8 DE MARÇO DE 2024
4ª SESSÃO SOLENE PARA LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR DA VITIVINICULTURA (SP VINHOS)
Presidência: LUCAS BOVE
RESUMO
1 - LUCAS BOVE
Assume a Presidência e abre a sessão. Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene, para o "Lançamento da Frente Parlamentar da Vitivinicultura (SP Vinhos)", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Destaca a importância econômica dos produtores de uva e de vinho para o estado de São Paulo. Defende o aumento dos investimentos no turismo rural. Discorre sobre seu trabalho nesta Casa em prol da Educação e da Agricultura.
2 - ADRIANA VERDI
Assessora técnica da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, representando o secretário Guilherme Piai Filizzola, faz pronunciamento.
3 - VIRGILIO CARVALHO
Diretor técnico da Secretaria de Estado de Turismo, representando o secretário Roberto de Lucena, faz pronunciamento.
4 - DANIEL AIGNER DE MIRANDA
Secretário executivo do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista - Banco do Agronegócio Familiar (Feap/Banagro), faz pronunciamento.
5 - EDUARDO ALVAREZ
Ex-diretor da Etec Benedito Storani, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Enfatiza a importância do ensino técnico. Tece elogios ao Centro Paula Souza.
7 - VIRGILIO CARVALHO
Diretor técnico da Secretaria de Estado de Turismo, representando o secretário Roberto de Lucena, faz pronunciamento.
8 - CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI
Presidente da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados, faz pronunciamento.
9 - EDUARDO ALVAREZ
Ex-diretor da Etec Benedito Storani, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Tece elogios ao curso de Viticultura e Enologia da Etec Benedito Storani.
11 - CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI
Presidente da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados, faz pronunciamento.
12 - VIRGILIO CARVALHO
Diretor técnico da Secretaria de Estado de Turismo, representando o secretário Roberto de Lucena, faz pronunciamento.
13 - CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI
Presidente da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados, faz pronunciamento.
14 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Expressa sua satisfação por presidir esta solenidade. Presta homenagem, com a entrega de diplomas, aos ex-presidentes da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados, e à atual presidente, Célia Maria Pinotti Carbonari.
15 - CLÁUDIO GÓES
Diretor da Vinícola Góes e ex-presidente da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Anuncia a exibição de vídeo sobre o evento "São Paulo na Taça". Reitera seu apoio à vitivinicultura paulista. Faz agradecimentos gerais.
17 - MAURO ZARDETTO
Professor da Scuola Enologica di Conegliano, faz pronunciamento.
18 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Lucas
Bove.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUAN VIEIRA -
Senhoras e senhores, bom dia. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão
solene tem a finalidade de homenagear os ex-presidentes da Câmara Setorial de
Vitivinicultura, Vinho e Derivados.
Também, nesta
sessão, realizaremos o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio à
Vitivinicultura e ao Desenvolvimento do Enoturismo Paulista, Frente SP Vinhos,
bem como a primeira reunião de 2024 da referida Câmara Setorial. Comunicamos
aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV
Alesp e pelo canal Alesp no Youtube.
Convidamos para
compor a Mesa Diretora, deputado estadual Lucas Bove, coordenador da Frente
Parlamentar de Apoio à Vitivinicultura e ao Desenvolvimento do Enoturismo
Paulista SP Vinhos. (Palmas.) Célia Maria Pinotti Carbonari, presidente da
Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados. (Palmas.)
Convidamos Adriana Verdi, assessora técnica da Secretaria
Estadual de Agricultura e Abastecimento, representando o secretário de Estado
Guilherme Piai Filizzola. (Palmas.) Virgilio Carvalho, diretor técnico da
Secretaria Estadual de Turismo, representando o secretário de Estado Roberto de
Lucena. Ele está a caminho, logo mais deve compor a Mesa também.
Convidamos o
Sr. Daniel Aigner de Miranda, secretário executivo do Fundo de Expansão do
Agronegócio Paulista, o Banco do Agronegócio Familiar. (Palmas.) Eduardo
Alvarez, diretor da Etec Benedito Storani do Centro Paula Souza, do município
de Jundiaí. (Palmas.)
Com a palavra o
coordenador da Frente Parlamentar SP
Vinhos, deputado estadual Lucas Bove.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Sob
a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.
Senhoras e
senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado
André do Prado, atendendo minha solicitação, com a finalidade de homenagear os
ex-presidentes da Câmara Setorial da Vitivinicultura, Vinho e Derivados.
Também, nesta
sessão solene, realizaremos o lançamento da nossa Frente
Parlamentar de Apoio à Vitivinicultura e ao Desenvolvimento do Enoturismo Paulista
-SP Vinhos, bem como a primeira reunião de 2024 da referida Câmara Setorial.
Eu convido todos os presentes
para que, em posição de respeito, aqueles que puderem, levantem-se para
ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
- É entoado o Hino Nacional
Brasileiro.
* * *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Bom dia, bom dia. (Vozes fora
do microfone.) Eu iniciei a cerimônia seguindo o Regimento aqui, de maneira
bastante formal, mas, característico das cerimônias e das sessões solenes que
eu promovo, é eu tentar trazer um pouco de informalidade, porque já é um
ambiente formal demais.
Então eu queria iniciar quebrando
um pouquinho o protocolo aqui, agradecendo aos alunos que estão hoje nos
acompanhando. Qual é a escola de vocês? Ah, vocês são da “Avenues”. Muito bem:
“Hello, it’s a pleasure to have you here”.
Muito bom, parabéns, então, por
estarem aqui hoje, fico muito contente. Vocês estão aparecendo aí ao vivo na TV
Alesp, depois vocês vão lá no YouTube e podem buscar as imagens.
Nós estamos aqui, hoje, fazendo o
lançamento da Frente Parlamentar em Apoio à Vitivinicultura e ao Enoturismo. Nós,
deputados estaduais... Eu vou explicar rapidamente aqui para os alunos da
Avenues e para aqueles que também não conhecem um pouco como funciona esta
situação aqui dentro da Assembleia Legislativa.
Nós, parlamentares, temos a
possibilidade de abrir algumas frentes parlamentares. São oito por deputado, então
não é algo irrestrito, e a gente escolhe temas que sejam importantes, que sejam
relevantes.
Eu sou um deputado que tem duas
pautas aqui: a Educação e o Agronegócio. Dentro do Agronegócio existem vários
setores, dentre eles o setor da vitivinicultura, que é aquele que produz as
uvas, tanto uvas de mesa, uvas para consumo, como fruta, e também as uvas que
produzem vinhos, enfim...
É muito importante esse setor não
só para o agronegócio, mas também para o turismo. Vocês já devem ter ouvido
falar, por exemplo, de Mendoza, na Argentina, onde o turismo sustenta uma
região praticamente toda em torno da vitivinicultura, em torno dos vinhos.
Então nós estamos aqui, no estado
de São Paulo, promovendo justamente esses produtores rurais, que fazem um
trabalho excelente, que possuem vinhos premiados, que possuem um compromisso
com o estado de São Paulo, que ajudam a elevar o nosso PIB e a carregar
economia do nosso País nas costas.
Então, hoje é uma forma não só de
homenagear essas pessoas, de homenagear os ex-presidentes da Câmara Setorial do
Vinho, mas também de dar mais um passo importante para apoiar esses homens e
mulheres aqui, bravíssimos, que trabalham de sol a sol produzindo, plantando e
colhendo.
Eles precisam de apoio do Estado
para que possam se desenvolver aí, para que o estado de São Paulo tenha também,
na vitivinicultura, mais uma área de interesse para o turismo, para a
exportação, enfim...
Então, esse é o objetivo aqui, eu
fico muito contente de ter vocês, jovens, aqui conosco hoje. Muito obrigado
pela presença de vocês. (Palmas.)
Também quero fazer uma breve e
especial saudação em nome da nossa amiga Célia Maria Pinotti Carbonari, Celinha
Carbonari. Gostaria, através dela, de cumprimentar de maneira muito especial
todas as mulheres aqui presentes, hoje, no Dia da Mulher. Eu não preciso me
alongar no discurso aqui para dizer a todos vocês a importância da mulher.
Nós, que defendemos a sociedade de
uma maneira conservadora, de uma maneira perene, entendemos a relevância do
papel da mulher na sociedade, primordial.
Para começar, sem mulher não tem sociedade. Elas são as mães, elas são
as progenitoras. Elas cuidam, é uma característica. Biologicamente nós temos
características diferentes, e a mulher é muito melhor nisso - nós temos que
reconhecer - em cuidar, em zelar.
Então eu tenho certeza de que a
presença das mulheres na vitivinicultura faz toda a diferença. Parabéns a vocês,
mulheres, e contem sempre com o nosso apoio e com o nosso mandato. (Palmas.)
Então, seguindo aqui o Cerimonial,
vou rapidamente cumprimentar algumas pessoas aqui presentes, como a Celinha Carbonari,
presidente da Câmara Setorial de Viticultura, vinhos e derivados.
A Adriana Verdi, assessora técnica da
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, representando
o nosso querido secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai
Filizzola, que está em um evento no Palácio junto ao governador, foi convocado,
por isso não está aqui conosco hoje. O Piai faz um grande trabalho, e não faz
sozinho, faz com pessoas como a Adriana, em sua equipe, que o ajudam muito.
Obrigado pela presença, Adriana.
O Daniel de Miranda, também
secretário executivo do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, o Banco do Agronegócio
Familiar. Daniel, muito obrigado por seu trabalho também. O Daniel vai falar
aqui, vai certamente deixar vocês bastante animados.
O Virgilio Carvalho, diretor técnico
da Secretaria de Turismo e Viagens, ainda não está presente. Ele teve um
pequeno contratempo, mas já estará aqui conosco. Ele representa o nosso
secretário de Turismo, Roberto de Lucena. Como eu disse, não estamos tratando
só de Agricultura, estamos tratando de Turismo também. O Eduardo Alvarez, da Etec Benedito Storani, do Centro Paula Souza de Jundiaí. Muito obrigado,
Eduardo, pela sua presença.
Cumprimento também Arnaldo de
Freitas, representando o deputado Itamar Borges; o senador da República
italiana Fausto Guilherme Longo, vice-presidente da ADVB, Associação dos Dirigentes
de Vendas e Marketing do Brasil; Mirian Oliveira, presidente do Conselho Regional
do Circuito das Frutas e presidente da Cooperativa dos Produtores de Vinho de
Jundiaí; e Raquel de Almeida Salgado, presidente executiva da Associação Brasileira
de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas.
