16 DE FEVEREIRO DE 2023

12ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidência: DANIELA BRAGA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DANIELA BRAGA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - DR. RAUL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - DR. RAUL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

8 - PRESIDENTE DANIELA BRAGA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do período adicional do dia 17/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Daniela Braga.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente.

Vamos à chamada dos oradores inscritos no Pequeno Expediente no dia de hoje: Deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Enio Lula Tatto. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Dr. Raul. Com V. Exa. a palavra.

 

O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobre deputada Daniela Braga, nobres colegas deputados, colegas deputadas, quero utilizar os cinco minutos deste Pequeno Expediente para fazer um voto de congratulação a uma pessoa portadora de PCD que eu conheci pequenininha, com cinco aninhos de idade, e hoje eu a vejo se destacando com um livro que está sendo vendido na Amazon: está aí o livro para vocês verem.

E o título foi bem sugestivo, ele nos chama de imperfeitos, entendeu? E eu queria falar aqui umas coisinhas para vocês verem como é bonita a história dela. Então a Julie - o nome dela é Julie, deputada Daniela - a Julie Goldchmit tem 25 anos, é assistente de marketing de uma das maiores empresas de produtos de consumo do mundo, ela tem uma excelente memória, uma rapidez de leitura fantástica e ela gosta muito de fazer amizades.

Hoje a Julie tem muitos amigos, ela ama a profissão dela e sente que pertence ao trabalho dela - olhem aí a fotinho dela, essa moça bonita - mas nem sempre foi assim, deputada Daniela. Não foi sempre assim. Ela teve os pais que a acolheram de uma forma não só paterna, eles sabiam que precisavam prepará-la para a vida e hoje temos essa surpresa agradável que a Julie tem proporcionado.

Eu peguei umas frases do livro dela que eu achei interessantes. “Quando eu nasci os médicos disseram aos meus pais que eu jamais seria capaz de andar, falar ou me desenvolver. Hoje, aos 25 anos, eu trabalho, estudo” - ela está estudando para vários idiomas - “amo ler livros e estou sendo preparada para ser analista na empresa onde trabalho. Eu sou a prova de que nós, PCDs, portadores de deficiência, somos capazes de somar e muito com a sociedade, desde que tenhamos a oportunidade”.

Até seus 15 anos, ela viveu sem saber que tinha o transtorno do espectro autista. Na escola, passou por dificuldades de aprendizado, exclusão, bullying. Não tinha amigos e se sentia invisível. Interessante a palavra que ela usou. Depois, precisou enfrentar a falta de vagas para pessoas com deficiência em empregos formais e sofreu uma série de assédios no ambiente de trabalho. Tudo por ser diferente, ou melhor, imperfeita.

Mas, afinal, o que é ser perfeito? Durante a sua jornada, Julie descobriu que todos nós temos dificuldades e ninguém faz nada sozinho. Além da família, pôde contar com uma rede de apoio de médicos, psicólogos, professores, ativistas, especialistas, amigos e colegas de trabalho que contribuíram significativamente para o seu crescimento pessoal e profissional.

 “Mesmo com os desafios”, palavras dela, “aprendi a tamanha importância de sermos protagonistas da nossa própria história. Acabei me tornando um símbolo, e minha missão hoje é contribuir para gerar uma mudança efetiva na sociedade e torná-la mais inclusiva. Eu quero que as pessoas tenham a mesma oportunidade que eu tive e que, um dia, elas possam viver em um mundo onde sejam livres para ser quem são.”

 Com este livro, a Julie quer encorajar as pessoas a se aceitarem como são e mostrar para as empresas que a inclusão social é benéfica para toda a sociedade, porque, apesar das diferenças, existe algo que nos torna iguais: somos todos imperfeitos.

