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01 DE SETEMBRO DE 2011

095ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI, OLÍMPIO GOMES e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - ENIO TATTO

Apoia decisão do Judiciário paulista que proíbe hospitais públicos de cederem leitos para pacientes com planos de saúde. Recorda que, na época, o PT votou contra a medida. Afirma que o projeto privilegiaria os pacientes que tivessem convênios. Critica projeto, de autoria do Governo Estadual, que visa transformar o Hospital das Clínicas em autarquia.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Discorre acerca das notícias publicadas nos jornais em relação à proposta do Governo de instituir previdência complementar para os futuros servidores públicos estaduais. Alega que o desconto salarial de 7%, em razão dessa nova norma, irá desestimular o ingresso no serviço público. Critica a gestão do PSDB no Estado de São Paulo. Lembra denuncia de bingo clandestino instalado em prédio do Ipesp.

 

004 - JOSÉ CÂNDIDO

Discursa sobre o III Congresso dos Gedeões, em Suzano. Faz menção aos trabalhos desenvolvidos pelo grupo. Cita encontros realizados na região pelos missionários. Comunica próximos congressos. Convida o público e as igrejas evangélicas a participarem do evento.

 

005 - MARCO AURÉLIO

Lê e comenta ofício da Ordem dos Advogados do Brasil que pede pela revisão do projeto de instalação penitenciária em Paranapanema. Pontua que isso poderá gerar aumento da criminalidade e atrasar o desenvolvimento local. Pede por maior investimento na educação. Elogia a redução do índice de mortalidade infantil na cidade de Jacareí. Considera o caso um exemplo a ser seguido pelo Governo Estadual.

 

006 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

007 - JOOJI HATO

Comenta notícia que diz que redes de supermercados irão exigir, no ato da compra de bebidas alcoólicas, a apresentação de documento para comprovação de idade. Explica que a iniciativa provém dos comerciantes. Afirma que o projeto de punição aos infratores da norma que proíbe a venda do produto a menores incitou essa medida.

 

008 - OLÍMPIO GOMES

Discorre sobre projetos de reajuste salarial e plano de carreira do Executivo. Defende emendas parlamentares às matérias. Cita reivindicações dos policiais. Comunica audiências públicas para debater a questão. Lembra projeto, de sua autoria, que aguarda há dois anos por votação.

 

009 - FERNANDO CAPEZ

Endossa a fala do Deputado Olímpio Gomes, em relação a necessidade de emendas a projetos do Governo. Considera importante ouvir os pleitos dos servidores. Cita e defende suas propostas de alteração à matéria. Defende a aposentadoria de policiais femininos após 25 anos de trabalho.

 

010 - JOOJI HATO

Dá continuidade ao seu pronunciamento acerca da campanha dos supermercados em favor da proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores. Lembra leis, de sua autoria, instauradas na cidade de Itapeva, como a "Lei Seca" e a "Lei do Silêncio".

 

GRANDE EXPEDIENTE

011 - OLÍMPIO GOMES

Para comunicação, fala da expectativa da Executiva Estadual do PDT quanto às providências cabíveis por parte da Mesa Diretora, no sentido de publicar a decisão da legenda e acatar a indicação deste Parlamentar como o novo líder da bancada na Casa.

 

012 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Registra a manifestação, que encaminharia à Presidência Efetiva.

 

013 - FERNANDO CAPEZ

Faz a leitura de texto que deve formalizar como questão de ordem, sobre a garantia das prerrogativas parlamentares. Acrescenta que o documento está em circulação em todos os gabinetes desta Casa, a fim de colher assinaturas. Pede que os parlamentares avaliem a questão e a subscrevam.

 

014 - Presidente JOOJI HATO

Solidariza-se com o anseio do Deputado Fernando Capez, a quem manifesta apoio.

 

015 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

016 - JOOJI HATO

Requer a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, com assentimento das lideranças.

 

017 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h46min.

 

018 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h34min.

 

019 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pelo art. 82, comemora o 451º aniversário da cidade de Mogi das Cruzes. Parabeniza o prefeito pelo desfile cívico e apresentações diversas realizadas em razão da data. Defende a instalação do Expresso Leste no distrito de César de Souza, em Mogi das Cruzes. Contesta as informações cedidas pelo presidente da CPTM. Informa posicionamento do Governador Geraldo Alckmin, favorável à expansão do trem até 2014. Destaca a relevância desta obra para a população local. Demonstra as vantagens do transporte ferroviário para o meio ambiente.

 

ORDEM DO DIA

020 - Presidente BARROS MUNHOZ

Põe em votação e declara sem debate aprovado o requerimento, do Deputado Luiz Cláudio Marcolino, solicitando licença para participar do Seminário dos Sindicatos e Partidos, no México, de 07 a 11/09. Põe em votação e declara sem debate aprovado o requerimento nº 1554/11.

 

021 - JOOJI HATO

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

022 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 02/09, à hora regimental, sem ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, funcionários, público que nos assiste, os jornais publicam “Justiça proíbe hospitais de cederem leitos para planos de saúde.”

Sem dúvida, uma decisão importante, mesmo porque gerou uma grande polêmica quando esta Casa aprovou, com voto contrário do Partido dos Trabalhadores, a lei do Poder Executivo autorizando que 25% das vagas dos hospitais públicos fossem destinados a pacientes de planos de saúde.

Na oportunidade dizíamos que se tratava de uma injustiça, que seria a dupla porta, o aumento da fila daquelas pessoas que mais precisam, que dependem do SUS em benefício daqueles que também têm direito, mas que têm seu plano de saúde. E agora uma decisão da Justiça - cabe recurso - derruba essa possibilidade. Trata-se de uma decisão importantíssima. De fato era uma aberração o projeto do Governo do Estado, do Governo do PSDB, que sabe que tudo o que chega aqui é aprovado, muitas vezes sem discussão, sem aprofundamento do debate, às vezes com audiência pública, mas audiência pública para inglês ver. Apenas a participação da oposição e das entidades denunciando naquela época que era dupla porta, que era passar na frente da fila. E é isso que vem acontecendo.