Alex Sandro Santiago de Moraes,
presidente dos Sindusvinho, de São Roque; Fábio Ferracini, presidente da Câmara
do Turismo Rural; Rauani Carente, aluna do Instituto Federal de São Paulo;
Willian Triches, membro da Câmara Setorial da Uva e do Vinho; Carlos Araripe, professor
do Instituto Federal de São Paulo; Luís Henrique, diretor da vinícola Bramasole;
e Débora Carla de Oliveira, diretora da vinícola Bramasole.
Franco Luigi e Mauro Zardetto,
professores da Scuola
Enologica di Conegliano, Itália; Luiz Eduardo Filizzola D'Urso,
assessor da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e
coordenador do Programa de Juventude; Paola Tedeschi, diretora do Italian
Culinary Institute for Foreigners; Cláudio Góes, presidente da Anprovin, Associação
Nacional dos Produtores de Vinho; e Gabriela Victor, enóloga do Sampavinho.
Nosso amigo Virgilio Carvalho,
diretor técnico da Secretaria de Turismo e Viagens, está aqui conosco também, obrigado.
(Voz fora do microfone.) Sem problema algum. Já havíamos informado que houve um
pequeno contratempo. Agradecemos sua presença.
Mande nossos cumprimentos ao
secretário De Lucena, que é um grande apoiador e, junto ao Jorge Lima e ao
Antônio Júlio, que na época era o secretário, enfim, a todo o time da Agricultura,
me apresentaram o setor e me trouxeram as demandas. Graças ao trabalho conjunto
de todos nós, estamos aqui hoje.
Bem, eu vou falar aqui da mesa mesmo,
depois eu vou chamar vocês para usarem a palavra. Quem quiser usar a tribuna,
fique à vontade; quem quiser falar aqui da mesa também. Eu queria iniciar este
nosso encontro, esta nossa reunião, colocando para vocês algumas situações. Daqui
uma semana, dia 15 de março, eu completo um ano de mandato.
Nós iniciamos aqui na Alesp em 15 de
março, um pouco depois do que ocorre em Brasília, na Câmara dos Deputados. Neste
um ano, nós tivemos a possibilidade de trabalhar em diversas frentes.
Como vocês sabem, como eu já coloquei
aqui, eu sou vice-presidente da Comissão de Educação, tenho a pauta da Educação
e do Agronegócio com minhas principais pautas. Neste primeiro ano, já aprovamos
dois projetos de lei que eu gostaria de compartilhar com vocês.
Um deles é o Rotas Rurais, que
confere o endereçamento rural digital a todos os moradores do campo. Para quem
mora na cidade e não sabe, o pessoal que mora na roça, como a gente diz, não
tem CEP.
Então, quando quer chamar uma
ambulância, ou quando tem uma mulher sofrendo uma violência doméstica e precisa
chamar a polícia, ou quando quer simplesmente pedir uma pizza, um iFood - como
todos nós pedimos aqui na cidade -, eles não conseguiam. Para dar o endereço,
era assim: “passou a segunda árvore, terceira lombada à esquerda, a porteira de
madeira é minha casa”.
Então, com esse projeto de lei que
nós apresentamos em parceria com o Google, com o “Google Earth” - não tem
nenhum custo para o Estado -, nós estabelecemos o endereçamento rural digital,
que é um código. Tem um “QR code” e tem um código alfanumérico, como se fosse
um CEP, e assim você coloca lá no Google Maps e consegue identificar a
propriedade com exatidão e consegue fazer o atendimento.
Assim, a Secretaria de Educação
consegue planejar o transporte escolar, a Secretaria de Saúde consegue planejar
os atendimentos, e a população tem dignidade, porque uma pessoa sem endereço não
consegue nem começar a sua vida.
Então, isso eu julgo como muito
importante. É um projeto que vem sendo implementado já, graças a Deus e ao
apoio de todos os deputados que eu tive aqui e do Executivo.
Também aprovei o projeto de aulas de
empreendedorismo nas escolas estaduais paulistas, um projeto de suma
importância, porque hoje em dia, cada vez mais, o jovem sai com essa vontade de
empreender.
O mercado traz essas oportunidades,
seja o pequeno empreendedor, ou seja, um produtor de vinho, enfim... É muito
importante que os jovens já saiam com essa noção de empreendedorismo, de
entender o que é um CNPJ, como se monta uma empresa, qual é a dinâmica, como as
coisas funcionam.
Então, isso é importante não só para
os jovens que vão ter essas aulas e vão ter essa possibilidade de aprender e
sair do colégio com uma formação já um pouco mais técnica e um pouco mais
pronta, mas também para toda a sociedade, que vai ter cada vez mais uma mão de obra
qualificada para trabalhar, para se desenvolver e para ajudar no crescimento do
País.
Em 1º de junho do ano passado, eu
participei de uma reunião organizada pela Câmara Setorial da Vitivinicultura,
Vinhos e Derivados com o secretário Jorge Lima e o Roberto de Lucena lá na Vinícola
Biagi, em Cravinhos, e vocês me trouxeram essa necessidade da frente
parlamentar, de ter, de fato, um instrumento aqui onde a gente possa sentar,
discutir as políticas públicas e trazer representatividade para o setor. Então
em junho do ano passado a gente criou a frente.
Este lançamento aqui é uma
formalidade. É para justamente a gente ter a cerimônia e ter a possibilidade de
estarmos todos juntos, mas desde junho a gente já vem trabalhando e fazendo
muita coisa em prol da vitivinicultura e, hoje, também nós vamos aproveitar
aqui para fazer uma homenagem aos ex-presidentes da câmara setorial. Eu tenho
uma equipe dedicada no gabinete a tratar essa pauta. Quem encabeça esse meu
time é o Luan.
Gostaria de pedir uma salva de
palmas aí para o Luan Vieira. Alguns de vocês já conhecem o Luan aí. Outros
conhecem muito bem, falam com ele todo dia, mais de uma vez por dia. Não é, Celinha?
O Luan fala mais com a Celinha do que com a esposa dele hoje em dia.
Então está trabalhando bastante. Obrigado,
Luan. Eu, graças a Deus, tenho uma equipe muito qualificada. Do estagiário ao
meu chefe de gabinete o time é nota 10 e o Luan realmente faz toda a diferença.
E além de ser produtor lá em
Amparo, ele também é uma pessoa que é apaixonada pelo tema, é muito dedicado e
me representa muito bem quando eventualmente eu não posso participar. Ele já
participou de reuniões da câmara em Campos do Jordão, está sempre acompanhando
o trabalho de vocês aí, e eu fico muito à vontade de saber que ele está me
representando.
Uma das pautas que a gente tentou
levar adiante foi a redução do ICMS. Nesse primeiro ano, nós não tivemos
sucesso. Eu vou pausar aqui para me despedir dos meninos que vão seguir o “tour”
aí. Obrigado, pessoal. Parabéns pela presença aí. Muito obrigado, viu,
professora? Obrigado.
A redução do ICMS... nós travamos
a batalha, vocês estão acompanhando como está a situação no Brasil, e nós, infelizmente,
não logramos êxito nesse primeiro momento. Não conseguimos trazer aquela
equiparação do ICMS a outros estados produtores, como o Rio Grande do Sul, por
exemplo.
Mas, por outro lado, no fim do
ano passado - talvez alguns de vocês não tenham acompanhado - nós conseguimos
barrar o aumento de ICMS que o Executivo mandou para esta Casa.
O governador Tarcísio é contra
aumento de impostos. É um governador que defende a redução de impostos para que
a arrecadação aumente, mas São Paulo se encontrava em um momento no qual a Secretaria
da Fazenda entendeu por bem fazer essa tentativa e nós barramos.
Então, se nós não conseguimos
reduzir os impostos, pelo menos nós travamos o aumento deles, o que já é uma
vitória parcial. Mas não tenham dúvidas que nós continuaremos trabalhando de
maneira incessante para que haja pelo menos uma equiparação tributária para que
a concorrência para os produtores paulistas seja mais leal.
Além disso, nós também estamos, desde
o ano passado, conversando junto à Secretaria de Agricultura para abertura de
linhas de crédito do Feap, que é o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, e
certamente nós teremos aí boas notícias. Eu vou deixar para o Daniel, não vou
dar nenhum “spoiler” aqui, mas é um trabalho incessante. Queria aqui registrar
o trabalho que o Daniel vem fazendo, o trabalho que o secretário Piai vem
fazendo, com o olhar realmente muito cuidadoso para o produtor.
A gente sabe a dificuldade que é
plantar e rezar para chover e para colher. Então, a gente sabe que precisa em
alguns casos de irrigação, precisa de tela de proteção, precisa de uma série de
coisas e o Estado tem obrigação de ajudar o produtor rural, que tanto contribui
para o nosso PIB e para a nossa Economia.
Além disso, nós estamos trabalhando
também com a Celinha semanalmente ao nível federal buscando simplificar a legislação
para permitir a transformação, o processamento e a comercialização dos produtos
para fins turísticos.
Neste sentido, essa é também uma
pauta que a minha assessoria, o Luan, tem trabalhado, com o grupo de trabalho,
para estudar o arcabouço legal referente ao turismo rural, que está na pasta da
Secretaria Estadual do Turismo, e eu sou o representante da Assembleia
Legislativa nesse grupo.
Então essa também é uma grande
demanda do setor, na qual nós estamos trabalhando. É um trabalho que demora, é
um processo de convencimento do setor público. Não é uma coisa simples, mas é
para isso que serve o Legislativo.
É para isso que deve servir o meu
mandato: para ser aqui, com toda a humildade, o representante dos senhores e
das senhoras junto ao Poder Público. Então eu fico muito contente. Eu fiz aqui
a brincadeira que a Celinha fala muito com o Luan, mas é para isso mesmo que
nós estamos aqui, e eu fico muito contente quando me trazem demandas.
Eu fico triste porque temos
problemas, mas, obviamente, em toda a sociedade, em todo lugar, nós temos
problemas. Mas fico muito feliz de poder ajudar, de poder contribuir. Falo isso
com muita humildade, pois não sou do setor, não tenho um conhecimento vasto do
setor. Então, caminhar ao lado de vocês, que são os maiores especialistas.
Vinho eu entendo de beber, isso
eu entendo um pouquinho, mas o que vocês precisam são vocês que têm que trazer
para mim. Então as portas do gabinete estão abertas. Como diz o secretário Piai:
escancaradas.
A Celinha tem o meu contato pessoal.
Todos vocês fiquem à vontade para solicitar, se necessário for; o do Luan
também.
