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14 DE AGOSTO DE 2012

099ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ED THOMAS, WELSON GASPARINI e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Relata denúncias relativas à FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Recorda a dificuldade de aprovar CPI para investigar o órgão. Faz projetar reportagem televisiva sobre problemas na reforma da unidade escolar José do Nascimento, no bairro de Cidade Adhemar. Argumenta que há indícios de superfaturamento na obra. Cita tratativas sobre o caso.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Faz convite para mobilização, em 15/08, no vão livre do Masp, organizada por entidades das categorias de escrivães e investigadores. Afirma que há descaso por parte do Governo por não reconhecer o nível universitário de ambas as categorias. Cita dificuldades salariais desses profissionais. Questiona a adoção da meritocracia para o setor. Informa a morte do Sargento Célio César Costa, em Presidente Venceslau. Cita projeto de lei, de sua autoria, para dar nome do falecido ao grupamento de bombeiros da cidade. Apresenta votos de condolências à família. Apresenta dados biográficos do militar.

 

004 - ED THOMAS

Assume a Presidência. Endossa a manifestação do Deputado Olímpio Gomes. Fala da justeza da homenagem ao sargento Célio.

 

005 - JOOJI HATO

Informa que esta é a Semana do Desarmamento, quando cidadãos poderão entregar suas armas em postos de recolhimento. Cita entidades organizadoras do evento. Recorda acidentes, por vezes fatais, provocados pelas armas. Repudia ação de marginais que atearam fogo em perito criminal, em 12/08, no bairro do Campo Belo, estando a vítima em estado grave. Manifesta a importância de a Polícia desarmar os marginais. Lamenta ações armadas praticadas por menores. Recorda os benefícios da "Lei Seca".

 

006 - WELSON GASPARINI

Informa o início das obras do parque tecnológico, a ampliação do aeroporto de cargas e passageiros, a construção de viadutos e rotatórias e melhorias no Hospital das Clínicas, na cidade de Ribeirão Preto. Acrescenta que o Hospital de Serrana deve ter capacidade de atendimento regional. Comunica a liberação de verbas para a Faculdade de Tecnologia de Ribeirão Preto. Faz reflexão sobre o aumento gradativo da população local. Sugere ao Governo Federal ações para fixar os brasileiros em seus locais de origem. Elogia a administração do Governador Geraldo Alckmin. Dá conhecimento de dados da Agência Nacional de Águas, que informa que São Paulo é um dos Estados que mais investiu em saneamento básico.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

008 - VANESSA DAMO

Presta contas de seu trabalho parlamentar na cidade de Mauá. Informa o atendimento de reivindicações para diminuir a violência no Parque São Vicente. Acrescenta que tem audiência, hoje, com secretários de Estado para pedir a criação de Restaurante Bom Prato para o Jardim Zaíra. Informa audiência, ocorrida na semana anterior, com o Secretário da Segurança Pública, para a criação de unidade do Instituto Médico Legal na cidade. Pede a criação de seccional da Polícia Civil na cidade, hoje dependente de Santo André. Acrescenta que a cidade de Mauá aguarda a criação da "Operação Delegada".

 

009 - ED THOMAS

Informa que, em 20/08/11, protocolara o PL 717/11, que cria o Sistema Estadual para Pessoas com Autismo. Comenta as características da síndrome. Fala da tramitação da matéria, pronta para deliberação. De outra parte, cita e elogia resolução da Secretaria de Estado da Saúde de reconhecimento dos direitos dos autistas, estado pioneiro na medida.

 

010 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença da banda Eszterhaza, projeto do Colégio Santo Américo, desta Capital, com o responsável Dom Gabriel Iroffi e professor Cláudio Coghi.

 

011 - ISAC REIS

Responde ao Deputado Welson Gasparini sobre projetos sociais do Governo Federal de fixar o brasileiro em sua cidade de origem. Reflete sobre questões de segurança pública. Considera que temos ações paliativas, e que não se encara o cerne do problema. Informa e explica que foi contra a "Lei Seca" em sua cidade, por visão equivocada do problema. Recorda consulta popular sobre o desarmamento e lobby dos fabricantes de armas, que fez com que a população votasse contra a medida. Reflete sobre a falta de perspectiva para os jovens. Recorda a criação do projeto "CEU", na gestão da prefeita Marta Suplicy.

 

012 - WELSON GASPARINI

Assume a Presidência. Presta esclarecimentos ao Deputado Isac Reis sobre a sua fala. Elogia a contribuição dos migrantes brasileiros.

 

013 - JOOJI HATO

Recorda a repercussão, em outros Legislativos, do projeto sobre a "Lei Seca", de sua autoria, enquanto vereador paulistano. Faz comentários sobre aspectos da matéria. Tece considerações sobre os problemas da violência, no que afeta o atendimento à saúde pública.

 

GRANDE EXPEDIENTE

014 - JOOJI HATO

Comenta diversos problemas urbanos da Capital, em especial a violência. Critica a fiscalização da entrada ilegal de armas em aeroportos e fronteiras. Manifesta apoio a blitz policiais nas vias públicas, bares e casas noturnas. Relata episódios de violência urbana associados a motociclistas acompanhados de garupa. Destaca os projetos de lei da moto sem garupa, da lei seca e o que proíbe a presença de menores de semáforos como pedintes.

 

015 - MARCOS MARTINS

Comenta acerca da questão da Segurança Pública em cidades paulistas. Relata problemas de conservação em edifícios de fóruns do interior, em especial de Carapicuíba. Critica a centralização dos serviços de Saúde no Estado. Pede a instalação de unidade de tratamento especializada em oncologia, no município de Osasco.

 

016 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Registra presença do novo superintendente federal da Pesca e Aquicultura no Estado de São Paulo, o Senhor Jorge Augusto de Castro.

 

017 - LUCIANO BATISTA

Informa visita a Baixada Santista, juntamente com o Governador Geraldo Alckmin, para entrega de nova balsa. Relata que a travessia entre Santos e Guarujá é a mais movimentada do mundo. Cita a entrega, para o mesmo sistema de travessia, de quatro lanchas novas, a ser realizada ainda neste ano. Comenta a respeito de futuras obras viárias para a região a encargo do Governo do Estado. Lembra a importância econômica do Porto de Santos para o país. Cita licitação futura da obra de túnel que ligará Santos ao Guarujá.

 

018 - SEBASTIÃO SANTOS

Pelo art. 82, informa reportagem da revista "Pesca & Cia" a respeito da Cachoeira do Talhadão. Lê ofício do Condephaat informando a abertura do processo de tombamento deste patrimônio natural do Rio Turvo. Comenta que esta proteção é de extrema importância para a Região Noroeste do Estado.

 

019 - SEBASTIÃO SANTOS

Por acordo de lideranças, solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

020 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h12min.

 

021 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min.

 

022 - CARLÃO PIGNATARI

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 17 horas e 10 minutos, por acordo de lideranças.

 

023 - Presidente BARROS MUNHOZ

Anota o pedido. Convoca reunião conjunta das seguintes comissões: Constituição, Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 16 horas e 45 minutos. Suspende a sessão às 16h35min; reabrindo-a às 17h11min.

 

ORDEM DO DIA

024 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovados os requerimentos de urgência, da Mesa Diretora, ao PR 13/12, e ao PLC 34/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de comissão de representação, do Deputado Marcos Martins, para participar de audiência pública sobre o amianto, a realizar-se nos dias 24 e 31/08, no Supremo Tribunal Federal. Convoca sessão extraordinária, a realizar-se hoje, com início às 19 horas.

 

025 - OLÍMPIO GOMES

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

026 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 15/08, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, hoje, com início às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR.. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, quero apresentar mais uma denúncia em relação à irresponsabilidade, leviandade e, sobretudo, incompetência administrativa da Secretaria estadual de Educação e FDE, uma autarquia da Secretaria que tem como função reformar escolas, construir escolas e comprar materiais para a Rede Estadual de Ensino. Nós estamos inclusive tentando instalar uma CPI para investigar a FDE por conta de denúncias como superfaturamento de obras, de empreguismo, mas a base governista, sempre fiel aos interesses do Governador Geraldo Alckmin, impede a aprovação desta nossa investigação.

