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28 DE SETEMBRO DE 2011

109ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: BALEIA ROSSI

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - SEBASTIÃO SANTOS

Tece comentários sobre projeto de lei, de sua autoria, que visa à orientação de mulheres grávidas sobre os malefícios provocados ao feto quando a gestante consome bebida alcoólica. Enumera possíveis problemas de saúde a que estão sujeitas as crianças geradas nessas condições. Mostra reportagem sobre o assunto. Ressalta o alerta simbólico que deverá ser inserido em produtos alcoólicos.

 

003 - MARCOS MARTINS

Aborda discussão, em reunião da Comissão de Obras, sobre o recente acidente na Rodovia dos Imigrantes, que envolveu cerca de 300 veículos. Critica a Ecovias, pela isenção de responsabilidades diante do ocorrido. Sugere que o problema seja apurado, a fim de se punir os responsáveis.

 

004 - EDSON FERRARINI

Discorre acerca de projeto, do Executivo, que prevê o reajuste salarial para policiais. Destaca propositura, de sua autoria, que determina o agendamento imediato de exames médicos a pacientes em tratamento pelo SUS. Lamenta que a lista de espera para exames de coração no Incor, por exemplo, demorem até dois anos. Critica os critérios de gerenciamento de equipamentos médico-hospitalares.

 

005 - JOSÉ CÂNDIDO

Fala sobre sua participação em evento, em Águas de Lindoia, intitulado "O compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil". Cita autoridades presentes na ocasião. Enfatiza a representatividade de sua cidade, Suzano, no ato. Enumera os temas debatidos durante o encontro. Destaca problemas vivenciados pelos idosos. Informa a realização, em Suzano, dia 26/09, da 3ª edição do Guia do Idoso.

 

006 - MARCO AURÉLIO

Pronuncia-se sobre denúncia, pela mídia, de possível venda de emendas parlamentares. Lembra veto do Governador, à emenda proposta pela bancada do PT, em 2006, para a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Defende a derrubada do veto por este Parlamento. Explica que a inserção das emendas, no portal da Alesp, promoverá a transparência no processo.

 

007 - DONISETE BRAGA

Cita matéria, publicada no jornal "Folha de S. Paulo", sobre ultimato da Prefeitura da Capital ao Shopping Center Norte. Acrescenta que o conglomerado de empresas, formado também por um supermercado e um shopping de móveis, terá até sexta-feira próxima para resolver a questão do vazamento de gás metano. Questiona a Cetesb pela forma diferenciada com que trata os envolvidos em crimes ambientais. Cobra medidas urgentes do Poder Público sobre o caso.

 

008 - HAMILTON PEREIRA

Comenta agenda política realizada em várias cidades do Sudoeste paulista. Elogia a gestão de assentamentos visitados em Itaberá. Informa que recursos oriundos dos Governos Estadual e Federal têm promovido o estímulo à produção agrícola dos assentados. Elogia o Programa de Aquisição Direta do Produtor, que fornece alimentos para a merenda escolar. Enfatiza o Programa Escola da Família que, aditou, está em pleno funcionamento em escola estadual visitada.

 

009 - LUIZ CARLOS GONDIM

Agradece o Governador Geraldo Alckmin e o Secretário Estadual de Transportes e Logística, Saulo de Castro Abreu Filho, pela duplicação de trecho da Rodovia Mogi-Dutra, que liga a Rodovia Ayrton Senna a Arujá. Reivindica a duplicação da SP-56, de Itaquaquecetuba a Arujá. Apresenta argumentos que justificariam a melhoria. Discorre sobre a luta contra as drogas. Cita projeto, de sua autoria, sobre o assunto. Pede providências quanto a ações preventivas voltadas a adolescentes.

 

010 - CARLOS GIANNAZI

Comenta declarações da Ministra-Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon. Manifesta apoio à análise crítica do Poder Judiciário no Brasil, feita pela autoridade. Destaca apontamentos dela contra o Tribunal de Justiça de São Paulo. Combate a falta de punição a juízes. Critica setores da Magistratura, que se opuseram aos comentários da Ministra. Fala de CPI proposta, nesta Casa, para debater problemas do Judiciário.

 

011 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

012 - JOOJI HATO

Parabeniza a Cetesb pelas medidas tomadas a fim de impedir o funcionamento do Shopping Center Norte. Lembra que o estabelecimento comercial foi construído sobre área contaminada. Recorda o trabalho de investigação realizado por CPI da Câmara Municipal de São Paulo acerca do tema. Comenta relatório, divulgado pela Organização Mundial da Saúde, no qual constata-se que os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro possuem altos níveis de poluição. Menciona áreas da cidade de São Paulo afetadas por contaminações diversas. Defende maior consciência ambiental. Lamenta contaminação química ocorrida na cidade de Cubatão (aparteado pela Deputada Telma de Souza).

 

013 - MARCO AURÉLIO

Para comunicação, informa que dia 29/9, às 14 horas, deverá ocorrer reunião da Comissão de Ética desta Casa, a fim de apurar denúncias sobre a venda de emendas parlamentares. Parabeniza a Deputada Telma de Souza por seu aniversário, que se dará amanhã.

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Informa que protocolou pedido de abertura de investigação, na Comissão de Ética desta Casa, a respeito de denúncias sobre a venda de emendas parlamentares. Comenta projeto de lei, de sua autoria, que visa proporcionar maior transparência à tramitação de emendas. Pede investigação das possíveis irregularidades pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Defende a abertura de CPI, proposta pelo PT, a fim de apurar o caso. Apoia a aprovação da Emenda Constitucional nº 29, que versa sobre os investimentos na Saúde pública.

 

015 - ORLANDO BOLÇONE

Comenta a realização de audiências públicas, por iniciativa da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento deste Legislativo, a respeito do desenvolvimento regional do Noroeste Paulista. Tece comentários acerca das particularidades da região. Destaca a relevância do Plano Plurianual para a geração de empregos e para o desenvolvimento da localidade. Defende a distribuição equânime de renda (aparteado pela Deputada Telma de Souza).

 

016 - JOSÉ BITTENCOURT

Para comunicação, anuncia a presença do Deputado Rogério Cabral, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em reunião da Comissão de Atividades Econômicas desta Casa.

 

017 - JOOJI HATO

Para comunicação, lamenta a contaminação química emanada do polo petroquímico e siderúrgico do município de Cubatão e região. Sugere alternativas para reverter a situação. Cita problemas de saúde que afetam a população local.

 

018 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Anuncia a visita do Vereador Rodrigo Borges Nicolau, Presidente da Câmara Municipal de São Joaquim da Barra, acompanhado do Dr. Raul Rezende, advogado da mesma cidade, a convite do Deputado João Antônio.

 

019 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência. Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento para reunião conjunta, hoje, às 16 horas e 30 minutos.

 

020 - ENIO TATTO

Para reclamação, defende a apreciação de projeto de lei acerca do reajuste salarial dos servidores da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Tece comentários acerca de reunião do Colégio de Líderes, ocorrida ontem. Considera que a falta de aumento salarial de demais categorias do funcionalismo público não justifica a morosidade na apreciação desta matéria.

 

021 - Presidente BARROS MUNHOZ

Afirma que se manifestará sobre o tema oportunamente.

 

022 - CAMPOS MACHADO

Para comunicação, manifesta-se contra o pronunciamento do Deputado Enio Tatto sobre a aprovação do aumento salarial para os servidores da Defensoria Pública Estadual. Enaltece a conduta política do Presidente Barros Munhoz.

 

023 - OLÍMPIO GOMES

Para reclamação, questiona o motivo pelo qual a Comissão de Segurança Pública desta Casa não foi convocada para exarar parecer sobre os PLCs nºs 48, 50 e 51/11, que tratam de temas relacionados aos policiais civis, militares e agentes penitenciários.

 

024 - RAFAEL SILVA

Para reclamação, lamenta que o interesse político prevaleça em relação ao dos servidores que aguardam reajuste salarial. Defende que a lista dos oradores inscritos para ocupar a Tribuna seja respeitada.

 

025 - VINÍCIUS CAMARINHA

Para comunicação, elogia a postura e as decisões políticas do Presidente desta Casa, Barros Munhoz.

 

026 - FERNANDO CAPEZ

Para reclamação, endossa o pronunciamento do Deputado Olímpio Gomes, pelo fato de a Comissão de Segurança Pública não ser convocada para apreciar os projetos de lei complementar referentes à carreira dos policiais civis, militares e agentes penitenciários.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Responde ao questionamento do Deputado Fernando Capez. Cita dispositivos do Regimento Interno deste Parlamento.

 

028 - FERNANDO CAPEZ

Para reclamação, defende a convocação da Comissão de Segurança Pública para o congresso de comissões que deverá exarar parecer sobre os PLCs nºs 48, 50 e 51, de 2011.

 

029 - OLÍMPIO GOMES

Para reclamação, endossa o pronunciamento do Deputado Fernando Capez.

 

030 - FERNANDO CAPEZ

Para reclamação, questiona as competências das Comissões desta Casa. Faz considerações sobre Regimento Interno quanto ao tema.

 

031 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defende a consolidação do Regimento Interno. Explicita artigos que tratam das competências das Comissões.

 

032 - OLÍMPIO GOMES

Para reclamação, rebate a postura do Presidente Barros Munhoz quanto ao assunto.

 

033 - FERNANDO CAPEZ

Para questão de ordem, pede a oitiva da Comissão de Segurança Pública sobre os projetos que tratam da Segurança Pública.

 

034 - OLÍMPIO GOMES

Para reclamação, endossa a manifestação do Deputado Fernando Capez.

 

035 - Presidente BARROS MUNHOZ

Responde que assistia razão a ambos os Parlamentares. Pede o encaminhamento formal da manifestação.

 

036 - ENIO TATTO

Para reclamação, elogia a decisão da Presidência.

 

037 - ENIO TATTO

Para comunicação, responde ao Deputado Campos Machado quanto ao projeto de reajuste salarial da Defensoria Pública. Argumenta que apoiara também as reivindicações de outras categorias do funcionalismo.

 

038 - CAMPOS MACHADO

Para reclamação, rebate a argumentação do Deputado Enio Tatto. Questiona a postura da mídia sobre a reunião do Colégio de Líderes de ontem.

 

039 - Presidente BARROS MUNHOZ

Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento para reunião conjunta, hoje, às 16 horas e 50 minutos.

 

040 - ENIO TATTO

Pelo art. 82, retoma discussão acerca das denúncias sobre a venda de emendas parlamentares efetuadas pelo Deputado Roque Barbieri. Afirma que o PT deve propor CPI com o intuito de esclarecer o fato. Comenta declaração do Secretário Bruno Covas sobre o caso.

 

041 - JOÃO CARAMEZ

Para comunicação, registra a presença de alunos da Escola Estadual João Batista Soldé, do Jardim das Margaridas, em Jandira, acompanhados das professoras Maria de Fátima, Elizabete, Simone e Margarete, que vieram participar de ato da Frente Parlamentar em Defesa do Rio Tietê.

 

042 - Presidente BARROS MUNHOZ

Saúda os visitantes. Elogia o trabalho realizado pelo Deputado João Caramez em defesa do Rio Tietê.

 

043 - OLÍMPIO GOMES

Para comunicação, dá conhecimento de que já assinou requerimento de CPI do PT, sobre as denúncias feitas pelo Deputado Roque Barbieri. Relata episódio sobre o caso. Lamenta o fato de não serem acolhidas emendas de sua iniciativa.

 

044 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a suspensão dos trabalhos por uma hora, por acordo de lideranças.

 

045 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h51min; reabrindo-a às 17h51min. Convoca sessão solene, a realizar-se dia 21/09, às 20 horas, com a finalidade de "Comemorar os 20 anos da Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo", a requerimento do Deputado Roberto Morais.

 

046 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Requisita a suspensão dos trabalhos até as 18 horas e 50 minutos, por acordo de lideranças.

 

047 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h52min; reabrindo-a às 18h52min.

 

048 - ORLANDO MORANDO

Solicita a prorrogação da sessão por uma hora.

 

049 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por uma hora.

 

050 - ORLANDO MORANDO

Requisita a suspensão dos trabalhos por uma hora, por acordo de lideranças.

 

051 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 18h52min; reabrindo-a às 19h52min.

 

052 - JORGE CARUSO

Solicita a prorrogação da sessão por uma hora e 30 minutos.

 

053 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por uma hora e 30 minutos.

 

054 - JORGE CARUSO

Requisita a suspensão dos trabalhos até as 21 horas, por acordo de lideranças.