Mas, felizmente, a Justiça determinou a proibição. Realmente não dá para admitir que as pessoas sejam tratadas com diferença pelo estado, que um hospital público, que tem convênio com o SUS, privilegie alguém que tem plano de saúde, porque o hospital público deve tratar todos de maneira igual, não pode ter duas portas, não pode conceder privilégios, como vinha acontecendo. Imaginem o Hospital do Grajaú, de Guaianazes, de Campo Limpo, M’Boi Mirim, onde a população demora um tempão para marcar um exame, que vai ao hospital com uma emergência e pega uma fila de uma, duas, três horas, e de repente aparece um cidadão, que também tem seu direito, mas porque tem plano de saúde ele pode passar na frente de todos e ser atendido antes daqueles que chegaram antes ou tinham agendado antes. Era uma injustiça enorme que o hospital público não poderia estar cometendo.

Estou falando isso também, deputado major Olímpio, porque aqui na Casa tem um projeto e o governo quer aprovar de todo jeito, que é transformar o Hospital das Clínicas numa autarquia, para possibilitar também as duas portas. Dizem que lá existem as duas portas, mas querem oficializar. Essa tomada de decisão da justiça proibindo passar na frente o pessoal que tem plano de saúde vem em boa hora para não aprovarmos esse projeto que transforma o Hospital das Clínicas em autarquia, que é uma grande injustiça. É atender de forma discriminada, de forma privilegiada quem pode ter um plano de saúde. Quem tem plano de saúde pode ser atendido pelo SUS, mas da mesma forma que são atendidas as pessoas que não têm plano de saúde; se tiver fila, que pegue a fila e aguarde a vez. Não é porque tem dinheiro para pagar um plano de saúde que vai chegar lá e passar na frente do pobre coitado que depende do SUS, que depende do hospital público.

Quero registrar que é uma decisão acertada. Espero que o governo reflita sobre essa injustiça que foi cometida aprovando essa lei. A Justiça tomou essa decisão proibindo a forma privilegiada de duas portas de atendimento nos hospitais públicos. Hospital público tem que atender todos os cidadãos de forma igual; não pode privilegiar, não pode discriminar quem tem dinheiro para pagar um plano de saúde que, como disse, também tem direito ao hospital público, mas desde que seja atendido como os cidadãos comuns que não têm condições de pagar um plano de saúde.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, li umas notícias nos jornais, inclusive hoje, mas não acreditei que de fato o governo de São Paulo fosse tomar essa atitude para desestimular mais ainda o ingresso no serviço público. Acabei de ler, auxiliando a abertura dos trabalhos de hoje, o encaminhamento desse maldito projeto de lei complementar que vai instituir uma previdência complementar para os servidores públicos do Estado de São Paulo. Perdão ao grupo Folha que colocou essa matéria. Eu pensei: não tem cabimento isso, esse projeto não entrou na Assembleia. “Governo de São Paulo envia projeto com nova aposentadoria para o servidor”. E a Folha também trouxe a matéria: “Alckmin propõe elevar a contribuição do servidor”.

Na prática, como advento da São Paulo Previdência o servidor público do Estado de São Paulo passou a contribuir com 11% de previdência. Doravante, se passar essa maldição, que mais um golpe no serviço público e nos servidores, portanto, na população de São Paulo, o desestímulo para buscar as carreiras do serviço público vai aumentar porque o servidor, para não aposentar no regime geral da previdência, vai pagar 11% mais 7% de previdência complementar.

Os meus irmãos soldados da PM, investigadores, agentes penitenciários, servidores da Saúde, funcionários do DER, da Educação, comecem a imaginar a situação. O PT travou uma grande luta - está aqui o deputado Enio Tatto que é o líder, e na São Paulo Previdência foi o partido que liderou a trincheira dos servidores e a desgraça só não foi maior porque conseguiram sustentar o fogo aqui, quase dois anos de luta. Eu não era parlamentar nesta Casa, mas estava junto com as entidades. Perdemos e perdemos muito, mas íamos perder quase tudo. E o governador apenas deu um fôlego, enganou os servidores - não tenho outra palavra, é enganar. Na sua campanha, quando questionado sobre isso, disse que isso não era uma coisa em estudo, e agora vai sentar a marreta em mais 7% de contribuição para essa fundação que vai ser criada para prover uma aposentadoria complementar. Quis dizer: “Com isso vamos acabar em 10 anos com o buraco de 14 bilhões da previdência do Estado de São Paulo”. Quando teria sido gerado esse buraco? Começou lá atrás com Carvalho Pinto pegando dinheiro da previdência pública para a construção de escolas, fóruns, delegacias, quartel de polícia. Não foi o servidor que criou isso não.

Estamos com 16 anos de governo tucano no Estado de São Paulo, com um massacre em cima dos servidores públicos e a dívida previdenciária crescente. Isso é falta de gestão. Quando vim aqui denunciar e ainda não era São Paulo Previdência, ainda tínhamos o Ipesp, descobri um prédio do Ipesp, à época, que funcionava como bingo clandestino e que há alguns anos os bingueiros não pagavam pelo prédio. Questionei o Sr. Carlos Flori, que é o mesmo hoje presidente da SPPrev, mas aqui questionamentos do PT, do PSOL, do PCdoB, do major Olímpio, não são considerados.

Deixa para lá, é só um prédio que é propriedade do servidor público que é usado como bingo clandestino na Avenida Tancredo Neves, conforme mostrei completamente. Sabe o que aconteceu? Veio a São Paulo Previdência, o Sr. Carlos Flori tornou-se o dirigente, já era do Ipesp, e nada demais aconteceu. Imaginem cada um dos indivíduos que estão fazendo o seu concurso para ingressar em qualquer carreira do Estado.

Soldado da Polícia Militar, já saiba que se você ingressar no dia seguinte à publicação dessa lei, se essa maldita lei for aprovada, você já vai ganhar 7% a menos, se quiser ter a integralidade de aposentadoria e todas as outras áreas.

Gostaria de manifestar o meu lamento, já pedi o apoio de todos os parlamentares e que haja sensibilidade e não adesismos simplesmente ao posicionamento do Governo. Isso é mais um golpe no serviço público do Estado de São Paulo e às futuras carreiras de servidores públicos nesse nosso Estado. Lamentável a atitude do Governador Geraldo Alckmin. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

 O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente em exercício, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, funcionários desta Casa, hoje estou ocupando esses cinco minutos regimentais para falar um pouco sobre um acontecimento que às vezes o povo paulista ainda não conhece. Estou falando do III Congresso dos Gideões Missionários, que acontece uma vez por ano na Cidade de Suzano.