Para dar um exemplo do que vem acontecendo em relação a essa incompetência administrativa, a essa irresponsabilidade do Estado para com as nossas escolas, as nossas crianças e os nossos professores, trouxe uma matéria que foi televisionada ontem pela Rede Globo de Televisão. Quero mostrar aos deputados e ao telespectador o descaso para com a Escola Estadual José do Nascimento.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Alesp, essa é a situação da escola pública do Estado de São Paulo. É a escola pública do Geraldo Alckmin. É a escola pública que o PSDB oferece aos nossos 5 milhões de alunos matriculados na rede.

Isso significa falta de planejamento. Uma reforma que dura 10 meses, em uma escola estadual com 1.200 alunos e com indícios de superfaturamento. Essa reforma é para trocar o piso da escola, reformar a parte elétrica e a hidráulica e para fazer a pintura, e está estimada no valor de 556 mil reais. Temos aqui um indício de superfaturamento da obra. E a FDE não fiscaliza a empresa, contrata e deixa ao deus-dará. A empresa faz o que quer, atrasa a entrega da obra em 10 meses, prejudicando a saúde de 1.200 alunos, dos funcionários e dos professores.

Estamos encaminhando um pedido de convocação do Secretário Estadual de Educação à nossa Comissão de Educação. Ele vai ter que explicar isso! E se a situação não for resolvida, encaminharemos uma representação ao Ministério Público Estadual para que os responsáveis da Secretaria da Educação e da FDE sejam punidos com todo o rigor da lei. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, em primeiro lugar, Sr. Presidente, eu gostaria de convidar, ou de estender o convite, a todos os policiais civis, policiais militares, inativos e familiares que puderem ser solidários a comparecerem, amanhã, a partir das 13 horas e 30 minutos, no vão livre do Masp, em uma grande concentração, mobilização que está sendo organizada pelos sindicatos e associações policiais civis, principalmente representativas de escrivães e investigadores do Estado de São Paulo.

Isso se deve exatamente pelo descaso governamental. Descaso, inclusive, com esta Assembleia Legislativa. Tivemos, funcionando há quatro meses, uma Comissão Mista para propor a forma de reconhecimento do nível universitário que a lei já estabeleceu em 2008, e que o Art. 26, da Lei nº 1.015/11, estabeleceu que deveria ser criada uma Comissão Mista para propositura da forma de reconhecimento a essas carreiras, financeiro logicamente, e nada aconteceu.

Estamos assistindo, inclusive, a eventos reivindicatórios da Polícia Federal, e dá para se fazer um comparativo no Estado de São Paulo. A Polícia Federal e seus agentes policiais federais estão parados em alguns setores porque estão com o piso de R$ 7.500,00, enquanto, aqui, o piso do investigador e do escrivão de polícia no Estado de São Paulo continua por volta de R$ 2.200,00. É bom que o Governo se atenha a respeito da questão dos recursos humanos da polícia. Soldado de polícia também está ganhando R$ 2.000,00 brutos, onde o Adicional de Local de Exercício é maior. Salário de miséria, que não dá para ter uma vida digna e proporcional ao risco. E aí ficam com essa perfumaria de Operação Delegada, tentando passar para a prefeitura a responsabilidade que é do Estado. Fala-se, muitas vezes, em criação de gratificações por desempenho, criar meritocracia onde não tem nem uma base mínima, um piso mínimo digno para que sejam superadas as necessidades mais básicas do policial como ser humano.

Amanhã, a partir das 13 horas e 30 minutos, no vão livre do Masp, os policiais, os familiares, os amigos e as pessoas que apoiam o serviço policial e que puderem comparecer venham, pois será reiniciada uma nova campanha, uma nova demanda para ver se o Governo do Estado acorda em relação a essas necessidades básicas dos policiais.

Em segundo momento, Sr. Presidente, gostaria de falar sobre algo que, tenho certeza, toca V. Exa. de forma pessoal e também o Deputado Ed Thomas, por ser da Região de Presidente Prudente e conviver com a minha comunidade de Presidente Venceslau. Trata-se do falecimento, 10 dias, do sargento Célio, 1º Sargento do Segundo Grupamento de Busca e Salvamento de Presidente Venceslau. Eu apresentei e foi publicado no Diário Oficial de ontem, um projeto de lei que dá a denominação ao 2º Sub Grupamento de Bombeiros de Sargento Célio.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

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Tenho a certeza de que terei o apoio de V. Exa. porque é alguém que vive com a minha comunidade, que vive com os bombeiros de Presidente Venceslau, e o Sargento Célio era uma verdadeira unanimidade com a comunidade, com os seus companheiros policiais e com toda a sociedade. Presidente Venceslau e região estão realmente enlutadas.

Ele morreu de causas naturais. Um menino de 48 anos de idade, da minha geração, meu amigo pessoal, meu vizinho e uma pessoa que só transmitia entusiasmo e vibração pela sua condição de sargento do Corpo de Bombeiros. Tantas vezes comigo, e não deve ter sido diferente com V. Exa., como também com o Deputado Mauro Bragato. E o sargento Célio ia ter conosco para dizer que precisava de recursos, de emendas, para terminar a construção do quartel de bombeiros e para reformar o caminhão de bombeiro. Só coisas positivas.

Tenho certeza de que nunca apresentei um projeto de denominação, não houve o tempo de fazer uma pesquisa com a comunidade, mas, se fizer, o resultado dela será cem por cento. Porque o Quartel de Bombeiros de Presidente Venceslau, para a comunidade, era o “Quartel do Célião.”

A toda a sua família, que são meus amigos e vizinhos, o nosso sentimento, o nosso lamento e as nossas orações.

Agora, haverá o trâmite do projeto pelas Comissões da Assembleia Legislativa, mas tenho a certeza de que teremos a aprovação, e ainda reforçada com a mobilização dos Deputados Ed Thomas e Mauro Bragato, pessoas que conviviam habitualmente com os nossos bombeiros e, em especial, com essa grande liderança que perdemos, o nosso companheiro Sargento Célio.

A população de Presidente Venceslau, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estão enlutados. Mas continuamos em luta.

Perdemos um grande valor, perdemos um baluarte na defesa da sociedade, um homem com mais de 40 elogios na sua folha de assentamentos, perito mergulhador, perito em salvamento e perito em relacionamento humano. Quantas vezes me encontrei com o Célio, voltando do domingo de encontro de jovens, do encontro de casais da comunidade religiosa da qual participava como cidadão.

Então, é motivo de grande orgulho e satisfação. Junto da dor, a satisfação de saber que tivemos um grande companheiro que Deus quis que terminasse a sua agenda neste plano. Mas, num outro plano, junto ao Senhor, tenho certeza de que ele continua a olhar e a sorrir, como sempre fez, por todos nós. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Nobre Deputado Olímpio Gomes, esse é um projeto muito importante. É claro que queríamos tê-lo em vida, mas a homenagem é porque ele salvou vidas e vai estar na lembrança do interior do Estado, na corporação da Polícia em todo o Estado; um valoroso cidadão, um grande homem.

Temos o coração enlutado, por tudo aquilo que ele praticou. Era um homem de ação, de prática e atitude. Em termos de relacionamento humano, então, era realmente fantástico; um grande exemplo.

Tive oportunidade de fazer o mesmo projeto em Presidente Prudente, no prédio do Corpo de Bombeiros. Muitas vezes, somos até criticados por esse tipo de projeto. Mas um dos projetos maiores de um político é justamente o reconhecimento humano; e foi isso que V. Exa. fez, Deputado Olímpio Gomes.

Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, pelo tempo regimental.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Ed Thomas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, esta é uma semana que acredito ser muito importante para a nossa Capital; é a semana do desarmamento. Cada cidadão paulistano pode entregar sua arma, sua munição. Até sábado, teremos 170 postos de recolhimento de armas e munições na Cidade de São Paulo. Essa é uma campanha organizada pela Secretaria de Justiça do Estado, em parceria com o Instituto Sou da Paz e com a Defensoria Pública.

Uma campanha como essa é, realmente, muito importante. Mas, Deputado Welson Gasparini, não acredito que possamos arrecadar muitas dessas armas, até porque temos milhões de armas nas mãos de pessoas de todos os níveis sociais; há pessoas do bem e do mal. Entregar uma arma espontaneamente é muito complicado.

Esperamos que essa campanha obtenha êxito e que consigamos recolher essas armas às quais, por vezes, uma criança, um aluno, um filho tem acesso a ela, pega e acaba disparando acidentalmente, causando até mortes, seja na escola, no domicílio, enfim, em outros locais.

