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27 DE SETEMBRO DE 2011

108ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, EDSON FERRARINI, VANESSA DAMO, JOSÉ CÂNDIDO, ULYSSES TASSINARI e CELSO GIGLIO

 

Secretário: EDSON FERRARINI

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Informa que os bancários iniciaram, hoje, greve por tempo indeterminado. Dá conhecimento das reivindicações da categoria. Afirma que, com os lucros obtidos, os bancos podem atender a requisição dos servidores. Considera a greve justa.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Comenta pronunciamento do Governador sobre denúncias de corrupção nesta Casa. Sugere que o Executivo dê publicidade não apenas as emendas de 2011, mas também àquelas referentes a anos anteriores. Apoia a denúncia do Deputado Roque Barbieri. Pede pela aprovação de emendas aos projetos que tratam da restituição salarial dos servidores da Segurança Pública.

 

004 - EDSON FERRARINI

Assume a Presidência.

 

005 - JOOJI HATO

Recorda denúncias de corrupção ocorridas na Câmara Municipal de São Paulo, enquanto atuava como Vereador. Defende a apuração rigorosa da acusação feita pelo Deputado Roque Barbieri. Lamenta casos de violência contra a família de feirantes. Sugere a realização de blitz pelo desarmamento.

 

006 - CARLOS GIANNAZI

Comenta julgamento de Adin, a ocorrer esta semana, que pode limitar o poder do Conselho Nacional de Justiça na investigação de Tribunais de Justiça. Destaca a importância de que o órgão disponha de autonomia. Menciona entrevista, publicada no jornal "Folha de S. Paulo", na qual a Ministra do CNJ, Eliane Calmon, tece críticas ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Recorda denúncias ao modo como a instituição organiza seu orçamento.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Registra a visita do Dr. Joseval Peixoto, do Jornal SBT e da Jovem Pan, e do Dr. Edison Aurélio Corazza, a convite do Deputado Ed Thomas; e também dos alunos da Escola Estadual do Bairro da Água Comprida, de Bragança Paulista, acompanhados dos professores José Carlos Cerqueira, Aline Suelen Vaccari, Vanessa Karen Pinheiro e Maria Regina Simões Barbosa, a convite do Deputado Edmir Chedid.

 

008 - EDSON FERRARINI

Cumprimenta os alunos presentes. Comenta reunião do Colégio de Líderes, a ser realizada hoje, na qual devem ser discutidos os projetos de reajuste salarial das Polícias Militar e Civil. Faz menção a reivindicações deste Deputado ao Governador Geraldo Alckmin, solicitando melhores condições de trabalho aos profissionais da Segurança do Estado de São Paulo. Afirma que deve votar favoravelmente às emendas aos projetos mencionados. Saúda a visita do ex-Deputado Wilson Morais, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM.

 

009 - Presidente JOOJI HATO

Registra a visita do ex-Deputado Wilson Morais, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM.

 

010 - MARCOS MARTINS

Tece comentários acerca de audiência pública, realizada em Osasco, com o intuito de discutir a Lei Orçamentária. Afirma que as demandas da região têm sido constantemente rejeitadas pelo Governo. Dá conhecimento das reivindicações da cidade. Lamenta a dificuldade encontrada pelos Parlamentares da Casa para serem atendidos pelos Secretários de Habitação e de Meio Ambiente.

 

011 - JOSÉ CÂNDIDO

Lê e comenta documento referente ao Ano Internacional do Afrodescendente. Cita campanha pela igualdade racial, a ser divulgada pelos Correios.

 

012 - LUIZ CARLOS GONDIM

Menciona críticas da população à falta de segurança na região do Alto Tietê. Informa que faltam soldados no local. Solicita atenção do Governador para o problema.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - EDSON FERRARINI

Tece comentários acerca da pauta de reunião do Colégio de Líderes, desta tarde. Discorre sobre o aumento no número de acidentes de trânsito, com vítimas fatais. Fala sobre os efeitos das leis Seca e Antifumo. Critica o Ministério da Saúde, que defenderia a volta dos "fumódromos" em bares e restaurantes. Combate os malefícios das drogas. Sugere trabalho de prevenção nas escolas públicas, por meio da conscientização de crianças e adolescentes. Informa endereço de seu "site", com orientações sobre o tema.

 

014 - MARCOS MARTINS

Destaca temas discutidos nas audiências públicas regionais. Pede que as demandas do orçamento, advindas destes eventos, sejam atendidas. Informa sobre a vinda do prefeito de Jaguariúna, Márcio Gustavo Bernardes Reis, à Comissão de Saúde, para falar sobre o fim da mortalidade infantil no município. Critica a implantação de praças de pedágios no Rodoanel, o que, a seu ver, congestiona o trânsito de cidades do entorno (aparteado pelo Deputado João Paulo Rillo).

 

015 - Presidente JOOJI HATO

Registra a visita e cumprimenta o ex-Deputado, e atual prefeito de Tatuí, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo.

 

016 - JOÃO PAULO RILLO

Para comunicação, informa a visita, a este Parlamento, do prefeito de Tanabi, José Francisco de Mattos Neto, a quem saúda.

 

017 - ITAMAR BORGES

Defende mais investimentos para a Saúde Pública, especificamente para hospitais filantrópicos e santas casas. Fala sobre os danos causados pelo uso do crack. Comenta sua participação, em Brasília, do Encontro Federativo da Conscientização e do Combate à Guerra Fiscal. Lembra o lançamento da frente parlamentar, nesta Casa, que trata do tema. Fala de problemas enfrentados por São Paulo na guerra fiscal com Estados vizinhos. Chama a atenção para a criação de políticas de incentivo para assegurar e atrair investimentos do setor privado. Parabeniza o Governador Geraldo Alckmin pela iniciativa em buscar soluções para a desigualdade tributária. Cumprimenta o vereador, e Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto.

 

018 - Presidente JOOJI HATO

Registra a visita do vereador, e Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, a quem reitera os cumprimentos.

 

019 - VANESSA DAMO

Reivindica a instalação da CPI da Eletropaulo, de sua autoria. Enfatiza os problemas causados à população, por falhas no fornecimento de energia elétrica. Lê artigo intitulado "Apagões em São Paulo, de quem é a culpa? Falha Humana?", de Washington Santos, Presidente da Associação dos Operadores do Estado de São Paulo.

 

020 - ANA DO CARMO

Para comunicação, fala sobre participação em audiência pública, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, para discutir os efeitos da greve dos médicos do Hospital das Clínicas, que completa 3 meses. Apela aos Deputados que apoiem as reivindicações da classe médica, a fim de que o atendimento à população seja normalizado.

 

021 - VANESSA DAMO

Assume a Presidência. Parabeniza a Deputada Ana do Carmo pela defesa da Saúde.

 

022 - JOOJI HATO

Pelo art. 82, cita matéria que denuncia possível vazamento de gás metano no Shopping Center Norte. Fala da importância das CPIs, para a apuração de irregularidades. Comenta os perigos da utilização de água contaminada. Acrescenta que a população de baixa renda é a mais afetada, pela falta de acesso à saúde de qualidade.

 

023 - SEBASTIÃO SANTOS

Pelo art. 82, parabeniza a Rede Record de Televisão pelo aniversário de 58 anos. Destaca que a emissora é a mais antiga em operação no Brasil. Lembra a trajetória do empresário Edir Macedo, que contribui para manter a TV Record no ar. Enfatiza os índices de audiência da emissora, que tem ocupado o 2º lugar no Ibope.

 

024 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

025 - SEBASTIÃO SANTOS

Solicita a suspensão da sessão até as 17 horas, por acordo de lideranças.

 

026 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h28min.

 

027 - JOSÉ CÂNDIDO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h01min.

 

028 - ALENCAR SANTANA

Requer a suspensão dos trabalhos por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

029 - Presidente JOSÉ CÂNDIDO

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h02min.

 

030 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h31min. Anuncia a presença do Sr. Marcelo Bordin, vereador do município de Orlândia.

 

031 - JOÃO ANTONIO

Solicita a suspensão dos trabalhos por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

032 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h32min.

 

033 - CELSO GIGLIO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 18h13min.

 

ORDEM DO DIA

034 - Presidente CELSO GIGLIO

Coloca em votação e declara aprovados requerimentos para criação de comissão de representação: do Deputado Adriano Diogo, a fim de participar da "Semana Jurídica do curso de Direito da Unesp", dia 30/09, em Araraquara; do Deputado Carlos Bezerra Jr., para participar do evento "O Trabalho do Parlamento e os Desafios Sociais da América Latina", de 03 a 06/10, em Santiago do Chile. Coloca em votação e declara aprovados os nomes dos Parlamentares Célia Leão e José Bittencourt para ocuparem os cargos de Corregedora Parlamentar e Corregedor Parlamentar Substituto do Conselho de Ética, respectivamente. Dá conhecimento de ofício do Deputado Ary Fossen, comunicando sua renúncia como membro efetivo do PSDB no Conselho de Ética deste Legislativo. Coloca em votação e declara aprovada a indicação do Deputado Cauê Macris, do mesmo partido, para o referido cargo.