E nós estamos totalmente à disposição
de vocês para conversar com as prefeituras locais, com os vereadores da cidade
se, de repente, houver alguma necessidade - com o Centro Paula Souza -, se
houver necessidade de algum curso específico em algum local. Enfim, temos aí diversas
frentes de trabalho para abordar e vocês se sintam totalmente à vontade e
humildemente aqui representados pelo deputado Lucas Bove.
Além disso, eu gostaria apenas de
também finalizar já aqui - não quero me alongar mais do que já me alonguei - e
dizer para vocês que eu apresentei algumas emendas ao Plano Plurianual, que
será votado este ano nas próximas semanas.
Mas eu já posso adiantar a vocês
que eu conversei com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o
Thiago Auricchio, que é um parceiro aqui, um grande deputado.
Conversei com a deputada Fabiana
Barroso, que é a relatora do Plano Plurianual e as nossas emendas foram
acatadas - algumas delas. Eu vou citar aqui duas que são importantes para o
nosso setor aqui da Vitivinicultura: a Emenda nº 123, o Produto nº 2.412 - Promoção
e Comunicação do Turismo: divulgação dos destinos e atrativos turísticos paulistas,
mediante participação em feiras, eventos, elaboração de material audiovisual,
guias temáticos, campanhas publicitárias.
Enfim, colocar a promoção e
comunicação do Turismo, do Enoturismo, dentro do planejamento,
dentro do Plano Plurianual de São Paulo.
Então isso faz
com que o Governo do Estado, por meio de suas agências e de seu marketing,
digamos assim, faça a divulgação de maneira corporativa, pública, do
enoturismo. Isso vai contribuir muito, certamente, para o desenvolvimento desse
segmento.
O texto foi
aprovado incluindo do turismo rural. Depois, a outra emenda também trata do
enoturismo. No mesmo sentido, incluímos o enoturismo para que o estado de São
Paulo faça a promoção do enoturismo e nos ajude a angariar cada vez mais
turistas nacionais e, quiçá, internacionais.
Além disso, no
Orçamento de 2024, que já foi aprovado ano passado, nós elaboramos seis grandes
emendas, e algumas delas foram acolhidas. Isso gerou uma robusta suplementação
no orçamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e na Secretaria de
Turismo.
Tivemos emendas
aprovadas, vejam só. Vou citar algumas: mais de um milhão de reais para
políticas de combate aos crimes em ambientes rurais; vinte e cinco milhões de
reais em recursos para a subvenção a produtores rurais, mais 25 milhões de
reais para a concessão de crédito rural, mais dez milhões de reais para o
Programa “Rotas Rurais”, do endereçamento rural digital.
Também
remanejamos 100 milhões de reais para o projeto de conectividade rural no
estado de São Paulo, para que haja internet no campo; conseguimos remanejar 45
milhões de reais para o Programa “Cesta Verde” - o Programa “Cesta Verde” é
fantástico, é um programa da Secretaria de Agricultura que compra alimento
direto do pequeno produtor, do pequeno e médio produtor, e doa, e dá para as
pessoas que estão passando necessidade.
Então, vejam
que coisa fantástica, ao invés de você dar uma bolsa, que o cara pode comprar o
que ele quiser ou fazer o que ele quiser, você compra do pequeno produtor
paulista - ou seja, você apoia o pequeno e médio produtor paulista e entrega o
alimento na mão de quem precisa se alimentar, principalmente das mães, das mães
de família.
Para isso, nós
remanejamos 45 milhões de reais. Ganha nas duas pontas: ajuda o produtor e
ajuda a população que mais precisa. Também remanejamos recursos para criação de
indústrias de biometano, usinas verdes de compostagens, no valor de 60 milhões,
recursos para o turismo rural e o Roda, no valor de 20 milhões.
Também
remanejamos recurso para eventos, para a estrutura de eventos do Programa de
Desenvolvimento do Turismo Regional, no valor de 25 milhões de reais;
remanejamos recurso para o Programa de Assistência Técnica Rural Digital na monta
de dez milhões de reais.
Recursos para o
Programa “Pontes Rurais”, na monta de 50 milhões de reais para reformar aquelas
pontes de madeira que dificultam muito a passagem de veículos de passeio para
acessar as propriedades, de veículos de carga para escoar a produção ou para
trazer insumo - enfim, para recuperar a infraestrutura do nosso estado, que
está bastante defasada.
Também
remanejamos 20 milhões de reais para o “Programa de Combate ao ‘Greening’”, que
vem atacando a citricultura paulista, a exemplo do que aconteceu na Flórida,
que acabou com a citricultura daquele estado e nunca mais foi recuperada.
Aqui nós
estamos com um programa muito bacana, junto à Secretaria de Agricultura, para
eliminar esse tipo de problema. Também trabalhamos com 200 milhões, conseguimos
remanejar no Orçamento mais 200 milhões para o “Plano Safra Paulista”, o Plano
Safra do estado de São Paulo, e remanejamos mais 100 milhões para recursos de
pavimentação de estradas municipais.
Peço desculpas
por ter me alongado um pouco. Eu também não gosto de ser muito técnico nas
minhas falas, mas julguem que seria conveniente apresentar para vocês um pouco
do trabalho e explicar o que nós temos feito pelo setor. Eu gostaria agora de
convidar para fazer uso da palavra as autoridades aqui presentes.
Vamos iniciar
pela Adriana Verdi, assessora técnica da Secretaria Estadual de Agricultura e
Abastecimento, representando o meu amigo, secretário de Agricultura e
Abastecimento, Guilherme Piai Filizzola.
A SRA. ADRIANA VERDI - Bom dia a
todos. É com grande prazer que a gente participa desta solenidade. Agradecer à Mesa,
cumprimentar a Mesa, principalmente em nome do deputado Lucas Bove, que já é um
parceiro importante da Secretaria da Agricultura, importante e muito querido. E
a Secretaria da Agricultura precisa do apoio desta Casa e, principalmente, da
sua, viu, deputado?
Muito obrigada,
em nome da Secretaria, pela parceria e por ter lutado tanto por projetos da
casa, da Secretaria, principalmente o Rotas, o Cesta Verde, como o senhor bem
mencionou, e principalmente por ter aceito essa empreitada junto à governança
da vitivinicultura paulista.
Essa governança
já tem uma história, uma trajetória, de no mínimo 18 anos. O IAC, que está aqui
o meu colega Zé Luiz representando a instituição, já tem um trabalho de décadas
na formação de uma coleção voltada para a produção. Dessas eu gostaria de
destacar principalmente a Máximo, que foi bastante adotada no estado de São
Paulo, e a Ribas, mais atualmente.
Essa governança
começou praticamente em 2006, mediante um projeto de revitalização da
vitivinicultura paulista, que na época as pessoas estavam um pouco
desacreditadas. Mas hoje posso dizer: 18 anos depois, muita coisa já mudou. A
vitivinicultura tomou um outro rumo no estado de São Paulo.
Na época,
então, uma parceria com a prefeitura, o Efaneu; Prefeitura de São Roque, o
Cláudio, que aqui está junto ao SP Vinho; e o Fausto Longo. Também o Sindicato
de Jundiaí está aqui, o Cereser. Depois foi assumindo novos parceiros, o que
foi dando maior força a essa governança.
Está aqui o
Tomasetto, de Indaiatuba; o Wilson, o Fabinho, lá de Penápolis; e
principalmente a Ariana, de Jundiaí, que vem, hoje é presidente da Associação
Paulista, da Vitis Paulista.
Então muita
coisa mudou, muitas conquistas foram realizadas, e nós temos uma lista grande -
viu, deputado -, ainda, de muitas conquistas a realizar, principalmente o
cadastro vinícola paulista; a regionalização do estado, buscando já elementos
para indicações geográficas; o concurso paulista, que nós começamos a discutir, o Fundovitis - não é, Fausto?
-, que a gente tem brigado já desde o início.
Então, a lista ainda continua grande, apesar da expansão
que nós tivemos, das conquistas, da Mantiqueira aí produzindo ótimos vinhos, e do
fortalecimento dessa governança que aqui está.
E, então, eu
gostaria de parabenizar e agradecer mais uma vez ao nosso deputado Lucas Bove
pelo apoio que vem dando ao setor, e desejo muito, muito sucesso a esse
trabalho à frente da nossa governança da vitivinicultura paulista.
Obrigada.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Passo a palavra agora ao
Virgílio Carvalho, diretor técnico da Secretaria Estadual de Turismo, que
representa o meu também amigo, secretário de Estado, Roberto de Lucena.
O
SR. VIRGÍLIO CARVALHO - Bom dia a todos e a todas. Represento,
então, o secretário Roberto de Lucena, um incentivador do turismo neste estado
e da importância que essa frente parlamentar tem.
Fico
contente em encontrar aqui companheiros de velhas jornadas, alguns eu me lembro
o nome e outros a Covid me tira, mas sintam-se todos, e ainda vamos nos abraçar.
O
Sandro, o Fausto Longo, desde o tempo que ele era secretário de Turismo de
Piracicaba, e depois nosso deputado italiano, e assim por diante, mas pessoas
que lutaram. O Sandro mesmo está voltando de Portugal, onde ele apresentou
alguns trabalhos voltados ao turismo rural.
Essa
atividade que eu vivo há 54 anos, quando fui aluno do primeiro curso superior
de Turismo do mundo, que foi no Brasil, a Faculdade de Turismo do Morumbi, nós
trabalhamos por esse setor.
E
cada vez mais novos segmentos são importantes para que aquela atividade, que
era um bem de consumo supérfluo, possa ser uma atividade geradora de emprego e
de renda, aquilo que este país-continente precisa e este estado-país também.
Atualmente,
na Secretaria de Turismo, já são algumas passagens por lá, entre atividade
privada e a Secretaria, eu me lembro quando, há 24 anos - alguns nem tinham
nascido -, nós fizemos o primeiro guia de turismo rural e que já tinha perto de
1.100 propriedades, que serviam desde um cafezinho até algum tipo de hospedagem.
Então,
essa atividade chamada turismo rural é que eu quero falar como um todo, em
especial o segmento vinho, depois segmento azeite, queijo, e o principal, a
cachaça, que é um grande exemplo de produção nacional e com qualidade muito
importante.
E eu falo do todo, porque... e eu quero depois
voltar ainda à importância da vinicultura por causa dessa minha origem. Eu sou
um português, nasci em Portugal, trabalhei. Comecei atrás do balcão, que é a
padaria, e nós, padeiros portugueses... eu quis puxar isso exatamente para a
gente pensar no grupo.
Há
pouco tempo, com ajuda da Secretaria da Agricultura, Secretaria de Turismo, o
Jorge, do Desenvolvimento Econômico, nós conseguimos certificar uns produtos paulistas.
