02 DE JUNHO DE 2008

073ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: VAZ DE LIMA/JOSÉ BITTENCOURT

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - Presidente VAZ DE LIMA

Abre a sessão. Anuncia a presença do Deputado Federal Antônio Bulhões, do PMDB, acompanhado do Deputado Gilmaci Santos.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Diz que até agora o Governo do Estado não encaminhou projeto de reajuste salarial da grande maioria dos servidores públicos, em especial, dos profissionais da Segurança Pública. Lembra que lei aprovada por esta Casa e sancionada pelo Senhor Governador estabelece o dia 1º de março como data-base para a revisão dos salários dos servidores estaduais. Refere-se a mobilização dos sindicatos e associações da polícia civil e militar.

 

003 - JOSÉ  BITTENCOURT

Assume a Presidência.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Comenta denúncia do jornal "Wall Street Journal" a respeito da Companhia Allston, que está sendo investigada pela França e pela Suíça, sobre pagamento de contratos, que envolvem vários países, inclusive o Brasil. Fala da dificuldade de se instalar CPI sobre o assunto, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

005 - Presidente JOSÉ  BITTENCOURT

Suspende a sessão por um minuto, por conveniência da Ordem, reabrindo-a às 14h49min. Convoca os Senhores Deputados para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão solene, prevista para hoje às 20 horas, com a finalidade de homenagear a Comunidade Italiana. Levanta a sessão.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes  para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PV - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Vaz de Lima.

 

* * *

 

                                                                                                                                             * * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esta Presidência, antes de dar início ao Pequeno Expediente, informa ao Plenário, que estamos recebendo, com muita alegria, o Deputado Federal pelo Estado de São Paulo, Deputado Antonio Bulhões, do PMDB acompanhado do Deputado Gilmaci Santos.

O Deputado Antonio Bulhões é nosso meio conterrâneo; está lá na região de São José do Rio Preto. É uma alegria recebê-lo, Excelência.

O Deputado Antonio Bulhões está aproveitando esta segunda-feira, que é o momento em que os Deputados Federais têm oportunidade de ficar nos seus Estados, para desenvolver suas atividades junto às bases.

Hoje o Deputado está aproveitando para fazer uma visita a Assembléia Legislativa de São Paulo. Seja bem vindo. Prazer em recebê-lo. Sucesso nas suas atividades, nas suas andanças. A Casa é nossa.

Srs. Deputados, tem a palavra, o primeiro orador inscrito, o nobre Deputado Rui Falcão.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Auguz.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Bruno Covas.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Lelis Trajano.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Barbosa.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado.(Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PV - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembléia, ingressamos no mês de junho e até agora nada de o Governador encaminhar para esta Casa projeto de reajuste salarial à grande maioria das categorias de servidores públicos do Estado de São Paulo, em especial aos profissionais da Secretaria de Segurança Pública.

  Vale lembrar que uma lei aprovada por esta Casa, e sancionada pelo Governo do Estado, estabeleceu o 1º de março como a data-base para a revisão dos salários dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Passados mais de 90 dias, não temos a manifestação cuja iniciativa é exclusiva do Governador e esta Casa nada pode fazer em relação aos servidores, caso o Governador não tome a iniciativa de encaminhar a esta Casa o competente projeto de lei que deve ser exclusivamente de sua autoria.

  Uma série de mobilizações começa a acontecer entre as associações e sindicatos representativos das Polícias Civil e Militar. Na semana que se passou houve uma Assembléia Geral da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo em que, cansados de esperar e de negociar com o Governo de forma inútil, os delegados estão propensos a iniciar movimento de paralisação de greve que deve se estender às demais categorias da Polícia Civil. A Polícia Militar, cujos membros constitucionalmente têm a vedação de greve, tenham a certeza de que também dará todo o apoio aos irmãos policiais civis se tomarem medidas mais agudas diante da irresponsabilidade do Governador do Estado em relação aos recursos humanos da Polícia.

Não podemos ficar relegados a lembranças passadas de quando Ademar de Barros foi Governador em São Paulo e a Polícia pedia aumento. Ele dizia: “para que aumento se vocês têm a carteira de Polícia? Vão à luta e se virem”. Indiretamente o Governador do Estado, quando não dá o mínimo de alento ao recurso mais precioso da segurança pública, que é o profissional, está dando esse recado: ou não faça nada ou parta para a corrupção. As duas coisas são terríveis para a população e não pode o Governo ficar enganando-a.

Na sexta-feira, demonstrei aqui, através do Diário Oficial da quinta-feira, o próprio balanço do quadrimestre em que o Governador do Estado assina - ele e o Secretário Mauro Ricardo - que o comprometimento de folha de pagamento do Estado, em relação à receita líquida, é somente de 39,48 por cento. Não dá para mentir e dizer que é em função da Lei de Responsabilidade Fiscal que não se tem reajuste no Estado. Aliás, a Lei de Responsabilidade Fiscal diz que não pode ter um comprometimento superior a 49% da receita líquida. Repito que está assinado pelo Governador e o Secretário da Fazenda 39,48. Existe um decreto que estabeleceu ainda o limite prudencial das finanças do Estado de São Paulo em que o Governador Alckmin disse que aqui no Estado de São Paulo só podemos comprometer 95% desses 49, o que significa 46, 55 por cento. É o limite máximo a ser comprometido com folha de pagamento do Estado. Se estivermos com 39,48 ainda temos um percentual de folga extremamente elástico para que o Governador trate com dignidade os servidores públicos. E aí encareço de forma especial aos profissionais da Segurança Pública, Segurança Pública que é o principal fator de preocupação dos cidadãos do Estado de São Paulo. Não pode o Governo ficar se omitindo, simplesmente fazendo propaganda da aquisição de viatura, mostrando formatura de policiais em praças públicas, quando os recursos humanos da polícia estão completamente arrebentados.