 

035 - ALENCAR SANTANA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

036 - Presidente CELSO GIGLIO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 28/09, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Edson Ferrarini para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - EDSON FERRARINI - PTB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários da Assembleia Legislativa, na semana passada usei esta tribuna para falar sobre a possibilidade dos bancários entrarem em greve por tempo indeterminado a partir do dia 27, hoje. As assembleias não só em São Paulo, mas em todo o país, deflagram greve por tempo indeterminado exatamente pela irresponsabilidade do sistema financeiro nacional, principalmente dos bancos sediados no Estado de São Paulo, por não atenderem às reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras bancários deste estado. Os bancários apresentaram a proposta de 12.8%, de reposição salarial, a Fenaban apresentou apenas 8%. A categoria solicitou também recomposição do piso salarial e melhorias das condições de trabalho apresentou, também, a necessidade de reestruturação, no caso de bancos públicos, do plano de carreira, algumas questões específicas, o que não foi aceito por parte da Fenaban, principalmente em relação à participação nos lucros e resultados.

Então os bancários entraram em greve a partir da zero hora do dia 27 e permanecerão em greve por tempo indeterminado até que a Fenaban passe a respeitar não só os trabalhadores, mas também os clientes. Por que respeitar os clientes? Uma das principais reivindicações da categoria bancária é a ampliação do número de trabalhadores por estabelecimento bancário. Isso é importante para reduzir as filas, diminuir a tensão nos locais de trabalho, para que o bancário possa atender o cliente com tranquilidade e da forma mais rápida possível.

Isso é possível porque os bancos tiveram uma rentabilidade superior a 20%, comparado o lucro dos bancos de junho de 2010 a junho de 2011. Ao mesmo tempo os bancos arrecadam, só com prestação de serviços, que são as tarifas bancárias, mais de 50 milhões de reais por ano. Então é possível atender às reivindicações dos bancários de aumento real de salário, de melhoria do piso, distribuição da participação nos lucros e principalmente melhor as condições de trabalho com a contratação de novos funcionários.

Hoje, então, os bancários estão em greve, e é necessário este parlamentar dar todo seu apoio a essa greve, mas é necessário também que você, cliente, dê seu apoio, pois é uma greve justa, uma greve que também discute a redução da taxa de juros, a ampliação do crédito produtivo para a área da Agricultura, para o micro e pequeno negócio hoje no Estado de São Paulo.

É uma greve justa e este parlamentar dá todo o apoio à greve dos bancários. Esperamos que a Fenaban e os banqueiros, que são os irresponsáveis e os responsáveis por essa greve acontecer, negociem o mais rápido possível com os trabalhadores, para que eles voltem ao trabalho, mas desde que as reivindicações sejam atendidas. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, acompanhava em alguns jornais e rádios manifestações do Governador e do Chefe da Casa Civil, dizendo que vão disponibilizar as emendas parlamentares indicadas pelos Deputados no ano de 2011, em relação às denúncias formuladas pelo Deputado Roque Barbiere.

Se o Governador tiver realmente o interesse de ser transparente, não adiantam só as emendas de 2011, não. Eu já disse e repito: pertenço ao MSE, Movimento sem Emendas, porque estamos chegando ao final do mês nove e até agora nenhuma emenda minha se tornou objeto de convênio nenhum.

Deve ser porque eu não dobro os joelhos diante do Palácio dos Bandeirantes. Mas, se depender de dobrar o joelho, eu sinto muito, mas aqueles necessitados, entidades ou prefeituras que nós indicamos, não serão contemplados.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Edson Ferrarini.

 

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Se quiser saber exatamente, se houver transparência, por que não abrir cinco anos, 10 anos para trás, todas as emendas indicadas por parlamentares? E mais, fica fácil o caminho de pedir à Secretaria responsável e ao Tribunal de Contas a prestação de contas em relação ao conteúdo da emenda. À entidade, seja Santa Casa, seja a Apae, seja a entidade que for, que recebeu uma emenda parlamentar, não basta dizer: recebi emenda de 50 mil do Deputado Olímpio. Vamos ver como a entidade prestou contas desses valores, o tipo de gasto que teve, as notas fiscais emitidas. Se nós queremos ter o caminho para saber se há transparência, se não houve desvio de recurso público, esse é o caminho.

Logicamente aconteceram acusações que são gravíssimas. E não adianta simplesmente dizer: é uma loucura do Deputado Roque Barbiere. Não acho, não. O parlamentar tem tantos anos de Casa, tem tanta experiência, e ele sabe exatamente do que está falando. Segundo informações jornalísticas, ele avisou a Casa Civil a respeito, e agora é o momento de se fazer as devidas apurações.

Foi deliberado no Colégio de Líderes que o Conselho de Ética deve atuar. Mas deve atuar para apurar justamente o conteúdo das denúncias feitas. É bom que fique claro que não se está apurando nenhuma conduta irregular, até então, do Deputado Roque Barbiere. Não tenho procuração, nem contato pessoal para fazer qualquer tipo de defesa. Ele mesmo, acredito que vá não se defender, porque até então não vejo nada de que ele tenha que se defender. Ele só tem que mostrar e esclarecer esse percentual de 30%, ou pelo menos quais seriam os casos concretos que poderiam estar envolvidos.

Mas não é possível ficar parecendo que estamos junto com as freirinhas do Convento de San Tanco, da Noviça Voadora, dizendo que não é possível acontecer isso: desvios de dinheiro público. É possível, sim.

Sr. Presidente, teremos agora uma reunião do Colégio de Líderes. É preciso avançarmos no acolhimento de emendas aos PLCs 47, 48, 49, 50 e 51, da polícia e agentes penitenciários, porque a polícia está se mobilizando, não aceita esses projetos como estão. Não adianta o Governo fazer acordos, muitas vezes com entidades que não estão representando o todo das categorias policiais.

O Sindicato dos Delegados, delegado George Melão, já marcou uma reunião, uma assembleia geral para o dia 07. Rebouças, do Sindicato dos Investigadores, uma grande mobilização com todo o Sipesp. Está sendo encaminhado um movimento de reivindicação muito maior do que foi em 2008.

Não adianta o Governo tentar rachar o movimento e tentar forçar a votação de projetos sem o acolhimento mínimo de emendas. Nós vamos tentar, sim, até o fim, o diálogo. Mas no momento em que o Governo está barrando o diálogo, dizendo que "qualquer emenda que implique aumento de despesas, a resposta é não", nós vamos para o pau até o fim, até as últimas consequências. Basta de a polícia de São Paulo ser tão humilhada pelo Governo do Estado.

 

 O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, é realmente lamentável essa questão sobre as emendas.

Na Câmara Municipal de São Paulo tivemos vereadores que chegaram a dizer que "aqui nesta Casa só se aprova projeto se houver propina, se houver barganha". Foi feita uma reunião com os 55 vereadores na sala da Presidência, e dissemos que ele deveria dar o nome do vereador que estaria recebendo dinheiro para aprovar. E aí ele desmentiu, que era engano, que não tinha falado, e tal.

Depois veio uma vereadora, e a mesma coisa: "Não, aqui se vota a troco de barganha com recursos". Chamamos a vereadora também, queríamos que ela nominasse as pessoas. Ela se esquivou, e o caso nem foi ao Conselho de Ética.

Um outro vereador disse que "todos os vereadores são corruptos". Ele foi chamado, para provar quem era o vereador corrupto, e ele também não nominou ninguém. Não foi para a Comissão de Ética, não aconteceu absolutamente nada. Esse vereador disse que era um engano, que o "sistema eleitoral é corrupto" e, portanto todos os vereadores são corruptos, e tal.

Isso é muito ruim. Enfraquece o poder da população. Dos nossos três poderes, aquele que defende a população é o Parlamento. Então tem de nominar. Não pode colocar no mesmo patamar todos os parlamentares. Se tem dois ou três, vamos cassar, vamos apurar. Não podemos generalizar. Espero que esse caso termine o mais rápido possível. Já está na Comissão de Ética, a quem cabe levantar todos esses problemas e dar uma resposta para a população. Há muitos parlamentares honestos, dignos. Se tem dois ou três, que dê o nome, vamos cassar o mandato.

Sr. Presidente, venho aqui hoje para dizer que a segurança dos feirantes não está boa. Pasteleiros trabalham embaixo de chuva, de sol, no frio ou calor, às vezes até adoentados, deixam suas casas, vão para as feiras livres para buscar o sustento dos seus familiares. Nessa hora que deixa a família, uma quadrilha a ataca, rouba com uma perversidade enorme, pois não tem Deus no coração e acabam até estuprando as filhas.

São trabalhadores, pessoas que são visadas, geralmente orientais, feirantes que deixam suas casas e não têm nenhuma segurança. Por isso que eu bato na mesma tecla. Não sou especialista em segurança, sou médico, mas é muito simples. Como esses marginais entram nessas casas? Com armas ilegais, contrabandeadas do Paraguai, Bolívia, do Peru, com numeração raspada. Pegaram uma quadrilha ontem em Campinas com metralhadoras. Não sou perito em segurança, mas é muito simples: temos de fazer blitz nas estradas, nas ruas, nos pontos estratégicos, para tirar essas armas ilegais que estão nas mãos de marginais. Se um bandido estiver com uma metralhadora e vários policiais tentarem tirar essa arma, é muito difícil. Mas com blitz, você os pega desprevenidos, e não com a arma na mão.