Mas o que vale realmente, acredito eu, é que é uma campanha fazendo blitz contra o desarmamento. Todos sabemos que nem uma arma é boa. A arma fere, a arma mata. Portanto, nenhuma arma é boa.

Acredito que com a blitz do desarmamento estaríamos tirando as armas dos marginais. Esses marginais que empunham as armas, diuturnamente, causando infelicidade, entristecendo muitas famílias, como aconteceu no Dia dos Pais.

No último Dia dos Pais, tivemos aqui, no bairro do Campo Belo, um especialista da Polícia Civil que foi abordado por dois homens que estavam numa moto - portanto, garupa de moto. Fecharam o carro desse cidadão, que, como disse trabalha na Polícia Científica, na rua Capibaribe, Jardim Aeroporto, e depois atearam fogo nesse perito criminal, Ricardo Averbach Rebouças, de apenas 31 anos. Ele está internado em estado muito grave. E como é que os marginais abordaram o Ricardo Averbach Rebouças? Abordaram-no com uma arma; estavam numa motocicleta. Isso ocorre a todo instante. Isso acontece todo santo dia.

Essa parece ser uma cidade de ninguém. Estamos vivendo num país mergulhado num grau de violência inaceitável, onde qualquer cidadão pode ser abordado por um garupa de moto, por exemplo, ou por um indivíduo armado que, se bobear, leva sua vida. No dia dos Pais, esses marginais atearam fogo nesse perito policial, que tem uma filha.

Quero dizer que essa campanha organizada pela Secretaria da Justiça do Estado é muito importante. Mas, o mais importante é a Polícia tirar a arma dessas pessoas.

Já falei aqui, dezenas de vezes, que no Jardim Emília, nobre Deputada Vanessa Damo, V. Exa. que é uma grande líder de Mauá, espero que V. Exa. consiga vencer o pleito e consiga ser uma comandante de Mauá, e que possa levar àquela localidade segurança e maior qualidade de vida, porque, em São Paulo, não temos isso. O povo de Mauá merece toda essa atenção e carinho.

Infelizmente, aqui, no Jardim Miriam, há um garoto de 14 anos empunhando um fuzil AR-15 assaltando casas. No Morumbi nem se diga; no Morumbi isso ocorre a todo instante.

Nobre Deputado Ed Thomas, que hora preside esta sessão. Vossa Excelência é de Presidente Prudente, uma cidade incrustada à minha cidade, que é pacata, sem violência, pequena, a nossa Pacaembu. De qualquer forma, estamos torcendo sempre para que Presidente Prudente não seja tão violenta como é São Paulo, como é o Rio de Janeiro, enfim, como são muitos bairros desta Capital.

Termino minha fala dizendo que os governantes deveriam preocupar-se mais com o desarmamento. Todas as vezes que falamos em blitz de desarmamento, a Polícia diz: “mas nós estamos fazendo!”. Mas tem que fazer muito mais. Temos que chegar a um ponto em que não teremos menores empunhando um fuzil AR-15, uma metralhadora.

Os dois pilares que sustentam a violência são as armas - contrabandeadas, roubadas e com numeração raspada, que estão por aí circulando, e que a Polícia poderia tirar de circulação, fazendo várias blitz em pontos estratégicos - e a droga, a bebida alcoólica.

Por isso que fiz a Lei Seca, que era municipal, mas que se transformou em lei nacional. Diadema e outras cidades também copiaram essa lei; isso trouxe mais segurança a elas.

Sr. Presidente, são esses dois pilares que temos que controlar: as drogas e as armas, principalmente as armas ilegais, para diminuir a violência. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini, pelo tempo regimental.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Ed Thomas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas: quero ressaltar, neste pronunciamento,  o muito que o Governador Geraldo Alckmin está fazendo por todos os municípios do Estado de São Paulo, em especial para minha cidade de Ribeirão Preto e toda aquela  Região.

O Governador Geraldo Alckmin está possibilitando que Ribeirão Preto se transforme e se modernize cada vez mais, através do convênio com a Universidade de São Paulo e do início das construções das obras do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, no Campus da USP.

Poderia citar ainda investimentos feitos na transformação do Aeroporto de Ribeirão Preto em Aeroporto Internacional de Cargas e de Passageiros; também os novos viadutos e rotatórias que o Governo de São Paulo está construindo na cidade de Ribeirão Preto, dando nova dimensão ao seu trânsito.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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Na área da Saúde, a transformação dos Hospitais de Serrana e Mater em hospitais regionais, desafogando o próprio Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, bem como a liberação de verbas para construção da Faculdade de Tecnologia de Ribeirão Preto.

Eu poderia citar, ainda, outras obras do Governador Geraldo Alckmin na cidade de Ribeirão Preto e naquela região. Às vezes, o opositor vem à tribuna e critica o Governador Geraldo Alckmin, mostrando algumas necessidades que existem em determinados setores, principalmente na Educação e na Saúde.

Por mais que se faça, é lógico, no Estado de São Paulo vamos ter sempre a necessidade de muito mais. Cito como exemplo a minha cidade, Ribeirão Preto, que, do ano passado até agora, ou seja, em um ano, aumentou em quase 10 mil habitantes sua população.  É uma cidade dentro de outra.

Fui Prefeito de Ribeirão Preto quatro vezes e, da primeira para a última vez, houve um salto de 150 mil para 600 mil habitantes. Dentro de algumas décadas Ribeirão Preto estará, sem dúvida alguma, com mais hum milhão de habitantes.

Por isso mesmo, seria importante o Governo Federal desenvolver também uma política de fixação das pessoas em seus estados de origem dando-lhes condições de educação, saúde e trabalho, para muitas delas não precisarem vir à Cidade de São Paulo ou outras cidades do nosso interior ocupar favelas. Até que essas pessoas possam criar raízes, encontrando emprego e a possibilidade da casa própria, muitas famílias vivem em condição subumana, dando a impressão de que, em nosso Estado, os governantes não fazem o que deveriam fazer prejudicados pela larga escala do desenvolvimento populacional.

Quero destacar: o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com sua capacidade e seu idealismo, sem dúvida alguma, está realizando uma grande administração. Chegou a meu conhecimento que a Agência Nacional de Águas divulgou um relatório sobre a conjuntura dos Recursos Hídricos do Brasil afirmando: o Estado de São Paulo está entre os que mais investiram em saneamento básico nos últimos dez anos.

Então, quando criticam os governantes do PSDB no Estado de São Paulo, eles esquecem isso, esse detalhe essencial para a qualidade de vida das pessoas. E esse relatório oficial demonstra: em saneamento básico nenhum estado do Brasil investiu e desenvolveu mais do que o Estado de São Paulo.

O Departamento de Águas e Energia Elétrica do Governo do Estado de São Paulo, em um período de oito anos - através do Programa Água Limpa, que cuida das Estações de Tratamento de Esgotos -, já atendeu 84 municípios com até 50 mil habitantes não operados pela Sabesp. Mais de um milhão e 200 mil pessoas foram beneficiadas.  Importante: estão em andamento 38 obras de tratamento, e o programa ainda prevê implantar estações de tratamento de esgotos em mais 93 municípios do Estado de São Paulo, beneficiando mais de um milhão de pessoas.

Por isso, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados,  eu tenho orgulho em vir à tribuna não só para defender como,também, para demonstrar a admiração e o respeito que tenho pelo Governador Geraldo Alckmin e pela sua equipe de governo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Cardoso Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, nosso companheiro da bancada do PMDB, quero cumprimentar os que nos assistem nas galerias, os Srs. Deputados presentes, Ed Thomas e Gasparini, vocês que nos assistem pela TV Assembleia.

Venho à tribuna hoje, Sr. Presidente, para prestar contas do meu trabalho parlamentar como Deputada. Recebi uma reivindicação da população de São Vicente, um bairro da Cidade de Mauá, referente à insegurança causada por uma série de roubos e de furtos, especialmente no entorno do Condomínio Corumbiara, com denúncias de assaltos e pessoas que esperavam o ônibus com certa insegurança.

Levei ao conhecimento do Major Fausto Fernandes, que me recebeu prontamente. Encaminhei o ofício para que houvesse a intensificação da segurança nesse local que estava um pouco ermo, com dificuldades de policiamento por conta também de algumas ruas que não têm boa iluminação. Também coloquei meu mandato à disposição para reivindicar, como havia feito anteriormente, segurança para os demais bairros.