Então, foi muito sugestiva a forma como ela se dirigiu a gente. É um livro de 192 páginas, e o livro “Imperfeitos” discute ainda o papel da família na inclusão social, o assédio e a discriminação no mercado do trabalho, a importância de programas de aprendizagem para a inclusão nas empresas e como a diversidade é benéfica para o mercado de trabalho, dando chance para que negócios aumentem não só os seus lucros, mas também estimulem e priorizem a sua cultura organizacional.

A obra segue a diagramação recomendada por especialistas em acessibilidade e também inclusão, com letras grandes e fontes serifadas. Está aí a foto, fonte serifada. Sabe que nem eu sabia o que era uma fonte serifada? A gente não presta atenção nisso, mas a fonte serifada é exatamente esse desenho que eu estou projetando na tela para vocês verem. Você consegue colocar umas marcações na letra que facilitam para quem é deficiente visual poder ler com uma tranquilidade maior as letras.

O relato da Julie, então, leva em conta a importância de capacitar e promover pessoas dentro do espectro autista, praticar os fundamentos dos princípios de inclusão e diversidade. É preciso desmistificar definitivamente o preconceito de que essas pessoas não são capazes e, paralelamente, ter a percepção de desenvolver as atividades coorporativas olhando para as habilidades de uma pessoa autista, pois fica muito fácil fazer a inclusão no mercado de trabalho quando conseguimos enxergar as habilidades das pessoas dentro do espectro autista.

Então, gente, mês de abril vai ser o mês da conscientização sobre o transtorno do espectro autista, e eu queria aproveitar para fazer essa homenagem para a Julie. Vou pedir licença para a nossa presidente, mais um minuto e meio, que é o vídeo, e vocês vão ter oportunidade de ouvir da própria boca da Julie algumas situações.

Podia rodar o vídeo da Julie?

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Então, presidente, eu estou homenageando a Julie agora, com a foto do Montanha. O Montanha foi um cachorro que eu tinha, há 20 anos atrás. E a Julie, quando fez uma visita lá em Bauru, que o pai dela é oftalmologista, ela chegou, viu o Montanha, cinco aninhos de idade, abraçou o Montanha e quis dar um beijo na boca do Montanha. E aí, o que aconteceu?

Eu nunca mais esqueci a forma como ela se referiu ao Montanha. Ele falou assim: “Nossa, Montanha! Como o seu bafo é fedido!” E eu sei, o pai dela já me disse, que ela nunca mais esqueceu o Montanha. Então fica aí, Julie, os meus parabéns a você. Vinte anos depois, é você nesse sucesso todo.

Isso mostra que a inclusão realmente faz a diferença. Uma coisa é você ficar falando de inclusão. Outra coisa é você mostrar uma pessoa que teve o apoio da família, e conseguiu chegar onde ela já chegou. E, como ela mesmo disse: “Eu tenho muita história pela frente.”

Muito obrigado, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Seguindo a chamada dos oradores inscritos no Pequeno Expediente. Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.)

Vamos seguir para a Lista Suplementar. Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. É uma alegria presenciar a senhora aqui, conduzindo os nossos trabalhos. Meus parabéns. Fico muito feliz. Cumprimento o colega Dr. Raul, também aqui presente. Estendo as minhas homenagens à Julie, e ao Montanha. Todos os funcionários que nos assistem, as pessoas que nos acompanham.

Eu até já solicito, Sra. Presidente, dois minutos de comunicação, na sequência, para que eu possa tentar completar o raciocínio, porque cinco minutos, ou quatro minutos, não serão suficientes.

Ontem, no Diário Oficial, foi publicada a Lei nº 17.629, de 2023, que é a lei oriunda do PL 668, de 2021, aprovado aqui na Casa, no final do ano passado. Então foi um projeto de lei apresentado por vários deputados nesta Casa. Eu fui a primeira autora desse projeto, mas, sem o apoio dos demais colegas e dos líderes, tanto para pautar como para votar, e do próprio presidente, nós não teríamos conseguido. Então, ficam aqui os meus agradecimentos.