Esta é a nossa proposta: fazer blitz pelo desarmamento e melhorar a segurança da nossa cidade, do nosso Estado e do nosso País para dar qualidade de vida, para garantir o que é legítimo para um ser humano, o direito à vida, o direito de ir e vir. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de continuar um assunto que havia iniciado ontem referente a um verdadeiro retrocesso que pode ocorrer no Brasil em relação ao Conselho Nacional de Justiça. Nesta semana, deve ser julgada uma Adin limitando o poder do Conselho Nacional de Justiça em investigar e supervisionar os tribunais de justiça do Brasil. Isso é muito grave porque, primeiramente, foi muito difícil aprovar a constituição desse conselho. Hoje o Poder Judiciário não é controlado. Não há controle social do Poder Judiciário no Brasil. Com muita dificuldade, foi criado o Conselho Nacional de Justiça por meio da aprovação da Emenda Constitucional nº 45.

O Conselho começou a funcionar em 2005 e até agora já puniu 49 juízes, desembargadores envolvidos em irregularidades, nepotismo, corrupção, tráfico de influência. Essas coisas existem no Parlamento, no Executivo e também no Judiciário. Então, 49 membros da magistratura já foram punidos pelo Conselho Nacional de Justiça. É importante que esse conselho tenha um trabalho irrestrito, que possa trabalhar e investigar, fazendo inspeção, auditoria em todos os tribunais. Sabemos que, em geral, as corregedorias dos tribunais não funcionam para valer. Normalmente, as corregedorias protegem seus membros da magistratura. Aí está a importância do fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça.

A ministra corregedora do Conselho Nacional de Justiça, a Ministra Eliana Calmon, deu uma entrevista muito importante nesse sentido que só confirma essa nossa preocupação. Essa entrevista é matéria de hoje na “Folha de S.Paulo”. Ela diz: “Justiça sofre com bandidos de toga”. Há também outra matéria no jornal “O Estado de S.Paulo” sobre esse mesmo tema. Ela vai mais fundo quando faz uma crítica a essa falta de transparência e de controle do Poder Judiciário, principalmente no caso do Tribunal de Justiça de São Paulo. Na entrevista a ministra criticou a resistência dos tribunais a serem fiscalizados pelo Conselho Nacional de Justiça citando o Tribunal de Justiça de São Paulo. Ela diz: “Sabe que dia vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do Conselho Nacional de Justiça. Ou seja, a Ministra Corregedora desse importante órgão está dizendo que é impossível fiscalizar, supervisionar o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Acompanhamos o grande dilema dos servidores do Poder Judiciário no ano passado, na histórica greve de 127 dias. Foi quando entramos em contato com todas essas mazelas, com todas essas contradições, quando conhecemos as entranhas do Poder Judiciário. Tanto é que na época tentamos protocolizar um requerimento para a instalação de uma CPI do Judiciário. Queremos transparência, queremos investigar, acompanhar a execução orçamentária do Poder Judiciário de São Paulo.

Tivemos uma denúncia recente dando conta de que desembargadores e juízes tinham um salário de cinquenta mil reais. Enquanto isso, na outra ponta, os mais de 40 mil servidores com salários aviltantes, os menores salários do funcionalismo público estadual. Por isso que temos uma Justiça morosa, lenta, burocrática e, muitas vezes, ineficiente e até injusta, porque não tem investimento no Judiciário. Existe uma grande desigualdade na distribuição desse orçamento.

Nós, do PSOL, somos totalmente a favor do fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça, e não da redução do seu poder e da sua atuação. Esperamos que o Supremo Tribunal Federal julgue de uma forma correta essa Adin, que foi protocolada por uma associação da Magistratura. Se o Supremo Tribunal Federal aprovar a Adin que reduz o trabalho do Conselho Nacional de Justiça vai dar um passo atrás. Será um verdadeiro retrocesso no nosso processo de democratização, sobretudo no processo de fiscalização e controle do Poder Judiciário.

Como diz a Ministra Eliana Calmon, não podemos admitir que haja no Poder Judiciário bandidos de toga. Isso é muito grave, e é por isso que estamos apoiando integralmente o fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a ilustre presença do Dr. Joseval Peixoto, do Jornal SBT e da Jovem Pan, e do Dr. Edison Aurélio Corazza, acompanhados do nobre Deputado Ed Thomas. Sejam bem-vindos! (Palmas.)

Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença dos alunos da Escola Estadual do Bairro da Água Comprida, de Bragança Paulista, acompanhados dos professores José Carlos Cerqueira, Aline Suelen Vaccari, Vanessa Karen Pinheiro e Maria Regina Simões Barbosa, a convite do nobre Deputado Edmir Chedid. Sejam bem-vindos! (Palmas.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O Sr. Edson Ferrarini - PTB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, boa tarde. Quero cumprimentar os alunos e professores que nos visitam. Eles estão exercendo a cidadania, pois visitam a Casa do Povo. Visitando o Parlamento é que os senhores estão crescendo.

Logo mais, teremos uma reunião dos Líderes da Assembleia Legislativa. Estamos ansiosos por essa reunião, na qual serão discutidos os projetos de aumento relacionados à Polícia Militar, Polícia Civil e ao Sistema Penitenciário. Teremos as informações do Palácio do Governo, que não poderão ser negativas. O deputado faz emendas porque está próximo da base, caminha ao lado das entidades. No meu caso, sou ligado à Polícia Militar, mas a Polícia Civil é co-irmã e temos os amigos do Sistema Penitenciário. O nosso inimigo é o delinquente, a nossa amiga é a sociedade, é o bem-estar da sociedade.

Por isso, estamos aqui pedindo ao Governador que atenda as emendas que fizemos. Cada deputado observou um lado. Por exemplo, a data-base. O projeto veio para cá, por atraso ou qualquer outro motivo, no dia 1º de julho. Mas sabemos que a data-base é dia 1º de abril. Se os professores foram atendidos, com muita justiça, pelo Governador a partir do mês de junho, por que não retroagir isso para a polícia?

Estamos propondo inúmeras situações. Conseguimos o posto imediato depois de tantos anos de luta. Nos três últimos encontros com o Governador, ao lado do Comandante-Geral, pedi insistentemente que o posto imediato fosse atendido. Fomos atendidos. O projeto já está aqui, mas e aqueles 1.341 oficiais que passaram para a inatividade, na fase em que não tinha essa lei? Na mesma tuba, teremos oficiais que têm o posto imediato e oficiais que não têm; oficiais de primeira classe e oficiais de segunda classe.

A Polícia Civil precisa ser atendida nas suas reivindicações. Comprar carro novo é uma obrigação do Governo; comprar uma arma moderna é obrigação do Governo. Mas o maior bem da Segurança Pública é o homem, é a mulher que lá estão. Eles precisam estar tranquilos. Ao saírem de casa, não podem ficar preocupados se o salário ficará dividido entre pagar o aluguel, comprar o remédio do filho ou comprar o material da escola. O atendimento ao homem, na Secretaria de Segurança Pública, é o melhor. Votarei todas as emendas que defendam o policial civil, o policial militar e os funcionários do Sistema Penitenciário. Gostaria que o Governo acatasse essas emendas de bom grado, sabendo da importância delas.

Se tivéssemos que destacar alguma coisa boa nesse aumento, diríamos que não veio sob a forma de abono, aquela forma odiosa de antigamente. Isso já ficou para trás. Mas, cuidado, pensionista e aposentado. Votaremos as emendas para policiais civis, policiais militares e funcionários do Sistema Penitenciário porque é justiça. Esperamos que esse aval venha do Palácio do Governo. Não é para chegar aqui e dizer: “As emendas estão rejeitadas em bloco”. Não é isso que queremos do Governo, não é assim que se trata a melhor Polícia do Brasil, que é a Polícia de São Paulo.

Voltarei à tribuna para tratar dos assuntos da Polícia e de outros assuntos, mas a Polícia é prioridade. Vamos à reunião de líderes. Lá, quero ver o que o Líder do Governo trouxe do Palácio dos Bandeirantes, quais as liberações.

Quero saudar o Presidente do Centro Social dos Cabos e Soldados, que nos visita. Prazer em tê-lo aqui, também reivindicando para a Polícia Militar. Estaremos lado a lado nessa caminhada. (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)

Esta Presidência registra a ilustre visita do Cabo Wilson, inclusive a dos policiais que estão presentes nas galerias. Sejam bem-vindos. (Palmas.).

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, policiais presentes que lutam por um salário justo e que estão se mobilizando - está ali a faixa - em uma advertência ao Governador, pois há um quadro de insegurança com reclamações das mais variadas.