Até
bem pouco tempo atrás, tudo aquilo que eu produzia na minha cidade, muitas
vezes nem podia sair, porque não era legal. Então, esse avanço foi um avanço
grande com a Secretaria da Agricultura, o turismo valorizando a produção local.
Mas,
voltando ao padeiro português, quero dizer que nós, padeiros portugueses,
fazemos sonhos todos os dias com os pés no chão e a cabeça erguida. (Palmas.) Mas
sabe qual é o segredo mesmo do sucesso de tantos padeiros, como dono do Graal,
e assim por diante? É atacar em bolo e defender em massa.
Então,
quando a gente fala da vinicultura, vamos falar do turismo rural como um todo e
com vários aspectos de produção: azeite, cachaça, queijo e vinho,
principalmente. Nós temos exemplos de produtores que já viraram grandes
atrações gastronômicas, e muitos são os restaurantes, em especial ali na
estrada do vinho.
Eu
quero lembrar também que há muito tempo nós éramos apenas produtores, produzíamos.
Hoje, não; atividade econômica da produção agrícola já está criando não só destinos
turísticos, mas projetos imobiliários de grande importância.
Espírito
Santo do Pinhal tem um, que hoje eu compro o meu terreno - vou ter a minha casa
e um pedaço da produção que existe naquela área de uvas -, para que eu possa produzir,
quem sabe, o meu suco ou o meu vinho, para mim ou para minha família, em
pequenas quantidades até, mas a importância da produção agrícola, a complementação
da atividade agrícola, é cada vez mais importante.
Então,
o trabalho do nosso deputado Lucas, do secretário Roberto de Lucena, o nosso
Jorge Lima, o governador Tarcísio, é de que isso forme esse sonho que nós,
padeiros portugueses, gostamos de fazer, mas sempre atacando em bolo e
defendendo em massa.
Quando
eu falo defender em massa, foi a conquista, por exemplo, da redução do ICMS,
foi a certificação de produtos em que nós vamos dando importância àquilo que
nós fazemos.
Então,
cada um desses, e o deputado agora há pouco falou “os caipiras”, quer dizer que
nós, caipiras da Capital... eu tenho um artigo escrito há uns 20 anos sobre turismo
rural que eu falo bem disso.
Nós,
caipiras da capital, temos que orientar nossos filhos para que eles saibam que
ovo não nasce em caixa de isopor, que leite não nasce em embalagens
plastificadas que um dia patrocinaram um time que não tem mundial, mas vai ter...
Somos criadores da
experiência local que os nossos filhos, nossos netos têm que conhecer, porque
eles recebem o produto acabado, e a nossa importância é muito maior de acordar
quando o dia nasce, e às vezes até o fim da luz.
A industrialização
da Agricultura é importante. Nós, Turismo, é que ofereceremos os futuros
trabalhos na Industria e na Agricultura. A Agricultura está se mecanizando, mas
nós temos muita produção artesanal ainda que é importante.
A Secretaria da
Justiça, em breve, deputado, vai ter um programa que chama “Os Territórios
Turísticos”, em que quilombolas, assentamentos produtivos, aldeias indígenas e negros,
terão, serão destinos. E, quanto da produção que está acontecendo em pequenas
propriedades ainda não é e não chega a todos nós.
Então, essa
visão do caipira da capital tem que mudar muito, tem que ser, cada vez mais,
valorizando essa produção, sabendo que galinha não chama Knorr, chama galinha;
e que leite nasce da teta da vaca. Nossos filhos e nossos netos têm que saber e
dar a importância que merece.
O setor de
Turismo caminhará cada vez mais. Toda esta Mesa aqui representa agentes fortes,
que temos que estar juntos para avançar em tudo isso: no turismo rural, na
certificação e na distribuição desses produtos.
Todos nós
temos, tenho certeza, a vontade de um dia ter um vinho ou uma produção local
com o seu próprio nome, como foi no passado, as agências de viagens, como foi
no passado, as operadoras que tinham o nome do dono.
Mas isso, a
atividade turística, que hoje já tem, desde o lugar que serve um café com pão
com manteiga feita no próprio lugar, até verdadeiros hotéis seis estrelas - que
eu tomo a liberdade de dizer -, como o Hotel da Fazenda Dona Carolina, que
mostra toda a vida rural com uma maneira de qualidade muito grande e que nos
leva a experiência local para filhos e netos mais uma vez.
Está chegando
uma geração a este País e ao mundo, que ontem me disseram que é a geração “W”,
que não tem a importância da produção, só do resultado ou só do atender. Não é
isso. Nada será oferecido se nós não tivermos a produção.
Então, esse
trabalho conjunto da Assembleia com a liderança do nosso deputado Lucas, com os
secretários, com o governador Tarcísio, Jorge, Lucena, o nosso secretário da
Agricultura, que farão disso aquele sonho do padeiro português, atacando em
bolo e defendendo em massa.
A secretaria
está aberta porque tem não só o projeto em conjunto com a Agricultura e com o
deputado Lucas de turismo rural, mas com as linhas de crédito que hoje a
Secretaria da Agricultura já oferece para o pequeno produtor.
Eu não estou
aqui querendo falar para o grande produtor. Esse já tem linhas de crédito
própria, tem garantias para fazer a sua mecanização, mas nós ainda precisamos
ter valores menores e com outras formas de garantias, que possam fazer, para um
pequeno produtor de cachaça, de vinho, de queijo, de azeite e assim por diante.
Então, nós
queremos... E, na palavra do nosso secretário Lucena, que não pôde estar aqui,
mas que me pediu que estivesse de qualquer maneira e de qualquer forma - nós
estamos com um seminário grande de investimentos no Guarujá -, que viesse dar
um abraço ao deputado e a cada um dos senhores e das senhoras e parabenizar
pelo trabalho que vêm fazendo.
Nós queremos
que o seu trabalho, agora... Alguns são do Turismo, Sandro, mesmo o nosso
Fausto já teve experiências na área, embora, agora, no vinho. Eu também. Quando
eu fiz o curso de turismo, o que eu queria era ser turista. Eu fui enganado há
54 anos, mas já que tenho que trabalhar, vamos continuar nessa luta de 365 dias
por ano e 24 horas por dia.
Então, esse
trabalho, deputado... eu quero, em nome do secretário Lucena, agradecer o
convite, que nós vamos estar permanentemente juntos e trazendo projetos.
Lembrando que não é mais a produção do vinho, já que aqui é uma frente
parlamentar.
Nós somos mais.
Nós somos o turismo rural, possíveis empreendedores e imobiliários para aquele
pedaço de terra que nós estamos produzindo vinho, uvas muito boas, poder fazer
disso um desenvolvimento imobiliário, que vira um desenvolvimento imobiliário,
que vira um parque temático de experiência.
Eu me lembro,
desculpe falar com idades, porque às vezes as pessoas nem viveram, mas,
aproximadamente 16 anos atrás, quando nós fizemos uma convenção - eu era CVC na
época - de vendas com a liderança do Guilherme Paulus e do Valter Patriani, que
foi um treinamento de vendas, em que era todo um processo de vinicultura.
Então, eu quero
dizer que alguns de vocês ainda têm que incluir no cardápio de serviços ou de
oportunidades treinamento de vendas, porque aí eu vou ter todo o processo. Nós
fizemos isso lá com 500 vendedores, não eram cinco, dez, mas quinhentos.
Eu plantei a
videira. Eu colhi a uva. Eu pisei a uva. Eu - agora, o processo eu não sei todo
- criei o vinho. É claro que isso não era a mesma uva que eu plantei, mas o
processo. E, a cada processo, a cada momento desse processo, a discussão da
importância de vendas.
Ou seja, ter um
bom produto plantado, processado e depois transformado em uma garrafa com o meu
nome, que era o produto de vendas que eu teria que vender pelo melhor preço e
qualidade. Então, vejam as oportunidades que existem, foquem no vinho, na
vinicultura e na importância que é produzir. Mas, quantos agregados ainda
podemos ter?
Então, eu
queria, deputado, de uma maneira rápida, nós estamos aí... Eu já cheguei
atrasado, desculpem, mas eu quero deixar claro que eu fico à disposição. Todos
têm, o Luan tem também o meu WhatsApp. Eu já passei para ele algumas ideias de
projetos. Vamos ter aí, em breve, uma feira de vinhos e todos receberão o
convite. Muito obrigado.
Eu quero que
vocês sejam parte disso, mesmo que sejam plantadores, mesmo que sejam
distribuidores, que o processo de Turismo, a vivência daquilo que vocês fazem,
é importante para os caipiras da Capital saberem o que é tomar um copo de
vinho.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Obrigado, Virgílio, pelas suas palavras. Eu só vou ter que, infelizmente,
talvez ser indelicado, fazer uma correção. O senhor falou de cachaça, a
“Cachaça 51” foi fundada em 59 pela família Müller em homenagem ao Mundial de
51 do Palmeiras, então a sua informação sobre cachaça está um pouquinho...
E nós temos um
português que vende realidade, e não sonhos lá, então a sua informação... Mas
nós vamos ser bi mundiais agora com um português no comando, para o senhor
ficar contente, está bom? Então desculpe aí, é só uma pequena correção, mas tem
mundial sim, está bom, Virgilio?
O SR. VIRGILIO CARVALHO - E agora um
português que cuida da “51”, cachaça, que é o ex-comendador Almeida, da família
Almeida.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Então concordamos com o Mundial de 51?
O SR. VIRGILIO CARVALHO - Tranquilo, eu
só falo para criar isso, senão a gente ia terminar só se abraçando, assim. Mas
eu sou Portuguesa, então nós emprestamos o técnico.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Então está ótimo, está tudo certo. Obrigado, Virgilio, mais uma vez, pelas suas
palavras.
Queria pedir
para o meu amigo Daniel de Miranda também, secretário-executivo do Fundo de Expansão
do Agronegócio Paulista, Feap, e do Banco do Agronegócio Familiar, o Banagro,
para fazer uso da palavra, trazer para a gente algumas informações sobre o
trabalho de vocês. Daniel, muito obrigado pela presença. É com você.
O SR. DANIEL AIGNER DE MIRANDA -
Bom dia a todos. Eu queria iniciar a minha fala aqui. Primeiro, eu estou muito
feliz de estar aqui com vocês e eu gostaria de fazer uma menção a um colega da
secretaria. Nós temos as câmaras setoriais e eu queria agradecer aqui, em
público, ao José Carlos. Ele trouxe a equipe dele aqui, está representada,
agradecer a eles também.