Esse encontro missionário teve sua origem em, Camboriú, Santa Catarina. Trata-se de um grupo de evangélicos que são missionários e que fazem campanha de autoestima, da fé, e conseguem fazer arrecadações e atuam nos países mais pobres, nos países da África.

O Pastor Moura, da Igreja Assembleia de Deus, do ministério de Belém, e sua esposa, a cantora Andreia, fizeram questão de levar para a Cidade de Suzano, o Congresso no ano retrasado. Na oportunidade mais de três mil pessoas passaram pelo evento. No evento passado tivemos a oportunidade de contar com um público de aproximadamente oito mil pessoas, no Complexo Educacional Mirambava, na cidade de Suzano, onde foi realizado o Congresso.

Eu tive a oportunidade de participar dos dois encontros, fui convidado como político, mas como cristão percebo que é um grupo de missionários do qual vale a pena participar.

Sei que o Estado de São Paulo tem muitas Igrejas Evangélicas, e acredito que muitos ainda não conhecem esse grupo de missionários, cuja missão é fazer o bem às pessoas, independente de religião.

Estou aproveitando essa oportunidade para fazer esse convite para o povo evangélico paulista, porque é uma oportunidade de conhecer uma boa nova que acontece no meio evangélico.

Tenho a oportunidade de dizer que vai acontecer a partir de hoje, e vai até 7 de setembro, o III Congresso Internacional de Missões com os Gideões, Missionários da Última Hora. Vai acontecer lá na cidade de Suzano, no Complexo Mirambava, e quem está à frente da organização é justamente o pastor Moura e sua esposa Andreia. Dessa vez a expectativa é que reunamos mais de dez mil pessoas. Virão cantores e cantoras famosos, pregadores famosos e também haverá a oportunidade de conhecer, através dos pregadores, dos pastores, dos slides, das revistas, um pouco do que acontece fora do nosso país.

É um trabalho maravilhoso. Deixamos aqui o convite para todas as Igrejas Evangélicas, para estarem em Suzano neste fim de semana até quarta-feira próxima. Tenho certeza que vão ser noites de benção, noites de fé, noites maravilhosas. Sou católico praticante, mas sou cristão e percebo que muitos prodígios acontecem quando se reúnem em oração, como é o caso dos missionários Gideões; vale à pena conhecer. Convido todos os irmãos e as irmãs que professam a cristandade, que professam a mesma fé, porque o nosso objetivo é fazer o bem, o nosso objetivo é buscar Deus, e Deus está em todo lugar, desde que o procure; e lá é o local apropriado. Muito obrigado Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Na Presidência.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.)

Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hélio Nishimoto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, anteontem, quando ocupei a tribuna, fiz uma colocação a respeito do ensino estadual - passei inclusive um vídeo aqui - para mostrar o índice de reprovação do ensino estadual. E terminei o discurso dizendo que apontava ao Governador que, apesar da segurança ser algo importante no nosso Estado, seria mais interessante que ele gastasse mais recursos em escolas, com o Magistério, com o sistema educacional do que com a construção de presídios e Fundação Casa.

Por coincidência ou não recebi um ofício da Ordem dos Advogados do Brasil, 27ª Subseção, de Assis, que passo a ler:

Ordem dos Advogados do Brasil

Seção de São Paulo

27a Subseção – Assis

Assis, aos 22 dias do mês de agosto de 2011.

Of. n° 287/2011

RHBY/D

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Deputado(a):

Nos últimos anos a nossa região do Vale do Paranapanema vem atravessando um momento de violência jamais visto e esperado pela população, situação que decorrera, sem qualquer sombra de dúvida, após a instalação da penitenciária nesta cidade de Assis.

Não obstante a referida onda de violência, novas instalações prisionais estão próximas de ter sede na vizinha cidade de Florínea, fato que contribuirá significativamente com o aumento da criminalidade, impedindo o normal desenvolvimento dessa região, situação totalmente reprovada pela população, conforme diversas manifestações que vêm ocorrendo.

É certo que para atender a demanda, o Estado deve construir novas unidades prisionais para albergar aqueles condenados.

Ocorre que, o modelo atual não empresta justiça a nossa região, na medida em que outras cidades de nosso Estado não contam com nenhuma penitenciária, havendo verdadeira discriminação com o Vale do Paranapanema.

Governo do Estado nossa reivindicação para a desistência da construção de nova unidade prisional em nossa região.

Aproveitamos a oportunidade para renovar a Vossa Excelência nossos sinceros protestos de elevada estima e distinta consideração.

Respeitosamente.

Ricardo Hiroshi Botelho Yoshino

Presidente

Excelentíssimo(a) Senhor(a)

Deputado(a) Estadual Marco Aurélio de Souza

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Portanto, nesse ofício a OAB pede ao Governador para que reveja sua decisão da construção de mais penitenciárias naquela região. Vimos um grande debate na Assembleia pela valorização do Magistério, dinheiro para a Educação, dinheiro para as escolas. É obvio que temos que ter penitenciárias, um sistema funcional funcionando, mas o que o Estado está devendo é uma Educação de qualidade para que ele não tenha esse orgulho de dizer quantas pessoas prende por mês - mil pessoas a mais por mês -, ao invés de dizer quantos jovens forma mais nas faculdades estaduais, quantos jovens ele inclui no ensino médio, quantas oportunidades de primeiro emprego cria para os jovens.

Sr. Presidente, falando sobre ensino e sistema educacional, quero também falar sobre Saúde. Tivemos a divulgação dos índices de mortalidade infantil e a Cidade de Jacareí registrou um índice com um dígito, ou seja, 9,8 por mil, o menor índice da história dessa cidade. Meus cumprimentos ao Prefeito Hamilton, da Cidade de Jacareí, mostrando que quando uma administração tem metas, planejamento, busca colocar o povo em primeiro lugar, as demandas sociais em primeiro lugar, e consegue, ao longo do tempo, obter êxito, índices altamente favoráveis à população, índice na área da Saúde, da Educação. Agora os índices de emprego gerados no Município de Jacareí também estão sendo altamente significativos, trazendo uma nova montadora de veículos para essa cidade.