Já tinha feito encaminhamento para segurança para o Jardim Zaíra, Jardim Itaparque, agora para o Parque São Vicente e quantos forem necessários, pois, quando os próprios moradores nos procuram, Sr. Presidente, é nosso papel como parlamentar levar essa reivindicação.

Além disso, quero cumprimentar o Deputado Campos Machado, que também está no Plenário, e dizer que hoje estarei com o Secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Rodrigo Garcia. Quero, desde já, agradecê-lo pela audiência porque encaminharei um pedido de um Restaurante Bom Prato à Cidade de Mauá, atendendo à solicitação de moradores, principalmente do Jardim Zaíra, o bairro mais populoso de Mauá, com mais de 100 mil habitantes. Lá, existem famílias que vivem em estado de vulnerabilidade social, necessitando desse amparo do Governo do Estado. Desde já, coloco-me também à disposição da Cidade de Mauá e de toda a região do ABC. Portanto, hoje gostaria de prestar contas do meu trabalho, falando sobre o Restaurante Bom Prato.

Assim como fiz na semana passada, procurando o Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, para encaminhar um pedido que é antigo, mas muito importante à Cidade de Mauá: a vinda do IML - Instituto Médico Legal, para que o corpo não fique muito tempo no único IML, na Cidade de Santo André, e demore muito tempo para retornar à cidade. Isso, infelizmente, tira um pouco a dignidade da família, que gostaria de passar mais tempo com o ente querido que faleceu.

Além disso, Sr. Presidente, falei da importância de uma delegacia seccional de Polícia Civil na Cidade de Mauá, que hoje também dependemos de Santo André. Salientei também a importância e parabenizei o Secretário, sobre a Operação Delegada, pela instalação desse instrumento importante, que tem aumentado bastante a segurança na Capital, que é uma das prefeituras que implantou essa Operação, e demais 40 cidades do Estado, que também fizeram o encaminhamento do pedido.

É um Projeto de lei que nasce do Executivo, passa pela Câmara Municipal e finda a sua tramitação tendo o aval, a assinatura e a aprovação do Secretário de Segurança Pública, e consiste em remunerar o policial militar, para que ele possa trabalhar no seu dia de folga, em prol do município, sendo remunerado pela prefeitura, para que ele possa trabalhar fardado, fazendo que tenhamos o dobro do efetivo policial no município, aumentando bastante os índices de segurança e fazendo que os índices de criminalidade caiam.

É algo que vem dando certo na Capital, e vem sendo implantado em diversas cidades do Estado de São Paulo. Recentemente foi implantada a Operação Delegada em muitas cidades do Vale do Paraíba, e São José dos Campos é uma delas. E Mauá é uma cidade que, certamente, tendo essas portas abertas da Secretaria de Segurança Pública, tendo esse bom olhar do Governo do Estado, é uma cidade que se beneficiará com esse projeto importante, de parceria com o Governo do Estado.

Muito obrigada. É uma grata satisfação para mim poder levar as reivindicações da Cidade de Mauá, e de toda a região do Grande ABC especialmente, para que sejam ouvidas pelo Secretário de Estado. Este é o nosso papel. Quando somos eleitos, somos eleitos para representar, para brigar pela população, para ser porta-voz daqueles, milhares, que confiaram na nossa pessoa, para poder reivindicar pleitos importantes como esses. Obrigada, e que Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente, trabalhadores desta Casa de leis, a todos sempre o meu muito obrigado pelo trabalho prestado ao meu mandato.

Assomo à tribuna para um assunto grandioso, um projeto grandioso. No dia 20 de agosto de 2009, nesta Casa de leis protocolei o PL 717, que institui o sistema estadual integrado de atendimento à pessoa com autismo.

O autismo é uma síndrome que atinge quase dois milhões de brasileiros. Em crianças o autismo é mais comum que o câncer, a Aids e o diabetes. O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, que se manifesta tipicamente antes dos três anos de idade. É quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É considerado uma síndrome, por não existir uma causa específica, definida, ou seja, é um conjunto de sintomas, definido pelo Código Internacional de Doença, em sua 10ª versão, CID-10.

Apesar desse contexto, há conceitos ultrapassados, teorias errôneas, preconceitos e mitos que precisam ser vencidos, para garantir a inserção social dos autistas. Essa visão inapropriada sobre a síndrome faz que as pessoas com o transtorno do espectro autista não sejam reconhecidas como deficientes, o que limita o acesso a serviços públicos.

Com base nesse problema, fiz o PL 717/09, buscando, através de um sistema estadual integrado de atendimento à pessoa com autismo, dar plena efetivação dos direitos fundamentais da Constituição Federal a essas pessoas.

Meu projeto propõe um atendimento integrado e integrador dos diversos serviços prestados às pessoas com autismo no Estado de São Paulo: nos serviços públicos de Saúde, serviços públicos de Educação, serviços públicos de Assistência Social e serviços de informação e cadastro.

Esse projeto passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde, Finanças, Orçamento e Planejamento, e todas foram favoráveis, estando desde o dia 18 de outubro de 2011 pronto para a Ordem do Dia. Esse PL abrange principalmente questões políticas públicas na área da Saúde estadual para os autistas, e por não serem reconhecidos como pessoas deficientes, sofrem no atendimento na área da Saúde.

Mas o que me traz, também, é para parabenizar o Governador do Estado de São Paulo, Sr. Geraldo Alckmin, o Secretário de Estado de Saúde, Dr. Giovanni Guido Cerri, mas também sinto-me muito honrado, porque é reflexo de um trabalho que venho realizando ao longo da minha trajetória nesta Casa, como cumprimento da minha missão.

O Governador baixou uma Resolução, da Secretaria de Saúde, SS 83, do dia 7 de agosto de 2012. Os autistas terão os seus direitos reconhecidos. Serão respeitados. Não foi o projeto deste Deputado que veio para discussão, que veio para o debate, mas isso não importa. A ideia é a que vale. O que importa é o atendimento. Muitas vezes o projeto, o requerimento, a indicação do Deputado não é atendido no seu corpo, mas na sua ideia o é, e aí já vale realmente a pena.

Já valeu a pena estar aqui nesta Casa, para o reconhecimento dos autistas do Estado de São Paulo. E São Paulo é o primeiro Estado a fazer isso. Esse projeto de minha autoria, lá de 2009, tem o reconhecimento agora da Secretaria da Saúde. Fica o meu agradecimento, em nome dos pais, em nome dos autistas, que têm um mundo especial, um mundo só deles, mas que sofrem muitos e muitos preconceitos.

Fica aqui esse agradecimento ao Governo do Estado, por essa Resolução, por esse atendimento digno aos nossos autistas do Estado de São Paulo. Tomara que vá essa vontade, essa ideia, essa ação, realmente para todo o País.

Tenho neste instante uma reunião com a Frente Parlamentar das Apaes do Estado de São Paulo, onde 22 pessoas me aguardam, onde podemos reverter recursos para as crianças especiais do Estado de São Paulo, para essa instituição linda, a Apae, que é missão de todos nós melhorar a vida de todos os especiais do Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença da Banda Eszterhaza, projeto do Colégio Santo Américo, acompanhada de seus responsáveis, Dom Gabriel Iroffi e Prof. Cláudio Coghi. A todos as homenagens do Poder Legislativo. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado Isac Reis.

 

O SR. ISAC REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, assessoria legislativa, telespectadores da TV Assembleia, antes de entrar no tema que me trouxe a este plenário, eu gostaria de, com muito respeito, responder ao Deputado, por quem tenho uma consideração enorme, Welson Gasparini, na sua colocação, quando diz que o Governo Federal deveria criar mecanismos para que as pessoas não viessem para a nossa região. Penso que, se fosse outro momento, o senhor estaria coberto de razão; e, democraticamente, eu me dou o direito de discordar da Vossa Excelência para dizer que inserimos na agenda nacional 40 milhões de pessoas que viviam abaixo da linha de miséria, entre as quais a grande maioria das Regiões Norte e Nordeste.

Era muito comum ver nos telejornais reportagens mostrando principalmente a Estação da Luz, mostrando as pessoas sendo expulsas da sua terra para não morrer de fome, como foi o caso do nosso ex-Presidente Lula. Hoje, diferentemente, se for naquela Estação da Luz, vocês vão ver o caminho inverso: os ônibus lotados, as pessoas podendo voltar para a sua terra de origem em que, um dia, foram expulsas pela fome. É porque hoje têm condições pelos projetos sociais que foram implantados naquela região que levaram, pura e simplesmente, água - o que o PSDB não conseguiu levar àquelas pessoas. Com todo o respeito, portanto, me dou o direito de discordar do seu posicionamento.

