14 DE FEVEREIRO DE 2023

10ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidência: DR. RAUL, MAJOR MECCA, FREDERICO D'AVILA, CARLÃO PIGNATARI e GILMACI SANTOS

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - DR. RAUL

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - DR. JORGE LULA DO CARMO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - PRESIDENTE DR. RAUL

Endossa o pronunciamento do deputado Major Mecca. Cumprimenta Faria Neto, Zezinho do Gás e Carlinhos Cantelli, ex-vereadores da cidade de Bauru, bem como, Antônio Carlos, seu ex-assessor na Câmara Municipal de Bauru, que se encontram nas galerias.

 

5 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

8 - DR. RAUL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Reitera o pronunciamento do deputado Dr. Raul.

 

10 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

13 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Corrobora com o pronunciamento do deputado Conte Lopes.

 

14 - FREDERICO D'AVILA

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

15 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

16 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Cumprimenta autoridades da cidade de Itatinga, presentes nas galerias.

 

17 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

18 - DR. RAUL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

19 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência.

 

20 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

21 - DR. RAUL

Assume a Presidência.

 

22 - FREDERICO D'AVILA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

23 - PROFESSORA BEBEL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

24 - FREDERICO D'AVILA

Assume a Presidência. Tece comentários acerca do pronunciamento da deputada Prof. Bebel.

 

25 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

26 - CONTE LOPES

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

27 - PRESIDENTE FREDERICO D'AVILA

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h01min.

 

ORDEM DO DIA

28 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento, da deputada Marina Helou, de constituição de comissão de representação, com a finalidade de "Integrar a delegação brasileira para participar de conferência na ONU, Água 2023, a realizar-se do dia 22 ao dia 24/03, em Nova Iorque, EUA". Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado o requerimento de urgência ao PL 870/21. Convoca as comissões de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, às 16 horas e 45 minutos.

 

29 - MÁRCIA LULA LIA

Solicita a suspensão da sessão por dez minutos, por acordo de lideranças.

 

30 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h32min.

 

31 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h51min. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

32 - MILTON LEITE FILHO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

33 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do período adicional do dia 15/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Dr. Raul.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Nós vamos agora para o Pequeno Expediente. Chamamos, então, os oradores inscritos. Pela ordem, Dr. Jorge Lula do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE LULA DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde a V. Exa., boa tarde às Sras. Deputadas, aos Srs. Deputados, ao público da TV Alesp, às pessoas que nos assistem, aos nossos assessores e aos policiais aqui presentes. Sr. Presidente, eu quero falar hoje sobre a iminência de uma situação que ainda nem começou aqui na Casa, mas a gente já prevê que certamente não será boa.

Eu comecei minha militância política atuando sempre nas comunidades onde moro até hoje, na periferia da cidade de São Paulo. E uma das coisas que eu sempre fiz foi lutar por melhorias sociais na nossa comunidade, lutando por rede de água, rede de esgoto, rede de energia elétrica, regularização urbana e fundiária; melhorias para que as pessoas pudessem ter dignidade.

Quando eu não era deputado, acompanhei nesta Casa que os deputados e deputadas, evidentemente com exceções, aprovaram aqui a privatização da Eletropaulo, à época. Acho que foi na década de 90; salvo melhor juízo, o governador era o saudoso Mário Covas. Foi aprovada aqui nesta Casa, depois de um grande embate, a privatização da Eletropaulo.

E a Eletropaulo também era um órgão aonde eu ia muito lutar por energia elétrica, lutar por dignidade para as pessoas. Às vezes, muitos loteamentos, muitas áreas irregulares... As pessoas diziam: “olha, você não tem direito a energia, porque você mora num loteamento que não é regularizado”. Como se o critério fosse... As pessoas tivessem que primeiro comprar, ter escritura... Até porque parecia que tinha condições, e não tinha. E as pessoas não tinham essas condições.

Às vezes, alguns técnicos, a prefeitura, algumas administrações diziam: “vocês não têm direito, porque vocês moram numa área irregular”. Então, a nossa luta sempre foi contra essa coisa de as pessoas... Mas quando era ano de eleição, o voto daquelas pessoas não era irregular. As pessoas iam lá buscar voto, pedir voto, mas depois o governador, o prefeito dizia: “olha, você não tem direito, porque você mora em uma área irregular”.

Então, essa resistência, essa luta sempre foi muito grande na minha caminhada, na minha trajetória. Por que estou dizendo isso? Porque nós estamos aqui na iminência de provavelmente chegar a esta Casa um projeto de lei para que a Sabesp seja privatizada. E digo para vocês: com a privatização da Eletropaulo, não melhorou a vida das pessoas.

Eu sou o presidente da Comissão de Infraestrutura nesta Casa e eu vejo aqui... Até aprovamos a convocação do presidente da Enel. Por quê? Porque o serviço é tão ruim, tão ruim, especialmente para a população de baixa renda, que a gente sempre diz: privatização nem sempre - e quase nunca - é melhor para a população. Por isso é que eu sou radicalmente contra a privatização da Sabesp, porque eu já vivenciei esse problema.

Nós estamos falando de uma empresa que é saudável, eficaz, atua em mais de 370 municípios do nosso Estado e, além de dar lucro, além de dar lucro, também atende ao social. Por isso eu acho que nós temos que fazer esse trabalho aqui no Parlamento, para que a gente não deixe que isso aconteça.

Se fosse só a empresa que não desse resultado... Privatizaram também a Vale do Rio Doce sob esse mesmo argumento, de que ela não era eficaz, não dava resultado, o que não é verdade, como não é verdade que a Sabesp não é importante e que não é necessária, especialmente para a população que precisa da tarifa social, que precisa da baixa renda. Por isso é que eu quero dizer da minha preocupação com essa questão.

Para concluir, eu quero falar de outro assunto. Eu aprovei aqui nesta Casa, através dos meus pares, um projeto de lei que visa garantir uma solução para as famílias que são removidas de áreas de risco. Especialmente nesse período de chuva, a gente vê muita gente perdendo seus pertences, suas casas, e muitas vezes a sua vida.

Esse projeto está lá para o governador sancionar, e eu espero que haja bom senso, que ele sancione e que o Estado mais rico da Federação possa ter um programa para remover essas famílias de forma segura, protetiva e humanizada.

Era isso, Sr. Presidente. Quero agradecer a oportunidade e desejar boa tarde a todas e a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Major Mecca. O deputado Major Mecca pede a palavra e a terá por cinco minutos.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, senhoras e senhores, funcionários que estão nos dando suporte, todos que nos acompanham pela Rede Alesp, nossos irmãos policiais que estão aqui no plenário, policiais militares e civis.

Na data de hoje, foi paga a Dejem escolar. Foi um tema que nós trouxemos ontem aqui a este plenário, e resta agora o pagamento da Dejem da CPTM. Para as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estão aqui, o que nós tratamos ontem foi em relação à diária extraordinária de trabalho policial militar, que é a Dejem.

Os policiais trabalharam no mês de dezembro e teriam que receber o pagamento desse trabalho prestado no dia 10 de fevereiro. Não receberam, atrasou o pagamento tanto da Dejem escolar quanto da Dejem da CPTM, que é a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Na data de hoje, pela manhã, o Comando da Polícia Militar me enviou um comunicado informando que a Dejem escolar foi paga hoje aos policiais militares e que está em tratativas para que o pagamento da Dejem da CPTM seja pago o mais breve possível. Eu já fiz contato com o governo no Palácio dos Bandeirantes, e também está sendo feito para o pagamento desse serviço prestado pelos policiais militares o mais breve possível.

Ontem eu fiz a observação aqui, chamando a atenção de todos, porque o policial que deixou de receber o seu pagamento na sexta-feira, o carnê que ele tem que pagar ontem ou hoje vai ter que pagar com juros. Na conta do policial que está no vermelho, vão correr juros e correção monetária.

Então é preciso que se tenha planejamento, é preciso que se tenha cautela e respeito aos homens e mulheres que defendem a vida dos cidadãos brasileiros. Isso é muito importante, e nós não abriremos mão desse cuidado e zelo para com nossos policiais no estado de São Paulo.

Quero também deixar consignado, mais uma vez, a nossa gratidão pela postura e atitude do secretário de Segurança Pública, capitão Derrite, e do secretário adjunto, delegado Dr. Nico, em responder favoravelmente em apoio aos policiais da Rota, que se depararam com um roubo em andamento. Houve confronto, e foi pedido pela Ouvidoria de São Paulo, pelo Sr. Ouvidor, o afastamento dos policiais da Rota do patrulhamento. Os policiais não foram afastados, e houve um posicionamento do secretário de Segurança Pública.

É o que toda a população de São Paulo espera. É o que nós, operadores de Segurança Pública, esperamos de um governo, esperamos de um secretário de Segurança Pública: uma atitude justa e coerente, dentro das leis, das regras e, principalmente, de acordo com os nossos conceitos e princípios, que são defender a sociedade e também defender e proteger os homens e as mulheres que arriscam a sua vida pelo povo paulista. Essas são as expectativas do povo do estado de São Paulo.

Então, consigno aqui e reforço, a nossa gratidão e a nossa confiança no trabalho do secretário de Segurança Pública, o capitão Derrite, e do secretário adjunto, Dr. Nico, delegado de polícia. É um momento de união das forças de Segurança, para que nós consigamos trazer paz ao povo do estado de São Paulo. O cidadão não aguenta mais ser sequestrado, colocado no porta-malas do seu próprio veículo, ser constrangido, torturado para fazer transferências de Pix, jovens morrendo em pontos de ônibus por conta de um aparelho celular que ele mal acabou de pagar - ainda está pagando o carnê.

Isso é uma construção de gestos, atitudes, apoio aos nossos policiais, que também têm o apoio e têm a admiração do povo de São Paulo. São novos ares, e essas atitudes são importantíssimas para que nossos policiais possam ter expectativas e motivação para o trabalho.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Queria dizer para o Major Mecca que eu faço coro às suas palavras, e ainda tem um detalhe: se, por acaso, essa equipe fizer um risco na viatura, provavelmente ainda vai ter que pagar, em pleno exercício da profissão, ainda vai ter que pagar pelo risco que fez numa viatura, ou mesmo qualquer avaria para poder executar suas funções. Inclusive vou usar minha fala para falar exatamente isso, Major.

Queria chamar, agora, pela ordem, mas, antes de chamar pela ordem, eu queria registrar, aqui no plenário, a presença de três vereadores lá de Bauru, ex-vereadores,  nesta primeira fileira do plenário: ex-vereador Faria Neto, que foi prefeito da cidade de Avaí também; o Zezinho do Gás, também ex-vereador da cidade de Bauru; Antonio Carlos, que foi meu assessor lá na Câmara Municipal de Bauru está aqui presente; e o Carlinhos Cantelli, também ex-vereador da cidade de Bauru.

Muito obrigado pela presença de vocês aqui no plenário.