Esse projeto foi apresentado para que as pessoas no estado de São Paulo parassem de ser constrangidas nos seus direitos fundamentais mediante a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19. Exigência esta que vinha sendo feita de maneira arbitrária e ilegal, não só relativamente às duas doses convencionais, mas também a todas as doses de reforço, algo que não tem previsão legal expressa, principalmente no que concerne às punições.

Então, muitas vezes eu subi a esta tribuna para noticiar reclamações que recebi, no gabinete, de funcionários públicos, de empregados do setor privado também, alunos de universidades, familiares. Eu relatei muitos casos aqui. Eu quero tentar explicar - fiz isso, já, como convidada no programa da Rede Alesp, e agradeço o espaço - para a população o que aconteceu, sob o ponto de vista legislativo.

O nosso Projeto no 668 era um projeto muito detalhado. Havia previsão explícita, expressa e minuciosa de várias situações, e a proibição das punições que vinham acontecendo no estado de São Paulo. Então, havia um artigo contemplando a situação dos funcionários públicos; outro com relação aos estudantes em geral, e aos estudantes universitários em especial; outro referente às crianças e adolescentes; outro referente à transparência relativamente aos efeitos adversos; e assim por diante.

O que fez o governador Tarcísio ontem? Sancionou a lei, mas vetou os artigos que eram específicos. Ele sancionou um artigo geral, em que fica proibido exigir o comprovante de vacinação no Estado, tanto em ambientes públicos como privados - estabelecimentos de natureza pública e estabelecimentos de natureza privada -, interpretando que essa proibição geral já contemplaria, abrangeria as demais.

“Ah, Janaina, você ficou feliz com isso?”. É óbvio que, para a autora do projeto, seria mais, como é que posso dizer... Talvez eu me sentisse mais contemplada se a sanção tivesse sido total; ou seja, todo o projeto apresentado foi aprovado. Mas nós temos, muitas vezes na vida, que colocar o pragmatismo, no bom sentido, a praticidade, a eficácia na frente da vaidade. E por que estou dizendo isso? E é isso que eu quero que a população compreenda.

Mediante a sanção da lei, o governador proibiu essas exigências em geral. E ele teve o cuidado de revogar o decreto que vigorava no estado de São Paulo desde o governo Doria. Então, ontem, no mesmo Diário Oficial em que foi publicada a Lei n­o 17.629, de 2023, e em que foram publicadas as razões de veto - as quais depois eu vou esmiuçar, para que as pessoas compreendam -, foi publicado o Decreto no 67.490, também de 2023, revogando o Decreto no 66.421, de 2022, que foi um decreto assinado pelo governador João Doria.

O que isso significa? Significa que os objetivos que eu, na condição de deputada, e os colegas que assinaram o projeto e os que votaram favoravelmente; os objetivos que nós buscávamos foram alcançados, quando nós analisamos em conjunto a lei que entrou em vigor ontem, as razões dessa aprovação com alguns vetos e a derrubada do decreto, porque era com base nesse decreto que a Secretaria da Educação, por exemplo, havia baixado várias resoluções para impedir professores de lecionar, funcionários de trabalhar e alunos de estudar em alguns casos. Em outros, famílias estavam sendo denunciadas, muitas vezes, deputado que é médico e está aqui conosco, porque não deram uma dose de reforço da vacina em um filho.

Então, caindo esse decreto, que foi revogado ontem, essas injustiças ficam, pelo menos a maior parte delas, solucionadas. Nós havíamos, eu e outros colegas, apresentado inclusive projetos de decreto legislativo para derrubar esse decreto do Doria. Para quem não entende, existe projeto de lei e projeto de decreto legislativo, ao lado de outras iniciativas parlamentares. O projeto de decreto legislativo serve para derrubar uma medida administrativa do titular do Executivo.

Nós havíamos, ao lado do 668, apresentado um projeto de decreto legislativo para derrubar o decreto do Doria. Então esta Casa também procurou solucionar o problema pela revogação do decreto.