 

055 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 19h52min; reabrindo-a às 21h01min.

 

056 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

057 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 29/09, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Baleia Rossi para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - BALEIA ROSSI - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, assessores, imprensa, telespectadores da TV Assembleia, ontem protocolamos nesta Casa um Projeto de lei que, tenho certeza, vem em boa hora e também vai ajudar a orientar as mulheres que muitas vezes, mesmo na gravidez, passam a ingerir bebidas alcoólicas, trazendo problemas a seus filhos.

Conforme as imagens recebidas ontem pela TV, fica bem clara a necessidade de tomarmos algumas atitudes para orientar principalmente as jovens, até adolescentes, que ao irem às festas acabam ingerindo bebidas, trazendo muitas vezes complicações aos filhos que estão em gestação.

O projeto que protocolamos ontem dispõe sobre a obrigatoriedade da impressão do símbolo do SAF Brasil em todo recipiente de bebida alcoólica, e dá outras providências; ela torna obrigatória a inserção do símbolo da Síndrome Alcoólica Fetal nas publicações de bebidas alcoólicas, bem como a sua impressão nos rótulos das bebidas fabricadas e comercializadas no Estado de São Paulo.

Apenas um símbolo vai ser inserido, mas esse símbolo pode levar informações às jovens. É uma forma de orientar para que no futuro ela não venha a ter um filho com problemas; a criança pode nascer com cabeça pequena, com pregas epicânticas nos olhos, fácies planas, philtro indefinido, nasio rebaixado, pequena abertura dos olhos, nariz curto, lábio superior fino e microcefalia. É de suma importância que os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas possam ver essa lei aprovada no Estado de São Paulo e ajudar todas as mães que querem ter uma gestação satisfatória. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ontem houve uma reunião da Comissão de Obras no Plenário Teotônio Vilela para discutir aquele acidente que extrapolou todos os acidentes ocorridos em São Paulo. Cerca de 300 veículos foram envolvidos. Não faço parte dessa comissão, mas participei da reunião.

O jornal “A Tribuna”, de Santos, traz como manchete: “Imprudência levou ao engavetamento no SAI, diz Ecovias”. A Ecovias joga a responsabilidade para os motoristas. Por que a Ecovias não fez o comboio para fazer o acompanhamento da descida da Serra? É uma empresa de concessão, cobra pedágios que não são baratos. Isso não nos convence, passar pura e simplesmente a responsabilidade aos usuários na estrada. Quando essa estrada foi construída, muita propaganda foi feita. Essa via iria salvar o litoral. Em seguida, fizeram a concessão, a transferência da administração.

Foi um acidente monstruoso, que envolveu 300 veículos. Esses veículos foram retirados pela empresa, levados para um pátio e abandonados. Depois, esses veículos são saqueados, roubados e a empresa diz que não tem pátio, que não tem obrigação de cuidar dos veículos. Quem tem? O Estado precisa ter, então. Alguém precisa se responsabilizar. Não é possível uma coisa dessas. Uma via tão importante como a Imigrantes, de repente ficar a Deus-dará. A empresa, que sabia do nevoeiro, não fez o acompanhamento, os avisos de prudência que teria de fazer. Agora, acusar os motoristas porque estavam utilizando a estrada, poderiam estar em velocidade superior, é simplesmente não assumir a responsabilidade.

Gostaria de debater esse assunto com a bancada porque não dá para aceitar essa vinda, a convite, dos representantes da Ecovias para isentá-los de responsabilidade. Os pedágios são cobrados e não são baratos. A empresa não se responsabiliza não só por evitar o acidente, transfere a responsabilidade para os motoristas, mas mais do que isso, os veículos são retirados, levados para um pátio e abandonados a Deus-dará, saqueados, roubados e ninguém se responsabiliza porque a empresa alega que não tem pátio. Antes tinha, agora não têm mais. Além de assumir a administração da via pública, uma empresa privada, não tem pátio para deixar os veículos, não se responsabiliza, o Estado também não se responsabiliza, sobra para a população. Isso é inaceitável. Gostaria que discutíssemos esse assunto na bancada, temos de propor outra ação, talvez uma CPI para apurar o que realmente aconteceu num acidente que não foi pouca coisa. Extrapola todos os limites. Mais de 300 veículos. Não é pouca coisa. E aqui, nas barbas da capital. Não dá para aceitar isso. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ontem, no Colégio de Líderes, buscamos melhorar o que o governo mandou. A data-base é em 1º de março. O Governador mandou o projeto a esta Casa em 1º de julho. Se, um mês antes, o Governador atendeu a educação, por que os policiais militares, os policiais civis, o pessoal do sistema penitenciário não pode receber o mesmo tratamento? Estamos batalhando, entre outras coisas, pelos amigos da Polícia Militar que não tiveram o posto imediato e hoje estão na reserva. Se a lei é para fazer justiça, como vamos ter 1.341 injustiçados? O líder do Governo foi ao Palácio, terá uma reunião para que possamos saber se esses itens estão sendo atendidos. Daqui a pouco teremos reuniões para isso, certamente estará lá o nobre Deputado Olímpio Gomes, estaremos lá brigando por todas as coisas que dizem respeito à Polícia Militar.

Queria também pedir apoio dos deputados para o projeto de minha autoria que diz que todos os pacientes atendidos pela Rede Estadual de Saúde cujos diagnósticos necessitarem de exames complementares serão encaminhados aos locais apropriados para a realização desses exames com data e horário pré-agendados pela própria unidade de Saúde. Vejam por quê. Um exame de coração no Incor pode demorar dois anos para ser agendado. Por que isto tem de ser assim e a pessoa ficar desesperada procurando ajuda? Então, meu projeto diz que caberá à Secretaria da Saúde, por meio da sua estrutura organizacional, o gerenciamento de todo o projeto.

Como é um país evoluído? Quando você tem o Código do Idoso, quando você tem respeito aos direitos humanos. Deputado Luiz Carlos Gondim, V. Exa. é médico, já pensou na importância disso? O cidadão vai ao posto de saúde, o médico solicita qualquer exame. Se está levando dois anos para marcar um exame no Incor, o Estado já teria que marcá-lo para o paciente. O próprio posto de Saúde deveria dizer ao paciente onde ele vai fazer o exame.

Constatou-se que na Prefeitura de São Paulo 40% de todo o equipamento são mal gerenciados. É por isso que um exame de mamografia está levando dois ou três meses para ser marcado. A espera por uma ultrassonografia é de três meses, também.

Deputado Gondim, V. Exa. é médico. O paciente vai ao SUS, desesperado. O médico receita-lhe uma ultrassonografia. Ele sai sozinho, com aquele papel na mão, não sabe onde bater e onde marcar o próximo exame. Esse meu projeto determina que o Estado, o próprio posto de Saúde ou a própria Secretaria de Saúde, é que vai marcar a data para que a pessoa não fique em dificuldade. Citei o Deputado Gondim por ser médico, meu amigo e uma pessoa com tanta competência.

Peço apoio ao meu projeto, para que façamos da melhor maneira. A espera por uma ultrassonografia chega a ser de três meses. É para acabar com esse mau atendimento ao povo que estamos fazendo esse projeto e pedindo ao Estado que atenda dessa maneira. Muito obrigado.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ontem, no Colégio de Líderes, buscamos melhorar o que o governo mandou. A data-base é em 1º de março. O Governador mandou o projeto a esta Casa em 1º de julho. Se, um mês antes, o Governador atendeu a educação, por que os policiais militares, os policiais civis, o pessoal do sistema penitenciário não pode receber o mesmo tratamento? Estamos batalhando, entre outras coisas, pelos amigos da Polícia Militar que não tiveram o posto imediato e hoje estão na reserva. Se a lei é para fazer justiça, como vamos ter 1.341 injustiçados? O líder do Governo foi ao Palácio, terá uma reunião para que possamos saber se esses itens estão sendo atendidos. Daqui a pouco teremos reuniões para isso, certamente estará lá o nobre Deputado Olímpio Gomes, estaremos lá brigando por todas as coisas que dizem respeito à Polícia Militar.

Queria também pedir apoio dos deputados para o projeto de minha autoria que diz que todos os pacientes atendidos pela Rede Estadual de Saúde cujos diagnósticos necessitarem de exames complementares serão encaminhados aos locais apropriados para a realização desses exames com data e horário pré-agendados pela própria unidade de Saúde. Vejam por quê. Um exame de coração no Incor pode demorar dois anos para ser agendado. Por que isto tem de ser assim e a pessoa ficar desesperada procurando ajuda? Então, meu projeto diz que caberá à Secretaria da Saúde, por meio da sua estrutura organizacional, o gerenciamento de todo o projeto.

Como é um país evoluído? Quando você tem o Código do Idoso, quando você tem respeito aos direitos humanos. Deputado Luiz Carlos Gondim, V. Exa. é médico, já pensou na importância disso? O cidadão vai ao posto de saúde, o médico solicita qualquer exame. Se está levando dois anos para marcar um exame no Incor, o Estado já teria que marcá-lo para o paciente. O próprio posto de Saúde deveria dizer ao paciente onde ele vai fazer o exame.

Constatou-se que na Prefeitura de São Paulo 40% de todo o equipamento são mal gerenciados. É por isso que um exame de mamografia está levando dois ou três meses para ser marcado. A espera por uma ultrassonografia é de três meses, também.

Deputado Gondim, V. Exa. é médico. O paciente vai ao SUS, desesperado. O médico receita-lhe uma ultrassonografia. Ele sai sozinho, com aquele papel na mão, não sabe onde bater e onde marcar o próximo exame. Esse meu projeto determina que o Estado, o próprio posto de Saúde ou a própria Secretaria de Saúde, é que vai marcar a data para que a pessoa não fique em dificuldade. Citei o Deputado Gondim por ser médico, meu amigo e uma pessoa com tanta competência.

Peço apoio ao meu projeto, para que façamos da melhor maneira. A espera por uma ultrassonografia chega a ser de três meses. É para acabar com esse mau atendimento ao povo que estamos fazendo esse projeto e pedindo ao Estado que atenda dessa maneira. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero parabenizar o Deputado Edson Ferrarini e dizer que ele tem todo o meu apoio nesse projeto, que é necessário para a população.

Na condição de idoso, participei da 13ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro, na Cidade de Águas de Lindoia. O tema da conferência foi o seguinte: “O compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil”. O compromisso não é só dos idosos, mas também das pessoas que um dia serão idosas.

O encontro reuniu 416 delegados eleitos nas conferências regionais, que aconteceram nos últimos três meses em todo o Estado. Estavam lá praticamente todas as regiões e poucas cidades deixaram de participar. O Estado estava bem representado. A minha Cidade de Suzano estava representada, além deste Deputado, por mais sete delegados, sendo três do poder público e quatro da sociedade civil.

Essa conferência foi organizada pelo Conselho Estadual do Idoso, que é vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. A nossa Secretária, Eloisa Arruda, esteve na abertura e fez um discurso contundente em favor da comunidade idosa. Ela estava acompanhada da Presidente Nacional, que é de Minas Gerais, e da nossa Presidente do Conselho do Estado de São Paulo.

Foram debatidos vários temas relevantes para o campo do envelhecimento, relacionados a justiça, saúde, previdência social, assistência social, educação, cultura, esporte e lazer, habitação, transporte e acessibilidade. Preferi participar de um quinto eixo que surgiu, dos idosos em estado vulnerável. Estou falando das pessoas que envelhecem sem a presença da família; dos idosos homossexuais, que são discriminados enquanto jovens e continuam sendo discriminados depois de velhos; dos idosos abandonados nos asilos.

Enfim, foi uma discussão muito boa. No dia 23 de setembro, foram eleitos 130 delegados que estarão em Brasília na 3ª Conferência Nacional, a acontecer entre os dias 23 e 25 de novembro. Lá, serão deliberados todos os temas discutidos na 13ª Conferência Estadual de Águas de Lindoia. Foi muito bom e, ao mesmo tempo, muito necessário.

Gostaria de falar um pouco da minha cidade, com referência ao mesmo tema. Em Suzano, realizamos a terceira edição do Guia dos Idosos. Nessa edição, foi feita um guia de serviços para idosos. Publicação da Prefeitura de Suzano, o guia foi lançado na última segunda-feira, 26 de setembro, marcando a abertura da 7ª Semana da Melhor Idade, organizada pelo Fundo Social de Solidariedade.

