9 DE MAIO DE 2023
35ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, SEBASTIÃO SANTOS, CAPITÃO TELHADA, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO, ENIO TATTO e GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - SEBASTIÃO SANTOS
Assume a Presidência. Solicita aos presentes que permaneçam em silêncio por um minuto em homenagem à cantora Rita Lee, em razão do seu falecimento.
5 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CAPITÃO TELHADA
Assume a Presidência.
8 - SEBASTIÃO SANTOS
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - BRUNA FURLAN
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - RAFAEL SARAIVA
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - BETH SAHÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE CAPITÃO TELHADA
Cumprimenta vereadores de Porto Feliz, Adilson de Jesus Casagrande e Lúcia de Fátima Caballero, que se encontram nas galerias.
17 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Assume a Presidência.
20 - VITÃO DO CACHORRÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
21 - PRESIDENTE LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Cumprimenta vereadores de Porto Feliz presentes nesta Casa.
22 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
23 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
24 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
25 - MAJOR MECCA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - MARINA HELOU
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
28 - ENIO TATTO
Assume a Presidência.
29 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
30 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
31 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Solicita ao público das galerias que não se manifeste.
34 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
35 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Para comunicação, faz pronunciamento.
36 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
37 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Comenta o pronunciamento da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas.
38 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
39 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
40 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
41 - RAFAEL SARAIVA
Para comunicação, faz pronunciamento.
42 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
43 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
44 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Solicita aos presentes que permaneçam em silêncio por um minuto em homenagem ao ex-deputado federal David Miranda, em razão do seu falecimento.
45 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
46 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 10/05, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Com a palavra, o deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra,
o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Altair Moraes.
(Pausa.) Com a palavra, o deputado Major Mecca. (Pausa.) Com a palavra, o
deputado Gil Diniz, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputado Carlos Giannazi.
Cumprimento os deputados presentes no Pequeno Expediente. Cumprimento os nossos
assessores, os nossos policiais militares e civis, o público na galeria, quem
nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
hoje, no Conselho de Ética, tive uma representação arquivada. Representação
feita contra mim, feita pelo ex-deputado cassado Arthur do Val. Ele, nessa
representação, me acusava de agressão. Que eu tinha o agredido.
Mentira! Como
várias outras mentiras que ele contou durante o seu curto mandato nesta
Assembleia. A única agressão ali foi a verdade. Um deputado sensacionalista,
que fazia das suas redes sociais um palco. E conseguiu!
Eu digo, Sr.
Presidente, quando um jogador é ruim, até a perna atrapalha. Ele mesmo
conseguiu tropeçar na própria perna, no seu ego, no seu orgulho, e foi cassado
por este Parlamento.
Lembro aquela
bizarra viagem à Ucrânia, onde ele disse que faria serviço humanitário, serviço
social. Mas, na verdade, ficou claro que o intuito dele era outro: um verdadeiro
predador sexual, que teve o seu destino traçado pelo seu ego, pela... Não tem
muito tamanho na estatura, mas o ego dele era muito inflamado. Mas hoje o
Conselho de Ética fez justiça.
Preciso
agradecer a alguns deputados, ao meu líder Carlos Cezar, ao deputado Altair
Morares, líder do Republicanos, ao nosso corregedor, Alex de Madureira, ao
deputado que está aqui, Capitão Telhada, suplente do deputado Olim, que foi o
relator dessa representação no Conselho de Ética, e pediu o arquivamento. Queria
agradecer à deputada Solange de Freitas, que esteve também no Conselho de
Ética. Ela é suplente do deputado Edmir Chedid, do União Brasil.
À deputada
Ediane Maria, do PSOL, conversei com ela, falei com ela. Falei com a líder do
PSOL, deputada Monica Seixas. Agradeço à Monica também. O deputado Enio Tatto,
suplente do deputado Emídio, que se fez presente também, juntamente com o
presidente do Conselho de Ética, deputado Barros Munhoz.
Então fica,
nesta data, feita justiça. Esta representação era do mandato passado, mas veio
para esse mandado também.
Então continuo,
neste Parlamento, de cabeça erguida, olhando para os meus eleitores,
justificando e prestando contas, aos meus eleitores, do meu trabalho, neste
Parlamento.
E essa
representação, desse deputado, ex-deputado, cassado, Arthur do Val, não vingou
no Conselho de Ética. E olha que ele fez muito esforço. Todo o esforço que ele
não teve ao trabalho, durante esse curto mandato, ele teve muito esforço para a
minha cassação.
Lembro ele, nos
bastidores, pedindo, rogando aos deputados, então titulares do Conselho de
Ética, pedindo a punição a este deputado. E a punição que ele queria, qual que
era? A cassação. Pediu a minha cassação. Dois ou três meses depois, o cassado
foi ele, justamente neste plenário. Lembro a todos que o 48º voto, o voto da
cassação, foi deste deputado. Quis o destino que fosse assim.
Então,
prestando contas ao meu eleitor, ao povo de São Paulo, agradeço hoje ao
Conselho de Ética, a esses deputados que me referi, a outros deputados, que não
puderam comparecer, como Paulo Correa Jr, como à deputada Marta Costa com quem
falei também, conversei também, coloquei os meus motivos. Agradeço a todos por
esse arquivamento.
Fizemos justiça
hoje, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência
à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra a deputada
Solange Freitas. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Donato. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge do Carmo. (Pausa.)
Com a palavra
a deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rafael Saraiva.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Eduardo Suplicy, que fara uso regimental da tribuna.
O SR. EDUARDO SUPLICY -
PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Caro presidente Carlos
Giannazi, prezado deputado Gil, acho que hoje é um dia muito especial, porque,
nascida em 1947, eis que, depois de uma das mais belas carreiras de cantora, de
artista, de compositora, neste dia 8 de maio, nós perdemos a querida Rita Lee
Jones de Carvalho.
Rita Lee foi nada menos do que uma
cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora, ativista
brasileira. Muitas vezes conhecida como a rainha do rock brasileiro, Rita
alcançou a marca de 55 milhões de discos vendidos, sendo a quarta artista mais
bem-sucedida nesse sentido no Brasil, atrás de Tonico e Tinoco, Roberto Carlos
e Nelson Gonçalves.
Construiu uma carreira que começou com o
rock, mas que, ao longo dos anos, flertou com diversos gêneros, como a psicodelia
durante a era do tropicalismo, o pop rock, o disco, new wave, a música popular
brasileira, a bossa nova e a eletrônica, criando um hibridismo pioneiro entre
os gêneros internacionais e nacionais.
Rita Lee é uma das mulheres mais
influentes do Brasil. Ela foi, durante a sua vida, sendo referência para
aqueles que vieram a usar guitarra a partir dos meados dos anos 70.
Ex-integrante do grupo Mutantes, de 1966 a 1972; do Tutti Frutti, de 1973 a
1978, participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade.
Suas canções, em geral regadas com uma
ironia ácida, com uma reivindicação de independência feminina, tornaram-se
onipresentes nas paradas de sucesso, sendo, dentre as mais populares, “Ovelha
negra”, “Mania de você”, “Lança-perfume”, “Agora só falta você”, “Baila comigo”,
“Banho de espuma”, “Desculpe o auê”, “Erva venenosa”, “Amor e sexo”, “Reza”,
“Menino bonito”, “Flagra”, “Doce vampiro”, dentre outras.
O álbum “Fruto proibido”, de 1975, lançado
com a banda Tutti Frutti, é comumente visto como um marco fundamental da história
do rock brasileiro, considerado por alguns nomes como sua obra-prima.
Em 1976, Rita Lee começou um
relacionamento amoroso com o guitarrista Roberto de Carvalho, seu marido, a
quem venho externar minhas condolências, assim como a seus filhos tão queridos,
Beto, Antônio e João, que também são músicos.
Roberto de Carvalho desde então tem sido
parceiro da maioria das suas canções. Beto Lee, um de seus filhos, ator e
também guitarrista, acompanhava os pais nos shows.
A Rita é
vegana, defensora dos direitos dos animais, com uma carreira que alcançou 60
anos, a artista passou da inovação e do gueto musical dos anos 60 e 70 para as
baladas românticas de muito sucesso nos anos 80, e uma revolução musical, tendo
se apresentado com inúmeros artistas, que variam de Elis Regina a João
Gilberto, e a banda Titãs. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu
a lista dos 100 maiores artistas da música brasileira, onde Rita Lee ocupava o
15º lugar.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Sebastião Santos.
* * *
Rita Lee, que,
certo dia, em um show aqui no Parque Ibirapuera, convidou o meu filho Supla
para com ela cantar, e em uma ocasião, prezado deputado Carlos Giannazi, era
2008, e eu fui assistir o show de Rita Lee, e eis que, a certa altura, eu tive
a honra de ser convidado por ela para cantarmos juntos “Blowing in the wind”,
do Bob Dylan, e eu fiquei muito feliz, e sempre me pedem para cantar essa
canção tão bela, que Rita Lee sabia cantar tão bem quanto Bob Dylan, quando
Joan Baez, como Peter, Paul and Mary, e tantos outros.
Fica aqui a
nossa homenagem a essa cantora excepcional, e também ao deputado federal David
Miranda, que, infelizmente, também, ontem, por doença, faleceu lá no Rio de
Janeiro, e quero prestar a minha solidariedade e condolências.
Sr. Presidente,
Carlos Giannazi, ali na Câmara Municipal, nós costumávamos pedir um minuto de
silêncio em homenagem a pessoas falecidas muito queridas. Então, se for
possível, gostaria de pedir um minuto de silêncio em homenagem à Rita Lee e a
David Miranda também.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS -
REPUBLICANOS - Então, eu quero pedir a todos um
minuto de silêncio em homenagem à nossa cantora Rita Lee.
*
* *
- É feito um minuto de silêncio.
*
* *
Sendo realizado um minuto de silêncio,
quero cumprimentar o deputado que antecedeu, Suplicy, na tribuna, com a sua
fala, e quero, continuando a lista dos oradores do Pequeno Expediente, chamar o
deputado Rui Alves para fazer uso da tribuna. Não estando, quero chamar agora a
Lista Suplementar, com os deputados Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Maria Helou. (Pausa.) Deputada
Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada,
para utilizar a tribuna pelo tempo regimental.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Excelente
tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Deputadas da Assembleia Legislativa,
policiais militares, policiais civis, funcionários desta Casa, uma excelente
terça-feira.
Venho à tribuna
nesta data, mais uma vez, para falar e ecoar sobre a proposta de recomposição
salarial do governador Tarcísio de Freitas à Segurança Pública, às carreiras
policiais do estado de São Paulo.
Muito se falou
já nessas últimas semanas, inclusive ontem diversos parlamentares aqui já
citaram o tamanho do sinal, o tamanho da sinalização, importante,
significativa, que o nosso governador, Tarcísio de Freitas, faz às carreiras
policiais quando ele apresenta a esta Casa Legislativa uma proposta que
compromete cinco bilhões de reais do orçamento público do estado.
E, de fato, uma
recomposição justa, necessária para trazer de volta as perdas de tantos e
tantos anos de governo PSDB que nós, policiais militares, policiais civis,
técnico-científicos e outras carreiras do funcionalismo público tivemos em
razão da baixa valorização, do não reconhecimento dessas importantes pessoas
que compõe as nossas fileiras da Segurança Pública.
Então, a
sinalização do governador, eu quero, mais uma vez, manter a minha posição e
defender aqui fixamente o nosso discurso e a nossa defesa em reconhecimento a
essa sinalização do governador Tarcísio de Freitas. Um passo importantíssimo em
um primeiro ano de governo.
Ele não está
fazendo no último ano para outro governador pagar, não, ele já chega e na
primeira ação governamental, na primeira proposta ele manda na lata 5 bilhões
de reais do orçamento para reconhecer o policial e a policial pelo seu
trabalho, pelo seu esforço, pelo seu suor. Então, é algo que temos sempre que
enaltecer.
Foi feito um
trabalho técnico pela Secretaria de Segurança Pública e foi apresentada à
Assembleia Legislativa essa tabela na semana passada. Eu já falei aqui e
repito, nós temos que ser transparentes.
Não
participamos da elaboração dessa tabela, nós, deputados estaduais, não
participamos. Foi algo feito pelo Executivo e ok até aí. Um planejamento, uma
proposta de custo, de valor, de gasto, que vai trazer gasto ao Poder Público,
de fato, tem que partir do Executivo.
A Secretaria de
Segurança Pública fez, passou pela Secretaria da Fazenda, veio com uma
inconformidade muito grande para esta Casa que nós, deputados estaduais,
derrubamos.
No primeiro dia
de debate aqui sobre essa proposta eu vim a esta tribuna e falei muito
claramente que era um absurdo ter em um projeto de recomposição salarial
artigos que tratavam de contribuição previdenciária.
O governador,
sensível a nossa voz, que estamos em contato com as bases, com policiais da
ativa e da inatividade, o governador nos ouviu e retirou por ofício, através de
mensagem aditiva, essa questão que trazia, de contribuição previdenciária. Mas
restou ainda a tabela de recomposição, que traz diversas premissas técnicas.
O secretário de
Segurança Pública explicou a nós, deputados, explicou em live pela internet,
pelas redes sociais, essas premissas técnicas em que eles se basearam e, de
fato, elas são tangíveis e compreensíveis.
Tem lá a
questão do ingresso, de atrair as pessoas para a carreira policial, por isso o
maior aumento ser nos postos de entrada da Polícia Militar, tem a questão da
retenção dos talentos, de manter o policial na ativa, na polícia, e não
permitir que ele vá buscar outros concursos por estar ganhando mal, e tem a
questão da progressão na carreira.
São premissas
técnicas, aos poucos a gente vai explicando ao policial para entender essa
comunicação. A gente tenta ajudar o governo na questão da comunicação, de como
foi pensada essa tabela e de como a gente tem que encará-la, que é um passo
muito importante para o reconhecimento do policial, e é só o primeiro passo do
governo.
Então essa
comunicação poderia ter sido melhor? Eu acredito que sim, eu acredito que a
secretaria poderia ter feito uma comunicação mais clara para não ter, muitas
vezes, essa insatisfação que nós sentimos hoje dos policiais, principalmente
inativos, para explicar o porquê daquelas porcentagens, como que foi pensado,
que é só o primeiro passo e tem muito para avançar.
Nós temos
muitos atos ainda nesses próximos quatro anos do governador Tarcísio, mas de
fato eu mantenho minha posição, apoiando aqui, sugerindo e pedindo aos
deputados estaduais que a gente trabalhe para a aprovação dessa importante
proposta de reajuste, de recomposição salarial.
Encerraram
ontem os prazos para a apresentação de emenda. Vamos discutir aqui as emendas,
não tem problema, esta Casa é para discussão, mas nós temos que ter em mente um
objetivo: aprovar essa recomposição salarial, não perder essa oportunidade e
apoiar o governo no que virá de iniciativas positivas nos próximos anos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - Muito
bem colocado, Sr. Deputado Capitão Telhada. Continuando a Lista Suplementar,
chamo o deputado Carlos Giannazi.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Capitão Telhada.
*
* *
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público
aqui presente, telespectador da TV Assembleia.
Ontem foi
sancionada, pela Presidência da República, a Lei 14.572/2023, que inclui o
tratamento odontológico no Sistema Único de Saúde, no SUS, ou seja, a população
vai ter agora, mais do que nunca, a oportunidade de ter acesso ao tratamento
odontológico no sistema SUS, nos nossos hospitais públicos.
Logicamente essa lei impõe aos governos o
investimento nessa área, por exemplo a contratação de mais dentistas, a
valorização desses importantes profissionais para que a população tenha esse
tipo de atendimento. Então é uma lei importante, que nós queremos aqui
parabenizar, logicamente, a Presidência da República, o presidente Lula.
Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, olha só como
que é a vida, né? Nós estamos em uma luta imensa aqui na Assembleia Legislativa
para derrubar o veto ao PLC, ao Projeto de lei Complementar n° 34 de 2018.
O que é esse
projeto? Nós aprovamos esse projeto, aqui, na Assembleia Legislativa, em 2018.
É um projeto do Executivo, projeto do governo da época, 2018. Esse projeto
inclui os cirurgiões-dentistas do estado de São Paulo, do SUS, do Sistema Único
de Saúde, na carreira médica, como já acontece em todo o Brasil.
Em vários
estados o cirurgião-médico faz parte da carreira médica. Em São Paulo ainda não
era assim, nós aprovamos o projeto do próprio Executivo em 2018, porém, em
2019, o próprio Executivo vetou o projeto que ele encaminhou à Assembleia
Legislativa.