Então, quando o governador vem com essas duas frentes, ele contempla um pleito antigo da Casa. Então eu quero aqui deixar claro que, apesar dos vetos, o governador não desrespeitou a Casa, porque ele atendeu a Casa seja no que concerne ao 668, proibindo o tal passaporte da vacina de maneira ampla, seja derrubando o decreto, que é um pleito antigo de vários deputados aqui.

Eu vou já me reinscrever para falar um pouquinho mais da situação da Secretaria da Educação e tentar esclarecer as pessoas com relação aos passos a dar daqui para diante, porque muitas estão ligando para o gabinete, e é impossível responder de maneira detalhada a um por um. Então eu já falo aqui, vou colocar nas minhas redes, e essa explicação fica pública.

Muito obrigada, Sra. Presidente, inclusive pelo tempo extra.

 

A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Na sequência dos oradores inscritos na Lista Suplementar, Dr. Raul.

 

O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobre presidenta que está dirigindo os trabalhos, colegas deputados, colegas deputadas, eu quero fazer aqui só um aditivo à fala da deputada Janaina, só para chamar atenção para um fato.

Pouca gente fala hoje da H1N1, H1N3, e isso no passado foi um grande problema. Vocês acham que não tem gente morrendo ainda nas UTIs com H1N1? Tem. E a vacinação ocorre como? Na faixa etária que é a faixa mais atingida, pelo menos são as pessoas acima de 60, 65 anos de idade. É o que vai começar a acontecer agora, deputada Janaina, exatamente com o nosso famigerado coronavírus.

Por mais que tenha as cepas que vão se tornando resistentes, você, tendo uma vacina... Inclusive defendo que seja a Coronavac. Todas as vacinas que eu tomei foram Coronavac, e eu a defendo aqui, ela é prata da casa. Eu tenho certeza de que a eficácia dela é ótima, e vai acontecer de a gente vacinar mais o grupo de risco e isso ser suficiente para a gente manter tudo isso sob controle.

 Mas agora eu gostaria de passar um vídeo, até já peço um pouquinho de paciência da presidenta. Tenho um vídeo que mandaram agora lá da cidade de Jaú que talvez vá passar um pouquinho do meu tempo, mas a gente já mata esse assunto aqui, devido à gravidade do problema.

Eu gostaria que soltassem o vídeo do meu amigo Paulo Soares, lá da cidade de Jaú, um desabafo que ele fez nas redes sociais.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Pois então. Eu quero aproveitar a fala, o desabafo do Paulo Soares, nosso companheiro de partido, do Podemos, da cidade Jaú, porque eu estou de posse aqui já de uma situação onde tem todos os relatórios. Por que a dificuldade que o hospital está tendo hoje de manter suas portas abertas? Deputada, nossa presidente, acredite, mas já marcaram data, para 31 de março, de encerrar as atividades.

Tem todo um relatório aqui mostrando os convênios assinados pelo Governo do Estado, os seus atrasos, e a não interrupção do atendimento dessas pessoas, portadoras, às vezes, de dependência química, de outras patologias, eles não interromperam, mesmo não recebendo o repasse, por causa daquela morosidade de você assinar um convênio, e depois ter que fazer a renovação.

Isso, para um hospital que está ali atendendo, você sangra de morte o seu orçamento, e é o que está acontecendo agora no Thereza Perlatti. É o único hospital que atende Bauru e região, a demanda é enorme, é uma instituição que está lá há mais de 60 anos, e eu estou de posse aqui de todo esse histórico. Eles fizeram, detalhadamente, onde o déficit começou a acontecer.

Então, eu estou marcando. Viu, Paulo? Você vai ouvir essa fala agora. Eu estou marcando o Sr. Edson Rogatti, que já foi presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia. Não sei se ele ainda é presidente, mas eu estive com ele em uma demanda de Cafelândia. É o assessor especial do gabinete da Secretaria de Saúde, uma pessoa exemplar, com experiência de vida com as Santas Casas. Ele já gerenciou e gerencia várias delas. Então, ele sabe do que eu estou falando.