Eles fazem um
belíssimo trabalho junto a vocês, a representatividade de todos os segmentos,
em especial a vitivinicultura. Então eu queria fazer um agradecimento especial
a ele.
Queria
agradecer ao Lucas, porque o sucesso da minha área na secretaria, que é uma
área que cuida de operações de investimento, está intimamente ligado ao recurso
que o Estado repassa para nós, para que possamos implementar as políticas de
investimento. E, como o próprio deputado Lucas nos informou aqui, foram várias
emendas que foram aprovadas, que saíram dele. Então eu quero fazer um
agradecimento ao Lucas, isso é muito importante.
Nós saímos de
um orçamento, ano passado, de 174 milhões; este ano estou com um orçamento de
253 milhões. Com os reembolsos que vamos receber este ano, a gente vai bater
300 milhões, que serão destinados exclusivamente à agricultura familiar do
estado de São Paulo, todas em operações de investimento, com taxa de juros de
3%, sem correção monetária; 84 meses para pagar; 24 de carência; garantia,
apenas o aval do produtor rural. E essas linhas estão disponíveis aos
produtores rurais.
Nos próximos a
gente estará lançando os programas. O programa específico, que atende a
atividade de vocês, que é investimento para atividade de vitivinicultura, o
desenvolvimento rural sustentável, contempla itens que são necessários à
atividade que vocês exercem. Então essa linha vai estar aberta para vocês.
O deputado comentou
da linha do combate ao “greening”, também essa linha está sendo colocada em
prática daqui a alguns dias para erradicação de pomares contaminados e
replantio de pomares, sejam eles, novamente, de citros, com mudas mais fortes
contra o “greening”, ou então de outras atividades que o produtor escolher.
E também, em
homenagem às mulheres, hoje nós estamos fazendo o lançamento oficial de uma
linha “Mulher Agro”, que é um presente para a mulher agricultora, é uma linha
de R$ 20 mil, com juros de 2% ao ano, 84 meses para pagar e para agricultura
familiar.
A gente vê a
mulher com um papel muito importante na agricultura. Se ela não é a principal
agricultora dentro do lar, ela contribui diretamente com a atividade, com o
homem, no campo. Eu trabalhei muito no Interior de São Paulo com agricultura
familiar e a gente vê o esforço dessas nossas mulheres.
Eu acho que o
Estado, querendo dar um presente às mulheres, criou essa linha de crédito, com
o apoio do Lucas. É importantíssimo.
Eu quero
colocar a Secretaria de Agricultura à disposição. Podem nos fazer uma visita,
lá é serviço público, a casa é aberta a todos vocês. Eu posso atender cada um
de vocês com o maior prazer, estamos lá com as portas abertas. Está bom,
pessoal?
Muito obrigado
por tudo, fiquem com Deus. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Obrigado, Daniel. Leve novamente meus cumprimentos ao secretário. Parabéns. De
fato, o trabalho que vocês estão fazendo é fantástico.
Infelizmente,
apesar de o estado de São Paulo ser o estado mais rico da Federação, o cobertor
é curto, tem muito desperdício de dinheiro. Nós estamos arrumando a cozinha
devagarinho e vocês estão realmente fazendo milagre, das tripas coração, com o
orçamento que têm, justamente focando nisso daí, em ajudar e desenvolver o
produtor, que é o mais importante. Parabéns pelo seu trabalho.
Queria chamar
agora o Eduardo Alvarez, por gentileza, diretor da Etec Benedito Storani, do
Centro Paula Souza lá de Jundiaí, para fazer o uso da palavra, contar um
pouquinho do trabalho.
Obrigado,
Eduardo, pela presença. Fique à vontade.
O SR. EDUARDO ALVAREZ - Eu que
agradeço. Bom dia a todos. Estou aqui representando o Centro Paula Souza, então,
em nome da professora Laura Laganá, agradeço toda a parceria que a Assembleia
sempre teve com a nossa instituição.
O Centro Paula
Souza abraçou a vitivinicultura paulista com a criação do primeiro curso de
viticultura e enologia, um elo que faltava dentro da cadeia. A gente entende
que não há desenvolvimento sem a base, sem a preparação de mão-de-obra.
Esse curso é um
“case”, uma novidade, inclusive para o Centro Paula Souza, que entendeu a
importância do setor e montou um laboratório, que a gente chama de planta
didática pedagógica, porque além de ele servir como base na formação dos alunos
- e estamos com a primeira turma, hoje estou com alunos aqui do curso técnico
em viticultura, da primeira turma, presentes no auditório -, ele também está
servindo já para incubar o vitivinicultor paulista.
Então a gente
já está processando uvas de Araçatuba, ali da região do Circuito das Frutas,
produzindo vinho com alta tecnologia para impulsionar esse pequeno agricultor
no processamento de vinhos tranquilos e espumantes e também suco de uva com
potencial para 10 mil litros de suco/dia. A gente já trouxe para degustar o
suco de uva Niágara, que é da cidade de Jundiaí, mas com potencial muito grande
para ser um divisor de águas.
O Paula Souza
entende a importância dele no sistema, nessa cadeia, nessa formação, e é muito
novo para o Paula Souza também trabalhar com a incubação, mas vai servir,
inclusive, para alavancar outros cursos e dinamizar aí o Ensino Técnico.
Essa é uma
semana especial para o Centro Paula Souza, porque, aos moldes do que ele fez
com o ICIF, com o Instituto de Culinária Italiana, na Santa Efigênia, com a
parceria com o curso de Gastronomia, nós assinamos esta semana, deputado, a
parceria com a primeira escola de Enologia, Viticultura e Enologia, da Itália,
uma escola de 1876.
É a segunda escola
do mundo, e uma das mais bem-conceituadas. Não vou dar spoiler, porque nós
estamos com os professores aqui no Brasil, que vão apresentar rapidamente o
projeto.
Então, em nome
do Centro Paula Souza, agradecemos aí essa tão importante... O Centro Paula
Souza, da Vitivinicultura paulista, dessa tão importante frente parlamentar
para o para o nosso setor.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
Eduardo. Eu sou fã do trabalho de vocês. Mande meus cumprimentos à querida
professora Laura Laganá, que é realmente também uma entusiasta.
E eu sempre
cito o exemplo da Alemanha. A Alemanha é o país que, per capita, mais produz no
mundo, e ela tem 65% da sua mão de obra sem formação universitária, com
formação técnica.
Eu sou
totalmente favorável a isso. E sem correr o risco de parecer elitista nem nada,
essa história de que foi incutida na cabeça das pessoas que o diploma
universitário, diploma universitário, diploma universitário...
Infelizmente,
com a condição da Educação Básica que nós temos no País, que nós precisamos resolver,
a gente vem formando universitários analfabetos funcionais, e, na contramão
disso, nós temos o Ensino Técnico - não só as Etecs, mas as Fatecs também -,
que são faculdades técnicas, que têm um perfil muito mais técnico mesmo. Mas as
Etecs são o meu xodó aí da Educação Paulista, porque, de fato, forma jovens que
já saem...
Na minha época,
como o senhor disse, ainda falando de mais idade, eu sou um pouquinho mais
novo, mas era um colegial ainda. Saía do colegial já formado, saía do Ensino
Médio já formado, e já podia contribuir, ajudar muitas vezes na renda de casa.
Muitos jovens,
infelizmente, são arrimo de família, então precisam já ter uma formação. Senão
acabam, às vezes, infelizmente, indo buscar recurso, indo buscar dinheiro por
caminhos mais tortuosos, por caminhos que são mais fáceis, mas infelizmente têm
um fim muito mais trágico.
Então, o
trabalho que vocês fazem é, acima de tudo, um trabalho social. Parabéns, leve
meus cumprimentos à professora Laura.
Eu vou passar a
palavra agora para uma pessoa que acho que vocês não conhecem muito bem. Célia
Maria Pinotti Carbonari, presidente da Câmara Setorial de Vitivinicultura,
Vinho e Derivados. A nossa querida Celinha apresentará os trabalhos da Câmara
Setorial em 2023 e os planos para 2024.
O SR. VIRGILIO CARVALHO - Queria só,
enquanto ela chega à tribuna, só lembrar. Eu não falei de um aspecto
importante, que é um programa de empregabilidade que nós estamos levando, e que
vai junto ao Paula Souza, junto à visão técnica também do nosso deputado.
E esse programa
tem um grande cadastro de profissionais e de candidatos, e avançar com o
programa do Jovem Aprendiz... e que pode ser utilizado por cada uma das
propriedades, que é a formação básica, pelo CIEE, alguns cursos.
Quem sabe já
vamos levar um específico agora aí da área, e que são 70 mil vagas, e essas 70
mil vagas com enfoque no Técnico Jovem Aprendiz, para que ele não se torne um
neném, e possamos também dar esse encaminhamento.
Então, o Fórum
de Empregabilidade fica à disposição também.
Desculpa,
Celinha.
A SRA. CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI - Não,
é um prazer. Toda informação sempre é muito bem-vinda. Eu queria agradecer em
primeiro lugar, lógico, por estar aqui na Casa do deputado, esse apoio que é
tão importante para nossa Vitivinicultura Paulista.
E ainda vou me
estender mais, não só paulista, mas, assim, como o próprio deputado falou, a
gente tem feito alguns trabalhos, que estão, inclusive, chegando lá na Câmara
Federal, saem daqui como uma boa incubadora, como disse também o deputado.
Queria até
pedir desculpa para o Luan, porque hoje eram cinco e quinze da manhã e eu já estava
mandando uma mensagem para ele. O Luan, que tem atendido a todas as nossas
demandas, quando a gente tem algum aperto, a gente corre para ele; e a gente
tinha um documento importante para entregar no Ministério do Turismo, e o Luan
prontamente ajudou a revisar o documento todo.
Então, essa câmara
está chegando longe. Então, eu queria agradecer ao deputado pelo apoio que tem
nos dado diuturnamente, e não só na nas questões estaduais, como todas as
outras questões da Vitivinicultura. Muito obrigada.
Queria
agradecer a cada um de vocês da Mesa, porque todos vocês também, assim como o Luan,
eu me lembro diariamente. Não deixo que vocês se esqueçam da Vitivinicultura de
São Paulo, e a gente tem tido muita demanda. E hoje, muito mais especialmente,
queria agradecer a todos os produtores, meus colegas produtores...
Quer dizer, eu
também vou me colocar como colega, como parte aí desse guarda-chuva que é a
Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, que tem técnicos, tem um
corpo técnico maravilhoso, que todos os dias sai dando o melhor, e colocando
toda a sua experiência e a sua capacidade em prol da do Agro do estado de São
Paulo, e especialmente, nos apoiando aí nas nossas dificuldades diárias.