Refiro-me aqui
ao ex-governo Doria/Rodrigo Garcia. Eles vetaram - os tucanos, o tucanato, o
tucanistão vetou o PLC nº 34 de 2018, então o veto é do PSDB, né? Doria e
Rodrigo Garcia.
Porém,
recentemente, nós fizemos toda uma luta durante todo esse período para derrubar
esse veto e incluir os cirurgiões-dentistas na carreira médica.
Recentemente o
presidente da Assembleia Legislativa, o deputado André do Prado, sensível a
essa causa, pautou projeto, pautou o veto para que fosse derrubado aqui no
plenário, e estranhamente a base do governo foi mobilizada pelo governo para
não deixar que o veto fosse derrubado. Ou seja, o governo Tarcísio sabotou a
derrubada do veto.
Na prática, o
que está acontecendo? O governo Tarcísio dá continuidade à política do Doria,
ele mantém a mesma política do Doria e do Rodrigo Garcia. É um governo
bolsodoria, bolsotucano aqui em São Paulo.
Vejam bem:
enquanto o presidente da República sanciona lei, incluindo o atendimento
odontológico em todo o Brasil, no SUS, no Sistema Único de Saúde, aqui em São
Paulo, o governo Tarcísio sabota, se une ao Doria, se une à política do Rodrigo
Garcia, do Tucanistão, e sabota aqui, através de sua base de governo, o PLC 34.
É um absurdo,
Sr. Presidente. Temos que derrubar esse veto. É uma questão de honra. Temos que
incluir os nossos cirurgiões dentistas na carreira médica. Não é possível que o
governo Tarcísio vá referendar uma política nefasta dos tucanos, do Doria e do
Rodrigo Garcia, aos quais ele se opôs tanto.
Por fim, Sr.
Presidente, quero aproveitar o meu tempo no Pequeno Expediente para dizer que,
em relação ao reajuste dos servidores da Segurança Pública - Polícia Civil e
Polícia Militar -, o PLC 75, ele tem que ser melhorado. Vamos votar esse
projeto, queremos o aumento para os servidores da Segurança Pública, mas ele
tem que ser melhorado, esse projeto.
Nós
apresentamos uma emenda incluindo também a Polícia Penal, os servidores do
sistema prisional, porque a Assembleia Legislativa votou aqui a PEC da Polícia
Penal, regulamentando a Constituição Federal. Como esse projeto deixa de fora
servidores da Segurança Pública, da Polícia Penal, sendo que eles também são
parte da Segurança Pública? É a Polícia Penal, o nome já diz. Por isso, foi
aprovada uma mudança na Constituição Federal e, depois, a nossa PEC aqui em São
Paulo.
Então, nada
mais justo e importante do que o governo também incluir nesse projeto o
reajuste para os servidores da Polícia Penal e também para os servidores da
Fundação Casa, que inclusive estão em greve, porque estão recebendo apenas 6%
de reajuste.
Então, 20% em
média, ou até 30 para os servidores da Segurança Pública - Polícia Civil,
Polícia Militar -, o que é justo, merecem até mais, porém, 6% apenas para os
nossos servidores da Fundação Casa e nada para os servidores da Polícia Penal,
que são também policiais, porque alteramos a Constituição Estadual e a Federal.
Lembrando, Sr.
Presidente, que apresentamos emendas incluindo todos eles, a Polícia Penal e a
Fundação Casa, no PLC 75.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado Carlos Giannazi. Dando continuidade à Lista Suplementar
de oradores inscritos, solicito o deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.)
Deputado Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. O senhor tem o tempo
regimental.
O
SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, funcionários, colaboradores presentes, pessoas que nos
assistem pela TV Alesp, pelas redes sociais, começo a minha fala dizendo da importância
das emendas parlamentares para o nosso estado.
As emendas
parlamentares atendem muitas áreas: a Saúde, através das Santas Casas, dos
hospitais filantrópicos, dos outros hospitais, recursos que se destinam
diretamente à Secretaria da Saúde do estado; a Educação, o social, a Segurança,
equipamentos, municípios. Então, elas são importantíssimas, principalmente as
emendas impositivas.
O que nos deixa
tristes... Nós estamos chegando ao quinto mês, já é quase meio ano, e começaram
a ser pagas as emendas, mas o relatório que nós pegamos, ele não é muito
satisfatório, porque tivemos aqui 4.032 emendas que foram efetivadas e 639,
sendo que, dessas, várias foram inviabilizadas. Imaginem: 639 entidades tendo
inviabilidade de um recurso que estava previsto no Orçamento do Estado.
Inviabilizadas.
O governador
tem feito um esforço tremendo para atender o estado de São Paulo, tem feito um
trabalho magnífico, mas há alguma coisa errada aqui, porque... Qual o motivo?
Essas entidades todas desistiram de se beneficiar desse recurso?
Eu quero pedir
a quem de direito, vindo pelo governo, que possa olhar com carinho essas
indicações feitas pelos deputados desta Casa e que atendem lá na ponta a
população. Quero dizer também que uma das emendas que eu vou agora mudar - eu
tenho até dia 17 para mudar - é extremamente necessária para o município de
Barretos.
É uma emenda de
dois milhões indicada por nós que a prefeita entra com a contrapartida de 2,4
milhões de reais. O município já entra com 2,4 milhões de reais em
contrapartida para fazer uma usina de um megawatt. E aí eu tive aqui o laudo do
porquê ela ter sido impedida de ser paga no município.
Existem cinco
itens, só que não é a primeira emenda, Sr. Presidente, que a gente destina para
a usina fotovoltaica. Nós já fizemos vinte. Engraçado que depois de 20 nós
erramos uma para um município que é tão importante, que vai trazer nos próximos
25 anos uma economia de 22 milhões e 500 mil reais para os cofres do município
de Barretos. Justamente para quê?
Para ajudar na
questão do esgoto da cidade. Nós temos lá as ETs; uma anaeróbica e outra num
outro formato que gastam 88 mil reais por mês de energia. Nós estaremos zerando
os 88 mil reais de energia com essa emenda. Sairá do cofre da Prefeitura, que
vai poder utilizar para uma outra área.
Então são
coisas como essa que nós gostaríamos de debater com as pessoas responsáveis
antes de elas darem um impeditivo. Tem um minuto ainda? Vou colocar aqui
algumas imagens de uma das emendas que nós conseguimos. E eu quero agradecer a
coronel Helena, nossa secretária de Esporte do Estado. Nós fizemos aí o evento
Mulheres em Movimento.
Por que
Mulheres em Movimento? Uma forma de chamar as mulheres que muitas vezes estão
ali em casa sendo agredidas, abusadas, mulheres que gostariam de levar seus
filhos para um local específico, e nós fizemos no sábado e no domingo um evento
o dia inteiro.
O dia inteiro,
das sete da manhã, às sete da noite. Foram ciclistas, mulheres que foram lá
participar de 82 quilômetros de ciclismo, mulheres que foram fazer yoga,
pilates, mulheres que foram ter um atendimento com a nutricionista, com o
psicólogo, mulheres que receberam uma camisa, mulheres que estiveram ali
disputando a prova de três tambores.
O dia inteiro
de evento para mulheres e do lado de fora uma carreta de mamografia. Uma das
cidades que nos enviou 23 mulheres, Sr. Presidente, tem uma demanda de 1.430
mulheres que não fizeram mamografia há mais de dois anos. Nós não podíamos
atender todas elas daquela cidade, mas priorizaram-se 23 mulheres que fizeram a
mamografia ali no evento.
Então é uma das
formas de você tirar a mulher de casa e participar e ali ela ter com quem
conversar, desabafar, alguém que realmente possa ajudá-la num momento de
dificuldade.
Então, Sr.
Presidente, ficam aí as imagens e fica aí o nosso agradecimento ao Governo do
Estado de São Paulo também pela liberação e o atendimento de milhares e
milhares de mulheres em Barretos, no recinto Paulo de Lima Corrêa.
Um grande
abraço.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado. Seguindo a lista, deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado
Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Bruna Furlan,
a senhora tem o tempo regimental.
A
SRA. BRUNA FURLAN - PSDB
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputados, deputadas, caros cidadãos
que acompanham esta sessão das galerias ou por meio da Rede Alesp, senador
Suplicy, esta é a primeira vez que ocupo a tribuna do Parlamento paulista,
estado onde nasci e do qual nos orgulhamos todos de ser a grande força
produtiva deste imenso País, que tive a honra de representar também como
congressista ao longo de três dedicados mandatos de deputada federal.
Pude dar minha
contribuição no Congresso Nacional, votando leis importantes para a população
brasileira, apresentando e relatando projetos e presidindo comissões, como a
Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refúgio, presidência
essa consumada com a aprovação da nova lei de imigração, em sintonia com os
princípios e instrumentos democráticos e que considera as novas realidades
migratórias.
Dediquei-me
ainda na concepção e aprovação da importante Lei dos Endowment para viabilizar
financiamento privado às instituições de ensino, e também na Presidência das
comissões que instruíram a Lei Geral de Proteção de Dados, que protege o
direito das pessoas nas relações comerciais na internet e que inseriu a
Autoridade Nacional de Proteção de Dados em nossa Constituição.
Preparei-me e
estou executando meu planejamento de me concentrar no estado de São Paulo.
Creio que a solução de todos os problemas do Brasil passa pelo nosso estado.
Decidi me candidatar, no ano passado, a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Aqui estou
graças à vontade de 195 mil paulistas que comungam de minhas ideias e acreditam
nos meus propósitos e na força da minha representação. Inicio meu mandato como
deputada estadual com a mesma disposição do primeiro dia em que assumi uma
cadeira na Câmara dos Deputados. Sou uma mulher permanentemente entusiasmada
com essa missão que a população nos confiou.
Tive a minha disposição
renovada pela acolhida carinhosa que recebi nesta Casa, seja dos deputados
veteranos, seja dos parlamentares em primeiro mandato, como eu, seja dos
valorosos servidores.
Tenho absoluta
convicção de que todos juntos poderemos desenvolver um profícuo trabalho nos
quatro anos desta legislatura. Sinto-me particularmente feliz e abençoada por
ter sido eleita presidente da Comissão de Saúde, sem dúvida uma das mais
importantes desta Casa, em razão dos temas sensíveis de que se trata.
Há um enorme
desafio pela frente. Encaro-o como estímulo, contando com a parceria do nobre
deputado Oseias de Madureira, vice-presidente. Nessa missão, conto também com
os colegas deputados Alex Madureira, Dani Alonso, Luiz Claudio Marcolino, Beth
Sahão, Edna Macedo, Solange Freitas, Itamar Borges, Clarice Ganem e Dr. Elton.
Notem, senhores
e senhoras, que somos seis mulheres nessa Comissão, o que também muito me
orgulha. É a comissão com maior representatividade feminina nesta Casa. Temos
um enorme desafio pela frente. Apresentarei o plano de trabalho da Comissão no
transcorrer e nos inícios das atividades.
Tenho absoluta
convicção de que todos juntos poderemos desenvolver um profícuo trabalho nos
quatro anos desta legislatura. Há um enorme desafio pela frente. Os sonhos são
muitos, e nós precisamos realizar todos eles.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sra. Deputada Bruna Furlan. Seguindo a lista dos oradores, nobre
deputado Rafael Saraiva.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde, colegas, boa tarde,
policiais, boa tarde, servidores. A liberdade e a independência do Legislativo
são juntas as mais caras prerrogativas da democracia.
Hoje eu
parlamento com as vestes daqueles que me depositaram a roupa, o distintivo, a
farda e, principalmente, a confiança. Por isso que eu não me aquietei e com o
meu mandato, em conjunto com outros mandatos fiéis a esses princípios e
valores, construí, construímos soluções para o aparato pessoal da Segurança
Pública - soluções que prestigiam a caminhada que deixou legado de pegadas no
fardo caminho de proteger.
Toda caminhada
tem um primeiro passo que, sim, é importante para a jornada. E eu diria,
gostaria de abrir um parêntese aqui, que o primeiro passo dado pelo governador
Tarcísio de Freitas é histórico e merece reconhecimento. O primeiro passo do
governador fala de um investimento de cinco bilhões de reais para a Segurança
Pública e tem que ser reconhecido.
É um
investimento que nenhum outro governo ousou dar, mas eu venho aqui me preocupar
com o último passo, aquele que definitivamente traduz a história e a sabedoria
de quem sabe que o caminho foi longo, perigoso e corajoso, o caminho dos
veteranos. Prestigiar a caminhada é prestigiar a história, que mais que uma
farda e um distintivo se fez no humano que caminhou.
Em conjunto com
outros mandatos, inclusive deste presidente, foi protocolada a emenda, o PLC
75/13, que visa a um aumento ao 3º sargento e ao 2º tenente, emenda esta que se
faz necessária ao reconhecimento dessas duas patentes que não foram
reconhecidas no primeiro projeto, no projeto vindo do Executivo.
Foi um erro do
governador? Não, não foi um erro do governador. O Parlamento está aqui para
colaborar com o governador. O projeto vem do Executivo? Sim, o projeto vem do
Executivo, mas aqui é a Casa do povo.
Estamos aqui
para ouvir o povo e, principalmente, ouvir quem mais fez pelo povo, e a gente
não pode, presidente, se furtar dessa obrigação. Então, eu, como representante
do povo, vou lutar, tenho certeza em conjunto com meus colegas, para que essa
emenda seja aderida a esse projeto.
Ainda, pela
Polícia Civil, eu, meu mandato em conjunto com outros colegas buscamos
privilegiar, como falado no jargão popular, os antigões, porque é merecido um
reconhecimento salarial maior, um percentual maior para algumas classes,
principalmente primeira classe, que estava com alíquota menor.
E visando à
equiparação da Polícia Civil com a Polícia Militar, hoje a Polícia Militar já
tem a reforma, aposentadoria, falando numa linguagem mais popular,
aposentadoria à patente superior, eu apresentei uma emenda.
Abrindo uma
brecha ao projeto inicial, deputado Reis, coloco uma emenda aqui, numa conversa
que tive com o senhor, uma emenda à Polícia Civil onde eu coloco, acrescentando
que para a classe imediatamente superior, quando preenchidos os requisitos da
aposentadoria voluntária, percebendo a remuneração correspondente, equiparando
o policial civil com o policial militar.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado.
Seguindo a Lista Suplementar, o
Excelentíssimo Deputado Reis.
O senhor tem o tempo regimental.
O
SR. REIS - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o presidente Capitão Telhada, que conduz os
trabalhos na data de hoje, cumprimentar o público presente, todos os
funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, os integrantes da
Polícia Técnico-Científica, os integrantes da Polícia Penal, os integrantes da
Polícia Militar, todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Na
administração pública, existem alguns princípios, princípios da administração
pública. Princípio da legalidade: os atos têm que ser legais. Princípio da
impessoalidade: hoje não se pode mais colocar o nome dos governantes nas obras,
porque feriria o princípio da impessoalidade. Princípio da moralidade.
Princípio da publicidade: os atos são públicos, têm que ser publicados. E
princípio da eficiência.
Eu estou
falando sobre os princípios da administração pública para ilustrar um pouco que
no processo ou na condução do aumento da escala de vencimentos, de aumentos, de
recuperação das perdas salariais, como queiram, o governo não foi eficiente. E
o governo não foi eficiente porque ele quis fazer sozinho.
Em dado
momento, ele ouviu alguns integrantes desta Casa, mas ouviu para fazer
política, quando deveria ouvir para receber as linhas corretas de como deveria
ser concedida essa recomposição salarial, que deixou tanta gente, tantos
funcionários públicos insatisfeitos.
É difícil
consertar isso agora. O governo deveria então ter estabelecido uma mesa de
negociações, assim como já foi feito em outros governos, inclusive lá em
Brasília. Mesa permanente de negociações. Porque os problemas da administração
pública e do funcionalismo público não podem aparecer somente na data-base,
eles são problemas constantes.
Então seria
muito importante que nós tivéssemos uma mesa permanente de negociações.
Inclusive nesta Casa, o meu entendimento é de que tem que ter uma mesa de negociação.
Os funcionários
desta Casa também estão esperando o reajuste que a Mesa, através do Sr.
Presidente, do 1º secretário, do 2º secretário, deve apresentar para os
funcionários desta Casa, a valorização também dos servidores da Assembleia.
Mas não é só
neste momento, nós temos outros problemas para serem resolvidos. Por isso é
importante termos uma mesa de negociação permanente, que toda vez que tem um
problema ela para, senta e discute. E o governo também pode criar essa mesa de
negociação.
