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30 DE NOVEMBRO DE 2012

078ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO ao DIA NACIONAL DO SAMBA"

 

Presidente: LECI BRANDÃO

 

RESUMO

001 - LECI BRANDÃO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros Munhoz convocara a presente sessão solene, a requerimento da Deputada Leci Brandão, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Comemorar o Dia Nacional do Samba". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino Nacional Brasileiro".

 

002 - ROBERTO ALMEIDA

Mestre de Cerimônias, diz ser esta homenagem para todos os que continuam lutando pelo samba, principalmente os afrodescendentes. Faz saudação especial à Velha Guarda das Escolas de Samba, que representam a cultura e o patrimônio do samba, mantendo as tradições. Afirma que as homenagens prestadas hoje não reparam a injustiça com o povo paulista, que não tem o seu samba devidamente reconhecido. Menciona os dois homenageados, "Tio Mário" e Dona Olímpia, consideradas personalidades do samba paulista. Agradece todos que atuam com o samba.

 

003 - Presidente LECI BRANDÃO

Faz apresentação musical. Informa que o samba apresentado foi composto por ela e Reinaldo em 1986. Diz ser necessária reparação sobre a declaração de Vinícius de Moraes, dizendo que São Paulo é o "túmulo do samba". Menciona que este foi o motivo pelo qual compôs esta música. Ressalta sua emoção por poder realizar esta sessão solene pela primeira vez em seu mandato, ainda mais no último dia do mês de novembro, no qual é comemorado o Dia da Consciência Negra. Afirma que, para esta Parlamentar, o Dia do Samba tem que ser todos os dias do ano.

 

004 - KAXITU CAMPUS

Presidente da União Paulista das Escolas de Samba, cumprimenta as autoridades presentes. Diz ser uma honra estar presente na homenagem de dois dos grandes baluartes do samba, de duas das maiores escolas de samba de São Paulo, que lutam há mais de 100 anos para preservar o samba. Agradece à Deputada Leci Brandão por manter as suas raízes. Informa que, nesta sessão, representa as 66 filiadas da Uesp, que lutam para preservar os carnavais nos bairros e periferias, sem o apoio de qualquer esfera governamental. Afirma que falar dos dois homenageados é falar da essência do samba. Ressalta o preconceito com o samba de São Paulo, defendido pelos homenageados e as Velhas Guardas. Parabeniza "Tio Mário", Dona Olímpia e a Deputada Leci Brandão. Convida todos os presentes para as comemorações do Dia Nacional do Samba, comemorado em dois de dezembro, com início a partir de amanhã.

 

005 - ROBERTO ALMEIDA

Mestre de Cerimônias, informa que esta solenidade seria transmitida em data oportuna pela TV Assembleia. Lê o histórico da Senhora Olímpia Vaz dos Santos. Anuncia entrega de placa comemorativa, pela Senhora Deputada Leci Brandão e pelo Senhor Fernando Penteado, representando a Diretoria da Escola de Samba Vai Vai, à homenageada.

 

006 - FERNANDO PENTEADO

Representando Darly Silva, Presidente da Escola de Samba Vai Vai, menciona a homenagem aos dois grandes baluartes do samba. Afirma que milhões de sambistas estão sendo homenageados nas pessoas dos dois. Mostra os novos integrantes da Escola de Samba Vai Vai, legados de Dona Olímpia. Anuncia apresentação musical da Velha Guarda da Vai Vai como forma de homenagea-la. Agradece aos homenageados e à Deputada Leci Brandão. Comenta que a Deputada Leci Brandão sempre teve o samba como o carro-chefe, não o esquecendo durante o seu mandato.

 

007 - OLÍMPIA VAZ DOS SANTOS

Agradece a homenagem, pela sua beleza. Agradece à Deputada Leci Brandão e todos os presentes. Conta histórias de sua trajetória na Vai Vai.

 

008 - ROBERTO ALMEIDA

Mestre de Cerimônias, lê o histórico do Senhor Mário Ezequiel, "Tio Mário", na Escola de Samba Camisa Verde e Branco. Anuncia a entrega de placa comemorativa, pela Senhora Deputada Leci Brandão e pelo Senhor Eduardo Joaquim, o "Tio Dadinho", ao homenageado.

 

009 - EDUARDO JOAQUIM

"Tio Dadinho", representando a Diretoria da Escola de Samba Camisa Verde e Branco, diz ser uma honra estar ao lado dos homenageados. Conta parte da história de "Tio Mário" na escola de samba. Parabeniza "Tio Mário" e Dona Olímpia. Canta junto com a Velha Guarda da Escola de Samba Camisa Verde e Branco.