Então, seguindo a sequência, eu chamo agora para falar o deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Pela ordem, agora o deputado Carlos Giannazi, que pede a palavra e a terá por cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV Assembleia, eu quero aqui, da tribuna da Assembleia Legislativa, manifestar meu total apoio às professoras e aos professores do Magistério municipal do município de Mendonça, que é lá na região de São José do Rio Preto. As professoras hoje foram às ruas para lutar pelo pagamento, pela implantação do Piso Nacional do Magistério, que é uma conquista histórica do Magistério nacional. É lei federal. Elas estão lutando para que a lei federal seja cumprida, a Lei nº 11.738, de 2008.

Elas se manifestaram hoje; pela manhã. Estão fazendo várias manifestações pela cidade, conversando com a população, com os vereadores, com o prefeito, para que haja, de fato, a valorização do Magistério, que, consequentemente, representa, na prática, a valorização da Educação pública.

Então, têm umas fotos aqui que eu gostaria de mostrar para os telespectadores, para os deputados. Elas estavam hoje nas ruas defendendo o piso salarial. É lei, porque existe uma mensagem fake news que está sendo espalhada por aí, dizendo que não, que não é lei. Olha que absurdo.

A lei foi aprovada em 2008, foi reconhecida. Ela, na época, foi questionada no Supremo Tribunal Federal, mas o Supremo reconheceu, dizendo que a lei está em vigor e tem que ser cumprida. Um valor que é reajustado anualmente, independentemente do governo de plantão, e tem a jornada do piso. Das 40 horas, um terço tem que ser destinado ao trabalho que a professora realiza fora da sala de aula.

O Piso Nacional Salarial, hoje, com o reajuste dado no início do ano, é de R$ 4420,55 por 40 horas. É baixo, é pouco, porque a professora tem que trabalhar o dia todo para ter esse salário. Olha só, o dia inteiro. Ela trabalha sábado, domingo, ela tem que preparar as aulas, preparar as avaliações, corrigir as avaliações, fazer leituras, pesquisas, se informar, atender os pais, atender a comunidade e fazer reuniões pedagógicas. Um trabalho imenso. Não é só a sala de aula.

Ela ganha pouco e, mesmo assim, tem prefeitos que não pagam o piso, e atacam as professoras, criminalizam as professoras que lutam pelo Piso. São prefeitos covardes, e machistas, porque atacam as mulheres. Agora a lei obrigatória. Quando o prefeito realmente não tem condições de pagar, por algum motivo, é difícil, porque todo prefeito recebe o dinheiro do Fundeb, o repasse do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica. Uma lei federal que transfere os recursos por aluno matriculado na rede.

Então, o prefeito tem que investir 25% do seu próprio Orçamento, mais o que ele recebe do Fundeb, para pagar, inclusive, também o Piso Nacional Salarial das nossas professoras. Mas se, por acaso, acontece - pode acontecer - ele pode requisitar a suplementação orçamentária para o governo federal. Está na lei. Então, eu recomendo aqui aos prefeitos, leiam a Lei 11.738, de 2008, aí tem Art. 4º, que diz exatamente isso. O prefeito vai e faz a solicitação ao MEC, ao Ministério da Educação, que transfere os recursos, para que ele consiga pagar o Piso Nacional salarial.

Porque, se o prefeito realmente tem algum compromisso com a Educação pública, ele tem que valorizar os seus profissionais da Educação, o Magistério, os servidores do quadro de apoio escolar, os gestores. Senão não tem valorização da Educação. Então, as nossas colegas professoras do município de Mendonça estão dando uma aula de cidadania, de mobilização, e de defesa, não só do Magistério, das profissionais da Educação, mas sobretudo de Educação pública de qualidade. Então, parabéns a vocês.

Quero ainda, Sr. Presidente, aproveitar o meu tempo na tribuna de hoje para manifestar também o meu total apoio à luta das educadoras de Educação Infantil de Votuporanga, que estão lutando para serem enquadradas na carreira do Magistério, porque elas já exercem a carreira docente, elas são concursadas, elas têm formação, ou no antigo Magistério, ou nos cursos de pedagogia, mas, no entanto, a prefeitura não está reconhecendo a função docente dessas nossas colegas educadoras, e já há toda uma legislação, um amparo legal. A LDB é muito clara em relação a esse enquadramento.

Nós temos o Plano Nacional de Educação, nós temos os pareceres, nós temos um parecer do Conselho Nacional de Educação, que dá respaldo a esse enquadramento.

Muitos municípios já fizeram o enquadramento; inclusive, São Paulo fez, a Capital. Eu era vereador. Nós aprovamos, em 2004, um projeto de lei enquadrando sete mil educadores de Educação Infantil, auxiliares de Educação Infantil, na carreira do Magistério. A Assembleia Legislativa aprovou um projeto aqui, em 2013, também transformando os cargos das educadoras de Educação Infantil das creches da Universidade de São Paulo em professoras de Educação Infantil.

Então, eu apoio, quero manifestar o meu total apoio à luta dessas educadoras de Educação Infantil, do movimento “Somos Todas Professoras”, e fazer um apelo ao prefeito. Prefeito, enquadre! Se o prefeito de Votuporanga realmente defende a primeira infância, ele tem que defender em primeiro lugar quem cuida da primeira infância. Quem cuida da primeira infância são as professoras das creches, que ficam o dia inteiro com os filhos dos trabalhadores, da população da cidade de Votuporanga.

Então, prefeito, por favor enquadre as suas professoras na carreira do Magistério, porque elas são, de fato, professoras. E tem recursos, o prefeito recebe dinheiro do Fundeb. Não é falta de recursos, não é falta de legislação: é falta de interesse político de fazer o enquadramento e valorizar, de fato, essas professoras, porque elas são educadoras, mas, antes de tudo, são profissionais, são professoras e devem ser enquadradas na carreira do Magistério para que tenham direito à aposentadoria especial, ao piso nacional salarial, a uma carreira digna e à jornada do piso também, a que elas têm direito.

Então, faço esse apelo ao prefeito de Votuporanga, para que enquadre na carreira do Magistério todas as educadoras de Educação Infantil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Obrigado, deputado Carlos Giannazi. Seguindo a lista, chamamos o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Agora, pela ordem, deputada Janaina Paschoal, que pede a palavra e a terá por cinco minutos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr. Presidente, colegas deputados, senhores funcionários.

Eu queria primeiro agradecer imensamente os muitos apoios que recebi nos últimos dias, apoios públicos e apoios reservados. Tenho adotado uma postura decididamente discreta com relação às polêmicas, porque entendo que é a melhor maneira de mostrarmos para as pessoas que a ponderação é sempre o melhor caminho. Então, agradeço muito à Casa, aos colegas da Casa, seja pelos apoios e até pelos convites que muito me sensibilizam e honram.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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Eu queria tratar de um tema que, na verdade, já é minha pauta até antes de ingressar aqui no Parlamento e ao longo deste meu mandato, que é a educação, o ensino individualizado, em especial com relação àquelas crianças e adolescentes que apresentam maior facilidade que os demais colegas na mesma faixa etária.

A nossa sociedade é muito sensível - e com razão - àquelas crianças e adolescentes que têm mais dificuldade, seja por uma deficiência, seja por algum tipo de carência. Existe uma aceitação, existe um apoio, existe uma compreensão maior para com esses estudantes. Quando nós temos alunos, não importa de qual nível, mas que apresentam uma facilidade maior do que o resto da turma, seja uma facilidade para uma disciplina, para algumas disciplinas ou todas as disciplinas, esses alunos sofrem “bullying”; esses alunos sofrem preconceito dos colegas, dos educadores, mas em especial do sistema educacional.

E por que eu digo isso com tranquilidade? Porque muito embora nós tenhamos legislação vigente tanto no âmbito federal como no âmbito estadual, em especial normativas administrativas, muito embora haja um arcabouço jurídico vigente, na prática, o que vigora é uma mentalidade de retenção, é uma mentalidade de não permissão do avanço desses estudantes.

Ouso dizer que o único estado da Federação que tem uma mente mais aberta na prática para esta pauta - porque não adianta ter lei, o que interessa é a mentalidade - é o Ceará. Tanto é assim que recentemente um adolescente no Ceará, que fez o Ensino Fundamental e Ensino Médio no Ceará, ingressou no ITA, aqui na cidade da colega Leticia Aguiar, presente aqui conosco no plenário.

O garoto com 14 ou 15 anos ingressou no ITA e vai iniciar o curso universitário. Fosse esse rapazinho um estudante no estado de São Paulo durante o Ensino Fundamental e Ensino Médio, ele não poderia iniciar a universidade, por quê? Porque o sistema de ensino em São Paulo é arcaico, é tacanho, é obsoleto.

E eu não estou falando apenas do ensino público, porque é dificílimo também um colégio privado aceitar que a educação individualizada deva estar presente tanto para aqueles alunos que têm maiores dificuldades como para aqueles alunos que têm maiores facilidades.

Em regra, as famílias são tratadas como esnobes, quiçá até como desumanas, querendo aparecer com o seu filho, querendo colocar seu filho em séries mais adiante. Não param para estudar que crianças cujo potencial não é aproveitado não raramente abandonam os bancos escolares, são cooptadas pelo crime - tem aqui um policial presidindo a sessão que não me deixa mentir -, são cooptadas pelas drogas porque elas se sentem frustradas.

Raramente uma escola particular apoia a família. Quando a escola apoia, a escola trabalha na linha da aceleração, permitir que a criança avance séries, permitir que a criança faça um ano regularmente, mas curse determinadas disciplinas das séries posteriores.

Isso tudo é previsto na nossa legislação. Quando raramente uma escola admite - isso aqui no estado de São Paulo -, na hora de oficializar, a Secretaria da Educação barra. E não é uma questão deste governo, do governo anterior. Não é uma questão ideológica ou partidária. É a mentalidade dos educadores no estado de São Paulo.

Nós precisamos urgentemente debater isso. Os colegas não devem ter se esquecido: há cerca de um ano uma jovem em Sorocaba passou nos vestibulares mais difíceis e não pôde iniciar o curso porque não tinha a idade. Se não me engano a moça estava no segundo ano do Ensino Médio. São Paulo perdeu esse cérebro. O Brasil perdeu esse cérebro, porque a moça foi para os Estados Unidos, onde a inteligência impera. Eu tenho visitado secretários do novo governo para tratar dessa pauta, que não é uma pauta menor. É uma pauta de educação, é uma pauta de saúde, é uma pauta de segurança pública, é uma pauta de ciência e tecnologia.

Nós estamos perdendo cérebro, nós, povo brasileiro, e em especial nós, estado de São Paulo. Eu venho trabalhando esse tema há muito tempo. Hoje talvez esteja injuriada porque hoje, para além da teoria, recebi a reclamação de mais uma família discriminada em São Paulo por ter uma criança com altas habilidades, criança essa não compreendida pelo sistema de ensino aqui nesta que é a nossa Casa. Eu estou de partida. Os colegas vão ficar. Eu peço, por favor, que abracem essa pauta.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputada Janaina Paschoal. A senhora sabe que tem o nosso apoio em suas pautas. Conduzindo a Presidência no Pequeno Expediente, faço a leitura dos oradores inscritos. Chamamos o deputado estadual Dr. Raul para uso regimental da tribuna.