Nós temos
problemas, por exemplo, dos oficiais administrativos, problema da
insalubridade, problema de delegacias, que têm excesso de trabalho concentrado
na mão de um ou outro funcionário tão somente. Isso tudo faz parte de
negociação, de valorização, de resposta para os servidores, da busca permanente
da eficiência na administração pública.
O governo acha
que vem a data-base, ele senta e dá um percentual de aumento, e aí esquece,
acabou. E nós temos várias categorias clamando por uma reestruturação, várias
categorias de Estado, categorias profissionais.
Outro dia,
estava na minha caixa de e-mail, e eu cheguei aqui outro dia, eu tenho um
e-mail funcional, “deputadoreis@al”, quase 1.200 e-mails de funcionários
públicos cobrando que o Estado dê resposta para esses problemas.
Da Polícia
Penal nem se fala quantos e-mails eu recebi, eu acho que V. Exas. todos devem
ter recebido “n” e-mails. Então eu acho que além dessa questão do reajuste, que
está em discussão no momento, o governo deva primar pela busca da eficiência na
administração pública e constituir uma mesa permanente, para negociar e
solucionar os conflitos, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Seguindo a lista, próximo orador, deputado Simão Pedro.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e
público que nos acompanha aqui pela TV Assembleia, pelas redes sociais da
Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente,
também quero me somar aqui à homenagem que o senador e, agora, deputado Suplicy
fez aos fãs e familiares, nosso pensamento da querida cantora Rita Lee,
falecida aos 75 anos, hoje, sofrendo de um câncer. Agradecê-la por tudo que ela
contribuiu para a nossa cultura e para a música. Quem não tem na sua memória
uma música da Rita Lee? É uma perda muito grande.
Deixar aqui o
nosso obrigado a tudo que ela fez através da sua arte para engrandecer o nosso
povo, a nossa cultura, não só aos amantes da MPB, do rock, rock pop, mas tudo
que ela fez pela nossa cultura.
Também perdemos
hoje, Sr. Presidente, um grande político, que é o ex-deputado David Miranda.
Morreu hoje aos 37 anos. Companheiro do Glenn Greenwald, amigo da Marielle
Franco, um deputado do PSOL. Também quero deixar registrado aqui um abraço aos
familiares, amigos, militantes que com ele conviveram. Dizer que partam em paz,
Rita Lee e deputado David Miranda.
Mas, Sr.
Presidente, além dessas pessoas mais famosas
e conhecidas de todo o público, nós do PT, dos movimentos sociais, que
lutamos para mudar o mundo, melhorar esse mundo, melhorar a nossa sociedade,
para que a gente tenha uma sociedade mais desenvolvida, democrática, com os
direitos civilizatórios garantidos e preservados, nós perdemos, também ontem,
um grande militante chamado Marcelo Zelic.
Marcelo foi
pesquisador e morreu aos 58 anos após um AVC. Ele dedicou a vida dele a lutar
pelos mais simples, pelos mais humildes. O Marcelo ajudou a recuperar, senador
Suplicy, por exemplo, fez manualmente toda a digitalização do acervo do Centro
Pastoral Vergueiro, que guardava muita memória através de livros e cartazes da
luta operária em São Paulo, dos movimentos populares, das comunidades de base.
Ele se dedicou
muito a esse tema da memória, como pesquisador. Ele era uma pessoa incansável.
Ele buscou documentos, fotos, registros, que, se não fosse ele, nós não
teríamos acesso hoje, principalmente, do período da ditadura militar. Ele se
empenhou muito para incluir no relatório final da Comissão da Verdade todos os
crimes cometidos pela ditadura militar, por exemplo, contra a população
indígena no Brasil.
A gente sabe
que não foi só na Amazônia, mas em muitos outros lugares. No Mato Grosso,
Rondônia... A população indígena também foi muito afetada pelas barbaridades da
ditadura. O Marcelo nos trouxe registros, fotos que nos impressionavam, nos
indignavam.
O Marcelo,
então, foi membro da Comissão de Justiça e Paz, um grande militante da causa
indígena, a qual ele tinha se dedicado ultimamente. Ontem me comoveu ver uma
foto dele com o cacique Raoni.
O Marcelo,
particularmente, era um grande amigo meu. Viajei com ele para Rondônia, uma
certa vez. Militamos juntos nos movimentos populares na zona leste. Trabalhou
muito com comunicação popular.
Depois eu o
reencontrei neste plenário, deputado, quando - me lembro dessa história aqui -
o então ministro Zé Dirceu, que era da Casa Civil, veio fazer uma audiência
pública nesta Casa, e nós todos estávamos aqui. O plenário lotado, membros do
governo, inclusive, estadual.
E, dali,
daquele plenário, lá em cima, na galeria, alguém gritava: “- Ministro Zé
Dirceu, tem torturadores ainda no Governo do Estado.”. Ele se referia a alguns
delegados que participaram de crimes, como a tortura, durante a ditadura
militar e que ainda estavam alojados no Governo do Estado.
E o Marcelo,
que denunciou aquilo aqui no plenário. Depois, a mídia passou a se interessar
pela história, e eles acabaram sendo demitidos pelo governador Alckmin. Esse
era o Marcelo Zelic. Mas, por trás dessa militância firme e forte dele, era uma
pessoa amável, um poeta, musico.
Eu queria então
deixar registrados os meus sentimentos para a Paula, sua esposa, para a Helena
e Júlio, os seus filhos, que também são militantes. Deixar um grande abraço e
dizer que nós vamos cultivar a memória do Marcelo e o seu exemplo nas nossas
lutas do dia a dia, que nós temos que fazer pela frente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado. Chamamos o próximo orador, deputado Luiz Claudio
Marcolino, pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, a população que nos
acompanha aqui no plenário, quem nos acompanha em casa pela TV Assembleia.
Sr. Presidente,
vou fazer uma fala, e queria solicitar que, depois, o meu pronunciamento seja
encaminhado à Câmara Municipal de Ribeirão Preto. Nós recebemos a denúncia,
esta semana, que tem um processo de pedido de cassação da vereadora Perla
Müller, uma grande defensora do Meio Ambiente no estado de São Paulo.
É uma jovem
vereadora, acabou de assumir há menos de um mês na cidade de Ribeirão Preto. Em
virtude da Agrishow, que aconteceu na cidade de Ribeirão Preto, essa vereadora,
no seu papel de legisladora e diálogo também com a sociedade, participou de uma
entrevista numa das televisões da cidade. Acabou fazendo uma fala e, mesmo ela colocando
que foi uma fala num momento inadequado, não seria motivo de cassação.
Só que o mesmo
processo que está acontecendo com a vereadora Perla Müller, na cidade de
Ribeirão Preto, aconteceu com diversas outras vereadoras em todo o estado de
São Paulo.
Já tivemos
processo de cassação de vereadora em Campinas, uma vereadora do PT em
Americana, uma vereadora do PT também em Ribeirão Preto, um processo de
cassação na cidade de Mauá.
Então tem um
processo que vem acontecendo, desde os últimos dois anos, que é de tentar
cassar os vereadores e as vereadoras, não só no estado de São Paulo, em virtude
dos seus posicionamentos políticos.
Na cidade de
Ribeirão Preto, a representação da Agrishow desconvidou o ministro para
participar do evento na cidade. O ministro, no seu papel, também tirou o apoio
que seria dado à Agrishow na cidade de Ribeirão Preto. Tinha sido feito um
processo de diálogo, entre os vereadores da cidade, que aquela fala que ela
tinha dito numa entrevista, não seria motivo de cassação.
Só que depois
elas receberam uma ligação de um dos membros da Agrishow, falando que era para
manter o processo de cassação da vereadora na cidade de Ribeirão Preto. Então
eu queria trazer o nosso posicionamento de insatisfação e de indignação com os
vereadores da cidade.
Lá nós temos
apenas duas vereadoras mulheres. Todos os demais são vereadores, na cidade de
Ribeirão Preto, todos homens. Todos os vereadores, de partidos que fazem parte
da base de apoio do Tarcísio.
Em virtude de
uma disputa em relação à Agrishow, na cidade de Ribeirão Preto, corre risco de
uma vereadora, que está há menos de um mês, uma grande defensora do Meio
Ambiente, jovem vereadora, ter o seu mandato em risco.
Então esperamos
que não seja feito, não seja aberto o processo de cassação na cidade de
Ribeirão Preto. Que, esse debate, os vereadores que lá estão, analisem muito
bem qual é o papel do Legislativo. Porque, senão, se esse vai ser o motivo da
cassação da vereadora, muitas vezes, fazer uma fala que, mesmo ela, colocou que
foi uma fala infeliz, mas que não seria motivo de cassação.
Porque ela não
cometeu nenhum erro administrativo. Não tem improbidade administrativa. Não tem
nenhum processo de questionamento em relação a um ou outro vereador da casa.
Não é um processo de corrupção.
Simplesmente,
fez uma fala em relação à vacina que, naquele momento o presidente Bolsonaro
também tinha sido ali alvo de uma das operações da Polícia Federal. Ela fez um
comentário em relação à questão das vacinas, e com isso a Câmara Municipal de
Ribeirão Preto está querendo cassar o mandato da nobre deputada.
Então, eu
queria colocar aqui o nosso posicionamento contrário à cassação, e solicitando
que essa minha fala seja encaminhada aos vereadores de Ribeirão Preto, porque
nós temos, inclusive, denúncia de outros vereadores lá que teriam motivos de
cassação, que a Câmara não abriu processo de cassação, e não pode ser por esse
motivo, de ela usar, inclusive, o expediente do seu mandato como vereadora,
usando um espaço de entrevista em uma televisão que não era da Câmara Municipal
de Ribeirão Preto, ter a sua cassação protocolada pelos vereadores que lá
estão.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A SRA. BETH SAHÃO - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
Sra. Deputada Beth Sahão.
A SRA. BETH SAHÃO - PT -
Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Só deixando
claro que a comunicação será encaminhada à Câmara de Ribeirão Preto, conforme
solicitado pelo deputado Luiz Marcolino.
Pois não, prossiga na comunicação.
A SRA. BETH SAHÃO - PT
- PARA
COMUNICAÇÃO - Não, apenas para dizer
hoje que é um dia muito triste para quem ama música, para quem ama o rock. O
deputado Eduardo Suplicy já fez aqui algumas colocações. Eu vi também há pouco
o deputado Simão Pedro falando, mas eu não poderia deixar de falar dessa
cantora maravilhosa, que marcou a minha geração, e acho que tantas outras
gerações.
Uma roqueira
que sempre colocou na música tudo aquilo que a gente gostaria que uma música
pudesse conter, e é a expressão mais importante da musicalidade do rock
paulista, que ela representou ao longo desses tantos anos de carreira.
Infelizmente
nos deixa nossa querida Rita Lee, aos 75 anos. Vai fazer uma falta enorme,
porque é um estilo único, que não deixou sucessor, nem sucessora. Então, o que
vai ficar na nossa lembrança é a sua musicalidade muito singular, e que alegrou
tantos momentos de nossas vidas. Então, que ela possa seguir em paz.
Eu me lembro
que, quando fui secretária de governo da Prefeitura de Catanduva, da minha
cidade, estávamos organizando, como fazíamos anualmente, uma feira, e nessa
feira a gente escolhia os cantores e cantoras que iriam se apresentar ali ao
longo da semana, e minha sugestão foi pela Rita Lee, e tal foi minha alegria de
poder vê-la mais uma vez, mas dessa vez conversar com ela pessoalmente, e
trazê-la para minha cidade, para que ela pudesse alegrar os nossos corações.
Essa lembrança
me acompanha até hoje, e hoje a gente tem que trazer aqui as nossas
condolências, a nossa tristeza. Ela certamente já está descansando em paz,
porque é merecedora disso.
Só carregou
boas coisas no seu coração, só carregou boas coisas nas suas composições, e é o
que a gente pode desejar para ela, nossa solidariedade aos seus familiares, e
que ela possa finalmente descansar em paz.
Obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Sem dúvida,
muito bem colocado. Inclusive, em sua memória já foi dedicado um minuto de
silêncio nesta sessão. Ficam as palavras da nossa deputada Beth Sahão.
Então, encerrado o Pequeno Expediente,
damos início ao Grande Expediente.
*
* *
-
Passa-se ao
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Iniciando a
lista de oradores inscritos, chamamos para fazer uso da palavra o deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Leonardo
Siqueira. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) O senhor tem a
palavra pelo tempo regimental do Grande Expediente, de dez minutos.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados. Tramitam, Sr. Presidente,
nesta Casa, dois projetos de lei que devem ser discutidos já a partir de
amanhã, e na próxima semana, o projeto de lei do reajuste da Segurança Pública
no estado de São Paulo, e o salário mínimo, que também é ponto de debate nesta
Casa a partir do dia de amanhã,
Em relação à
Segurança Pública, nós faremos hoje, a partir do mandato do deputado Reis, uma
audiência pública, hoje, às cinco e meia da tarde, para estar conversando com
os policiais militares, com policiais civis, com todas as organizações da
Segurança Pública, em relação ao projeto apresentado pelo governador Tarcísio
no estado de São Paulo.
Lembrando que o
projeto apresentado cria uma distorção entre as diversas carreiras, tanto da
Polícia Militar como da Polícia Civil, distorção entre uma representação e
outra, entre os delegados da Polícia Civil e os delegados da Polícia Militar,
em relação ao conjunto da Polícia Militar, em relação aos soldados, em relação
aos tenentes.
Todos eles têm
uma distorção entre o percentual que de fato deveria ser o reajuste e o que de
fato está acontecendo na carreira. Então, criou uma insatisfação generalizada
na Polícia Militar. Então, estão algumas audiências públicas acontecendo no dia
de hoje e vamos trabalhar para melhorar esse projeto aí nos próximos dias.
O outro projeto
apresentado, Sr. Presidente, é o projeto em relação ao salário mínimo; nós
percebemos que tem ali algumas questões que precisam ser melhoradas. Então, eu
queria que fosse apresentado aqui.
Eu apresentei
na semana passada, mas aqui um pouco mais de detalhes em relação ao projeto
apresentado, que é o Projeto de lei nº 704, de 2023, que é a revalorização dos
pisos salariais do estado de São Paulo.
Pode passar
para a próxima transparência. Esse projeto de lei... Quando falo no salário
mínimo regional, nós temos hoje o salário mínimo nacional, que é, nobre
deputado Jorge do Carmo, a Lei nº 103, de 2000, que permitiu a fixação dos
salários mínimos estaduais em todo o Brasil.
Então, é uma
lei. Aqui no estado de São Paulo, ela foi criada em 2007; 2000 foi quando o
governo federal permitiu que os estados pudessem ter um salário mínimo maior do
que o estadual.
Em 2007, o
Governo do Estado criou três faixas salariais: é a Lei nº 12.640. A última
atualização desse projeto foi a Lei nº 17.526, de 30 de março de 2022. Temos
aqui essas três faixas, mostrando que você tem, na faixa verde aqui, o salário
mínimo federal. Depois, você tem a faixa um, a faixa dois e a faixa três.
O que é
importante perceber aqui? Todas as faixas, tanto a um como a dois e a três,
eram superiores ao salário mínimo nacional, porque essa é a determinação da
lei. Uma região do Estado - seja São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Acre, Rondônia - pode apresentar um salário mínimo, mas tem que
ser sempre maior do que o salário mínimo nacional.
Pode passar a
próxima. Aqui, eu quero mostrar uma comparação para vocês da evolução de 2007
até 2023. A gente percebe que, de 2007 até 2021, havia uma evolução. Foi
crescendo de 2007, quando começou; aumentou em 2011, foi ampliada a diferença
entre o salário mínimo nacional e o regional. Quando chegou em 2021, houve uma
queda, uma desaceleração em relação ao salário mínimo regional, se comparado
com o salário mínimo nacional. Houve um crescimento agora, no ano de 2023.
Pode passar
para a próxima. Aqui, eu mostro de novo a diferença. Então, foi justamente no
ano de 2021 que o governo federal não passou a corrigir na mesma proporção o
salário mínimo regional em relação ao salário mínimo nacional. Então, houve ali
uma aproximação: você tinha uma média em torno de 17% e houve uma redução nesse
período.
Pode passar
para a próxima transparência. Aqui, a gente demonstra justamente o que eu estou
falando naquela linha anterior. Então, a gente pega de 2007, a diferença é de
7,89% e foi crescendo ao longo dos anos. Quando chegou em 2019, a diferença era
de 16,59% do salário mínimo regional para o salário mínimo federal.
