http://www.al.sp.gov.br/web/images/LogoDTT.gif

 

11 DE AGOSTO DE 2011

082ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e MARCOS MARTINS

 

Secretário: MARCO AURÉLIO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Registra a presença de alunos do Sesi de Ipiranga, Capital, acompanhados pelos professores Vanessa Vilas Boas Gatti e Marcos Nader.

 

002 - VITOR SAPIENZA

Fala sobre a falta recursos das santas casas. Destaca as carências da unidade de Palmital. Lembra os propósitos da Frente Parlamentar de Valorização das Santas Casas, presidida pelo Deputado Itamar Borges. Cita reivindicações do grupo, como a isenção ICMS das contas de luz e água. Pede por investimentos na área da Saúde.

 

003 - WELSON GASPARINI

Considera a educação principal instrumento para o desenvolvimento econômico de um país. Chama atenção da falta de profissionais capacitados no Brasil. Apela à Presidente Dilma Rousseff pela construção de uma Universidade Federal em Ribeirão Preto. Pede pela intervenção e auxílio do PT quanto à questão. Destaca a importância da região para o Estado de São Paulo. Lembra que foi recusada a sua solicitação de instalação de um centro de pesquisa da Embrapa em Ribeirão Preto.

 

004 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença do vice-Prefeito de Guaratinguetá, Dr. Miguel Sampaio Júnior, e do chefe de Assistência da Prefeitura de Guaratinguetá, Sr. Nelson Antonio Mathídios dos Santos, a convite do Deputado Marco Aurélio. Comunica que a Frente Parlamentar Antidrogas irá visitar a Fazenda Esperança de Guaratinguetá.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Saúda o ex-prefeito de Presidente Venceslau, José Catarino, e a escritora Cleuza Badanai. Comenta os livros da escritora em defesa dos policiais. Comunica que ela se filiou ao PDT e irá se candidatar a vereadora nas próximas eleições. Tece críticas ao Executivo pelo o atraso do encaminhamento do projeto de correção salarial da Polícia e dos agentes penitenciários. Combate o pronunciamento feito presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo, durante debate da PEC 300 em Brasília.

 

006 - MARCOS MARTINS

Assume a Presidência.

 

007 - JOOJI HATO

Dá conhecimento de reunião, ocorrida hoje, contra o uso abusivo do álcool. Cita deputados federais que compareceram ao evento. Alerta sobre os males que as bebidas alcoólicas podem causar à sociedade e à família. Afirma que foi criticado pela mídia quando fez projetos de lei acerca da questão, como a "lei seca". Considera o álcool um elemento precursor a outras drogas. Elogia o depoimento de Symon, filho do comentarista Walter Casagrande Jr., a respeito da dependência química de seu pai. 

 

008 - MARCO AURÉLIO

Saúda as autoridades presentes. Discorre sobre a reunião realizada pela Frente Parlamentar em Defesa do Vale da Paraíba. Cita assuntos abordados, como a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e a reabertura do Hospital Frei Galvão, de Guaratinguetá. Comunica a realização de audiências públicas. Informa que, em 15/08, a Frente Parlamentar em Defesa do Rio Paraíba do Sul deverá realizar na Câmara Municipal de São José dos Campos seu primeiro seminário.

 

009 - JOOJI HATO

Assume a  Presidência.

 

010 - EDSON FERRARINI

Fala acerca dos questionamentos, recebidos por email, referentes ao reajuste salarial da Polícia e dos agentes penitenciários. Afirma que, após a aprovação da revisão salarial pelo Legislativo, esses servidores irão receber o retroativo a 01/07. Manifesta sua expectativa pela confirmação da criação de promoção ao posto imediato dos oficiais que foi garantida pelo Governador Geraldo Alckmin.

 

011 - CARLOS CEZAR

Critica a falta de medicamentos de alto custo do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Cita casos de pacientes que necessitam de remédios que se encontram indisponíveis nessa unidade. Pede por providências a fim de resolver o problema. Comunica que o Governador nomeou para o CHS o interventor Dr. Luís Cláudio de Azevedo Silva. Informa que ele terá a missão de recuperar a credibilidade do hospital que está sendo investigado quanto aos plantões médicos.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Tece críticas ao atraso nas ações dos Tribunais de Justiça de São Paulo. Faz menção ao caso do desembargador que pediu perdão à mãe da vítima de acidente por ter sua ação julgada dez anos após sua instauração. Alega que a demora na tramitação dos processos é decorrente da falta de servidores. Diz que muitos fóruns e comarcas funcionam com funcionários das prefeituras. Elogia a Resolução 542/2011 do Conselho Nacional de Justiça, que tem como objetivo o controle da produtividade dos desembargadores para garantir maior celeridade nas ações.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - OLÍMPIO GOMES

Para comunicação, lê manifestação do presidente do Sindicato de Investigadores de Polícia, João Rebouças, sobre a obtenção de nível superior pelos policiais que concluem o curso de formação.

 

014 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, lamenta a frequência com que ocorrem "apagões" no Estado de São Paulo. Recorda que os trabalhos desta Casa já foram prejudicados por falta de energia elétrica. Questiona o trabalho realizado pela Eletropaulo. Faz menção a problemas com córrego no bairro Jardim Rochdale, do município de Osasco. Comenta matéria, do jornal "Folha de S. Paulo", sobre possível fraude em licitação do Metrô.

 

015 - LECI BRANDÃO

Pelo art. 82, cumprimenta os advogados brasileiros pelo seu dia. Relata sua participação na Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres. Parabeniza o Deputado Olímpio Gomes por sua atuação na Comissão de Direitos Humanos. Lamenta caso de agressão a professora por usuário de drogas. Justifica ausência a evento ocorrido em São José do Rio Preto. Destaca o trabalho realizado pelos assessores parlamentares da Casa.

 

016 - DONISETE BRAGA

Pelo art. 82, presta homenagem aos advogados do País. Comenta debates acerca da prova da OAB. Cita matéria do jornal "Folha de S. Paulo" sobre projeto que possibilita a internação compulsória para dependentes químicos. Faz reflexão sobre o tema. Informa que o Ministro José Padilha deve vir a esta Casa para debater a questão.

 

017 - Presidente JOOJI HATO

Registra a visita do vice-prefeito de Guaratinguetá, Miguel Sampaio Júnior. Informa que a autoridade deve participar de reunião da Frente Parlamentar de Combate às Drogas.

 

018 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, questiona pronunciamentos de Deputados da base governista sobre projeto de reajuste salarial dos policiais militares, de autoria do Governador. Considera insuficientes os valores contidos na matéria. Afirma que o Executivo utiliza estes reajustes como forma de neutralizar movimentos sindicais. Dá conhecimento de outros servidores que estão com salários defasados. Afirma que deve interpor emendas ao PLC 43, que trata do aumento de funcionários e professores do Centro Paula Souza.

 

019 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

020 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 12/08, à hora regimental, sem ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Marco Aurélio para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - MARCO AURÉLIO - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência anuncia a presença dos alunos do Sesi de Ipiranga, Capital, São Paulo, acompanhados dos professores responsáveis, Vanessa Vilas Boas Gatti e Marcos Nader. Sejam bem-vindos a esta Casa de Leis. (Palmas.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos honra com a presença, alunos do Sesi Ipiranga, telespectadores da TV Assembleia. Hoje vou abordar um tema muito importante que envolve a crise enfrentada pelas Santas Casas de Misericórdia em decorrência da insuficiência de recursos advindos do SUS.