Quero falar da audiência pública realizada em Osasco para discutir o Orçamento do Estado de São Paulo. É a terceira realizada, se não me engano, e demandas foram refeitas porque o Governo do Estado não tem atendido as demandas regionais. Há um grupo de seis demandas regionais que foram rejeitadas na sua totalidade. Encaminhamos uma delas com um grupo chamado Onco-Vida - construção do Centro de Tratamento de Câncer no Hospital Regional. Toda aquela região não possui este tipo de serviço e são três milhões de habitantes aproximadamente. Até destinamos uma emenda na época do Orçamento de quatro milhões, mas ela foi rejeitada. Assim, estiveram lá presentes representantes da Abrea, Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, e também do grupo Onco-Vida ligado à igreja que acompanha os pacientes tanto de hemodiálise como também de quimioterapia, e que deixam as pessoas debilitadas mais em função da necessidade de vir a São Paulo.

Reclamou-se também da canalização do córrego Ribeirão Vermelho, do Rochdale. O Governo Federal concedeu um recurso de 36 milhões, e o Governo do Estado, de seis milhões, em contrapartida. Há até a instalação do canteiro de obra, mas a obra mesmo não sai. A informação é de que o andamento está parado em uma das secretarias - comenta-se que deve ser na do Meio Ambiente - e pedimos uma audiência. No dia da criação do Conselho Regional, no Ibirapuera, encontramos o secretário e eu falei da reunião agendada. Mas até agora isso não foi possível. O Secretário Bruno Covas, do Meio Ambiente, deputado licenciado, deveria no mínimo receber os deputados. Se ele não pode resolver os problemas, que o diga então.

Quero registrar outra audiência cancelada com a Secretaria da Habitação. Pessoas do interior da Região de Bauru, inclusive prefeitos, têm dificuldade em marcar uma agenda. Na véspera da data a audiência é cancelada.

É lamentável que secretários de Estado do Governo, do Meio Ambiente e da Habitação, cancelem audiência de deputados previamente marcada. A da Habitação já há quatro meses. Gostaria que o Presidente desta sessão, Deputado Jooji Hato, passasse o problema ao Presidente efetivo desta Casa para que este assunto seja tratado no Colégio de Líderes, com prioridade. Nós, deputados, não estamos aqui para resolver seus problemas pessoais, mas sim para resolver os da população. É isso que estamos fazendo, e a audiência lá realizada comprovou que o Estado não tem encaminhado as demandas das audiências públicas do Orçamento do Estado de várias regiões. Pelo menos seis demandas foram rejeitadas.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, funcionários, quero comentar sobre o Ano Internacional do Afrodescendente.

2011 - Ano Internacional do Afrodescendente

 

Foi lançado pela Ministra Chefe da Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (Seppir), no dia 21 de março, o Ano Afrodescendente no Brasil.

O lançamento da campanha marcou também os oito anos de criação da Seppir e o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado no dia 21 de março, que lembra as vítimas do massacre na África do Sul, mortas enquanto realizavam um protesto pacífico contra o regime de segregação racial.

O lançamento da campanha no Brasil se justifica pelo alto número da população negra no país, a maior fora do continente africano.

Este ano é a ocasião para chamar atenção para as persistentes desigualdades que ainda afetam esta parte importante da população brasileira.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, 51,1% dos brasileiros se reconhecem como “pretos” ou “pardos”. Isso significa que mais da metade da população brasileira tem descendência africana.

2011 - Ano do Afrodescendente

O Ano Internacional do Afrodescendente foi declarado pela ONU - Organização das Nações Unidas. O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Mum, explicou o objetivo da iniciativa, segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.

Por ocasião do lançamento, o Secretário Geral fez um apelo para que a comunidade internacional se empenhe em garantir aos afrodescendentes direitos fundamentais, como a saúde e a educação.

O Secretário lembrou ainda, as metas de integração e promoção da equidade racial estabelecidas pelos países-membros da ONU na Conferência de Durban, em 2001. O compromisso foi reiterado no ano passado, na Conferência de Revisão de Durban, realizada entre 20 e 24 de abril de 2009, em Genebra (Suíça).

A homenagem aos povos de origem africana foi uma iniciativa da Assembleia Geral da ONU, em reconhecimento da necessidade de combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais.

Os afrodescendentes estão entre as comunidades “mais afetadas pelo racismo” e “enfrentam demasiadas vezes restrição de acesso a serviços básicos, como saúde e educação de qualidade”, afirmou o Secretário Geral da ONU. “A comunidade internacional não pode aceitar que comunidades inteiras sejam marginalizadas por causa da sua cor de pele”, afirmou.

Correios aderem à campanha Igualdade Racial é Pra Valer.

Nas próximas semanas, todas as agências dos Correios terão cartazes da Campanha Igualdade Racial é Pra Valer. A estratégia de divulgação faz parte de um amplo acordo de cooperação técnica, entre a Seppir e os Correios.

A solenidade de assinatura do acordo de cooperação acontece hoje em Brasília.

Além da divulgação das peças publicitárias, as agências, os Correios assumirão uma série de compromissos pela promoção da igualdade racial. Entre eles, a realização de um censo para identificação do perfil étnico-racial de funcionários da empresa; a institucionalização do Fórum dos Direitos Humanos e da diversidade dos Correios; e a divulgação e atendimento de demandas no estatuto da igualdade racial.

Igualdade Racial é Pra Valer

É uma campanha da Seppir, lançada neste Ano Internacional dos Afrodescendentes, para convocar a sociedade a incorporar o movimento pelo fim do racismo no Brasil.

Sr. Presidente, esses dados são muito importantes porque se fala em pesquisas, é normal algum anúncio nas pesquisas sobre as desigualdades e nenhuma providência é tomada. Por isso essa campanha da Seppir em parceria com os Correios e esse ano internacional do afro-descendente declarado pela ONU é muito importante para o Brasil que é um dos países que mais concentra a população negra do mundo, depois do continente africano.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria de fazer um comentário sobre segurança pública no Alto Tietê. Lá faltam homens e viaturas, o que tem sido motivo de reclamações contínuas no rádio, na televisão e nos jornais. A população está assustada, principalmente em Mogi das Cruzes, onde as pessoas ligam para nossa casa para reclamar da falta de policiamento.

Já pedimos ao governador e ao secretário de Segurança Pública mais 200 homens para o 17º batalhão. No 32º batalhão, que é o de Suzano, também faltam homens. No 35º, de Itaquá, a mesma coisa, inclusive o prefeito veio a público fazer a reclamação. Além de faltar homens faltam também viaturas e não se faz o policiamento necessário. Aumentaram os roubos, os homicídios, as biqueiras de drogas, esse mal que há no país em 113%, índice maquiado, provavelmente, pela polícia. Quando o coronel Sales deixou de exercer o cargo 68 homens foram transferidos do 17º batalhão para outros batalhões que não os 32º e o 35º.

Então, só no 17º batalhão faltam 270 homens. Até quando vamos viver essa situação e a população reclamando da falta de segurança, de assaltos e preocupada. A população liga chamando a atenção: deputado, o que se pode fazer? Precisamos de mais homens e mais viaturas na nossa região o mais rápido possível.

Apelamos, então, ao governador, ao secretário de Segurança Pública que dêem uma atenção especial ao Alto Tietê. Não podemos continuar nessa situação de despoliciamento. Não há preventivo, não há ostensivo. As pessoas dizem: “Gondim, peça para vir para cá a Rota. Faça alguma coisa.” Por isso estamos nesta tribuna, hoje, fazendo o mesmo apelo que a população nos faz. Enviem mais homens para nossa região. Enviem mais viaturas. Façam o policiamento. Devolvam os homens que foram transferidos. Não quero saber da burocracia na polícia. Coronel Camilo, a situação é delicada e o Sr. diz que vai esperar formar uma turma para mandar esses homens e essas viaturas para lá, enquanto isso continuamos amargando esse despoliciamento no Alto Tietê.

Então apelamos ao governo do estado que dê uma atenção especial ao Alto Tietê. E isso deve estar acontecendo em outras áreas também, mas lá sentimos muito a falta de policiamento, a falta de polícia preventiva. Há homens no quartel ao invés de estarem fazendo o policiamento. E, quando se liga para o 190, que cai em São Paulo, até podermos dar uma satisfação o roubo já se concretizou. A situação é essa: Olha, está tendo um assalto na minha rua assim. “Quem está reclamando?” Sou eu, o Gondim. Daí dizem: “Vou transferir você para outro setor.” Quando transfere, até chegar a viatura passaram mais de 20 minutos. Então, falta policiamento, falta atenção e faltam viaturas circulando na nossa Região do Alto Tietê. Obrigado Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Por permuta com o nobre Deputado Beto Trícoli, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, amigos da TV Assembleia, hoje é um dia importante para nós, porque hoje teremos a reunião de Líderes, quando receberemos do Governador quais as emendas que ele vai poder nos atender, com relação ao aumento das polícias de São Paulo. Esperamos que sejam muitas delas.

Toda semana alguém morre atropelado, em algum acidente grave. A Polícia Militar usa, no final de semana, 300 homens, de quinta a domingo, para fazer a Operação Bafômetro. Só que desmoralizaram o bafômetro. Nós pegamos o cidadão baseado num acórdão, baseado numa sentença. O cidadão não se submete ao bafômetro, apesar de não parar em pé, e acaba se defendendo. E a Polícia Militar coloca 300 pessoas.