Repetindo: o
salário mínimo regional obrigatoriamente tem que ser maior do que o salário
mínimo federal. Quando chega no ano de 2020, há uma redução para 11,34%; 2021,
cai para 20,21%; 2022, cai para 5,94 por cento. Ele cresce agora, de novo, para
17,43% no ano agora de 2023.
O que eu quero
que vocês observem aqui: a lei, quando foi aprovada, em 2000, e quando começou
em São Paulo, em 2007, sempre teve uma projeção superior ao salário mínimo
regional.
Então, ela caiu
e ela está voltando agora no patamar do ano de 2019. É importante colocar essa
referência, porque o salário mínimo nacional passou também pelo período Temer e
Bolsonaro, um congelamento. Aqui em São Paulo, não foi diferente.
O governo Lula,
agora, corrigiu acima da inflação o salário mínimo nacional. Quando o Governo
apresentou - pode passar a próxima tabela -, o governo do Tarcísio falou para
todos os quatro cantos do estado de São Paulo que estaria dando um reajuste
maior do que o salário mínimo nacional, então a gente quer mostrar para vocês
aqui a diferença entre o salário mínimo regional e o salário mínimo nacional de
2019 a 2023, que foi quando teve a queda, estamos falando de 32.26 para 33.21.
Então estamos
mantendo aqui a mesma proporção que tinha o salário mínimo de 2019, então não
dá para falar que o estado de São Paulo está pagando, neste ano, o reajuste no
salário mínimo muito maior do que paga o governo federal.
O que está
sendo feito agora é uma adequação em uma lei que já garantia, desde 2007, que
teria que ter uma diferença entre o salário mínimo estadual com o salário
mínimo nacional, então eu queria trazer um pouco essa diferença para vocês
perceberem que o que o Tarcísio tem apresentado para a sociedade não é um
impacto efetivo tão maior como estavam apresentando.
Estamos aqui
corrigindo o discurso do governador do estado de São Paulo, porque é uma
prática muitas vezes do Governo do Estado de São Paulo tentar falar que está
trazendo algo positivo para os servidores, para os trabalhadores do estado de
São Paulo, então estamos desmascarando aqui o governo Tarcísio em relação a
esse projeto de lei.
E em relação a
esse projeto que também está tramitando e vai entrar aqui na Casa no dia de
amanhã, primeiro que é um projeto que não vale para todos os servidores
públicos do estado de São Paulo, é um projeto, nobres deputados Suplicy e Simão
Pedro, que não foi conversado e dialogado com as centrais sindicais. O salário
mínimo nacional é debatido entre as centrais sindicais, é apresentado à Câmara
dos Deputados, são feitas as adequações e depois há a sua aprovação.
Aqui no estado
de São Paulo, não houve um diálogo com as centrais sindicais como o projeto da
Segurança Pública, dos policiais militares, dos policiais civis. Não houve um
diálogo com as representações das associações das polícias no estado de São
Paulo, então não foi diferente com o salário mínimo regional.
Estamos
propondo emenda para que haja um diálogo no final do ano com as centrais
sindicais, porque quando for aprovado o orçamento, é importante que os
trabalhadores já saibam qual vai ser o reajuste que vão ter no salário mínimo
no ano seguinte.
Outro ponto em
relação a essa proposta apresentada pelo governador Tarcísio, ele não atende,
como eu disse, os servidores públicos. Nós temos aqui um holerite e amanhã
vamos detalhar para os senhores e senhoras deputadas, o salário base de um
trabalhador do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
O salário base
dele é de 588 reais e 15 centavos. Se pegar um percentual complementar, é de
441 reais. E daí tem uma gratificação (Inaudível.) de 290. Se você somar os 598
com 441 com 290, não dá os 1.530 que o governador Tarcísio está apresentando
para os servidores da Saúde no estado de São Paulo.
Então isso não
vale para a Educação, não vale para a Saúde, não vale para a Segurança Pública,
não vale para a maioria dos servidores públicos no estado de São Paulo. E
quando o governo fala: “Ah, mas eu posso fazer uma complementação a partir de
um abono”. O abono não incorpora nas férias, no 13º, para aposentadoria.
Nós estamos
falando aqui de um dos estados mais ricos do nosso País, então o salário mínimo
regional ora apresentado não serve para os servidores públicos, não serve para
a maioria da população, não foi feito um diálogo com as centrais sindicais.
E ainda no
projeto, nobre deputado Rômulo, ele apresenta que se por ventura tiver um
acordo coletivo ou uma convenção coletiva firmada entre o patrão e o empregado,
o salário mínimo regional pode ser menor do que o apresentado.
Então apresentamos
aqui algumas emendas ao Projeto 704, de 2023, e esperamos que amanhã esse
projeto entre em tramitação, em debate aqui na Casa, e esperamos que os nobres
deputados, a partir dos debates de amanhã, possam incorporar as emendas e que o
salário mínimo regional possa servir para todos os servidores públicos do nosso
estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Deputado.
Seguindo a lista de oradores do Grande
Expediente, solicitamos a presença do deputado Delegado Olim. (Pausa.) Por
permuta com o deputado Jorge do Carmo, chamamos à tribuna o deputado Eduardo
Suplicy.
Anterior ao uso da palavra, Sr.
Deputado Eduardo Suplicy, aproveito para anunciar a presença dos nossos amigos
vereadores da cidade de Porto Feliz: Adilson Casagrande e a Sra. Lúcia de
Fátima Caballero.
Muito obrigado pela presença.
Acompanham o nosso amigo deputado Vitão do Cachorrão. Os senhores são muito
bem-vindos a esta Casa Legislativa.
Muito obrigado.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sejam muito bem-vindos. É uma alegria recebê-los aqui.
Espero poder em breve estar também no município de vocês.
Presidente
Capitão Telhada, eu gostaria de complementar algumas informações a respeito do
deputado David Michael dos Santos Miranda, que infelizmente faleceu na manhã de
hoje.
Ele nasceu em
10 de maio de 1985 na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro.
Perdeu a mãe aos cinco anos e nunca conheceu o pai. Após a partida da mãe, foi
criado por sua tia. Começou a trabalhar aos nove anos. Fez de tudo um pouco,
foi office boy, entregador de panfletos, despachante, operador de telemarketing
e caixa de lotérica.
Aos 20 anos,
conheceu Glenn Greenwald, famoso jornalista internacional que se tornaria seu marido
e pai de três filhos. Casaram-se poucos meses depois de se conhecerem. Mudou
para os Estados Unidos e se formou em jornalismo com especialização em
marketing de estratégia.
Passou a
trabalhar ao lado de Greenwald em campanhas pela liberdade de expressão e
Direitos Humanos. Coordenou a campanha pelo asilo de Edward Snowden, nas
revelações dos programas de vigilância global realizados pelo governo
norte-americano. Em 2013, foi detido pelo governo britânico por seu trabalho de
expor os dados desses programas.
Mudaram-se para
o Rio de Janeiro e, em 2014, filiou-se ao PSOL. Ativista LGBTQIA+, elegeu-se em
2016 como primeiro vereador gay da história da Câmara do Rio de Janeiro, com
7.012 votos.
Teve mais de 15
projetos e proposições aprovadas e se tornou grande amigo e parceiro de lutas
em comum da vereadora Marielle Franco. Em 2019, assumiu a vaga de Jean Wyllys
na Câmara, após o então deputado sair do Brasil após ameaças de morte.
Na Câmara, tiveram
destaque seus projetos de medidas protetoras para a comunidade LGBTQIA+, as
medidas protetivas para vítimas de violência contra as mulheres, raça e etnia,
e o projeto para combater o suicídio e o sofrimento psíquico de profissionais
de segurança.
Em agosto de
2022, foi internado para tratar de uma infecção gastrointestinal e passou por
infecções e um quadro de septicemia. Após nove meses de luta, infelizmente,
sucumbiu à doença e faleceu em de 9 de maio de 2023.
Eu percebo
aqui, caro deputado Capitão Telhada, que, dentre os projetos que o David
Miranda havia apresentado, havia um projeto para prevenir, combater o suicídio
e o sofrimento psíquico de profissionais de segurança.
Eu me refiro a
isso porque ainda hoje fui procurado por um oficial militar que sugeriu a mim
que pudéssemos, aqui na Assembleia Legislativa, inclusive na Comissão de
Direitos Humanos, tratar desse assunto, porque tem havido um aumento bastante
significativo do número de policiais militares que têm acabado com sua própria
vida.
Acho que é um
tema que além de diferenças de opinião que possam haver entre nós, esse
tipicamente é um tema que deve nos unir para procurar prevenir e como evitar
esse aumento crescente do número de policiais que têm se suicidado.
Muito obrigado.
Um abraço.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado,
Sr. Deputado Eduardo Suplicy. Seguindo a lista de oradores inscritos no Grande
Expediente, chamamos para fazer uso da palavra o deputado Paulo Mansur.
(Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.)
Em permuta com o deputado Donato,
solicitamos para fazer uso da palavra o deputado Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, quero cumprimentar todas e todos. Cumprimentar a assessoria
aqui presente, telespectadores da Rede Alesp, os policiais, os deputados que
estão aqui, colegas deputadas e deputados.
Sr. Presidente,
eu vim a esta tribuna nesta terça-feira e todos nós estamos muito
entristecidos, deputado sempre senador Suplicy, que acabou de falar aqui, e
lamentamos por demais a morte do ex-deputado David Miranda, do Rio de Janeiro.
Um ativista, um
companheiro, uma pessoa que tem uma história brilhante exatamente pela
diversidade, na luta, sempre na resistência enfrentando as adversidades deste
País, as dificuldades que nós enfrentamos especialmente por sermos uma
sociedade muito heterogênea, mas sobretudo ainda muito conservadora.
E por isso o
Brasil, o estado do Rio de Janeiro e a política perdem um amigo, um
companheiro, que foi acometido pela doença e que, infelizmente, nos deixou do
dia de ontem para hoje. E aí David Miranda vai fazer muita falta. Um jovem
ainda. Iria fazer 38 anos amanhã.
Trinta e sete
anos apenas e perdemos, o Brasil perdeu, a sociedade especialmente do Rio de
Janeiro perdeu um companheiro, um amigo que foi acometido por uma doença a que,
infelizmente, todos nós estamos sujeitos.
Mas ninguém
espera que a pessoa vá tão cedo, especialmente porque o Brasil tem tecnologia,
tem ciência, tem condições de curar, de salvar, mas, infelizmente, não foi
possível no caso do David Miranda.
Então minha
solidariedade aos amigos, aos familiares dele, porque vai fazer muita falta
para o nosso País. E não obstante a perda do David Miranda, nós também tivemos
hoje, lamentavelmente, a perda de uma grande artista do Brasil, ou seja Rita
Lee, a rainha do rock.
Difícil pensar
alguém que não gostasse da Rita Lee pelo seu jeito irreverente, pela sua forma
de lidar, pela sua trajetória, pela condução dos 60 anos de carreira
aproximadamente e que morreu agora aos 75 anos, com muita tristeza para o nosso
País. Então minha solidariedade, meus sentimentos aos familiares, aos amigos, à
cultura, aos artistas, a todo o Brasil, que perdem uma grande artista.
No ano passado,
nós perdemos Gal Costa, nós perdemos outros tantos artistas importantes e,
infelizmente, a Rita Lee nos deixou no dia de hoje e, lamentavelmente, vai
fazer muita falta à cultura do Brasil, à cultura do mundo, porque a Rita Lee é
uma referência mundial.
Mas, Sr.
Presidente, também quero aproveitar a oportunidade para falar que estamos aqui
às vésperas de fazer um bom debate aqui nesta Casa sobre essa questão do
salário mínimo regional paulista.
E um dos deputados
que me antecederam aqui, o deputado Luiz Claudio Marcolino, falava com
propriedade aqui, mostrando inclusive elementos dos dados para a gente fazer o
contraponto.
Porque é lindo
ir à imprensa e dizer: “Olhe, vou elevar o salário mínimo paulista para 1.550
reais”. O leigo que não analisa, não verifica exatamente o que significa isso,
começa a bater palmas, começa a dizer: “Nossa, mas esse governador chegou
chegando, não é?” Governador, o nosso salário mínimo, e aí ainda faz uma
comparação que não tem nenhuma lógica, que é a comparação com o salário mínimo
federal nacional, que brilhantemente o presidente Lula já começou a elevar o
ganho real, as condições reais do salário mínimo. E ao final deste mandato, em
2026, certamente o trabalhador vai ganhar muito mais em termos de reajuste
real.
Quando a gente
verifica que - deputado Marcolino, estava falando de V. Exa. - quando as
pessoas percebem que o salário mínimo vai aumentar e dizem assim: “Olha, agora
ninguém vai ganhar menos do que 1.550 reais”.
Agora, olha os
holerites dos servidores da Saúde, da Assistência Social, de tantas outras
categorias. Olha o holerite deles, e olha lá se no salário base dele está lá,
ele ganha 1.550 reais, ou vai ganhar 1.550 reais. Não é verdade. Não é verdade.
O que o governador
vai fazer, e nós vamos travar esse debate aqui, nós vamos fazê-lo com muita
responsabilidade porque se tem uma coisa que o Partido dos Trabalhadores
defende é reajuste do salário, é condições de poder de compra para que cada
trabalhadora e trabalhador, ou servidor e servidora, tenha dignidade, tenha
condições de comprar e de viver com dignidade.
Tinha um
deputado que passou por esta Casa, foi deputado estadual do Partido dos
Trabalhadores, Henrique Pacheco - tive a alegria de começar a trabalhar com ele
-: ele dizia que quando tinha tíquete disso, vale daquilo, vale daquilo outro,
ele falava que o melhor vale, o melhor tíquete era o tíquete salário, aquele
que você vai no mercado e você compra o que você quiser para a sua família.
Esse é o melhor.
Aí quando
começa benefício disso, benefício daquilo: isso nada incorpora, a gente sabe,
no salário do servidor e da servidora. E aí às vezes as pessoas se enganam,
porque a sociedade que está vendo acha que o governador está dando aumento e
nenhum servidor público vai ganhar menos que 1.550 reais.
Na verdade, ele
está autorizando pagar, está mandando pagar, está mandando a iniciativa privada
pagar, não está pagando, porque o servidor, como a gente pode perceber, muitos
deles ganham de 400 a 600 reais como salário base, e aí aumenta os benefícios, coloca
benefícios, e passa de 1.500, passa até de dois mil talvez.
Mas isso não
incorpora, isso não resolve o problema porque nós queremos salário real, nós
queremos condições para que as pessoas possam ter decência e dignidade e que,
quando se aposentar, não se aposente com aquela dificuldade, que ainda tem que
continuar trabalhando.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.
* * *
A
aposentadoria, ao invés de ser uma alegria, um benefício, é uma tristeza porque
você passa a ganhar menos do que ganhava e aí tem que trabalhar para
complementar a renda e sobreviver.
Por isso,
deputadas e deputados, esse debate nós vamos fazer aqui com muita seriedade
porque, em momento nenhum, nenhum deputado ou nenhuma deputada e nem a
sociedade paulista vai insinuar que o Partido dos Trabalhadores e que nós,
deputados e deputadas do PT, não somos a favor de melhoria do salário mínimo.
Nós queremos salário
mínimo sim, mas de verdade, não fictício, não de faz de conta, não fake news.
Boa tarde a
todos.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Dando
sequência aos oradores do Grande Expediente, tem a palavra o nobre deputado
Rafael Saraiva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Thainara Faria.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Lucas Bove. (Pausa.) Tem a palavra o
nobre deputado Capitão Telhada. Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - Para uma
comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - É
regimental. Enquanto o orador vai ao plenário, tem V. Exa. o tempo de cinco
minutos.
O
SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS – PARA COMUNICAÇÃO - Quero ser breve aqui e agradecer,
presidente. Quando os vereadores vêm aqui a esta Casa, vem visitar os colegas
deputados e deputadas, vêm pedir pela sua cidade.
Então agradeço
à vereadora Claudia Caballero, que vem aqui pela causa animal, pedindo uma
Fiorino para Porto Feliz para resgate de animais e para fazer castração. Então
está sempre lutando ali na causa animal.
E também o
Adilson Casagrande, com vários pedidos, inclusive a duplicação ali da rodovia
entre Porto Feliz e Sorocaba, Sorocaba-Porto Feliz, também com pedidos de ambulância.
Então aqui é a
Casa do povo. Que Deus abençoe os vereadores. Há dois, três meses atrás eu era
vereador também e hoje Deus preparou um filho de pedreiro, vendedor de
cachorrão estar aqui como deputado aprendendo junto com vocês.