 

010 - MÁRIO EZEQUIEL

"Tio Mário", cumprimenta todos os presentes. Diz estar emocionado com esta homenagem. Pede forças para que possa agradecer todos os presentes. Afirma querer dividir a sua alegria com todos os presentes. Agradece a Deputada Leci Brandão pela homenagem. Anuncia o "Hino da Escola de Samba Camisa Verde e Branco", entoado pela Velha Guarda.

 

011 - Presidente LECI BRANDÃO

Cumprimenta todos os presentes. Diz ser este dia importante, pois seus antecedentes eram mulheres do samba, da Escola de Samba Mangueira. Recorda como eram realizados os ensaios da Mangueira, no tempo de seus antecedentes. Ressalta o respeito pelos mais sábios, que formam a Velha Guarda das escolas de samba. Lembra sua passagem em emissora de TV em São Paulo para comentar o Carnaval, na qual mostrou para o Brasil quem eram as pessoas importantes das Escolas de Samba. Afirma que o Carnaval mudou muito. Lembra enredos das escolas de samba presentes. Menciona alguns dos intérpretes de escolas de samba. Destaca que a mídia "atropelou" o Carnaval, com pessoas querendo apenas exibir-se. Agradece o samba de São Paulo por tudo o que construiu em sua vida. Lembra sua missão e obrigação nesta Casa, com o compromisso de respeitar os diferentes e a diversidade deste País. Deseja boas festas a todos. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Leci Brandão.

 

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A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, essa Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Quero registrar a presença de Fernando Penteado, Diretor, representando o Sr. Darly Silva, Presidente da Escola de Samba Vai-Vai; Sr. Eduardo Joaquim, representando a Diretoria da Velha Guarda da Camisa Verde e Branco; Sra. Olímpia Vaz dos Santos, uma das fundadoras da Escola de Samba Vai-Vai; Sr. Mário Ezequiel, Tio Mário, um dos fundadores da Escola de Samba Mocidade Camisa Verde e Branco.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas Senhoras e meus Senhores, essa Sessão Solene foi convocada pelo Presidente da Casa, Deputado Barros Munhoz, atendendo a solicitação desta Deputada, com a finalidade de comemorar o Dia Nacional do Samba.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Dia dois de dezembro é celebrado o Dia Nacional do Samba. E essa Sessão Solene é um reconhecimento público do Estado Brasileiro, por intermédio dessa Casa Legislativa a todos aqueles que lutaram, lutam e continuarão lutando pelo samba e suas tradições enquanto manifestação popular e resistência cultural do povo brasileiro, em particular do povo afrodescendente na luta pela preservação de suas heranças e aspectos culturais. Aspectos fundamentais na criação de sua singularidade, identidade, inserção social e construção de sua cidadania. Hoje saudamos os ilustres baluartes do samba paulista, em especial a sua Velha Guarda, que tem uma importância fundamental não somente pelas escolas de samba, mas também para a cultura de samba, como patrimônio cultural de uma das culturas mais genuinamente brasileiras.

É a Velha Guarda que mantém as tradições. Matriz fundamental que diferencia, por exemplo, o carnaval brasileiro do restante dos carnavais que acontecem no mundo. Já disseram que São Paulo é o túmulo do samba. Mas as homenagens que prestamos hoje não vão só reparar tamanha injustiça contra o povo paulista. Mas também vem dar a luz a duas brilhantes e belíssimas histórias em defesa da cultura popular. O Mário Ezequiel, Tio Mário, da Camisa Verde e Branco e Olímpia dos Santos Vaz, D. Olímpia, da Vai-Vai. Nessa sessão faremos o reconhecimento simbólico não só dessas duas personalidades do samba, mas por intermédio delas homenagearemos a todos que lutaram e lutam em defesa da cultura brasileira, da cultura popular, de todas as matrizes e tradições do samba. Agradecemos a casa sambista, escolas de samba, comunidades, terreiros, organizações que atuam em defesa do samba pelos diversos serviços prestados ao povo brasileiro.