Sr. Presidente, tenho visto reiteradas vezes, todos os dias, algum deputado usando esta tribuna, com muita propriedade, falando a respeito da segurança que já atingiu níveis insuportáveis para a sociedade brasileira. Só que eu também me dou o direito de discordar de algumas coisas que vejo, ao longo dessa história, acontecendo. O que percebo é que sempre criaram paliativos e nunca tiveram a coragem de ir ao cerne da questão, de discutir Segurança como ela deve ser discutida.

Dou um exemplo claro, nobre Presidente, Vossa Excelência que foi o autor da Lei Seca. Posso dizer ao senhor que, como vereador, fui contra a Lei Seca. E tinha motivos de sobra porque tentavam passar para uma parcela da sociedade a culpa da violência, tirando a responsabilidade de outros e pregando na testa do comerciante, dono de um bar, que ele era o responsável pela violência, pelo tráfico de drogas. Tive a oportunidade de um debate e dizer: “Se for nessa linha, amanhã ou depois vamos chegar à conclusão de que nós teremos de fechar as escolas porque o tráfico está na porta das escolas.”

Não é melhor combater o tráfico do que prejudicar o comerciante? Governantes que não dão alternativas para a sociedade de lazer criam a Lei Seca, pura e simplesmente, para dar uma resposta à sociedade. E hoje reafirmo com toda tranquilidade de que estava certo na minha posição. No dia em que foi aprovada a Lei Seca qual era o índice da violência? E hoje, que está aprovada a Lei Seca em vários municípios? Veja se não dobrou a violência. Então não resolveu nada.

Nós tivemos a oportunidade nas mãos e não soubemos aproveitar. Foi quando o ex-Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh apresentou em Brasília um projeto para o desarmamento, para fazer uma consulta popular. Só que, infelizmente, o lobby muito forte das firmas de armamento percutiu na cabeça do cidadão, muitos pela parte da imprensa, de que o cidadão comum tinha de andar armado para se defender. Ledo engano. Essa arma sempre está na mão dos meliantes.

São então essas alternativas. Tenho sempre dito em várias reuniões que o que leva um jovem para o crime não é a pobreza. Senão, Piauí seria o estado mais violento da Nação. E não é isso. O que leva é a falta de perspectiva de futuro. É isso que ocorre, e o exemplo claro disso é quando a ONU detectou que o Jardim Ângela em São Paulo era uma das regiões mais violentas do mundo. Marta Suplicy criou o Projeto CEU e inseriu dentro da favela dando perspectiva. E diminuímos em 50% a violência naquela região.

É então falta de investimento no jovem de hoje, para que ele não seja adotado pelo traficante amanhã. E não vejo ação nenhuma do Governo para poder reverter essa situação. Outras coisas há que também chamam atenção e que ninguém mexe. Quero deixar registrado, Sr. Presidente, que vou entrar com documento nesta Casa e querer saber por que o Governo define que um pai de família tem de viver com o salário mínimo de seiscentos e poucos reais; um policial militar ganha mil e poucos reais e um bandido custa dois mil reais para o Estado. Alguém está levando vantagem nisso. Quero entrar com documento nesta Casa para eu ter respostas.

No dia em que o Governo realmente investir na polícia, na política investigativa, dar salários decentes, podem ter a certeza que a gente começa a combater essa violência. Porque, por enquanto, pelo que tenho visto, são apenas coisas paliativas para enganar o povo. Sr. Presidente, em relação ao desarmamento citado por V. Exa. desta tribuna, sabemos que o bandido não vai entregar o seu revólver, o seu AR15. Ele vai pegar e entregar a garrucha de 1940, que era do seu avô. Essa é a questão. Estão fazendo ação para combater a violência e a gente sabe que, na realidade, não está combatendo coisa nenhuma.

É por isso que quero deixar registrada a minha indignação à questão da violência. Colocamos muitas questões, mas esquecemos de investir no social, de dar condições de vida e dignidade às pessoas. Aí sim vamos começar a combater a violência. Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Welson Gasparini.

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Nobre Deputado Isac Reis, apenas gostaria de fazer uma observação. Pode dar a impressão de que sou contra - e não - as pessoas que vêm de outros Estados para o Estado de São Paulo, ou que mudam de cidades. Eu mesmo mudei também. Era de uma cidade menor e fui a Ribeirão Preto em busca de oportunidades. Mesmo estando bem na nossa cidade, ou no estado, mudamos, às vezes, buscando uma oportunidade maior. Lembro também que é importante esse apoio, principalmente às pessoas que, ao saírem de suas origens e vão acabar em favelas, ou em situações mais difíceis e com falta de emprego, o ideal é que possam permanecer na sua cidade de origem. Mas concordo com tudo que foi dito aqui. Fiz questão de fazer justiça nesse sentido, de que devemos muito aos migrantes. Eu mesmo sou migrante.

Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores, como é importante o debate. Há pouco instante antecedeu-me o nobre Deputado Isac Reis, dizendo que votou contra o Projeto da Lei Seca. Mas isso é democracia: cada um tem o seu pensamento. Lá na Câmara Municipal de São Paulo aprovei a Lei Seca. Ela foi também conhecida como a lei do silêncio ou a lei que fecha o bar. Deram vários nomes. Essa lei propagou o país inteiro e hoje virou uma lei nacional. Por incrível que pareça, a bancada do PT não votou. Só que um vereador do PT lá de Osasco pediu voto e aprovou essa lei naquela cidade. Nós tivemos a aprovação, se não me falha a memória, em Barueri. Não me lembro o nome do prefeito, mas ele aplicou a lei. Barueri foi uma das primeiras cidades a adotar a lei, e não Diadema, que é do PT. Foi uma vereadora que aprovou essa lei, mas ela não foi eleita tamanha era a polêmica da lei. O tema foi muito divulgado e debatido e levei quase 10 anos para conseguir aprovar essa lei, que é muito complexa.

Os meus opositores falavam que muitos morriam em acidentes, em assaltos na entrada dos colégios, dos comércios. Argumentávamos dizendo que o boteco é o local aonde as pessoas vão e dizem que lá é a praia dos paulistanos. Imagine, a praia do paulistano é o boteco, esse boteco da vida. O indivíduo enche a cara, chega em sua casa e maltrata a sua família. Ele desagrega a família, espancando esposa e seus filhos. Quando sai de casa, é atropelado. Quando dirige se acidenta e vão todos parar onde? No pronto-socorro. Como sou médico cirurgião, eu ficava na Santa Casa e via essas pessoas acidentadas. Via mães e pais chorando a morte do filho. Eu via esse drama. Foi por isso que tive essa idéia de fazer a lei que virou lei nacional. Nobre Deputado Isac Reis, sabemos que nessa ocasião tivemos muita oposição, sim. Mas hoje todos dizem que essa lei é boa.

Deputado Welson Gasparini, quero dizer a V. Exa., que foi um grande prefeito de Ribeirão Preto, que lá também temos o Bar Pinguim que tem um dos melhores chope da cidade. Eu vou lá também. Não tem nenhum problema em tomar um copo de chope. Não faz mal nenhum. O que é ruim é o indivíduo encher a cara como se o alambique fosse acabar. Ele encher a cara trazendo transtorno a sua família, dando trabalho à polícia, aos médicos legistas, dando trabalho no pronto-socorro ocupando leito da UTI, o leito cirúrgico onde eu operava geralmente paciente gravíssimo, consumindo grandes recursos. Temos falta de leitos. Não temos atendimento médico-hospitalar decente para todos porque os leitos são ocupados por essas pessoas. Por isso que fiz essa lei que hoje é seguido por muitas cidades. Diria que mais de 50% das cidades brasileiras seguem essa lei. Em Diadema, diminuiu em mais de 80% o índice de violência. É claro que essa lei tem que ser associada ao investimento no esporte, cultura, geração de emprego e até religião. Quero finalizar o meu pronunciamento dizendo que sou feliz em ser o autor dessa lei. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Esgotado o tempo do Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Por permuta de tempo com o nobre Deputado Rodrigo Morais, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero agradecer ao nobre Deputado Rodrigo Morais, que é um deputado religioso, deputado que me deu muito apoio na questão da Lei Seca. Seu pai que foi comigo vereador, hoje deputado federal, Deputado José Olímpio, me ajudou também como companheiro de partido. Ele era do PMDB e me ajudou muito na aprovação dessa lei importante, construtiva, lei que salva a vida, lei que tem ajudado muitas famílias a buscar qualidade de vida.