Quero aqui
cumprimentar todos os funcionários nesses dois minutos. Cumprimentar em
especial a Polícia Militar, a Polícia Civil. O pessoal que limpa o banheiro
aqui na Casa tem que ter valor porque eu tenho minha mãe que trabalhou com
faxina, minha família, então eu não esqueço de onde eu vim.
E, falando em
Polícia Militar, Polícia Civil, peço ao governador Tarcísio que reveja o
projeto e estude para que a Polícia Civil também seja incluída nesse aumento de
salário.
E também, em
especial, os soldados, os cabos, o pessoal que é da comissão de frente, que vai
para a rua, na verdade o pessoal que vai dar a cara na rua, que sofre, que
tenham um aumento digno para todos.
Que Deus
abençoe a todos, muito obrigado. Muito obrigado aqui aos vereadores e
vereadoras de Itu e também está aqui o Fernando de Sorocaba, que é líder
comunitário, que está ali. A gente já está lutando, já conseguimos por
indicação mais dois Bom Prato para a cidade.
E também a
cidade de Itu solicitou um Bom Prato através do Márcio, do Marcinho que é líder
comunitário, porque de onde eu vim, presidente, muita criança eu vejo comendo
do lixo e isso tem que acabar. Tem que ter mais unidades do Bom Prato aqui na
Grande São Paulo
e também no interior. Então, esse pedido de Itu e para Sorocaba também.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Obrigado deputado. Sejam bem-vindos os vereadores de Itu, Sorocaba e Porto
Feliz. Com a palavra o nobre deputado Capitão Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Muito
obrigado, Sr. Presidente. Mais
uma vez as boas-vindas aos vereadores de Porto Feliz, uma bela cidade na região
de Sorocaba, região metropolitana.
Retorno a essa
tribuna no Grande Expediente para dar continuidade nas discussões, para dar
continuidade na exploração do tema que é a recomposição salarial das carreiras
policiais.
Eu trabalhei 19
anos na Polícia Militar e trabalhei de verdade. Graças a Deus, sempre com a
oportunidade de servir à população da maneira que ela espera: o policial
trabalhando na rua, pisando no barro, pisando no asfalto, correndo atrás de
bandido, colocando bandido atrás das grades, trocando tiro, ajudando quem eu
consegui ajudar na minha carreira, que esteve ao meu alcance.
Hoje,
inclusive, tive a notícia de um soldado lá do 16º Batalhão, que eu fui
responsável por presidir um procedimento administrativo exoneratório que ele
estava submetido. E tive a decisão na época, como presidente deste feito, de
mantê-lo nas fileiras da Polícia Militar, de que a situação lá não era
exclusória. Policial digno e honrado. Hoje tive a notícia de que o
Comando-Geral acatou essa decisão minha como capitão na época, lá no 16º
Batalhão.
Então, onde eu
tive a oportunidade de trabalhar nesses 19 anos, eu me orgulho de ter
trabalhado com honra, me orgulho de ter trabalhado ombro a ombro com os
policiais enfrentando o crime, tratando todo mundo como igual, com respeito,
com dignidade, sempre me colocando no lugar, com empatia.
Nunca mandando
ninguém fazer nada que eu não fosse capaz de fazer. Fui ensinado assim dentro
de casa, pelo meu pai, pela minha mãe, com princípios e valores humanos e
cristãos.
Então, esse
tema, recomposição salarial, para mim é muito caro. E eu tenho que explorar e
tenho que trabalhar dentro desta Casa, com 54 dias de mandato aqui que eu estou
na Assembleia Legislativa, com
toda a minha força para que a gente faça acontecer essa recomposição.
Nós não podemos
esperar, que seja o que vier nessa Casa aqui - um projeto de deputado, um
projeto do governo, um projeto do Capitão Telhada, um projeto do presidente do
Brasil - perfeição, porque só tem um perfeito e este está olhando para nós lá
de cima, que é Deus, o seu filho Jesus Cristo e o Espírito Santo. É a única
perfeição que eu conheço e que eu acredito, que tenho fé que nos protege aqui
nessa terra.
Mas aqui todos
nós, enquanto simples seres humanos, somos suscetíveis ao erro. Todos nós
somos. E nós não podemos permitir que diferenças ideológicas ou melhorias numa
proposta... A gente não pode permitir que ideias novas se tornem pesos para que
algo de bom não aconteça.
Eu cansei de
ver... Enquanto eu fui policial militar, a gente usa uma frase na polícia que a
gente fala autofagia. O que é autofagia? Autofagia é quando um organismo se
consome. Ele não precisa de organismos externos, ele se consome por si só.
E na Polícia,
acho que em toda instituição pública isso existe, é ciúme, é inveja, é
tentativa de galgar postos ou galgar benefícios em cima de outros, e eu não
posso permitir que a gente perca uma oportunidade que o governador está abrindo
para a Segurança Pública, não é para mim, não, não é para o policial A, B ou C
ou D.
Não, é um
reconhecimento para as instituições policiais, um reconhecimento que a gente
clama há décadas, a gente clama por anos e anos uma recomposição salarial
justa, acima da inflação, que o policial perceba no bolso, que não seja um
benefício, um penduricalho, mas que seja um reajuste no padrão, no salário de
verdade, um aumento salarial de verdade, não um benefício dado ou um serviço
extra para você receber, como é uma DEJEM, por exemplo.
Você tem que
trabalhar mais para você receber. Não, a sua jornada de trabalho vale mais, a
sua hora de trabalho vale mais, e é isso que o governador está propondo para
esta Casa.
Então, eu
acredito, sim, que aqui é a Casa do povo, que nós temos que discutir. Inclusive
sou aberto a discutir todas as emendas que tem na proposta, emendas de todos os
deputados. Acho que elas têm que ser discutidas.
Aprimorar a
proposta, aprimorar o projeto não tem problema nenhum, só que nós não podemos
inviabilizar um projeto que é para o bem do cidadão policial, que é para o bem
do trabalhador que coloca seu distintivo todo dia de manhã, que coloca seu
fardamento e vai para a rua se entregar para defender aqueles que eles nem
conhecem, um verdadeiro sacerdócio, uma verdadeira entrega.
Não existe um
agente defensor de direitos humanos maior do que é o policial, por isso que eu
faço parte da Comissão de Direitos Humanos aqui nesta Casa, e fiz questão de
fazer parte, porque eu não conheço um agente público, um agente privado que se
entrega mais à defesa dos direitos humanos do que o policial, que coloca o
próprio peito, como eu fui visitar ontem o tenente Wesley Coelho, lá em
Itanhaém, internado com cindo tiros: no peito, na barriga, no braço. Acordou
por milagre, ficou quatro dias em coma na UTI, acordou domingo à noite por
milagre de Deus.
Conversei com
ele ontem, está lá se recuperando, foi baleado por cinco tiros enfrentando
tráfico de drogas, muita gente defende liberação de drogas. Está lá o tenente,
graças a Deus se recuperando, poderia ter tido a vida ceifada pelo crime.
Então, esses
são os maiores defensores dos direitos humanos. Nós temos uma oportunidade
aqui, nesse início de mandato, de fazer história, reconhecendo esses bravos
guerreiros.
Eu trouxe uma
tabela aqui, o Machado vai projetar, por gentileza, de quando eu entrei na
Polícia. Eu entrei em 2004 na Polícia. E eu fui levantar, junto com alguns
amigos, quais foram os aumentos do governo. E aí eu trouxe: em 2004, tivemos
8%; em 2005, 10 por cento. Até interessante, talvez uma recomposição
inflacionária, na época. Em 2007, zero; 2011, 15%; 2012, 11%; 2013, 7%, isso
Polícia Militar.
Em 2014, 8 por
cento. Aí veio 2015, 2016, 2017, zero, zero, zero. Em 2018, o governador
Geraldo Alckmin, no último ano de governo, 4%, ridículo; 2019, o governador
Doria, falando que ia ter a Polícia mais bem paga da história, um mentiroso,
5%, ridículo. Em 2020, zero; 2021, zero; em 2022, 20% linear, para o outro
governador pagar, que é o atual governo, atual governador. E nós temos agora,
em 2023, uma média, que nós calculamos a média geral entre as alíquotas, postos
de graduações, 23,8% no primeiro ano de governo.
E aí eu não
tenho procuração para defender ninguém aqui, nem secretário, nem governador,
nada. O que eu represento são as pessoas que votaram em mim, dentre elas
policiais militares e civis e as pessoas que acreditam na instituição.
E conversei com
o secretário de Segurança Pública para trazer os pontos positivos, porque a
gente só ouve falar coisa ruim. Poxa, nós estamos falando de um aumento de
cinco bilhões no Orçamento.
Falei assim:
Derrite, fale-me pontos positivos para eu passar para a Assembleia, porque os
deputados querem aprovar esse projeto do governo, nós queremos aprovar e a
gente precisa de argumento positivo para ver onde nós podemos instruir e
comunicar as pessoas a respeito desse aumento.
E aí numa
conversa, ele mesmo já transmitiu isso ao vivo em live e passou para deputados
que participaram aquele dia na reunião aqui no D. Pedro, logo no dia que trouxe
a proposta, tem algumas premissas técnicas que balizaram esse aumento. E eu vou
trazer aqui para conhecimento de todos, para que a gente reflita sobre esse
assunto.
Por que o
soldado e o aluno do 1º CFO tiveram as maiores alíquotas, mais de 30 por cento?
Porque a gente quer fomentar a entrada na carreira. Machado, por gentileza,
coloque o gráfico que eu trouxe aqui, que a Secretaria de Segurança Pública me
concedeu, sobre a entrada na carreira. Acredito que poucos tenham visto esse
gráfico. Eu torno público hoje esse gráfico.
Nós temos, no
primeiro quadrado à esquerda, ano de 2016, o número de inscritos para a PM. Em
2016, tivemos 137 mil inscritos. Em 2018, 86 mil inscritos. Em 2021, 72 mil
inscritos. Em 2022, cinquenta e cinco. Em simplesmente seis anos olhe a curva
decrescente de inscritos na Polícia Militar.
Não é à toa que
sofremos uma crise de efetivo. Eu entrei 20 anos atrás com 94 mil homens. Hoje
têm 79 mil homens na Polícia Militar. Se a gente não incentivar o primeiro
posto, atrair pessoas para a carreira, o estado de São Paulo só cresce, daqui a
pouco nós não teremos mais policiais para trabalhar na rua. Olhe essa curva
decrescente.
No gráfico da
direita, são as vagas abertas, em azul, dois editais em 18, dois editais em 19,
dois editais em vinte e um. As vagas abertas em azul, 2.700 vagas, e o número
de aprovados, o número de empossados, olhe a queda, de 2.900 empossados, para
835 empossados. Por que ninguém quer ser policial? Porque o policial só se
ferra na rua, troca tiro com bandido, ganha mal.
Se a gente não
resolver isso urgente, daqui a pouco nós vamos ter uma crise mais grave ainda
de Segurança Pública, herança do governo do PSDB. Então foi até pouco dez
minutos aqui para falar, mas é para simplesmente trazer à tona e trazer à luz
que não são à toa essas alíquotas, existe um trabalho técnico por trás.
Rapidamente,
ingresso na carreira, como eu mostrei, permanência na carreira, retenção,
progressão na carreira, que a pessoa queira chegar a subtenente, por isso é o
segundo maior aumento, recuperação de efetivo, similaridade entre os postos da
Polícia Militar e Polícia Civil e, principalmente, aumento no padrão, aumento
real.
Desculpe pelo
tempo que eu passei.
Muito obrigado
pela oportunidade.
Uma excelente
tarde a todos.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Dando sequência aos oradores do Grande Expediente, com a palavra o nobre
deputado Simão Pedro. Tem V. Exa. pelo tempo regimental de dez minutos no
Grande Expediente.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, deputado Luiz Claudio
Marcolino, minhas colegas e meus colegas deputados que estão aqui no plenário e
público que nos acompanha pela TV Assembleia, senhoras e senhores funcionários.
Sr. Presidente,
eu reservei participar deste espaço do Grande Expediente para relatar um
problema que vem acontecendo na cidade de Pirassununga, no interior do estado
de São Paulo, mais especificamente no distrito de Cachoeira de Emas, que é um
distrito muito conhecido de todo o povo paulista, porque é um local de acesso
das pessoas buscarem lazer.
Essa é uma
região turística muito querida do nosso estado de São Paulo, porque ali passa o
Rio Mogi-Guaçu, que é um dos afluentes, acompanha a bacia hidrográfica do Rio
Paraná. Ali dá para se observar todo ano o fenômeno da Piracema, em que os
peixes nadam contra a correnteza para buscar os melhores lugares para depositar
os seus ovos.
O Rio
Mogi-Guaçu é muito importante para a reprodução dos peixes, deputado Marcolino.
Só para V. Exa. ter uma ideia, a bacia hidrográfica do Rio Paraná tem cerca de
300 espécies de peixe, mas só o Rio Mogi-Guaçu tem 150 dessas 300 espécies.
Então é um rio muito importante.
O que está
acontecendo lá? Está acontecendo que a Prefeitura Municipal de Pirassununga...
eu estive lá a convite da sociedade civil local na última quarta-feira,
participei de uma reunião com o Movimento Pró-Cachoeira, e o Coletivo
Corumbataí.
Foi a forma que
a sociedade local resolveu se juntar, se organizar e lutar contra uma obra que
a Prefeitura Municipal de Pirassununga está contratando, em parceria com a
empresa Aratu, uma empresa privada, para construir uma hidrelétrica naquele
local, justamente na cachoeira de Emas. No local que, antigamente, há mais de
100 anos atrás, teve uma hidrelétrica. Mas as chuvas acabaram levando, e não
tem mais.
Então ali
acabou virando um ponto turístico. Então a praia, que a população, não só de
Pirassununga, mas de Porto Ferreira, de Santa Cruz das Palmeiras, de toda a
região, frequenta, é um lugar muito bonito. Inclusive, eu já parei várias
vezes, andando pela Mogiana, para almoçar naquele local. É uma região turística
muito importante. Mas tem uma importância ambiental também, por esses motivos
que eu disse aqui, por conta da importância do rio Mogi Guaçu.
Essa obra, que
a empresa foi liberada pela Cetesb para começar a construir, para o senhor ter
uma ideia, eles estão construindo uma parte da obra, que desvia o curso do rio,
a correnteza, chamada de secadeiras. Para construir essas secadeiras, a empresa
suprimiu grande parte da mata ciliar ao lado.
Infelizmente,
nós estamos questionando por que a Cetesb desprezou estudos técnicos
apresentados por especialistas que conhecem a região, que já trabalharam ali,
ex-funcionários públicos.
Apresentaram
que essa obra geraria um impacto ambiental muito grande. Esses laudos foram
totalmente desprezados pela Cetesb. O Ministério Público local tinha pedido
para parar a obra. Recentemente, liberou.
Hoje recebi a
notícia que a promotora da cidade pediu ao Tribunal de Justiça, novamente, a
paralisação. Mas recebi fotos, infelizmente não tenho como mostrar aqui. Mas
pretendo mostrá-las, para que a sociedade paulista possa tomar conhecimento
desse absurdo. É uma tristeza.
Então é uma
obra que agride violentamente o meio ambiente local, o turismo. Vai causar,
inclusive, impacto negativo ao comércio, aos restaurantes que se utilizam
daquele espaço. Então eu queria dizer que vamos manifestar, mais uma vez, toda
a nossa solidariedade aos movimentos, às entidades que estão lutando contra
essa obra. Nós vamos dialogar com o governo federal, com o Ministério do Meio
Ambiente.
Porque o rio
Mogi Guaçu faz parte de uma grande bacia hidrográfica, que também vai sofrer impacto.
Não é só um impacto local. E o questionamento que os moradores, especialistas,
os militantes fazem a essa obra é em relação ao custo benefício. A empresa está
dizendo que vai produzir 7 kVA de energia, o que representa, Sr. Presidente, só
para o senhor ter uma ideia, 4% do que a cidade de Pirassununga consome.
Então, do ponto
de vista de resolver o problema de um fornecimento de energia, não faz muita
diferença. Então o custo benefício dessa obra é muito questionável. Causa um
prejuízo ambiental enorme para gerar pouca energia.
Há
desconfianças de que esse número talvez não esteja correto, talvez seja até
porque a empresa, pela lei federal, acima de 10, exigiria-se um estudo chamado
EIA-Rima. Abaixo disso, ele é dispensável.