 

O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobre presidente, Major Mecca, eu queria saudar também os deputados e deputadas desta Casa Quero aproveitar esses cinco minutos, também fazer o registro aqui do vereador Ivo Leite, que está aqui no nosso plenário, juntamente lá onde eu mostrei agora a pouquinho o Faria Neto, o Carlinho Cantelli, o Zezinho do Gás, e agora chegou ali o Ivo Leite. São todos vereadores na cidade de Bauru. Fica aqui o registro.

Quero aproveitar a presença do Major Mecca, eu pedi para ele se ele poderia ser coautor de um projeto de lei comigo, ele de pronto aceitou. A relação é exatamente isso que ele acabou de falar.

Você sabe que toda vez que eu falo desse projeto, Major, a população em geral fica abismada quando você fala assim: O policial, se ele estiver dirigindo uma viatura, pode ser da Polícia Militar, pode ser do Bombeiro, pode ser do Samu. Se, por ventura, numa urgência ou emergência, ele fizer uma manobra um pouquinho mais arriscada, porque ele está em um momento de risco, e se a viatura sofrer algum tido de dano, ou ele se envolver em algum acidente, pasmem vocês: ele tem que pagar o conserto dessa viatura, sai do bolso dele.

Eu vi casos lá na cidade de Bauru que os colegas se cotizaram, Major Mecca, eles se cotizaram para ajudar o pagamento. Eu acho um negócio assim absurdo.

Você tem um “funcionário”, entre aspas, um funcionário que está ali para fazer exatamente um serviço de urgência e emergência. A atividade de risco está inerente, é inerente. Se você tem um motorista de uma viatura que está abordando, por exemplo, que o senhor acabou de citar aqui: você acha que é fácil dirigir uma viatura num estresse desse tipo?

Muitas vezes, o veículo acaba sendo até muito mais importante para você fazer a abordagem do que você ficar disparando um tiro qualquer em um pneu. E a mesma coisa acontece, acaba acontecendo com o Bombeiro, acaba acontecendo com os motoristas do Samu. Então são coisas inadmissíveis.

E aí o estado tem que fazer o quê? Pela lei federal ele tem que pedir ressarcimento somente se houver qualquer comprovação. Mas até lá, às vezes ele paga para poder depois entrar com ação para dizer que ele não tinha culpa.

Então o projeto, já conversei com o Major Mecca, ele está exatamente visando, estabelecendo diretrizes sobre a responsabilidade de indenização devida por agentes públicos ao estado de São Paulo, provenientes de dano material causado na condução de viatura pública, veículos de socorro ou salvamento em decorrência da prestação de serviço público de urgência e emergência.

Nós não estamos falando de qualquer motorista, nós estamos falando na urgência e emergência. O projeto é bem curtinho, mas queria ler aqui um dos artigos dele, que seria um artigo só, mas o parágrafo terceiro:

“Fica ainda proibida a cobrança de qualquer valor pecuniário quando, reconhecidamente, os atos praticados pelos agentes públicos condutores de viaturas, veículos de socorro ou salvamento forem motivadamente praticados em:

Em legítima defesa própria ou de outra pessoa; no exercício regular de um direito reconhecido; e para remover perigo atual ou iminente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.”

É claro que aqui tem uns artigos também que vão dizer se a pessoa tem a culpa ou não tem a culpa, mas, em suma, não tem sentido você fazer cobrança de um policial que estiver no seu exercício.

Eu fiz questão de apresentar esse Projeto de lei porque eu vivi, Major Mecca, uma situação dessa. Eu vi um policial... Eu estava saindo do meu rancho lá em Itapuí, indo para Bauru. Houve um acidente com um motoqueiro na pista - por sinal ele veio a falecer - e a equipe de socorro estava ali, parou no meio da pista para fazer a ocorrência.

E ele veio com a sua viatura iluminando a tela, a região onde o socorrista estava atendendo, e parou a viatura ali. Ele acabou sendo abalroado por uma pessoa que vinha vindo um pouco mais desavisada, a sinalização não estava ocorrendo.

Então, o que aconteceu? Ele falou para mim: “Você acredita que eu vou ter que pagar o conserto dessa viatura?” e eu falei: “Não, não é possível.” Ainda falei para ele: “Estou de suplente lá na Câmara. Se um dia eu chegar lá eu faço questão de apresentar esse projeto para que ele seja discutido de uma forma um pouquinho mais ampla.”

E eu conto com a parceria do Major Mecca que vai ficar aqui. Minhas pernas daqui trinta dias não estarão mais aqui, mas o Major continua. Tenho certeza que o senhor vai levar isso aqui para frente, Major.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, Dr. Raul. Sabe que tem o nosso apoio e continuaremos aqui à disposição de V. Exa., da sua equipe e todo o pessoal lá de Bauru. Os vereadores sejam muito bem-vindos à nossa Casa.

E fica aqui registrado a gratidão dos nossos policiais, dos operadores de segurança, do pessoal do Samu, de todos os funcionários públicos envolvidos em salvar vidas e socorrer pessoas. É importante esses profissionais sentirem que têm o apoio dos parlamentares desta Casa para o exercício da sua atividade. A segurança jurídica é fundamental para a nossa prestação de serviço. Muito obrigado, Dr. Raul.

Dando continuidade à leitura dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo o deputado estadual Frederico d’Avila. Vossa Excelência tem cinco minutos regimentais para o uso da palavra.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Boa tarde, Major Mecca, presidente desta sessão, prezados colegas. Volto aqui hoje à essa tribuna com muita alegria neste ano de 2023. Graças a Deus conseguimos mudar o comando do estado de São Paulo, após quase 40 anos do mesmo grupo político governando o Estado.

Queria aqui corroborar as palavras do Major Mecca, sobre a ação da rota na semana passada e que foram muito bem amparadas pelo secretário de Segurança, Capitão Derrite, deputado federal que tenho o orgulho de ser amigo há muitos anos e dizer que ele está corretíssimo.

E dizer que quando eu entrei nesta Casa, em 2019, o senhor foi signatário comigo, a deputada Leticia e outros deputados também, do Projeto de lei nº 31, de 2019, que visa a extinção da Ouvidoria de Polícia, mesmo porque já existe a Corregedoria da PM, já existe a Corregedoria da Polícia Civil.

Nós identificamos, para conceber o Projeto de lei nº 31/19, que a Ouvidoria era um mero órgão político e que apenas dois ou três partidos políticos de esquerda eram aquinhoados com os cargos. Não tinha ali nenhum soldado, nenhum oficial, nenhum delegado, nenhum promotor de justiça, nenhum investigador, nem escrivão, nada. Nem policial.

Agora nós descobrimos que o presidente da referida ouvidoria, não, o ouvidor das Polícias é ligado a um partido político, trabalhou nesta Casa, tem ligações com determinado partido político e logicamente saiu atacando e pré-condenando os policiais que participaram daquela maravilhosa ação, deputado Conte Lopes, o senhor que está chegando aqui agora, é o decano aqui desta Casa, oriundo do Batalhão Tobias de Aguiar. Então, eu aplaudo aqui a Rota pela ação da semana passada, e digo que faço das minhas palavras as palavras do capitão Derrite e do Major Mecca aqui nessa tribuna.

Findo este assunto, eu queria aqui dizer a respeito da entrevista do presidente do Banco Central, o Sr. Roberto Campos Neto, que esteve no programa “Roda Viva” ontem e me fez lembrar dos meus tempos de escola, quando a professora sentava no chão, quando a gente tinha três ou quatro anos, e a professora, Dr. Raul, contava as historinhas para a gente, mas, por incrível que pareça, no dia de ontem os jornalistas inquiriram o Sr. Roberto Campos Neto, que com muita paciência, digo de passagem aqui, respondeu a uma por uma, e um por um dos jornalistas, mas inquiriram o Sr. Roberto Campos Neto como se eles ou elas fossem os verdadeiros dominadores do tema.

E, cá entre nós, ali são jornalistas, não são formados nem em Economia, nem em Administração de Empresas, nem em Finanças, em absolutamente nada. E fizeram perguntas estapafúrdias, absurdas e que, com muita paciência, com muita galhardia o Sr. Roberto Campos Neto respondeu tudo.

E eles não pararam para entender que os juros que são altos no Brasil no dia de hoje não estão lá altos porque o Sr. Roberto Campos Neto quer que estejam. Estão altos porque se soltar os juros do jeito que o Sr. Lula e a dona Dilma querem, vai acontecer o que aconteceu em 2012, 13, 14 e 15, e aí nós vamos ter um processo inflacionário enorme, o câmbio vai a sete reais por dólar, e a nossa inflação vai corroer ainda mais a moeda. Porque nós já vimos aqui que o Real fez 23 anos, vai fazer 23 anos este ano, e o Real, Dr. Raul, na época, era a grande bandeira do governo Fernando Henrique, o deputado Conte Lopes vai lembrar, que comprava um frango; com um real era um frango. Hoje você não compra um frango nem com 10 reais. Então a moeda foi corroída, o salário mínimo no Real, se não me engano, era 67 reais.

Então parabenizo aqui o Sr. Roberto Campos Neto pela paciência que teve ontem com aquele programa “Roda Viva”, onde teve que responder e explicar o óbvio dos óbvios. É impressionante que ditos jornalistas que se dizem experientes não pararam ainda para perceber e para relatar, Major Mecca, a realidade dos fatos e simplesmente escrever a versão daquilo que o consórcio de imprensa que eles participam querem que eles falem ou escrevam.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Frederico d'Avila.

Dando sequência à relação de oradores, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) A deputada Leticia Aguiar já fez uso da... Então chamar a deputada Leticia Aguiar para uso da tribuna.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - - Boa tarde, Sr. Presidente, cumprimento V.Exa., os nossos colegas deputados, quem nos acompanha aqui no plenário e pela Rede Alesp. Eu sou uma deputada bastante participativa e atuante na área da Segurança Pública. Sou presidente da Frente Parlamentar em Defesa e Valorização das Guardas Municipais do Estado de São Paulo aqui nesta Casa e, como presidente da frente parlamentar, eu sempre trago aqui a esta tribuna e tantos outros encontros e reuniões, a participação que as guardas municipais têm no policiamento dos municípios. E não é incomum eu ouvir muita gente falar: “Mas guarda municipal não é polícia!”  

Eu trago dados importantes para mostrar que isso não é a realidade.

Falando da minha cidade, São José dos Campos, onde eu tive a oportunidade de trabalhar na Guarda Municipal: O Centro de Segurança e Inteligência do município de São José dos Campos tem números impressionantes no combate e enfrentamento a todo tipo de crime.