As pessoas criaram o Twitter da Lei Seca. Eles vêem onde está a Polícia Militar e imediatamente - mais de 30 mil pessoas - se comunicam, informam onde está a operação, e os alcoolizados são desviados. A lei existe.

Em relação ainda ao bafômetro, o jornal cita o Edson Celulari como exemplo, e é verdade. Ele diz que já foi parado por 22 vezes, e nas 22 vezes ele se submeteu ao bafômetro, e nada lhe aconteceu. Ele disse que se ele quiser beber, ele bebe em casa. É a maneira consciente de tomar um aperitivo.

Votamos nesta Casa uma lei que não permite o tabaco em ambientes públicos. Aquele cidadão chato, que ficava jogando fumaça na sua cara, isso acabou. Votamos essa lei durante o Governo Serra, e essa lei foi o modelo. O cidadão não pode mais fumar em local fechado.

O que o Ministério da Saúde está fazendo? Não estou dizendo que é um grupo da Souza Cruz, de cigarros. É o Ministério da Saúde. Está pronto um projeto para liberar o fumo em locais fechados. Vejam a maldade: o Ministério da Saúde diz que isso é para compensar o custo do cigarro, que vai ter a alíquota aumentada. Ou seja, para ter o aumento, é como se o Governo fosse o cáften dessa desgraça social que é o cigarro, a maior causa de morte evitável no mundo.

E o Governo, o Ministério da Saúde, agora vai fazer um lobby no Congresso para que seja permitido o fumo em bares, restaurantes e locais fechados. É a volta. É realmente um absurdo. Fica complicado. Você faz a Lei Seca, e avacalham com o bafômetro. O sujeito não para em pé, e depois a Justiça vai dizer que é porque ele estava emocionado. Ele estava aparentemente alcoolizado, tomou remédios e tal, e ele se defende.

Aqui em São Paulo foi lançado um trabalho chamado Coordenação de Políticas sobre Drogas, da Secretária da Justiça. Estive lá, na Sala São Paulo, junto com Andrea Matarazzo, com o Dr. Laco, com a Secretária Eloisa Helena de Souza Arruda. Estou vendo muita abelha e pouco mel. Na ponta da linha, para falar com o nosso estudante, com o nosso menino, ninguém fala.

Parabéns a alguns prefeitos que resolveram fazer esse trabalho: o prefeito de Tapiratiba, o prefeito de Votorantim. Droga não tem partido político. Ele vai além do Proerd, o maior trabalho de prevenção, o único que temos em São Paulo e no Brasil inteiro. O Proerd é um trabalho de prevenção feito por policiais militares. Criei o Dia Estadual do Proerd, e dou todo o apoio que puder.

O que está faltando? O problema da droga, e lido com isso há 40 anos, é que não se consegue resolver através da polícia, porque 80% da droga produzida no mundo chegam aos consumidores. As melhores polícias do mundo, como dos Estados Unidos, da França e Inglaterra, só apreendem 20%.

E o que está faltando nas nossas escolas? Prevenção. É chegar antes da droga, é falar com o nosso aluno, é ter um trabalho elaborado pela Secretaria da Educação. Citei os dois prefeitos - Tapiratiba e Votorantim - que se interessaram por fazer um trabalho de prevenção, orientando os professores. Estive na cidade, trouxe todos os professores, coordenadores, para que conversássemos, e será o maior trabalho de prevenção às drogas no Estado de São Paulo.

Se existe alguém muito omisso na prevenção às drogas, são as prefeituras; nos 5.400 municípios do Brasil, nos 645 de São Paulo, poucos investem na prevenção. Alguns investem bem, parabéns a eles. Mas é o prefeito que tem que fazer na escola, não é prender traficante. Isso é problema da polícia, da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Federal. É preciso falar com o aluno sobre saúde.

O grande problema da droga é que ela se multiplica. Cada viciado, ao longo da vida, vai viciar de cinco a 10 novas pessoas, e por isso o problema se multiplica. A progressão é geométrica. A solução, no meu modo de ver, está na escola e na família. Família é onde se educa o filho pelo exemplo. Escola, onde se leva informação ao aluno. A nossa escola - estou falando da escola do Estado de São Paulo - é omissa. Tem um programa ridículo, que se chama Prevenção também se Ensina.

Parabéns ao prefeito de Votorantim e ao prefeito de Tapiratiba, que resolveram pegar o seu município e dizer: aqui nós vamos falar com os nossos jovens, antes que a boca maldita do traficante o faça. Vão trazer os pais para a escola. Vão trazer as famílias. É assim que se resolve o problema.

Tudo bem, o Governo lançou esse programa, achei muito interessante a Coordenação de Políticas sobre Drogas. Pessoas muito competentes lá estavam, o Dr. Laco, mas falta chegar na ponta da linha, falta chegar ao aluno. Quem vicia é sempre o colega, o amigo. Não existe, em droga, um paciente viciado por um traficante, que o teria obrigado a usar, com um revólver na cabeça. A droga vem pela mão do melhor amigo, em 99% das vezes.

Vamos preparar esse nosso jovem para que ele tenha personalidade para dizer "não quero, estou fora". Isso é que se chama prevenção, é o que falta nos municípios e é o que falta para o Governo de São Paulo. Temos leis aqui, propusemos isto, mas seria necessária vontade política do Governador Geraldo Alckmin. No que diz respeito à prevenção às drogas sinto muito pouca determinação, sinto quase nenhuma determinação. Resultado: se cada viciado representa de 5 a 10 novos viciados ao longo da vida, vamos ter essa progressão continuando. Por isso que aumenta tanto o número de viciados.

A solução está na família. Pai, você que está me ouvindo, se você quiser receber um conjunto de informações completo de graça, entre no meu site, pode ligar no meu gabinete e você vai receber na sua casa toda a orientação para falar com seu filho. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

          O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Há uma permuta entre o nobre Deputado Gerson Bittencourt e o nobre Deputado Marcos Martins. Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna para a voltar ao tema da realização de audiências públicas regionais. Ontem, foi na Cidade de Osasco.

Hoje recebemos, na Comissão de Saúde, o Prefeito de Jaguariúna, que veio prestar informações a respeito da saúde em seu município. É uma cidade que conseguiu zerar a mortalidade infantil e foi premiada pela ONU.

A audiência pública na Cidade de Osasco teve bastante representatividade de toda a região. Mas a primeira coisa a constatar é que as emendas sugeridas não foram acatadas pelo Sr. Governador. Para zerar a mortalidade infantil, precisamos de várias ações preventivas. Há um córrego chamado de Ribeirão Vermelho que precisa ser canalizado. É um córrego poluído, um esgoto a céu aberto que atinge uma parte da capital, outra parte de Osasco. E está parado nas secretarias. Fui informado de que estaria parado na Secretaria do Meio do Ambiente. Ainda não conseguimos marcar esta reunião com o Secretário Bruno Covas. Estou insistindo nisso. Não é possível que demore tanto tempo para uma reunião com o deputado, afinal de contas, ele esteve aqui junto conosco e canalização de um córrego significa um problema de saúde pública, que atende parte da Cidade de São Paulo e parte da Cidade de Osasco.

Outra demanda não atendida até agora, estivemos na EMTU cobrando a construção de um terminal rodoviário no Jardim Munhoz, na Cidade de Osasco.

Além disso, reivindicamos um centro de tratamento do câncer para atender a aproximadamente três milhões de habitantes. Nenhuma cidade daquela região tem, já foram feitas 50 mil assinaturas, dois anos atrás, levamos para a Casa Civil, tivemos reunião com o antigo Secretário da Saúde Dr. Barradas e, depois, quando esse secretário tomou posse, estivemos cobrando dele, levamos uma comissão de moradores, vereadores, ele disse que a região comportava, que era importante. Quando ele esteve aqui na Comissão de Saúde, falou de descentralizar os atendimentos. Mas o problema ainda continua.

Reiteramos novamente nessa audiência pública a necessidade da construção desse centro de tratamento do câncer para atender àquela região, cujo índice de incidência tem aumentado. Temos lá um passivo, a indústria do amianto. A Eternit, a maior fábrica da América Latina, deixou um legado de ex-trabalhadores e esposas de ex-trabalhadores - pelo menos dez já tiveram problema constatado, pois lavavam a roupa do esposo. Então, é um legado que temos de dar atenção. Estamos reiterando essa demanda.

As demandas regionais precisam ser atendidas. A audiência pública de Osasco estava lotada, mas se não tiver retorno, possivelmente a população começa a tomar outros caminhos para mudanças e a não acreditar mais nisso, pois é a segunda ou terceira vez que isso entra em debate. É uma cidade que sofre as consequências do não cumprimento das obrigações do Rodoanel, que tinha que cuidar, por exemplo, das marginais, construir uma marginal até a Raposo Tavares para aliviar o trânsito da cidade, não foi feito, construir barreiras acústicas ao longo da sua margem, acabou fazendo um muro num pequeno trecho na região de Alphaville, mas tem muita gente sofrendo, que não consegue dormir à noite por causa do barulho.