Nesse momento ouviremos uma homenagem da Deputada Leci Brandão para essa cerimônia.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Esse samba foi composto por mim e pelo Reinaldo, o príncipe do pagode, no dia em que nós estávamos em 1986, conversando durante um café, e nós dois somos cariocas. Dissemos o seguinte, como é que o poeta Vinicius falou que São Paulo é o túmulo do samba? Chegamos à conclusão que só pode ter sido uma brincadeira, mas uma brincadeira que tínhamos que resolver, porque uma cidade, um Estado que tem escolas que tem mais de 80 anos de existência, você não pode dizer que não tem uma história real do samba. E é por isso que nós fizemos essa música que, pela minha emoção por estar diante de tantos baluartes e fazer essa Sessão Solene pela primeira vez dentro do meu mandato em homenagem ao samba, fez com que eu trocasse toda a letra do samba. Eu peço mil desculpas, mas a minha emoção é muito grande.

Essa não é qualquer Sessão Solene, é uma Sessão Solene muito especial, porque acontece no último dia de novembro, que é o mês da Consciência Negra, e antes do dia dois de dezembro, que é o Dia Nacional do Samba. Só que o samba para mim tem que ser todos os dias do ano. É só por isso. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Agradecemos a presença do Sr. Cícero Almeida, Coordenador do SOS Racismo da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; Sr. Valério Bemfica, Chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura; Sr. Vander Geraldo, Presidente Municipal do Partido Comunista do Brasil; Sr. Benedito Cintra, ex-Deputado Estadual; Fátima Gazal, representando a Secretaria de Estado da Cultura; Denis Marcelino Ferreira, representando a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude; e o Sr. Kaxitu Campus, Presidente da União das Escolas Paulistanas. Neste momento concedemos a palavra ao Sr. Kaxitu para nesse ato, em nome das gremiações, sambistas, terreiros e comunidades de samba, fazer a sua saudação.

 

O SR. KAXITU CAMPUS - Boa tarde a todos. A Deputada Leci Brandão, Fernando Borges, diretor de harmonia da escola de samba Vai-Vai, Tio Mário, Dona Olímpia, aos pavilhões aqui representados, comunidade do samba, velhas guardas e demais autoridades. É um prazer estar às portas do Dia Nacional do Samba, quando dois dos grandes baluartes de duas das maiores escolas de samba de São Paulo, dois pilares do carnaval de São Paulo, Vai-Vai e Camisa Verde são homenageados pela nossa grande líder Leci Brandão. Todos nós, que somos sambistas, que lutamos há mais de 100 anos contra tudo e contra todos, preservamos o nosso ar que é o samba, para nós é um prazer.

Muito obrigado, Leci Brandão, por V. Exa. estar aqui nos defendendo, lutando, nos preservando e mantendo nossas raízes. Eu, da União das Escolas de Samba Paulistanas, posso falar em nome das 66 filiadas que lutam, preservando os carnavais nos bairros, nas periferias, sem muito apoio de qualquer esfera governamental, mas como é o nosso dever, lutaremos e preservaremos a nossa identidade principal cultural.

Falar dessas duas personalidades, falar da nossa história, da nossa essência, da garra que é fazer o samba em São Paulo, que como você falou é uma cidade de samba e de sambistas, mas que muitas vezes a nossa cidade nos olhou com preconceito. Por causa dessas pessoas e das nossas velhas guardas, hoje eu estou aqui podendo falar nesta Casa Legislativa, e poder homenagear e continuar a luta de todos nós e dessas pessoas da Velha Guarda, do Tio Mário, da Dona Olímpia e de todas as pessoas que lutaram para preservar o samba. Nós agradecemos. Muito obrigado, de coração. Parabéns, Tio Mário; parabéns, D. Olímpia; obrigado, Leci. E viva o samba.

Vou aproveitar esse momento para fazer um convite a todos. Está chegando o Dia Nacional do Samba, nós estamos tendo esse ato aqui e, infelizmente, quase ninguém está divulgando ou fazendo atividades do Dia Nacional do Samba. Evidentemente todos os dias são dias para cultuarmos e vivermos o samba de São Paulo, o samba brasileiro.

Mas no nosso dia, poucas entidades, poucos órgãos estão celebrando o Dia Nacional do Samba; e a União Nacional do Samba, matriz do samba, a casa do sambista, como sempre, faz atividade do Dia Nacional do Samba com uma grande comemoração. A partir de amanha a tarde nós estaremos reunidos em vigília a partir das 18 horas para comemorar o nosso dia. Teremos um ato solene às 10 horas da noite na sede da UESP com os nossos Embaixadores na Embaixada do Samba, que é a academia dos notáveis do samba, e também nomeando, escolhendo e apresentando os novos casais de Cidadão e Cidadã Samba. O atual Cidadão Samba é o Fernando Penteado, que está aqui presente.