Só nos anos de 2021 a 2022, houve 150 prisões de procurados da Justiça, combate às drogas, furtos, roubos, estupros, estelionatos, lesão corporal e combate à violência contra a mulher. São mais de 1.200 câmeras na cidade, inclusive com reconhecimento facial.

Isso demonstra que nós temos uma Guarda Municipal preparada para enfrentar o crime, em conjunto com as demais polícias: polícia investigativa, Polícia Civil, e a nossa querida Polícia Militar. Se eu for me estender, tem muitos outros números importantes, de outras cidades que as Guardas Municipais têm uma atuação importante.

Agora, preciso falar do município de Monte Mor. Acho que todos acompanharam a notícia que aconteceu, de um jovem de 17 anos que tentou invadir uma escola estadual do município de Monte Mor, armado com bombas caseiras. Já tinha planejado, certamente, um crime que iria repercutir, atingindo os alunos e professores daquela escola.

E, rapidamente, quem atuou? A Guarda Municipal de Monte Mor. Então, quero registrar meus cumprimentos à Guarda Municipal de Monte Mor, à Guarda Municipal de São José dos Campos, e a todas as Guardas Municipais do estado de São Paulo.

Quanto mais a gente investir, valorizar, reconhecer, estruturar, formar, qualificar as nossas Guardas Municipais, mais Segurança Pública nós teremos para as pessoas. Para você que está na ponta, que está indo trabalhar todos os dias, que quer levar o seu filho, deixar o seu filho em segurança dentro da escola, e tantas outras situações de combate e enfrentamento ao crime.

Portanto fica aqui, novamente, o reforço, sempre, na minha fala: Guarda Municipal é polícia sim. Tanto é que nós também temos apresentado diversos projetos para plano de carreira, para estruturação da nossa guarda municipal no âmbito federal, e também no âmbito estadual. Sou coautora do Projeto 522/2021, que assegura o porte e de armas de fogo aos guardas municipais. Mas por que isso é importante? Porque nós estamos falando de policiais que precisam ter a sua segurança garantida e ter o direito ao seu porte de arma. Então, parabéns às Guardas Municipais de todo o estado de São Paulo. Vocês têm uma deputada que está sempre combatendo esse bom combate, ao lado de vocês, nas trincheiras, com vocês. Vocês aí, e nós aqui, reforçando e reafirmando o nosso compromisso pela nossa nação sangue azul marinho.

Sr. Presidente, eu também quero falar sobre a minha cidade, São José dos Campos, onde tivemos uma mudança nas escolas estaduais do município.

A você, que acompanha o nosso trabalho pelo Vale do Paraíba: 17 escolas estaduais de São José dos Campos foram municipalizadas. Eu quero parabenizar o prefeito Anderson de Farias por esse trabalho, por essa gestão. São José dos Campos, que é reconhecida por muitos bons fatos e boas notícias, e também pela qualidade do seu ensino público municipal.

Municipalizar essas escolas estaduais, sem dúvida nenhuma, vai dar oportunidade àqueles pais e mães de alunos que tinham os seus filhos em escolas estaduais, mas tinham muita vontade, tinham o sonho de ingressar os seus filhos em escolas do município, justamente pela qualidade de ensino, pela qualidade do ambiente e do material escolar. Agora será possível.

Oito mil alunos serão bem impactados com essa mudança. Parabéns ao prefeito. Conte com a deputada também, para que, juntos, possamos promover ensino de qualidade, respeito ao professor, respeito à família, e promover jovens para o nosso futuro.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputada Leticia Aguiar. Dando sequência à relação de deputados inscritos, chamo o deputado estadual Conte Lopes, para uso regimental da tribuna.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, na última eleição aqui em São Paulo, o povo escolheu para governador Tarcísio de Freitas. E pregava uma política para melhorar a Segurança Pública, como nós defendemos aqui, como o nosso Major Mecca, que está comandando o nosso trabalho. A polícia nas ruas, a Rota nas ruas, a Rota combatendo o crime.

Esta semana, bandidos atacando no semáforo cidadãos de bem, vítimas, chega uma viatura da Rota e enfrenta os bandidos armados. E o que acontece? Um bandido morreu. Nós todos pedimos, na campanha inteira, para colocar a Rota na rua mesmo, colocar a polícia na rua para combater o crime. Lógico que a Polícia Militar, a Polícia Civil, toda a polícia, para defender a sociedade.

E o que acontece? O ouvidor, da Ouvidoria, pede o afastamento dos policiais. Ouvidoria que não serve para merda nenhuma. Isso é a Ouvidoria. Porque o povo elege um governador, que escolhe o secretário de Segurança Pública; põe o comandante-geral, que é um grande comandante-geral, coronel Cássio; o Dr. Artur, delegado-geral, grande delegado-geral. Quer dizer, se escolhe a cúpula da polícia. E vem um cara que não apita nada, deputado Frederico d'Avila, pedir o afastamento dos policiais.

Esse projeto que eu tenho nas mãos aqui é do deputado Frederico d'Avila, pedindo a extinção da Ouvidoria. Então, eu queria que o povo escolhesse se vocês querem a Rota ou a Ouvidoria. Vocês querem a Rota para defender vocês dos bandidos ou querem a Ouvidoria para defender os bandidos? É bom vocês escolherem.

O projeto está parado aqui, porque vários deputados do Partido dos Trabalhadores pediram vistas ao projeto, para o projeto não chegar ao plenário.

Então, Major Mecca, que está presidindo a sessão, e demais deputados, Dr. Raul e outros que estão aqui, que apoiaram o projeto, como está aqui também o deputado Frederico d'Avila: põe o projeto aqui, manda esses caras embora. Recebem uma baita de uma nota para não fazer nada.

Para que serve a Ouvidoria? Para quê, se nós já temos a Corregedoria da Polícia Militar, a Corregedoria da Polícia Civil? Nós temos o Ministério Público, temos as polícias para instaurar o inquérito e temos a Justiça para julgar.

Então, isso aqui não serve para “m” nenhuma, para porcaria... Só para fazer média com alguns órgãos de imprensa esquerdistas; só para isso. Quando tem uma ocorrência, como essa hoje da Rota, defendendo o povo, o cidadão foi salvo. Matou um bandido em tiroteio, prendeu um menor, recuperou o produto de roubo. Querem o quê? Ah, não querem que a polícia trabalhe, é isso?

Só que quem ganhou a eleição foi o governador Tarcísio de Freitas, que prometeu segurança. Cometendo algumas falhas, né: não tirou a famigerada câmera, ainda, que ele prometeu e não tirou. Mas nós vamos cobrar, nós vamos continuar cobrando, porque nós queremos a polícia protegendo a população, a sociedade; queremos a Rota na rua, sim. Quando eu falo a Rota, é lógico que é toda a polícia, combatendo o crime, caçando bandido, porque essa é a função da polícia.

Não é a função da Ouvidoria. E o projeto está aqui para ela ser extinta. Agora eles vão começar a correr atrás da gente: “mas o que é isso, não é essa a função da Ouvidoria”. Como não é essa? Qual é a função então? Está aqui, olha: a extinção da Ouvidoria, está aqui. Onze cargos, ganhando 10, 15, 20 mil reais para não fazer porcaria nenhuma; dinheiro do povo. O policial, nós pagamos bem menos, mas para defender a população, defender as pessoas de bem.

E a Ouvidoria, não; é para defender o bandido. Então, Sr. Ouvidor, parabéns: o senhor levantou o projeto do nosso amigo Frederico d'Avila. Está aqui o projeto, olha, pedindo a extinção de vocês, que não servem para nada mesmo. Eu espero que este plenário tenha coragem, pelo menos uma vez na vida, de tomar atitude. Pessoas que ganham para defender bandidos, para defender o crime. Então, não; nós queremos a Rota nas ruas.

Dizem que foi o Doria que segurou o projeto; é isso, Frederico d'Avila? Foi o Doria que segurou o projeto? Então, eu espero que Tarcísio de Freitas não segure o projeto de extinção da Ouvidoria, que não serve para porcaria nenhuma, a não ser defender bandido, defender vagabundo, só para isso. E é Rota nas ruas mesmo, cacete e bala em vagabundo e em ladrão. Essa é a filosofia do novo governo.

Essa é a filosofia do novo governo, e nós vamos batalhar por isso. Nós brigamos, fomos para a rua com o governador, pedimos voto, corremos São Paulo inteira. Porque nós queremos a polícia assim, com condições para trabalhar. E não comece a querer afastar policiais, porque daí nós vamos cobrar. Nós vamos cobrar. Nós sabemos a história da Polícia, quem fez, quem deixou de fazer, quem tem nome, quem não tem.

Então, nós vamos cobrar. Até ontem eu ouvi, acho que o delegado Palumbo falando no Datena sobre um Sargento que foi afastado de Ribeirão Preto reclamando disso, que trocou tiro com bandidos e foi afastado. Nós não vamos aceitar essa covardia. Está aqui: extinção da Ouvidoria. Está aqui o projeto do Frederico d’Avila, é só pôr para votação, e vamos ver quais os deputados são favoráveis ou não.

O deputado chega aqui, como chegamos, representando o povo. É o povo que vota, é o povo que escolhe. E você, povo? Olhe seu deputado, se ele é a favor da Ouvidoria, que defende bandidos, ou a favor da Rota, que senta o pau em bandidos? Você escolhe o que é melhor.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Fica aqui o nosso apoio. Muitas vezes a população não sabe que tem à disposição, próximo da sua residência, uma companhia da Polícia Militar, um batalhão, que tem as sessões de justiça e disciplina, que estão de portas abertas para recepcionar a população, para qualquer que seja a demanda. Nós temos a Corregedoria da Polícia Militar, nós temos os comandos de policiamento de área. Ou seja, todos os quartéis da Polícia Militar, as delegacias de Polícia estão todas de portas abertas para receber o cidadão para qualquer que for a demanda.

O deputado Conte Lopes está corretíssimo na sua fala, o deputado Frederico d’Avila, no projeto que apresentou, e nós apoiamos. A Ouvidoria de Polícia acaba sendo um gasto a mais para o Governo do Estado, que precisa de recursos para a Segurança Pública, para a Educação, para a Saúde para inúmeros outros projetos que cheguem à população, e a Ouvidoria acaba sendo realmente um cabide de empregos, que não traz benefício algum para o cidadão de bem, bem como para os policiais.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Sr. Presidente, para uma comunicação.   

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental, pode prosseguir.

 

O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu queria complementar aqui o que disse o deputado Conte Lopes sobre a Ouvidoria, e dizer que o secretário de Justiça também, deputado Conte, o Dr. Fábio Prieto, é uma pessoa extremamente qualificada, e que eu conheço há algum tempo. Não digo muito tempo, mas há algum tempo.