Eu fiz uma
pequena apresentação para mostrar para vocês alguns dos resultados desta câmara.
Queria citar que esses resultados foram obtidos ao longo do ano passado e nem
todos foram uma demanda dessa minha gestão. Mas eles iniciaram muito antes, mas
eu acho que é o momento de a gente celebrar todos eles hoje de uma maneira
especial.
Então, em primeiro
lugar, eu queria dizer assim, que o nosso setor está no campo, no Turismo, na
Educação, na gastronomia e na Agroindústria. Então, assim, todos os dias temos
aí vários leões para enfrentar. Pode passar.
Então, assim
como o Sr. Virgilio falou, a Vitivinicultura tem tido um grande avanço no
estado de São Paulo, tem conquistado um espaço muito maior, devido a
visibilidade dos resultados de novas tecnologias, novos manejos no campo,
vinhedos muito bonitos, muito bem formados; e tem trazido investimento de todo
tipo e de todo setor.
E é lógico que
a gente que está no campo e está na lida todos os dias percebe, sim, esse
crescimento. Mas, junto do crescimento vem as demandas diárias, que são, às
vezes, bastante intensas, bastante problemáticas, que surgem também em todos
esses níveis do processo fabril do vinho, que vem desde o campo até o
consumidor.
Então, devido à
complexidade dessa estrutura, a gente tem contado com todo o apoio da Secretaria
do Turismo e, mais recentemente, com o apoio também da Secretaria da
Agricultura. É um trabalho bacana, é um trabalho intenso, e eu queria agradecer
a cada um que tem participado e colaborado com a gente.
Então, mais
recentemente, a Secretaria da Agricultura, juntamente da Secretaria do Turismo,
lançou um programa de mapeamento das vinícolas do estado de São Paulo, através
de formulários, questionários e mapeamento com as CATs regionais, para
localização de onde estão as vinícolas e os vinhedos, porque ainda tem um pouco
de defasagem na questão da informação, que nem sempre chega no tempo que a
gente quer.
Mas, ainda que
não seja um trabalho finalizado, ele está em processo adiantado de evolução. E,
com bastante apoio, está se definindo quais são as rotas do vinho paulista. E
isso vai colocar o estado de São Paulo no roteiro dos destinos enológicos - não
só nacional, mas, esperamos, internacional também.
No ano passado,
nós tivemos algumas demandas muito “interessantes”, quer dizer, algumas
demandas que pudemos trabalhar com mais tranquilidade e outras com mais emergência.
Uma delas foi a questão da podridão da uva madura.
Então, a
demanda chegou para a Câmara Setorial, nós fizemos um grupo de trabalho
emergencial, esse grupo de trabalho foi dirigido por um agrônomo da CAT, mas
ele foi grandemente amparado e instruído pelo Wilson Tomasetto, que está com a
gente aqui hoje e que é do Sindicato Rural de Indaiatuba, em que os produtores
se encontravam em uma situação desesperadora.
O Wilson me
ligava de manhã, de tarde e de noite, falando: “tem mais um vinhedo no chão.
Tem mais um que desistiu de plantar uva, porque o vinhedo foi perdido 100 por
cento”, e daí a gente teve que fazer uma corrida contra o tempo. Fizemos
diversas reuniões nas quais o pessoal da Defesa Agropecuária, o pessoal da CAT,
o pessoal do Instituto Biológico, todo mundo participou de alguma maneira.
E nós também
pudemos contar com um pesquisador da Embrapa do Rio Grande do Sul que já tinha
enfrentado esse mesmo problema. E nós conseguimos, com isso, criar uma
cartilha, correto? Com a ajuda de todos. Uma cartilha para a gente levar para o
produtor o que ele precisava fazer.
E uma coisa
importante foi o seguinte: eu acho, assim, que uma das grandes conquistas desse
trabalho que a gente fez foi trazer para o nosso grupo de trabalho uma pessoa
que é do setor privado, porque no que a gente estava esbarrando era: havia
orientação por parte dos técnicos, mas, quando o nosso produtor ia comprar os
produtos necessários para fazer a aplicação, às vezes, um vendedor empurra um
produto diferente ou ensina uma formação de aplicação ou manejo diferente, ou
tenta colocar um produto mais caro - uma coisa que é comum do mercado.
Então, durante
todo o processo de elaboração dessa cartilha, esse produtor, esse vendedor de
insumos, esteve junto da gente. Ele foi muito bem recomendado, como nós fizemos
uma pesquisa de uma pessoa bastante séria e comprometida.
E assim, foi muito
bacana porque quando os trabalhos foram concluídos, ele, junto ao Wilson Tomasetto,
fez uma peregrinação pelas propriedades na região de Indaiatuba, Elias Fausto e
demais, ensinando aos produtores como preparar e como aplicar o produto.
E nós fizemos também
- se puder dar play - uma pequena cartilha que tem a característica de ser
compatível com o celular. Então o produtor rural consegue abrir no celular dele
- hoje em dia qualquer pessoa tem um celular, estando ela no meio do vinhedo -,
as imagens do problema, as orientações mais básicas, em uma linguagem muito
clara e muito simplificada para que ele conseguisse atuar de maneira bastante
incisiva e certeira.
O que a gente
teve foi um resultado extremamente positivo, um controle daquela situação
crítica, e agora a gente está partindo para uma segunda etapa, que é a
ampliação desse material, com um manejo não curativo em situações críticas, mas
preventivo.
A gente também
teve algumas denúncias da questão da deriva, que é uma situação bastante
complexa e não afeta apenas os vinhedos, mas todas as culturas sensíveis.
Tivemos a orientação, nesse grupo de trabalho, do Dr. Hamilton Ramos, que é um
especialista em aplicação de defensivos, e o resultado desse trabalho foi uma
série de normas, que nós já encaminhamos para o deputado para que se faça
juntar a alguma legislação brasileira, que nós já temos uma lei, que é do
aplicador legal.
Você pode passar esse slide? A gente conseguiu
entregar esse documento para o deputado, para fazer o encaminhamento, para que
pudesse dar um caráter de emergência e ainda colaborar com algumas sugestões
que nós pensamos serem bastante oportunas e necessárias.
A gente está
contando com os trabalhos do deputado que já estão em andamento para que isso
esteja em vigor o mais breve possível, porque hoje a deriva é uma questão muito
séria no campo.
Basicamente,
para quem não sabe o que é a deriva: os aplicadores vêm com drones ou aviões
e aplicam os defensivos em um tipo de lavoura. Só que, através do vento ou
uma aplicação malfeita, ela vai parar em outro tipo de lavoura.
Por exemplo: a
pessoa põe um defensivo para matar folhas largas. A deriva não é prejudicial,
normalmente, ao ser humano, mas vamos supor: um produto que seja específico
para matar uma planta de folhas largas, uma erva daninha, cai em um parreiral. Ela
destrói o parreiral, porque a parreira é uma planta de folha larga. Isso é a
deriva.
Hoje, não
existe punição para a má aplicação. É isso o que a gente está trabalhando - não
é, deputado? -, para que a gente consiga fazer com que as pessoas
respeitem o que deve ser feito e o que já deveria estar ocorrendo. Pode
passar. Nós também temos...
Isso daqui já
era uma demanda antiga, quando o Fabinho Ferracini me passou essa missão. Na
primeira reunião, começaram a fazer uma pesquisa de quais seriam as uvas
viníferas que os produtores estariam mais interessados, para que a secretaria,
junto da CAT, fizesse um desenvolvimento para que tentasse atender essa
expansão do setor vitivinícola.
Então, essa
pesquisa foi colocada nos diversos grupos dos produtores. Alguns varietais
foram elencados, e hoje a CAT produz em três viveiros diferentes as mudas para
tentar atender e suprir essa demanda crescente, porque hoje, curiosamente, no
estado de São Paulo, nós não temos produtores de mudas de Vitis viníferas,
a não ser a estrutura estadual, através da CAT.
Então a gente
está bastante contente e otimista, porque com esse crescimento da
vitivinicultura no estado de São Paulo, isso aí vai ser necessário, e ainda vão
ter que trabalhar bastante e colocar bastante muda no mercado.
Uma outra
conquista, que é uma das mais importantes, de uma demanda bastante antiga, é o
centro de processamento Paula Souza. Eu poderia tentar me estender e explicar
tudo que é isso, tudo o que essa conquista representa, mas eu não faria jus.
Então, Eduardo,
se puder me ajudar neste momento com a apresentação do centro de processamento
de Jundiaí.
O SR. EDUARDO ALVAREZ - Como eu disse
a vocês, eu estou neste projeto desde o início. Eu era então o diretor. Só
fazendo uma pequena correção: eu não estou diretor da escola. Hoje, eu sou
professor do curso, coordeno o curso. Isso foi uma coisa importante: mesmo
saindo da direção, o projeto continuou para ter essa continuidade.
Faz 14
anos que a gente está trabalhando nisso. Valeu a pena a espera pelo
incremento tecnológico que nós tivemos ali dentro do projeto. Mas, desde o
início, quando eu levei essa ideia para a Laura Laganá e disse que o Rio Grande
do Sul criou esse curso em 1940 e todo o desenvolvimento que o Rio Grande do
Sul teve a partir da criação desse curso, ela só me deu uma tarefa.
Ela falou
assim: “mas se São Paulo vai fazer, tem que ser melhor que o do Rio Grande do
Sul”. E a gente conseguiu isso, deputado. Eu tenho certeza que hoje a Etec
Benedito Storani é a escola técnica mais bem preparada em tecnologia para
o curso de viticuturinologia. Não de São Paulo, mas do Brasil.
A gente
conseguiu ganhar um centro de excelência na formação técnica e com esse
diferencial, Celinha, que é o de poder incubar o vitivinicultor. Então as
pessoas que produzem e ainda não têm toda estrutura enológica para a produção
podem fazer isso dentro da escola, tanto na parte de vinhos tranquilos,
espumantes e suco de uva. Esse é o grande diferencial.
A gente teve
toda a Mantiqueira, um crescimento aí muito inicial e muito importante, que
contou com a Epamig. A Mantiqueira sempre teve a Epamig à disposição, que
faltava para o estado de São Paulo.
Então era uma
lacuna antiga - não é, Fábio? - nossa ali, que a gente conseguiu atender. Eu
sempre digo que a espera valeu a pena, porque a gente conseguiu incremento
tecnológico do projeto inicial para esse. Sem sombra de dúvidas,
extremamente importante.
