1 DE NOVEMBRO DE 2024

70ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO MOVIMENTO NEGRO

        

Presidência: PAULA DA BANCADA FEMINISTA

        

RESUMO

        

1 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Assume a Presidência e abre a sessão às 20h32min. Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene, em "Homenagem ao Movimento Negro", por solicitação desta deputada, na direção dos trabalhos.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia as autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Destaca a importância de homenagear o Movimento Negro na atual conjuntura do País. Tece críticas ao governo estadual.

        

4 - CAROLINA IARA

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

5 - MARIANA SOUZA

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

6 - SIRLENE MACIEL

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

7 - SIMONE NASCIMENTO

Codeputada da Bancada Feminista, faz pronunciamento.

        

8 - LENNY BLUE

Cofundadora do Movimento Negro Unificado, faz pronunciamento.

        

9 - GILSON NEGÃO

Representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras - Conen, faz pronunciamento.

        

10 - NATHALIA SANTANA

Covereadora da Bancada Feminista da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

11 - LETÍCIA LÉ

Covereadora da Bancada Feminista da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

12 - NATÁLIA CHAVES

Covereadora da Bancada Feminista da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

13 - ELAINE DO QUILOMBO PERIFÉRICO

Vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

14 - JULIO CEZAR DE ANDRADE

Covereador do Quilombo Periférico na Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

15 - ALEX BARCELLOS

Covereador do Quilombo Periférico na Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

        

16 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo sobre a história do Movimento Negro, seguida pela concessão de homenagem, com a entrega de placas, a diversas entidades do Movimento Negro.

        

17 - PRESIDENTE PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h47min.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Paula da Bancada Feminista.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Boa noite, sejam todos, todas e todes bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Atenção, TV Alesp. Agradecemos ao Bloco Afro É Di Santo, pelo cortejo de abertura da nossa sessão solene. (Palmas.)

Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear o Movimento Negro no estado de São Paulo. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal Alesp no YouTube.

Convido para que componham a Mesa Diretora a deputada estadual Paula da Bancada Feminista, proponente e presidente desta sessão solene. (Palmas.) A codeputada da Bancada Feminista Carolina Iara. (Palmas.) A codeputada da Bancada Feminista Mariana Souza. (Palmas.) A codeputada da Bancada Feminista Simone Nascimento. (Palmas.) A codeputada da Bancada Feminista Sirlene Maciel. (Palmas.)

Agora convido todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro. 

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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Obrigada. Agora gostaríamos de registrar e agradecer a presença das seguintes personalidades. As covereadoras da Bancada Feminista Letícia Lé, Natália Chaves e Nathalia Santana. (Palmas.) A Mandata Coletiva Quilombo Periférico, representada por vereadora Elaine do Quilombo, covereador Alex Barcellos e covereador Julio Cezar. (Palmas.) A diretora da Secretaria de Direitos Humanos da Apeoesp, Mônica Antonio da Silva Fernandes. (Palmas.)

Agora passo a palavra à proponente desta sessão solene, deputada estadual Paula da Bancada Feminista.

 

A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Boa noite. Iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de homenagear o Movimento Negro no estado de São Paulo. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos, pela abertura, à deputada Paula da Bancada Feminista. Neste momento convidamos para fazer uso da palavra as codeputadas do mandato para o discurso de abertura, Paula Nunes.

 

A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Agora sim, boa noite. Eu quero agradecer muito a presença de cada um e cada uma de vocês. Enquanto nós estávamos lá fora, eu ouvia muito dizer: “Que bom que estamos nos encontrando depois de uma semana difícil”, “que bom abraçar todos vocês, ver cada um de vocês” e eu quero dizer que para nós é uma alegria imensa ver cada um, cada uma de vocês aqui. Então, muito obrigada pela presença de cada entidade aqui representada, de cada ativista aqui representada.

Bom, não é demais dizer que nós, realmente, fazemos esta homenagem e pensamos na necessidade de homenagear o Movimento Negro em um momento difícil da nossa história, e eu não falo isso só pelo resultado eleitoral aqui em São Paulo ou em outras cidades, eu falo porque estando todos os dias aqui, nesta Casa Legislativa, nós sabemos exatamente o quanto, infelizmente, o poder é feito para nos massacrar.

Todos os dias nós nos deparamos com tentativas de aprovação de projetos de lei, com tentativa de imposição de leilão, de privatização e nos deparamos com uma política de morte intensa do nosso povo.