Vamos continuar a solenidade por toda a madrugada. Vai ser acesa uma vela e durante toda a madrugada o samba não vai parar. E às seis horas da manhã faremos a alvorada com um ato ecumênico, religioso, e leremos a carta do samba, que nunca pode ser esquecida e muito pouca gente sabe que isso existe. Então, às seis horas da manha nós faremos a leitura dessa situação. Ao meio dia convidaremos todas as velhas guardas para um almoço, para uma reunião, uma roda de samba para nós conversarmos, trocarmos ideias e mantermos essa chama viva. E para encerrar o dia do samba, no marco zero do samba, uma lei do nosso querido Vereador Jamil Murad, aonde foi fundada a Escola de Samba Lavapés. Faremos uma atividade, uma grande roda de pavilhões de samba para encerrar o Dia Nacional do Samba. Estão todos convidados. Muito obrigado, Leci Brandão. Estamos juntos e pode contar sempre conosco, com a força do samba e dos blocos. Obrigado. Bom dia a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Essa Sessão Solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia dois de dezembro, Dia Nacional do Samba, às 21 horas, pelos canais: 66 TVA, 13 NET, 61.2 TV Digital Aberta.

Nesse instante iniciaremos as homenagens das duas personalidades que tiveram as suas vidas como exemplo na luta e defesa do samba paulista. Quebrando um pouco o protocolo, iniciaremos com a D. Olímpia, da Vai-Vai. E aqui não há nenhum critério de escolha de preferência. É reconhecendo a questão de gênero de forma afirmativa, iniciaremos com a D. Olímpia. Nós sabemos que é um histórico olímpico de rivalidade saudável entre a Vai-Vai e a Camisa, mas não da parte da Assembleia Legislativa ou do mandato da Deputada Leci Brandão, nenhuma preferência de qual seria o melhor ou o primeiro a ser homenageado.

Faremos agora um breve histórico de D. Olímpia.

Dona Olímpia, Rainha da Corte. Olímpia dos Santos Vaz é, sem sombra de dúvidas, uma autêntica “Vaivaiense”. Protagonista da fundação da escola de samba Vai-Vai, Tia Olímpia, como também é conhecida, desfila na escola desde os tempos do cordão, que nos primórdios se chamava “Cordão do Cai-Cai”, atuando fortemente ao lado de grandes personalidades do samba, como Pé Rachado, Madrinha Eunice, Frederico Penteado e Geraldo Filme, entre outros. D. Olímpia é o que podemos chamar de “joia preciosa do samba”, uma das mais importantes matriarcas do samba e do carnaval paulista, com significativas contribuições para a formação e manutenção da história e da memória do nosso glorioso samba. Por mais de duas décadas, D. Olímpia foi responsável pelo cordão, organizando o cortejo de reis e rainhas onde sua filha, Cleuza, desfilava como princesa e, mais tarde, viria a se tornar porta-bandeira da Escola. Após anos de dedicação, D. Olímpia recebeu o título de Embaixadora do Samba paulistano. Atualmente, aos 98 anos, é uma das últimas e mais importantes personalidades do samba que marcaram época e transcenderam o espaço social da cultura afro-brasileira em todos os espaços de sociabilidade músico-cultural.

Hoje a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo presta essa justa e merecida homenagem a essa cidadã do samba e da cultura do Brasil. Olímpia dos Santos Vaz. A Dona Olímpia. (Palmas.)

Para a entrega da placa à nossa homenageada, a Exma. Deputada Leci Brandão convida, representando a diretoria da Escola de Samba Vai-Vai, o Sr. Fernando Penteado. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da placa.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Anunciamos a entrada do Pavilhão Escola Nenê de Vila Matilde. (Palmas.)

Passamos a palavra ao Sr. Fernando Penteado.

 

O SR. FERNANDO PENTEADO - Boa tarde a todos. É com imenso prazer que nós nos encontramos aqui. Acredito que o prazer que estou sentindo é o mesmo prazer de vocês, e nessa Casa do Povo, que viemos aqui através do pedido da Deputada Leci Brandão para fazer essa homenagem a esses dois grandes baluartes, D. Olímpia e Tio Mário.