Então é uma
pressa danada para fazer essa obra. A gente vai questionar a Cetesb para que
reveja seu laudo, a autorização que deu para que a empresa Aratu siga adiante.
Eu recebi, depois que estava me dirigindo ao local, provavelmente souberam que
eu estava indo para a cidade, a empresa mandou um ofício para o meu gabinete,
me convidando para ir lá conhecer. Eu quero ir lá olhar essa obra, mas hoje as
fotos que recebi são muito preocupantes.
Então nós
queremos questionar à Cetesb: por que fazer essa obra? Nós estamos em um
momento em que precisamos rever essas obras que causam tantos impactos
negativos na natureza. Temos um problema do clima no mundo inteiro. Todo mundo
se volta para a necessidade da preservação dos recursos naturais, a necessidade
de preservarmos os recursos que geram alimento.
Então o Rio
Mogi-Guaçu, que é um rio maravilhoso, contribui positivamente para a produção
de alimentos no Brasil. No caso, é um espaço de reprodução e produção de
peixes. Comunidades serão afetadas se essa obra não for contida e paralisada.
Então eu quero registrar o meu protesto.
Vamos levar à
frente essa luta junto com a comunidade, questionando as autoridades -
Ministério Público, Tribunal de Justiça, Cetesb - e a própria prefeitura, a
quem eu queria fazer um apelo aqui para que ouça a comunidade, porque, lá na
cidade, a comunidade não é ouvida. Quando muito dizem: “Ah, é uma meia dúzia
que está ali protestando, etc.”.
Então não tem
sentido essa obra. Essa obra vai gerar impacto negativo. Eu quero aqui então me
somar à luta daquela comunidade de Pirassununga e região, à sociedade civil
local organizada, principalmente o Movimento Pró-cachoeira e o Coletivo
Corumbataí, nessa luta contra essa obra que está causando, vai causar já sérios
problemas à comunidade local e ao turismo do estado de São Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Muito
obrigado, deputado Simão Pedro. Dando sequência aos oradores do Grande
Expediente, com a palavra o nobre deputado Eduardo Nóbrega. (Pausa.)
Com a palavra a nobre deputada Paula da
Bancada Feminista. (Pausa.) Com a palavra a nobre deputada Professora Bebel,
por permuta com o deputado Emídio de Souza. Tem V. Exa. o tempo remanescente do
Grande Expediente. Com a palavra a deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa
tarde, Sr. Presidente, é uma satisfação. Cumprimento a Mesa de trabalhos assim
como também os assessores à minha esquerda, à minha direita e o público que nos
ouve e assiste através da Rede Alesp. Cumprimento deputados e deputadas
presentes neste plenário e também o público que está aqui.
É para dizer o
seguinte: nós hoje amanhecemos com duas perdas muito grandes, né? O David,
companheiro do Glenn Greenwald, que teve um papel importantíssimo no desvelamento
através do “Intercept Brasil”. Então ele contribuiu muito com a história do
presidente Lula, todo o desvelamento de questões que vieram a público naquele
momento.
E a gente
perdeu a Rita Lee. A Rita Lee é uma pessoa que, na minha juventude, era tudo o
que tinha de diferente, a começar pelo cabelo, os óculos ou o papagaio que ela
colocava no ombro. E as músicas todas dela eram transgressoras no período da
ditadura militar, né? Então ela não estava nem aí, ela mandava ver, e a gente
amava a Rita.
Então a morte
da Rita dá um vazio, porque ela era muito próxima da gente, você não via
distância. Você podia não estar perto dela, mas estava, porque eram ideais de
jovens, de meninas e meninos que pensavam: “Puxa, que legal ser desse jeito,
como é bom não ter regra”.
Ela era
transgressora, mas não uma transgressora no sentido de dizer “Eu não cumpro
isso, eu não compro aquilo”. Naquele momento era necessário ter uma posição
através da arte e da cultura e dizer o que tinha que ser dito, e ela dizia isso
nas músicas.
Aliás, a
cultura faz isso, fez muito isso durante a ditadura militar. Se a gente pega as
músicas do Chico Buarque de Hollanda, mesmo do Roberto Carlos, “Debaixo dos
caracóis dos seus cabelos”. Enfim, tantas outras músicas e, se a gente se
dispuser a analisar aquele momento, você fala: “poxa, foi na época da
ditadura”. Olha o que que estava por trás.
Então, foi
perda sim. Essas perdas, tanto o David
como a Rita, estarão presentes entre nós, pelos papéis que desempenharam. Eles
têm dois homens, tanto ela quanto ele, que amavam a Rita e o David
apaixonadamente. Então, morrem com esse grande legado, de serem muito amados
por seus companheiros.
Mas, apesar
disso, nós temos a vida para dar continuidade, e dar continuidade aqui na Assembleia Legislativa é muito
difícil. Até o presente momento, nós não fomos chamados pelo governo Tarcísio
para uma mesa de negociação. Por que não faz uma mesa de negociação coletiva
com o funcionalismo, ou mesmo com os profissionais da Educação?
Por que tudo é
de cima para baixo, de forma autoritária? Porque é o que a gente tão somente
pede. Eu saí agora da Comissão de Educação e Cultura, com quórum muito bem
dado, os deputados foram.
Até quero
agradecer aqui, de público, a presença de todos que estiveram lá, mas saio
dizendo o seguinte: em um dos requerimentos, que era para convocar o secretário
de Educação Renato Feder, foi pedido vista.
Por que não
pode? Ele deveria vir “de per si”. A gente não precisaria nem convocar. Por
que? Tem muitas mudanças acontecendo, deputado Suplicy. Tem mudanças, por
exemplo, de fechamentos de salas de aulas. Já estamos com quase 400 salas de
aula fechadas. Se você multiplica por 40 alunos, são 16 mil alunos. Haverá um
processo de superlotação de salas de aula.
E a qualidade
de ensino, para onde vai? Como faz um professor? Eu sou professora de
literatura e língua portuguesa, dou redação. Redação, um menino escreve muito,
outro menos, por aí vai. Para você corrigir... No meu caso, eu pego uma média
de 300 alunos, mas há professores que pegam 600, de história, pegam 800 alunos.
Com essa superlotação, a tendência é aumentar. E como é que a gente vai falar
em qualidade de ensino? Como é que você vai corrigir 400 redações, sem ter um
tempo para isso?
E tem que ser
na escola a tal da Atividade Pedagógica Diversificada. Eu não concordo. O
professor tem que poder fazer onde ele puder fazer. Porque eu não consigo ler
um livro na escola.
Não é porque eu
não consigo ler o livro, é porque o ambiente não é propício para a leitura de
um livro. Essa que é a questão. Esta é a realidade dos professores, e até agora
zero de reajuste.
É verdade que a
gente tem aqui um PL que vai tratar do reajuste do salário mínimo, mas veja
bem, o governador está dando 1550 para a iniciativa privada pagar, mas hoje nos
foi mostrado, no gráfico do pessoal da Saúde, que tem funcionários ganhando
800, 400, e o resto gratificação, para chegar nos mil quinhentos e cinquenta.
Então, isso aí
é uma injustiça da mais pesada. Porque você está dizendo o seguinte: “não pode
ganhar menos do que o mínimo”.
Porque ele,
governador, não cumpre esse mínimo, que é não deixar ninguém ganhar menos do
que 1550 e, no que tange ao PL, ao projeto de lei que trata e que versa sobre o
reajuste dos policiais - eu até perguntava para o nosso Capitão Telhada -, é o seguinte,
nós vamos ficar o tempo todo com essa diferenciação, de tanto para quem está no
começo, tanto para quem está no meio e por aí vai.
Agora, nós,
profissionais da Educação, sofremos um duro ataque no final do ano passado com
a carreira por subsídio, que não é carreira, e isso arrebentou com a carreira
do Magistério Paulista.
Eu espero que o
governador Tarcísio, a título do que ele fez propaganda eleitoral, revogue essa
porcaria de subsídio que nos foi dado porque se nós quisermos ter reajuste, nós
temos que fazer provinha. E nós não vamos aceitar isso.
Você pergunta
para a polícia, não tem. Para outros profissionais, não tem. Só os professores
têm que fazer provinha, então tem que revogar essa lei do subsídio e instituir
uma carreira que dê dignidade para os profissionais da Educação.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Encerrado o Grande Expediente...
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para encaminhar pelo Art. 82 o vice-líder da bancada, o Major
Mecca.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
É regimental. Major Mecca tem o tempo regimental de cinco minutos pelo Art. 82.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PELO
ART. 82 - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, a todos
que nos acompanham aqui no plenário da Assembleia Legislativa, eu preciso
pontuar de maneira bastante responsável aqui nesta Casa Legislativa a dignidade
e o respeito que o governador Tarcísio de Freitas teve em disponibilizar uma
fatia considerável do orçamento do nosso Estado para a valorização dos nossos policiais.
Trata-se de uma
pauta de extrema seriedade, uma pauta que dita sobre homens e mulheres que nos
últimos 30 anos atravessaram uma etapa de enorme dificuldade. E eu quero chamar
a atenção, até mesmo da Secretaria da Segurança Pública, em relação a um
comentário de um assessor daquela pasta, eu não sei se ele o fez nas redes
sociais de amigos, mas ele fala sobre a possibilidade de o governador retirar o
projeto de valorização das polícia desta Casa por conta de uma traição da base
do governo ao Sr. Governador Tarcísio de Freitas.
Eu quero chamar
a atenção desse assessor em relação a sua avaliação, Sr. Assessor, da seriedade
do comentário que o senhor fez. Nós aqui na Casa, a bancada da Segurança
Pública, nós deputados temos a certeza e a convicção de que a nossa missão
constitucional é debater, discutir, apresentar emendas que possam aperfeiçoar
os projetos do governo e de todos os deputados desta Casa e que a seriedade que
essa pauta exige não permite que o senhor faça esse tipo de comentário em rede social,
disseminando uma notícia falsa.
Porque nós não
acreditamos que diante de um assunto de tamanha seriedade o governador
simplesmente venha a retirar esse projeto desta Casa Legislativa, o senhor
talvez não saiba e não tem a noção da seriedade e do nosso compromisso com o
povo do estado de São Paulo, o nosso compromisso com a Segurança Pública, o
nosso compromisso com os policiais do estado de São Paulo.
Eu apresentei,
ou melhor, nós, da bancada da Segurança Pública, apresentamos uma emenda, sim,
ao projeto. Emenda essa que atende à insatisfação de uma parcela dos policiais
que são os veteranos, aqueles homens e mulheres que, ao longo dos seus 30 anos,
envidaram esforço e sacrifício para defender a população, e nós não podemos nem
abriremos mão de defendê-los, de representá-los. Nós estamos discutindo e
debatendo justamente a insatisfação dessa parcela dos policiais.
O senhor não
pode, Sr. Assessor, fazer um comentário de tamanha gravidade nas redes sociais,
o senhor não pode. O senhor, como membro do Executivo, tem que alimentar o
debate; o senhor tem que alimentar a luz sobre o projeto, a discussão saudável,
a discussão sadia. O senhor está alimentando a discórdia e o senhor está
alimentando o fracionamento da nossa categoria.
Nós falamos
aqui justamente sobre questões importantes de união porque não se faz polícia,
ninguém se faz polícia sozinho, somente em equipe, somente em grupo. Nós
estamos aqui trabalhando, tratando de um projeto seríssimo, de uma categoria
extremamente sofrida, para que haja aperfeiçoamento, para que haja debate e não
conduza as coisas no sentido em que estão sendo conduzidas, de se pichar o
projeto do governador Tarcísio de Freitas.
Não, pelo
contrário: nós somos gratos ao governador, nós somos gratos ao projeto que
aportou nesta Casa, mas nós estamos exercendo a nossa missão constitucional de
debate, de emendar um projeto e buscar melhorá-lo
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela
ordem, Sra. Deputada.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Eu gostaria de falar
pelo Art. 82, como vice-líder da minoria.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - É
regimental. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Muito obrigada.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente, uma breve comunicação enquanto a oradora se dirige à tribuna.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - É
regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Presidente, faço coro
aqui às palavras do Major Mecca. Hoje circulou nas redes sociais,
principalmente no WhatsApp, uma mensagem atribuída a um assessor muito próximo
ao secretário de Segurança Pública, em que ele atribui uma suposta “traição’ da
base do governo ao próprio governo.
Faço coro aqui
ao Mecca. Nós recebemos o projeto do Sr. Governador, nós agradecemos os cinco
bilhões de reais que o governador está destinando à Segurança Pública e nós
estamos fazendo, deputado Reis, o nosso papel de parlamentar de aperfeiçoar o
projeto, representando os nossos eleitores, representando os nossos policiais
militares e civis. Sempre nos manifestamos pela aprovação do projeto, porém,
pontuando e colocando à luz do dia, às claras os nossos posicionamentos.
Então isso é
claro. Eu gostaria de fazer o questionamento ao secretário de Segurança
Pública, se a mensagem é real, se partiu de um assessor próximo a ele e quais
deputados na Assembleia de São Paulo são traidores do governador porque, Sr.
Presidente, essa mensagem é gravíssima, e nós não podemos permitir o
desrespeito ao parlamento.
Esse assessor é
muito próximo ao governador e, como teve essa mensagem atribuída a ele, nós
queremos dar a oportunidade de a SSP, a Secretaria de Segurança Pública, se
explicar, porque nós estamos aqui neste plenário lutando diariamente, não só
pela aprovação desse projeto, mas lutando pelos profissionais da Segurança
Pública do estado de São Paulo e não aceitamos desrespeito, seja de quem for,
principalmente de um assessor do secretário de Segurança Pública.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Nobre deputada Marina Helou, V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE –
PELO ART. 82 - Muito obrigada, presidente. Quero cumprimentar a todas e todos
da Casa, os funcionários, todos os que nos escutam e toda a população do estado
de São Paulo.
Subo aqui hoje
para falar sobre o Dia das Mães. Para nós, é uma pauta muito importante. A
maternidade é uma das principais pautas ocultas deste país. A gente está
chegando ao Dia das Mães, uma data que todo mundo vai postar nas redes sociais,
vai falar da importância das mães, e é mesmo muito bonito.
Eu recomendo
que homenageiem muito as mães de vocês. Quem tem o privilégio de ter a mãe
viva, aproveite esse momento, mas a gente precisa falar de qual é a realidade
do país.
A realidade do
país é que recente pesquisa do jornal “Valor Econômico” mostra que a maioria
dos lares brasileiros já é chefiada por mulheres. Só que isso não significa
que, nesses lares, os homens ficam em casa fazendo o serviço doméstico, como
nos lares chefiados pelos homens. Isso significa que essas mulheres estão
acumulando funções não valoradas pela sociedade.
A gente tem
mais de 11 milhões de crianças sem pais na certidão de nascimento e um
incontável número de mães solo neste país. A maternidade é um serviço para a
sociedade, na criação, na geração de vidas e pessoas para prestarem um serviço
na construção da nossa teia social.
Isso tem um
valor, isso tem um nome: chama economia do cuidado. A gente precisa, cada vez
mais, ao lutar por um país com equidade de gênero, valorizar o trabalho dessas
mulheres, valorizar o trabalho que o cuidado com a saúde, o cuidado com a vida,
a alimentação, tem.
Isso é e tem
que ser a nossa prioridade em uma discussão, em um dia tão importante quanto o
Dia das Mães, se não for para falar de como a gente vai mudar as estruturas
deste país e garantir que a maternidade seja, de fato, uma escolha, que a
maternidade seja, de fato, compartilhada, e que o cuidado com a criança e o
cuidado com a vida sejam responsabilidade de todos nós.
Também na
esteira do Dia das Mães, na esteira da luta pela economia do cuidado, na
esteira pela corresponsabilidade da parentalidade, a gente tem um projeto na
Casa bastante discutido por vários dos que estão aqui hoje, que é o projeto do
aumento dos policiais.
O meu mandato
colocou quatro emendas a esse projeto que a gente gostaria muito que fossem
apreciadas pelo governo e que fossem discutidas e implementadas como um direito
aos policiais: duas delas relativas à saúde mental e duas delas relativas ao
tema da maternidade e da paternidade.
A primeira
delas é a ampliação da licença-paternidade. Hoje, um policial tem quatro dias
de licença-paternidade. É completamente inaceitável. Quem já teve filho sabe
que mal saiu da maternidade.
A gente pede
simplesmente a expansão, para se equiparar ao funcionalismo público do
município de São Paulo, para 15 dias, que é o mínimo, mas é pelo menos quatro
vezes mais.
A gente também
colocou uma de três meses, que a gente acha que seria o adequado, ainda que a
gente entenda que é muito pouco provável a aprovação dessa emenda.