É cansativo, é exaustivo ver que, infelizmente, a extrema direita cresce no nosso País, cresce muito, se fortalece, se fortalece com caras diferentes, se fortalece com novas roupagens, mas se fortalece.

Aqui, no estado de São Paulo, nós vimos o índice de violência policial aumentar muito contra o povo negro, nós vimos também uma série de privatizações em massa, que foi com a Sabesp, agora passa pelos leilões das escolas. Enfim, a verdade é que o governador do estado de São Paulo pretende vender tudo o que ele vê pela frente.

Não é à toa que nós convidamos e reunimos vocês hoje aqui, esta é a abertura do novembro negro, dia 1° de novembro, uma sexta-feira de Oxalá, mas na verdade esta é, também, uma reunião do Movimento Negro para dizer que nós faremos o que nós sempre fizemos, nós seremos a linha de frente do processo de resistência contra o fascismo, do processo de resistência contra a política de morte do nosso povo.

Muito feliz de reunir vocês hoje em uma celebração, porque nós, que lutamos tanto, com tanta intensidade aqui, dentro desta Casa, e da porta para fora desta Casa também, viemos aqui hoje celebrar a nossa resistência, celebrar a nossa luta, o nosso histórico de luta e dizer que, daqui em diante, nós seguiremos sendo resistência. (Palmas.)

 

A SRA. CAROLINA IARA - Laroyê, exu, epi, epi babá. Nesta sexta-feira de Oxalá, de 2024, estamos aqui reunidas com as entidades negras para ecoar aquele mesmo grito de liberdade dado por Benedita da Silva, no Congresso Nacional da Constituinte, e por nossas ancestrais, mulheres negras combativas.

Estamos aqui hoje com uma cara diferente para este plenário. Este plenário que é, sim, conservador, mas hoje está habitado pelos povos tradicionais de matriz africana, pelos terreiros que resistem bravamente ao racismo religioso deste estado de São Paulo.

Estamos aqui, também, não sozinhas, nós temos aqui hoje cinco mandatos que têm mulheres negras na Alesp: nós temos dona Leci, nossa mais velha; nós temos o Movimento Pretas, com Monica Seixas; nós temos Thainara Faria.

Tenho aqui a lista completa. Temos Ediane Maria. Temos como nossas antecessoras aqui dentro, Theodosina Ribeiro e Erica Malunguinho, a primeira mulher trans a ser eleita nominalmente nesta Casa.

Nós temos aqui hoje, também, um mandato representativo do Movimento Negro, e eu quero uma salva de palmas entusiasmada, para o Quilombo Periférico, que tem feito um trabalho para que São Paulo se torne uma cidade antirracista. (Palmas.)

E esse mesmo trabalho de tornar São Paulo um lugar antirracista, esta Bancada Feminista tem esse papel dentro desta Casa Legislativa, que massacra o povo de São Paulo desde a abolição.

Estamos aqui, mulheres negras, cis e trans para fazer com que cada pessoa deste estado tenha seus direitos garantidos. E é isso o que nós estamos celebrando hoje, com 55 entidades negras, para dizer que Marielle vive, que não vão nos matar, que não vão nos silenciar com tiros, com ameaças ou o que quer que seja.

Nós, mulheres negras, vamos fazer o papel de mudança radical dessa sociedade. E é para isso que nós devemos ocupar espaços tão hostis quanto a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Marielle, presente! (Palmas.) 

 

A SRA. MARIANA SOUZA - Este não é um novembro qualquer: A gente tem uma grande vitória a ser comemorada em 2024. O 20 de novembro deste ano vai ser, pela primeira vez, feriado nacional da Consciência Negra no nosso País, uma conquista do Movimento Negro que ocupa as ruas, ano após ano, em defesa da igualdade racial no Brasil. Vinte de novembro é a data que foi escolhida pelo Movimento Negro para lembrar a nossa luta e homenagear o líder Zumbi dos Palmares.

Hoje é um dia de celebração, e no dia 20 de novembro, vamos estar mais uma vez nas ruas, em todo o estado de São Paulo e pelo Brasil, lutando pela igualdade racial. Hoje, nesta linda homenagem, muitas pessoas queridas estão presentes aqui, ou nos assistindo, mas a gente também precisa e quer lembrar a memória de um grande companheiro, lutador, que virou nosso ancestral: Flávio Jorge, presente. (Palmas.)

