente, informei a V. Exa. do que iria fazer. Disse a V. Exa. que não sei andar escondido, não ando com máscara, nem me fantasio nem corro pelos cantos desta Casa, eu assumo as minhas responsabilidades.

Sei que estou descontentando a muitos, porém prefiro descontentar o mundo, mas não trair aquilo que acredito, trair a minha consciência. Não nasci para ser lacaio, também não nasci para ser hipócrita. Não nasci para ser lacaio, volto a repetir!

Por isso, Sr. Presidente, gostaria de dizer a cada Deputado desta Casa que acha que o seu projeto é o mais importante que tem, que é preciso respeitar o direito dos outros. É preciso olhar do lado, porque ao seu lado também tem parlamentares que também têm projetos para serem votados. É preciso acreditar que o horizonte é mesmo para todos. É por isso que estou aqui nesta tribuna, de onde não deverei sair até o final desta sessão. Não me importa as consequências, não importa o tamanho do exército que eu possa vir a enfrentar nesta noite, porque não vou ceder um milímetro. Nunca recuei na minha vida, e não vai ser nesta noite. Quero reiterar uma vez mais, para que todos saibam o que vai acontecer e o que eu vou fazer aqui: encaminhamentos, discussões e verificações de votação, seja requerimento ou projeto que venha a ser encaminhado.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de falar sobre um assunto que já trouxe na última semana a este plenário, e com tristeza trago novamente. É em relação à Presidente da Fundação Casa, fundação essa ligada à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo. Naquele momento fiz um registro quanto a sua indelicadeza, seu desrespeito, seu afronto à população de São Bernardo, ao Presidente da Câmara Municipal de São Bernardo, mas hoje o comunicado é ainda pior, porque se já não bastasse o desrespeito dela com a sociedade, que é peculiar, da sua característica a prepotência, a sua arrogância, petulância, agora afronta também a Justiça.

Quero ler aqui uma decisão proferida na última segunda-feira, na 5ª Vara da Fazenda Pública aqui da Capital, em que claramente a Dra. Exma. Juíza de Direito Cristiane Vieira deixa em sua sentença que caso não tenha as licenças municipais a unidade da Fundação Casa, alugado o imóvel na Cidade de São Bernardo do Campo, não poderia iniciar. Eu tinha uma tratativa com seu adjunto, homem que respeito, Claudio Pitelli, e nós estávamos num processo de negociação, até porque o dono do imóvel quer rescindir o contrato, inclusive pagando as multas que reza claramente o Código Civil. Ela, ontem à noite, no apagar do sol - não das luzes -, colocou menores dentro dessa unidade, infringindo uma decisão judicial, não cumprindo a legislação municipal. E para nossa tristeza, dois desses menores internados ontem à noite já foram presos em flagrante nesta manhã, roubando um patrimônio do povo de São Bernardo do Campo, que é a nossa famosa Cidade das Crianças.

Então queria fazer um alerta para que a Dra. Berenice - ela não precisa gostar de mim e da nossa cidade, pelo que conheço é uma pessoa com forte formação jurídica - respeite as leis e as decisões. Hoje vou parar por aqui, mas daqui para frente vou começar a falar sobre a conduta ética e sobre a postura que ela vem adotando. E depois vemos que a Fundação Casa tem rebelião, tem menor agredido, tem funcionário que apanha, quando começamos investigar descobrimos por quê. Já protocolizei um requerimento de informação, porque se ela usou da prática de abrir unidade sem licença em São Bernardo do Campo, possivelmente essa prática deve estar ocorrendo em todo o Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. EDINHO SILVA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Evidentemente todos nós sabemos e reconhecemos a liderança do Deputado Campos Machado, um deputado que baliza o debate nesta Casa, e o debate parlamentar naturalmente é acalorado. Mas quero aqui, Sr. Presidente, um parlamentar do Partido dos Trabalhadores, Presidente do PT, fazer uma manifestação de justiça ao Deputado Welson Gasparini.

O deputado foi prefeito no mesmo período em que fui, eu em Araraquara e ele em Ribeirão Preto. É um deputado extremamente respeitado, certamente uma das maiores lideranças que a política de Ribeirão Preto pariu. É um deputado e uma liderança política que sai às ruas em Ribeirão Preto e anda de cabeça erguida, um homem querido pelo povo de sua cidade, e certamente terá votos em Ribeirão Preto enquanto achar conveniente disputar cargos eletivos.