O aluno aprende
desde o plantio da uva, então a gente tem a parte experimental até o processamento
e os laboratórios básicos, Celinha, porque, além da planta didática, a gente
tem microbiologia do vinho, enoquímica, a parte de microvinificação, o
laboratório geral sensorial e a harmonização, que tem o nome da nossa querida
Paola Tedeschi, que foi homenageada e que é uma grande parceira desde o início
do projeto.
Com certeza
será um divisor de águas para o setor. A gente atende qualquer região do
estado, desde que a uva seja paulista. Então, com certeza, nós vamos fazer
isso. São Paulo fará história através desse centro. É um orgulho muito grande
para o estado.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Como eu disse, Eduardo, parabéns. Eu vou te chamar de professor agora, então,
ao invés de diretor, porque é até melhor mesmo, viu. Professor é a profissão
das profissões.
Então,
professor Eduardo, parabéns. Eu espero e eu tenho certeza que, o que depender
da professora Laura e do trabalho de vocês, nós vamos replicar, sem dúvida,
esse modelo de sucesso em outras localidades.
Acho que é
importante a gente identificar nessa linha onde que talvez seja interessante,
onde haja demanda para tal, para que a gente replique esse modelo tão
bem-sucedido em Jundiaí para outras localidades. Sem sombra de dúvidas, conte
com o meu apoio.
A SRA. CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI -
Eu gostaria de acrescentar que a gente conversa bastante com o pessoal do setor
produtivo e nós temos vários amigos que dão consultoria. O que acontece é que
existem passos a serem seguidos quando você está iniciando uma vinícola.
Então, primeiro
você tem a parte do campo, onde você vai, prepara a terra, planta as uvas e
espera algum tempinho para elas crescerem. E o que está acontecendo é que, com
esse “boom” da vitivinicultura no estado de São Paulo, principalmente na região
de Jundiaí, Indaiatuba, Espírito Santo do Pinhal e mediações... O que aconteceu
foi que houve uma explosão de plantações.
Então, nós
temos inúmeros vinhedos, só que não tem local para o processamento. Então, veio
no melhor momento possível e vai atender uma demanda crescente.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Celinha, o Virgilio queria fazer uma observação, se você permitir...
A SRA. CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI -
Claro.
O SR. VIRGILIO CARVALHO - Célia, é só
mais um parceiro para tudo isso... Nós estamos ao vivo pela TV Assembleia e eu
acabei recebendo da Abrasel, que é a Associação de Bares e Restaurantes, o
oferecimento de nós começarmos - lá - a ter um curso dos vinhos paulistas. Eles
já têm o curso de enologia... (Palmas.)
Então, vamos
montar um cardápio, e eles, a Associação - Abrasel -, está ali no Pacaembu. E
vamos levar adiante isso também.
Parabéns!
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Um abraço ao pessoal da Abrasel, que está nos acompanhando ao vivo pela TV
Alesp. Então, quero dizer que as portas do meu gabinete estão abertas. Mais uma
vez, reiterar: vamos fazer essa conexão.
Obrigado, Virgilio,
pela informação. Celinha...
A SRA. CÉLIA MARIA PINOTTI CARBONARI -
Eu acho que, neste momento, se isso precisa de uma resposta, é: sim, está
aceito. Eu imagino que vai ser um sucesso. Eu não sei se... Então, mais uma das
nossas conquistas. Nós todos temos aqui um setor vitivinícola começando e todo
mundo muito empenhado.
Então, a gente
tem o Instituto Federal do Estado de São Paulo, que fica no campus de São
Roque, e eles - bem como em Jundiaí - conseguiram uma parceria importante, que
foi uma... Não, duas... Dois acordos internacionais de intercâmbio de alunos
para algumas, também, das grandes universidades de enologia reconhecidas
mundialmente.
Então, da nossa
parte, da Câmara Setorial, fica só a gratidão a todos que estiveram aqui. Muito
obrigada por vocês estarem prestigiando este momento importantíssimo para a
gente, que é uma conquista sem tamanho: ter uma representatividade tanto no estado,
quanto estarmos tão bem representados pelo deputado Lucas Bove. Agradecer mais
uma vez.
Agradecer à
equipe do deputado, que tem sido presente em todas as nossas demandas, em todas
as nossas últimas reuniões, desde que o deputado se comprometeu a estar com a
gente, em todas as reuniões.
Não só o Luan,
mas toda a equipe esteve presente; não nos deixa sair muito do trilho, porque,
às vezes, tem assuntos mais técnicos, linguagem mais legal, mais “juridiquês”.
Então, eles estão sempre nos apoiando e fazendo o melhor pela viticultura
paulista.
Muito obrigada
a todos vocês. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Muito bom, Celinha. Obrigado, Celinha. Parabéns pela sua apresentação e pela
sua dedicação ao setor. Nós todos ganhamos muito com a sua dedicação. E eu que
agradeço. Esta é a Casa... Não é minha casa, é a Casa do povo; é a maior Casa
de Leis da América Latina. É um prazer recebê-los aqui hoje.
E eu agradeço
muito a oportunidade que você me deu - e que você tem dado a mim, a minha
equipe, ao Luan e a todos que apoiam o Luan, que lidera este grupo de trabalho
do nosso gabinete em relação à vitivinicultura - de conhecer melhor o setor, de
se aproximar e, de fato, poder ajudar. Essa é a nossa intenção.
Algumas pessoas
vêm para o setor público com outros objetivos. Não é o meu caso e o da minha
equipe. A gente está no setor público por vocação, para ajudar aqueles que
ajudam o Brasil. Então, é um grande prazer caminhar ao lado de vocês.
E, por isso, eu
queria só, antes, fazer uma menção aqui ao José Ramos, CEO da Artus Capital,
que se juntou a nós. Muito obrigado pela sua presença, Ramos.
E, tendo em
vista, então, o que eu disse agora, da alegria que nós temos de participar - ao
lado de vocês - do desenvolvimento do setor, eu queria dar início aqui à
homenagem aos ex-presidentes da Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e
Derivados, como forma de agradecimento.
Vou me dirigir
ali abaixo e vou chamar cada um de vocês para fazer uma singela homenagem aqui,
ok? Podem até se posicionar aqui ao meu lado. Nós vamos chamar aqui embaixo?
Então está bem. Beleza. Está bem.
Vou iniciar
chamando aqui Cláudio Góes, presidente da Anprovin e sócio da Vinícola Góes.
Por gentileza,
Cláudio. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Quem for... Eu peço que permaneçam aqui ao lado, depois vamos fazer uma foto.
Convido agora Humberto Cereser, sócio das empresas CRS Brands e Castelo.
Por gentileza,
Humberto. (Palmas.)
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Daniel... Micheletto ou Micheletto? Micheletto, não é? Porque ouvi um
Micheletto, mas é Micheletto, não é? Daniel Micheletto, sócio da vinícola
Micheletto.
Ah, desculpa,
infelizmente ele não está presente, A Sra. Mirian Oliveira vai receber a
homenagem em nome dele.
Mirian, por
favor.
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Ariana Sgarioni, presidente da Vitis Paulista e sócia da vinícola Beraldo di
Cale.
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Fábio Ferracini, presidente da Câmara Temática de Turismo Rural e sócio da
vinícola Ferracini.
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Convido aqui também, de maneira especial, para fazermos uma homenagem surpresa,
nossa querida amiga, Celinha. Por favor, Celinha. A grande responsável, com
todo respeito aos demais, por estarmos aqui hoje, a Celinha, que é uma grande
representante. Vocês estão muito bem representados.
Obrigado,
Celinha.
*
* *
- É entregue a
homenagem.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
E, em nome dos homenageados, eu queria convidar para fazer uso da palavra o
Cláudio Góes, que, aliás, vale mencionar aqui que, graças ao trabalho
incansável dele, São Paulo hoje tem uma cadeira permanente na Câmara Setorial
Federal, então vale aqui o reconhecimento.
Cláudio, por
gentileza, se quiser se dirigir à tribuna ali e fazer uso da palavra, em nome
de todos os presidentes aqui, eternos presidentes aqui, eu agradeço. Os demais
podem se sentar, ficar à vontade.
Muito obrigado.
O SR. CLÁUDIO GÓES - Bom dia, bom
dia a todos, já boa tarde, mas é um prazer estar aqui, uma honra estar nesta Casa.
Obrigado, deputado. Parabéns, porque já percebemos que, com menos de um ano na
cadeira, já pegou o jeito dos vinhateiros. Já está sabendo sobre ICMS, não é,
Fausto? Sobre doenças agora nas uvas. A professora Célia. Bom, parabéns a toda
a Mesa aqui.
Se a gente for
discursar aqui de todo esse trabalho do vinho, acho que vão algumas horas. Então
quero ser bem rápido, mas não posso deixar de citar aqui alguns nomes, como o
do Fausto, da Zoraida, que em 2002, 2003... ainda lá com a Fiesp, lembra?
Aí nos
procuraram, o Efaneu não era prefeito em São Roque. Quando ele empossou, ele
virou prefeito em 2005, aí já em 2006... aí veio já a Adriana. E aí a coisa...
Jundiaí, nossa,
Humberto. Pelo amor de Deus, Humberto, não posso esquecer de você, porque,
enfim, toda essa coisa que foi crescendo. Tem aqui, Tomasetto, depois Fábio,
olha aí, são nomes aqui todos de casa. É uma grande família.
E hoje nós
estamos aí com duas escolas aqui em São Paulo de enologia, tecnologia, chegando;
novos manejos agora, também, com as uvas de inverno, de colheita de inverno; o
turismo, tão presente, gerando renda, gerando emprego; e o governo, o governo
que tem que nos ajudar, sim.
Eu sou do tempo
- e de sempre - em que o produtor vai ao Estado para pedir desconto do imposto.
Essa é a primeira que a gente vai. Mas acho que tem muito mais coisa além de
pedir a baixa do imposto. É pedir apoio.
Então, se a
gente tem hoje escolas, a gente precisa ter mão de obra também para plantar
uva, porque não é só de aprendizado que vai dar um bom vinho, e sim de pegar na
enxada. Então, a gente sabe toda essa história e sabe todos esses sóis e chuvas
que a gente toma durante o ano todo.
Então, que o
governo venha, sim, para deixar uma internet lá no campo, para que o jovenzinho
queira ficar lá, porque tem internet também, ou que tem um CEP, para ele poder
fazer a compra no Mercado Livre ou em outra plataforma, enfim, para ele viver
lá no campo, para ele lá criar a galinha dele, a leitoa dele e fazer uma boa
massa.
Enfim, olha aí,
como isso... Só falei de negócio aqui, não falei nada de mais. E falei do
bem-estar do paulistano que está aqui, com esse monte de gente podendo usufruir,
e hoje, ainda mais na nova vida pós-Covid, experiências. Experimentar o que é
pisar em um parreiral, o que é fazer um piquenique debaixo de um pé de uva.