Quero enaltecer a figura de duas pessoas: Dr. Edson Rogatti, Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo e também provedor da Santa Casa de Palmital - através do seu esforço é que a Santa Casa de Palmital ainda existe -, e Deputado Itamar Borges, oriundo de Santa Fé do Sul - prefeito por dois mandatos - e que está comandando a Frente de Valorização das Santas Casas no Estado de São Paulo com as demais forças de todos os estados do País.

A crise que atinge as Santas Casas não é só do Estado de São Paulo. Dentro desse quadro, uma das reivindicações justas da Federação das Santas Casas é a isenção da cobrança de ICMS nas contas de energia elétrica e água. Alguém poderá dizer: “Mas é muito pouco para todas as necessidades das Santas Casas”. Sem dúvida, é pouco, mas não podemos nos esquecer que, da mesma maneira o oceano é constituído de diversas gotas de água. Estamos certos de que esse recurso será bem-vindo, visto as dificuldades que as instituições de saúde vêm enfrentando, quer com equipamentos, quer com medicamentos ou folha de pagamento.

Aquele tempo de romantismo das Santas Casas, com aquelas freiras de hábitos rígidos e herança de milionários que era revertida em favor das instituições, está bem distante.

A nossa saúde passa por uma crise. É válido cada movimento feito visando dar mais recursos às Santas Casas que atende, principalmente, a população mais necessitada.

Espero que o Governador Geraldo Alckmin fique sensível a esse apelo da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados; temos exemplos no mundo todo de que países que se apresentam  em franco desenvolvimento e se equiparando, praticamente,  às grandes potências econômicas da atualidade,  conseguiram essa posição  graças a investimentos  nas  áreas  da Educação e da Tecnologia.

Infelizmente, o Brasil não está seguindo esses exemplos. Com tristeza vemos no nosso país verbas diminutas, pequenas mesmo, destinadas à área educacional. Para a inovação, o desenvolvimento tecnológico, as verbas são quase nulas! Poucas pesquisas se fazem no Brasil! Na Educação, os resultados são negativos com as estatísticas demonstrando que até diplomas nossas escolas estão entregando sem a contrapartida do conhecimento. Pessoas diplomadas, exibindo o diploma na mão, não raro são quase analfabetas. Não receberam o ensino devido. Elas freqüentam escola, recebem o certificado mas, na realidade, frustram-se, depois, porque  não conseguiram um bom ensino, uma boa educação. É muito importante os nossos governantes darem mais atenção a essa área da Educação.

O pedido que faço agora, endereçado a Presidente Dilma, é para atender uma justa reivindicação de Ribeirão Preto e daquela região instalando a Universidade Federal em Ribeirão Preto; minha Ribeirão Preto tem 610 mil habitantes, é centro de uma região de quase 3 milhões de habitantes e  não tem, sequer,  uma faculdade federal. Nem uma!

Será porque - e não quero acreditar nisso - tivemos prefeitos de partidos diferentes do PT nos últimos tempos? Eu não acredito que o Governo Federal faça uma discriminação nesse sentido. Então, quero fazer um apelo à Presidente Dilma para analisar essa reivindicação da região de Ribeirão Preto e determinar a instalação de uma faculdade federal naquela cidade como embrião da Universidade Federal.

Faço esse apelo também à Bancada do PT nesta Casa porque tenho certeza de que eles não adotam esse tipo de discriminação nas suas condutas. Então, nos ajudem a convencer a Presidente da República, o Ministro da Educação, para instalarem uma faculdade federal em Ribeirão Preto como o primeiro passo para a Universidade Federal da região da Alta Mogiana; já temos a USP, com várias unidades de ensino superior, mas falta essa área federal.

Eu sugeri também, aqui da tribuna, que Ribeirão Preto recebesse um Centro de Pesquisas da Embrapa. Recebi agora a resposta que o Estado de São Paulo já tem seis centros de pesquisas e, por isso, no momento não há projeto para instalar em Ribeirão Preto. Isso, a meu ver, é um absurdo porque Ribeirão Preto é a capital do agronegócio, internacionalmente reconhecida como um grande centro agropecuário. Então justificaria, plenamente, abrigar um centro de pesquisas da Embrapa, como o existente em Campinas, de uma riqueza notável.

Será que vai precisar eleger alguém do PT para os projetos federais começarem a ir, em larga escala, para Ribeirão Preto? Eu não acredito nisso. Eu acredito na falta de uma conexão mais forte para os Ministérios da Presidente Dilma reconhecerem a importância de Ribeirão Preto, da região de 3 milhões de habitantes, e atenderem essas legítimas reivindicações.

Minha participação na tribuna, hoje, é para conclamar as autoridades instaladas em Brasília para discutirem o nosso pleito e aprovarem a instalação de uma faculdade federal em Ribeirão Preto, embrião da Universidade Federal de Ribeirão Preto, como reconhecimento à importância de uma região que tanto tem feito para o desenvolvimento econômico e social do nosso País.

Eu espero que Brasília possa sentir essa reivindicação como de grande importância para todos nós; vou, inclusive, manter contato também com as Lideranças do PT de São Paulo, com grande influência em Brasília, para nos ajudarem nessa reivindicação.

Tenho certeza de que a Presidente Dilma ainda irá a Ribeirão Preto para, se Deus quiser, assinar o ato instalando a Universidade Federal na região de Ribeirão Preto.”

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar as presenças do Vice-Prefeito de Guaratinguetá, Dr. Miguel Sampaio Júnior, e, também, do Chefe de Assistência da Prefeitura de Guaratinguetá, Sr. Nelson Antonio Mathídios dos Santos, acompanhado do nobre Deputado Marco Aurélio, que foi Prefeito de Guaratinguetá.

Sejam bem-vindos a esta Assembleia Legislativa. (Palmas.)

Sr. vice-Prefeito, Miguel Sampaio Júnior, aqui, nesta Casa, temos a Frente Parlamentar Antidroga.

Está aqui um dos membros, que é o Deputado Olimpio Gomes. Nós vamos fazer uma visita a Guaratinguetá. Essa Frente Parlamentar Antidroga, as drogas ilícitas, vai visitar a Fazenda Esperança de Guaratinguetá, onde foi o Papa Bento XVI, preocupado com os jovens e adolescentes que estão lá.

Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, jovens estudantes que hoje visitam esta Casa, antes da minha fala de hoje, quero agradecer a presença do Sr. José Catarino, que hoje acompanha os nossos trabalhos, foi Prefeito de Presidente Venceslau, Oeste paulista, e hoje Diretor Presidente da Associação de Recuperação Florestal do Pontal do Paranapanema.

Seja bem-vindo a esta Casa, sempre Prefeito da minha Presidente Venceslau, Sr. José Catarino. (Palmas.)

Gostaria, também, com muita alegria, de dizer que está presente aqui, acompanhando os nossos trabalhos, a escritora Cleusa Badanai.