Então, vou pegar os signatários do projeto de lei da extinção da Ouvidoria, e vou correr o gabinete dos deputados que foram coautores comigo, como o senhor, a deputada Leticia, o deputado Conte, o deputado Telhada, Danilo Balas, enfim, tantos outros, até fora da bancada da Segurança, para pedir ao secretário Fábio Prieto que empenhe esforços junto ao governador, a fim de que seja extinta a Ouvidoria, uma vez que nós identificamos que, desde que ela foi criada, em 1997, por ocasião daquele fato da Favela Naval, a Ouvidoria, deputada Leticia, foi tomada 100% por elementos ligados a praticamente duas ou três legendas de esquerda.

Para quê? Para botar panos quentes, para botar água na fervura, e todas as vezes que ocorrer uma ocorrência de vulto, como o Conte já cansou de participar, o senhor já cansou de participar, o deputado Telhada já cansou de participar, e o próprio secretário de Segurança cansou de participar, o Derrite, essas ocorrências de vulto, uma vez que são levadas à Ouvidoria, eles fazem a famosa fofoca de imprensa. Antes de o fato ser apurado, eles ligam para os coleguinhas deles da imprensa, para vazar informações e para pré-julgar os policiais envolvidos. É isso que nós vimos ao longo de todos esses 27 anos de existência da Ouvidoria.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Frederico d’Avila. Eu vou fazer o levantamento do Pequeno Expediente e abrir o Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Iniciar a leitura dos oradores inscritos: deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. A senhora vai querer fazer o uso da tribuna?

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Posso usar a tribuna. Eu ia fazer comunicação, mas eu faço lá. Sou a próxima?

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Sim, senhora.

Muito obrigado, deputada.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Enquanto a deputada Leticia Aguiar se dirige à tribuna, eu posso fazer uma comunicação, Sr. Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - É regimental. Deputado Carlos Giannazi tem a palavra.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu acabei de sair, agora, da reunião de líderes. Fiz um apelo ao Colégio de Líderes, ao líder do Governo, o deputado Xerife do Consumidor, ao presidente da Assembleia Legislativa, para que nós possamos pautar o PLC, o Projeto de lei Complementar nº 34, de 2018, que trata da questão do enquadramento, da inclusão dos cirurgiões-dentistas na carreira médica.

Lembrando que esse projeto foi aprovado em 2018, aqui no plenário da Assembleia Legislativa. Era um projeto do Executivo, não era um projeto de nenhum deputado. O próprio Executivo, o próprio ex-governador Márcio França encaminhou o projeto para a Assembleia Legislativa.

 Nós aprovamos o projeto, mas o projeto foi vetado depois, estranhamente, pelo próprio Executivo, pelo ex-governador Doria. Na época, era a gestão dele, mas quem estava respondendo naquele dia do veto era o ex-governador Rodrigo Garcia. O projeto foi vetado e nós estamos, desde então, tentando derrubar esse veto. No final do ano passado, quase que ele foi derrubado. Teve uma obstrução do deputado Gilmaci Santos, que obstruiu, mas tinha um acordo; ele seria votado, votada a derrubada do veto.

Mas, agora, nós podemos derrubar o veto. O deputado Jorge Xerife do Consumidor vai trazer uma resposta na semana que vem para que, ainda nesta legislatura, nós possamos honrar o voto que nós tínhamos dado anteriormente, em 2018, e derrubar esse veto do PLC 34/18, que faz justiça com os cirurgiões-dentistas que atendem o Sistema Único de Saúde do estado de São Paulo e são profissionais fundamentais para o atendimento da saúde odontológica do povo de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Antes de a deputada Leticia Aguiar fazer o uso da palavra, gostaria de registrar a presença, aqui no nosso plenário, do prefeito de Itatinga, Sr. João Bosco Borges - seja muito bem-vindo à nossa Casa - do vereador de Itatinga, Leonardo Zanardo, o Leo; do seu assessor, Atail Vieira.

Sejam todos muito bem-vindos aqui. Estão junto com o sargento Rodrigues ali. Esta Casa aqui é de todos nós. É sempre uma honra muito grande recebê-los, viu? Sejam bem-vindos. Deputada Leticia Aguiar, por favor.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Presidente. Retorno a esta tribuna para falar sobre a questão das chuvas, que todo o estado de São Paulo está passando. Neste período do ano, é bastante comum e, por isso, demanda muito, também, do trabalho da Defesa Civil.

Estou acompanhando há muitos dias, junto com a coordenação de Defesa Civil Regional do Vale do Paraíba, as chuvas intensas que estão prejudicando diversas cidades do Vale do Paraíba - Campos do Jordão, Pindamonhangaba, Cachoeira Paulista, Jacareí, São José dos Campos e também em São Luiz do Paraitinga.

Quero aqui parabenizar a Defesa Civil pelo pronto atendimento. Quero parabenizar também a nossa primeira-dama Cristiane, esposa do nosso governador Tarcísio, que esteve na data de ontem em São Luiz do Paraitinga, entendendo a situação que estava acontecendo na cidade e empreendendo esforços para acolher todas aquelas famílias em situação de calamidade. Essa sensibilidade e humanidade são fundamentais para que a gente possa cuidar das pessoas – e é cuidando das pessoas que a gente vai transformando suas vidas através da política.

Eu recebi, nas minhas redes sociais, muitos pedidos dos moradores do Jardim do Lago, em São José dos Campos. Quero falar aqui, de forma especial, da Paula, que fez contato e pediu o nosso auxílio e socorro. Rapidamente, a nossa equipe já entrou em contato com ela, com os demais moradores, com a Secretaria de Apoio Social do município de São José dos Campos, para que a gente pudesse cuidar daquelas famílias com alimentos, colchões e tantas outras necessidades, em um momento de calamidade, de enchente, pelas quais as famílias estavam passando, sem que ninguém estivesse esperando por aquele problema.

Então, parabéns a todos que empenharam esforços. De forma especial, quero agradecer à minha equipe, que não mediu esforços para que desse tudo certo e para que essas famílias tivessem o devido amparo, em conjunto com a prefeitura do município e também em conjunto com a Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência à leitura dos oradores inscritos no Grande Expediente, deputada Márcia Lula Lia. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Paulo Lula Fiorilo. (Pausa.) Deputado Dr. Raul. Fará uso da palavra, doutor? O senhor fará uso da palavra? Tem o tempo regimental para uso da tribuna.

 

O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobres deputados, deputadas, queria fazer uma complementação, aproveitar que o Major Mecca ainda se encontra aqui, apenas para dizer que, além do nosso projeto das viaturas, nós ainda temos um projeto complementar em que separamos a possibilidade de o Governo do Estado ter seguro contra terceiros.

Evitaria muito todos os tipos de problemas se as viaturas do Samu tivessem seguro contra terceiros, se a Polícia Militar tivesse seguro contra terceiros. Aí você teria uma fonte suficiente para cobrir qualquer tipo de gasto e não teria nenhum problema desse tipo, de ficar cobrando dos nossos policiais nesse tipo de situação.

Então, está lá também uma previsão legal. Como o senhor disse: segurança jurídica. O senhor usou a palavra correta. O que falta é segurança jurídica, porque o comandante tem condição de julgar, de ver a situação que está acontecendo e tomar as devidas posições, desde que você tenha segurança jurídica.

Já que estamos falando em bandidagem, uma atrás da outra, eu queria levantar um tema aqui que deveria fazer parte da discussão desta Casa de Leis. Eu nunca vi um banco emprestar dinheiro sem saber quem é a pessoa para quem está emprestando. Ele vai fazer o cadastro da pessoa, ele vai saber onde mora, como é que ele a encontra, tem fiador, tem um monte de coisa.

No entanto, eles abrem contas para bandidos com a maior facilidade. Eu tenho inúmeros casos em que pessoas sofreram golpes de telefone, porque foram passar dinheiro para o filho. Eles bloqueiam. Eu tenho um caso em que a pessoa conseguiu...

Eles estão com uma tecnologia tão grande e o sistema criminoso é de tamanha monta que tenho certeza de que eles têm pessoas capacitadas tecnicamente, dentro da computação, que conseguem isolar o telefone da mãe. A mãe tenta falar com o filho, o telefone cai. E aí só consegue falar pelo “Zap”. No “Zap”, eles vão fazendo a coisa que eles queriam. Já conseguiram jogar a isca, a mãe já mordeu o anzol e aí, naquele desespero, a mãe acaba passando quantias para os filhos, quantias para o marido e assim vai.

E o que é pior: quando descobrem o golpe... Se fizer uma ordem de pagamento ou um PIX qualquer, do jeito que bate na conta, aquilo já vai embora. E aí você abre um processo contra a situação para ver como é que você pode se virar: o banco não sabe quem foi, não consegue localizar a pessoa.

Então, acho que chegou a hora de a gente começar a mexer um pouquinho mais essa rapadura. Se o banco tem o cuidado devido para emprestar o dinheiro, porque ele não quer perder, por que ele faz abertura de conta para esse monte de bandido que fica fazendo essa sacanagem com a população? Nós tínhamos que responsabilizá-los.

Então, acredito que não só no estado de São Paulo, mas isso tinha que ser um projeto de lei a nível federal, porque aí sim o banco, para abrir uma conta dessas, teria que saber quem é o fulano. Se for para buscar um erro administrativo, de ter feito um pagamento que não era o devido, eu quero ter a chance de ir lá buscar esse dinheiro de volta.

Se o banco consegue fazer isso com seus clientes, por que ele não consegue fazer isso com o bandido sacana que fica usando o sistema bancário para poder pegar isso das pessoas? Eu acho que a partir do momento em que nós começarmos a responsabilizar o sistema bancário ele vai passar a tomar um pouquinho mais de cuidado.

Então eu acho que ainda está na hora da gente começar a pensar de uma forma um pouco mais técnica. De repente o estado de São Paulo pode servir de exemplo, abrir um procedimento desse e quiçá... Nós temos vários partidos aqui que têm os seus representantes federais e uma lei federal desse porte iria colocar os bancos numa outra situação.

Duvido, duvido que o banco iria abrir conta para qualquer um sem ter o devido cuidado e o endereço da pessoa para saber localizá-la em caso de sacanagem.

Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Frederico d’Avila.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D'AVILA - PL - Dando prosseguimento à lista de oradores inscritos no Grande Expediente, chamo agora a deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)

Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado professor Carlos Giannazi, tem dez minutos regimentais. Aproveitando, solicito ao Dr. Raul que reassuma os trabalhos da Mesa, uma vez que logo na sequência eu farei uso da palavra.

Obrigado, Dr. Raul.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente, de volta à tribuna, Sr. Presidente, no dia de hoje, eu quero aqui manifestar pela tribuna da Assembleia Legislativa o meu total apoio à luta das educadoras de Educação Infantil de Itupeva.

As educadoras estão em luta para que sejam enquadradas na carreira do Magistério, como determina a LDB, como determina o Plano Nacional de Educação, como determina o parecer do Conselho Nacional de Educação. Já há uma ampla legislação no Brasil autorizando o enquadramento das educadoras de Educação Infantil que exercem a carreira docente na carreira do Magistério.