Esse Guia dos Idosos foi feito para facilitar e democratizar o acesso da população às políticas públicas e aos serviços voltados à terceira idade. Tem sido muito participativo. Como diz o tema da 13ª Conferência, estamos preocupados com o compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público que nos acompanha, sobretudo pela TV Assembleia, não é novidade nenhuma que nos últimos dias a Assembleia Legislativa está sendo questionada sobre uma denúncia de possível venda de emendas parlamentares.

O que chamou a atenção é que, depois dessa denúncia, alguns jornais publicaram uma declaração do Governador dizendo que vai tornar públicas as emendas, que vai divulgar as emendas. Quem não sabe bem a história, poderá ler o jornal e achar: “Nossa, que grande atitude do Governador...” No entanto, vamos ver um pouco como é que as coisas acontecem nesta Casa.

Sou Deputado agora; comecei em 2011. Em 2006, na hora de votar a LDO nesta Casa, a Bancada do PT propôs uma emenda. Peço para que divulguem a imagem da emenda no telão. Essa emenda foi vetada, como já estão vendo.

A emenda diz, no seu Art. 37: “Determina a criação de módulo específico do Sigeo para o acompanhamento das alterações orçamentárias decorrentes das modificações providas pelo Poder Legislativo.” Na votação da LDO de 2006 para 2007 houve então uma proposta de emenda na Assembleia. Quero registrar que ela foi aprovada pelos deputados. No entanto, esta emenda aprovada pelos deputados foi vetada pelo Sr. Governador. Quem vetou a transparência foi o Governo do Estado e quem quis a transparência foram os deputados da Assembleia. É bom que isso fique claro, pois do jeito que é publicado no jornal dá a impressão de que quem quer transparência é o Governo. No Governo Federal é possível, acessando o seu site, saber de quem é a emenda, que dia ela foi liberada, onde foi aplicado e o seu gasto. Foi isso que requeremos já em 2006, mas foi vetado pelo Governo do Estado de São Paulo. Enfim, a transparência não acontece no Estado de São Paulo porque o Governador vetou.

Ocorre que este veto ainda não foi julgado por esta Casa. Peço para que aos líderes de todos os partidos façam a inversão da ordem dos projetos. Se seguirmos a ordem, será votado daqui a cinco, seis anos. Vamos então pegar esse projeto que está no Projeto nº 304 - veto e discussão do Projeto de lei nº 225, de 2006, vetado parcialmente pelo Governador -, colocar na Ordem do Dia e derrubarmos este veto. Assim, será lei a colocação das emendas no sistema para que todas as pessoas possam acompanhar, como acontece no Governo Federal. Entrem nos sites do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo para ver a diferença.

Deixo o pedido para que a Assembleia Legislativa, que já aprovou em 2006 esta emenda, derrube o veto para termos a transparência, independentemente de alguma denúncia ou de alguém que falou alguma coisa. É a transparência com o dinheiro público que todos querem. Isso consta no Art. 37 da Constituição: publicidade e moralidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato que preside os nossos trabalhos, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, leitores do Diário Oficial, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de mencionar os Deputados João Antonio e Jooji Hato, pois V. Exas. tiveram a honra de cumprir mandato como vereador na Câmara Municipal de São Paulo. O meu tema de hoje tem muito a ver com a nossa Capital.

O jornal “Folha de S.Paulo” publicou: “Prefeitura dá ultimato a Center Norte. Se não acabar com concentração de gás até sexta, shopping será interditado; Lar Center e Carrefour estão sob risco.” Fiz questão de separar essa matéria porque temos três problemas relacionados à questão do Meio Ambiente no nosso Estado. Um deles é o Recanto dos Pássaros no Município de Campinas; outro, fato muito noticiado pela mídia, o Posto Shell na Vila Carioca; o Condomínio Barão de Mauá, com 54 prédios construídos sobre um solo contaminado - a Cetesb, numa discussão recente noticiada pela mídia, requer a remoção de 11 prédios, com 1,7 mil famílias e oito mil moradores.

Este passivo ambiental vem desde 1992. Queremos indagar a Cetesb neste instante porque temos dois pesos e duas medidas. Não quero fazer qualquer tipo de prejulgamento até porque entendo que o Shopping Center Norte deve ter no seu conceito a responsabilidade ambiental. Sem dúvida, procurará preservar a vida das pessoas que frequentam o shopping. Mas imaginemos as famílias que moram no Condomínio Barão de Mauá. Acredito que o Deputado Bruno Covas deve ter algumas explicações para dar a esta Casa pela importância do tema. Sei que o Deputado Jooji Hato, nos seus quatro mandatos desempenhados na Câmara Municipal, e o Deputado João Antonio, que foi líder no mandato da Prefeita Marta Suplicy, discutiram o tema de crimes ambientais.

É necessário que se dê uma satisfação a todos os moradores, e agora aos frequentadores do gigantesco Shopping Center Norte. Precisamos cobrar medidas rápidas para evitar novos crimes ambientais no nosso Estado.

Passo a ler a matéria do jornal “Folha de S.Paulo”, páginas C1 e C4:

Prefeitura dá ultimato a Center Norte

Se não acabar com concentração de gás até sexta, shopping será interditado; Lar Center e Carrefour estão sob risco

Centro de compras também levou multa de R$ 2 milhões; direção diz que está resolvendo problema com metano

Eduardo Geraque

De São Paulo

A Prefeitura de São Paulo deu um prazo de 72 horas, contadas a partir da manhã de ontem, para o Center Norte cumprir as exigências técnicas da Cetesb (agência ambiental paulista) sob pena de fechar as portas do shopping.

Além do centro comercial, poderão ser interditados pela prefeitura os vizinhos Lar Center (shopping de móveis do mesmo grupo comercial) e Carrefour (hipermercado), que aluga parte do terreno.

Os três empreendimentos da zona norte paulistana foram construídos sobre um antigo lixão, onde há atualmente altas concentrações do gás inflamável metano. Para a Cetesb, há risco de explosões.

Além de dar o ultimato, a prefeitura multou ontem o Center Norte em R$ 2 milhões. A punição, diz o poder público, é pelo fato de até agora não existir um plano eficiente que dê conta de acabar com os riscos de acidentes.

O shopping disse ontem, por meio de nota, que tomará medidas "legais e administrativas" para evitar a interdição. Afirmou ainda que tem tomado todas as medidas a fim de garantir a segurança dos frequentadores -aproximadamente 100 mil por dia.

Insuficiente

Os planos apresentados oficialmente aos órgãos públicos, porém, vêm sendo sistematicamente rechaçados.

O aval técnico que definirá se os locais serão ou não interditados caberá à Cetesb, de acordo com a prefeitura. A agência ambiental afirma que o shopping instalou até agora apenas um dreno para captar o gás metano.

O sistema em funcionamento, segundo a Cetesb, dá conta de uma parte muito pequena da região -mitiga o problema equivalente a apenas uma loja do shopping, que dispõe de 331 delas.

Seriam necessárias, portanto, centenas de máquinas como a que já está em funcionamento para abranger todo o terreno com problema, dizem os técnicos da Cetesb.

Shopping diz que tomará medidas legais para manter portas abertas

Donos de lojas afirmam não temer interdição; frequentador vê 'exagero' em perigo de explosões no local

Thiago Fernandes

Colaboração para a Folha

A direção do shopping Center Norte informou ontem, via nota, que está "tomando as medidas legais e administrativas" a fim de evitar a interdição do local.

O centro de compras, um dos maiores da América Latina, afirmou ainda que "não concorda com a medida" divulgada ontem pela Prefeitura de São Paulo "uma vez que tem cumprido as exigências" dos órgãos públicos.

Sem preocupação

Lojistas do shopping diziam ontem não acreditar numa eventual interdição do local. "Eles [os proprietários do shopping] não vão deixar isso acontecer, com certeza vão entrar na Justiça", afirmou Fernanda Viana, proprietária da loja Pilhas & Cia.

A comerciante disse não temer o risco de explosão. Afirmou que a direção do Center Norte está dando assistência e esclarecimentos a lojistas.

"Eles vêm aqui quase todo dia, com engenheiros, para medir [a concentração de metano]. A gente confia nos laudos que nos apresentam."

Ela, porém, reclamou da "queda de 20% no movimento" desde a divulgação, duas semanas, da elevação dos níveis de gás no interior do shopping pela Cetesb.

Já outros lojistas negam ter perdido clientes por causa do gás metano. "Nunca vi tão cheio quanto no último sábado", disse Renê Heiman, que há 28 anos mantém o quiosque Happy Baloon na praça central do shopping.

Assim como Fernanda, ele afirmou não temer explosões.

Sem medo

Frequentadores também disseram não ter medo. "Se houvesse um risco real, teriam fechado há muito mais tempo", afirmou o economista Eduardo dos Santos, 35.

O aposentado Francisco Viana, 68, não vê motivo para deixar de frequentar o local. "Essa história está um pouco exagerada", disse.

Pioneiro na zona norte, shopping já foi o maior do país

De São Paulo

O shopping Center Norte foi construído em 1984 sobre um antigo lixão que operava em uma área de brejo nas margens do rio Tietê.

O depósito de lixo foi desativado em 1975 e começou a ser aterrado com os restos do primeiro prédio implodido em São Paulo, o Mendes Caldeira, que ficava na praça da Sé, na região central.

Mais tarde, o aterramento foi completado com o material vindo das escavações de obras do metrô.

Inaugurado como o primeiro shopping da zona norte, o Center Norte foi incluído em 1996 no "Guinness Book", o livro dos recordes, como o maior do Brasil. Hoje o título é do shopping Aricanduva, na zona leste.

No ano de 2009, o Center Norte recebeu uma média de 3 milhões de visitantes por mês em suas mais de 300 lojas e oito salas de cinema.

Desde sua abertura até 2009, a loja do McDonald's do shopping era a mais movimentada do Brasil, posto que perdeu para a loja do shopping Metrô Itaquera, na zona leste.

Também fazem parte do grupo Center Norte o shopping Lar Center, o pavilhão de feiras e exposições Expo Center Norte e o Novotel, todos localizados na mesma área. O complexo pertence à família Baumgart.

O centro de compras foi fundado pelo engenheiro Curt Walter Otto Baumgart (1937-2010), filho de Otto Baumgart - este fundador do grupo Vedacit (de impermeabilizantes para construção).

Região metropolitana tem outras áreas com contaminação crítica

De São Paulo

Além do caso do Center Norte, em São Paulo, a região metropolitana tem outros terrenos onde a contaminação é crítica. São os casos do bairro de Jurubatuba, zona sul da capital, e do conjunto residencial Barão de Mauá, na cidade vizinha de Mauá.

Em Jurubatuba, o lençol freático acabou contaminado numa área de 15 km2, incluindo o local onde está o shopping SP Market, o Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus e quarteirões inteiros com lançamentos de novos conjuntos residenciais.

A contaminação ocorreu por substâncias químicas que eram usadas para fazer desenchague de máquinas - tratava-se de uma zona fabril.

A medida imposta pela Cetesb (agência ambiental paulista) foi a proibição de perfuração de poços artesianos no local. Dezenas deles foram lacrados após a constatação da contaminação crítica.

No condomínio residencial Barão de Mauá, o risco à saúde aos moradores está no solo. Também por causa de uma antiga ocupação fabril no terreno, substâncias tóxicas do subsolo emitem vapores tóxicos para a atmosfera.

Neste mês, a Cetesb recomendou que 11 torres de um total de 51 fossem desocupadas, porque quem vive no local pode ser exposto a altos níveis de contaminação. As torres, no entanto, ainda não foram desocupadas.

Tanto a Cofap, antiga dona da área, quando as construtoras do residencial apresentaram um novo plano de descontaminação para a Cetesb. O documento está sendo analisado pelo órgão ambiental.

Caro

"Os responsáveis acabaram levando tudo para a Justiça, o que atravanca o processo", diz Rodrigo Cunha, gerente do setor de áreas contaminadas da Cetesb.

Em muitos casos o processo de descontaminação é longo e e as medidas de remediação do problema, caras.

"No caso do shopping Center Norte, implementar um sistema de exaustão fica na ordem de alguns milhões", afirma Everton de Oliveira, sócio-fundador da empresa de consultoria Hidroplan. (Eduardo Geraque)

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato que preside os nossos trabalhos, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, leitores do Diário Oficial, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de mencionar os Deputados João Antonio e Jooji Hato, pois V. Exas. tiveram a honra de cumprir mandato como vereador na Câmara Municipal de São Paulo. O meu tema de hoje tem muito a ver com a nossa Capital.