Quero também dizer do meu sonho. Fui vereador durante 28 anos nesta cidade com milhares de problemas. Esta cidade imensa que se preocupa com a saúde, com a questão da segurança que não temos. É uma cidade que deveria dar exemplos a outras cidades, mas, infelizmente, nesse setor, ela não dá porque é violenta tanto quanto Rio de Janeiro, Recife, Vitória e outras capitais.

O meu sonho é não ver, por exemplo, o perito da polícia que foi assaltado no Dia dos Pais, na Av. Washington Luís, perto do aeroporto. Ele foi assaltado por garupa de moto. Jogaram gasolina e meteram fogo nele. Ele dirigia seu carro fox e foi incendiado. Isso aconteceu na nossa cidade, na nossa capital, na maior cidade do hemisfério Sul. Não foi em Ribeirão Preto, Deputado Welson Gasparini, em que V. Exa. foi prefeito. Não foi na minha Cidade Pacaembu, uma cidade pacata. Mas aqui na capital, repito, em que fui vereador por 28 anos.

O meu sonho é não ver pessoas enfileiradas debaixo do sol, chuva, pela madrugada sem ter consulta médica, sem ter o atendimento médico-hospitalar. Hoje, uma pessoa doente não tem leito cirúrgico, um leito na UTI por estar ocupado por vítima de violência, pessoa que sofreu assalto com arma de fogo ou com arma branca. Não é isso que quero, que sonho. Sonho com uma cidade que tenha leitos para todas as pessoas, principalmente que sofrem hepatopatias, problemas gástricos, cerebrais, cardíacos, circulatórios, diabéticos que, às vezes, entram em coma, porque os leitos são ocupados pelas vítimas de violência. Temos gasto de 210 bilhões com vítimas de violência.

É tão fácil buscar a segurança. A violência é fácil de ser combatida. Um indivíduo pratica a violência com as armas que atravessam as fronteiras internacionais como do Paraguai-Brasil, a Ciudad del Este, a Bolívia também. É só fiscalizar. É só não deixar entrar essas armas aqui, examinando os aeroportos, os portos. Se passarem essas armas, examine, fiscalize as fronteiras interestaduais. Se assim mesmo passarem, fiscalize os pontos estratégicos aqui de São Paulo. Dentro do estádio, a Polícia Militar não deixa ninguém matar porque as armas são retidas. Ninguém leva arma para dentro do estádio e lá não acontece nada. Por que não fazer de São Paulo e de outras cidades como se fosse um estádio? É claro que não dá para examinar todos os cidadãos, mas faça blitz em pontos estratégicos e tire essas armas da rua que infelicita muitas pessoas. O Deputado Isac Reis disse que essa campanha de desarmamento não funciona, não é bom, que desarma só pessoas de bem. Acredito que o Instituto Sou da Paz e também a Defensoria Pública merecem todo nosso apoio para o sucesso. E, se não tiver sucesso - e acredito também que não vai ter sucesso porque ninguém vai entregar a arma, se entregar, vai entregar arma obsoleta, antiga que não funciona mais -, faça com que as polícias façam blitz em todos os pontos da cidade. Abrir o porta-malas dos carros, examinar pessoas nos pontos de ônibus, nas portas de forró e nesses botecos da vida que infelicitam muitas pessoas.

Acredito que aí vamos ter um pouquinho de qualidade de vida. Se deixar como está, dizendo que a polícia faz blitz, etc., etc., vai continuar na mesma. Está fazendo blitz, mas tem garoto com 14, 16 anos com uma AR-15, com metralhadora. Então, a blitz não está funcionando. Intensifique mais, coloque mais polícia para fazer mais blitz. É mais produtivo, eficaz.

Quero dizer, no dia de hoje, que o meu sonho é fazer com que nesta cidade não aconteça tantos assassinatos. Garupa de moto assaltando o filho do governador na cidade em que fui vereador? O filho do governador é assaltado à luz do dia por garupa de moto? Imagine o meu filho ou o filho de V. Exa., Deputado Marcos Martins, ou dos telespectadores. O filho do governador tem segurança e foi assaltado por garupa de moto na Marginal Pinheiros. Então temos que fazer alguma coisa. Não quero que o filho do governador seja assaltado, como não quero que o filho de ninguém seja assaltado.

No mês passado, metralharam várias bases militares. Por quê? Foi numa moto rápida, com capacete, que é uma máscara, que atira e vai embora como se fazia lá em Medelín, em Cali, no México, a máfia em algumas cidades italiana, nos Estados Unidos como V. Exa., Deputado Marcos Martins, está dizendo.

Cumprimos a nossa tarefa. Aqui, na Assembleia Legislativa, aprovamos projeto que proibia o garupa de moto nos dias úteis, com liberação nos finais de semana e feriados - trânsito menos caótico, menos acidentes - mas não houve a sanção do Governador.

Sonho com uma cidade em que a moto possa circular no corredor de ônibus. Quando o ônibus parasse na baia, os motoboys poderiam passar com segurança. Enquanto isso, morrem três por dia, sem falar do exército de cadeirantes. É só ir ao Instituto de Ortopedia do HC ou no Pavilhão Fernandinho na Santa Casa para constatar isso. E a gente fica de braços cruzados? Deixamos eles morrerem? Deixamos os garupas de moto assaltarem, fazerem arrastões? Atirando em todo mundo? Eles atiram e vão embora. A moto é um meio de fuga rápida. A Polícia não consegue identificá-los porque estão com uma máscara: o capacete com visor escurecido funciona como uma máscara. Ninguém pega. Matam policiais. Dia desses mataram um delegado de polícia na Marginal Tietê e nós ficamos assistindo passivamente a isso. Parece que estamos satisfeitos pois não estamos reagindo. Não dá mais para aceitar isso! Ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Sou médico e minha função é preservar vidas. Tirando o garupa de moto vamos preservar o jovem que está em cima de uma moto assaltando. São garotos de 16, 20, 23 anos. A mãe desse marginal chora quando ele é morto pela Polícia. Esta Casa cumpre com a sua tarefa, mas o Executivo tem de fazer a sua parte.

Sonho com um índice menor de violência na nossa cidade porque segurança e ordem pública atraem investimentos, geram emprego e a geração de emprego é uma forma de combater a violência. É um círculo vicioso. A lei seca de minha autoria tem uma eficácia muito grande. Como a lei que fiz proibindo qualquer atividade de menores e adolescentes nos cruzamentos de ruas. O dinheiro que essas crianças conseguem vai para a mãe e o pai de rua, que compram droga. São crianças que vão para a Fundação Casa, quando não para a penitenciária, isso se a Polícia não matar antes. Essas crianças tidas como crianças de aluguel respiram um ar impuro e cancerígeno. Esta lei eu apliquei na Cidade de São Paulo, mas infelizmente em muitos locais o Executivo não a cumpre.

Sonho com uma cidade segura, a exemplo do que fizeram várias metrópoles do mundo ao aplicarem o tolerância zero, inclusive em Nova Iorque. Que a gente possa garantir ao cidadão o seu direito de ir e vir, o seu direito à vida.

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Por permuta de tempo com o nobre Deputado José Zico Prado, tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, aqueles que nos ouvem na Casa, ouvimos as preocupações dos deputados com relação à Segurança, que acaba também desembocando nos Fóruns - e no Estado de São Paulo temos problemas seriíssimos nesse particular. Por várias vezes estivemos na Secretaria de Justiça cobrando a reforma do Fórum de Osasco e a construção do anexo. Isso já se arrasta há uns 10 anos. Há risco de incêndio no prédio, dentre outras coisas.

Na audiência pública realizada na cidade de Osasco, ontem à noite, para discussão do orçamento este assunto veio à baila. O Fórum de Carapicuíba - vejam o jornal - corre risco de desabar, uma parte já começou a cair e não há previsão de reforma. São duas cidades com problemas no Fórum, que acabam prejudicando processos que tratam dessa violência aqui mencionada.