Com uma administração séria ao logo do tempo os frutos são colhidos. O que não consigo aceitar é que muitas vezes o Governo do Estado, hoje na pessoa do Geraldo Alckmin, coloca os problemas como se o governo tivesse começado neste ano, e não começou; são mais de 16 anos de governo tucano no Estado de São Paulo. Já era para ter índices muito melhores: na área da Saúde, da Educação. Garanto que muitos dos que me ouvem, conhecem pessoas que não conseguiram, em sua cidade, marcar cirurgia de alta complexidade, medicamentos de alta complexidade, que é de responsabilidade do Estado. Pessoas que não conseguem o que é de responsabilidade do Estado muitas vezes entram com ações judiciais e às vezes o Judiciário impõe ao prefeito aquilo que é obrigação do Estado.

São mais de 16 anos de Governo do PSDB. E temos inclusive salários pagos pela administração do Estado de São Paulo menores que o salário mínimo. Acaba ultrapassando esse valor devido aos benefícios, que não são incorporados, mas que acabam fazendo um líquido maior que o salário mínimo. Mas, em minha opinião, isso avilta a própria Constituição Federal. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, li uma notícia hoje nos jornais que, em minha opinião, não deveria ser notícia. Deveria ser uma conduta normal de todos os estabelecimentos que comercializam bebida alcoólica.

A notícia diz o seguinte: “Rede de supermercado vai exigir RG para vender bebidas alcoólicas. Desde essa quarta-feira quem comprar bebida alcoólica nas lojas do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo ou no Paraná, terá que exibir um documento que comprove ter mais de 18 anos. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a rede de supermercados e a maior fabricante de cervejas do País, a AmBev.

A partir deste mês, a cervejaria vai começar a difundir um programa de conscientização também junto aos donos de bares. Na primeira etapa, 3,5 mil estabelecimentos em todo o país farão parte da campanha para inibir a venda de bebida alcoólica para adolescentes.

No caso do supermercado, a operação é simples. Toda vez que o código de barras de uma bebida alcoólica for lido pela caixa registradora, vai aparecer uma mensagem no visor indicando que é proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.

O consumidor que aparentar ter menos de 25 anos deverá mostrar um documento com foto ao atendente para conseguir finalizar a compra.

A ideia é que todas as lojas do grupo no país possam operar com o sistema até o final deste ano.

O Walmart desenvolveu há quatro anos um sistema semelhante, que trava a compra de qualquer item de bebida alcoólica para menores de idade. A ferramenta funciona nos 120 hipermercados da rede no país.”

Fico surpreso e até constrangido com essa notícia. O ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - desde 1990, em seu Art. 81, proíbe a venda de bebida alcoólica para crianças e adolescentes. E antes disso outras leis já proibiam esta prática. Vender bebida alcoólica para crianças nunca foi permitido!

Agora com o projeto de lei do nosso Governador Geraldo Alckmin, que prevê multa a esses maus comerciantes, e vai mexer no bolso deles: existe uma punição administrativa, até o fechamento do estabelecimento.

E a AmBev agora vai fazer uma campanha de conscientização entre os donos de bares. Será que eles querem que nós aplaudamos essa iniciativa? Eles querem que nós enalteçamos essa medida? Vender bebida alcoólica para criança é crime, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, já há 21 anos. E há quantos anos esses comerciantes vendem bebida alcoólica para crianças e adolescentes, sem nenhum remorso?

A AmBev é a fabricante, e não vende diretamente aos adolescentes, mas vende para os botecos e supermercados, que vendem para os adolescentes. Será que ela não ouve nos noticiários sobre os muitos acidentes que acontecem com esses jovens, quantas mortes ocorreram durante todos esses anos?

É constrangedor. Espero aprovarmos o mais rápido possível nesta Casa o projeto do Governador, que vai punir esses maus comerciantes, maus cidadãos e maus pais, que admitem essa prática nefasta de deixar crianças e adolescentes utilizarem bebida alcoólica. É um absurdo.

Nós fizemos, na Câmara Municipal de São Paulo, a Lei Seca, também chamada de Lei do Silêncio, que fecha os botecos mais cedo, a lei que controla a bebida alcoólica. Essa lei foi condenada pela AmBev, pelos donos de botecos e muitas outras pessoas, que usaram uma parte da mídia para me massacrar. Resisti. Nós, como médicos, sabemos do malefício que causa a bebida alcoólica, principalmente aos adolescentes.

Para diminuir um pouco o horário do fechamento dos botecos, eu apanhei muito, sofri muito. Depois de muitos anos agora vêm dizer que essa Lei Seca é uma lei boa, que está salvando vidas, que está economizando um hospital de 200 leitos num ano, só na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo.

Apanhamos, mas valeu a pena. Depois de tantos anos, percebemos essa corrente do controle da bebida alcoólica oficializada, que tanto infortúnio traz, mata a todo instante os jovens e também marmanjos, que pensam que o alambique vai secar, e querem beber a noite toda; chegam a casa, espancam a esposa e filhos, depredam orelhões e outros bens públicos, na direção atropelam e são atropelados, sofrem acidentes e vão parar todos no hospital e pronto-socorro, ocupando leitos importantes de UTI, e as Santas Casas ficam sem dinheiro. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - SR. ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, há uma expectativa de todos os policiais civis, militares e da Polícia Técnico-Científica, a respeito do andamento de projetos que foram encaminhados pelo Governador, e que versam sobre correção salarial e estrutura de carreiras ou vantagens.

Hoje estamos no último dia para a apresentação de emendas. Acompanhava agora vários Deputados do PT assinando emendas que foram estimuladas pelas associações e sindicatos. O Deputado Fernando Capez aqui se manifestou a respeito de emendas que fez. Eu apresentei inúmeras emendas aos projetos, e devo dizer que é mais do que necessário alterações substanciais para que não se provoquem graves injustiças nesse projeto.

Ontem no Colégio de Líderes o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Camilo, veio pedir celeridade na aprovação dos projetos, como se os projetos tivessem prontos para serem votados. E não estão. Muito embora o Comandante dissesse que está aberto ao diálogo, já não é mais um diálogo com o Comandante, porque já saiu da instância do Executivo, e agora cabe, sim, ao Legislativo tentar aperfeiçoar esses projetos.

Digo aos policiais civis, militares e da Polícia Técnico-Científica que não estamos com ânimo de obstrução pela obstrução, mas vamos debater para aperfeiçoar e melhorar esses projetos. Não tenham a menor dúvida.