O jornal “Folha de S.Paulo” publicou: “Prefeitura dá ultimato a Center Norte. Se não acabar com concentração de gás até sexta, shopping será interditado; Lar Center e Carrefour estão sob risco.” Fiz questão de separar essa matéria porque temos três problemas relacionados à questão do Meio Ambiente no nosso Estado. Um deles é o Recanto dos Pássaros no Município de Campinas; outro, fato muito noticiado pela mídia, o Posto Shell na Vila Carioca; o Condomínio Barão de Mauá, com 54 prédios construídos sobre um solo contaminado - a Cetesb, numa discussão recente noticiada pela mídia, requer a remoção de 11 prédios, com 1,7 mil famílias e oito mil moradores.

Este passivo ambiental vem desde 1992. Queremos indagar a Cetesb neste instante porque temos dois pesos e duas medidas. Não quero fazer qualquer tipo de prejulgamento até porque entendo que o Shopping Center Norte deve ter no seu conceito a responsabilidade ambiental. Sem dúvida, procurará preservar a vida das pessoas que frequentam o shopping. Mas imaginemos as famílias que moram no Condomínio Barão de Mauá. Acredito que o Deputado Bruno Covas deve ter algumas explicações para dar a esta Casa pela importância do tema. Sei que o Deputado Jooji Hato, nos seus quatro mandatos desempenhados na Câmara Municipal, e o Deputado João Antonio, que foi líder no mandato da Prefeita Marta Suplicy, discutiram o tema de crimes ambientais.

É necessário que se dê uma satisfação a todos os moradores, e agora aos frequentadores do gigantesco Shopping Center Norte. Precisamos cobrar medidas rápidas para evitar novos crimes ambientais no nosso Estado.

Passo a ler a matéria do jornal “Folha de S.Paulo”, páginas C1 e C4:

Prefeitura dá ultimato a Center Norte

Se não acabar com concentração de gás até sexta, shopping será interditado; Lar Center e Carrefour estão sob risco

Centro de compras também levou multa de R$ 2 milhões; direção diz que está resolvendo problema com metano

Eduardo Geraque

De São Paulo

A Prefeitura de São Paulo deu um prazo de 72 horas, contadas a partir da manhã de ontem, para o Center Norte cumprir as exigências técnicas da Cetesb (agência ambiental paulista) sob pena de fechar as portas do shopping.

Além do centro comercial, poderão ser interditados pela prefeitura os vizinhos Lar Center (shopping de móveis do mesmo grupo comercial) e Carrefour (hipermercado), que aluga parte do terreno.

Os três empreendimentos da zona norte paulistana foram construídos sobre um antigo lixão, onde há atualmente altas concentrações do gás inflamável metano. Para a Cetesb, há risco de explosões.

Além de dar o ultimato, a prefeitura multou ontem o Center Norte em R$ 2 milhões. A punição, diz o poder público, é pelo fato de até agora não existir um plano eficiente que dê conta de acabar com os riscos de acidentes.

O shopping disse ontem, por meio de nota, que tomará medidas "legais e administrativas" para evitar a interdição. Afirmou ainda que tem tomado todas as medidas a fim de garantir a segurança dos frequentadores -aproximadamente 100 mil por dia.

Insuficiente

Os planos apresentados oficialmente aos órgãos públicos, porém, vêm sendo sistematicamente rechaçados.

O aval técnico que definirá se os locais serão ou não interditados caberá à Cetesb, de acordo com a prefeitura. A agência ambiental afirma que o shopping instalou até agora apenas um dreno para captar o gás metano.

O sistema em funcionamento, segundo a Cetesb, dá conta de uma parte muito pequena da região -mitiga o problema equivalente a apenas uma loja do shopping, que dispõe de 331 delas.

Seriam necessárias, portanto, centenas de máquinas como a que já está em funcionamento para abranger todo o terreno com problema, dizem os técnicos da Cetesb.

Shopping diz que tomará medidas legais para manter portas abertas

Donos de lojas afirmam não temer interdição; frequentador vê 'exagero' em perigo de explosões no local

Thiago Fernandes

Colaboração para a Folha

A direção do shopping Center Norte informou ontem, via nota, que está "tomando as medidas legais e administrativas" a fim de evitar a interdição do local.

O centro de compras, um dos maiores da América Latina, afirmou ainda que "não concorda com a medida" divulgada ontem pela Prefeitura de São Paulo "uma vez que tem cumprido as exigências" dos órgãos públicos.

Sem preocupação

Lojistas do shopping diziam ontem não acreditar numa eventual interdição do local. "Eles [os proprietários do shopping] não vão deixar isso acontecer, com certeza vão entrar na Justiça", afirmou Fernanda Viana, proprietária da loja Pilhas & Cia.

A comerciante disse não temer o risco de explosão. Afirmou que a direção do Center Norte está dando assistência e esclarecimentos a lojistas.

"Eles vêm aqui quase todo dia, com engenheiros, para medir [a concentração de metano]. A gente confia nos laudos que nos apresentam."

Ela, porém, reclamou da "queda de 20% no movimento" desde a divulgação, há duas semanas, da elevação dos níveis de gás no interior do shopping pela Cetesb.

Já outros lojistas negam ter perdido clientes por causa do gás metano. "Nunca vi tão cheio quanto no último sábado", disse Renê Heiman, que há 28 anos mantém o quiosque Happy Baloon na praça central do shopping.

Assim como Fernanda, ele afirmou não temer explosões.

Sem medo

Frequentadores também disseram não ter medo. "Se houvesse um risco real, teriam fechado há muito mais tempo", afirmou o economista Eduardo dos Santos, 35.

O aposentado Francisco Viana, 68, não vê motivo para deixar de frequentar o local. "Essa história está um pouco exagerada", disse.

Pioneiro na zona norte, shopping já foi o maior do país

De São Paulo

O shopping Center Norte foi construído em 1984 sobre um antigo lixão que operava em uma área de brejo nas margens do rio Tietê.

O depósito de lixo foi desativado em 1975 e começou a ser aterrado com os restos do primeiro prédio implodido em São Paulo, o Mendes Caldeira, que ficava na praça da Sé, na região central.

Mais tarde, o aterramento foi completado com o material vindo das escavações de obras do metrô.

Inaugurado como o primeiro shopping da zona norte, o Center Norte foi incluído em 1996 no "Guinness Book", o livro dos recordes, como o maior do Brasil. Hoje o título é do shopping Aricanduva, na zona leste.

No ano de 2009, o Center Norte recebeu uma média de 3 milhões de visitantes por mês em suas mais de 300 lojas e oito salas de cinema.

Desde sua abertura até 2009, a loja do McDonald's do shopping era a mais movimentada do Brasil, posto que perdeu para a loja do shopping Metrô Itaquera, na zona leste.

Também fazem parte do grupo Center Norte o shopping Lar Center, o pavilhão de feiras e exposições Expo Center Norte e o Novotel, todos localizados na mesma área. O complexo pertence à família Baumgart.

O centro de compras foi fundado pelo engenheiro Curt Walter Otto Baumgart (1937-2010), filho de Otto Baumgart - este fundador do grupo Vedacit (de impermeabilizantes para construção).

Região metropolitana tem outras áreas com contaminação crítica

De São Paulo

Além do caso do Center Norte, em São Paulo, a região metropolitana tem outros terrenos onde a contaminação é crítica. São os casos do bairro de Jurubatuba, zona sul da capital, e do conjunto residencial Barão de Mauá, na cidade vizinha de Mauá.

Em Jurubatuba, o lençol freático acabou contaminado numa área de 15 km2, incluindo o local onde está o shopping SP Market, o Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus e quarteirões inteiros com lançamentos de novos conjuntos residenciais.

A contaminação ocorreu por substâncias químicas que eram usadas para fazer desenchague de máquinas - tratava-se de uma zona fabril.

A medida imposta pela Cetesb (agência ambiental paulista) foi a proibição de perfuração de poços artesianos no local. Dezenas deles foram lacrados após a constatação da contaminação crítica.

No condomínio residencial Barão de Mauá, o risco à saúde aos moradores está no solo. Também por causa de uma antiga ocupação fabril no terreno, substâncias tóxicas do subsolo emitem vapores tóxicos para a atmosfera.

Neste mês, a Cetesb recomendou que 11 torres de um total de 51 fossem desocupadas, porque quem vive no local pode ser exposto a altos níveis de contaminação. As torres, no entanto, ainda não foram desocupadas.

Tanto a Cofap, antiga dona da área, quando as construtoras do residencial apresentaram um novo plano de descontaminação para a Cetesb. O documento está sendo analisado pelo órgão ambiental.

Caro

"Os responsáveis acabaram levando tudo para a Justiça, o que atravanca o processo", diz Rodrigo Cunha, gerente do setor de áreas contaminadas da Cetesb.

Em muitos casos o processo de descontaminação é longo e e as medidas de remediação do problema, caras.

"No caso do shopping Center Norte, implementar um sistema de exaustão fica na ordem de alguns milhões", afirma Everton de Oliveira, sócio-fundador da empresa de consultoria Hidroplan. (Eduardo Geraque)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha pela TV Assembleia, em meados do mês passado fiz uma agenda no sudoeste paulista percorrendo algumas cidades, dentre elas o município de Itaberá.

Lá no município de Itaberá, depois de passar pela Câmara Municipal e realizar um debate com alguns vereadores e a direção do nosso partido, o Partido dos Trabalhadores, fui convidado a visitar um assentamento da região. Trata-se do assentamento Pitiruba, que lá compõe várias glebas de terras: Pirituba I, Pitiruba II, Pirituba III e Pirituba IV. Pude verificar naqueles assentamentos, com recursos oriundos tanto do Governo Federal quanto do Governo do Estado no sentido de estimular a produção agrícola daqueles trabalhadores rurais que já foram um dia sem-terra e hoje felizmente ocupam e produzem naquelas terras, o quanto vale a pena a reforma agrária, o quanto vale a pena investir-se na reforma agrária, distribuir terras para que os trabalhadores possam produzir. Pude verificar também o pleno funcionamento do PAA, Programa de Aquisição Direta de Alimentos do produtor. O PAA nos assentamentos do Estado de São Paulo hoje está fazendo com que as cooperativas de assentados possam fornecer produtos diretamente da roça para a merenda escolar em vários municípios do Estado de São Paulo, graças ao programa implantado pelo Governo Lula. E mais recentemente uma lei federal estabeleceu que os municípios terão de adquirir até 30% da merenda escolar diretamente dos pequenos produtores, da agricultura familiar e dos assentamentos e cooperativas que hoje produzem. Fiquei muito feliz de ver Pirituba I produzindo e felizes da vida. Tudo aquilo que eles produzem hoje é trazido para a cidade e servem inclusive para dar mais qualidade à merenda escolar. Naquela região do sudoeste paulista, de Sorocaba até Itapeva, muitos dos agricultores familiares das cooperativas dos assentamentos estão entregando seus produtos em cidades como Osasco, São Bernardo do Campo, Guarulhos. Eles venceram o desafio graças a estas leis do Governo Lula e agora da Presidenta Dilma. Estas leis garantiram preço, escoamento e dignidade para os pequenos produtores e aqueles que praticam a agricultura familiar. Fiquei muito feliz também de nesse assentamento constatar numa escola do Estado o pleno funcionamento do programa escola da família.

Gostaria de relembrar que a Lei 10.312 de 99 que implantou no Estado de São Paulo o programa interdisciplinar e de participação comunitária das comunidades no enfrentamento da violência nas escolas é de nossa autoria e foi implantada no Estado a princípio com o nome fantasia de parceiros do futuro.

Posteriormente, infelizmente com o falecimento do Governador Mário Covas e a assunção de Geraldo Alckmin para o seu primeiro mandato no Governo do Estado, trocou-se de Secretários - de Rose Neubauer para Gabriel Chalita - mudando-se também o nome fantasia de parceiros do futuro para escola da família. Mas o fato é que verificamos a escola da família funcionando com a comunidade toda. Não é todo bairro que tem um centro esportivo, um centro comunitário, mas todo bairro tem uma escola e a escola pode ser esta referência da comunidade nos bairros. Foi uma felicidade muito grande encontrar lá a diretora, as professoras que ao saberem que esta Lei 10312, de 99, que implantou a escola da família era deste Deputado, quiseram tirar uma fotografia e tiramos uma fotografia em frente à placa da escola com os alunos participando de atividades esportivas, culturais, recreativas e educacionais. Muito oportuna esta visita que fiz à região de Itaberá no assentamento Pirituba I e constatar uma escola da família funcionando plenamente com toda comunidade integrada: alunos, crianças. Ali não tem criança na rua. Ali estão todos dentro da escola interagindo com os educadores, a direção e a comunidade. Fiquei muito feliz em verificar que a nossa lei está funcionando em algumas partes do Estado, sobretudo dentro de um assentamento de trabalhadores rurais, hoje proprietários da terra, produzindo inclusive alimentos para a merenda escolar das grandes cidades.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha pela TV Assembleia, em meados do mês passado fiz uma agenda no sudoeste paulista percorrendo algumas cidades, dentre elas o município de Itaberá.