Então faço aqui uma manifestação de justiça a essa que é uma liderança da minha região e que todos nós respeitamos, independentemente de cor partidária. Penso ser natural que se acalore o debate, essa é a dinâmica do Parlamento, mas fica aqui o registro do respeito que temos pelo Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, estamos terminando, praticamente na última semana de trabalhos de um ano extenso, trabalhoso, duro, pesado para todos, e nesse momento conjuntural muitas vezes alguns de nós, ou a quase totalidade de nós, às vezes exageram nas tintas do debate. No calor da disputa e do bom debate de ideias, às vezes a coloração é exagerada. Nesse sentido, Sr. Presidente, quero aqui manifestar a posição da Bancada do PSDB em relação ao Deputado Welson Gasparini, deputado federal, prefeito de Ribeirão Preto, deputado nesta Casa, vice-líder da nossa bancada, um homem de bem, homem correto, homem que dignifica a atividade política, homem que dignifica esta Casa.

Quero manifestar o total apoio da Bancada do PSDB à fala, à condução e ao procedimento do Deputado Welson Gasparini. E em dizendo isso, quero dizer ao Deputado Campos Machado, grande líder desta Casa, homem de bem, de respeito, que goza do carinho de todos os deputados, que o Deputado Welson em nenhum momento de sua fala sequer resvalou em qualquer condição ou qualquer predicado pessoal em relação ao Deputado Campos Machado. Muito pelo contrário. O Deputado Welson faz um apelo justo de um deputado que deseja ver esta Casa andando de forma mais célere; que deseja ver esta Casa ainda mais produtiva; e que deseja ver os projetos que estão na pauta, que merecem ser apreciados nesta noite nesta Casa, aprovados.

Então, Deputado Welson, receba aqui o apoio da sua bancada, nosso apoio irrestrito à fala de Vossa Excelência. Vossa Excelência tem o nosso respeito e o nosso apoio.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, tive a oportunidade de acompanhar o debate desses dois deputados, Campos Machado e Welson Gasparini, e ainda ontem eu e o Deputado Welson Gasparini travamos um grande debate, intenso, por vezes ríspido sobre política de segurança do Estado. Percebemos que há muita diferença ideológica, política, mas um respeito muito grande pela forma diplomática e elegante que o Deputado Welson Gasparini defende o seu ponto de vista.

Fiquei extremamente satisfeito com a forma como ele se posicionou em relação à mal contada história do Tribunal de Contas, e a forma íntegra e digna como se posicionou. Do alto da sua história política, ele tem toda a legitimidade para fazer o apelo que fez a esta Casa, por um comportamento mais produtivo, mais digno.

Em que pesem nossas diferenças, eu o respeito muito, respeito a forma como ele lida com a política, e pela sua capacidade de discutir no limite, no limite da política, e não atravessar o campo pessoal. Espero um dia, com o amadurecimento e com os tombos que vamos tomando na vida, ter a serenidade e a capacidade de aprofundar o debate político, sem resvalar nunca no campo pessoal. É um esforço permanente que faço, quando me excedo sei reconhecer, e hoje o Welson, na minha modesta opinião foi vítima de um excesso, numa mistura de discussão, onde puxou para a cidade dele, de maneira despropositada, quando foi chamado a responsabilidades que não são dele. Não foi ele quem contribuiu para a confusa discussão do Tribunal de Contas.

Quero aqui manifestar a minha solidariedade e o meu respeito pela forma civilizada e elegante como o Deputado Welson Gasparini faz o debate nesta Casa.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Antes de informar ao Deputado João Paulo Rillo e ao Deputado Edinho Silva, que pouco me importa o que eles pensam, e não me atenho ao que eles queiram ou possam falar, quero pedir desculpas públicas ao Deputado Welson Gasparini.