 

TODOS - Flávio Jorge, presente. Flávio Jorge, presente. (Palmas.)

 

A SRA. SIRLENE MACIEL - Queremos reafirmar que a nossa atuação se dá aqui no Parlamento, na Alesp e também em todas as lutas. Nós estamos presentes na luta do Movimento Negro e nós sabemos da dificuldade que é a nossa luta por aprovações de projetos para o nosso povo.

A nossa bancada aqui apresentou uma série de projetos, que eu vou falar para vocês, que tem a ver com o projeto “Vini Jr.”, que é um projeto de combate racial nos estádios, também ensino para igualdade racial nas escolas. Nós apresentamos, também, um projeto de implementação contra a política de violência racial no estado de São Paulo e um projeto de proteção às vítimas dos eventos climáticos.

 Nenhum desses ainda tramita na Casa. Nós tivemos um projeto que foi aprovado aqui na Casa, que era para a divulgação dos dados da violência racial no estado de São Paulo, e o governador Tarcísio vetou. Então, infelizmente, a gente tem uma produção de vários projetos nesta Casa, mas o nosso governador não colabora com essa luta.

Mas nós também estamos presentes em todas as lutas do Movimento Negro. Nós estamos nas lutas de combate à violência policial do nosso povo, principalmente a juventude periférica, os meninos negros, a gente sabe a situação de violência que existe no estado de São Paulo, com uma polícia cada vez mais agressiva e ofensiva.

Nós também estamos nas lutas em defesa da cultura do povo negro, em apoio ao movimento hip-hop, ao samba. Nós estamos presentes em diversos movimentos, o nosso mandato tem essa política de apoio a esses movimentos - também contra o racismo ambiental - e a memória do povo negro.

Muitos desses movimentos estão aqui hoje, e nós os saudamos. (Palmas.)

 

A SRA. SIMONE NASCIMENTO - Nós queremos também dizer que, infelizmente, no dia a dia da Assembleia Legislativa de São Paulo, este plenário não se parece com o que nós estamos vendo hoje, porque hoje o plenário da Alesp ficou preto, graças a cada uma e cada um de vocês. (Palmas.)

Nós queremos dizer também que o Movimento Negro, o movimento social negro, é o nosso farol em cada luta, porque nós também estamos aqui hoje para ecoar um pedido ao futuro, de um futuro antirracista, porque nós lutamos há muitos séculos, desde que a primeira pessoa foi trazida de forma forçada para este continente.

Nós construímos quilombos, periferias, favelas alagadas e temos resistido, lutado e conquistado vitórias, e também prospectado a chance de sobrevivência, mas nós queremos também construir o bem viver.

A gente sabe que somente ao lado de vocês nós podemos construir um futuro digno para as nossas crianças, para os nossos jovens, para os adultos e para os idosos. Este é um convite para que vocês permaneçam, para que vocês ocupem e fiquem conosco, porque é tempo de se aquilombar sem medo, mas com toda a força coletiva que a gente carrega nos nossos punhos cerrados.

Eu quero finalizar a nossa fala da Bancada Feminista do PSOL com uma poesia, que eu tenho certeza de que vocês vão acompanhar comigo. Uma poesia do José Carlos Limeira que a gente quer lembrar aqui hoje, porque eu quero muito:

“Te vejo, meu povo feliz,

Teu sonho querendo sentir

Se Palmares ainda vivesse,

Pra Palmares teria que ir

(...)

Por menos que conte a história

Não te esqueço, meu povo

Se Palmares não vive mais

Faremos Palmares de novo

Por menos que conte a história

Não te esqueço, meu povo

Se Palmares não vive mais

Faremos Palmares de novo.”

Sejam sempre bem-vindos, bem-vindas e bem-vindes.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos às codeputadas da Bancada Feminista e convidamos para fazer o uso da palavra, representando o Movimento Negro paulista, alguns de nossos griôs do movimento: Lenny Blue, cofundadora do Movimento Negro Unificado, MNU. (Palmas.)

 

A SRA. LENNY BLUE - Não se assustem com o livro, gente, isso é só pra mostrar uma coisa importante. Estou muito orgulhosa, orgulho define. Quarenta e seis anos de luta contra o racismo é uma vida. Eu não me imagino fazendo outra coisa, ainda bem que o Movimento Negro Unificado é essa força motriz da minha vida.