Enfim, toda
essa história, a gente fica aqui feliz, seguindo em frente. Dia 19 vai ter a
instalação da Frente Parlamentar dessa nova gestão em Brasília, com Afonso Hamm.
Estaremos lá, até aqui já estendo o convite, porque me chegou o convite do Sul.
E o Sul hoje...
O vinho hoje
não é só mais Rio Grande do Sul e um pouquinho de Santa Catarina, e a história
de São Paulo, não. É uma reinvenção de São Paulo, mas com Minas Gerais, com
Bahia, com Nordeste, com Centro-Oeste, Rio de Janeiro plantando uva.
Então, é tudo
isso, e a gente agora vai ter mais peso, sim, político, para a gente crescer e
mostrar o trabalho de toda a família aqui, de sol a sol, está lá debaixo do parreiral
tentando fazer o melhor. E aí, sim, a coisa vai ficar boa para todos nós.
Então, é isso.
É uma história aqui de agradecimento por todos esses anos que já percorremos. E
a Marquesa de Rothschild? É Marquesa ou Condessa? Condessa, que falou que, para
fazer um bom vinho, são necessários 200 anos para fazer um bom vinho. Nós já
percorremos uns 20, então falta pouco. É isso, gente.
Bom dia a
todos.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Temos um vídeo agora, é isso? Temos um vídeo agora aí, parece que está ok. Se
puder passar o vídeo. Obrigado.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Eu acho que é um
vídeo que coroa a nossa sessão solene e demonstra, em poucos minutos, tudo o
que nós dissemos aqui, qualidade das propriedades rurais de vocês, a qualidade
dos produtos, a qualidade do atendimento. Eu pude estar em algumas, não todas
ainda, mas pretendo percorrer todas. É realmente muito satisfatório.
Gostaria de
conversar com vocês depois para ver como que nós do Poder Público podemos
apoiar, não só com recursos financeiros, mas de outras formas também, essa
brilhante iniciativa de "São Paulo na Taça". Realmente fantástico.
Bem, vou
encerrar regimentalmente aqui e depois convido vocês para nossa mesa da
vitivinicultura ali fora, com comidas e bebidas que vocês trouxeram, muito suco
de uva, muito vinho. Enfim, vamos bater um papo ali fora e seguir nosso
trabalho.
Esgotado o
objeto da presente sessão, eu agradeço às autoridades, à minha equipe, aos
funcionários do serviço de som, da taquigrafia, da fotografia, dos serviço de
atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa, da
TV Alesp, e das assessorias policiais Militar e Civil, bem como a todos que,
com suas presenças, colaboraram para o pleno êxito desta cerimônia.
Está encerra a
sessão.
Muito obrigado.
Um bom fim de
semana para todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUAN VIEIRA -
Então, gostaria da...
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
Desculpa, houve algum desencontro de informações. Sem dúvidas, vamos ouvi-lo.
Quem é o professor? Professor, se quiser se dirigir...
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUAN VIEIRA -
E ele vai ser acompanhado pela Paola Tedeschi, que vai fazer a tradução.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
O SR. MAURO ZARDETTO - Bom dia a
todos. (Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Ele disse: “Bom dia a todos. Vocês vão me odiar, porque já estávamos indo
embora, mas eu sou bonzinho”. Ele vai apresentar um pequeno PowerPoint, bem
rápido, mas é importante para que vocês tenham ideia do que está sendo feito,
porque interessa a todos.
Agradece ao
deputado Lucas Bove pela oportunidade.
Como início,
ele traz os cumprimentos da sua diretora, a professora Maria Grazia Morgan, que
espera que, nas próximas vindas que eles farão para continuar o trabalho,
esteja presente, ela também, para conhecer a nossa realidade.
Outra
importantíssima figura é o professor Luigi Franco, professor de enologia que
está começando... Isso eu estou juntando, ele não disse, mas que está começando
um importante trabalho junto à vinicultura paulista.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Sim.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Ele disse que quem trabalhou foi o professor Franco e ele só tirou fotos.
Então, essa escola é a mais antiga da Itália, de 1876. Ele gosta de pensar que,
enquanto os avós de vocês vinham da Itália para vir aqui, ao mesmo tempo, a
escola estava sendo construída.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Gente, eu sei como é. As pessoas se entusiasmam e vão falando, só que o
tradutor sofre, porque a partir de um certo ponto não dá para a gente lembrar.
Ele disse que a
escola, apesar de se chamar um “campus” por uma questão de marketing, ela
sempre foi um campus. Por quê?
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Porque as matérias científicas, normais - como enologia, viticultura, etc.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Desde o começo, desde a fundação da escola, sempre se deu uma grande
importância às matérias humanísticas, isto é, história, cultura geral.
E ele sempre,
quando eles eram estudantes da escola - o professor Zardetto é formado pela
escola -, eles sempre competiam em conhecimento de história com os seus colegas
do colegial, isto é, os que não estavam fazendo um curso técnico. Eles eram até
mais bem formados do que os do colegial.
Essa é a única
via, o único caminho para se entender a palavra “terroir”. Quando a gente fala
de “terroir” - isto é, terreno, uva -, o homem, quando se fala em homem, não é
somente o homem que cultiva, mas é também o homem que pensa. Esse é então o
primeiro ponto que nos leva depois a falar do enoturismo, que é muito
importante. Na Itália, o que sustenta as coisas é o enoturismo.
Então, na
Escola de Conegliano sempre se ensinou esse conjunto redondo, que não é somente
a cultura do vinho, mas é a cultura geral em volta do vinho. Foi nas Colinas de
Conegliano, no Vêneto... para que vocês tenham a ideia, foi lá nas Colinas de
Conegliano que nasceu a primeira Rota do Vinho, que é exatamente uma...
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA -
Então, ele diz que desde o começo, quando conheceu o Prof. Álvares, ele insiste
e busca apresentar a importância que uma escola como a Etec Benedito Storani
vai ter, na região, para implantar essa cultura do vinho. Isso é uma coisa
muito mais abrangente do que simplesmente plantar videiras.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Gente,
ele falou meia hora... Agora vou ter que repetir. Está difícil. Então, ele
disse que, quando pensamos na cultura do vinho, temos que pensar na influência
econômica que isso tudo tem na região, porque não são somente as vinícolas que
vendem vinho e que fazem negócios com o vinho.
Mas todo o
resto - isto é, a parte de restaurante, a parte de quem faz as garrafas, as
indústrias de etiquetas, as transportadoras -, tudo o que vai se gerar em volta
disso e como isso vai influenciar na economia da região.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Então,
a parceria com a Etec e com o Prof. Álvares é exatamente para que se implante
uma sólida cultura disso tudo, com profundas raízes na região.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Esses
dados já estão em português, não precisa que eu traduza, mas o importante é
frisar a apreciação, a consideração que a escola tem, e isso não é só na
Itália, é mundial.
Todos os que
saem, 90% depois do sexto ano, eles acham emprego, e o emprego não é somente na
Itália - a Itália é pequenininha -, mas no mundo inteiro.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Foi
aí que nós conseguimos, quando começamos a conversa entre o Istituto Cerletti e
o Instituto Benedito Storani, que foi através da ajuda do Consulado Italiano,
na pessoa da Sra. Monica Fagionatto, que é a responsável didática pelo
consulado e, obviamente, do cônsul, Sr. Fornara.
Nós conseguimos
os primeiros contatos, e foi aí que se começou a delinear o que seria feito.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - O
primeiro ponto foi, esta foi a primeira pergunta que os italianos nos fizeram:
o que vocês têm em mente, o que vocês querem fazer com o vinho paulista? E isso
é o primeiro item.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - A
primeira coisa que nós temos que ter na cabeça é esse avatar do vinho paulista,
e a partir dele é que nós vamos promover as nossas ações.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Então,
esta ideia abriu o mundo para os alunos a quem foi apresentada, porque
realmente não é simplesmente fazer um vinho, mas ter uma ideia de que vinho
querer. Isso é o mais importante.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Ele
está dizendo que a estrutura da Escola Benedito Storani é quase melhor que a
deles, se não for, para começar. Mas falta equipamento de microvinificação e
microespumantização, que eles... nós iremos providenciar em breve, porque é uma
questão de fazer pesquisa.
O que a escola
faz é fazer pesquisa. Então esses equipamentos são importantes.
A respeito do
vinhedo Itália, foi programado de preparar, de fazer experiências com uvas de
baga branca, três uvas brancas e três tintas. O diferencial da pesquisa é que,
para cada uma dessas uvas, serão usados quatro tipos de porta-enxerto. Dos
quatro porta-enxertos, um deles é do IAC, que detém a exclusividade desse
porta-enxerto.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA - Enfim,
gente, detalhes. E além disso há mais três: vai ser um internacional, que é o
Paulsen; um experimental italiano, um experimental brasileiro, e um pé-franco.
Vamos ver o que acontece. Essa colaboração entre as duas escolas vai levar ao
desenvolvimento do território como um todo.
O SR. MAURO ZARDETTO -
(Pronunciamento em língua estrangeira.)
A SRA. PAOLA TEDESCHI - TRADUTORA
- Gente, não sei se eu vou lembrar tudo. Mas existem então três tópicos a que a
escola vai se dedicar. Primeiro, treinar os treinadores, formar os formadores.
E criar uma conexão entre os treinadores e, no fim, a conexão com os
treinamentos para os estudantes. E esse programa de intercâmbio já está se
tornando uma realidade.
Virão
estudantes italianos para cá e professores, por enquanto. E depois professores
da Storani irão para lá para treinamento. Dentro de toda essa programação, tudo
o que for feito será transformado em uma plataforma digital, em que tudo - as
aulas, as apresentações -, tudo o que for feito dentro desse intercâmbio será
transformado em aulas digitais.
Elas poderão
ser assistidas não só pelos alunos da Etec Benedito Storani, mas por todos os
que se interessarem em aprofundar os próprios conhecimentos. Ele diz que
agradece pela paciência e que gostaria muito de visitar todos vocês, conhecer
as vossas cantinas, e brindar com os vossos vinhos.
Pronto.
(Palmas.)
O SR. - Só uma lembrança, que
a escola foi criada dois anos depois do início da imigração italiana para o
Brasil, que nós vamos comemorar 150 anos.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL
- Vamos degustar agora, no Salão dos Espelhos.
Muito obrigado
a todos, e parabéns pela apresentação. (Palmas.)
* * *
- Encerra-se a sessão às 12 horas e 14 minutos.
* * *