Desculpas a V.Exa., que já foi do meu partido, foi meu amigo. Eu extrapolei. (Palmas) Faço isso de coração.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não me surpreende, nobre Deputado.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Não me importa o que pensam, quero deixar bem claro, o Deputado João Paulo Rillo e o Deputado Edinho Silva. Pouco me importa o que eles falaram aqui. Mas quero deixar claro: fui injusto com o Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Mais um gesto nobre de Vossa Excelência.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - Tenho o espírito muito agressivo às vezes, reconheço. Às vezes eu passo do limite, mas eu sei voltar, Sr. Presidente. E eu não poderia deixar de, nesta noite, reconhecer que fui profundamente injusto com o Deputado Welson Gasparini. Peço desculpas. Conheço sua família. Tenha a certeza, Deputado Welson Gasparini, que eu o tenho em alto apreço e muito carinho. (Palmas)

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, acho que é atitude nobre do Deputado Campos Machado reconhecer esse excesso. Eu não poderia esperar outra atitude, a não ser essa do nobre Deputado Campos Machado, que ajuda em muito esta Casa.

Mas, Sr. Presidente, gostaria de retomar o que está posto em pauta. Nós discutimos, votamos, apreciamos projetos do Executivo durante o ano todo, apesar de ser um ano eleitoral. Discutimos, debatemos e aprovamos diversos projetos do Judiciário neste ano, do Ministério Público, da Defensoria Pública, mas principalmente do Executivo.

Nesta noite, pela primeira vez neste ano foi pautado projeto de Deputados. Fico imaginando o Deputado que está em sua casa, ou no gabinete, e que criou uma expectativa no acordo de Líderes, de começar a votar projetos de Deputados. O Deputado é eleito para fiscalizar, mas principalmente para legislar. Não há um Deputado nesta Casa que não tenha se preparado, não estudou, não debateu com diversos segmentos da sociedade um Projeto de lei.

E nesta noite estava praticamente acordado para discutir e votar pelo menos 33 projetos de Deputados. O primeiro projeto, a primeira iniciativa de discutir e votar esse projeto criou todo esse ambiente. Penso que isso não é normal. O que estou vejo aqui, nos meus nove anos de Assembleia Legislativa, isso é recorrente. Em diversos anos se vota tudo quanto é tipo de projetos, e quando chega à votação de projetos que interessam ao Deputado, o projeto individual, faz parte do seu mandato, que atende diversos segmentos da sociedade, projetos bons, para todo o povo paulista e paulistano, acontecem esses problemas.

Percebo a inviabilização da aprovação de projetos de Deputados nesta noite. Se não começarmos a votar hoje, se não houver um consenso, um pacto para votar os projetos que foram pautados, não teremos mais tempo para votar projeto de Deputados neste ano. Começarão as propostas para mandar para fevereiro do ano que vem. E talvez, nos 10 anos em que estou nesta Casa, seja o primeiro ano em que não se vota projeto de Deputado, pelo menos um.

Faço um apelo aos Deputados que tiverem projetos polêmicos, que não têm consenso, que aguardem que se discuta, que mudem o projeto, que debatam no Colégio de Líderes, fora do plenário, para chegar a um consenso. Mas jamais impedir que votemos projetos que têm consenso, e que impeçam a aprovação desse projeto de determinado Deputado.

O que estou percebendo hoje é o seguinte: vamos inviabilizar o primeiro projeto do Deputado, e não se vota em mais nenhum. Quem tem projeto que foi acordado, que tem consenso, não pode deixar de ser aprovado. Faço o apelo aos Deputados que não conseguiram consenso no Colégio de Líderes para votar, que esperem, que discutam mais, ou que mudem o projeto, como já aconteceu por diversas vezes. Mas não impeça que esses 30 e poucos projetos, que têm consenso, que beneficiam, que vão ajudar a vida parlamentar do Deputado, que é uma prerrogativa dele, que seja liberado para ser votado nesta noite. Que não se crie caso. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Sr. Presidente, quero fazer dois registros. Primeiro, em relação ao Deputado Campos Machado, reconhecendo o gesto de grandeza do Deputado. Vossa Excelência, assim como o Deputado Welson, tem o meu respeito.

E sendo coerente com esse gesto, Sr. Presidente, eu gostaria de fazer um segundo e importante registro. Na semana passada tivemos um debate público fora do âmbito desta Casa, no espaço partidário, e que acabou indo aos jornais. Quero deixar claro a V.Exa. que, no calor do debate, fiz afirmações, críticas políticas que jamais tiveram a intenção de atingi-lo pessoalmente, ou de terem característica pessoal, apesar de poder dar margem a interpretação de que tivesse algo pessoal.