Posso dizer, Deputada, que em nome dos dois V. Exa. está homenageando milhões e milhões de sambistas, porque esses dois que aqui estão realmente carregaram o piano, literalmente falando. D. Olímpia tem um legado que V. Exa. criou desse pessoal que está aqui, seguramente poucos não passaram pela sua mão, começando pela sua filha, que está ali. Tem aqui hoje o casal mirim da escola, que é uma sucessão, e o nosso pavilhão maior, nossas baianas, nossa Velha Guarda. Temos ali a nossa diretora Nildes, que vem representando toda a nossa diretoria executiva. Um abraço do nosso Presidente Darly Silva, que também passou pela sua mão. E eu, que nasci vendo a D. Olímpia comandando o nosso cordão carnavalesco Vai-Vai. D. Olímpia recebeu a incumbência do Pé Rachado para fazer a Corte da Vai-Vai, construir a Corte do nosso cordão. E muitos aqui foram princesas, duquesas, barão, baronesa, vindos puxados pela nossa querida e eterna D. Olímpia. Sambista não fala muito, então vamos cantar. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. FERNANDO PENTEADO - Obrigado, D. Olímpia, Seu Mário. Obrigado por vocês estarem aqui, cultuando isso que vivemos hoje. Se não fossem vocês, não estaríamos cultuando isso. Deputada, você também tem realmente culpa, porque acompanhamos a sua carreira por muito tempo, e V. Exa. sempre brigou, sempre notorizou, sempre trouxe o samba como seu carro chefe, desmistificando tudo que falavam, o samba sempre foi o seu carro chefe, e por sua culpa também porque somos culpados de estarmos aqui. Nesta Casa, como Deputada, V. Exa. não nos esqueceu. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Peço, mais uma vez, uma calorosa salva de palma, de pé, para a Velha Guarda da Vai-Vai e para a D. Olímpia. Ela abriu mão da fala, ela está muito emocionada. Com a palavra, D. Olímpia.

 

A SRA. OLÍMPIA DOS SANTOS VAZ - Quero agradecer. Estou muito emocionada porque eu não esperava uma coisa tão bonita assim. Agradeço a Leci Brandão, a todos os promotores e a todas as entidades que estão presentes. Porque eu não deixei a Vai-Vai morrer. Quando ia morrer, que o Pé Rachado viajou, ia acabar o serviço em Brasília, não ia sair, o falecido Rômulo foi à minha casa correndo. D. Olímpia, o Vai-Vai não vai sair. O Pé Rachado largou Vai-Vai, como nós vamos fazer. E eu falei, vai sim. Então uma coisa que ninguém acredita, mas eu provo. Viramos todas as fantasias do avesso para o direito, pintamos os sapatos e o Vai-Vai saiu. Depois veio de novo. D. Olímpia, não tem enredo. Como chamava o enredo?

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - O casamento de Dom Pedro.

 

A SRA. OLÍMPIA DOS SANTOS VAZ - Pus. Tudo que faltava eu pus, e pus o Vai-Vai na rua. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Agradecemos a presença do Sr. Tobias da Vai-Vai, representando o Gilmar Tadeu, Secretário Especial para a Copa; (Palmas.) Sr. Alberto Saraiva, Coordenador de Relações Institucionais do Comitê Municipal da Copa FIFA 2014; (Palmas.) D. Nadir Veloso Cardoso, representando o Grupo das Tias Baianas, e um agradecimento especial às Tias Baianas Paulistas; (Palmas.) Sr. Ulisses, Diretor da União Trindade de Blocos Carnavalescos; Estelita Márcia, Presidente da Império dos Baluartes do Samba do Estado de São Paulo; (Palmas.) o Sr. Marco Antonio, representando o Vereador Netinho de Paula; (Palmas.) Sr. Gilson Negão, Embaixador Samba Paulistano, representando o Deputado Federal Vicentinho; (Palmas.) a cantora Lady Zu; (Palmas.) Tadeu Mateus, vice-Presidente da Escola de Samba Camisa Verde e Branco; (Palmas.)

Iniciaremos agora a nossa homenagem com a presença do vice-Presidente, Sr. Mário Ezequiel, o Tio Mário.

Mário Ezequiel, o Tio Mário, diz que é “Barrafundeiro nato”. Nascido em 12 de novembro, na Rua Sérgio Thomas, na Barra Funda. Foi estivador, engraxate, jornaleiro, boxeador, jogador de futebol e bancário, profissão pela qual se aposentou. Casado com D. Bárbara há 50 anos e pai de cinco filhos. Criado entre batuqueiros de tambu e de sambas de umbigada de Piracicaba e Tietê, cidades natal de seus pais, Tio Mário sempre foi um apaixonado pelo samba.