A Cleusa Badanai é uma pessoa com capacidade imensa de reproduzir os seus textos, situações mais que próprias e necessárias a serem divulgadas na sociedade, e que há um bom tempo vem dedicando parte da sua habilidade como escritora e como cidadã para retratar as agruras e as necessidades da família policial. Daí, a minha satisfação. Ela escreveu vários livros retratando a condição dos policiais e seus familiares, dos deficientes físicos e, recentemente, trabalhos exaltando a atividade policial como o próprio histórico da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Para felicidade do meu PDT, acabamos por convencer a escritora Cleusa Badanai a se filiar ao nosso partido para se colocar como pré-candidata a vereadora na Cidade de São Paulo.

Seja bem-vinda a esta Casa, bem-vinda ao PDT e às urnas. A boa política precisa, sim, de pessoas com consciência cívica e social e isto você esbanja nas suas ações.

Tomara deus que estejamos no dia 1º de janeiro de 2013 comemorando a sua assunção como vereadora da Cidade de São Paulo. Muito obrigado pela presença. Tenho a felicidade de ser o abonador da ficha de filiação da Cleuza no PDT e tomara deus tenhamos a repercussão de votos na intensidade da sua capacidade e dedicação.

Gostaria de voltar à questão que venho me debatendo ultimamente. O Governador de São Paulo é ótimo em anúncios. Mas ele se esquece dos anúncios que fez, quer por ocasião da campanha, quer no seu dia a dia. E eu volto a cobrar o anúncio que o Sr. Governador fez no dia 15 de julho, durante o recesso, de encaminhamento de projetos versando sobre correção salarial para a Polícia de São Paulo e funcionários do sistema prisional. Estamos no dia 11 de agosto, onze dias pós-recesso e nada dos projetos serem encaminhados à Casa, projetos que versam sobre reorganização de carreiras dos policiais militares e civis.

Isso é uma vergonha. O projeto é calamitoso em função do anúncio porque assim ainda teremos a Polícia pior paga do País. Mas sem essa migalha a situação é muito pior.

O que o Sr. Governador está aguardando para cumprir com a sua palavra? Deixar passar mais um mês para deixar de cumprir em mais um mês a data-base que é 1º de março?

Vamos continuar cobrando aqui, sim! É necessário cumprir a palavra empenhada, não colocar apenas nos santinhos ou nos compromissos de campanha e depois esquecer.

Voltarei à tribuna dentro de instantes para falar especificamente do que está acontecendo com a PEC 300 em Brasília. Uma manifestação mais do que própria do presidente do sindicato dos investigadores de Polícia do Estado de São Paulo rebate a posição de um delegado de Polícia numa inauguração em Itaquá, que disse que policial não precisa ter formação superior não. Mas vamos repercutir logo mais o que o Presidente do Sindicato dos Investigadores João Rebouças está mostrando, com muita propriedade, à sociedade inclusive dizendo que a Assembleia Legislativa tem de fazer muito mais pelo aprimoramento dos operacionais da Polícia Civil.

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Marcos Martins.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, venho à tribuna falar de um seminário que acontece neste instante nesta Casa, por onde passei antes de me dirigir ao plenário, e que acredito seja um dos mais importantes.

O seminário, que tem como tema o uso abusivo do álcool, é presidido pelo Deputado Federal Geraldo Rezende, de Mato Grosso do Sul, que vem do Congresso Nacional juntamente com a Deputada Federal Keiko Ota, o Deputado Federal Vanderlei Macris, a Deputada Federal Aline Corrêa e o Deputado Federal Marcelo Aguiar. Presentes também o Deputado Estadual Cauê Macris, um dos mais jovens deputados desta Casa. O seminário recebe ainda a sociedade civil organizada, ONGs e autoridades competentes.

O uso abusivo do álcool traz prejuízo não só material e econômico, sobrecarregando os hospitais e prontos-socorros, ocupando leitos de UTIs e cirúrgicos consumindo recursos fundamentais do SUS, como algo pior: a desagregação familiar. As pessoas bebem como se fossem acabar os alambiques, álcool brasileiro de baixa qualidade e em grande quantidade vai desenvolver cirrose, pancreatite, câncer, sobrecarregando os gastos do governo, governo que não tem recursos nem para socorrer as Santas Casas como disse há pouco o Deputado Vitor Sapienza.

Não temos recursos para a área do esporte, da Cultura, da Educação. Não temos recursos para outros setores vitais que poderiam combater a violência.

Quando fiz o projeto da ‘lei seca’, também conhecida como a ‘lei do silêncio’, a lei do fechamento dos botecos, apanhei muito da grande mídia. Uma parte da mídia veio para cima de mim porque estávamos contrariando os interesses dos poderosos, da AmBev. Mas em nenhum momento voltei atrás e disse no seminário: a luta é difícil, mas é uma luta de todos nós, uma luta que vai favorecer os adolescentes, como os jovens que nos visitam na tarde de hoje. O álcool é a porta de entrada para as drogas ilícitas como disse também aos nossos visitantes de Miguel Sampaio e ao vice-prefeito de Guaratinguetá, onde está a Fazenda da Esperança. O álcool é a porta de entrada para a maconha, cocaína, heroína, crack, oxi.

Quero dizer da alegria de estar nesta Casa, uma Casa que pode mudar o curso dessa história fazendo leis que possam garantir o direito de ir e vir e acima de tudo o direito à vida.

Termino minha manifestação dizendo que esta é uma luta de todos nós. É uma luta difícil, parece que não vai dar resultado, mas temos obrigação de fazer alguma coisa. Podemos perder a batalha, mas não a guerra.

Todos nós, irmanados, podemos salvar nossos adolescentes e aqui faço menção ao Symon, filho do jogador Casagrande.

Como eu disse ontem, para mim ele será símbolo da Frente Parlamentar Anti Droga, porque esse jovem não seguiu o exemplo do pai. O pai veio a público, na Rede Globo, o Brasil inteiro viu e eu até chorei juntamente com minha esposa, Marlene, com meus filhos, como o Brasil inteiro chorou quando o Symon disse ao pai, o nosso ídolo Casa Grande: “Você sempre aconselhou a não usar droga e você estava usando. A partir daquele instante me aproximei muito da mamãe, fiquei muito próximo da mamãe e perdi você. Fiquei distante de você, meu pai.” Por isso que tenho respeito muito grande por esse jovem que será exemplo para os adolescentes que deverão segui-lo e não quem já foi até presidente da Republica e incentivou marcha da maconha. Temos de seguir o Papa Bento XVI, que foi na Fazenda Esperança, pois estava preocupado com os jovens que estão entrando no caminho das drogas, o caminho da turma do mal, que começa com o álcool, essa droga oficializada e que tanto mal causa. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Marcos Martins, alunos que neste momento deixam o plenário, o nosso abraço, professor Marcos, professora Vanessa, e agradeço a visita do secretário de Turismo de Guaratinguetá, Nelson, e o vice-prefeito de Guaratinguetá Miguel Sampaio Junior, cuja presença nesta Casa aproveito para registrar um agradecimento, eis que ainda não tive oportunidade de fazê-lo. Quando à frente da Caixa Econômica Federal na região do Vale do Paraíba você foi grande parceiro dos prefeitos, sempre ajudou para que pudéssemos viabilizar os projetos do governo federal. Inclusive você esteve conosco na inauguração de um conjunto de 235 casas construídas com verba do governo federal. Agora, como vice-prefeito, leve para o nosso querido Junior Felipe um abraço e o reconhecimento deste parlamentar pela atuação de vocês, um agradecimento por tudo que fazem na nossa região.