Lá no município de Itaberá, depois de passar pela Câmara Municipal e realizar um debate com alguns vereadores e a direção do nosso partido, o Partido dos Trabalhadores, fui convidado a visitar um assentamento da região. Trata-se do assentamento Pitiruba, que lá compõe várias glebas de terras: Pirituba I, Pitiruba II, Pirituba III e Pirituba IV. Pude verificar naqueles assentamentos, com recursos oriundos tanto do Governo Federal quanto do Governo do Estado no sentido de estimular a produção agrícola daqueles trabalhadores rurais que já foram um dia sem-terra e hoje felizmente ocupam e produzem naquelas terras, o quanto vale a pena a reforma agrária, o quanto vale a pena investir-se na reforma agrária, distribuir terras para que os trabalhadores possam produzir. Pude verificar também o pleno funcionamento do PAA, Programa de Aquisição Direta de Alimentos do produtor. O PAA nos assentamentos do Estado de São Paulo hoje está fazendo com que as cooperativas de assentados possam fornecer produtos diretamente da roça para a merenda escolar em vários municípios do Estado de São Paulo, graças ao programa implantado pelo Governo Lula. E mais recentemente uma lei federal estabeleceu que os municípios terão de adquirir até 30% da merenda escolar diretamente dos pequenos produtores, da agricultura familiar e dos assentamentos e cooperativas que hoje produzem. Fiquei muito feliz de ver Pirituba I produzindo e felizes da vida. Tudo aquilo que eles produzem hoje é trazido para a cidade e servem inclusive para dar mais qualidade à merenda escolar. Naquela região do sudoeste paulista, de Sorocaba até Itapeva, muitos dos agricultores familiares das cooperativas dos assentamentos estão entregando seus produtos em cidades como Osasco, São Bernardo do Campo, Guarulhos. Eles venceram o desafio graças a estas leis do Governo Lula e agora da Presidenta Dilma. Estas leis garantiram preço, escoamento e dignidade para os pequenos produtores e aqueles que praticam a agricultura familiar. Fiquei muito feliz também de nesse assentamento constatar numa escola do Estado o pleno funcionamento do programa escola da família.

Gostaria de relembrar que a Lei 10.312 de 99 que implantou no Estado de São Paulo o programa interdisciplinar e de participação comunitária das comunidades no enfrentamento da violência nas escolas é de nossa autoria e foi implantada no Estado a princípio com o nome fantasia de parceiros do futuro.

Posteriormente, infelizmente com o falecimento do Governador Mário Covas e a assunção de Geraldo Alckmin para o seu primeiro mandato no Governo do Estado, trocou-se de Secretários - de Rose Neubauer para Gabriel Chalita - mudando-se também o nome fantasia de parceiros do futuro para escola da família. Mas o fato é que verificamos a escola da família funcionando com a comunidade toda. Não é todo bairro que tem um centro esportivo, um centro comunitário, mas todo bairro tem uma escola e a escola pode ser esta referência da comunidade nos bairros. Foi uma felicidade muito grande encontrar lá a diretora, as professoras que ao saberem que esta Lei 10312, de 99, que implantou a escola da família era deste Deputado, quiseram tirar uma fotografia e tiramos uma fotografia em frente à placa da escola com os alunos participando de atividades esportivas, culturais, recreativas e educacionais. Muito oportuna esta visita que fiz à região de Itaberá no assentamento Pirituba I e constatar uma escola da família funcionamento plenamente com toda comunidade integrada: alunos, crianças. Ali não tem criança na rua. Ali estão todos dentro da escola interagindo com os educadores, a direção e a comunidade. Fiquei muito feliz em verificar que a nossa lei está funcionando em algumas partes do Estado, sobretudo dentro de um assentamento de trabalhadores rurais, hoje proprietários da terra, produzindo inclusive alimentos para a merenda escolar das grandes cidades.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, uso hoje da palavra para fazer um agradecimento[L1] [L2] .

Depois de tanta luta pedindo pela duplicação total da Mogi/Dutra no trecho que liga Ayrton Senna até Arujá, recebemos agora um comunicado do Clodoaldo Pelissioni, Superintendente do DER, confirmando estudo e projeto para essa duplicação e do Secretário Saulo comunicando a duplicação desse trecho de aproximadamente 10 quilômetros. Era uma luta também da frente parlamentar. Indústrias sem espaço para manobrar seus veículos, sem falar dos vários condomínios. É uma rodovia duplicada pela metade.

Tem mais uma pergunta: e o trecho na SP-56 que liga Itaquá a Arujá? Por que não duplicar? Ali não é mais nem uma estrada, tornou-se uma via e necessária a sua duplicação. Indústrias e condomínios estão ao lado dessa rodovia e o trecho que liga Itaquá a Arujá precisa ser duplicado e urgentemente. Às vezes você leva num trecho de menos de 15 quilômetros, leva-se uma hora, de tanto veículo que tem. Se o critério for o número de veículos a duplicação tem de ser feita. Se for número de moradores e de indústrias instaladas, temos que fazer essa duplicação.

Agora, quando se anda nas regiões de Ribeirão Preto, de São José do Rio Preto, de Araçatuba vemos duplicações em locais onde não passam tantos veículos como no trecho Itaquá/Arujá. Torna-se caro? Sim. Porque algumas indústrias, algumas casas estão mais próximas da rodovia e é necessário indenizá-las. Mas há necessidade.

Agradeço ao governador do estado por essa obra que finalmente saiu do papel. Congratulamo-nos com ele e com o secretário Saulo pedindo que faça o mais rápido possível, mas que não se esqueçam da São Paulo-56 que liga Itaquá a Arujá. Assim, todos que querem ir de Mogi das Cruzes à Dutra, não andam mais em uma via de mão única, onde podem ocorrer vários acidentes.

Outro comentário que gostaria de fazer é que temos falado aqui e com muita razão da luta contra as drogas que avançam entre os jovens. Em 2009 fizemos um projeto de lei, um Proerd de Adolescente. Seu objetivo era usar psicólogos. No caso, a Secretaria de Educação agiria junto com a Secretaria de Segurança fazendo um trabalho de orientação a esses jovens já na adolescência. Temos dito aqui que é muito bonito chegar e dizer “Diga não às drogas”. Isso até 9, 10 anos é possível com o Proerd. Mas, quando se trabalha com adolescente, tem que ter condição, tem que ter médicos, psicólogos, psiquiatras trabalhando para justificar o porquê de não usar drogas. Todavia o governo não quer gastar dinheiro com isso. É necessário gastar. É necessário que a Secretaria de Educação, junto com a Secretaria de Saúde, junto com Secretaria de Segurança, faça esse trabalho com adolescentes para poder dizer conscientemente “Não às drogas.” Obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Junior. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, hoje gostaria de continuar apoiando as manifestações da ministra corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, que fez uma análise crítica em relação à situação do Poder Judiciário no Brasil, dizendo que alguns juízes, alguns membros da magistratura - não todos, logicamente, entendemos as declarações da ministra -, se escondem, se infiltram no Judiciário e são verdadeiros bandidos de toga. Foi isso que ela disse com o que nós concordamos. Ela está correta. Ela vem fazendo um trabalho muito sério no sentido de investigar os tribunais de justiça, por isso suas declarações são pertinentes e têm o apoio de população.

Estranho é o ministro presidente do Supremo Tribunal, que também preside o Conselho Nacional de Justiça, vir a público fazer críticas às declarações da ministra, dizendo que elas representam verdadeiro ataque ao estado democrático de direito. Nós entendemos o contrário. Entendemos que as declarações primam pela luta em defesa da transparência e do controle social do Poder Judiciário. Na verdade, essa Adin que está tramitando no Supremo Tribunal Federal e que talvez seja analisada hoje, é que pode ter elementos que atacam o estado democrático de direito.

Nós, do PSOL, entendemos que atacar o estado democrático de direito nesse momento é impedir, é restringir o poder do Conselho Nacional de Justiça, que foi criado em 2004, começou a funcionar em 2005, por meio da Emenda Constitucional nº 45, e é uma antiga reivindicação da sociedade brasileira.

O Poder Judiciário tem que ser controlado e sabemos que as corregedorias dos tribunais estaduais não têm funcionado. Elas primam pela corporação, e, como disse a ministra, lobo não come lobo. Então, os juízes corruptos, os juízes que são acusados de várias irregularidades não são punidos por muitas dessas corregedorias estaduais, por isso que foi criado o Conselho Nacional de Justiça.

Apoiamos o trabalho feito pela ministra Eliana Calmon, um trabalho sério. Ela vem fazendo inspeções, auditorias, sindicâncias em vários tribunais do estado. Desde a criação do Conselho, até agora, 49 juízes já foram de alguma forma punidos por conta de tráfico de influência, de nepotismo, de corrupção e de tantas outras denúncias. Considero como absurdas as manifestações de alguns setores da magistratura, contra as declarações da ministra, bem como as manifestações em apoio à Adin que tramita no Supremo Tribunal Federal e que pode colocar em risco os avanços conquistados pelo Conselho Nacional de Justiça que, repito, vem fazendo um trabalho de investigação, punindo juízes e inibindo o surgimento de novos juízes corruptos e bandidos de toga.

Entendemos que o ataque ao estado democrático de direito é a restrição e o enfraquecimento do Conselho Nacional de Justiça e não as declarações da ministra Eliana Calmon que merece todo nosso respeito e todo nosso apoio. Não só do nosso mandato, mas do PSOL e de todas as pessoas do Brasil comprometidas com a democratização do acesso à justiça, com a transparência, e, sobretudo, com o controle externo social do Poder Judiciário.

Ela fez críticas, sim, ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com as quais concordamos, e o Tribunal de Justiça também se manifestou rebatendo as críticas.

No ano passado acompanhamos a greve dos servidores, de 127 dias, e tivemos oportunidade de conhecer as contradições, as mazelas e com as entranhas do Poder Judiciário do Estado de São Paulo.

Não foi à toa que nós tentamos, no final do ano passado, criar uma CPI do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, porque são muitas as denúncias contra esse Poder. Mas esse é um outro tema que vamos querer debater aqui.

Continuamos exigindo que o Tribunal de Justiça de São Paulo cumpra os acordos com os servidores e as suas respectivas entidades, acordos firmados principalmente no final da greve do ano passado, que haja transparência na execução orçamentária, que os quase 40 mil trabalhadores do Judiciário possam participar também da execução e da transparência do orçamento, que nós aprovamos aqui.

Assim que o orçamento der entrada aqui, se não me engano será protocolado pelo Governador Geraldo Alckmin no próximo dia 30, aqui na Assembleia Legislativa, nós vamos exigir que os 13,2 bilhões do Judiciário estejam nesse orçamento geral do Estado de São Paulo, porque foi esse o orçamento enviado para o Palácio dos Bandeirantes.

Não vamos aceitar cortes em relação ao orçamento do Judiciário, mas vamos exigir que o Judiciário invista principalmente nos seus servidores. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, encerrado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, iniciamos o Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, por permuta com o nobre Deputado Roberto Massafera.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero parabenizar a Secretaria do Verde, da prefeitura de São Paulo, assim como a Cetesb que, embora tardiamente, tomam as devidas providências em relação ao Center Norte.

Estive lá presidindo uma CPI, em 2002/03, e recomendei que fizessem adequação. Recomendamos que aquele local não era propício à construção de um shopping. Há cerca de quase meio século esse terreno era utilizado como lixão. Numa profundidade de 50 metros eram colocados os dejetos, o lixo de todas as espécies, contaminando o lençol freático através do chorume, um problema sério. E hoje temos a produção do gás metano, que invade as lojas e pode provocar incêndios e explosões, como aconteceu no Shopping Continental, em Osasco.

Isso não é novidade na nossa cidade. A nossa CPI, municipal, denunciou ao Ministério Público e à Justiça, fizemos o trabalho. A função da CPI é coletar dados e entregar aos órgãos competentes, e foi isso que nós fizemos. Não é prender ninguém. A CPI não tem a função de perseguir ninguém.