Comandou o movimento de samba nas Perdizes, no morro da Calábria, e é um dos dissidentes do Cordão Campos Elíseos, onde seu irmão, conhecido como “Panca”, foi o apitador de bateria. Tio Mário foi tocador de surdo do Cordão Campos Elíseos e ajudou seu Inocêncio Tobias a fundar a Escola de Samba Camisa Verde e Branco, e sempre diz orgulhoso que é mais velho de samba do que a própria Escola.

O Camisa Verde é a minha família, pois aqui me consagrei e jamais deixarei essa bandeira, costuma dizer Tio Mário. Sobre Inocêncio Tobias, seu grande amigo, falecido em 1980, ele diz, Inocêncio era um batalhador e talvez muitas pessoas não conheçam ou não saibam dos fatos ocorridos durante aquele período difícil onde o samba e o negro eram marginalizados. O Camisa cresceu e a Barra Funda se transformou. Mas o amor de Tio Mário pela escola nunca se modificou. Com a escola do coração ele declara, a nossa escola sempre foi madeira de lei porque sempre que tivemos maus momentos, nós soubemos nos superar. Tio Mário que até hoje frequenta uma vez por semana os ensaios de sua escola, é exemplo de amor e dedicação ao Camisa Verde e, sempre que preciso, lembra às novas gerações o que é ser Camisa. Ser Camisa Verde não é brincadeira, é tradição, é qualidade. E quem é Camisa Verde nunca mudará.

Por tudo isso, hoje, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo presta uma justa homenagem a esse cidadão do samba e da cultura de São Paulo e do Brasil. Mário Ezequiel, Tio Mário. Uma salva de palmas. (Palmas.)

Para entrega de placa ao nosso homenageado com a Deputada Leci Brandão, convidamos o Sr. Eduardo Joaquim, o Dadinho, representando a Diretoria da Velha Guarda do Camisa Verde e Branco. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da placa.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Passamos a palavra ao Sr. Eduardo Joaquim, o Dadinho.

 

O SR. EDUARDO JOAQUIM - Bom dia a todos. É uma grande satisfação estar aqui do lado do Tio Mário e da D. Olímpia. Relembrar também o tempo de cordão, a coisa era brava mesmo. Quando vinha era com a sua Corte e falávamos do lado de lá, lá vem as “olimpíadas”. O bicho pegava mesmo. Falando na Barra Funda, conheci o Tio Mário, o Panca, Nelson Primo. Todo esse pessoal veio desde o Largo da Banana, Brigadeiro Galvão, elevando o nome do Camisa Verde e também quero falar, com todo respeito, que Vai-Vai, Camisa Verde, Nenê, Peruche, todas essas escolas são primordiais na cultura e no carnaval paulistano. Quero uma salva de palmas para toda essa gremiação. Meus parabéns, Tio Mário, o senhor merece. D. Olímpia também, com todo o meu respeito, a senhora merece.

Fazer homenagem igual ao Penteado. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Com a palavra o Tio Mário.

 

O SR. MÁRIO EZEQUIEL - Bom dia a todos os presentes. A alegria é muita, a emoção é demais. Quero pedir a Deus para que ele me dê força para que eu possa agradecer de uma forma diferente a todos que estão aqui presentes. Dizem que vamos ficando mais velho e viramos criança. Quero que vocês tenham um pouquinho de paciência comigo.

Essa emoção que eu estou sentindo agora, essa parceirinha aqui do lado, essa grande personalidade da Vai-Vai também deve estar sentindo. Aqueles que não estão presentes, eu quero que todos vocês que, como se diz, eu não tenho muitas palavras bonitas, mas o que eu estou sentindo, essa emoção e essa alegria, eu quero dividir com todos vocês que estão presentes. E nossa Deputada, nossa Leci Brandão, nossa cantora, uma salva de palmas a todos vocês que estão presentes. Muito obrigado. (Palmas.)

Nelson Primo. Como é que é o Hino da nossa escola?

 

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- É executado o Hino.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ROBERTO ALMEIDA - Obrigado, Tio Mário, D. Olímpia, obrigado velhas guardas.

Aproveito para pedir uma calorosa salva de palmas à escola Nenê da Vila Matilde e Mocidade Alegre, que estão aqui com os seus pavilhões. (Palmas.) Um agradecimento ao Benedito José Paulino, Coordenador da Coordenadoria de Igualdade Racial de Campinas está aqui presente.

Essa Sessão Solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia dois de dezembro, Dia Nacional do Samba, às 21 horas, pelos canais: 66 TVA, 13 NET, 61.2 TV Digital Aberta.