Aproveito a oportunidade, Sampaio, para registrar que tivemos há dois dias a reunião da Frente Parlamentar dos deputados do Vale do Paraíba, Frente essa coordenada pelo Deputado Padre Afonso Lobato, do PV; esteve também o assessor do Deputado Gondim e o Deputado André do Prado, do PR.

Nessa reunião tratamos de vários assuntos. Um deles é a divulgação de que amanhã, dia 12, teremos uma audiência pública na FAAP de São José dos Campos para tratar do problema da Rodovia dos Tamoios. Será uma audiência feita pelo governo do estado e infelizmente num horário ruim, às 14 horas, quando poucas pessoas poderão estar presentes, pois será durante horário comercial, de trabalho. Nós, parlamentares da frente, do Vale do Paraíba, estaremos presentes.

Voltando ao assunto da região metropolitana do Vale do Paraíba, nós daremos mais um passo. No dia 26 de agosto, uma sexta-feira, às l9 horas e 30 minutos, na cidade de Taubaté, haverá uma reunião da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba com todos os presidentes de câmaras municipais dos 39 municípios dessa região. Por que conversar com os presidentes das câmaras municipais? Para que possamos envolver os parlamentos municipais nessa discussão da criação da região metropolitana do Vale do Paraíba. Dessa reunião resultou também uma visita ao secretário Edson Aparecido para cobrarmos dele agilidade no envio do projeto de lei a esta Casa criando a região metropolitana do Vale do Paraíba.

Tratou-se aí, também, da situação da Saúde no Vale do Paraíba. Fomos informados de um aporte financeiro do governo do estado ao Hospital Regional de Taubaté. Tratamos também da dificuldade que enfrenta o Hospital Frei Galvão, de Guaratinguetá, que interrompeu uma série de atendimentos pelo SUS porque não são cobertos pelo governo do estado. A nossa proposta ao governo é no sentido de que o aporte financeiro feito ao Hospital Regional de Taubaté também seja feito ao Hospital Frei Galvão, sob pena de todos aqueles que não são atendidos em Guaratinguetá terem de ir a Taubaté, o que congestionará mais ainda o atendimento naquela cidade cujos munícipes serão penalizados.

Aliás, Miguel Sampaio, vice-prefeito de Guaratinguetá, eu fui prefeito e sei que todas as vezes que o governo do estado não cumpre suas obrigações para com a Saúde o problema estoura nas mãos dos prefeitos. Porque lá que será feita a cirurgia que deveria ser feita pelo estado, lá que ocorrerão os procedimentos de alta complexidade que deveriam ser feitos pelo estado e não são feitos. Portanto, estamos somando a luta de todos os prefeitos para que o Hospital Frei Galvão volte a funcionar mediante verba do governo do estado e possa haver melhoria no atendimento na região do Vale do Paraíba.

O Deputado Major Olímpio disse aqui que às vezes o governo fala muita coisa na época de campanha, mas, depois de eleito, a prática é outra. Foi dito sobre melhoria na saúde, sobre construção de hospitais inclusive um na região do Vale do Paraíba e notem que nem estamos falando em construção de hospital, estamos pedindo que os hospitais que já existem possam funcionar com verba do governo do estado antes de se pensar em construir um novo. Não é possível pensar em construir um novo hospital se existem hospitais bons, que podem funcionar e não funcionam por falta de recursos. Isso acontece com o Hospital Frei Galvão, com o Hospital de São José dos Campos, da Santa Casa dessa cidade e também do Pio XII.

Por fim, Sr. Presidente, quero informar que a Frente Parlamentar em Defesa do Rio Paraíba do Sul fará na próxima segunda-eira, a partir das 7 horas da noite, na Câmara Municipal de São José dos Campos, o primeiro Seminário sobre o Rio Paraíba. Será aberto ao público. E essa frente, da qual faço parte, está muito preocupada com a questão da mineração na região do Vale do Paraíba e a defesa do Rio Paraíba. Eu disse aos jornais que temos de trata a questão da mineração como necessidade econômica, mas também como preservação ao meio ambiente.

Desejos aos parlamentares e a todos que nos assistem um feliz Dia dos Pais que será comemorado no próximo domingo. Sou pai pela primeira vez e evidentemente devo fazer o registro de uma data que vou comemorar pela primeira vez. É uma alegria muito grande. Obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, amigos da TV Assembleia, tenho acompanhado a falas dos deputados, tenho recebido muitos e-mails perguntando sobre o aumento dos policiais. Esse aumento foi prometido pelo governador do Estado de São Paulo, está no blog do comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Cel. Álvaro Batista Camilo, e a boa notícia é que esse aumento valerá a partir de 1º de julho, sendo a primeira parte do aumento. No ano que vem, em 1º de agosto, teremos mais 11,2%, totalizando um aumento de 27% em um ano. Confio que isso acontecerá. É pouco, precisaria muito mais, mas esse aumento vai chegar. O companheiro da Polícia Militar do Estado de São Paulo pode crêr na palavra empenhada do governador, do comandante geral. Sem dúvida alguma, o companheiro receberá a partir de 1º de julho. Outra boa notícia: vimos aqui aumentos sob forma de abonos para o pessoal da ativa. Esse ano não será assim, será um aumento linear, aplicado em cima do padrão dos vencimentos, o que é uma incorporação definitiva do aumento.

Por essa razão, reitero aos companheiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo que o aumento será retroativo e não virá sob a forma de abono, que beneficiava o pessoal da ativa e penalizava os aposentados e os pensionistas.

Estamos aguardando que o governador mande o projeto. Mas quero tranquilizá-los reafirmando que o aumento será retroativo a 1º de julho. Palavra empenhada pelo governador do Estado de São Paulo, pelo comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Espero que esse projeto também englobe a promoção ao posto imediato dos oficiais. Situação que foi discutida nos últimos três encontros com o governador. No último dia 09 de julho o governador saiu com o comandante geral, o secretário da Segurança Pública, estava com ele, chamei o comandante geral para que me ouvisse. O cel. Álvaro Batista Camilo é testemunha viva. O governador disse que atenderia a promoção ao posto imediato dos oficiais. E na última vez que estive na entrega de viaturas no comando da Rota, chamei o comandante geral e disse ao governador: Estou lhe pedindo insistentemente que o senhor nos atenda. Na frente do comandante geral ele falou: “Vou atender”.

Todos sabemos que os deputados não podem elaborar projetos que aumentem a despesa, são inconstitucionais. Mas o fato de teoricamente ser da base aliada - não sei que base aliada é esse se não tenho ninguém nomeado em lugar nenhum. Pude conversar e foi garantido a mim, pelo governador, na frente do comandante geral, que ele ia nos atender e atender à Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ainda falei: o Exército tem essa vantagem, a Aeronáutica tem, as praças têm, e nós perdemos. Fui ao departamento de Finanças da PM e falei ao secretário da Fazenda que a implicação seria de no máximo 50 mil reais por mês no orçamento do estado. Ele entendeu que é uma questão de atender o clamor da melhor Polícia do Brasil embora ela seja umas piores pagas.