  Que o Governador tenha um pouco de sensibilidade. Há movimentos de paralisação, já em fase de estruturação pelas associações da Polícia Civil, e com amplo apoio das entidades da Polícia Militar, tenho a certeza absoluta. Senhor Governador, tenha um pouco de sensibilidade e vamos evitar essa tragédia para o povo paulista.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. José Bittencourt.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati.

Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Gianazzi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PV - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembléia, volto à tribuna estarrecido pela inércia, pela omissão do Governador José Serra, em não se pronunciar, não tomar nenhuma atitude positiva, em relação aos escândalos dos 139 contratos da Alstom, com o Governo de São Paulo.

A Alstom, companhia de engenharia ferroviária, está sendo investigada pelas polícias da França e da Suíça, por suspeita de pagamento de propinas com contratos com vários países, dentre eles o Brasil, em especial o Estado de São Paulo. Nos últimos anos, inclusive nesse Governo de José Serra, os contratos somam 7,6 bilhões de reais. 7,6 bilhões de reais e 139 contratos com a Alstom.

A denúncia é feita pelo "Wall Street Journal". Aqui, mais do que escancarada. Pela Assembléia Legislativa não conseguimos instalar mais uma CPI. Não adianta! O Governador determina aos 71 Deputados que fazem parte da sua base na Assembléia Legislativa, que saem dizendo que não há o menor motivo para se instaurar uma CPI, que a Assembléia Legislativa não é delegacia de polícia, que o Deputado Major Olímpio e os Deputados do PT e do PSOL são loucos, que estão querendo fazer proselitismo político, e que 7,6 bilhões não são nada significativos assim, para termos uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para apurar esses crimes.

São mais de 20 anos de crimes. Está aflorando a lama pelo Metrô. Já tivemos esse escândalo, essa tragédia, no ano passado, com o acidente na Linha 4 do Metrô, em que nada foi apurado. Culpou-se uma pedra de 15 mil toneladas.

Está nesta semana estampada a denúncia do Ministério Público, falando em responsabilidade criminal. Mas ela vai responsabilizar criminalmente só o engenheiro-chefe da obra, para baixo. Para quem participou efetivamente, quem facultou, quem autorizou as alterações na execução da obra, que geraram a tragédia, não vai acontecer absolutamente nada. Quem ajudou a desviar e a receber propina, milhões de reais ao longo desses quase 20 anos, nesses 139 contratos, pode dormir sossegado: a Assembléia Legislativa, realmente, não é delegacia de polícia, não vai apurar nada em relação a isso. Podem ter absoluta certeza de que aqui o crime vai prosperar. Com essas pessoas - diretores, Secretários, Governadores coniventes, omissos, responsáveis criminalmente -, não vai acontecer nada.

É uma tristeza para o povo paulista saber como é indevidamente manipulado e usado o dinheiro público. Temos aqui na Assembléia Legislativa uma base de Governo que impede que sejam coletadas 32 assinaturas necessárias para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Temos algumas CPIs em andamento - CPI para apurar a evasão fiscal, CPI para apurar o enriquecimento ilícito do “Tio Patinhas” com as moedas no seu cofre, além de outras - simplesmente para ocupar o lugar das cinco CPIs que podem funcionar regimentalmente, e não para coisas mais sérias, para esses crimes não ficarem a descoberto.

Minha esperança é que aconteça aqui o mesmo que aconteceu, semana passada, no Rio de Janeiro, ou seja, a Operação Segurança Pública S.A., que prendeu um deputado, uma série de policiais; um ex-Governador foi indiciado por formação de quadrilha.

Polícia Federal, olhe para São Paulo. Uma operação no nosso Estado será muito bem-vinda. Vejam o caso da Alstom, o caso da máfia dos caça-níqueis que também está impune. Mais de um ano, e ninguém foi punido. O Coronel Hermínio foi executado na Zona Norte, no dia 16 de janeiro, com cinco tiros na cabeça, e não se apurou nada.

Já que nossa estrutura de segurança pública está “adoçada” e amarrada pelo Governo do Estado, já que a Assembléia está “adoçada” e amarrada pelo Governo do Estado, que tal a Polícia Federal nos aparecer aqui com uma maravilhosa operação para fazer um pouco de limpeza também no Estado de São Paulo?

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT -  PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Cido Sério. (Pausa.)

Srs. Deputados, esta Presidência, por conveniência da ordem, suspende a sessão por um minuto.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

- Suspensa às 14 horas e 48 minutos, a sessão é reaberta às 14 horas e 49 minutos, sob a Presidência do Sr. José Bittencourt.

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo disposição constitucional, adita à Ordem do Dia da Sessão Ordinária de amanhã os seguintes projetos de lei vetados: Projeto de lei nº 334, de 2004, Projeto de lei nº 479, de 2007, Projeto de lei nº 515, de 2007, Projeto de lei nº 559, de 2007, Projeto de lei nº 103, de 2007, Projeto de lei nº 167, de 2008. Adita ainda o Projeto de lei complementar 12, de 2008 e o Projeto de lei nº 187, de 2008.

Havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia da 71ª Sessão Ordinária e os aditamentos anunciados. Lembra, ainda, da Sessão Solene, a realizar-se hoje, 2 de junho, às 20 horas, com a finalidade de homenagear a Comunidade Italiana, por solicitação do nobre Deputado Vitor Sapienza.

Está levantada a sessão.

 

* * *

- Levanta-se a sessão às 14 horas e 50 minutos.

* * *