Na terça-feira estarei solicitando, juntamente com o Deputado Enio Tatto, líder do PT, que as entidades representativas de policiais civis, militares e da Polícia Técnico-Científica, dos agentes penitenciários, venham na próxima terça-feira, dia 13, ao Colégio de Líderes, sensibilizar os líderes das suas insatisfações, das injustiças que permanecem e até se ampliam.

Vamos solicitar uma audiência pública para que a família policial possa vir à Assembleia e debater diretamente com os parlamentares, para que não se votem esses projetos da forma que estão. Continua o Adicional de Local de Exercício, uma diferença maldita entre policiais que trabalham em cidades com menos de 500 mil habitantes, e policiais que trabalham em cidades com mais de 500 mil habitantes. Conversava agora com o Deputado Geraldo Cruz, o Geraldinho, que foi prefeito de Embu, e ele dizia: "Olímpio, meus policiais lá vão continuar ganhando 20% a menos". É necessário que as pessoas discutam e digam exatamente que isso não é possível.

Vamos continuar com o ALE; do soldado é diferente do sargento, que é diferente do oficial, do investigador que é diferente do delegado de polícia, mas o Adicional não é pelo local? Ou é pelo posto ou graduação de quem está no local? Um absurdo!

Sobre essa questão da retomada do posto imediato para os oficiais, tenho um projeto de 2008, pronto na Ordem do Dia para ser votado, mas "não vai votar porque é projeto do Olímpio, não vai votar porque tem vício de iniciativa". Não existe regra de transição de dois anos. Maldita regra colocada, e pior, colocada pelo Comando, e desconsiderando aqueles que passaram para a inatividade sem o posto imediato, da Lei 693/91 até agora.

Isso nós precisamos discutir, e precisamos discutir para sermos justos. Na hora de colocar na volta para o posto imediato para quem está 20% a mais para o coronel, ninguém economizou. Na hora de discutir justiça, é uma outra questão. E nós vamos aqui. O Deputado Fernando Capez tem se manifestado em relação à necessidade de a Assembleia Legislativa tomar posicionamento.

Agora não é momento mais de aceitarmos ingerências nesses projetos. É aperfeiçoá-los, é melhorá-los, é atender ao interesse dos policiais, que é o interesse público. Isso demanda debate, discussão. Então, meus caros policiais, mesmo que o comandante da Polícia Militar coloque no seu blog, diga para os comandos transmitirem que esteve heroicamente no Colégio de Líderes pedindo celeridade, Deputado Fernando Capez, temos obrigação de debater exaustivamente. Vou defender suas emendas, tenho certeza de que V. Exa. vai defender as minhas, vamos defender as emendas do Partido dos Trabalhadores, do Deputado Edson Ferrarini, de quaisquer deputados que quiserem contribuir para o aperfeiçoamento desses projetos da Polícia. Por isso, precisaremos que os policiais representantes, associativos sindicais, venham ao Colégio de Líderes, venham a audiências públicas, sensibilizem os nossos parlamentares. Vossa Excelência já está mais do que sensibilizado, porque já faz as emendas por conta, só pelos contatos que já tem com a família policial, com as associações, mas temos 94 parlamentares que muitas vezes não têm ideia do que está se passando e dos conteúdos escusos desses projetos que precisam ser aperfeiçoados. Vamos estar juntos nessa batalha.

 

          O PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Ulysses Tassinari, honrando-nos, engalanando esta Assembleia no exercício da Presidência desta sessão, meus cumprimentos, minha profunda honra de poder dividir com V. Exa. a satisfação de ser deputado estadual pelo maior e mais importante estado do País. Conforme acaba de se manifestar o nobre, combativo, o interessado Deputado Olímpio Gomes, Deputado Jooji Hato, sempre presente participando das sessões, instala-se nesta Casa uma discussão muito importante quanto ao papel desempenhado pelo Poder Legislativo estadual.

Quando o Deputado Olímpio Gomes fala que o projeto encaminhado pelo Poder Executivo pode sim ser discutido, pode ser aperfeiçoado, não está querendo criar nenhum óbice, impor nenhum obstáculo procrastinatório à tramitação desse projeto, até porque ele provém da instituição Polícia Militar. O que estamos discutindo é a possibilidade dos 94 deputados que, quer queiram, quer não, chegaram a esta Casa pelo voto popular. São deputados provenientes dos mais diversos segmentos.

A beleza do debate democrático está no conflito dialético entre ideias contrastantes, na somatória das ideias convergentes. São deputados com longos anos de carreira na Polícia Militar, deputados com muita experiência em outros setores, representantes de suas regiões e que, nas regiões, conversam com policiais civis e militares, sentem as dificuldades e as necessidades. Este deputado, que tem 23 anos de carreira dedicados ao Ministério Público, está aqui na Assembleia Legislativa, o que queremos é estudar, ouvir as associações, ouvir os integrantes das carreiras policiais civis, militares, Polícia Científica, para saber se o projeto atende totalmente aos pleitos, se pode ser melhorado.

Temos limitações. A Lei de Responsabilidade Fiscal nos impede de fazer emendas que levem a um aumento de despesa. Ninguém pretende criar uma balbúrdia orçamentária. Não. Queremos eventualmente proporcionar ajustes que melhorem o projeto. Estou recebendo vários pleitos, seja na minha caixa postal, seja aonde vou, sugerindo algumas modificações que possam agilizar a carreira, sobretudo no caso da Polícia Militar no que diz respeito aos praças. Se extinguirmos alguns quadros que não estão preenchidos de terceiro-sargento e criarmos um número compatível para que não haja aumento de despesa de subtenentes em seu lugar, em outras palavras, extinguimos alguns cargos na base, de terceiro-sargento, e criamos outros cargos de subtenente, o que vamos proporcionar? Uma maior agilidade, uma maior mobilidade, uma mais fácil evolução na carreira, terceiros-sargentos se promovendo a segundos-sargentos, segundos-sargentos se promovendo a primeiros-sargentos, primeiros-sargentos se promovendo a subtenente. A promoção traz um impacto positivo na remuneração, na motivação do setor público, no reconhecimento, na estética policial, serve como estímulo psicológico, um novo impulso, e não há aumento de despesa. Fizemos também uma emenda transformando alguns cargos de soldados em cabos. Para quê? Para que haja também movimentação dessa carreira.