Está dito. Nosso aumento será a partir de julho. Quero acreditar e tenho certeza que isso vai acontecer. E o posto imediato dos oficiais me foi garantido três vezes, nos últimos dois meses, na frente do comandante geral, pelo governador do estado. E confio que isso virá para nós. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOZ CEZAR - PSC - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, num momento em que o governador Geraldo Alckmin tenta corrigir falhas na estrutura de atendimento do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, um novo problema voltou a gerar dores de cabeça para os pacientes que dependem daquele hospital: faltam medicamentos de alto custo no setor encarregado de distribuir os produtos.

O fornecimento dos remédios é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde. Nas últimas semanas, pacientes têm ido aos jornais reclamar das dificuldades no recebimento dos remédios. Um deles, que me procurou, aposentado de 64 anos, não consegue receber o medicamento Atorvastatina, de 20 miligramas. O produto é destinado a quem faz tratamento de controle do colesterol e triglicérides.

Uma mulher de 55 anos se dirigiu na semana passada ao CHS para pegar três caixas de Olanzapina para o filho de 15 anos, que faz tratamento de autismo e esquizofrenia. Ela precisava de uma caixa de 10 miligramas e duas caixas de 5 miligramas cada.

Sr. Presidente, V.Exa.que é médico sabe bem do sofrimento de alguém que necessita de medicamento.

Levou para casa somente a caixa de 10 miligramas, porque as de 5 miligramas não constavam no estoque do setor de distribuição. Nos dias seguintes essa mãe ligou para o setor responsável. Além de ter dificuldade em efetivar a ligação com o devido atendimento, quando foi finalmente atendida teve a informação de que as caixas de 5 miligramas ainda não haviam chegado e ela precisava continuar esperando. Preocupada, nervosa, a mulher consultou uma farmácia convencional e constatou que cada caixa custa R$ 335,52. Se tiver que comprar as duas caixas, terá que gastar R$ 671,10. E o pior: sem ter o dinheiro.

Esses são exemplos dramáticos das falhas na distribuição de remédios no CHS, um hospital de referência na área da saúde em Sorocaba e região, que engloba 48 municípios. Nesses dois exemplos citados, como ficam os tratamentos do aposentado de 64 anos e do garoto de 15 anos? Os pacientes e suas famílias simplesmente se desesperam. A angústia, a agonia, a aflição toma conta de todos. A saúde precisa ser tratada de forma correta e isso exige a garantia de remédios em quantidade e nos prazos certos.

O remédio de alto custo é um direito do paciente e um dever do Estado quanto à necessidade de garantir sua distribuição. São casos de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e cuja distribuição de remédios é atribuição das Secretarias de Estado da Saúde. Habitualmente são casos crônicos, contínuos e de alta complexibilidade, que exigem atenção redobrada dos familiares que acompanham os pacientes e dos órgãos públicos responsáveis pela prestação desse tipo de atendimento. Há casos de remédios que custam mais de R$ l mil, muito mais do que o salário de muitos trabalhadores.

Tomamos contato com essas histórias e não podemos deixar de nos solidarizar com esses pacientes e seus familiares. Eles se revoltam e estão cobertos de razão. Cabe a nós, deputados, como representantes dessas pessoas na Assembleia Legislativa de São Paulo, fazer pressão para que a Secretaria de Estado da Saúde providencie com a máxima urgência os medicamentos de alto custo que estão em falta no setor de distribuição do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Com a saúde não se brinca. A burocracia de compras, concorrências públicas, recepção e encaminhamento de remédios não pode servir como desculpa para os atrasos no fornecimento desses produtos tão importantes para a saúde e a vida de pacientes, como o aposentado de 64 anos e o garoto de 15 anos.

Sr. Presidente, o tratamento de saúde ao qual pacientes com essas necessidades se submetem já traz grande preocupação aos familiares o tempo todo. Já pensaram, em meio a essa situação que já é angustiante por natureza, enfrentar mais um problema representado pelo atraso no recebimento dos remédios de alto custo? Isto é, no mínimo, uma insensatez por parte dos setores responsáveis pela distribuição. E nós, representantes da sociedade civil organizada, não podemos aceitar uma situação como esta.

Recentemente, o Governador Geraldo Alckmin nomeou para o CHS o interventor Dr. Luís Cláudio de Azevedo Silva com a missão de recuperar a credibilidade do hospital, a partir de denúncias de uso indevido dos plantões médicos. No conjunto de todas as providências a serem tomadas, não é possível que uma situação como a da distribuição de remédios de alto custo não seja examinada pelo interventor com o objetivo de encontrar uma solução em benefício dos pacientes.

Esperamos que, com toda essa exposição, a Secretaria de Estado da Saúde atenda ao nosso apelo para que os entraves que causaram a falta de medicamentos e os atrasos na distribuição sejam resolvidos com urgência para que os pacientes e suas famílias não sofram as consequências. E, se hoje nos dispomos a criticar essa situação, amanhã, assim que a distribuição dos medicamentos for normalizada, poderemos, sem sombra de dúvida, voltar ao assunto com elogios aos responsáveis pela solução do problema.

Acompanharemos de perto as providências, todos os dias, para que possamos dar respostas aos pacientes e seus familiares e, assim, podermos contribuir para sufocar a angústia que hoje atormenta quem precisa dos remédios fornecidos pelo setor público, não podem comprá-los por causa do alto custo e mesmo assim têm que garantir a continuidade de tratamentos de saúde de pessoas muito queridas. Que Deus abençoe a todos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembléia, venho a esta tribuna para comentar a manifestação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na pessoa do Desembargador Magalhães Coelho, pedindo perdão para uma mãe de um adolescente atropelado por uma viatura policial em 1998.

A família, logicamente, entrou com uma ação pedindo indenização. E esse processo só foi julgado agora recentemente. Houve um atraso de 10 anos; o processo ficou tramitando na Justiça por um prazo de 10 anos. Então, o desembargador, com vergonha dessa situação, pediu desculpas, inclusive por escrito no próprio parecer, dizendo que é um caso perverso causado pela burocracia judicial. Estou dizendo isso porque nós aqui insistimos em denunciar a crise na Justiça, principalmente aqui no Estado de São Paulo.

Temos uma Justiça morosa, cara, que tem prejudicado toda a população do nosso Estado. E isso é tão grave que o próprio Conselho Nacional de Justiça publicou uma resolução, a Resolução 542, para pressionar os tribunais de Justiça do Brasil a agilizarem os julgamentos, os processos paralisados, para que haja uma atualização de no mínimo até o dia 30 de março de 2006, porque a situação é muito grave hoje no Brasil nesse aspecto.