Então, Paulo, aí em Jaú, por favor, providencie uma comitiva para nós sentarmos com o Sr. Edson Rogatti, para que a gente faça isso ser resolvido da melhor forma possível. Não podemos deixar o Thereza Perlatti sucumbir, porque é de extrema necessidade que ele permaneça. Eu sei que as novas políticas vão cada vez menos tendo necessidade de internação das patologias, no que diz respeito às doenças mentais, mas sempre existem aqueles pacientes que precisam de um início de internação para depois continuar o tratamento ambulatorial.

Bauru, por exemplo, deputados, só tem 15 leitos. Nem sei se já entrou em atividade. Assim que reinauguraram o Hospital Manoel de Abreu foram anunciados 15 leitos, mas até agora não têm notícias se eles já entraram em funcionamento. Então, é necessário que Bauru, as autoridades políticas da cidade de Bauru, de Jaú e da região se deem as mãos, e tragamos aqui, para a secretaria do Estado, esse imbróglio que está a renovação do contrato e também situações onde - ninguém sabe o porquê - de repente eles começaram a fazer descontos.

Já é pouco, um orçamento que estava defasado desde 2016. Renovaram o contrato pelo mesmo valor, como se o remédio não aumentasse, como se os insumos não aumentassem, como se não precisasse pagar melhor os enfermeiros e os técnicos, e ainda fazem desconto de 50 mil em um mês, 100 mil no outro.

Então, são detalhes que eu não vou falar aqui neste momento, meu tempinho estava mais curto aqui, mas eu quero mostrar para a população de Jaú e de Bauru que agora as autoridades estão aqui, da forma como o Paulo invocou ali nas suas redes sociais. Nós temos que fazer o quê? A sociedade tem que se unir e fazer com que esse hospital, que já tem 60 ou 70 anos de atividade, que sempre deu guarida aos pacientes de Bauru...

E você precisa ver a demanda que é isso, de eles ficarem sempre pedindo para que a gente possa arrumar uma vaguinha para aquelas pessoas que estão principalmente na fase aguda das patologias, sejam dependentes químicos, sejam de doenças que às vezes necessitam de um pouco mais de isolamento, para depois poder fazer um tratamento ambulatorial. Então, fica aqui a minha solidariedade ao Paulo. Você pode ter certeza de que aqui na Assembleia a sua voz aí nas redes sociais ecoou, e nós estamos juntos.

Obrigado, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Obrigada, deputado.

Na sequência, pela Lista Suplementar, deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, presidente. Seguindo aqui, como eu expliquei na primeira oportunidade, a partir do decreto do governador João Doria resoluções foram sendo baixadas pelas várias secretarias, dentre elas a Secretaria da Educação, que, de todas, creio, tenha sido a que cometeu maiores injustiças.

Falo isso com respeito, mas foi a que cometeu as maiores injustiças. Eu e outros colegas apresentamos projetos de decretos legislativos, dou destaque aqui para o deputado Gil Diniz, que foi, nesse ponto, quem mais brigou ao meu lado para sustar essas resoluções.

Então, por exemplo, o PDL nº 6 objetivava sustar a resolução da Secretaria da Educação de nº 1, de 2022, que era justamente a resolução utilizada para impedir funcionários e professores de ingressarem nos prédios ligados à Secretaria.

Não era nem só em sala de aula. Eu atendi uma professora que não conseguia sequer entrar no prédio da administração para apresentar o laudo de que seu médico contraindicava a vacinação.