Verificamos que São Paulo tem um chão podre. Esta cidade, infelizmente, tem um solo totalmente contaminado. Ontem tivemos a notícia de que, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, São Paulo e Rio de Janeiro são as duas cidades mais poluídas do mundo. Não sou responsável por isso, porque lutei para que não ganhássemos essa colocação, que é muito prejudicial.

A Shell contaminou a Vila Carioca, eu diria, a maior contaminação mundial. A Shell produzia organoclorado, BHC, veneno, pesticida, inseticida, usados na agricultura. Lá descobrimos um poço tubular profundo, num condomínio de nome Auriverde, onde existem cerca de 500 famílias tomando água envenenada, água que traz doenças malignas, leucemias, cânceres de todos os tipos.

Infelizmente uma vertente, em vez de ir para o Córrego dos Meninos, pela gravidade entre São Paulo e São Caetano do Sul, foi parar nesse poço profundo. O condomínio, achando que estava bebendo água mineral, na realidade estava bebendo água contaminada, e não era água da Sabesp.

Estivemos no Parque Jurubatuba, na zona Sul, onde há uma contaminação, próximo ao shopping do Gugu. Foi uma contaminação da Duracell, da Gilette. Do lado temos uma contaminação por radioatividade; havia três galpões, e dois deles foram demolidos e levados para Itaquera. Não consegui descobrir, porque terminou a CPI, não deu tempo.

No Parque Antártica, perto da Lapa, temos a contaminação das Indústrias Matarazzo. Na Mooca, depois da Shell, na Vila Carioca, temos a contaminação por BTX, benzeno toluene xylene, da Esso. Lá eles queriam construir um prédio, um shopping, um local com edifícios e salas, sobre uma área contaminada, quando nós sugerimos que fizessem um parque.

Do lado havia um motel. Fomos até lá e entramos, de dia, com a equipe que nos acompanhava, mais alguns membros da CPI. Descobrimos que a água usada pelo motel era contaminada por BTX.

Estivemos também no clube Juventus, que fica próximo. Estivemos no Jardim Queraluz, na zona Leste, que tem contaminação por BHC, pesticida, veneno, pela Bann Química, e que chegou a atingir seres humanos, provocando leucemia, crianças anencéfalas, crianças com defeitos físicos, cânceres de todo tipo.

Esse é o nosso país, que não tem consciência ambiental. Essa é uma luta difícil. Você pede que faça uma adequação, e não fazem a adequação. Você multa, e não pagam a multa. Você manda fechar e não fecham, e isso tudo quando o órgão público vai a esses locais e toma providências, como a Cetesb está agora, depois de nove anos. O caso da Shell já tem mais de 10 anos. E não tomam providências.

Esse é o nosso país, o nosso Estado, essa é a cidade onde vivemos, convivendo com grau de contaminação enorme, que traz doenças malignas. Por isso que São Paulo ganhou a pior cidade em termos de qualidade de vida. A Cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro estão em primeiro e segundo lugares do ranking das cidades mais poluídas do mundo. Temos de fazer algo. Esta Casa tem a obrigação. Nós ganhamos bem, temos um ótimo salário. Aliás, estou até ganhando mais, pois na Câmara Municipal eu ganhava menos. Então, temos de trabalhar mais. Temos uma tarefa difícil. Vamos deixar como legado aos nossos futuros herdeiros um país melhor. Mas se continuarmos desse jeito não dá.

A Cetesb, embora tardiamente, cumpre uma função que deveria ter cumprido há nove anos quando eu estive no Center Norte.

Na semana passada, discutimos um projeto para tornar a Cidade de Cubatão a capital das bandas e fanfarras. Gosto de bandas e fanfarras, acho que temos que encaminhar os nossos jovens para isso. Onde nasci, tocava na banda da cidade. Fanfarra é maravilhoso, mas tem que ser num chão limpo, num ambiente limpo e em Cubatão, infelizmente, temos a contaminação pela Rhodia. Temos toneladas de contaminação química.

Cedo um aparte à nobre Deputada Telma de Souza.

 

A SRA. TELMA DE SOUZA - PT - Vamos colocar as coisas nos lugares. A contaminação da Rhodia é na área continental de São Vicente. Foi a primeira comissão que fiz quando era deputada estadual em 1987. Cubatão, por incrível que pareça, com todos os problemas de anencefalia que sofreu, hoje tem uma recuperação que não foi feita exclusivamente pela Prefeita do PT, Márcia Rosa, que está lá, mas por outros prefeitos que antecederam, que culminou nessa situação. Inclusive, há um projeto chamado Guará Vermelho, apoiado por algumas das indústrias. O guará vermelho era praticamente extinto na região e ressurgiu. Então, é verdade que a Rhodia tem uma série de hidrocarbonetos que contaminam o lençol freático da região, mas não é Cubatão. É área continental de São Vicente.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Agradeço pelo aparte. Não sei qual o limite entre Cubatão e São Vicente, mas foi divulgado e temos essa notícia de que seja Cubatão e, inclusive, São Vicente. Temos outras contaminações, como foi citado pelo nobre Deputado Donisete Braga, no Recanto dos Pássaros, da Shell, o Barão de Mauá e tantos outros lugares. Precisamos lutar para que possamos trazer melhor qualidade de vida, respeito ao meio ambiente e à saúde. Muito obrigado.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, usei a palavra falando a respeito da denúncia que ocorreu nesta Casa em relação às emendas, quero comunicar que amanhã, às 14 horas, ocorrerá a instalação da Comissão de Ética. Faremos o cronograma dos trabalhos para que no máximo em 30 dias possamos ter uma conclusão de tudo isso que vem sendo denunciado.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para comunicar que amanhã será o aniversário da nobre Deputada Telma de Souza. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, por permuta de tempo do nobre Deputado João Caramez.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, em relação ao caso polêmico dos escândalos das emendas parlamentares deflagrado pelo Deputado Roque Barbiere, gostaria de registrar que nós, do PSOL, além de já termos acionado a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa para que haja profundo processo de investigação do que foi denunciado, agora temos que descobrir quais são os parlamentares que estão vendendo emendas, que estão enriquecendo por meio desse tráfico de influência com empreiteiras, prefeitura e entidades. Então, tomamos essa iniciativa logo que o caso veio à tona, na semana passada, quando protocolizamos o pedido de abertura de investigação do Conselho de Ética. Amanhã haverá a primeira reunião do Conselho de Ética, que acatou o nosso pedido e vai iniciar o processo de investigação.

Além disso, também apresentamos ontem o projeto de lei para dar mais transparência e controle nessas emendas, para colocar um limite de valor e para que haja transparência. Queremos que a transparência não seja um favor do Governador Geraldo Alckmin, queremos institucionalizar, queremos uma lei regrando esse processo de apresentação de emendas, os valores das emendas e a identificação tanto dos deputados que apontaram as emendas ao Orçamento quanto das prefeituras que receberam ou vão receber essas emendas.

Também estamos acionando o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Achamos importante que o Tribunal também investigue. É dinheiro público, dinheiro do Orçamento estadual, o Tribunal tem de investigar e apurar as possíveis irregularidades.

Também estamos apoiando o pedido de CPI que está sendo apresentado pelo PT, na pessoa do líder do PT, o Deputado Enio Tatto. Inclusive já assinamos esse pedido.

Então, são várias frentes de investigação, Conselho de Ética, Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o próprio Ministério Público, que já está investigando, e o nosso projeto de lei que começa a tramitar nesta Casa no sentido que isso não ocorra mais.

Manifestamos a nossa surpresa também, mas sobretudo o nosso repúdio a esse tipo de prática. É inconcebível que um parlamentar utilize as emendas que são apontadas pela Assembleia Legislativa ao Orçamento estadual para enriquecer, para fazer tráfico dessas emendas, para se beneficiar em relação a esse aspecto. É inconcebível que isso esteja acontecendo numa Casa que tem como uma das suas principais funções a fiscalização do Poder Executivo. Por isso temos de tomar providências imediatas em relação a essas denúncias feitas pelo Deputado Roque Barbiere e também pelo deputado e agora Secretário do Meio Ambiente Bruno Covas. É importante que ele diga o que realmente aconteceu. Vamos apurar. Essa é a defesa que estamos fazendo aqui na Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, gostaria de dizer que nós, do PSOL, estamos acompanhando toda a luta em defesa da saúde pública não só no Estado de São Paulo, mas no Brasil. As nossas duas bancadas, tanto no Senado federal quanto na Câmara dos Deputados, ambas estão empenhadas na aprovação da Emenda Constitucional n° 29, que versa sobre os gastos com a saúde pública e sobretudo com a possibilidade de que a União invista, no mínimo, 10% do orçamento em Saúde Pública. Hoje, os estados são obrigados a investir, no mínimo 12% do orçamento em Saúde Pública, e os municípios, 15 por cento. Sabemos que boa parte dos municípios brasileiros não tem recursos. Esses municípios, principalmente no Estado de São Paulo, dependem das verbas, tanto do Governo Estadual como do Governo Federal.

A nossa luta é, primeiro, contra qualquer tipo de imposto para financiar a Saúde. entendemos que tem dinheiro no orçamento para financiar a Saúde: tem dinheiro no Orçamento Estadual, tem dinheiro no Orçamento Federal. Temos uma política econômica extremamente danosa e nefasta para as áreas sociais. Temos os juros mais altos do mundo. Só no ano passado, o Brasil drenou mais de 250 bilhões de reais da nossa produção para o pagamento de juros da dívida pública, para enriquecer os rentistas, os especuladores da dívida brasileira. Temos que mudar essa política econômica. Se tem dinheiro para pagar 250 bilhões de reais para os rentistas e especuladores da dívida, para o capital financeiro- especulativo, como é que não vai ter dinheiro para a Saúde Pública?

Estamos acompanhando a liberação de verbas dos orçamentos estaduais e do Orçamento Federal para a construção de vários estádios, em todo o Brasil. São bilhões e bilhões de reais que estão sendo investidos, e não tem dinheiro para aumentar o investimento em Saúde Pública. É inconcebível que o Brasil não tenha mais 30 ou 40 bilhões por ano para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), uma conquista histórica da população escrita na Constituição Federal de 1988. é um dos sistemas mais avançados do mundo, porém é esvaziado no seu financiamento.

Nós, do PSOL, tanto em Brasília como em São Paulo, apoiamos a aprovação imediata pelo Senado da Emenda Constitucional nº 29, com esse adendo de que a União invista também, no mínimo, 10% do Orçamento em Saúde Pública. Defendemos a aprovação imediata dessa emenda. Não podemos aceitar, como já disse, que 250 bilhões sejam drenados para o capital financeiro-especulativo e a Saúde fique abandonada.

Enfim, essa política econômica perversa e danosa tem que ser alterada no nosso País, senão o Brasil não terá dinheiro para a aprovação da PEC 300, que nós defendemos também, que estabelece o piso nacional para os servidores da Segurança Pública. Estamos fazendo um debate em São Paulo sobre esse tema. Nesta semana, saiu uma pesquisa dizendo que a criminalidade no Estado de São Paulo vem aumentando. São dados da Secretaria de Segurança Pública. Por que isso vem ocorrendo? Porque o Governo não investe nos servidores da Segurança Pública e a falta de investimento no servidor, que é quem coloca em prática a Política de Segurança Pública, tem causado um grande prejuízo aos 42 milhões de habitantes do Estado.

Por isso é urgente a aprovação imediata dos cinco projetos que tramitam nesta Casa dos servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Sistema Prisional. Apresentamos mais de 150 emendas. Só nós, do PSOL, apresentamos 17 emendas para aperfeiçoar esses projetos, para que eles atendam minimamente as reivindicações e, sobretudo, as necessidades dos servidores da Segurança Pública.

Apelamos aos deputados para que as emendas sejam aprovadas. Vejo muitos parlamentares nesta tribuna defendendo os servidores, mas, na hora de votar, votam contra. Vai chegar a hora da verdade, a hora da votação. Vamos saber quem vai votar a favor das emendas e quem vai votar contra. É importante que a sociedade acompanhe esse momento decisivo da Assembleia Legislativa, quais são os deputados e partidos que, de fato, defendem a Segurança Pública. A aprovação das emendas será determinante nesse sentido. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Ulysses Tassinari - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - Nobre Deputado Ulysses Tassinari, que preside esta sessão, exemplo de homem público para todos nós, nobres Deputados, nobres Deputadas, público que nos acompanha nas galerias, o motivo que me traz à tribuna é discutir o desafio do desenvolvimento regional, em especial de uma das últimas regiões a se desenvolverem no Estado de São Paulo, a região noroeste paulista.