Esperamos que haja interesse do Governo do Estado na regionalização do orçamento. Algumas emendas feitas pela Bancada do Partido dos Trabalhadores destinando recursos para a região acabaram sendo vetadas e aí nos deparamos com problemas, que não são poucos, como este do Fórum da cidade de Osasco. A prefeitura doou a área há uns 10 anos. A cessão dessa área foi votada com urgência a pedido do diretor do Fórum porque havia recursos e condições para construção. No entanto, essa novela se arrasta até hoje. E agora o Fórum de Carapicuíba também correndo risco de desabar.

Temos outra área cedida na cidade de Osasco para a construção do prédio da Polícia Científica, que também se arrasta há uns oito anos aproximadamente. Tentamos transferir para a nossa cidade um montante de 200 mil reais fruto de uma emenda para uma outra cidade. Como esta não fez uso tentamos transferir para a nossa região, mas a verdade é que o prédio da Polícia Científica que abrigaria o IML também se encontra na estaca zero.

Esperamos que esses problemas sejam solucionados como forma de apoio às ações contra a violência e a falta de segurança que vivemos no Estado de São Paulo. Vivemos quase que um apagão nessa área. A população tem medo de sair às ruas. Infelizmente este é o quadro.

Gostaríamos ainda de lembrar que o Centro de Oncologia para a região de Osasco foi um dos temas mais reivindicado. É a terceira ou quarta vez que se debate o Orçamento do Estado na cidade e isso ainda não prosperou. Fizemos gestões com o Secretário da Saúde do município Dr. Evandro, estivemos com o então Secretário Dr. Barradas e agora com o Dr. Guido Cerri, que disse que a região comporta o Centro Oncológico. Cobramos na audiência pública que contou com a presença do Secretário de Estado da Saúde e do Ministro da Saúde a construção dessa unidade de tratamento do câncer com rádio e quimioterapia ou o Hospital do Câncer. Estamos perseguindo esse objetivo. Na audiência, esse tema veio novamente à tona, sendo cobrado por diversas pessoas que fizeram o uso da palavra e mostraram a necessidade clara de uma descentralização do Serviço de Saúde e que possa atender aquela região, de várias cidades com cerca de 3 milhões de habitantes como Carapicuíba, Barueri, Itapevi, Jandira, Taboão da Serra, Itapecerica, entre outras. Em todas essas cidades não existe nem um centro de tratamento para uma doença que tem surgido com mais frequência.

A Cidade de Osasco abrigou a fábrica da Eternit que usava amianto, um produto cancerígeno, e deixou um passivo relativamente preocupante de que ainda outros doentes virão.

Tivemos também a reunião da Comissão de Saúde, a qual eu presido hoje, e lá recebemos representante do Sindsaúde com demandas do Iamspe e da Casa da Aids. Correm o risco de serem fechados 20 leitos que funcionam na Rua Santa Cruz, na Vila Mariana, e que seriam transferidos para o Hospital Emílio Ribas. De acordo com o depoimento das pessoas que ali trabalham, também não tem condições de abrigar os pacientes e fazer esses atendimentos.

Iremos oficializar ao Secretário de Saúde do Estado essas preocupações para que Casa da Aids, que atende 5 mil pessoas, informação que nos foi transmitida, não seja fechada. Se for transferida para o Hospital Emílio Ribas, que está superlotado, defasado e não consegue dar conta, aumentaria e agravaria ainda mais essa situação. Aguardaremos.

A outra é sobre o Iamspe, em que há o questionamento se ele será mudado para uma autarquia. Será criada uma autarquia que é o Instituto de Saúde dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, que de maneira geral utilizam esse serviço. Mas não há a contrapartida do Governo do Estado na contribuição. Os servidores contribuem com dois por cento e o Estado também deveria contribuir com dois por cento, mas isso não ocorre. Ou seja, é outro problema.

Agora existe, pelo menos, a possibilidade que trouxeram. Vamos confirmar com a Secretaria de Saúde do Estado se realmente se concretizará esse projeto de transformar em autarquia. Os servidores públicos precisarão ter informações e nós assumimos o compromisso. Se esse projeto vier, a primeira coisa que faremos, antes da votação, é uma audiência pública para que os servidores públicos possam participar e ter ciência. Esperamos que o que seja resolvido venha para melhorar, e não para piorar os serviços da Saúde dos servidores públicos do Estado de São Paulo, que já são precários em todo o Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença do Superintendente da Pesca e Aquicultura, Dr. Jorge Augusto de Castro. A V. Exa., as homenagens do Poder Legislativo. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado Luciano Batista, por permuta de tempo com o nobre Deputado Dilmo dos Santos.

 

O SR. LUCIANO BATISTA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente dessa sessão, Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Alesp e Deputado Dilmo dos Santos, a quem agradeço por me ceder gentilmente o seu tempo no plenário.

Venho a esta tribuna para fazer uso do tempo regimental para tratar de um assunto que me deixou feliz. Moro na Baixada Santista e, ontem, estive acompanhando Sua Excelência, o Governador Geraldo Alckmin, em uma luta do meu primeiro mandato como também de outros deputados, como a ex-Deputada Haifa Madi, que mora no Guarujá, e que também já lutou muito por esse assunto, entre outros.

Ontem me senti feliz por todas as pessoas que moram na Baixada Santista ou vão a locais como a Pérola do Atlântico, Guarujá, atravessaram a balsa e, infelizmente, já se aborreceram. Embora seja um passeio maravilhoso passear pelo local e pelas praias como Pitangueiras, Praia do Tombo, para quem gosta de surf, Morro Tortugas, Praia do Pernambuco, Praia do Perequê, Praia das Baleias, entre outras, que são lindíssimas e estão naquela cidade que é uma das mais lindas do Brasil.

Geralmente, quem vai ao Guarujá só tem duas alternativas, ou vai pela Piaçaguera ou pela balsa. Se for pela Piaçaguera, às vezes enfrenta uma pequena fila; se for pela balsa, muitas vezes enfrenta uma fila extensa. Mas o Governador, através do Dersa, tem dado atenção especial à ampliação do serviço de balsa. Chegamos a funcionar naquela travessia, a mais movimentada do mundo, embora não seja a maior em distância, mas é em movimentação, com duas ou três balsas, Sr. Presidente. O Governador tem ampliado os atracadouros e ontem entregou a oitava balsa. O que isso significa, na prática? Significa redução, pois no horário de pico a redução de espera será de até 20 minutos.

Além disso, tive a oportunidade de atravessar na balsa FB - Ferry-boat 26 -, uma balsa zero quilômetro. Outra coisa que me chamou a atenção foi a troca da cor da embarcação, pois aquelas balsas amarelas, dos anos 70, já estavam muito desgastadas pelo uso. Eu fiquei feliz em subir naquela balsa rápida, branca e azul-clara. Até dezembro, chegarão mais duas balsas; em 2013, mais duas, totalizando cinco balsas. Ou seja, temos atualmente oito balsas e receberemos mais quatro.

Para se ter uma ideia sobre os números, a revitalização das embarcações custará 36 milhões de reais e a dos atracadouros em Santos custará 30 milhões de reais. A aquisição dessas cinco novas Ferry-boats custou 32 milhões.

Algo interessante, pois não atinge somente os turistas, são as lanchas que fazem a travessia para as pessoas que moram lá. O Governador comprou quatro lanchas com capacidade para 350 pessoas sentadas. As quatro lanchas serão entregues este ano, até dezembro. E qual a novidade dessas lanchas? Terão capacidade para 350 pessoas sentadas, com bicicletário e com ar-condicionado. Chamou muito a atenção ver um modelo atracado lá, com ar-condicionado.

Esse é um conforto para as pessoas que moram na Ilha de Santo Amaro, naquela terra sagrada, no bairro de Vicente de Carvalho, que, na verdade, é um Distrito, quase uma cidade. Vicente de Carvalho é o segundo maior comércio da Baixada Santista.

Vejam a importância que tem o Distrito de Vicente de Carvalho para a Baixada Santista. Colocar quatro barcas com capacidade para 350 pessoas sentadas, realmente é mostrar respeito às pessoas que atravessam diuturnamente de Santos para Guarujá e vice-versa.

Além disso, o Governador Geraldo Alckmin anunciou a modernização dos atracadores de Bertioga, ao custo de 22 milhões de reais, Sr. Presidente. Aquisição de novo sistema de comunicação e aquisição de novos motores para as balsas que estão lá. Essa foi uma visita que levou boas notícias às pessoas que utilizam o serviço de balsas.