Aqui em São Paulo, a situação é muito pior, porque o nosso Tribunal é o maior do País e um dos mais precários e deficitários, a começar pela falta de funcionários. Temos pouquíssimos funcionários trabalhando no Tribunal de Justiça. Sabemos que há uma falta de aproximadamente 15 mil servidores. Não há concurso público, não há contratação. Em muitas regiões do nosso Estado os fóruns, as comarcas funcionam com funcionários das prefeituras, porque o Estado não libera recursos, o Tribunal de Justiça não realiza os concursos públicos e com isso temos servidores de prefeituras trabalhando nas comarcas e nos fóruns do interior.

Isso é um absurdo, um desvio de função desses servidores. Então é muito oportuno o pronunciamento desse desembargador. Ao mesmo tempo em que ele pede perdão, fortalece uma denúncia que estamos fazendo dessa morosidade, da perversidade da burocracia do Judiciário, que, como eu disse, tem prejudicado a população. Os 42 milhões de habitantes do Estado de São Paulo são penalizados e também os funcionários do Judiciário, os servidores que estão com uma sobrecarga de trabalho. Eles trabalham além do horário. Temos vários servidores adoecendo no trabalho por excesso de atividade.

Então, nesse sentido, queremos aqui dizer que o Conselho Nacional de Justiça agiu corretamente, publicando a Resolução 542 para dar um basta nessa tradição de atraso de julgamentos e de processos. É inconcebível que uma família espere 10 anos para receber uma indenização do Estado, porque a morte do adolescente, Johnny Rafael Ferreira, aconteceu em 1998. E no ano 2001 a Fazenda do Estado entrou com recurso de apelação e só agora esse recurso foi julgado. Logicamente que o Estado foi condenado a pagar a indenização para a família, porque o Estado tinha culpa nesse caso específico.

Então fica aqui o nosso apelo, primeiro para que haja uma reforma no Poder Judiciário, um poder que não é controlado. A Assembleia Legislativa não controla o Tribunal de Justiça. A sociedade também não; não há controle e muitas vezes o Conselho Nacional de Justiça não controla também o próprio Tribunal de Justiça que desrespeita as decisões, as resoluções e as orientações do Conselho Nacional de Justiça.

Então temos que fazer a reforma do Judiciário, uma verdadeira devassa no que vem acontecendo na estrutura que ninguém conhece. Queremos transparência na execução orçamentária do Poder Judiciário. Queremos saber qual o salário da cúpula da Magistratura. Conhecemos os salários dos 40 mil servidores públicos, salários baixíssimos, aviltantes, que deixam esses funcionários na maior penúria, juntamente com as suas famílias. Mas os salários da cúpula nós não conhecemos. Temos que investigar.

Foi por isso que no ano passado nós propusemos aqui uma CPI do Judiciário, para investigar, para fazer uma devassa no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e para melhorar esse atendimento, acabar com a morosidade dos julgamentos e da tramitação dos processos.

Digo isso em nome da população do Estado de São Paulo, e sobretudo em nome dos 40 mil funcionários que estão com sobrecarga e têm um dos piores salários entre os servidores públicos do País, e querem a contratação de mais servidores, para que haja distribuição do trabalho. E, logicamente, que haja melhoria salarial e melhoria das condições de trabalho. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de ler uma manifestação do João Rebouças, Presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia, e pedir regimentalmente que fosse encaminhada cópia ao Secretário da Segurança Pública e ao Delegado Geral de Polícia, a respeito de um fato ocorrido na inauguração de uma Dise em Itaquaquecetuba.

Este Sindicato, em defesa da classe, vem externar a sua indignação sobre a notícia veiculada no último dia 04/08/2011 no jornal Diário Alto Tietê.

Nela o Delegado Seccional, Sr. João Roque Américo, declara que os deputados estaduais deveriam repensar sobre a obrigatoriedade do curso superior aos interessados em trabalhar na Policia Civil. Segundo a notícia, o Delegado afirma que os interessados com nível superior não querem ir para a rua enfrentar o crime e sim realizar serviços administrativos, afirmando ainda que seria este o motivo pela baixa procura das pessoas pelo cargo.

O pleito do Delegado foi externado na Inauguração da nova sede do Dise Itaquá e contou com o apoio da Ilustre Deputada Estadual Heroilma Tavares (PTB), que lá também esteve presente, que além do apoio, teria afirmado saber da existência de pessoas sem diploma que poderiam exercer a função de investigador.

Esta notícia demonstra a forma injusta e indevida que a classe vem sendo tratada por alguns delegados de polícia desta gestão, vindo em seguida a Portaria nº 08/11 do Decap, da qual este Sindicato também vem tomando as medidas legais em defesa da classe.

Ao contrário do que pensa o ilustre Delegado, a Lei n° l.067/2008 veio no intuito de elevar a carreira policial, sendo a edição da mesma uma vitória pela valorização da classe.

Um exemplo desta valorização foi o disputado concurso para ingresso na carreira policial civil deste Estado, com início em 2009 e término em julho de 2011, onde 23.384 inscritos disputaram 887 vagas, sendo 26.36 candidatos por vaga.

Estes números repelem todos os argumentos do Delegado Seccional que comparou uma suposta baixa procura de interessados na carreira com a exigência do diploma, revelando o total desconhecimento e despreparo de alguns profissionais quando abordam o assunto.

Tamanho despreparo preocupa e nos leva a crer que polícia está sendo gerida por pessoas incapazes de compreender que o nível superior exigido além de valorizar a classe, traz maior qualidade na prestação do serviços a sociedade.

Não podemos concordar com nenhum tipo de ideia ou manifestações que possam colocar em risco a progressão conquistada.

Manteremos nossa postura de combater todos aqueles interesses que possam colocar em risco a valorização da classe.

Estamos vivendo mais um momento de turbulências geradas por pessoas que querem desclassificar a carreira de policial, porém, não deixaremos que estas pessoas despreparadas e desinformadas consigam abalar a estrutura arduamente conquistada pela

Por sugestão da própria deputada na matéria, este Sindicato se coloca a disposição para ser consultado sobre o assunto, adiantando que manterá a posição da obrigatoriedade da exigência do diploma para ingresso na carreira.

Porém, adiantamos desde já algumas perguntas a serem respondidas às autoridades da matéria:

O cargo de investigador de policia exige pouca instrução escolar?

Será que o raciocínio externado pelas autoridades é o mesmo dos seus pares?

Será que este tipo de posicionamento não é um dos fatores que trazem para a Policia Civil o título de pior salário do país?

Policiais semi-analfabetos trariam a solução para a segurança pública do Estado de São Paulo?

A população merece isso?

A carreira de Investigador de Polícia merece isso?

Esta é mais mais uma etapa da incansável luta pela valorização da carreira policial a ser vencida.

João Batista Rebouças da Silva Neto Presidente

Sr. Presidente, nós votamos e aprovamos; o Governador sancionou nesta Casa, tornando o curso de formação dos soldados da Polícia Militar curso superior, justamente para elevar o grau, a condição e o preparo para todo policial no Estado de São Paulo.

Portanto, faço coro às manifestações de João Rebouças, e repudio a conduta desse delegado, que está sugerindo à Assembleia que reverta essa condição de formação superior dos policiais civis do Estado de São Paulo.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, gostaríamos de trazer a lembrança da audiência pública que nós realizamos ontem aqui no Auditório Kobayashi, sobre os famosos apagões no Estado de São Paulo, que não são poucos, inclusive nesta Casa.