Com as audiências públicas realizadas pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, prestigiadas por outros membros desta Casa, nas cidades de Fernandópolis e Votuporanga, que acontecerão na próxima sexta-feira, conclui-se o ciclo de debates na região noroeste paulista. Essa região foi uma das últimas a ter o desenvolvimento. Era chamada de grande sertão ou boca do sertão. Primeiro, desenvolveram-se as regiões da Dutra, do Litoral. Depois, a região de Sorocaba, a região de Campinas. Depois, a região de Ribeirão Preto, por meio da Via Anhanguera. Finalmente, a Rodovia Washington Luiz levou o desenvolvimento àquela região e, antes dela, a Estação de Ferro Araraquara.

A região noroeste paulista tem características, portanto, diferentes. O Plano Plurianual (PPA) pode ser o principal instrumento de desenvolvimento integrado e sustentável do Estado de São Paulo, em especial, como estimulador do desenvolvimento regional.

As diretrizes do PPA e da administração pública estadual falam num estado promotor do desenvolvimento humano com qualidade de vida. Um estado indutor do desenvolvimento econômico, comprometido com futuras gerações, gerando mais empregos - e empregos de qualidade. Um estado integrador do desenvolvimento regional e metropolitano. Também, um estado criador do valor público pela excelência de gestão.

O PPA possibilita a visão das oportunidades e dos desafios de São Paulo para o futuro. Através das ações neles especificadas, é possível melhorar a distribuição de renda regional, pessoal e setorial.

Faremos uma análise das oportunidades e dos desafios, pontos fortes e pontos fracos de uma região formada por 107 municípios. Aí, ocorre uma inovação. Vejam que a distribuição do PPA, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, trata de forma diferente. Engloba os municípios, não só levando em conta bacias, mas também regiões administrativas e de planejamento, hoje diferenciadas, mas num modelo único. A Região de São José do Rio Preto tem 107 municípios, 1,6 milhões de habitantes, 3,8% do total do Estado de São Paulo - em 2010. Compreende municípios de pequeno porte em sua grande maioria: 89% têm menos de 21 mil habitantes; taxa de crescimento populacional abaixo do Estado: menos de 1%, inferior à média estadual. A razão da dependência da população é também inferior à média estadual, de 43 por cento. Como pontos fortes, podemos indicar, com raras exceções, os municípios com forte presença em atividades agropecuárias e que respondem por 20% dos estabelecimentos, 13% dos empregos regionais, 14% do total das empresas e 12% do total de empregos agropecuárias no Estado.

Destaca-se também nesse grupo a agroindústria, com forte presença da indústria produtiva da madeira, mas a sua industrialização em Votuporanga, Valentim Gentil, Mirassol, grandes centros moveleiros do Estado de São Paulo; fabricação de produtos alimentícios, bebidas e produção de biocombustíveis. A região noroeste paulista é conhecida também como a região dos grandes lagos. Existem lá núcleos de pesquisa da pesca como atividade produtiva, inclusive vinculada à Secretaria de Agricultura e Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios. A pesca e a agricultura são fatores de desenvolvimento da região, com núcleos desenvolvidos além dos lagos, em cidades próximas, caso de Monte Aprazível. É o segundo pólo joalheiro do Estado de São Paulo sediado em São José do Rio Preto.

Empresas que estão se instalando no Parque Tecnológico do São José do Rio Preto, com investimento de 50 milhões de reais; Polo Científico de Medicina onde se produz desde marcapasso cerebral até marcapasso cardiológico. A cidade de São José do Rio Preto tem um índice de mortalidade infantil de 9 por mil, numa política iniciada com as ações integradas de saúde, quando éramos Secretário de Planejamento, Telma de Souza aqui presente era Prefeita de Santos e o saudoso Davi Capistrano era Secretário de Saúde de Bauru. Hoje, o indicador de mortalidade infantil de São José do Rio Preto é de 9 por mil nascidos vivos.

Concedo um aparte à nobre Deputada Telma de Souza.

 

A SRA. TELMA DE SOUZA - PT - Gostaria de fazer uma ligação entre dois assuntos. Em primeiro lugar, ao assunto que o senhor está se referindo. Conversava como Deputado Jooji sobre a contaminação por organoclorados na região da Baixada Santista. Temos lá um estudo feito pela Universidade Católica sobre o nível dessa contaminação que chega a contaminar o leite materno. Já temos alguns casos de contaminação por organoclorado em mulheres que amamentam. Ao lado disso, falo desses dados da questão que o senhor acabou de dizer, da mortalidade infantil. A minha região, lamentavelmente, é hoje detentora de recordes negativos. Vivemos nesta Casa essa situação da CPI em relação às emendas. Conclamo a todos os deputados a assinarem, pois senão ficaremos todos, genericamente, sob suspeita.

Quero dizer que não permanecerei para ouvir a sua fala até o final porque está havendo também, neste momento, na Comissão de Transportes, uma audiência com o representante da Polícia Rodoviária sobre o terrível, cruel, e fantástico - negativamente falando - acidente que ocorreu na Imigrantes, na semana retrasada. E eu estava no km 42. São todos pontos negativos, mas o senhor nos traz um pequeno alento quando fala da diminuição de mortalidade, das ações integradas de saúde. Depois foram submetidas ao grande conjunto do SUS, Sistema Único de Saúde, que prevê as ações conectadas entre município, estado e Federação, e, principalmente, a possibilidade de reduzirmos problemas gravíssimos como o da mortalidade infantil. Parabéns então por esses dados. Obrigada.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - Agradeço a intervenção da Deputada Telma de Souza. Hoje, mais do que nunca, temos de vencer todos os desafios através da integração de Governo Federal, do governo estadual e dos governos municipais, integrando a sociedade através das suas universidades. Tive a honra de ter em minha tese de doutorado a Dr. Reinaldo Azoubel, que pela primeira vez estudou crianças que tinham o risco de nascer sem cérebro pela poluição ocorrida na época em Cubatão.

A contaminação lembrada pela Deputada Telma de Souza e pelo Deputado Jooji Hato é muito importante a integração das universidades, do saber acadêmico, a ação administrativa firme e integrada e, em especial, a ação política desta Casa em que acredito e tenho a honra de pertencer. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Nobre Deputado Ulysses Tassinari, que preside esta sessão, exemplo de homem público para todos nós, nobres Deputados, nobres Deputadas, público que nos acompanha nas galerias, o motivo que me traz à tribuna é discutir o desafio do desenvolvimento regional, em especial de uma das últimas regiões a se desenvolverem no Estado de São Paulo, a região noroeste paulista.

Com as audiências públicas realizadas pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, prestigiadas por outros membros desta Casa, nas cidades de Fernandópolis e Votuporanga, que acontecerão na próxima sexta-feira, conclui-se o ciclo de debates na região noroeste paulista. Essa região foi uma das últimas a ter o desenvolvimento. Era chamada de grande sertão ou boca do sertão. Primeiro, desenvolveram-se as regiões da Dutra, do Litoral. Depois, a região de Sorocaba, a região de Campinas. Depois, a região de Ribeirão Preto, por meio da Via Anhanguera. Finalmente, a Rodovia Washington Luiz levou o desenvolvimento àquela região e, antes dela, a Estação de Ferro Araraquara.

A região noroeste paulista tem características, portanto, diferentes. O Plano Plurianual de Investimentos (PPA) pode ser o principal instrumento de desenvolvimento integrado e sustentável do Estado de São Paulo, em especial, como estimulador do desenvolvimento regional.

As diretrizes do PPA e da administração pública estadual falam num estado promotor do desenvolvimento humano com qualidade de vida. Um estado indutor do desenvolvimento econômico, comprometido com futuras gerações, gerando mais empregos - e empregos de qualidade. Um estado integrador do desenvolvimento regional e metropolitano. Também, um estado criador do valor público pela excelência de gestão.

O PPA possibilita a visão das oportunidades e dos desafios de São Paulo para o futuro. Através das ações neles especificadas, é possível melhorar a distribuição de renda regional, pessoal e setorial.

Faremos uma análise das oportunidades e dos desafios, pontos fortes e pontos fracos de uma região formada por 107 municípios. Aí, ocorre uma inovação. Vejam que a distribuição do PPA, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, trata de forma diferente. Engloba os municípios, não só levando em conta bacias, mas também regiões administrativas e de planejamento, hoje diferenciadas, mas num modelo único. A Região de São José do Rio Preto tem 107 municípios, 1,6 milhões de habitantes, 3,8% do total do Estado de São Paulo - em 2010. Compreende municípios de pequeno porte em sua grande maioria: 89% têm menos de 21 mil habitantes; taxa de crescimento populacional abaixo do Estado: menos de 1%, inferior à média estadual. A razão da dependência da população é também inferior à média estadual, de 43 por cento. Como pontos fortes, podemos indicar, com raras exceções, os municípios com forte presença em atividades agropecuárias e que respondem por 20% dos estabelecimentos, 13% dos empregos regionais, 14% do total das empresas e 12% do total de empregos agropecuárias no Estado.

Destaca-se também nesse grupo a agroindústria, com forte presença da indústria produtiva da madeira, mas a sua industrialização em Votuporanga, Valentim Gentil, Mirassol, grandes centros moveleiros do Estado de São Paulo; fabricação de produtos alimentícios, bebidas e produção de biocombustíveis. A região nordeste paulista é conhecida também como a região dos grandes lagos. Existem lá núcleos de pesquisa da pesca como atividade produtiva, inclusive vinculada à Secretaria de Agricultura e Agência Paulista de Tecnologia Agropecuária. A pesca e a agricultura são fatores de desenvolvimento da região, com núcleos desenvolvidos além dos lagos, em cidades próximas, caso de Monte Aprazível. É o segundo pólo joalheiro do Estado de São Paulo sediado em São José do Rio Preto.

Empresas que estão se instalando no Parque Tecnológico do São José do Rio Preto, com investimento de 50 milhões de reais; Polo Científico de Medicina onde se produz desde marcapasso cerebral até marcapasso cardiológico. A cidade de São José do Rio Preto tem um índice de mortalidade infantil de 9 por mil, numa política iniciada com as ações integradas de saúde, quando éramos Secretário de Planejamento, Telma de Souza aqui presente era Prefeita de Santos e o saudoso Davi Capistrano era Secretário de Saúde de Bauru. Hoje, o indicador do São José do Rio Preto é de 9 por mil nascidos vivos.

Concedo um aparte à nobre Deputada Telma de Souza.

 

A SRA. TELMA DE SOUZA - PT - Gostaria de fazer uma ligação entre dois assuntos. Em primeiro lugar, ao assunto que o senhor está se referindo. Conversava como Deputado Jooji sobre a contaminação por organoclorados na região da Baixada Santista. Temos lá um estudo feito pela Universidade Católica sobre o nível dessa contaminação que chega a contaminar o leite materno. Já temos alguns casos de contaminação por organoclorado em mulheres que amamentam. Ao lado disso, falo desses dados da questão que o senhor acabou de dizer, da mortalidade infantil. A minha região, lamentavelmente, é hoje detentora de recordes negativos. Vivemos nesta Casa essa situação da CPI em relação às emendas. Conclamo a todos os deputados a assinarem, pois senão ficaremos todos, genericamente, sub suspeita.

Quero dizer que não permanecerei para ouvir a sua fala até o final porque está havendo também, neste momento, na Comissão de Transportes, uma audiência com o representante da Polícia Rodoviária sobre o terrível, cruel, e fantástico - negativamente falando - acidente que ocorreu na Imigrantes, na semana retrasada. E eu estava no km 42. São todos pontos negativos, mas o senhor nos traz um pequeno alento quando fala da diminuição de mortalidade, das ações integradas de saúde. Depois foram submetidas ao grande conjunto do SUS, Sistema Único de Saúde, que prevê as ações conectadas entre município, estado e Federação, e, principalmente, a possibilidade de reduzirmos problemas gravíssimos como o da mortalidade infantil. Parabéns então por esses dados. Obrigada.

 

O SR. ORLANDO BOLÇONE - PSB - Agradeço a intervenção da Deputada Telma de Souza. Hoje, mais do que nunca, temos de vencer todos os desafios através da integração de Governo Federal, primeiramente, do governo estadual e do governo municipal, integrando a sociedade através das suas universidades. Tive a honra de ter em minha tese de doutorado a Dra. Azoubel, quem descobriu pela primeira vez crianças que tinham o risco de nascer sem cérebro em Cubatão.