Fizemos uma emenda, porque já tem projeto de lei do Deputado Olímpio Gomes, do Deputado José Zico Prado, há proposta de emenda constitucional nossa subscrita pelos deputados desta Casa tramitando, para a aposentadoria das policiais femininas civis e militares aos 25 anos. “Ah, mas esse pode criar algum tipo de aumento de despesa.” Primeiro, o impacto orçamentário é irrelevante, insignificante. Segundo, a regra que proíbe emendas que provoquem aumento de despesas em decorrência de emendas é uma regra legal, prevista na lei federal que instituiu a responsabilidade fiscal. Uma regra legal não pode sobrepujar o princípio constitucional. Uma regra legal de caráter formal não pode estar acima do princípio da isonomia, do princípio da igualdade.

Se o policial masculino e a policial feminina se aposentam com o mesmo tempo de serviço, esse tratamento igualitário é discriminatório, cria uma diferença em desfavor das mulheres. Diz o princípio da igualdade que, quando necessário, devem ser feitas diferenças para assegurar a igualdade, deve haver o tratamento igualitário na medida em que as pessoas estejam em idêntica situação, que não é o caso. A mulher tem um fardo muito mais pesado. Quero que essa emenda seja aprovada também, não fiz essa emenda apenas por demagogia, para iludir, para criar um sonho, mas na expectativa que os colegas discutam, transformem-na em uma emenda aglutinativa subscrita por todos - porque aqui ninguém tem que ter mérito, é uma Casa que age coletivamente - e aprovem essas medidas. Ninguém quer mérito pessoal. Todos temos de agir coletivamente. É isso que estamos pedindo.

No Grande Expediente retornarei para ler a questão de ordem que pretendo formular na semana que vem. Muito obrigado.

 

O PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, pelo tempo restante.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna para dar continuidade ao que estava falando: AmBev faz um acordo com o Pão de Açúcar para cumprir uma lei antiga. É algo extremamente importante. A AmBev e o Pão de Açúcar vão fazer uma campanha para que os bares não vendam bebida alcoólica a menores. Desde que iniciei a vida pública, sempre lutei contra essa droga oficializada, que é o álcool, além das drogas ilícitas. Quantas vidas não poderíamos ter salvado?

Andei por este estado, andei por várias capitais deste País levando essa bandeira antialcoólica, levando a Lei Seca e a Lei do Silêncio. Coincidentemente, cheguei a Itapeva. Lá, encontramos o Dr. Ulysses Tassinari, que implementou a Lei Seca e a Lei do Silêncio naquela cidade, trazendo ao povo mais segurança e qualidade de vida.

Naquela ocasião, tínhamos a oposição ferrenha de uma parte da mídia, que massacrava os que lutavam contra a bebida alcoólica. Havia uma parte da imprensa que era impiedosa, muito severa. Diziam que este Deputado, à época vereador, estava inventando. Chegaram a publicar o depoimento de um adolescente que dizia: “Nem meu pai está preocupado se estou bebendo ou não. Vem esse ‘vereadorzinho’ querer controlar o meu horário, se eu devo beber ou não devo beber.”

Houve muita oposição, mas valeu a pena essa luta. Hoje, tenho o reconhecimento. Levei essa lei ao Congresso Nacional dos Vereadores do Brasil, em Santa Catarina., encontrei o então Prefeito Luiz Henrique, que se tornou Governador daquele estado. Levamos o assunto a outros congressos, como em Serra Negra, no Congresso dos Prefeitos do Estado de São Paulo e dos Vereadores dos Municípios de do Estado. Levamos a todos os locais possíveis e tivemos êxito, porque hoje essa lei é reconhecida, está em todas as cidades - inclusive em Diadema, onde houve uma diminuição de mais de 80% da violência.

Caro Deputado Ulysses Tassinari, que é médico de profissão como eu, certamente V. Exa. salvou muitas vidas em Itapeva. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - ULYSSES TASSINARI - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. Olímpio Gomes - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de dizer da expectativa da Executiva Estadual do PDT, o meu partido, de que a Mesa Diretora dos trabalhos da Assembleia Legislativa tome as providências para a publicação e respeite o desejo dessa Executiva, que, por 13 votos a dois, resolveu soberanamente a mudança de liderança do PDT nesta Casa, saindo dessa função o Deputado Rogério Nogueira e assumindo este Deputado.

Estou solicitando formalmente que a Assembleia Legislativa dê cumprimento ao desejo soberano do partido.

 

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Esta Presidência, nobre Deputado Olímpio Gomes, vai levar a questão à Mesa Diretora, ao Presidente efetivo desta Casa, Deputado Barros Munhoz.

Sabemos que a liderança é do partido. Sabemos também que os deputados é que escolhem, mas, se o partido decidir - é minha opinião, não é a da Mesa Diretora - que V. Exa. é o líder, dificilmente V. Exa. deixará de ser.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, por permuta de tempo com o nobre Deputado Orlando Morando, tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, estou formulando uma Questão de Ordem que pretendo apresentar na semana que vem.

Gostaria de participar aos deputados que está presente um esboço da ideia que estou terminando de redigir, de maneira que procederei à leitura da minha proposta de Questão de Ordem que está circulando o gabinete de todos os deputados desta Casa, porque os convido a subscrevê-la comigo.

“Questão de Ordem

Sr. Presidente, com fundamento no artigo 260 e seguintes da XIV Consolidação do Regimento Interno desta Casa, formulo a seguinte Questão de Ordem:

Pode um projeto de lei figurar na Ordem do Dia, por prazo indefinido, sem ser votado?

A representatividade dos mandatos fundamentada no parágrafo único do artigo 1º da Constituição da República norteia o posicionamento em tela.

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal. Trata-se de preceito constitucional que fundamenta o exercício de todos os mandatos eletivos. Vale dizer, o detentor de mandato exerce-o em razão da vontade popular.

Por outro lado, como se sabe, na tripartição clássica de Montesquieu coube ao Poder Legislativo a função precípua de legislar, ou seja, elaborar normas de abrangência geral ou individual que são aplicadas a toda sociedade, objetivando a satisfação de seus anseios. Dentre as diversas funções elementares do Poder Legislativo, tais como fiscalizar o Poder Executivo, votar leis orçamentárias, e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, destaca-se a de propor, discutir e votar projetos de lei, aliás, é esta função que justifica a sua própria existência.