Já tivemos que suspender sessões aqui, por falta de energia elétrica. Quando o Secretário compareceu à Comissão de Saúde, que eu presido, para cumprir uma determinação legal, a sessão teve que ser interrompida por falta de energia elétrica.

Ontem foi realizada uma outra audiência na Comissão de Energia, com a presença do Secretário José Aníbal, que tem uma posição crítica, mas lamentamos que ele não tenha comparecido a nossa audiência pública, onde estiveram presentes diversas cidades, a região metropolitana praticamente toda. Além da Eletropaulo, outras empresas têm problemas enormes de prestação de serviços, de qualidade ruim, para a população.

Na região de Jundiaí a CPFL rompeu o convênio com a Caixa Econômica Federal e a população não pode sequer pagar as contas. E se não paga, a energia elétrica é cortada.

Aqui no Estado de São Paulo esses apagões não foram poucos. No penúltimo mais de 700 mil pessoas foram atingidas. Há uns três ou quatro dias tivemos um apagão no Paraíso, Vila Mariana e mais alguns bairros.

Ficou claro na audiência, realizada com a presença do Procon e dos vários representantes, Secretários de prefeitura, prefeitos, vereadores, que a falta de investimento da Eletropaulo, a falta de acompanhamento dos problemas, da manutenção, dos reparos, é que leva aos apagões.

A Arsesp precisa fiscalizar melhor. É a agência reguladora que cuida não só da área da Saúde, mas do abastecimento na cidade. Ela precisa melhorar o funcionamento, há muito por fazer. A cidade de Vargem Grande denunciou uma rede de alta tensão, que foi construída para resolver o problema de uma única empresa, passando por cima da cidade, de diversas casas, dificultando inclusive o acesso às calçadas.

São problemas os mais variados no Estado de São Paulo. De vez em quando aparecem aqui Deputados que só veem problema em Brasília, apesar de serem Deputado estadual.

Gostaríamos também de registrar que amanhã, na Cidade de Osasco, haverá uma manifestação dos moradores do bairro Rochdale, porque o Estado não resolve um problema de canalização do córrego, que mais parece um esgoto a céu aberto. Recursos do Governo Federal, a grande maioria, cerca de 40 milhões, e seis milhões do Governo do Estado. A licitação está pronta, mas o Governo do Estado não resolve esse problema. Os moradores se propuseram a fazer uma manifestação para que o Estado agilize a solução desse problema.

Uma matéria do jornal “Folha de S.Paulo” - não é nenhum jornal petista -, no Caderno Cotidiano do dia seis de agosto diz: “Documento sobre o Metrô é verdadeiro, conclui perícia”. Trata-se daquela licitação realizada, cujo resultado foi registrado em cartório pela “Folha de S.Paulo”. A perícia confirmou que os documentos não têm nenhuma irregularidade. O resultado registrado pela “Folha” foi realmente dos ganhadores da Linha Amarela, na qual morreram sete pessoas há não muito tempo durante as obras.

Então, no Estado de São Paulo também há problemas. O nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. abordou os problemas que estão ocorrendo no Complexo Hospitalar de Sorocaba. Isso vale para vários outros hospitais do Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, primeiramente gostaria de cumprimentar as advogadas e os advogados deste País. Hoje é o Dia do Advogado. Cada vez mais temos injustiças no nosso País. Temos de agradecer e pedir a Deus que abençoe os advogados por tudo que eles têm feito, pelo menos pelo povo menos favorecido, aqueles que não podem pagar um advogado. Eles estão aí para defender quem precisa.

Assomo à tribuna na tarde de hoje para fazer alguns agradecimentos. O primeiro é por ter sido convidada na sexta-feira passada para fazer parte da Mesa quando houve o relançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres. Foi uma coordenação da Deputada Ana Perugini, do Partido dos Trabalhadores, a quem quero agradecer publicamente. Falamos sobre trabalho, saúde, agricultura e também sobre o recorte racial.

Quero também agradecer, como membro da Comissão dos Direitos Humanos, a participação muito importante do nobre Deputado Olímpio Gomes, do PDT, que tem contribuído de forma muito precisa para o bom andamento de algumas questões que chegam a essa comissão.

Quero registrar um fato triste. Na Cidade de Junqueirópolis, um professor de 63 anos foi agredido por um aluno de 14 anos. Como sou uma pessoa que sempre defendi os professores e a educação, tenho de fazer esse registro com muita tristeza. Na Cidade de Glicério, uma professora foi agredida por um homem drogado. Se não fosse um funcionário que estava na escola naquele momento, não saberíamos o resultado dessa ação.

Quero agradecer também o nobre Deputado Edson Ferrarini, que me deu um material sobre as drogas. Não podemos, de forma alguma, ausentarmo-nos dessa luta. Já tivemos problemas com amigos nossos pela questão da droga, o que tem sido muito complicado no nosso País.

Quero publicamente me desculpar com o nobre Deputado Orlando Bolçone pelo fato de não poder ter comparecido hoje em São José do Rio Preto por questões de logística. Não poderia, de forma alguma, ir sozinha ao evento, pedimos a presença do nosso chefe de gabinete, como não foi possível, fiquei impedida de comparecer, mas quero agradecer pelo convite que me foi feito.

Quero mais uma vez dizer que toda a conduta que temos tido não só na Comissão de Educação e Cultura, como também na Comissão dos Direitos Humanos, presidida pelo nobre Deputado Adriano Diogo, que tudo que tem acontecido em relação à nossa participação nessas duas comissões são resultado de uma equipe da assessoria parlamentar. Falando sobre meus assessores parlamentares, quero cumprimentar os assessores dos demais 93 deputados desta Casa. Se não fossem eles, não sei se eu poderia ter o resultado equilibrado que tenho tido. Todos sabem que é meu primeiro mandato, que não tenho nenhuma experiência na política. Mas minha assessoria parlamentar tem me dado toda a condição, toda a estrutura, todos os entendimentos para que eu possa ter uma conduta que tem sido inclusive observada nesta Casa. Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Sr. Presidente, indico o nobre Deputado Donisete Braga a usar a palavra pelo Art. 82, em nome da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - É regimental. Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, em primeiro lugar agradeço minha colega Leci Brandão, vice-líder da Bancada do PCdoB nesta Casa. Assim como fez minha colega, quero também saudar todos os advogados do nosso Brasil. Temos hoje quase 700 mil advogados. Somos o terceiro país em número de advogados. Inclusive hoje vivemos a polêmica da questão da prova da OAB. É um tema em questão, esta Casa poderia organizar um grande debate a respeito. Não queremos simplesmente eliminar a prova da OAB, mas estabelecer algum tipo de qualificação do Direito no Brasil. Sabemos que, por exemplo, um delegado hoje não tem que, necessariamente, ter a carteira da OAB. Ele pode, simplesmente, ser bacharel de Direito, prestar um concurso público e se tornar delegado. Então, é um tema polêmico, que está sendo discutido no Supremo Tribunal Federal. São Paulo poderia fazer esse debate.