Eu vou falar para os jovens, porque eu sei que tem algumas companheiras que já estão cansadas de eu falar das idades - só que não. Ocorre o seguinte: a maior parte das pessoas hoje são jovens. Eu tenho muito orgulho de estar no MNU, porque, como sempre, o MNU está na vanguarda, está saindo de uma forma... Indo à frente das nossas discussões.

Por exemplo: 20 de novembro, o nosso primeiro 20 de novembro - que agora, a deputada bem falou: “Conquistamos”. Neste primeiro 20 de novembro, os dizeres das faixas são coisas que nós conquistamos e por que ainda estamos lutando. Por exemplo, lei de cotas, reparações a nível do concurso público, IBGE, mulheres.

Gente, vocês, mulheres da Marcha das Mulheres Negras - Gelédes, estão na direção do movimento de mulheres. Nós lutamos com isso, a favor disso, desde o nosso primeiro vinte. Então, é muito orgulho estar nesse 20 oficial, falando para vocês, jovens, que é possível. Isso foi há 46 anos.

E hoje nós estamos reivindicando de novo esse protagonismo que o MNU assumiu a partir do momento em que o seu estatuto criou o Conselho do Griot. O Conselho do Griot nada mais é que para refletir, instituir políticas públicas para vocês, gente, porque nós vamos embora.

O tempo que o Brasil demora para instituir uma política pública, eu não vou ver o que eu estou lutando hoje. Só que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã, e não sou eu que estou falando isso só, há muito tempo.

Isso, instituir política pública para os idosos hoje é garantir a vida da juventude, que é o alicerce da nossa obra. São vocês. Nesse sentido, eu sou muito orgulhosa de estar no MNU neste momento, com esse propósito.

Nós, como o Milton sempre fala, a questão são as reparações, o Conselho do Griot instituiu, discutiu singelas contribuições para as parlamentares, para as mandatas, isso não só nos programas de ação, mas nos mandatos, com um marcador racial. Nessas singelas já tem as políticas públicas específicas para nós.

Outra coisa importante, no âmbito de reparação da idosidade, é o primeiro livro dos Griots. Esse livro vai sair, aproximadamente, dia 23 de novembro, com textos dos Griots para vocês. Os textos falam de tudo, é uma formação política, linguagem simples, para quê? Para fundamentar a luta da juventude, que nós estamos deixando para vocês.

E eu encerro falando da Sônia Leite, Suelma, porque eu não esqueço: “Vale a pena...”, eu vou ler, porque eu me emociono quando eu falo dela, e realmente é demais essa frase: “Vale a pena acreditar que a luta contra o racismo, o fascismo, o capitalismo, o patriarcado transforma”. Eu só tenho a agradecer essa luta que é a minha vida.

Gente, e meu livro “Idosidade” vai ser lançado, me procurem. (Palmas.)

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos também Gilson Negão, da Coordenação Nacional de Entidades Negras - Conen. (Palmas.)

 

 O SR. GILSON NEGÃO - Boa noite a todas, todos e todes. Sexta-feira, dia de Oxalá, nosso Pai Maior, da paz, e através dele eu peço a benção para quem é de benção, axé para quem é de axé, meus mais velhos, meus mais novos, que aí nosso povo de Orixá está aqui.

Isso para nós é muito importante, porque a nossa vida é regida através dos orixás. Eles que nos dão luz, eles que nos trazem esses momentos, eles que nos trazem para esta contenda.

Eu quero agradecer aqui à bancada feminista por esse trabalho maravilhoso. Muito orgulhoso, muito emocionante estar aqui com vocês lembrando algumas coisas importantes da nossa vida, a nossa luta, a luta do Movimento Negro, uma luta muito importante.

Eu estou nessa luta há 61 anos, comecei em 63. A gente vai sofrendo muitas quedas e tal, mas também a queda nos levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. É a nossa vida e para nós é muito importante.

Estava lembrando, cheguei a conviver uma parte da Theodosina Ribeiro, que passou por aqui, o deputado Tiãozinho, seu José Cândido, a companheira Leci Brandão, a Erica Malunguinho e agora essa avalanche que chegou aqui, dessas pessoas que vieram transformar esta Assembleia Legislativa, discutindo a nossa vida, discutindo o nosso trabalho, inclusive discutindo o que fazemos.