Nesse diapasão, verifica-se que o Legislativo é o Poder que mais se aproxima da ideia de democracia participativa, dado que fundado na noção de representatividade popular. Em outras palavras, o parlamentar não se encontra no Parlamento por sua exclusiva vontade, mas pela vontade daqueles que representa.

O princípio da legalidade, desde a sua origem preconizada na Magna Carta do rei João Sem Terra, na Inglaterra de 1215, constitui a base do regime democrático, no qual prevalece a vontade das regras objetivas sobre a vontade unipessoal de determinado agente público. Dessa forma, não há como negar a importância do primado da lei para a sobrevivência de qualquer sistema orientado na busca da liberdade e igualdade.

Por essa razão, qualquer restrição, norma ou procedimento legislativo capaz de limitar ou suprimir o pleno exercício parlamentar, ou negar o direito da minoria em exercer seu mandato, deve ser eliminado, interna corporis, dentro do âmbito de atuação desta Casa, sem prejuízo do recurso à tutela jurisdicional, nos termos do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal.

Para que seja possível admitir o normal funcionamento das atividades legiferantes de cada parlamentar, é necessário que, ao menos, se abra espaço para discussão e análise de todas as suas proposituras legislativas. Do contrário, uma dada maioria ou determinado grupo legitimado para o exercício da direção dos trabalhos, poderia, a seu critério, impedir que um deputado, ou grupo minoritário, apresentasse seus projetos e os levasse até votação final.

A presença no Parlamento de representantes de vários segmentos da sociedade torna-o um grande celeiro de ideias convergentes e contrastantes, que se materializam através do processo legislativo. Este, aliás, mereceu do legislador constituinte regramento próprio, conforme artigo 59 e seguintes da Carta Magna. Qualquer norma ou procedimento que avilte a normal tramitação de tal processo infringe o Texto Constitucional.

O Supremo Tribunal Federal já teve oportunidade de apreciar a matéria sobre o processo legislativo, fixando o entendimento de que os parlamentares têm o direito público subjetivo à fiel observância de todas as regras previstas constitucionalmente para a elaboração de cada espécie normativa, podendo, pois, socorrer-se ao Poder Judiciário, via mandado de segurança. Neste sentido...”

Aí vem um acórdão, um mandado de segurança impetrado perante o Supremo Tribunal Federal:

“Constitucional. Processo Legislativo: Controle Judicial. Mandado de Segurança. I. - O parlamentar tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional. Legitimidade ativa do parlamentar, apenas. II. - Precedentes do STF: MS 20.257/DF, Ministro Moreira Alves (leading case), RTJ 99/1031; MS 21.642/DF, Ministro Celso de Mello, RDA 191/200; MS 21.303-AgR/DF, Ministro Octavio Gallotti, RTJ 139/783; MS 24.356/DF, Ministro Carlos Velloso, ‘DJ’ de 12.09.2003. III. - Inocorrência, no caso, de ofensa ao processo legislativo, C.F., art. 60, § 2º, por isso que, no texto aprovado em 1º turno, houve, simplesmente, pela Comissão Especial, correção da redação aprovada, com a supressão da expressão ‘se inferior’, expressão dispensável, dada a impossibilidade de a remuneração dos Prefeitos ser superior à dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. IV. - Mandado de Segurança indeferido.”(STF; MS 24642/DF)

Quando uma Deputada ou Deputado apresenta uma proposição legislativa, o faz buscando responder aos anseios de determinados segmentos que representa, os quais, eventualmente, podem se tornar de toda a sociedade.

A par da questão da representatividade popular, existe ainda o princípio constitucional da eficiência (CF, art. 37, caput), aplicável a todos os campos da Administração Pública, seja na edição de atos administrativos típicos, seja na proposição de normas legislativas.

Tal princípio incompatibiliza-se com todo e qualquer ato de conteúdo procrastinatório advindo do Poder Público.

O mesmo se aplica à omissão...” - não colocar um projeto da Ordem do Dia em votação.

“Na esteira de posicionamento já adotado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Adin por omissão (ADO) n. 3.682, e analogicamente raciocinando, tem-se por injustificável a demora na apreciação de projetos já propostos (inertia deliberandi), tornando-se passível de caracterizar "conduta manifestamente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas", colocando em risco a própria ordem constitucional (voto do Min.Gilmar Mendes).

As peculiaridades da atividade parlamentar que afetam, de maneira inexorável, o processo legislativo, não justificam a adoção de conduta procrastinatória das Casas Legislativas.

Não bastasse a eficiência, postulado básico do Estado moderno, há de se invocar também o princípio da razoabilidade, o qual encontra guarida em nossa Constituição estadual, no art. 111. Não sendo razoável que qualquer norma regimental ou comportamento omisso subtraia do parlamentar o exercício de função constitucional típica.

Espera-se que representantes do povo cumpram com sua típica função de elaborar leis que possam reger a vida em sociedade, no momento em que delas houver necessidade, sob pena de perder-se a oportunidade de fazê-lo ou de causar imensuráveis danos decorrentes dessa inércia.

Como se vê da leitura do Diário Oficial do Poder Legislativo, há inúmeros projetos em condições de serem votados pelo Plenário desta Casa, entretanto, inexplicavelmente, permanecem nesta condição sem qualquer deliberação. São mais de 500 (quinhentos) aguardando discussão e votação, 90% dos quais de autoria dos deputados.

Há necessidade de mudar essa situação e valorizar o Parlamento Paulista...” - é por isso que integro a Comissão de Prerrogativas criada por iniciativa do nobre Deputado Campos Machado e presidida pelo nobre Deputado Campos Machado e que defende as prerrogativas dos deputados desta Casa.

“Assim, Senhor Presidente...” - repito que ainda não estou formulando Questão de Ordem, mas dando conhecimento do esboço do nosso estudo - “trago a nossa proposta visando ao esclarecimento sobre a possibilidade de uma proposição figurar indefinidamente na Ordem do Dia sem que seja objeto de discussão e votação pelo Plenário.”