Com a palavra a Deputada Leci Brandão.

 

A SRA. PRESIDENTE - LECI BRANDÃO - PCdoB - Que Deus abençoe, proteja, ilumine a todos que aqui estão. Boa tarde para quem é de boa tarde, e muito axé para todos.

Serei muito breve porque essa festa já está iniciada, as pessoas estão muito felizes e para nós é extremamente importante esse dia e eu vou explicar rapidamente o porquê. Eu sou filha, neta e afilhada de três mulheres do samba. Pastoras da Estação Primeira de Mangueira, que quando desfilaram eu nem sonhava em vir ao mundo.

Havia uma coisa muito respeitosa. Quando o ensaio começava, primeiro o diretor de harmonia chegava no meio da quadra e era ele que determinava ao diretor de bateria que podia começar o ensaio. As duas pessoas que entravam na quadra eram Dona Nelma e Dona Zica, saudosas. Peço aplauso em memória das duas. (Palmas.)

Somente depois que elas entravam na quadra é que as outras pastoras, tem gente que chama de cabrochas, podiam entrar na quadra para o samba começar. Os convidados só podiam cantar seus sambas depois que os compositores cantavam os seus sambas de terreiro, e então começava o grande ensaio. Sempre aprendemos a ter muito respeito pelos mais sábios, não digo os mais idosos, mas os mais sábios, porque a sabedoria realmente está na Velha Guarda, que foram os fundadores. Quando começamos a vir para São Paulo, eu tive o privilégio de poder comer o melhor camarão na moranga que eu comi na minha vida. Foi Dona Sinhá, mãe do Tobias do Camisa, que preparou. Conheci Seu Chiclé também, da Vai-Vai, conheci Seu Nenê, conheci Seu Juarês, conheci muitas pessoas.

Quando Deus me deu a oportunidade de um dia vir a essa cidade para uma emissora de televisão fazer comentário de carnaval, eu não prestei nenhum favor ao samba. Eu cumpri uma obrigação moral de poder, com muita simplicidade, para mostrar ao povo do Brasil inteiro quem eram as pessoas importantes de uma coisa chamada Escola de Samba. Sei que o carnaval mudou muito. Sei que a questão financeira hoje é fundamental, é prioritária, até a ponto de buscarem enredos que fica até difícil aos compositores, verdadeiros poetas, construírem seu samba. Porque naquela época quando era dado o tema de um enredo, cada um fazia a sua pesquisa e apresentavam sambas maravilhosos.

Eu, por exemplo, conheci dois sambas que até apresentei em um espetáculo no Centro Cultural São Paulo, a primeira vez que cantei no Centro Cultural. Um dizia assim, não sei se vão lembrar: “Achei uma bola de ferro presa em uma corrente, tinha um osso de canela, deu tristeza em minha mente. Esse osso de canela...”

Um aplauso para o Camisa Verde e Branco. (Palmas.)

Outra vez eu também tive oportunidade de cantar outro samba, Vai-Vai foi campeã com ele, e dizia o seguinte, “É Orum, Orum aiê, é Orum...”

Aplausos para a Vai-Vai. (Palmas.)

Eu não estava na inauguração do sambódromo. Mas eu tive o privilégio quando Alice Maria ainda era diretora da Rede Globo, de ver o carnaval da Tiradentes, e foi no carnaval da Tiradentes que eu vi um rapaz elegante, com um summer cinza, uma gravata borboleta não me lembro da cor, mas ele vinha na avenida cantando de uma forma fantástica. Foi um dos primeiros interpretes que eu conheci aqui em São Paulo. O nome dele é Tobias da Vai-Vai, foi a primeira vez que o vi cantando.

Como conheci outros interpretes também. Lembro-me da Eliana de Lima cantando na Peruche, atravessando a avenida para lá e para cá, e lembro-me que houve uma hora que eu escutei uma batucada que me emocionou. Falei, nossa, o que é isso que está vindo aí? Eu estava chegando aqui para comentar. Então pedi ao Tramontina para sair da cabine e ir para a pista. Era a bateria da Nenê da Vila Matilde. (Palmas.)