A nossa vida sempre foi trabalhar. O nosso povo tem muito orgulho disso porque, assim, nós estamos sentados em uma cadeira, pegando em uma mesa, em uma parede, tudo isso tem nossas mãos, gente. Nós somos trabalhadores, nós que construímos isso aqui. Tudo o que está aqui tem nossa mão, nós que construímos. Nós que construímos isto aqui, nós que fizemos tudo isto, então é muito importante este momento, de muito orgulho.

Também, de lembrar um pouco a memória de um grande amigo nosso que se foi, parceiro de luta, que é o companheiro Flavinho, que já foi homenageado aqui na abertura.

No mês de agosto, eu fui chamado pelo companheiro Edson, eu e o Adão, para conversar um pouco sobre a nossa ação deste ano, que seria o primeiro ano feriado nacional, em 20 de novembro, e nós não teríamos o Flavinho. E aí o Edson França nos dizia assim: “Olha, nós temos que fazer, em 20 de novembro, uma homenagem que seja do tamanho do Flavinho”.

Aí eu fui para casa pensando: “Mas qual é o tamanho do Flavinho?” E ficamos aqui, eu procurei ajuda com várias pessoas, Exu, Pombagira: qual é o tamanho do Flavinho para a gente poder fazer essa homenagem? E aí a gente descobriu que o trabalho que o companheiro fez foi um trabalho excelente, merece muito o trabalho.

Então, naturalmente, tem várias pessoas aqui que fazem parte da Conen e da Marcha, nós vamos fazer uma grande homenagem para o Flavinho, uma exposição dele. Não sei se será do tamanho dele, do trabalho que ele merece, mas vamos fazer esse trabalho, é o companheiro que nos abre as portas.

Então, muito feliz por vocês, muito obrigado, muito emocionado. Podem sempre contar conosco, com a nossa luta. Nós somos guerreiros, estamos aqui para guerrear. Nem sempre ganhamos, mas também a gente não desiste da luta não.

Então, um axé para vocês.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos aos nossos griôs. Convido agora os parlamentares presentes para uma saudação. Bancada Feminista Municipal. (Palmas.)

 

A SRA. NATHALIA SANTANA - Olá, gente, boa noite. A gente vai dividir um pouco aqui essa saudação. Eu queria começar dizendo que é muito emocionante para mim ter esta homenagem, a gente abrir este novembro negro, este primeiro de novembro, que é o dia que marca o início de uma nova luta por justiça, por Marielle e Anderson, um novo capítulo dessa história, em que a gente agora vai atrás, precisa continuar nas ruas, defendendo e lutando para a gente saber quem são os mandantes, quem são todos os mandantes do assassinato de Marielle e como a gente vai conseguir um caminho para essa grande fratura na democracia que se abriu a partir desse brutal assassinato a Marielle, que é essa defensora dos direitos humanos, defensora da luta pela terra, da moradia, do feminismo negro e dos jovens negros de periferia, contra a violência do Estado.

Marielle era uma liderança da nossa geração, que foi interrompida, mas que deixou muitas sementes. Eu sou uma delas, a Letícia, a Natália; nós, da Bancada Feminista, somos uma semente de Marielle, esse projeto que se inicia a partir dessa luta que foi interrompida pela violência do Estado.

Então nós seguiremos nas ruas, defendendo o projeto político das mulheres negras, defendendo o bem viver, porque Marielle fez por nós, e nós devemos continuar fazendo por Marielle. E nos parlamentos e nas ruas continuaremos nessa defesa incansavelmente. (Palmas.)

 

A SRA. LETÍCIA LÉ - Queria adicionar também só mais algumas coisas. Eu acho que é um novembro marcante, como o pessoal falou aqui, porque é o novembro do dia seguinte, em que a gente tem a condenação dos assassinos da Marielle e do Anderson, mas também é um novembro marcante porque é o primeiro 20 oficial, feriado oficial, e eu acho que isso representa muito. Representa muito que a gente esteja aqui, com esse plenário preto todo ocupado, que deixa a gente muito feliz.

É muito importante. E representa uma continuidade do que a Marielle acreditava. A Marielle acreditava que a gente devia estar assim: vivo, unido, pronto para a luta e organizado.

E é assim que a gente está aqui e é assim que a gente vai seguir, não só nesse novembro, mas sempre. Então essa cerimônia organizada pela Bancada é muito importante. E cada um de vocês que vieram aqui é muito importante. Então a gente queria só agradecer mesmo por esse momento tão incrível. É isso.

Obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. NATÁLIA CHAVES - Assim como a Letícia, eu só queria agradecer mesmo a cada pessoa aqui presente, a cada entidade aqui representada, porque vocês nos ensinam muito nos movimentos, no Parlamento.

Ainda mais falando como covereadora, nós só estamos aqui porque nós somos a continuidade de um sonho, como diz uma música do rapper BK´. Nós somos a continuação de um sonho que vocês constroem diariamente. E hoje a celebração, também, desse sonho que a gente busca ainda alcançar, que é uma sociedade realmente antirracista.

Então, muito obrigada.

E que a gente tenha uma ótima solenidade. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convido agora Quilombo Periférico. (Palmas.)

 

A SRA. ELAINE DO QUILOMBO PERIFÉRICO - Boa noite, gente. Boa noite a todos, todas e todes. Primeiro, saudar, dar parabéns à Bancada Feminista, às meninas, por essa iniciativa. Acho que nenhum de nós que está aqui acredita que o Parlamento vai resolver nossas vidas.

Acho que nenhum de nós acredita que é dentro desse espaço que a gente vai produzir a revolução que a gente quer e precisa para o nosso povo. Mas nós, que estamos aqui, também sabemos o quanto o Parlamento interfere na nossa vida, sobretudo na vida do nosso povo.

Sobretudo nos territórios periféricos, a gente tem acompanhado, por exemplo, o aumento no número de mortes, que voltou a subir. Isso não se deve a nada mais além do que a gente vê no governo estadual.

Então, o que é feito aqui na Alesp, o que é feito na Câmara Municipal, também é importante quando a gente pensa em defender a vida do nosso povo. Eu acho que, quando a gente fala dos mandatos que têm sido eleitos, do que já foi dito aqui, da continuidade do sonho que nossos ancestrais pensaram para a gente, penso que nosso mandato tem alguns compromissos, algumas tarefas a cumprir.

A primeira delas é respeitar e entender que o Movimento Negro tem uma agenda, e que essa agenda precisa ser defendida, acima de tudo, dentro desses espaços. Agora, uma outra coisa, muito importante, que eu acho que a gente está celebrando aqui hoje, é respeitar a memória e celebrar a memória do povo negro, e celebrar a memória das lutas que o povo negro tem feito dos territórios, tem feito dentro das suas organizações, dentro dos movimentos.

O Parlamento tem feito um trabalho importante, no Brasil, há muito tempo, para apagar a nossa história. E se não é o nosso povo que faz garantir que essa história realmente continue vivendo dentro de nós, e continue aparecendo, ela já teria morrido.

Então é muito importante saudar essas iniciativas. E que a gente olhe esses espaços e veja quanta gente ainda acredita na possibilidade de luta, ainda acredita que o nosso povo tem mais chão para correr, tem mais coisas para contribuir com a nossa história.

Então a gente fica muito feliz de estar aqui hoje. O mandato do Quilombo Periférico é um mandato que foi construído às mãos do Movimento Negro e mãos do movimento periférico, que esteve na Câmara Municipal e estará, até o final deste ano, na Câmara Municipal de São Paulo, a serviço das organizações do Movimento Negro, a serviço das organizações do território.

Porque os nossos mandatos, os mandatos que foram construídos no último período, precisam e devem ser instrumentos de luta para o nosso povo. Então é uma luta contínua, é uma luta que a gente sabe que tem os seus limites. Mas a gente sabe também o quanto ela é importante e o quanto ela é necessária para o nosso povo.

Então, parabéns à Bancada Feminista. Parabéns a todos os militantes de luta que estão aqui hoje, porque a nossa história precisa ser celebrada, precisa ser registrada e precisa ser fortalecida.

Obrigada, gente. (Palmas.)

 

O SR. JULIO CEZAR DE ANDRADE - Saudação tradicional. A benção, meus mais velhos. A benção, meus mais novos. A Bancada Feminista, que dividimos, ao longo dos anos das nossas juventudes, a luta, o chão, a favela, os becos, as vielas. Em cada território periférico desta cidade, onde construímos lutas por nós, pelos que vieram antes de nós, e pelos que virão.

Estamos deixando, na Câmara Municipal de São Paulo, um projeto de lei que reconhece, que denuncia, criminaliza e cria o Observatório de Combate ao Racismo Religioso na cidade de São Paulo. Estamos entregando para a cidade de São Paulo o Dia das Trancistas.