E as nossas colegas que são de fato professoras, porque exercem a função docente no dia a dia nas creches da Prefeitura de Itupeva, elas são concursadas, elas têm formação. Logo, são professoras; são da carreira do Magistério. E se o prefeito da cidade, se a prefeitura investe realmente, tem compromisso com a primeira infância, tem que investir em quem cuida da primeira infância.

E quem cuida da primeira infância são as educadoras de Educação Infantil. É o mínimo que a prefeitura tem que fazer: enquadrá-las na carreira do Magistério para que elas tenham um salário digno, para que elas tenham o direito ao Piso Nacional Salarial, para que elas tenham uma jornada de trabalho adequado, para que elas tenham o direito a aposentadoria especial.

É disso que se trata. Então todo nosso apoio à luta. Elas estão mobilizadas e as condições estão todas dadas, inclusive do ponto de vista econômico e do ponto de vista jurídico também. Então eu faço um apelo aqui à prefeitura para que faça esse enquadramento o mais rápido possível.

Aproveito também, Sr. Presidente, para manifestar o apoio à luta das educadoras de Educação Infantil de Avaré, que estão na mesma luta pelo reconhecimento da função docente.

Elas são professoras de fato porque exercem a carreira docente, são aprovadas em concurso público de provas e títulos, têm formação ou no Magistério ou na Pedagogia em curso superior, como determina a lei.

Também há todo um amparo legal para isso. Basta a prefeitura fazer o enquadramento através da aprovação de uma lei na Câmara Municipal.

Agora eu fiquei chocado porque recebi aqui um ofício do advogado Alexandre Mandel, que é a pessoa mais preparada hoje no Brasil nessa área de Direito Educacional, que trabalha essa questão do enquadramento na carreira do Magistério, que me chocou bastante e eu quero repudiar, porque a Prefeitura, ao invés de trabalhar no sentido de avançar nesse processo de enquadramento na carreira do Magistério, a Prefeitura retrocede, dando uma orientação para as escolas, por meio de um email que as escolas receberam aqui, orientando as escolas a não deixarem que as educadoras de educação infantil preencham o diário de classe, para não caracterizar que elas são docentes. Mas elas são docentes e já preenchiam os diários de classe.

Então, para tentar burlar a realidade, a Prefeitura deu esse tipo de orientação, que foi uma orientação, na verdade, dada à Prefeitura pelo Gepam, que é um grupo que assessora prefeituras, me parece que é um grupo privado, que tem uma visão patronal que é contra as educadoras de educação infantil.

Então quero repudiar aqui essa orientação da Prefeitura de Avaré, que ao invés de enquadrar as professoras, de valorizar as educadoras de educação infantil, que estão fazendo uma luta correta, justa e de valorização da educação infantil, porque isso vai beneficiar a população, vai beneficiar a educação infantil e os filhos e filhas das pessoas que têm os seus filhos matriculados na rede de educação infantil da cidade de Avaré.

Então fica aqui o nosso pedido, o nosso apelo, à Prefeitura, para que faça o enquadramento na carreira do Magistério das nossas educadoras de educação infantil e retire essa orientação absurda, covarde, patética e bizarra, porque elas são professoras, prefeito.

A Prefeitura tem que entender que elas são professoras, elas preenchem o diário de sala; preencheram no passado, então, se estavam preenchendo não vão preencher mais para burlar a lei, para não as reconhecer como educadoras? É um absurdo. Então nós repudiamos essa orientação e afirmamos o nosso apoio para que elas sejam enquadradas na carreira do Magistério.

Por fim, quero dizer que ontem tivemos acesso a um vídeo de um depoimento do vice-governador do estado de São Paulo em uma solenidade - as pessoas acham que foi na Assembleia, não foi na Assembleia, porque o governador Tarcísio está com Covid, mas ele falou em nome do governador Tarcísio de um suposto reajuste do piso nacional salarial aqui no estado de São Paulo. Não entrou em detalhes sobre isso, dizendo que o piso seria cumprido aqui no estado de São Paulo. Nós queremos que o piso seja cumprido integralmente, que ele tenha repercussão em toda a carreira, que não adianta só pagar o piso.

Inclusive, o que o Estado tem feito nos últimos anos é pagar o piso por meio de abono complementar, apenas para quem não chega no valor estabelecido pelo Governo Federal. Isso é obrigação. Agora, não por meio de abono complementar: isso é ilegal, é inconstitucional, nós já acionamos várias vezes o Ministério Público.

Mas esse reajuste tem que incidir em toda a carreira do Magistério, inclusive incidir nos quinquênios, na evolução funcional, na sexta-parte, de tal forma que o reajuste seja para todos, e que tenha incidência em toda a carreira, não do jeito que o governo tem feito historicamente aqui no estado de São Paulo.

Então nós queremos que o piso seja pago corretamente no nosso Estado. Oficialmente, nós não recebemos nenhuma informação, mas de qualquer forma o piso tem que ser retroativo ao mês de janeiro, como determina a Lei nº 11.738; e tem que respeitar também a jornada do piso, que é de um terço.

Então é lamentável que até agora o estado mais rico do Brasil, que vai ter um orçamento de aproximadamente 50 bilhões de reais não pague o piso nacional salarial para o Magistério.

Olha que absurdo. O estado mais rico da América Latina, que tem a maior rede, não paga corretamente os abonos complementares, e não paga de tal forma que haja uma repercussão em toda a carreira. Porque os recursos nós temos. As condições estão todas dadas para que isso ocorra.

E também é lamentável que muitos municípios façam o mesmo, por uma orientação fraudulenta e criminosa feita por essa federação, confederação de municípios nacional, uma federação ou uma confederação nacional que tem orientado, induzido os prefeitos do nosso Estado a um erro, orientando as prefeituras a não pagarem o piso, questionando a Lei 11.738, de 2008, que foi aprovada no Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal.

Sempre essa lei foi sabotada no Brasil. Mesmo assim, muitos estados pagam o piso, muitos municípios pagam o piso, mas tem municípios que não pagam, mas recebem dinheiro do Fundeb, e os recursos aumentam a cada ano do Fundeb, por conta da lei que nós aprovamos no Congresso Nacional, em 2020. O governo federal só investia 10% no fundo. Agora, pela nova lei do Fundeb, ele tem que investir 23%, nós vamos ter 13% a mais de investimento. Os municípios começam já a receber até 2026, de forma gradativa, escalonada esses recursos.

Então as prefeituras vão ter os recursos; caso não tenham, o Art. 4º da Lei 11.738 é muito claro, o prefeito pode requisitar a suplementação orçamentária ao MEC, ao Ministério da Educação. Ele tem que abrir as contas para o governo federal, ele tem que investir os 25% que está na Lei Orgânica, ele tem que investir o dinheiro do Fundeb, mas caso isso não seja suficiente, aí ele recebe a suplementação do governo federal, está na lei, Art.4º. É isso que o prefeito tem que fazer, e não perseguir o Magistério, que faz luta.

Nós tivemos a luta hoje, em Mendonça; nós tivemos luta em Vargem Grande do Sul, em Salesópolis, aqui em Carapicuíba, vários municípios estão mobilizados para que haja o pagamento do piso nacional salarial. Repito: a lei está em vigor, isso é mentira, é Fake News que a lei não está valendo por conta da nova lei do Fundeb. Essa é uma orientação criminosa para descumprir o piso nacional salarial, que valoriza não só os professores, mas toda a Educação pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Dr. Raul.

 

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O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Dando sequência aos oradores do Grande Expediente, Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Daniela Braga. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado Frederico d'Avila.

Pede a palavra e a terá por 10 minutos.

 

O SR. FREDERICO D'AVILA - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Sr. Deputado Conte Lopes; olha, eu queria até aproveitar aqui a presença de duas deputadas do PT para falar sobre linhas de crédito do BNDES. Nove linhas de crédito do BNDES voltadas para o setor agrícola e produtivo estão sem recursos, deputado Conte. As linhas existem, mas estão sem o aporte de recursos.

Eu uma vez aqui, não vou me esquecer, no início do meu mandato, tivemos uma discussão sobre Economia aqui no plenário. Na saída, saímos eu e a deputada Márcia Lia aqui pela rampa dos deputados, e eu falei para ela: “Olha, uma coisa eu tenho que reconhecer, nós nunca tivemos tanto dinheiro no BNDES como na época da presidente Dilma. Nós que eu digo, o setor produtivo.

Tudo bem, a gente sabe que a conta não fechava, que o juro era menor do que a Selic, mas era tido como aquele PAC, Aceleração do Crescimento, e como uma indução do crescimento a gente até entendia os motivos. Mas agora, ao que nós vemos, na época do presidente Bolsonaro, as linhas de crédito acabavam, porque era tanta gente querendo investir que o que se provisionava terminava antes do fim do exercício daqueles recursos que eram empenhados no BNDES. E agora, na beira da programação de safra, que vai começar a acontecer, como o deputado Conte sabe, entre abril e maio, onde o agricultor começa a se movimentar, depois da colheita, para fazer a próxima safra.

Não tem recurso para construir armazém. Não tem recurso para comprar máquina, para fazer irrigação. Não tem recurso para fazer novas instalações portuárias. Não tem recurso para fazer absolutamente nada. Então você abre lá, muito bonito o nome das linhas: pró isso, pró aquilo, Proagro, Agricultura ABC ou agricultura de baixo carbono, Proirriga, Moderfrota, “et cetera”, “et cetera”.

Aí, não que eu corrobore a política do ex-senador Mercadante, porque ele é um desenvolvimentista da Unicamp, nato, e eu não concordo com a linha de pensamento econômico dele. Mas, pela linha dele, deveria ter recurso nesse tipo e linha de crédito. Pelo menos o recurso.

Há quem diga que o crédito, nos últimos anos, estava caro. Realmente estava caro, e não era só aqui não. Era no mundo inteiro. E a gente acha muito estranho que, já passados quase 60 dias do novo governo, não tem dinheiro para... não é só o produtor rural, é a cadeia inteira.

Então a cadeia, você sabe muito bem que precisa. Nosso amigo Osmar, da Inroda, lá de Avaré, precisa de mais caminhões para entregar equipamentos. Ele precisa de mais máquinas para produzir mais, para dar novos postos de emprego, para gerar mais riqueza para o nosso Brasil. Você chega no BNDES, não tem nada. As linhas estão fechadas.

E mais grave ainda. A gente, graças ao presidente Bolsonaro, estava rumando à independência da necessidade de importação de trigo para o Brasil. Em mais três ou quatro anos, dependendo do incentivo, a gente ia ficar autossuficiente na produção de trigo. Agora que nós vamos entrar na safra de inverno, daqui a dois meses e meio, nós não temos recursos.

Nem no Banco do Brasil, nem na Caixa Econômica. E em nenhuma das linhas de crédito, que são passadas para os bancos privados, através do Tesouro Nacional, para implantação da nova safra.