A segunda
emenda diz respeito às mães, mulheres lactantes e puérperas, que, após terem
seus filhos, retornam ao trabalho e deveriam ter prioridade no serviço
administrativo e distância e afastamento de atividades de risco até um ano da
criança, e garantia de prioridade de realocação.
A gente
acompanhou várias policiais que passaram por essa questão no último ano e que
gostariam de estar mais próximas de seus filhos para continuarem amamentando,
para continuarem atendendo os requisitos da Secretaria de Saúde do Brasil, que
recomenda amamentação até os três anos, e não podem fazer isso pelas regras
trabalhistas, pela regra do regime que a gente coloca - e obriga - para os
nossos servidores públicos.
Então, a gente
também colocou essa emenda e a gente espera que o estado possa olhar para elas
e avaliar, neste momento de valorização dos nossos policiais, também o direito
delas à maternidade e à parentalidade.
Por fim, a
gente tem uma pesquisa muito importante que foi feita pelo “Ocupa Mãe” com mães
do estado de São Paulo inteiro falando o que elas acham mais importante e não
são escutadas pelos políticos.
São muitos os
pontos e vou falar algumas vezes dessa pesquisa aqui na Assembleia. Mas, só
para a gente ter uma noção os principais pedidos são: absorventes higiênicos
distribuídos em postos de saúde, hospitais e locais públicos.
Ora, vejam só,
a gente teve o projeto Menstruação sem Tabu aprovado por esta Casa por
unanimidade, de coautoria com mulheres de sete partidos diferentes, do PSL ao
PSOL, e mesmo assim o governador vetou.
Elas pedem
atestado de acompanhante. O direito de atestado de acompanhante é quando as
nossas crianças estão doentes. Porque veja bem, elas ficam doentes e não têm
com quem deixar.
Isso é um
direito; isso é importantíssimo que a gente avance. Atividades esportivas,
bolsa amamentação, porque a gente sabe que é um trabalho 24 horas amamentar uma
criança em exclusividade, que é a recomendação da Secretaria de Saúde até os
seis meses, e as mulheres não têm como alimentar seus filhos se não fizerem
isso.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Enio Tatto.
* * *
Termino a minha
fala, presidente, celebrando e saudando a Rita Lee. Não o faço como política,
porque ela mesma disse hoje que quando os políticos fossem no velório dela, ela
iria levantar e xingá-los e eu sei bem que ela é capaz de fazer isso.
Então não o
faço aqui como política que sou, mas celebro a Rita Lee pela mulher livre que
ela foi e que me permitiu ser de alguma forma, quanto tantas outras mulheres
deste País.
Obrigada,
presidente.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ENIO TATTO - PT - Pela ordem,
nobre deputado Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Para falar pelo
Art. 82 como vice-líder da bancada do PT e PCdoB.
O
SR. PRESIDENTE - ENIO TATTO - PT - É regimental.
Tem V. Exa. o tempo de cinco minutos, pela liderança da bancada do Partido dos
Trabalhadores.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PELO ART. 82 - Sr.
Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da
Assembleia Legislativa, trabalhadores e trabalhadoras da Segurança Pública nos
acompanham aqui na Assembleia Legislativa, quem nos acompanha também em casa
pela TV Alesp, acabei de ouvir aqui o nobre deputado Mecca, o nobre deputado
Gil Diniz, um debate que desde a semana passada nós já começamos a realizar
aqui na Assembleia Legislativa em relação ao projeto de lei apresentado pelo
governador Tarcísio em relação aos servidores da Segurança Pública no nosso
Estado.
Já venho desde
a semana passada colocando as diferenciações que o governador apresenta, numa
forma de dividir, inclusive, os profissionais da Segurança Pública, tanto da
Civil como da Militar, nas suas diversas categorias.
O projeto
apresentado... E ontem foi o último dia que os deputados estaduais aqui da
Assembleia podiam fazer as emendas no projeto ora apresentado. Eu vou aqui
rapidamente colocar alguns deputados e deputadas que, inclusive, fizeram
emendas aos projetos apresentados, inclusive dialogando com as associações dos
servidores públicos da Segurança Pública no nosso Estado.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Gil Diniz.
* * *
Então tem
emenda da deputada Bebel, emenda do deputado Giannazi, emenda do deputado Caio
França, emenda do deputado Carlos Giannazi - aqui tem mais uma -, emenda do
deputado Barba, emenda do deputado Reis, emenda do deputado Reis - mais uma -,
mais uma do deputado Reis, emenda do deputado Caio França, emenda do deputado
Carlos Giannazi.
Emenda do
deputado Donato, emenda da deputada Professora Bebel, emenda da deputada Márcia
Lia, emenda do deputado Luiz Claudio Marcolino, emenda da deputada Monica
Seixas, emenda da deputada Monica Seixas, emenda do deputado Emídio de Souza,
emenda da deputada Marina Helou, que acabou de falar aqui no plenário.
Emenda do
deputado Emídio de Souza, emenda da deputada Marina Helou, emenda do deputado
Reis, emenda do deputado Reis, emenda do deputado Reis, da Marina Helou, do
Reis, Marina Helou, emenda do deputado Rafael Saraiva, emenda do deputado
Emídio de Souza, emenda do deputado Paulo Fiorilo, emenda do deputado Paulo Fiorilo.
Emenda do
deputado Paulo Fiorilo, emenda do deputado Paulo Fiorilo, que aqui são as
emendas da bancada também, emenda da deputada Ediane, emenda do deputado Major
Mecca, emenda do deputado Reis. São 45 emendas, nobres deputados e deputadas,
que foram apresentadas ao projeto que o governador apresenta.
Então quando a
gente vê um projeto como esse, que foi polêmico desde a sua entrada, e nós
sabemos como é importante que os servidores públicos do estado de São Paulo -
sejam da Segurança Pública, da Saúde, da Educação, Tribunal de Justiça,
Defensoria Pública - tenham que ter os seus salários equacionados.
Nós sabemos o
quanto o servidor público é importante para o estado de São Paulo. Nós ouvimos
aqui o secretário de Segurança Pública vindo com discurso de que queria
preservar talentos, que queria valorizar a Segurança Pública no estado de São
Paulo.
Mas não é o que
nós vimos com o projeto de lei ora apresentado. Não é à toa que tem tantas
emendas apresentadas do nobre deputado Suplicy, deputado Simão, a esse projeto
de lei ora apresentado.
A gente percebe
que de fato cria uma insatisfação no conjunto dos deputados estaduais da
Assembleia Legislativa de todos os partidos, da oposição e também da situação.
Das emendas ora
apresentadas, 45 emendas apresentadas, nós temos aqui deputado do Rafael
Saraiva e deputado do Capitão Mecca. São os dois deputados da situação que
fizeram emendas.
Todas as demais
emendas são emendas da oposição. Mas tanto a situação, quanto a oposição, têm o
mesmo atendimento ao projeto, que não atende as forças da Segurança Pública do
estado de São Paulo.
Então é um
projeto que tem que sofrer emendas, que tem que sofrer alteração, porque hoje
não atendeu nem a oposição, nem atendeu a situação, porque nós sabemos que é um
projeto incompleto.
É um projeto
incompleto, senão não teria tantas emendas quanto foram apresentadas, não teria
tantas entidades da segurança pública conversando com os deputados desde a
semana passada.
Então nós
achamos que é importante ter projetos de lei apresentados para recompor os
salários, para criar condição de melhorar a carreira do servidor. Mas o projeto
ora apresentado não contempla a necessidade dos servidores da Segurança Pública
do estado de São Paulo, nem da Polícia Militar, nem da Polícia Civil.
É
incompreensível um governador, ou mesmo um secretário, apresentar um projeto
que, quando encaminhado, com tanta diferenciação que você tem que parar para
explicar, o projeto não é bom.
Então nós vamos
estar aqui nos próximos dias e, a partir das emendas apresentadas, fazer aqui
um debate com todos vocês, para que haja alteração e melhoria no projeto, para
que de fato todos os servidores possam ser contemplados.
E fazer aqui
sugestões também aos deputados da situação, sabendo da insatisfação que tiveram
também por parte de vocês. Mas como tem dois deputados, fizeram uma emenda.
Nós convidamos
os deputados da situação, da base do governador Tarcísio, também a assinar as
emendas, subscreverem, as emendas da situação, da oposição, para a gente poder
fazer um bom debate aqui e poder melhorar bastante o projeto ora apresentado.
Então fazemos o
convite aos deputados da situação de também assinar as emendas ora apresentadas
pela oposição nesta Casa.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência
tem a palavra.
O
SR. LUCAS BOVE - PL
- PARA COMUNICAÇÃO - Recebemos hoje muito consternados uma mensagem, como já
dito aqui, de um assessor da Secretaria de Segurança Pública, acusando a base
do governo de traição, chamando-nos de traidores.
Eu gostaria,
primeiramente, de convidar tal assessor, cujo nome não vou dizer aqui, para
sintonizar, do ar condicionado do seu gabinete, a TV Alesp, e acompanhar os
discursos diários que são feitos aqui, onde sempre iniciamos exaltando a
atitude do governador Tarcísio de iniciar o seu mandato além de pagando 20% de
aumento, que foi aprovado no final do mandato anterior, trazendo mais um
reajuste de cinco bilhões ao ano, e dizendo que esse é só o primeiro passo.
Gostaria de
convidar o tal assessor a acessar as redes dos parlamentares. Faço aqui menção
ao Major Mecca, mas à rede de todos os parlamentares que têm algum envolvimento
com a Segurança Pública, e perceber como estão reagindo os policiais, enfim, a
classe objeto deste projeto.
Nós aqui na
Assembleia temos a prerrogativa, a prerrogativa é nossa de legislar, de emendar
projeto. Sempre deixamos claro aqui, em todos os nossos discursos, que o nosso
objetivo é o de contribuir e melhorar ainda mais um ótimo projeto, um ótimo
empenho de recursos, que foi trazido a esta Casa pessoalmente pelo governador Tarcísio.
Gostaria,
ainda, de convidar tal assessor a se informar melhor dentro do próprio Palácio,
dentro da própria Secretaria de Segurança Pública, pois foram inúmeras as
reuniões, ligações e contatos que os deputados desta Casa fizeram na tentativa
de contribuir e de participar da construção desse projeto de recomposição
salarial da nossa classe policial, que é tão necessário.
Nós aqui
continuaremos, independentemente de qualquer acusação leviana como essa que foi
feita, continuaremos nesta Casa apoiando, sim, o Governo do Estado, apoiando,
sim, o Poder Executivo, mas não nos furtaremos a defender aqueles que nos
elegeram e nos colocaram aqui para defender os seus interesses.
É isso, meu
presidente.
Muito obrigado.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Lucas Bove.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. CONTE LOPES - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu pedi a palavra para cumprimentar o nosso
governador Tarcísio de Freitas, porque ele prometeu em campanha valorizar as
Polícias Civil e Militar, e está fazendo.
Ele apresentou
um projeto, como ele falou para nós, de cinco bilhões para a Segurança Pública.
Se foi, de alguma maneira, mal distribuída essa quantia, é um outro problema, o
governador cumpriu a parte dele, inclusive está falando que ele está ligando
para sargento, para tenente, então está explicando, porque na verdade os demais
funcionários vão receber muito menos, infelizmente. Então só queria colocar
essa parte do governador, que ele cumpriu a parte dele.
Nós passamos
aqui vários anos de zero de aumento, inclusive na época do Doria, que dizia que
ia pagar o maior salário do Brasil. E deu 5%, depois deu 20% no final do
mandato. Essa é a verdade. E o Tarcísio de Freitas, governador, nos quatro
primeiros meses já vem com um projeto de cinco bilhões, valorizando os
policiais civis e militares.
Pode-se
reestudar a situação? É um outro problema, mas o valor do governador deve
realmente ser visto. O que ele prometeu ele fez, ele cumpriu. Ele está
valorizando as Polícias no primeiro ano de governo, em quatro meses de governo
ele está valorizando as Polícias. Se ele está mal assessorado é outro problema.
Por isso essa Casa, que é o Poder Legislativo, tem o direito de debater o
projeto, discutir e analisar as coisas boas e más do projeto.
Essa é a minha
colocação, cumprimentando o governador pela promessa que ele fez em campanha e
que ele está cumprindo.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Conte Lopes. (Manifestação nas galerias.)
Gostaria de pedir aqui à galeria que
não se manifeste. Se for possível, o maior respeito ao deputado Conte Lopes. Se
V. Exas. soubessem como ele está lutando por vocês, acho que essa vaia não
seria feita.
Podem vaiar à vontade, podem vaiar esse
presidente, o Major Mecca, todos os deputados aqui, mas são esses que estão
tentando a todo custo, a todo custo, inclusive sendo chamado aqui por assessor
de secretário de traidores.
Então, assessor chamando essa base de
traidora e vocês que estão sendo defendidos vaiando esses deputados. Vocês
decidem o que vai ser feito, como será conduzido esse trabalho. Então peço a V.
Exas. o respeito aqui regimental aos parlamentares que se manifestam aqui
defendendo a categoria de vocês.
A gente vai seguir aqui os trabalhos...
Não, Torres, não vou te dar a palavra.
Não vou te dar a palavra, não posso te dar a palavra. Eu não posso te dar a
palavra. Regimentalmente eu não posso te dar a palavra.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Só um momento,
Major Mecca. Só um momento.
Torres, eu não vou te dar a palavra.
Não vou te dar a palavra.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Só um momento,
Mecca. Só um momento.
É um desserviço, é um desserviço o que
o Torres está fazendo. É um desserviço.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra o
nobre deputado Major Mecca.
Vossa Excelência tem o tempo regimental
para uma comunicação.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Pessoal, só dirigir uma palavra a vocês.
O deputado
Conte Lopes é um dos integrantes que está nos ajudando muito para buscar a
justiça que vocês estão reivindicando nesse projeto. Nós estamos num trabalho
intenso, e fomos até o Palácio dos Bandeirantes conversar com o governador,
conversar com o secretário, levar o anseio de todos vocês.
Nessa legislatura
aqui nós estamos fazendo tudo em bancada. Todas as reivindicações que nós fomos
levar ao governo, fomos eu, o deputado Gil Diniz, Capitão Telhada, Conte Lopes,
Danilo Balas, Rafael Saraiva, Lucas Bove, nós nos unimos em um grupo de
deputados para que nós não entrássemos nessa onda que muitos querem fazer, de
pichar o governador Tarcísio de Freitas, que deu uma demonstração nos quatro
primeiros meses de governo, de disponibilizar uma fatia considerável do
orçamento para fazer a valorização de todos os policiais de São Paulo.
Nós discordamos
de pontos daquela tabela, de percentuais, principalmente do 3º sargento e do 2º
tenente. Discordamos e fizemos a apresentação de uma emenda para melhorar o
projeto.
No entanto, nós
temos que ter filtro em tudo o que nós ouvimos porque esse debate envolve muita
ideologia política. O estado de São Paulo vive um momento diferenciado, em que
nós não podemos nos desunir, nós não podemos começar a pichar um governador que
assumiu há quatro meses.
E a intenção de
muitos é desconstruir também um governo, da mesma forma que os governos
anteriores, o governo do PSDB desconstruiu a polícia. E eles são habilidosos,
os políticos são habilidosos nessa questão e nós temos que ter muito filtro,
nós temos que ter muita cautela, muitas vezes, em vaiar um ao outro, em apontar
o dedo um para o outro. Nós estamos em um momento de construção e nós estamos
representando vocês, como o deputado Gil Diniz acabou de dizer.
Uma mensagem de
um assessor da Secretaria de Segurança Pública nos chamando, a base aliada do
Tarcísio, de traidora, que o governador pode tirar o projeto daqui a qualquer
momento.
A gente tem a
certeza de que o governador não vai fazer isso porque a seriedade de um projeto
de valorização de policiais que sofrem há mais de 30 anos é algo muito sério,
que não pode ser tratado com desdém.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, nobre deputado Major Mecca.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem a palavra, deputado Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT –
PARA COMUNICAÇÃO - É importante, até dialogando com o Major Mecca, que nós
conversamos muito na bancada do Partido dos Trabalhadores, do PSOL, da Rede
Sustentabilidade. Não é à toa que nós fizemos 43 emendas ao projeto apresentado
pelo governador Tarcísio.