Lembro-me de que há pouco tempo, passávamos no canal do Porto de Santos - às vezes me aventuro naquele canal, ou de stand up ou de jet ski - com muita rapidez porque só havia três balsas operando naquele trecho. Agora, com oito balsas operando temos que tomar muito cuidado, porque às vezes saem quatro de um lado e quatro de outro e o canal fica congestionado. Mas é melhor ter um congestionamento de balsas, do que as pessoas ficarem na fila, aguardando por horas para atravessar.

Então, esse é um investimento importante. O atraso causado nessa benfeitoria da travessia, ou seja, o investimento nessas balsas para a travessia do canal, foi compensado esta semana, mais precisamente ontem à noite - segunda-feira - com essa boa notícia para as pessoas que visitam aquela cidade maravilhosa que é Guarujá.

O Governador Geraldo Alckmin, anunciou também que vai duplicar a rodovia Cônego Domenico Rangoni; serão oito quilômetros de duplicação de vias - dos dois lados -, no trecho de Guarujá em direção a Cubatão. Isso também vai dar maior fluidez ao trânsito, pois é um trecho que também congestiona, e as duas pistas serão duplicadas. Graças a Deus, vão construir o tão esperado viaduto do final da Anchieta, no encontro com a Piaçaguera. Será um viaduto maravilhoso, orçado em 52 milhões de reais.

Acho que isso dará uma nova visão àquele anel viário, principalmente porque é ali que os caminhões têm acesso à margem do Porto de Guarujá. As pessoas às vezes falam que a margem direita é o Porto de Santos e a margem esquerda é a margem esquerda do Porto de Santos. Na verdade, essa margem é a margem do Porto de Guarujá. Com todo respeito que merece o Porto de Santos, mas essa é a denominação correta, ou seja, a margem do lado do Guarujá, que movimenta bilhões e bilhões de cargas, seja a granel ou em containeres.

Nesta semana, teve um navio que atracou com 8.700 containeres. Srs. telespectadores, imaginem um navio transportando, de uma só vez, 8.700 containeres. Veja a amplitude que a dragagem feita dá ao porto e a possibilidade de aumento do movimento do cais santista, que movimenta um terço da economia do País. Um terço do PIB nacional passa pelo Porto de Santos.

Portanto, os investimentos que forem feitos no Porto de Santos serão sempre bem-vindos. A grandeza do movimento de cargas, em dólares, que lá ocorre justifica qualquer investimento; esse movimento representa um terço do PIB nacional.

O Governador anunciou também que no segundo semestre de 2013 estará pronta a licitação para, finalmente, começar a construção do sonhado túnel, que servirá para fazer a travessia de Santos-Guarujá, Guarujá-Santos. Aí sim, acabaremos de vez com o problema.

Isso porque, mesmo com oito balsas circulando, temos, ainda, um problema insolúvel nas travessias: quando há ocorrência de neblina no porto, não se consegue atravessar o canal; a falta de visibilidade não permite a travessia das balsas - só se combinar com São Pedro para não pôr neblina. Quando tem neblina no porto tem que paralisar todo o sistema de travessia de balsas. Portanto, quando o túnel estiver funcionando, essas balsas serão redistribuídas para outras cidades que operam travessias com balsas, como é o caso de Bertioga, Cananeia, que fica do outro lado do litoral paulista; Cananeia fica no Litoral Sul, no Vale do Ribeira; então, essas balsas serão deslocadas para lá. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente em exercício, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, assomo a esta tribuna para agradecer a alguns amigos. Amigos da pesca do Estado de São Paulo, amigos que estão vestindo a camisa por esse esporte e por esse meio de vida para mais de 30 mil pessoas ribeirinhas, e para mais de dois milhões de pessoas no Estado de São Paulo que são adeptas da pesca esportiva amadora.

Quero agradecer desta tribuna à revista “Pesca & Companhia” que trouxe, na sua edição de junho, uma matéria falando “Um lugar que vale ouro”. E esse lugar nada mais é do que a nossa querida Cachoeira do Talhadão, ali na Cidade de Palestina, e que estava com seus dias contados por causa da construção de uma PCH.

Sr. Presidente, o local é muito belo. Tivemos a oportunidade de estar com a equipe lá, quando fisgamos mais de 20 peixes da espécie dourado, tabaranas. Tivemos a oportunidade de ver ali proliferando as tabaranas, que está em processo de extinção. Aquele local é nada mais, nada menos, do que um berçário ecológico do nosso Estado; não podemos perdê-lo de forma alguma.

A revista “Pesca & Companhia” traz seis páginas dizendo o que é a Cachoeira do Talhadão, o que é Rio Turvo. Fizemos várias fotos de pesca, como também retratamos a imagem de uma sucuri que havia terminado de comer uma capivara, imagem que foi postada no You Tube para quem quiser conhecer o local e saber que ali tem , realmente, uma diversidade de fauna e flora.

Tivemos também - e queremos agradecer - o apoio do Condephaat. No dia 25 de junho do corrente, o Condephaat enviou-nos a resposta do nosso pedido do tombamento da Cachoeira do Talhadão. É com muita alegria que trazemos à tribuna desta Casa esse Ofício para expressar nossa gratidão a esse órgão, que com isso está trazendo beneficio a toda região noroeste, com a continuação da vida e de todo ecossistema na Cachoeira do Talhadão e no seu entorno.

Sr. Presidente, passo a ler o seguinte: “Vimos através desta notificar V. Sra. que, em sua sessão extraordinária, no dia 14 de maio corrente, o egrégio colegiado do Condephaat deliberou aprovar o parecer do Conselheiro Relator favorável à abertura de estudos de tombamento da Cachoeira do Talhadão, situada no município da Palestina. Nos termos do parágrafo único do artigo 142, do artigo 143, Decreto nº 13.426/79, a deliberação do Condephaat, ordenando o tombamento ou a abertura do processo de tombamento ou a abertura do processo de tombamento, assegura desde logo a preservação do bem até a decisão final das autoridades competentes, ficando, portanto, vetada qualquer intervenção que possa vir a descaracterizar o deferido conjunto, sujeito a qualquer intervenção sem prévia autorização do Condephaat. Além de punição, havendo descumprimento acima, por lei já existente.”

Então temos aqui, em nossas mãos, o oficio do Condephaat dizendo que, a partir de agora e até o final, em toda a análise por parte dos estudiosos do Estado de São Paulo, não pode haver nenhuma intervenção próximo a Cachoeira do Talhadão, no Rio Turvo.

Isso é uma vitória. Não apenas aqui, da nossa Casa e de todos os Deputados parceiros para que a natureza continue sobrevivendo, mas também das Associações, das Federações de Pesca, da Fiesp em parceria com a Compesca, enfim, com todas as entidades envolvidas. E com o apoio dos pescadores profissionais que nos alertaram, há quase 3 anos, sobre o que estaria acontecendo naquele local.

Então, Sr. Presidente, é com muita alegria e felicidade que queremos trazer nosso abraço ao Governador do Estado de São Paulo, pela sensibilidade e pelo carinho que está tendo com nosso Estado e principalmente com a Região Noroeste.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias presentes em plenário, solicito a suspensão da presente sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Sebastião Santos e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 12 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17 horas e 10 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência, antes, convoca a reunião conjunta das Comissões de Constituição e Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Finanças e Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o PL nº 476, de 2012.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Carlão Pignatari e suspende a sessão até as 17 horas e 10 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 35 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 11 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Há sobre a mesa os seguintes requerimentos:

- Requerimento de urgência para o Projeto de Resolução nº 13/12 de autoria da Mesa.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PLC 34/12 de autoria da Mesa.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de constituição de comissão de representação com a finalidade de participar da Audiência Pública ‘Amianto’ que será realizada nos próximos dias 24 e 31 de agosto de 2012, das 9 às 18 horas, no Supremo Tribunal Federal.

Assina Deputado Marcos Martins, com número regimental de assinaturas.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de apreciar a seguinte Ordem do Dia: PLC 69/11, de autoria do Tribunal de Justiça, que altera a organização e a divisão judiciárias do Estado; PL 476/12 de autoria do Sr. Governador, que fixa o valor da pensão especial assegurada aos participantes civis da Revolução Constitucionalista de 32 e PDL 03/12 de autoria da Mesa que aprova a nomeação de membros do conselho diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - Artesp.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, a Presidência convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas.

Em face do acordo entre as lideranças a Presidência dá por levantados os trabalhos.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 13 minutos.

 

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