Tive oportunidade também de conhecer a quadra da Mocidade Alegre, quem me levou lá foi a D. Zica. Houve uma homenagem aqui para ela e nós conhecemos a quadra da Mocidade. As minhas passagens foram rápidas, mas ali eu estava iniciando. A partir de então, tudo que eu fiz no Rio de Janeiro eu fiz aqui em São Paulo. Visitando os barracões, acompanhando os ensaios técnicos e falando os nomes das pessoas, dos cidadãos do samba, dos baluartes. Fizemos um trabalho de compromisso com uma cultura do samba de São Paulo, talvez não tenha agradado muita gente. Talvez tenha havido muita queixa por nós não termos falado das pessoas que se oportunizam dessa festa nos dias de hoje. (Palmas.)

Quero agradecer do fundo do meu coração nesses oito anos em que nós tivemos falando desse carnaval, nesses oito anos em que eu sempre chorei em que passa a última escola do segundo dia, porque dá uma saudade muito grande. Dá um aperto no coração quando passa a última escola do segundo dia, porque é muito rápido. São 65 minutos. Eu acho muito injusto, porque tudo aquilo que é construído, todos aqueles ensaios maravilhosos, é tudo resumido em 65 minutos. Esse tempo é tão injusto, que ele obrigou os diretores de harmonia a colocarem agora as Baianas na frente da escola. Era uma coisa que ficávamos esperando durante o desfile, era a chegada das Baianas que vinham lá no final da escola. Era lindo! Nós chorávamos quando elas chegavam. Agora não podemos mais, porque elas têm que vir na frente por conta do tempo. É o tempo que manda. É esse sistema da mídia que acabou atropelando o carnaval, substituindo quem é importante por pessoas que querem um carnaval para serem protagonistas em um outro sistema, uma outra coisa em um outro espaço. Eu quero dizer que as meninas que são bonitas e que sabem sambar foram expulsas da frente das baterias.

Elas eram as grandes rainhas, escolhidas pelos ritmistas. Tinham direito. Elas têm uma coisa que chamamos de legitimidade. Elas não usam as frentes da bateria para saírem na capa da revista depois. E é por isso que talvez esse meu temperamento, esse meu comportamento e essa minha fidelidade a essa história, talvez tenha incomodado muita gente. Mas hoje eu estou feliz, Tia Olímpia e Tio Mário. Sabe por que eu estou feliz?

Porque eu tenho certeza que muitas dessas pessoas que eu pude e tive o prazer de citar o nome na televisão, eu tenho certeza que me ajudaram também a chegar nesta Casa que estou hoje. E eu quero dizer muito obrigado ao samba de São Paulo, por tudo que vocês construíram na minha vida. Mas hoje eu estou mais feliz. Eu não posso mais comentar o carnaval, mas eu posso trazê-los para dentro da Assembleia Legislativa, para vocês fazerem aqui um grande samba, um grande pagode, mostrarem os seus pavilhões.

Quero agradecer a toda minha equipe de gabinete. Não vou citar nomes porque eu posso esquecer alguém e pode ser muito injusto. Mas quero um aplauso à minha equipe, ao meu mandato, por tudo que fizeram. Agradecer ao Kaxito, que veio aqui, discursou e falou muito bem.

Agradecer outro incentivador meu de todos os momentos. De uma escola de samba de muita tradição, o Seu Carlão da Peruche. (Palmas.)

E é assim, existem muitos caminhos. Tem o caminho da TV, tem o caminho da emissora de rádio. Mas também tem o caminho da Assembleia Legislativa, estamos aqui não para fazer nenhum favor para o povo de São Paulo, nós estamos aqui para cumprir a nossa obrigação, a nossa missão. Aqui é uma Casa Legislativa. Estamos aqui para ajudar a melhorar a vida das pessoas. Um mandato que tem o compromisso de respeitar os diferentes, um mandato que tem o compromisso de respeitar a diversidade desse país.

Que Deus abençoe a todos, proteja, ilumine. Antecipadamente quero desejar boas festas a todos e que as nossas queridas velhinhas da Velha Guarda, da ala das Baianas ou da Direção de Harmonia continuem fazendo seus quitutes e se vestindo de forma elegantérrima, continuem dando conselhos para os que chegaram agora e pensam que são as celebridades, porque celebridade é outra coisa. Celebridade é quem fica. E os Senhores e as Senhoras já estão e ficarão permanentemente na história da cultura brasileira. Que Deus os abençoe. (Palmas.)

Quero avisar que haverá um coquetel e que o samba da Velha Guarda irá continuar.

Esgotado o objeto da presente sessão, essa Presidência agradece aos funcionários da Casa e a todos que colaboraram para o êxito dessa solenidade. Está encerrada a sessão. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 12 horas e 21 minutos.

 

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