Aliás, implantaram pedágios no Rodoanel que parecem mais uma barreira de trânsito, onde se formam um amontoado de trânsito. Provavelmente uma boa parte da quilometragem do trânsito na Cidade de São Paulo é do Rodoanel, pois aquelas cabines não comportam, desviam o trânsito para dentro das cidades, prejudicam a pavimentação asfáltica, além de um monte de consequências. Seria uma obra para aliviar o trânsito das cidades, fazer uma ligação entre as rodovias, mas não cumpre essa tarefa. Sei que houve bastante debate quanto ao Trecho Sul recentemente com os colegas deputados. Olhem bem, eles acabam não concluindo a obra, podem inaugurar antes da hora e a população vai sofrer muito.

Cedo um aparte ao nobre Deputado João Paulo Rillo.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - Nobre Deputado Marcos Martins, o Deputado Edson Ferrarini fez uma constatação dizendo que o Ministério da Saúde está com um projeto pronto para liberar fumantes em lugares fechados. Não quero criar nenhuma polêmica gratuita com ele, mas isso não existe. Existe um relator com uma posição, não existe posição oficial ainda do Ministério da Saúde. Gostaria de fazer as devidas correções. Da forma como S. Exa. disse a impressão é de que a lei que existe hoje no Estado de São Paulo seria transgredida por uma outra posição do Ministério da Saúde, o que não é verdade. Talvez S. Exa. tenha se expressado de maneira errada, ou está desinformado. Não existe posição do Ministério da Saúde.

 

O SR. Marcos Martins - PT - Aliás, o que o Ministério da Saúde tem feito nos últimos tempos é também enfrentar esse problema do câncer, investindo pesadamente na criação de espaços.

É correto, não há nada, a não ser que a pessoa tenha uma coisa escrita oficialmente que nos mostre. Pelo menos, desconhecemos. Certamente, isso não ocorrerá porque o Ministério da Saúde está atento às políticas preventivas da Saúde Pública. Podemos já descartar essa possibilidade. Quero deixar um abraço a todos que nos ouviram até este momento.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Esta Presidência registra a ilustre presença do ex-Deputado Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, atualmente Prefeito de Tatuí. Seja bem-vindo! (Palmas.)

 

O SR. João Paulo Rillo - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de pedir uma salva de palmas para o Prefeito de Tanabi, José Francisco. De ofício, ele é delegado de Polícia, mas está afastado e acompanha a tramitação dos projetos relacionados à sua categoria. (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Seja bem-vindo, ilustre Prefeito. Há uma permuta entre o nobre Deputado Milton Leite Filho e o nobre Deputado Itamar Borges, o melhor Prefeito de Santa Fé.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR- Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, quero cumprimentar todos os colegas e todas as colegas, em nome da Deputada Vanessa Damo.

Assomo à tribuna para registrar um ato e uma ação desta Casa de Leis, ocorridos na última semana, com relação à Frente Parlamentar de Combate à Guerra Fiscal. Na sequência da fala do Deputado Marcos Martins, Presidente da Comissão de Saúde, quero dizer que temos tido importantes momentos. A nossa expectativa é muito grande com relação à Emenda 29, que ainda não nos dá a segurança de que precisamos. Ela propõe algumas situações de melhoria, mas ainda não dá a garantia de que precisamos no tocante à melhoria do financiamento da Saúde Pública neste País.

É claro que o Senado está com esse tema na mão. Será muito importante que todos atuemos no sentido de mobilizar, de pedir, de reivindicar, de cobrar, de apelar ao Congresso Nacional, em particular ao Senado, que aprove essa emenda para contemplar efetivamente a Saúde Pública e resolver o seu maior gargalo: os hospitais filantrópicos e as Santas Casas.

O telespectador que nos acompanha sabe do que estou falando, o quanto os hospitais filantrópicos e as Santas Casas, que atendem a grande maioria da população deste País, necessitam de mais recursos e investimentos. Isso só vai acontecer com uma parceria, pela qual o Governo do Estado continue a ampliar o que vem fazendo gradativamente e o Ministério da Saúde, da mesma forma, complemente e destine um financiamento maior que remunere os serviços hospitalares de uma forma mais justa.

Tenho certeza de que o eco desta Casa e das Casas de todos os estados, tanto das assembleias legislativas como das câmaras municipais, repercutirá no Congresso Nacional e garantirá que possamos, com muita responsabilidade de todos nós que representamos o povo paulista, e dos que representam o povo brasileiro no Congresso Nacional, com urgência, equacionar este problema que vive momentaneamente a Saúde.

Vejo aqui constantemente os Deputados Jooji Hato, Ulysses Tassinari, Sebastião Santos, Milton e Marcos Martins, que é o presidente da Comissão, falarem sobre o quanto tem sido a expectativa e a necessidade de que alguns temas sejam específicos. Por exemplo, a questão do crack. Falava ainda a pouco com o Deputado Jooji Hato, que tem defendido que quando se investe em Segurança, consequentemente diminuem os problemas e os gastos em Saúde, se assim podemos dizer - eu concordo com o Deputado Jooji Hato. Mas também temos que pontuar todas essas ações, seja no orçamento, seja nas políticas públicas. Temos que estar presentes, para que possamos dar a nossa contribuição na formação da melhor política pública do financiamento da Saúde pública e do apoio aos hospitais filantrópicos e das nossas Santas Casas.

Aliás, o Ministro da Saúde está para vir a esta Casa, para atender a Comissão de Saúde, a Frente Parlamentar de Combate ao Crack e também a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, que nós presidimos.

Quero também dizer que tive o privilégio, acompanhado do meu colega Deputado Jooji Hato, de participar, no último dia 15, em Brasília - onde estavam presentes o Secretário da Fazenda Calabi e o Governador Geraldo Alckmin -, de um encontro interestadual, federativo, da conscientização e do combate à guerra fiscal. Estavam lá os governadores de Pernambuco, do Espírito Santo, o ex-chefe da Receita Federal, Everardo Maciel, entre tantas outras autoridades. Esse evento foi presidido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Naquela oportunidade, o Governador Geraldo Alckmin marcou o posicionamento do Estado. Nós temos nesta Casa uma frente parlamentar, lançada pelo Presidente Barros Munhoz, com a presença da Fiesp e de tantas autoridades que aqui estiveram, representando o segmento produtivo e o setor de geração de emprego e renda.

Hoje temos a missão de conduzir, ao lado do Deputado Marcolino, e com o apoio desta Casa, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo e da Guerra Fiscal, de buscar propostas. E na volta de Brasília, o Governador Geraldo Alckmin colocou que quer receber sugestões e contribuições, e que o Estado tem algumas ações efetivas que vem acontecendo no sentido a esse enfrentamento. Uma delas é a Nossa Caixa Desenvolvimento no financiamento, com juros subsidiados, nas mesmas condições que o BNDES, para investimentos aqui em São Paulo, de distritos industriais, empresas, equipamentos, capital de giro, que vão de 24 meses até 120 meses - de dois anos até dez anos - com até três anos de carência.

Um outro ponto importante do Estado de São Paulo, é a Investe São Paulo, a agência de fomento para o investidor que procura o nosso Estado. É um banco de investimento, que na verdade recepciona o investidor interessado em aqui investir e implantar o seu negócio, para gerar emprego e renda, para que possa analisar as propostas ou as condições que são oferecidas pelos demais estados, para que possamos dar a proposta do Estado de São Paulo e aqui segurar os empregos e as empresas.

Sou contra, acho que isso não leva os estados nem o País a nada. Mas enquanto os outros estados continuam praticando esta ação que momentaneamente leva uma empresa para lá, mas que no futuro gera problemas e necessidade de investimento de recursos públicos, tanto na questão social, como na questão de se suprir na Saúde e na Educação a falta daquele recurso da iniciativa privada, enquanto isso não acontece, enquanto o Supremo ainda julga - mas julga hoje e amanhã o estado vizinho reedita uma nova lei para que a empresa continue ou para que outras possam vir -, enquanto esta questão não se resolve, São Paulo precisa enfrentar e ser agressivo no sentido de propor políticas de incentivo, assegurar e atrair investimentos.

Temos conduzido esse bastão com o apoio da Frente Parlamentar da Guerra Fiscal desta Casa. Fui Prefeito de Santa Fé do Sul, a 15 km do Mato Grosso do Sul, 50 km de Minas Gerais e 80 km de Goiás. Esses Estados vizinhos ofereceram incentivos, levando empresas e empregos. Vivi na pele esta guerra que hoje não se localiza apenas nas fronteiras, mas que está espalhada por todo o Estado, inclusive na Capital. Há duas semanas, o prefeito e uma comitiva do Presidente Epitácio trouxeram a preocupação do Frigorífico JBS, que foi para Mato Grosso deixando 1,2 mil de desempregados.

Estou muito confiante. Meus cumprimentos ao Governador Geraldo Alckmin pelas ações que tem proposto pelo Estado, como a Invest São Paulo, e também pela Nossa Caixa Desenvolvimento. Conversei bastante com Calabi e o Governador deu sinal verde. É importante que a Secretaria da Fazenda esteja disposta a discutir as questões tributárias. A Secretaria da Fazenda deu sinal de que discutirá a questão tributária, com incentivo, se necessário, para atrair, assegurar e enfrentar. É uma guerra que enfrentamos e ela nunca terá vencedores, mas sim perdedores. Porém, os prejuízos têm de ser amenizados e reduzidos com políticas públicas.