O governador
Tarcísio é um governo novo, tem um secretariado novo, mas já errou no princípio
porque o governador, para mandar o projeto para cá, não conversou com os
deputados ligados à Segurança Pública, não conversou com os líderes de partidos
da Assembleia Legislativa, não conversou com as associações de classe da
Polícia Militar, nem da Polícia Civil, também não está conversado com os
servidores, com os sindicatos da Saúde, da Educação, que também representam o
servidor público no estado de São Paulo.
Para nós,
quando fazemos emenda no parlamento, nobre deputado Major Mecca, como o senhor
também apresentou emenda, é para melhorar o projeto. Foi a nossa bancada do PT,
do PSOL e da Rede Sustentabilidade que também apresentou.
É importante
que o governador perceba que é importante ter respeito pela Assembleia
Legislativa e é importante ter respeito pelas associações de classe que
representam o servidor público do estado de São Paulo. O governador é o patrão
de cada um, de cada uma de vocês, seja da Segurança Pública, seja da Educação,
seja da Saúde. Então o mínimo que nós pedimos é respeito.
Agora o projeto
está aqui na Assembleia. Tem emenda do Major Mecca, tem emenda do deputado
Rafael, tem emendas da bancada do PSOL, do PCdoB e da bancada do PT.
Então o que nós
precisamos agora é unir as forças dos deputados, tanto da oposição quanto da
base do governo, para fazer as alterações necessárias que o projeto precisa
para estar atendendo a reivindicação dos servidores de Segurança Pública do
nosso Estado.
É isso que nós
esperamos esta semana. Tem audiência pública hoje, às 17 e 30. Nós já
solicitamos uma audiência pública na Comissão de Finanças e Orçamento, já
solicitamos audiência pública também na Comissão de Segurança Pública.
Então é
importante que haja essas audiências públicas para fazer um debate com as
associações, para que a gente possa, junto com os deputados, corrigir os vícios
desse projeto para que todos os servidores da Segurança Pública no nosso Estado
possam ser beneficiados.
Muito obrigado,
Sr. Presidente. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Marcolino.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. Pela vice-liderança do União Brasil, na forma do Art. 82, solicito
a palavra pelo deputado Guto Zacarias.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Deputado, como
deu 16 e 30, neste momento não é possível fazer aí o uso da palavra pelo Art.
82. Seria das 14 horas às 14 horas e 30 minutos. Perdão, das 16 horas, às 16
horas e 30 minutos.
Vossa Excelência pode usar a palavra
por uma breve comunicação, por dois minutos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pedindo
licença, enquanto vocês debatem, eu posso fazer uma comunicação, deputados?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem a palavra para uma comunicação, deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, o nosso presidente aqui da
Assembleia Legislativa se torna governador na data de hoje, até a volta do
governador Tarcísio, no dia quatorze. Pelo que eu soube, a decisão da
Assembleia Legislativa é de esperar o governador voltar para colocar para
tramitar a proposta de aumento salarial dos policiais civis e militares.
Eu acho que o
Poder Legislativo se demonstra forte se a gente, amanhã no Colégio de Líderes,
botar para tramitar o projeto, que ainda está protocolado, apesar da ameaça do
secretário Derrite de retirar. Uma chantagem à liberdade democrática, à
autonomia e à independência do Poder Legislativo.
Uma chantagem
com os trabalhadores da Segurança Pública, porque ou vai ser do jeito dele ou
não vai ser... Que trabalha para desunir as diversas categorias dos
trabalhadores da Segurança Pública, mas afeta a independência e autonomia do
Poder Legislativo.
Então, eu
queria fazer um pedido aos colegas, porque amanhã nós temos Colégio de Líderes,
amanhã nós vamos decidir a pauta da semana... Queria fazer um coro para os
líderes de bancadas colocarem o projeto para tramitar.
No congresso de
comissões, fazer as alterações necessárias, votar e mandar para o governo o
melhor projeto que a gente pode fazer ouvindo as categorias como ouvimos.
A gente pode
fazer, presidente. A gente pode fazer, Mecca. A gente pode fazer. A gente não
pode aceitar a chantagem. Esse é o Poder Legislativo. Esse é o Poder
Legislativo. E aí, um convite aos colegas, vamos mandar uma proposta melhor
para o governador. Deixa ele vetar e explicar aos trabalhadores da Segurança
Pública porque não aceitou as recomendações.
Quero me
solidarizar com os trabalhadores da Segurança Pública. Sempre disse aqui neste
plenário, trabalhadores da Segurança Pública desvalorizados e colocados todos
os dias nas ruas para matar e para morrer.
E quero me
solidarizar com os policiais penais que sequer foram citados no projeto e a
gente vai precisar lutar contra os subsídios nas carreiras dos policiais
penais, que é o que o governador tem prometido aos policiais penais. Uma
vergonha tirar dos policiais penais o seu salário. Uma vergonha.
Então,
portanto, colegas, acho que está na nossa mão, essa semana o governador nem
está aqui. Vamos mandar uma proposta melhor para eles.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Monica Seixas.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Antes do senhor
usar a palavra, deputado Conte Lopes, só fazer uma correção, deputada Monica.
Acredito que, pela mensagem que o governador enviou a esta Casa, quem assume
agora o governo é o Felício Ramuth, o vice-governador, nesse período de tempo.
Então, nesse momento, o governador se
afasta e o Felipe Ramuth, o vice-governador, assume o governo.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Peço perdão
pelo erro, não tenho problema nenhum. Peço perdão.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra o
nobre deputado Conte Lopes, para uma comunicação.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Primeiramente, respondendo a nobre deputada do PSOL, os
sargentos policiais, eles são de... Polícia Penal é de outra secretaria, de
assuntos penitenciários. Então, como o próprio governador falou para nós, ele
está analisando bem e mandará futuramente.
Com relação a
nós outros, que estamos nesta Casa desde 86, sempre disputando eleições
democraticamente, inclusive, na última eleição tive quase 200 mil votos. Eu
agradeço ao povo de São Paulo pelos votos que tive.
E, só levar
aqui ao conhecimento do PT, do PSOL, dos demais deputados que, nesses 35 anos,
eu sempre vim a esta tribuna votando a favor da Polícia Militar, Civil e do
funcionário público. Nunca votei contra.
Aplausos e
vaias para o mundo político é a mesma coisa, vale a mesma coisa. Ser vaiado...
problema de cada um se não gosta de mim, é outro problema. Isso é problema de
cada um. Então, não me atingiu de forma alguma.
Agradeço a V.
Exa. pela defesa, pelas palavras e obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Agradeço, nobre
deputado Conte Lopes.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Posso só uma
comunicação, Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental. Vossa
Excelência tem a palavra.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Sr. Presidente, eu estava ali ouvindo todo
esse debate, a discussão sobre o projeto de lei da valorização da Polícia Militar,
Civil do estado de São Paulo e entendo que esse projeto é algo novo, de um
governo novo, diferenciado. Um projeto que chega aqui realmente valorizando a
classe.
A discussão que
nós ouvimos aqui, principalmente da oposição, que também é legítimo, é que
deveria ouvir a sociedade, deveria ouvir as entidades, deveria ouvir isso e
aquilo outro.
O projeto é do
Executivo. O Executivo é que sabe as condições que ele tem para mandar um
projeto para esta Casa. Claro, aí, chegando aqui, cabe a nós, deputados,
legitimamente eleitos, constituídos, debater o projeto, mudar o projeto,
melhorar o projeto, naquilo que é possível de acordo com o Executivo.
O Executivo é
que tem o dinheiro, a quantidade, o valor, que sabe o que pode gastar e o que
não pode. Claro que o projeto, nós entendemos que pode ser melhorado, pode ser
debatido. E com certeza será debatido. Estou fazendo uma defesa de maneira
veemente.
Se for, para
todas as vezes que o Executivo, que o governador Tarcísio, tiver que mandar um
projeto para esta casa, se tiver que ouvir toda a sociedade paulista, então nós
não precisamos de governador.
Vamos fazer um
grande conselho e apresentamos os projetos para serem debatidos nesta Casa. A
função do governador é exatamente esta: aumento, valorização de funcionário, de
classe, tem que vir do Executivo, de acordo com aquilo que ele acredita que,
naquele momento, é o que pode ser feito.
Volto a dizer:
legitimamente, cabe a nós, agora, como deputados, debater, discutir e melhorar,
e vai ser feito. Parabenizo a bancada, Mecca, a Comissão de Segurança, você,
Conte Lopes, Danilo Balas, Gil Diniz, e os demais membros dessa comissão, que
estão fazendo um trabalho brilhante.
Eu só queria
fazer esse debate. Se for para o governador ouvir todos para mandar um projeto,
nós não precisamos de governador neste Estado.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Gilmaci Santos.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Pela ordem,
Sr. Presidente. Uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem o tempo regimental para uma comunicação.
O
SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, chegamos aqui em 2019, como
representantes da Segurança Pública, V. Exa., deputado Conte Lopes também aqui,
deputado Major Mecca. Deputados que honraram o primeiro mandato em defesa dos
policiais de São Paulo, e que continuam honrando.
Desde o dia 1º
de janeiro, desde a assunção do nosso governador Tarcísio de Freitas nesta Casa
e nas redes sociais, continuamos a defender a valorização e o reajuste dos
policiais.
Agora, com mais
deputados representando a Segurança Pública: Capitão Telhada, Saraiva, que está
aqui, a família da Polícia Civil, outros deputados que encamparam, deputado
Lucas Bove. Se eu esquecer de alguém, deputado, o senhor me lembre, presidente.
Estamos
defendendo e continuaremos defendendo a Segurança Pública do Estado de São
Paulo. Sempre pautados pelo diálogo. Como o deputado Gilmaci disse, o projeto
de reajuste é prerrogativa do Executivo.
O chefe do
Executivo e o seu time, eles montam o projeto e enviam para esta Casa. A nossa
missão aqui, e todos precisam ficar sabendo, é propor emendas para a melhoria
do projeto. Isso, fizemos.
Uma emenda
importantíssima, porcentagens de 13 e 15%, da Polícia Militar, 3º sargento, 2º
tenente, após estudos, três dias de estudo com a nossa assessoria, pontuamos em
20,57%, algo justo. Esse 20,57 é quatro vezes maior do que a previsão da
inflação no nosso País.
Ora, qual
governador, na história de São Paulo, fez isso nos primeiros quatro meses?
Nenhum! Na legislatura anterior, a Segurança pública foi humilhada pelo PSDB e
o ex-governador João Doria. Estivemos nesta Casa. Em quatro meses, o governador
tem coragem de enviar um projeto que é excelente para a Segurança Pública,
Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Técnico-Científica. Cabe a nós
emendarmos.
Então o diálogo
é o principal deste Parlamento. Vamos sim colocar sempre o nosso posicionamento
e continuar dialogando e conversando com as demais bancadas. Não abandonamos no
primeiro mandato e jamais abandonaremos os policiais de São Paulo. E fizemos
assim, para concluir, com a Polícia Civil também. Elevamos para 20,28% após
três dias de estudos de toda equipe jurídica.
Então,
mensagens de WhatsApp - e aí me dirijo também aos senhores e senhoras aqui no
plenário - escutem os parlamentares que sempre defenderam e defendem a
Segurança Pública.
Tomem cuidado
com mensagens que só desagregam, nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp.
Antes, continuem conversando com os deputados que sempre te defenderam e
continuarão defendendo, e parabenizo todos os senhores por estarem aqui,
defendendo, sim, a classe de todos vocês.
Presidente,
muito obrigado.
Deus abençoe.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, nobre deputado Danilo Balas.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa
Excelência tem a palavra para uma
rápida comunicação.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, a liberdade e a independência do Legislativo,
juntas, elas são as mais caras prerrogativas da democracia e, sim, cabe ao
Executivo elaborar o projeto.
É sua inteira e
total responsabilidade fazer da forma que quiser e mandar para esta Casa, e
cabe a nós analisarmos e providenciarmos as emendas que julgarmos necessárias.
Isso é o nosso trabalho. Isso não é traição. Isso é trabalho.
Porque isto
aqui é a Casa do Povo. Cabe a nós escutarmos o povo. Cabe a nós escutarmos quem
trabalha, quem trabalhou pelo povo. Cabe a nós defendermos este interesse de
quem trabalhou pelo povo. Então, é com muito orgulho, deputado Lucas Bove,
deputado Danilo, que nossas equipes se reuniram, estudaram. Não chegaram no
“chutômetro” a uma porcentagem, a uma alíquota de aumento.
A gente
estudou, a gente entendeu por que chegamos em um número, em um aumento de 20,57
por cento. Não chegamos em uma emenda para agradar “x”, “y” ou “z”. A gente
chegou em um aumento para os veteranos com muito estudo.
Não foi para
atacar o governo ou para ser rebelde ou para ser traidor, foi para poder ser
justo. Porque a gente precisa prestigiar a caminhada de quem deixou um legado
de pegadas no fardo caminho de proteger a sociedade.
O
reconhecimento que vocês merecem, o que o governador fez, de chegar agora... O
que o deputado Conte, o deputado Mecca e todos os deputados aqui querem
enaltecer, e eu preciso que todos os senhores entendam e reconheçam o ato do
governador Tarcísio de coragem, de chegar e dispor de cinco bilhões para a
Segurança Pública. É um ato de coragem, do secretário Derrite, é um ato de
coragem.
A forma que foi
feito precisa sim ser melhorada, e é isso que todos esses deputados estão
fazendo, mas uma coisa não anula a outra. O reconhecimento da classe policial,
o que está sendo feito com esse projeto que veio, isso tem que ser reconhecido
pelo governo Tarcísio, o que não foi feito nos últimos 30 anos.
O projeto não é
ruim. O projeto está sendo melhorado por todos os deputados. Os deputados, Sr.
Governador, Sr. Secretário, não estão traindo.
A base não está
sendo traidora. A base está trabalhando junto com o governo para que quem
trabalhou pela sociedade seja reconhecido, e também consiga levar para sua
família o sustento e mostre para a família o sangue que foi derramado, o
trabalho que foi labutado pela sociedade paulista.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Com a palavra, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Muito
obrigado, nobre deputado Lucas Saraiva. Deputado Paulo Mansur, tem a palavra
para uma comunicação. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar a
Comissão de Segurança Pública, que o Mecca está presidindo junto com vocês,
porque vocês estão fazendo um trabalho ótimo e, realmente, o Mecca, o Conte
Lopes, como foram da corporação, têm uma visão muito ampla, da ponta. Porque
eles viveram dentro da Polícia e a gente sabe que no Brasil a gente clama por
aumento salarial para as polícias, a gente clama por aumento salarial para a
Educação. Então, é um ponto que o govenador Tarcísio atendeu em quatro meses.
Ele está
colocando um reajuste acima da inflação, isso é importante falar. É lógico que
a gente nunca vai agradar a todos. A polícia precisa de um reajuste melhor? É
claro que precisa, olhem o enfrentamento que eles fazem diariamente. Eles
defendem no gol, cobram o escanteio e ainda são juízes, eles fazem tudo ao
mesmo tempo.
Agora, o que a
gente precisa entender dentro da Casa é que, se nós não chegarmos num consenso,
podemos perder esse reajuste para os policiais porque esse valor
disponibilizado pelo Governo poderia ser dividido e aumentar o salário de todo
o funcionalismo público igual, mas a ideia do Governo é pegar uma fatia
considerável, levar para a Segurança Pública e ajudar a Segurança Pública.
Esse é um ponto
fundamental que a gente precisa olhar e precisa entender para a gente ajudar as
nossas polícias.
É claro que eu
gostaria, como parlamentar, e como eu tenho, também, um programa em que são só
policiais, 24 horas... O meu programa na televisão são só policiais. A gente só
fala de coisa da polícia, então, a gente entende a classe, a gente sabe da
valorização.
Agora, o que é
preciso é a gente chegar num consenso porque, senão, esse projeto nem chega na
Casa.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre
deputado Lucas Bove.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Presidente,
nada mais havendo, se ninguém for mais usar a palavra, antes de propor...
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Nobre deputado
Paulo Mansur, obrigado por usar a palavra. Desculpe, deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Imagine. Antes de propor o levantamento desta sessão, eu só queria registrar
hoje a morte do nosso colega, ex-deputado federal David Miranda, do Rio de
Janeiro.
Ex-deputado do PSOL, um amigo querido
que hoje faleceu depois de nove meses lutando contra uma infecção generalizada.
Um dia muito triste para todos nós do PSOL.
O País perde um grande lutador do
movimento negro, dos LGBTs. Queria propor um breve minuto de silêncio e,
depois, eu peço o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental.
Solicito a todos, por respeito, um minuto de silêncio.
*
* *
- É feito um minuto de silêncio.
*
* *
Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia. Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 53
minutos.
*
* *