E aí, deputada Bebel, não é o grande, o Blairo Maggi, ou o pequeno produtor da minha região, de Apiaí, de Ribeirão Branco. É o Brasil inteiro. Todos precisam.

Tem gente aqui que gosta de dividir: é grande produtor, é pequeno produtor, tem que ser grande, tem que ser pequeno. Não: precisa de todos. Precisa de todos. Não dá para produzir algodão em horta, porque você não consegue vestir 7 bilhões de habitantes, ao redor do mundo, se não for feito algodão do modo empresarial.

Assim como não existe plantação de 10 mil, 20 mil, 30 mil hectares de alface, nem de hortaliças, de hortifruti, porque precisa de uma atenção diária. Que é o que faz o pessoal de Ibiúna, de Biritiba Mirim, todo o entorno de São Paulo, Pilar do Sul, Piedade, que é a pequena produção.

Então, a despeito de toda a disputa política, o que eu posso dizer é que, na época do primeiro mandato do presidente Lula, o ministro era o Roberto Rodrigues. Que, querendo ou não, ficou quatro anos lá, e fez uma boa política agrícola, naquela ocasião, vindo de uma situação complicada.

Depois nós tivemos alguns ministros da Agricultura bons, outros ruins, nos dois governos que sucederam, dois e meio. E tivemos, relativamente, não sempre, mas tivemos linhas de crédito abertas para o produtor rural, fosse ele pequeno, médio ou grande.

Hoje ninguém tem: nem o pequenininho, nem o médio, nem o grande. Ninguém. Não tem absolutamente nada. O que nós vemos hoje é que a situação que ocorre é a seguinte... Antes você tinha o crédito subsidiado. E depois o juro oficial, a Selic oficial, ficou tão em conta, que os bancos privados começaram a emprestar. Quando os bancos privados começaram a emprestar, diminuíram a participação do Estado e não voltaram mais com a mesma intensidade.

Então, do que depois vão reclamar? Do custo da alimentação do povo, que subiu isso, subiu aquilo. E é por falta de... safra não é fazer cafezinho, que você esquenta a água, põe o pó de café, vira o bule lá e acabou. Não é assim. Para safra, você precisa se programar. E programação que exige planejamento. Então, não adianta querer falar: “ah, nós conseguimos o recurso”. “Ah, mas já está em agosto”. Acabou, já passou, não tem mais condições.

Então, o que eu queria pedir aqui ao ministro Carlos Fávaro, que foi da Aprosoja Brasil e senador do maior estado produtor de soja do Brasil, que é o Mato Grosso, é que empenhe esforços junto ao presidente, ao presidente do BNDES e ao ministro da Economia, para que reabasteçam as linhas de crédito do BNDES, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. Porque senão nós vamos passar pelo que nós passamos durante alguns momentos tanto do governo do PT quanto do governo Fernando Henrique, em que o recurso só chegou depois que a safra já tinha passado do tempo.

Então, como diz o meu querido amigo, senador Heráclito Fortes, o cachorro passou da caça; não adianta o cachorro passar da caça depois que ela ficou para trás. Depois não reclamem se o preço dos alimentos no Brasil aumentar.

E finalizando a minha fala, Dr. Raul, que preside esta sessão, eu queria, mais uma vez aqui - já que é a primeira vez em que ocupo a tribuna após a posse do governador Tarcísio -, dizer para que ele empenhe esforços junto ao nosso líder do PL e junto ao líder do seu Governo aqui, o deputado Jorge Wilson, para que... Aproveitando também a presença do Tenente Nascimento, que é signatário do PL 31, de 2019. Que paute esse PL, que está ali nas mãos do deputado Conte, para fazer a extinção da Ouvidoria das polícias, porque ela não pode ficar pré-julgando ações policiais e nem pré-condenando os policiais pela sua ação.

O projeto teve diversas assinaturas aqui, de diversos parlamentares; teve o apoio não só dos parlamentares ligados à Segurança, mas também de vários outros. Se não me engano, são 17 ou 18 assinaturas no total. E eu vou solicitar também, como já disse aqui em comunicação, ao secretário Fábio Prieto para que também empenhe esforços junto ao governador sobre a importância da aprovação desse projeto nesta Casa e a sanção do governador.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DR. RAUL - PODE - Dando sequência ao Grande Expediente, nós chamamos agora o deputado Emidio Lula de Souza. (Pausa.) A deputada Professora Bebel, que pede a palavra e a terá por 10 minutos.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente que agora está se sentando à mesa, deputado Frederico d'Avila. Cumprimento a Mesa de Trabalhos, assim como os assessores à minha esquerda, à minha direita, deputadas e deputados presentes neste plenário e todos os que nos assistem através da Rede Alesp.

Eu vou começar pela primeira parte proferida pelo deputado Frederico d'Avila. E começo discordando de V. Exa., até porque eu tenho outros dados que não foram apresentados aqui, deputado. Eu tenho aqui que nenhuma linha de crédito foi fechada; pelo contrário, as linhas suspensas foram restabelecidas. Desde outubro de 2022, as linhas disponíveis ao setor agropecuário estavam suspensas por falta de recursos, e, em 30 dias, 2.9 bilhões foram liberados para o setor.

Então eu não vou entrar no mérito de tudo o que V. Exa. falou, até porque acredito que é passível de debate. Acho que é muito importante que este Brasil volte a produzir, porque nós temos 33 milhões de pessoas passando fome. E aí, como bem disse, o pequeno agricultor precisa de financiamento, e o grande agricultor também. Até aí, beleza, nós temos concordância. Agora, o que não dá para cobrar... Por exemplo, nós temos o presidente do BNDS que assumiu, há uma semana saiu a nomeação dele.

Mas eu não quero fazer balanço de governo, deputado Frederico d’Avila. Eu acho que as urnas o fizeram, entendeu? Já fizeram esse balanço, e acredito piamente que o bom debate vai permitir que nós tenhamos, sim, investimento no setor agrário, no pequeno, no grande, em todos aqueles que tiverem compromisso com a produção, seja de grãos, seja, enfim, a produção têxtil, toda aquela que coloque em andamento o País. É isso que eu tenho claro.

Eu tinha me preparado verdadeiramente, deputado Frederico d’Avila, para falar sobre a desvalorização dos profissionais da Educação no estado de São Paulo. Desde quando o piso salarial profissional nacional, uma conquista nossa, deputada Márcia Lia, que é de 2008... O presidente Lula tornou lei - tornou lei não, porque já era, mas ele regulamentou um preceito constitucional que teve como autoria um deputado constituinte que foi presidente da Apeoesp e que deixou essa marca que é estabelecer o piso salarial profissional dos profissionais da Educação no País.

Veja bem, eu não estou falando de um governo, estou falando de todos os governos. Nós chegamos hoje a uma perda com relação ao que nós ganhamos. Se tivesse sido implantado o piso salarial profissional nacional, nós precisaríamos de 80% de reajuste. É um absurdo, porque a gente está falando de piso, nós não estamos falando de teto. Nós começamos a perder desde 2016 com relação a essa questão do piso salarial profissional nacional.

Mas vamos lá, vamos tirar de cena o piso e vamos falar de salários mínimos então. O salário mínimo no País teve uma valorização. Para que nós ganhássemos de acordo com o poder de compra, ou seja, o salário mínimo, nós precisaríamos de pelo menos 49,2%, que também é algo muito distante do que nós estamos ganhando atualmente.

Mas aí nós também temos que ver o seguinte: qual era o nosso poder de compra em termos de cestas básicas em 2009 e até o presente momento? E aí vocês vão verificar que, em 2009, um professor de Educação Básica I, que é aquele que alfabetiza, aquele que dá aulas, podia comprar duas cestas básicas e meia; e o de Educação Básica II, três cestas básicas. Hoje ele compra, em 2023, esse professor que alfabetiza, uma cesta básica e 89, duas cestas básicas; e o professor dos anos posteriores, duas cestas básicas.

Quer dizer, nosso salário está totalmente desvalorizado, né? Não dá: ou implanta o piso nos termos do que tem que ser. “Olha, este ano foi 15%, então desse 15 por cento”.

Porque começou, deputado Conte Lopes, em 2016. Se desse 2,5%, estava corrigindo desde lá, e de lá começou o efeito cascata, e o senhor sabe que vai perdendo o poder de compra, e a gente vai perdendo totalmente a nossa valorização profissional, ao ponto de que, hoje, para a gente comprar o que comprava em 2009, a gente precisaria de 33,1 por cento.

Então, para falar em números, eu não tenho nenhum problema, porque eu tenho o centro de estudos, que é o Dieese, lá na Apeoesp, e a gente estuda isso muito, e a gente não está falando da cabeça, nós não estamos inventando. É só pegar os dados e ver se é possível um professor sobreviver com esse salário.

Então, já é hora também, e a gente espera que o governador abra uma mesa permanente de negociação, para que a gente apresente uma proposta. Porque uma coisa é verdadeira, já tem uma mesa de negociação nacional, para debater com as centrais. Agora, o estado de São Paulo deveria também abrir uma mesa de negociações.

E, para terminar, para equiparar as perdas inflacionárias do período a que me refiro, todo esse período que eu falei, nós precisaríamos de 20,3 por cento. Quer dizer, tem mil saídas, precisa querer politicamente, precisa ter vontade política, e espero que se institua essa mesa, e ao mesmo tempo dizer que a injustiça que foi feita aí com relação ao processo de atribuição de aulas por jornada, e não por tempo de serviço, isso está nos custando caro, do ponto de vista mesmo de como os professores estão se sentindo.

Eu acredito que a revogação do Art. 80 da Lei nº 1.374, que instituiu o subsídio, que eu tenho esperança, deputado Conte Lopes, que ele cumpra a promessa de campanha dele, que ele disse que ia revogar a lei toda. Eu não estou nem pedindo a revogação da lei toda agora. Estou pedindo pelo menos o 80, para corrigir imediatamente uma injustiça, e a gente abre uma mesa de negociação, e vamos ver o que a gente faz com a lei na totalidade.

Neste momento, para nós, é ponto de honra a revogação do Art. 80 da Lei nº 1.374, de 2022, que instituiu a política de subsídio e criou essa injustiça, que não é uma diretriz deste governo. Eu cheguei a dizer isso na Secretaria de Educação. Se não é, por que vai cumprir? Por que está cumprindo, por exemplo, atribuição de aulas por jornada, e não por tempo de serviço, se foi o Doria que deixou?

E foi em contraposição ao Doria, me parece, que o Tarcísio foi eleito. Ele prometeu que ia fazer essa revogação, esse acerto, e é algo que precisa ser feito, pelo menos, deputado Frederico, para que a gente tenha mais justiça na forma de ser contratado. Depois, o resto a gente conversa em uma mesa de negociação, que eu acho muito saudável.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr.  Frederico d'Avila.

 

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O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado, Professora Bebel. Dando prosseguimento à lista de oradores, chamo agora o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Conte Lopes, para fazer uso regimental da palavra.