Deixo este meu registro e o meu pedido para que a Secretaria de Fazenda programe e crie novas políticas e ações e possamos ficar de igual para igual para assegurar, atrair novas empresas e gerar novos empregos no nosso Estado. Cumprimento o colega parlamentar, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Vereador José Police Neto, que participou da Comissão de Finanças e Orçamento, e que agora visita a nossa Mesa. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência tem a honra de registrar a visita do ilustre Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, a maior do Hemisfério Sul, Vereador José Police Neto. Seja bem-vindo. (Palmas.).

Tem a palavra a nobre Deputada, por permuta do nobre Deputado Carlos Cezar com este Deputado Jooji Hato e que cede o seu tempo, Vanessa Damo.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, que esteve comigo na audiência pública da Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa falando sobre as questões da Capital - que seja muito bem-vindo -, telespectadores da TV Assembleia, venho a esta tribuna porque sou autora da CPI que foi protocolada e precisa ser instalada rapidamente. É a CPI da Eletropaulo, extremamente pertinente e acima de qualquer questão partidária. Infelizmente, existe muito desrespeito ao consumidor do Estado de São Paulo no que se refere à energia elétrica. Este ano tivemos vários apagões no Estado de São Paulo e na Região Metropolitana, afetando diretamente a vida do cidadão.

Queremos colocar o dedo na ferida, fazer investigação, cobrar melhorias no sistema e, principalmente, dar um retorno à população. Porém, a minha CPI que foi protocolada, mas que não foi ainda instalada, está na fila de espera na Assembleia Legislativa, e aí utilizo-me desta tribuna para que os líderes partidários desta Casa, na reunião do Colégio de Líderes, se compreenderem a necessidade de uma mudança no Regimento Interno, que ela seja feita para que possamos colocar rapidamente esta CPI em funcionamento para dar uma resposta à população de São Paulo, que clama por justiça. Esta é a minha reivindicação.

Passo a ler o artigo que fala de forma aprofundada sobre os apagões, de Washington Santos (Maradona), Presidente da Associação dos Operadores do Estado de São Paulo:

Apagões em São Paulo, de quem é a culpa? Falha humana?

Durante a última semana de julho deste ano, uma frase triste, mas conveniente para alguns, novamente foi utilizada para tentar justificar ou esclarecer alguns fatos lamentáveis; "houve falha humana". Frase esta utilizada no relatório sobre a queda de um avião, que vitimou mais de duas centenas de seres humanos e também pelo secretário de energia sobre os apagões ocorridos este ano, provocados por uma ineficiência do sistema de transmissão da Cteep.

Não se trata de negar que falhas humanas podem ocorrer, mas acima de tudo relembrar que, é dever dos governantes e das instituições "reguladoras" dos serviços essenciais de fornecimento de energia elétrica, dar condições e zelar para que os consumidores não sejam penalizados por uma atuação voltada ao maior lucro possível, no menor espaço de tempo das concessionárias do setor elétrico paulista.

Conforme matéria publicada pelo jornal Diário de São Paulo em 30/07/2011, o secretário de energia afirmou que “Essa gente age sobre a impunidade. O consumidor não é o fim, mas um meio para eles faturarem. Temos de ter condições preventivas, de atendimento e de resolução de problemas”. No parágrafo seguinte, a matéria afirma que “Para ele, também houve falha humana, já que os três transformadores foram desligados quando um deles apresentou defeito”.

A crítica contundente do secretário é pertinente, porém defasada em termos de tempo e carente de medidas e ações voltadas para a retomada da qualidade do fornecimento de energia elétrica; para corroborar esta visão classista e com certeza de outros segmentos sociais vamos relembrar alguns acontecimentos:

O setor elétrico paulista era tachado de ineficiente e oneroso, e que a solução seria a privatização deste serviço essencial. Apesar de inúmeras críticas das entidades representantes dos trabalhadores e de outras organizações civis, o governo do PSDB levou a cabo, de forma açodada e inconsequente, o PED; quem comandava este programa era o atual governador, que também se mostra indignado com o descaso das concessionárias e pede multas severas.

Os apagões têm apresentado um incremento na sua frequência há alguns anos, no entanto, as esferas federais e estaduais não têm demonstrado efetividade, no sentido de tomar medidas que eliminem estas nefastas ocorrências, através da Aneel e da Arsesp (entidades reguladoras).

Após a privatização do setor elétrico paulista, ocorreu uma irresponsável redução do contingente de trabalhadores, o que comprometeu a preservação da memória técnica do setor, jogou milhares de profissionais na vala discriminatória do desemprego e afetou milhões de consumidores.

A atuação das entidades reguladoras tem sido alvo de críticas e, mesmo assim, continuam com o seu quadro de pessoal defasado. Apesar da composição tripartite, como é o caso da Arsesp, os interesses da maioria da população é defendido por uma minoria no conselho da entidade. As multas aplicadas, além de valores insignificantes comparados ao faturamento das empresas, são alvos de incontáveis recursos e TAC (Termos de Ajuste de Conduta), que infelizmente não dão a necessária agilidade ao processo de melhoria da qualidade dos serviços prestados. Não seriam estas, algumas indicações de apagão do compromisso com o povo?

As empresas se defendem alegando que têm feito fortes investimentos na modernização do setor, que ocorrências climáticas também causam apagões, etc.; ora, será que estes investimentos são suficientes? Estão sendo feitos de forma correta? Podemos pensar que neste caso também pode ter ocorrido uma “falha humana”?

É preocupante que, além de problemas com a distribuição de energia (em especial a AES Eletropaulo), também ocorram apagões no sistema de transmissão de energia sob a responsabilidade da Cteep, cujo capital majoritário é colombiano; cabe lembrar que nem todas as ações implementadas na Colômbia, também solucionem os problemas de nosso Estado. A Cteep foi alertada pelos representantes dos trabalhadores, sobre os riscos de implantação dos programas POO e POM (Programas de Otimização da Operação e da Manutenção), nos mesmos moldes da ISA.

Redução indiscriminada do quadro de funcionários, sensível acréscimo de responsabilidades, sem o devido reconhecimento profissional e/ou financeiro, instituição da polivalência, sem os cuidados com a capacitação e segurança dos trabalhadores e consumidores. São medidas que, ao longo do tempo, vão corroendo a eficiência do setor elétrico paulista. Alguém se lembra de tantos apagões em nosso Estado antes da privatização? Nunca é demais perguntar sobre o compromisso com o povo consumidor, ou mais uma vez vamos nos dar por satisfeitos com mais uma "falha humana"?

No caso específico da operação e manutenção do sistema de transmissão da Cteep, os milhares de equipamentos das subestações apresentam inúmeras e diferentes características. Portanto, a curva de aprendizagem de um profissional da operação ou da manutenção, não poder ter seu tempo reduzido, de modo a comprometer a qualidade do serviço prestado e a segurança dos trabalhadores envolvidos.

Senhores deputados, vivemos tempos em que a população tem maior acesso à informação e, a cobrança de maior transparência e responsabilidade na administração pública é uma tônica nos veículos de comunicação e nos anseios dos cidadãos, pelos senhores representados. Portanto, não há espaço para a omissão, o Brasil vive um processo de passar a limpo a postura de seus governantes. O compromisso com o nosso povo está acima dos interesses imediatistas, e desprovidos de visão social de algumas empresas. A dignidade da classe política deve ser resgatada na sua plenitude, o que significa apurar todos os atos lesivos aos cofres públicos, apontando e punindo os responsáveis, ressarcindo o erário público, que deve estar a serviço de toda a sociedade e não somente beneficiar prioritariamente segmentos privilegiados pelo poder econômico e político. Este é o momento de tratarmos as claras os reais motivos dos apagões em nosso Estado, sejam eles de energia elétrica e/ou de compromisso com o nosso povo.

Washington Santos (Maradona) - Presidente Associação dos Operadores do Estado de São Paulo

Tel.: (11) 8292-4058 / 3331-2684

Portanto, Sr. Presidente, faço minhas as palavras do Maradona, e mais uma vez saliento a importância de esta Casa de leis instalar o mais rápido possível a CPI de minha autoria, a CPI da Eletropaulo, para investigar e dar resposta aos consumidores que veem sendo lesados durante o ano com apagões e problemas de ineficiência de eletricidade em nosso estado.

 

A SRA. ANA DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Quero cumprimentar todos, nesta tarde, o Sr. Presidente, os munícipes e dizer que na sexta-feira estive em Ribeirão Preto, em uma audiência pública, junto com os vereadores, as entidades da região e sindicato dos médicos, dos enfermeiros. Estivemos presentes na audiência pública, eu e o Deputado Rafael Silva, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, onde discutimos a questão da greve dos médicos do HC que já completa 3 meses. Nessa audiência tiramos, em comum acordo com as entidades, um comitê em defesa do HC composto por representantes das entidades, pelos funcionários do HC, pelo vereador da Câmara Municipal, por mim e pelo Rafael Silva. Gostaria de fazer aqui um apelo aos nobres Deputados desta Casa no sentido de que dêem um pouco mais de atenção à grave dos médicos do Hospital das Clínicas. Por quê? Porque a população está sendo prejudicada e os trabalhadores também, porque, ganham baixos salários, não têm nenhuma condição de trabalho e isso é um descaso por parte do governo.