Então, como esta resolução era baseada no decreto que foi revogado ontem, a resolução cai. A Resolução de nº 9, da mesma secretaria, que é objeto de um projeto de decreto legislativo do deputado Gil, PDL nº 4, automaticamente cai com a derrubada do decreto. Não cai no que tange ao ensino presencial, porque é uma resolução que tem, vamos dizer assim, vários dispositivos, mas cai no que concerne ao policiamento que foi instituído no estado de São Paulo contra famílias.

As famílias no estado de São Paulo vêm sendo denunciadas pelas escolas em que seus filhos estudam. Não por praticarem maus tratos, não por eventualmente castigarem fisicamente esses filhos, todos nós sabemos que não existe essa possibilidade jurídica, mas por questionarem, por exemplo, as doses de reforço da vacina. Então essa normativa também cai.

Hoje pela manhã, por iniciativa própria, a Unicamp já publicou nota dizendo que vai seguir a lei sancionada ontem pelo Sr. Governador e vai admitir novamente os funcionários, os professores e os alunos. Acabo de receber também uma publicação na imprensa de que a Universidade de São Paulo segue os mesmos passos da USP.

Quero crer, claro que falo isso respeitosamente, que o magnífico senhor reitor da Unesp também siga idêntica orientação, admitindo os funcionários de volta mas, em especial, os alunos, porque muitos alunos foram prejudicados com essa política, tiveram suas notas apagadas, suas frequências canceladas. Muitos perderam suas vagas.

Então, daqui para frente, entendo que a situação, que essa arbitrariedade, está solucionada. Tanto por força da lei sancionada ontem como por força da revogação do decreto, mas existem os casos passados.

Então qual é a orientação que eu dou aqui, de forma geral, porque não vou dar conta de localizar todos que me escreveram e atender todo mundo. Peguem a lei que foi publicada ontem no diário, tá? Vou falar de novo aqui o número da lei, é a Lei 17.629, de 2023, peguem o decreto do Sr. Governador que foi publicado ontem, o Decreto nº 67.490, também de 2023, levem essas normativas a sua repartição, a sua escola, à escola do seu filho ou filha, à universidade, porque são casos muito, como é que eu posso dizer, casos muito diversos.

Não sei se mencionei aqui, mas funcionários do Metrô, funcionários do Ipem, funcionários da Polícia Civil, da Polícia Militar, das várias universidades, alunos das várias universidades. Muitas pessoas tiveram seus direitos privados e cerceados sem um fundamento jurídico.

Agora existe um fundamento jurídico para reverter a situação. Eu não tenho... Eu percebo às vezes que os colegas da esquerda, quando conseguem uma conquista, eles estimulam processos, estimulam pedidos de indenização. Essa não é a minha abordagem, nem no mandato, nem na vida. Incrivelmente, sou advogada. Acho que um bom advogado foge de briga. Não foge, vamos dizer assim... Se precisar enfrentar, enfrenta, mas ele não procura briga.

Então, meu ponto aqui não é querer que alguém adote uma postura bélica. Não é isso. Havia um problema? Havia. Uma sindicância, um processo administrativo, um impedimento de entrar em sala de aula, um constrangimento dentro da escola de um filho? Peguem essas normativas publicadas ontem - estão em vigor - e apresentem de maneira urbana, de maneira cortês, para solucionar a situação pontual.

Eu estou tentando resgatar todos os emails para enviar essas normativas para pessoas que mandaram mensagens para o gabinete. Acho que ontem mesmo já mandei em minhas redes, mas senão vou publicar novamente para que as pessoas possam buscar solucionar as questões pontuais.

Algumas famílias, sobretudo de estudantes, contrataram colegas advogados. Também os colegas advogados, nos procedimentos que eventualmente tenham apresentado, iniciado, podem agora lançar mão de dois diplomas jurídicos, uma lei e um decreto, para conseguir reverter as injustiças.

Então, fico muito feliz de fechar o meu mandato conseguindo ajudar a solucionar essa situação. Agradeço o governador por essa sensibilidade e fico à disposição de quem tem dúvidas. Eu sei que os jornalistas estão com muita dificuldade de compreender; é porque é uma análise sistêmica do arcabouço jurídico que nós temos, mas estou à disposição para esclarecer.