Este texto está sendo ainda aperfeiçoado, estamos colhendo sugestões dos colegas, conversando com os membros da Casa, mas entendemos que de todas as prerrogativas de um deputado, de todas as prerrogativas que possam existir, não há prerrogativa mais importante que a prerrogativa de legislar, que a prerrogativa de apresentar projetos de lei, que a prerrogativa de ter estes projetos de lei discutidos e votados, que a prerrogativa de apresentar emendas a projetos que aqui cheguem, que a prerrogativa de que essas emendas não sejam votadas em bloco e negadas em bloco mas analisadas e debatidas individualmente, separadamente. Faço isso não em defesa do meu mandato, porque na vida tudo é passageiro - e aqui estou de passagem. Faço isso em defesa das prerrogativas dos deputados que integram o Poder Legislativo e o Poder Legislativo, para justificar este qualificativo, deve legislar.

Poder Legislativo que não legisla não é Legislativo.

Desde já peço a V. Exa. Sr. Presidente, deputado desta Casa, político experiente que é, que medite sobre esta matéria e coopere na formulação desta Questão de Ordem dando ideias, subsídios para que fique bem mais elaborada.

É o que tenho por ora a manifestar.

Peço a todos os colegas deputados, que estão recebendo cópia desta Questão de Ordem com uma carta, que meditem sobre o tema e a subscrevam. Não pode ser a Questão de Ordem formulada por um deputado, mas pela grande maioria desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência gostaria de dizer ao nobre Deputado Fernando Capez que já tem o nosso total e irrestrito apoio porque o Poder Legislativo é um poder extremamente importante, tem o poder de fiscalizar e até de denunciar, mas o mais importante é o de fazer leis que possam mudar o curso, o destino do nosso país.

Quero, assim, hipotecar minha total solidariedade ao anseio de V. Exa. porque além de ser justo é o dever de todos os deputados, de todos os legisladores.

Temos de aprovar leis que possam mudar o curso da história da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, requeiro a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE OLÍMPIO GOMES - PDT - O pedido de V. Exa. é regimental, pelo que suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 46 minutos, a sessão é reaberta a sessão às 16 horas e 34 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, hoje fazemos uso da palavra para festejar a comemoração dos 451 anos da Cidade de Mogi das Cruzes. Tivemos lá um desfile cívico, uma apresentação de civismo por todas aquelas crianças que ali desfilaram. Parabéns à cidade, parabéns ao Prefeito por organizar um desfile tão bonito como esse hoje feito na Cidade de Mogi das Cruzes.

Estivemos há poucos dias na CTPM onde discutimos sobre a expansão do Expresso Leste até o Distrito César de Souza, ocasião em que o Presidente da CTPM comentou que seria impossível - pelo menos durante esses três anos - a vinda desse Expresso Leste até o Distrito de César de Souza, um distrito grande contando com mais de 60 mil habitantes que fica no bairro de Mogi das Cruzes.

Hoje temos aqui uma informação do Governador Geraldo Alckmin que diz que a expansão do trem até César de Souza poderá acontecer até 2014. Estamos torcendo por esse anúncio do Governador, pois a população necessita disso.

Essa é uma luta que nós encampamos para que possamos ter esse trem chegando até esse distrito que no futuro terá aproximadamente 150 mil habitantes, pois estamos tendo o crescimento de dois grandes bairros dentro do referido distrito. Com isso vamos precisar desse deslocamento da população da Estação de César de Souza, hoje ocupado somente por trens de cargas, até a Estação Estudantes, que formam a linha que vem até o Brás.

Então, o Governador tinha anunciado a reforma e ampliação da estação que está sendo feita em Ferraz de Vasconcelos, Calmon Viana, e agora fará a de Suzano e posteriormente vamos ver se fará a do centro de Mogi das Cruzes, a dos Estudantes, e essa de César de Souza. Assim poderemos ter uma rapidez com esse expresso Leste para que a população possa vir até o centro da cidade.

Para nós é um ganho muito grande e queríamos comemorar com o Governador fazendo esse anúncio no dia de ontem ao Prefeito da Cidade.

O “nós gostaríamos” é que o que fala o Presidente da CTPM da não condição de se fazer essa linha e o que fala o Governador. Que exista uma condição cronológica, uma organização do que será feito, pois dessa forma poderemos estar aqui anunciando e comemorando também esse fato.

O Presidente da CTPM diz que existe uma impossibilidade de se fazer esse trecho e o Governador anuncia esse trecho. Gostaríamos então que as duas partes estivessem mais bem organizadas para que possamos comemorar e sabendo de fato que essa obra será feita até 2014. A população aguarda com muito anseio, com muita vontade. E eu digo a todos que será uma vitória para quem vem de carro até São Paulo, porque vamos diminuir o número de veículos que sai de Mogi das Cruzes, de Suzano e de Ferraz de Vasconcelos para a Capital.

Portanto, o transporte coletivo feito por trens, que seria o transporte ecologicamente correto, nós o teremos até um dos bairros mais populosos de Mogi das Cruzes, diminuindo assim, consideravelmente, o número de passageiros que buscam ali os trens como meio de transporte e não os têm para pegar.

Então, a vinda do Expresso Leste até a Estação dos Estudantes, até o centro de Mogi das Cruzes já será uma vitória muito grande. Concluindo a de Suzano, que é logo a seguir a de Mogi das Cruzes, para nós, que estamos como Deputado, também será uma enorme vitória, pois sabemos da necessidade da população chegar aqui em São Paulo em menos de uma hora.

Enquanto isso, vamos amargar essa vinda de veículos, ou ônibus, demorando às vezes até uma hora e meia, fazendo com que toda a população que use carro e ônibus perca o horário de trabalho. E o trem, além de ser um transporte ecologicamente correto, é o que vem mais rápido até o centro de São Paulo. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Há sobre a mesa requerimento do nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino nos seguintes termos:

Requeiro nos termos do Art. 84, inciso I, combinado com o Art. 87 da XIV Consolidação do Regimento Interno, licença para me ausentar do país no período de 7 a 11 de setembro de 2011 para participar de seminário Sindicatos e Partidos, diálogo sobre iguais. México, conforme convite anexo. Esclareço que as despesas decorrentes da viagem não onerarão o Erário.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa também o seguinte requerimento:

Requeremos nos termos do Art. 170, inciso III da XIV Consolidação do Regimento Interno, a não realização das sessões nos dias 8 e 9 de setembro. Requerimento nº 1554, com número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 41 minutos.

 

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