Sr. Presidente, li uma matéria publicada no jornal “Folha de S.Paulo” na qual o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala da internação compulsória, que é inclusive a emenda constitucional do Deputado Orlando Bolçone, que tramita nesta Casa, e quer fazer um debate para envolver a sociedade brasileira, o Conselho Federal de Medicina, o Ministério Público Federal e o Ministério Público estadual, e as famílias. O conceito que está pautado é que, primeiro, não é simplesmente cerceando o direito de ir e vir do cidadão, mas preservando o direito de decisão das pessoas em função do seu vício, e salvá-la.

Este é o grande debate para o Brasil, especialmente para o Estado de São Paulo. Diria que para São Paulo a internação compulsória seria uma medida drástica, porque infelizmente não temos equipamentos e profissionais capacitados para atender os dependentes químicos. A Frente Parlamentar, até o final do seu trabalho, apresentará seguramente um projeto estadual, uma posição oficial sobre este tema que estamos tratando com muito carinho. Não queremos ser repetitivos e recorrentes ao tema, mas queremos ser persistentes e perseverantes. Entendemos a necessidade de uma iniciativa da Presidente Dilma Rousseff e dos governadores de todos os Estados, inclusive de todos os países da América do Sul, mas especialmente dos deputados estaduais de São Paulo. Temos de trazer elementos que apresentem alternativas, sugestões e investimentos nesse tema tão danoso para a sociedade brasileira.

Não poderia então deixar de registrar que o Ministro Alexandre Padilha estará conosco na Assembleia Legislativa de São Paulo, no dia 16 de setembro, discutindo e apresentando programas e ações com relação ao crack e outras drogas para o Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência cumprimenta o nobre Deputado Donisete Braga, Presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack. Ele tem lutado muito e é uma figura fundamental ao lado do Deputado Orlando Bolçone, do Deputado Olímpio Gomes, do Deputado Edson Ferrarini, do Deputado Afonso Lobato, do Deputado Enio Tatto e de tantos outros deputados, como os Deputados Leci Brandão e Carlos Giannazi, aqui presentes. Gostaria de dizer que esteve aqui presente o vice-Prefeito de Guaratinguetá que, em nome do Prefeito Miguel Sampaio Junior, colocou à inteira disposição a visita da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack, que será realizada na Fazenda Esperança, onde o Papa Bento XVI visitou preocupado com os adolescentes e drogados.

Esta luta é difícil, mas é de todos nós. E tem de ser repetitivo, pois a gente fala uma vez e esquece. É preciso falar todo dia, a toda hora. Penso que esta Frente cumpre uma tarefa importante, pois foi recebida de forma hospitaleira pelo nosso querido Ministro Padilha. Isso engrandece a luta desta frente. Fomos também recebidos com muito carinho no Congresso Nacional porque esta é uma luta de todos nós. Não haverá qualidade nem segurança se não lutarmos contra a droga.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de corrigir alguns deputados que se utilizam da tribuna, logicamente da base do Governo que dão sustentação ao Governo Geraldo Alckmin. Eles estão, de forma equivocada, afirmando, por exemplo, que os servidores da Segurança Pública, policiais civis e militares, terão aumento salarial. A correção que faço é a seguinte: não haverá aumento salarial. Haverá um pequeno reajuste que não cobrirá nem as perdas inflacionárias passadas, muito menos a deste ano e a do ano que vem. Este reajuste que será enviado para a Assembleia Legislativa - e nem chegou ainda - será parcelado em dois anos, como foi feito com os professores - Geraldo Alckmin parcelou o reajuste em quatro anos. No mesmo diapasão, não houve e não haverá reposição nem das perdas inflacionárias passadas, e nem da atual até o ano de 2014. Só que alguns deputados da base governista gostam de agradar os dois lados - gostam de fazer média tanto com o Governo como também com os servidores.

É o tipo de bajulação que não leva a nada. Temos de ser verdadeiros e cobrar que o Governo invista de fato na recuperação salarial dos servidores do Estado de São Paulo. Não dá mais para assistir aqui de camarote o Governo Geraldo Alckmin enviando - às vezes, nem enviando, mas anunciando - esses reajustes apenas para neutralizar e desmontar os movimentos que estão em curso no Estado de São Paulo: dos servidores da Educação, da Segurança Pública, do Centro Paula Souza, e agora da Saúde. Hoje mesmo abrimos os jornais e lemos que o Governador anunciou a proposta de um reajuste para os servidores da Saúde para neutralizar uma possível manifestação. Amanhã terá assembleia dos servidores da Saúde do Estado, e o Governador sabe disso. Há uma grande insatisfação histórica com o Governo, de PSDB, nessa área do funcionalismo público, e o Governador já se antecipa anunciando um possível reajuste ínfimo, pífio, que não repõe as perdas salariais sem investir verdadeiramente nos servidores do Estado de São Paulo.

Ontem foi protocolado aqui o projeto de lei que concede o reajuste para os funcionários e professores do Centro Paula Souza, das Escolas Técnicas e das Faculdades de Tecnologia - Etecs e Fatecs. Este PLC 43, publicado hoje no Diário Oficial do Estado, não atende minimamente as perdas salariais. Não é nada, na verdade. Já estamos preparando emendas a este projeto para aperfeiçoá-lo. Espero que todos os deputados façam o mesmo, porque a Assembleia Legislativa não pode aceitar de forma submissa que esses projetos enviados a esta Casa não reponham a inflação. Temos de apresentar emendas alterando porcentagem dos reajustes apresentados pelo Governo estadual. Então, nós, do PSOL, já estamos preparando emendas e iremos apresentá-las.

Eu faço apelo, aqui, aos Parlamentares desta Casa para que, também, façam o mesmo. Todas as lideranças partidárias apresentem propostas para elevar o reajuste dos servidores e que votem favoravelmente porque não adianta só apresentá-la para fazer média, para agradar os servidores e, depois, não votar a favor.

Nós, do PSOL, vamos apresentar emendas e pedimos o apoio de todos os Deputados para recuperar a dignidade salarial dos servidores do Estado de São Paulo, dos professores do Centro Paula Souza, dos servidores da Segurança Pública, do Sistema Prisional também, da Saúde, do Judiciário.

Essa tem sido a nossa grande luta aqui na Assembleia Legislativa. Nós não vamos ficar aqui fazendo demagogia como alguns deputados dizendo que vai ter aumento, que a situação vai melhorar agora porque o Governador Alckmin é bonzinho e que agora vai recuperar o salário dos servidores. Isso não procede.

Não podemos aqui nos esquecer que o atual Governador Alckmin já foi governador durante seis anos do Estado de São Paulo e arrochou o salário dos servidores públicos. Então, não temos nenhuma ilusão. Nós só acreditamos na luta aqui dos servidores, através de suas entidades representativas e através de alguns poucos parlamentares que têm feito, de fato, a defesa e votado a favor dos servidores do Estado de São Paulo.

Nós vamos apresentar uma emenda ao PLC 43 para aperfeiçoá-lo, como fizemos em relação ao projeto dos professores e dos servidores da Educação e como faremos em relação aos servidores da Segurança Pública, do Judiciário, da Saúde e do Sistema Prisional. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo de Lideranças, solicitamos o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. e Srs. Deputados, havendo acordo de Lideranças, esta Presidência antes de levantar a sessão, convoca V. Exa. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 16 horas e dois minutos.

 

* * *