Estamos entregando para a cidade de São Paulo as várias lutas e encontros coletivos de construção das marchas do 20 de novembro, e de construção das marchas do 13 de maio. Estamos entregando para a cidade aquilo que a gente se comprometeu em 2020, que é lutar pelo nosso povo, não arredar o pé, seguir na luta. E continuar fazendo, todos os dias, a resistência para Palmares, de novo. (Palmas.)

 

O SR. ALEX BORGES BARCELLOS - Salve! Salve!

 

TODOS - Salve!

 

O SR. ALEX BORGES BARCELLOS - É isso, ocupamos onde devemos estar ocupando sempre. Agradecer à bancada, a todos os presentes. Momento também de celebração na luta. Eu acho que vou encurtar para deixar uma poesia, agradecendo a todos que eu sempre vejo na rua, na luta.

Então não confunda briga com luta/

Briga tem hora para acabar/

E luta é por uma vida inteira/

Nós se tromba na rua/

Porque é de lá que nós veio/

E é lá que a gente sempre esteve.

Estamos juntos. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos também a presença de Rafael Pinto, fundador do MNU, membro da Conen e presidente de honra da ocupação Jeholu. (Palmas.)

Agora exibiremos um vídeo de homenagem ao Movimento Negro, elaborado pela equipe da Bancada Feminista do PSOL.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, convidamos para vir à frente as codeputadas da Bancada Feminista e os seguintes representantes de entidades do Movimento Negro, para receberem suas homenagens da Bancada Feminista do PSOL. Nós vamos chamar nominalmente.

Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ação Negra. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Alma Preta. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Amma Psique e Negritude. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Amparar. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Aparelha Luzia. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agentes da Pastoral Negros. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Aquilomba Fórum. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Berço do Samba de São Mateus. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Bloco Afro É Di Santo. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Cartografia Negra. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Casa Sueli Carneiro. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ceert. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Círculo Palmarino. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Coletivo Amem. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Coletivo Dente de Leoa. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Coletivo N'Kinpa. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Coligação de Coletivos Negros da USP. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Comunidade Samba do Maria Zélia. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Conen. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dandara ABC. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Família Tamarineira da Saracura. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Fonatrans. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Força Ativa. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Geledés. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Guia Negro. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ilu Obá de Min.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Jornal Empoderado.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombaque.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mães de Maio.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Movimento Negro Unificado. Pessoal da Marcha, se puder voltar para tirar uma nova foto. Não? Não, já foi a foto.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mulheres do Axé Brasil. (Palmas.) Mulheres do Axé do Brasil.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mulheres Negras Decidem. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Núcleo de Consciência Negra da USP. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombação. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombaque. (Palmas.) Quilombar. Desculpa, agora é o Quilombar. Quilombar. (Palmas.)

 

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombhoje. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ocupação Cultural Jeholu. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombo Periférico. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Quilombo Raça e Classe. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Raiz da Liberdade. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS – Renafro, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Saracura Vai-Vai. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Soweto. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Uneafro. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Unegro. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Instituto Tebas. (Palmas.)

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Biblioteca Assata Shakur. (Palmas.) Conaq. (Palmas.) Coletivo Saravá/PUC-SP. (Palmas.) Ilabantu. (Palmas.) Mulheres da Garoa. (Palmas.)

Parabéns a todas as entidades homenageadas. (Palmas.) Agora, faremos uma foto coletiva - todo mundo aqui - com as codeputadas. Vamos levantar as nossas... (Vozes fora do microfone.) É, vocês podem levantar os diplomas de vocês.

Não vão embora, a gente vai tirar uma foto todo mundo junto aqui. Se puder juntar, levantar, olhar aqui. Vamos juntar mais um pouquinho para tirar essa foto. Cheguem juntos. Levantem o diploma lá “em cimão”. Bora. Apertem mais aqui. Dá para juntar mais um pouquinho aqui. Bora, aqui. (Palmas.)

Valeu, está lindo.

Muito bom. (Palmas.)

Eu passo a palavra à deputada Paula da Bancada Feminista para que proceda ao encerramento da solenidade.

 

A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, assim como agradeço a presença de todos, todas e todes, em especial dos membros das entidades do Movimento Negro e do nosso Estado.

Está encerrada a sessão solene.

Agora, nós acompanharemos o cortejo do Bloco É Di Santo.

Obrigada, gente. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 47 minutos.

 

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