Em virtude disso, eu gostaria também, Sr. Presidente, de publicamente deixar isso claro, de que nas minhas críticas jamais houve qualquer conotação pessoal, no sentido de ofensas a V.Exa., nem a V.Exa. e nem a sua família. E fazendo isso, gostaria, sinceramente, de deixar aqui o meu registro de desculpas e de respeito por aquilo que V.Exa. faz e representa para esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Muito obrigado, nobre Deputado Carlos Bezerra. Fico extremamente sensibilizado com a colocação de Vossa Excelência. Agradeço, em meu nome e em nome de minha família. Quero dizer também que peço desculpas por qualquer excesso que tenha cometido.

Eu tencionava seguir um outro caminho, mas Deus me iluminou a não trilhá-lo, mas não foi só Deus. O Deputado Campos Machado também me aconselhou, dizendo que eu deveria considerar, ponderar. E acho que foi uma decisão sábia minha, e que o seu posicionamento hoje só corrobora. Muito obrigado, Deputado Carlos Bezerra.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, no primeiro momento aqui da minha participação, Gasparini foi meu adversário político por muito tempo em Ribeirão Preto. Quatro vezes prefeito, e elegeu vários outros prefeitos também, inclusive o Duarte Nogueira pai, falecido com 53 anos de idade, desconhecido, foi eleito prefeito em Ribeirão Preto. Em razão disso, depois, Duarte Nogueira Filho virou deputado estadual, deputado federal.

Gasparini tem uma história de vida dentro da política. Discordei dele muitas vezes e vou discordar, mas nunca na minha vida coloquei em dúvida a sua ética, a seriedade com que ele faz as coisas. Pode se equivocar? Sim, mas tem muita seriedade e muita ética.

Talvez o Deputado Campos Machado, por desconhecer o passado de Gasparini, tenha exagerado, mas isso lhe deu a oportunidade de crescer mais. A dignidade, a honra e a nobreza não estão no comportamento daquele que não erra, e sim no comportamento daquele que erra e reconhece o erro.

Encerrando, quero falar da Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações. Entendo que a Polícia Federal deveria agir também na Anatel, na Vivo. Será que existe alguma coisa errada? Será que o Brasil pode aceitar essa fusão de Vivo com Telefônica? Será que podemos aceitar isso tudo? Será que não existe bandalheira nesse tipo de acordo que leva tristeza, que infelicita a família brasileira? Essas empresas não levam em conta os interesses das pessoas, mas apenas os interesses do grupo. Eles estão aqui para ganhar muito e muito dinheiro, e não são empresas de brasileiros. São empresas que vieram de fora para sugar a economia nacional.

A Polícia Federal está metida em algumas coisas esquisitas, procurando resolver alguns assuntos - metida de forma positiva. Que a Polícia Federal e o Ministério Público acabem por se interessar pela Vivo, pela Telefônica. Quem sabe também se existe algum braço corrupto dessas organizações levando vantagem para políticos importantes? E essas vantagens levadas para os políticos dão a eles a oportunidade de fazerem o que bem querem neste País.

Talvez, uma boa bandeira a ser levantada essa de se pedir Polícia Federal e Ministério Público para investigar o que acontece nessas empresas.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por dez minutos.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Esta Presidência convoca os Srs. Líderes para uma reunião no Salão Nobre da Presidência e suspende a sessão por dez minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 21 horas e três minutos, a sessão é reaberta às 21 horas e 20 minutos, sob a Presidência do Sr. Ulysses Tassinari.

 

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A SRA. RITA PASSOS – PSD - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 15 minutos.

 

O Sr. Presidente – ULYSSES TASSINARI - PV – Havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência suspende a sessão por 15 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 21 horas e 20 minutos, a sessão é reaberta às 21 horas e 41 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta Presidência retifica a convocação da segunda sessão extraordinária, a realizar-se 10 minutos após o término desta sessão, para mudar o seu objeto, passando a ser o Projeto de lei nº 604, de 2012.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão, lembrando-os da Sessão Extraordinária que terá início daqui a 10 minutos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas e 42 minutos.

 

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