Aproveitando que o deputado Conte se destina à tribuna, só para esclarecer à Professora Bebel. Eu não disse que tinham fechado as linhas, apenas desabastecido de recursos, e esses 2,9 bilhões, apesar de ser uma quantia vultuosa, para as nove linhas, foram insuficientes e já terminaram. Esperamos que sejam reabastecidas em breve.

O deputado Conte Lopes tem dez minutos regimentais.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Frederico d’Avila, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, voltamos à tribuna no Grande Expediente, até falando a V. Exa. que estávamos em Brasília na sala do presidente Bolsonaro quando foi lançada praticamente a candidatura do nosso governador Tarcísio de Freitas. Estávamos lá em Brasília naquele dia.

A partir daí, quando se configurou, nós participamos muito da campanha. Vossa Excelência na área da agricultura e nós outros na área da Segurança Pública. Rodamos São Paulo inteiro acompanhando, pedindo voto aos nossos candidatos: a presidente, Bolsonaro; a governador, Tarcísio de Freitas. É o trabalho de todo mundo. Então, evidentemente, estamos torcendo para que o Governo de São Paulo faça uma excelente gestão. Não resta a menor dúvida.

Trabalhamos, cobramos aqui desta tribuna, sempre falamos sobre a campanha política, sobre o momento exato de colocar o exército nas ruas, presidente Frederico. Nós sempre cobramos aqui para colocar o exército nas ruas: o exército de eleitores. Quem vota e ganha eleição é o eleitor. Essa é a grande verdade. Talvez haja algumas falhas, né? Acreditaram muito nos “verdes-oliva” e no fim não deu resultado nenhum. A gente, que é mais antigo, a gente sabe que o que vale na eleição é o dia do voto. Não adianta. Ganhou ou perdeu. Se perdeu, é ir chorar na cama. Não tem jeito. Então, realmente é isso.

Agora, nós estamos em uma vida nova. O Sr. Lula não pode ficar olhando pelo retrovisor a vida do Bolsonaro. Ele tem que tocar o governo dele para frente, inclusive na área armamentista, com essa briga, essa confusão desgraçada que fazem, recadastramento... Na semana passada, estava uma briga na indústria. Pararam de fabricar carro blindado. A lei que foi feita para a pessoa não tirar mais arma... Proibiram os carros blindados, vender ou comprar carro blindado. Quer dizer, o Flávio Dino, o ministro, acho que ele está meio batendo os pinos nas decisões dele. E o Lula está aceitando.

Então, está na hora de olhar para frente, não é verdade? Nem todo mundo que compra uma arma ou ninguém que compra uma arma... Eu não conheço ninguém que compra uma arma por causa do Lula ou do PT. O cara compra uma arma por causa de bandido. O cara compra uma arma, vai ao stand de tiro, vai ao psicólogo, vai fazer um curso de tiro para poder adquirir uma arma, que é difícil pra burro, não é por causa de partido político, né? É para defender a família dele, a mulher dele. O cara que mora no interior, que tem um sítio, uma chácara, uma fazenda, é para se defender de bandidos.

O deputado Frederico d’Avila e eu, mesmo antes de ele chegar a esta Casa, quantas vezes fomos ao interior de São Paulo, para Avaré, para Buri... Quantas vezes fomos a essa região, com o povo pedindo segurança? Os bandidos chegam à fazenda, Sr. Lula e PT, às cinco ou seis horas da tarde e dominam todo mundo. E não vão lá com partido político, não é nada disso. É assalto! Dominam o dono, os moradores da fazenda, roubam tratores, roubam gado, roubam insumos, deixam todo mundo amarrado à noite inteira. De madrugada, isso aí está tudo no Mato Grosso, em Minas Gerais, Paraná e ninguém acha mais.

Então, nesse aspecto o Bolsonaro agiu muito bem e deu a possibilidade de essas pessoas se armarem para se defender. Se a polícia não vai estar lá... Não tem condição de dar segurança 24 horas por dia. Por isso, a pessoa tem que ter condições de se defender, até de um animal que venha atacar o seu filho. Tem onça no interior de São Paulo. Tem! Tem o javaporco, que ataca as pessoas. Então, isso foi feito.

Agora não, se criou uma... Quem comprou uma arma é para defender o Bolsonaro e é contra o PT. Nada disso. Vamos parar para pensar, vamos tocar o mundo para frente. Esquece isso, vamos continuar na vida. As eleições continuam. Daqui a quatro anos, haverá eleição de novo. No ano que vem, já haverá eleições de novo. Nós vamos ter esquerda, direita, centro. Todo mundo é candidato; esse é o mundo da política. Então eu acho que o presidente da República e seus 37 ministérios... É isso? Porque criou mais 13, né?

Depois do Bolsonaro criou mais 13 ministérios. Então vamos olhar para frente. Agora, Segurança Pública. Meu Deus do céu, uma viatura de Rota dando segurança para o povo num cruzamento em São Paulo vê bandidos assaltando uma mulher e um cidadão de bem. Os policiais vão lá e agem. Bandido armado, um morre e o outro é preso, e apreende todo o produto de roubo dos ladrões. E um bandido foi morto.

Ora, para ver se essa ação do policial da Rota está certa ou errada, ele tem um comandante de pelotão, ele tem um comandante de companhia, ele tem o subcomandante da Rota, o comandante da Rota, o comandante do Choque, o comandante da Polícia Militar - para não estender muito -, tem a Secretaria de Segurança, tem a Corregedoria, tem o Ministério Público e tem a Justiça, que julga.

Então a gente não pode aceitar que venha um ouvidor de São Paulo pedir o afastamento. O que é o ouvidor de São Paulo? Para que serve essa porcaria aí? A não ser para ganhar um dinheirão, um monte que está lá junto com ele, com secretária, com carro, com tudo. Para quê? Não sei por que criaram isso. Sempre fomos contra, mas criaram.

Agora ele que quer decidir o que o governador tem que decidir, o secretário, o Comando da PM? Então a gente não pode aceitar. Nós brigamos por mais segurança pública. Nós trabalhamos aqui junto ao Tarcísio de Freitas em todo o Estado para melhorar a Segurança, dando salário digno para o policial, dando condições de trabalho, valorizando a carreira policial e, evidentemente, apoiando quando ele participa de ocorrência.

Todo mundo falou nessas câmeras aí que só servem para prejudicar o policial, infelizmente; deviam ajudar. Tanto é que todo mundo falou, deputado Frederico d'Avila, que inclusive o governador quer retirar as câmeras, mas agora parece que mudaram de ideia.

Agora não pode deixar de apoiar o policial. Eu vou continuar cobrando. Essas câmeras são para ajudar o policial? Então que se ajude o policial. É para ajudar a sociedade? Que se ajude a sociedade. Porque eu pergunto: muitas ocorrências que eu peguei na Rota - e eu peguei muitas...

Não é como certas pessoas que V. Exa. colocou aqui que não sei nem se pegam ocorrência; eu peguei muitas. O cidadão parava a minha viatura e falava: “Olhe, policial, tem um sequestrado lá dentro da favela, lá naquela mata; tem tráfico de drogas ali”.

Se ele soubesse que estava sendo filmado ele falaria? Uma diretora de escola vendo o policial com a câmera na cara dela gravando o que ela fala, tem coragem de falar que na esquina tal tem um carro traficando drogas na porta da escola para os alunos dela? Ela tem coragem?

Então eu pergunto: essa câmera vale nesse caso? Quem é a pessoa que vai falar isso sabendo que vai ser filmada e depois vai ser morta porque entrou como dedo-duro? Porque esse é o crime; esse é o mundo do crime. Então a gente não pode aceitar isso aí. Tenho cobrado todo dia aqui esse negócio da Cracolândia; continua a Cracolândia. Não adianta falar que prendeu um cara com dez quilos de cocaína. Dez quilos de cocaína têm em todo lugar, aqui na esquina.

Vá lá, ponha a polícia lá. Ponha a Polícia diária lá. Ponha a Guarda lá, porque eu já fui lá e vi o contrário como vereador. A Polícia Militar e a Guarda dando guarida, dando segurança para os traficantes e para a Cracolândia. Falou que vai mudar? Estamos torcendo para isso, e torço por quê?

Porque as pessoas me mandam pedido de socorro pelo meu celular, ligam aqui na Assembleia. Então, obviamente, eu tenho que cobrar da polícia e vou continuar cobrando, achando que vai melhorar. Tem que melhorar; é o objetivo nosso. No nosso plano de governo, foi estipulado tudo isso. Então nós vamos continuar cobrando. Agora, não dá para entender que um ouvidor venha a pedir o afastamento de policiais que defendem a sociedade arriscando a própria vida porque um bandido morre, porque nós temos aqui um projeto de lei do deputado Frederico D’Avila pedindo a extinção da Ouvidoria.

Então o povo vai escolher, por meio dos seus deputados, se vocês querem a Ouvidoria, que defende bandido, defende criminoso, ou vocês querem a Rota, a polícia que protege a sociedade. Isso aí o povo vai escolher por meio dos deputados, cada um escolhe o que bem entender. Mas na hora de votar o projeto de V. Exa., cada um tem a sua ideia, se é a favor do bandido ou contra o bandido, porque nós somos favoráveis à polícia nas ruas dando segurança para o povo. Que se extinga a Ouvidoria então.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Obrigado, deputado Conte. Não havendo mais tempo regimental para seguir a lista de oradores...

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo de lideranças, para pedir a suspensão até 16 horas e trinta minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - FREDERICO D’AVILA - PL - Pois não, deputado Conte. Havendo acordo de lideranças, a sessão está suspensa até as 16 horas e 30 minutos.

Obrigado.

 

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- Suspensa às 16 horas e 01 minuto, a sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Reaberta a sessão. Há sobre a mesa requerimento da nobre deputada Marina Helou, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de integrar a Delegação Brasileira que participar da Conferência da ONU sobre a Água 2023, a realizar-se do dia 22 ao dia 24 de março do corrente ano, na cidade de Nova Iorque, sem ônus para este Poder.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o Requerimento de Urgência do Projeto de lei nº 870, de 2021, de autoria do deputado Delegado Olim.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento para realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de Lei nº 870, de 2021, de autoria do deputado Delegado Olim. Pede para suspender a sessão por 20 minutos.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Pela ordem. Havendo acordo de lideranças, eu peço a suspensão por vinte...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Dez, dez minutos dá.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Dez minutos?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Dá.

 

A SRA. MÁRCIA LULA LIA - PT - Por dez minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo de lideranças, esta sessão está suspensa por dez minutos.

 

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- Suspensa às 16 horas e 32 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Reaberta a sessão.

Convocação: Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I do Regimento Interno, convoco V.Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 1ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 15/02/2023.

 

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O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Milton Leite Filho.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental.

Havendo acordo de lideranças, esta Presidência dá por levantados os trabalhos. E convoco V.Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembramos ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término desta sessão.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 52 minutos.

 

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