Só o que eu quero é que as pessoas sejam respeitadas nas suas decisões. Por óbvio, em nenhuma medida este trabalho de todos nós implica qualquer tipo de desmerecimento com relação à importância da vacinação.

Muito obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Dando sequência aos oradores inscritos no Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, o carnaval se aproxima. Queria solicitar aqui desta tribuna que as pessoas ajudem um pouco a polícia. Aqueles que vão para o bloco, tentem cuidar dos seus celulares, dos seus objetos, para não os perder. Da mesma forma que você vai se divertir, os bandidos vão para te roubar, estuprar e outras coisas mais.

Então, cada um tem que cuidar da sua segurança também, para não ficar só para a polícia. Inclusive os namoradores. Na minha época, para namorar, a gente tinha que ver a menina, a menina via a gente, para ver se combinava alguma coisa, gostava, olhava. Hoje, o pessoal namora pelo celular, se apresentam pelo celular. Engraçado que são médicos, advogados, engenheiros e os caras vão lá para as comunidades ou vão para qualquer outro lugar achando que vão achar uma loira, uma morena bonitona.

E aí vão lá e vão tranquilos. Chegam lá, são uns brancões, uns negrões, tudo lá esperando eles. Esta semana foi morto um no local do encontro, que ele tentou fugir e foi morto; o outro perdeu mais de um milhão.

A menina que falava com ele com amor e carinho começou a torturá-lo para receber mais dinheiro através dos seus PIX da vida e dizendo: “Quem namora com você sou eu”, e ele falando isso na televisão. Meu Deus do céu, como que um cara vai para um negócio desse?

Como que um cara vai num encontro em que ele nem sabe com quem ele vai encontrar - homens e mulheres? É o fim da picada! É o fim da picada que a pessoa entre numa história dessa aí e vá lá fazer o encontro para ser sequestrado num cativeiro por dois, três, dez dias. Pelo amor de Deus, avise os parentes. Largue a mão de ser burro, idiota!

Todo dia tem isso aí e as pessoas estão morrendo, sendo torturadas, sendo mortas. E vão achando que estão namorando pelo celular, pela internet, com uma mulher muito bonita, muito linda que o conquistou. E toca a polícia antissequestro ficar dias e dias tentando achar o cara. Não é mais fácil ele não ir?

Ou então vá em outros lugares, que é mais fácil. Você vai lá, paga e vai embora. Desculpe falar isso, mas é verdade. Fim da picada, né? Ajude a polícia pelo menos. Agora, o cara vai para ser sequestrado, vai para ser conduzido para um cativeiro e depois toca a polícia correr atrás.

Então fica o nosso alerta. Fica o nosso alerta para ajudar a polícia também, porque senão fica difícil trabalhar nesse sentido. A pessoa mesmo quer ser a vítima. Já tem o crime no dia a dia; agora as pessoas entram numa história dessa.

Já não se deve facilitar as coisas, que não estão fáceis. Bandido está agindo por todo lado e a pessoa negocia ainda um namoro por internet para ir para o cativeiro ser torturado durante dias e até ser morta às vezes.

Então pelo menos vamos tentar ajudar a polícia preservando a própria segurança, inclusive com relação aos celulares. Se não sair em condição, deixe o celular em casa, deixe em qualquer lugar, mas vão ser roubados mesmo 20, 30, 40, 50, 100 em cada bloco.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, presidente. Vossa Excelência permite uma comunicação? Eu só queria indagar - não sei se é adequado - se o colega vai fazer uso da palavra novamente. Não? Então, Exa., havendo acordo de lideranças, eu peço o levantamento da presente sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - DANIELA BRAGA - UNIÃO - Obrigada, deputada. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Está levantada a sessão. Boa tarde a todos e que Deus abençoe.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 48 minutos.

 

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