Gostaria que esta Casa prestasse um pouco mais de atenção a essa greve do HC. Já disse na semana passada e hoje volto a esta tribuna para dizer que gostaria que os deputados ajudassem, interviessem junto ao governo para ele atender às reivindicações dos funcionários do HC. É muito difícil ver um hospital do porte do HC entrar para mais de 3 meses de greve, a população prejudicada e os trabalhadores também, porque eles não estão em greve porque querem, mas porque não têm condição de trabalho. Os salários são baixos e diferenciados, e o governo não dá atenção.

Deixo, então, esse apelo. Haverá uma reunião ainda esta semana e o Dr. Ulisses, que faz parte da diretoria do Sindicato dos Médicos irá comunicar. Se mais deputados puderem compor o comitê será muito importante. Ele está aberto à participação de todos os deputados. É uma defesa do HC que já vem sofrendo desmando há vários anos.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Vanessa Damo.

 

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A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO - PMDB – Cumprimento a nobre Deputada Ana do Carmo, salientando que V.Exa. foi muito elogiada no Hospital Mário Covas, em Santo André, pela contribuição em relação à saúde e ao investimento no hospital. Cumprimento V.Exa. por essa bandeira da saúde, que é extremamente importante.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - PELO ART. 82 - Caríssima Presidente desta sessão, nobre Deputada Vanessa Damo, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores venho a esta tribuna hoje para mostrar uma reportagem do dia 25 de setembro: “Center Norte sofre ameaça de fechar desde a inauguração.” Na verdade fala-se da quantidade enorme de gás expelida pelo subsolo do Center Norte, um dos maiores shoppings da cidade e eu diria que do País. É muito grande! O prefeito Mário Covas inaugurou o shopping junto com o proprietário Otto Baumgart, falecido no ano passado. Eu também estive lá.

Participei de uma CPI, como presidente, e vejo a importância de uma CPI desde que ela não acabe em pizza. Muitos falam que as CPIs acabam em pizza, não dão em nada. A CPI que presidi deu grandes resultados. Claro que não é no momento. Estive lá em 2002 e em 2003. Estamos em 2011. Dizem que a justiça tarda, mas não falta; dizem que CPI bem feita e acredito que foi uma CPI que presidi com muito esforço, com muito trabalho e com muita dedicação e só estamos colhendo resultados agora, depois de 10 anos. Essa CPI, das áreas contaminadas de São Paulo, me levou até Interlagos onde existiam três galpões sendo que dois galpões foram demolidos e levados para Itaquera. Infelizmente não tive tempo hábil de localizá-los porque minha CPI se extinguiu, e não pude criar uma nova CPI.

Nesses galpões existiam substâncias tóxicas e radioativas, como, tório diferentemente do Center Norte que possui gás metano, esses galpões expeliam radônio, substância altamente radioativa e cancerígena. Estive no Center Norte e constatei que existiam algumas saídas no subterrâneo. Aquilo era um lixão, um terreno invadido da prefeitura, que possui praticamente onze alqueires. Sobre esse terreno foi construído o Shopping Center Norte, que até hoje exala gás metano, e o pior, todo lixão produz o chorume, substância altamente nociva a saúde, que pode atingir o lençol freático. O Shopping Center Norte foi construído sobre terreno pantanoso e próximo ao rio Tietê, o que propicia a contaminação do lençol freático.

Algumas vezes o ser humano utiliza a água superficial desse lençol freático contaminado, como aconteceu no Parque Novo Mundo, onde descobri que ao lado de vários tanques de combustível armazenados em um cemitério de ferro velho, existiam hortaliças. A mesma coisa acontece no Shopping Center Norte: onde muitos moradores, pobres e que não possuem saneamento básico fornecido pela Sabesp, ficam doentes por usarem uma água contaminada pelo pântano, brejo e lençol freático superficial. Essas pessoas mais pobres não possuem recursos para se tratar quando são atingidas pelo câncer, por exemplo, e acabam enfileirados e morrendo nas filas dos hospitais.

Para finalizar, minha cara Presidente Vanessa Damo, digo que, fizemos uma CPI com muito trabalho e com muita dedicação. As CPIs são muito importantes para ajudar o próprio Governo e ajudar a sociedade, pois o Governo representa o povo e ajudando o Governo estaremos ajudando a população e vice-versa. Assim sendo essa CPI foi muito benéfica e estaremos esclarecendo essas dúvidas com o decorrer do tempo. Muito obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - PELO ART. 82 - Sra. Presidente Vanessa Damo,Sr. Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, hoje utilizo esse tempo na tribuna para trazer um fato que ocorreu na Região Noroeste referente a um requerimento à Artesp e as concessionárias da Rodovia Washington Luis, porém outro assunto que me veio pela data é o aniversário da Rede Record de Televisão.

Quero parabenizá-la porque hoje ela completa 58 anos no Brasil, sendo a mais antiga emissora de TV em atividade em nosso país. Para lembrá-los, em 27 de setembro de 1953 nasceu a Rede Record de Televisão, fundada pelo empresário Paulo Machado de Carvalho. No final da década de 1980 a emissora foi vendida para o Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, que conseguiu através de um projeto empresarial audacioso, salvar a pequena emissora que quase estava falida.

Hoje a Rede Record é um dos principais veículos de comunicação do nosso país. Saliento que desde 2007 ela tem conseguido índices fantásticos e com seus índices assume a posição de segunda emissora mais assistida do Brasil e a caminho da liderança. A emissora consegue ultrapassar não só o SBT que estava em segundo lugar, mas também consegue chegar à liderança de audiência em nosso país em várias faixas de horários, conquistando a liderança por mais de 4.100 minutos mensais.

Quero parabenizar a todos os funcionários da Rede Record de Televisão, ao seu presidente Alexandre Raposo, aos diretores e a todos que compõem a família Record de Televisão. Parabéns a vocês por mais um ano e que vocês possam continuar a busca do primeiro lugar, não apenas esses 4.100 minutos conquistados até então, mas conquistar o primeiro lugar com matérias brilhantes, com fatos para o nosso país e para ajudar essa Nação ser uma nação realmente abençoada. A todos os que compõem a Rede Record de Televisão, o nosso parabéns dessa Casa e desse Deputado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Sebastião Santos e suspende a sessão até as 17 horas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 28 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e um minuto, sob a Presidência do Sr. José Cândido.

 

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O SR. ALENCAR SANTANA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Alencar Santana e suspende a sessão por 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e dois minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença do Vereador Marcelo Bordin, do Município de Orlândia. A S. Exa. as homenagens do Poder Legislativo. (Palmas.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado João Antonio e suspende a sessão por 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e 32 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 13 minutos, sob a Presidência do Sr. Celso Giglio.

 

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O Sr. Presidente – CELSO GIGLIO - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Srs. Deputados, há sobre a mesa os seguintes requerimentos: “Nos termos do artigo 35, da XIV Consolidação do Regimento Interno, requeiro a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar da semana jurídica do curso de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Unesp, no próximo dia 30 de setembro de 2011, que será realizada não cidade de Araraquara.” Assina o deputado Adriano Diogo, com número regimental de assinaturas.

Em votação. Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como estão. (Pausa.) Aprovado.

Requeiro, nos termos do artigo 35, da XIV Consolidação do Regimento Interno, a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar do evento ‘O trabalho do parlamento e os desafios sociais da América Latina’ a realizar-se no período de 3 a 6 de outubro de 2011 em Santiago do Chile, cujo convite anexo ao presente. Informo que as despesas correrão às minhas próprias expensas sem ônus para o Poder Legislativo.”

Assina o Deputado Carlos Bezerra, com número regimental de assinaturas.

Em votação. Os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do artigo 26, do Código de Ética e Decoro Parlamentar esta Presidência colocará em votação as indicações para o cargo de corregedor e corregedor substituto da Assembleia Legislativa para um mandato de 2 anos.

Em votação o nome da Deputada Célia Leão como corregedora. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o nome do Deputado José Bittencourt como corregedor substituto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Cumprindo, dessa forma, o que dispõe o artigo 26 do Código de Ética e Decoro Parlamentar, a nobre Deputada Célia Leão e o nobre Deputado José Bittencourt estão eleitos para a Corregedoria Parlamentar desta Casa para os próximos 2 anos.

Esta Presidência recebeu, nesta data, a renúncia do Deputado Ary Fossen como membro efetivo do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pelo PSDB. Assim, observada a indicação pelo partido do nobre Deputado Cauê Macris, submeto à votação pelo PSDB o nome do Deputado Cauê Macris, como membro efetivo.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. Aprovado.

 

O SR. ALENCAR SANTANA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre os líderes peço o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - É regimental.

Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 18 horas e 17 minutos.

 

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