A contaminação lembrada pela Deputada Telma de Souza e pelo Deputado Jooji Hato é muito importante a essa integração das universidades, do saber acadêmico, a ação administrativa firme e integrada e, em especial, a ação política desta Casa em que acredito e tenho a honra de pertencer. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. e Sras. Parlamentares, recebemos hoje na Comissão de Atividades Econômicas, numa audiência pública, o Deputado Rogério Cabral, que está a minha esquerda. Ele veio da Alerj, do Rio de Janeiro, para contribuir com o debate que foi pautado naquela comissão, em audiência pública, sobre a telefonia e a internet no meio rural. O Deputado Rogério Cabral tem sido um defensor da expansão dos serviços de comunicação no setor rural. É um produtor rural, vem de origem humilde, está há dois mandatos consecutivos na Alerj, com quatro mandatos de vereador na região de Nova Friburgo. Ele é um homem afeito ao meio rural e contribuiu para o debate sobre a telefonia e internet no meio rural. A proposta que foi colocada na comissão é de que haverá esforços conjuntos das comissões permanentes destas duas Casas. Estaremos juntos levantando e içando esta bandeira de expansão na comunicação no setor rural, e fixação do homem no campo.

Parabéns, Deputado Rogério, pela grande contribuição ao Parlamento de São Paulo. Nossas recomendações ao Parlamento do Estado do Rio de Janeiro. (Palmas.)

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero cumprimentar a nossa fala em relação a Cubatão - Rhodia, da cidade de Cubatão, em que houve contaminação por organoclorado. Estão lá sepultados, imaginem caros telespectadores, mais de mil jamantas de caminhões com materiais tóxicos, de organoclorado que causa leucopenia, doenças graves, câncer de toda a espécie. Não é só em Cubatão, até porque ela invade São Vicente, invade Itanhaém dentre outros locais da Baixada Santista. É uma das grandes contaminações que temos. Eu trouxe na nossa fala da semana passada a teoria do plasma, que pode provocar uma reação atômica. De cinco mil até 15 mil graus centígrados pode-se solidificar essas substâncias.

Queremos ainda reafirmar que aquele odor fétido que sentimos em Cubatão não é de organoclorado. Lá é de petróleo e temos de tomar providências em relação a isso também. Quando o então Governador Montoro olhou para Cubatão, descobriu-se muitos casos de crianças que nasceram acéfalas, casos de pessoas com leucemia, com câncer de todo tipo. Queremos alertar mais uma vez que estamos atrasados em relação ao meio ambiente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Esta Presidência deseja registrar a visita do Vereador Rodrigo Borges Nicolau, Presidente da Câmara Municipal de São Joaquim da Barra. Ele se faz acompanhar do Dr. Raul Rezende, advogado da mesma cidade. Eles visitam a Casa a convite do Deputado João Antonio.

Recebam as homenagens da Assembleia Legislativa. (Palmas.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto do art. 18, inciso III, alínea ‘d’, combinado com o Art. 68 ambos da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Finanças, Orçamento e Planejamento no Plenário Tiradentes a realizar-se hoje às 16 horas e 30 minutos com a finalidade de apreciar os PLCs nºs 50, 51 e 48, de 2011.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, V. Exa. fez um discurso bastante inflamado no final da reunião do Colégio de Líderes por conta de um pedido deste Deputado no sentido de que fosse pautado não hoje, nem amanhã, mas na semana que vem ou que pelo menos fosse pautado o projeto que dá aumento à defensoria pública.

Primeiro quero explicar que aprovamos um aumento aos defensores públicos e o Governador mandou um projeto aumentando os auxiliares, o pessoal que trabalha com os defensores públicos, ou seja, aqueles que mais precisam. Nós defendemos que este projeto seja pautado. Vossa Excelência alegou que era injusto votar o da defensoria pública e não votar os de outras categorias, como o dos funcionários do DER, dos pesquisadores, dos técnicos da agricultura - para os quais ainda não temos os projetos.

Acho muito estranho pelo seguinte: um erro não justifica o outro e aqui um erro justifica o outro. Temos de votar o projeto da defensoria pública e também os projetos das outras categorias se estiverem aqui na Casa. Se não estiverem aqui na Casa temos de cobrar do Governo do Estado - V. Exa. é o Presidente da Casa, aqui a base de sustentação do Governo tem 72 deputados - o envio dos projetos corrigindo esta distorção. Não podemos justificar que não se paute o projeto da defensoria pública que trata de trabalhadores também injustiçados por conta de outras categorias. Queremos votar projeto dos funcionários do DER, dos pesquisadores, dos técnicos da agricultura, do pessoal do Itesp, mas não podemos justificar a não votação do projeto da defensoria pública por conta de projetos que ainda não chegaram na Casa ou com os quais o Governo não concorda. Era o esclarecimento a fazer. Esta é a posição da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência irá ponderar sobre as palavras de V. Exa. e oportunamente se manifestará.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, uma vez mais o Deputado Enio Tatto foi injusto. Não adotou o princípio da equidade. Não vi a preocupação de S.Exa. por exemplo com o pessoal do DER, com os pesquisadores. Ele falou agora. Mas S. Exa. trouxe um fato claríssimo: por que Pedro e não Paulo? Ninguém é contra. Acontece que o projeto chegou nesta Casa há questão de um mês, um mês e meio e temos projetos parados há quase dois anos. Não vi o Deputado Enio Tatto falar deles com tanto fervor.

Onde está o princípio da igualdade que gere o comportamento da Bancada do PT? Não posso aceitar que V. Exa. seja vítima de injustiça, Sr. Presidente. Eu estava lá e ouvi V. Exa. mencionar de maneira clara e cristalina, a não ensejar dúvidas, que há uma lei que não está sendo cumprida, de uma reivindicação de anos e anos. Agora me aparece o Deputado Enio Tatto com uma reivindicação de dois, três meses achando que a reivindicação que defende vale mais que as outras. Onde está o princípio da igualdade? Não vi isto na manifestação do Deputado Enio Tatto. Aí ele vem a plenário, porque o caminho mais fácil que tem é ser oposição, e diz que é preciso votar o aumento dos funcionários da defensoria e as outras categorias de dois, três, quatro, cinco, seis anos que ele não mencionou no Colégio de Líderes? Onde está a igualdade preconizada nesta Casa?

Portanto, Sr. Presidente, quero fazer justiça a V. Exa.; V. Exa. merece encômios, elogios; V. Exa. trouxe a verdade à tona. Temos de tratar de assuntos prioritários. O passado não vale nada? O passado é a fonte que nos conduz ao presente e nos faz olhar para o futuro. Não posso aceitar pacificamente a colocação do nobre Deputado Enio Tatto.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT – PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de ponderar a V. Exa. e a todos os deputados sobre quais comissões estão a apreciação dos projetos que vamos deliberar da Polícia e de agentes penitenciários porque a Comissão de Segurança Pública não está inclusa e eu preparava meus votos em separado com a minha assessoria. Verifico que foram convocadas a Comissão de Constituição e Justiça, Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças e Orçamento. Os projetos da Polícia e dos agentes penitenciários não terão manifestação e voto porque não foi chamada a deliberar a Comissão de Segurança Pública.

Isso é um absurdo. Isso é um achincalhe com a Comissão de Segurança Pública desta Casa, não é só comigo não!

Portanto, pondero a V. Exa. que isso é um verdadeiro golpe para que não se debruce em cima dos projetos da Polícia da mesma maneira como aqueles que foram encaminhados pelos seus partidos para comporem a Comissão de Segurança Pública: onze senhores deputados. O não encaminhamento formal para a comissão já é uma forma de alijá-la.

Não termos a Comissão de Segurança Pública apreciando projetos da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica e dos agentes penitenciários não é uma desconsideração para com o Major Olímpio, é uma desconsideração para com a estrutura desta Casa. Não é mais necessário ter Comissão de Segurança Pública nesta Casa. Se esses projetos que vão discutir carreiras, salários, vantagens a Comissão não pode discutir, ela está sendo até inoportuna para os trabalhadores da Assembleia.

Peço, então, a V.Exa., que seja feita uma revisão técnica disso, e que a Comissão de Segurança Pública possa discutir os projetos da Segurança Pública.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT – PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de ponderar a V. Exa. e a todos os deputados sobre quais comissões estão a apreciação dos projetos que vamos deliberar da Polícia e de agentes penitenciários porque a Comissão de Segurança Pública não está inclusa e eu preparava meus votos em separado com a minha assessoria. Verifico que foram convocadas a Comissão de Constituição e Justiça, Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças e Orçamento. Os projetos da Polícia e dos agentes penitenciários não terão manifestação e voto porque não foi chamada a deliberar a Comissão de Segurança Pública.

Isso é um absurdo. Isso é um achincalhe com a Comissão de Segurança Pública desta Casa, não é só comigo não!

Portanto, pondero a V. Exa. que isso é um verdadeiro golpe para que não se debruce em cima dos projetos da Polícia da mesma maneira como aqueles que foram encaminhados pelos seus partidos para comporem a Comissão de Segurança Pública: onze senhores deputados. O não encaminhamento formal para a comissão já é uma forma de alijá-la.

Não termos a Comissão de Segurança Pública apreciando projetos da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-Científica e dos agentes penitenciários não é uma desconsideração para com o Major Olímpio, é uma desconsideração para com a estrutura desta Casa. Não é mais necessário ter Comissão de Segurança Pública nesta Casa. Se esses projetos que vão discutir carreiras, salários, vantagens a Comissão não pode discutir, ela está sendo até inoportuna para os trabalhadores da Assembleia.

Peço, então, a V.Exa., que seja feita uma revisão técnica disso, e que a Comissão de Segurança Pública possa discutir os projetos da Segurança Pública.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva.

 

O SR. RAFAEL SILVA - PDT PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, nobres colegas, eu entendo que havendo interesse na votação de projetos importantes deveríamos cuidar para que realmente esses projetos fossem votados. Mas percebo que o palanque que existe nesta Casa é maior do que o interesse dos próprios servidores. Muitos deputados usam a tribuna para fazer palanque.  Quero que se vote dessa forma ou de outra forma, apresenta uma emenda impossível, aí vem obstrução e o tempo corre. E o servidor, que aguarda ansiosamente a votação, que aguarda a aprovação do projeto que lhe interessa acaba ficando a ver navios, sendo iludido, sendo enganado.

Então, Sr. Presidente, entendo que esta Casa é política, sim. Devemos fazer política, mas devemos levar em conta, em primeiro lugar, o interesse do servidor que está esperando um aumento, esperando a votação de projeto de alteração na sua carreira. Esta Casa tem que defender acima de tudo a lealdade devida àqueles que acreditam em nós.

Estou inscrito para falar no Grande Expediente, mas percebo que o Grande Expediente não vai existir mais nesta Casa. Estou inscrito há um bom tempo e agora há essas discussões. É para Reclamação, para Informação e não se respeita a lista do Grande Expediente. Entendo que deve haver uma mudança no esquema para podermos ter garantido o direito de usar a palavra no Grande Expediente quando chegar a nossa vez, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência levará em conta as ponderações de Vossa .Exacelência.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - PARA RECLAMAÇÃO - Eu não poderia deixar de me manifestar Sr. Presidente. Eu estava também no Colégio de Líderes e não posso deixar de dizer em público o quanto V.Exa. temsido justo com os funcionários públicos do Estado de São Paulo. Aliás, por merecimento, Sr. Presidente. V. Exa. é um dos homens que mais defendem a justiça salarial, que mais defende o funcionalismo nesta Casa em termos de reposição, de reposição inflacionária. O que de fato V.Exa. faz e fez é não permitir injustiças. Não concordo com posições contrárias a essas de que de fato V.Exa. tem defendido a Assembleia, tem defendido o funcionalismo público, e o que V.Exa. não aceita são injustiças com os demais funcionários. Parabéns pelo empenho de V.Exa., pela firmeza de V.Exa. na condução dos trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - Sr. Presidente, peço para falar para Reclamação.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Com anuência do orador, tem V.Exa. a palavra, se possível por prazo um pouco menor do que o regimental.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, tomei conhecimento de que no Congresso de Comissões a Comissão de Segurança Pública não integrará, e eu não entendi porque, a discussão dos projetos Projeto de lei Complementar 50e 51.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência esclarece que o artigo 31, parágrafo 9º, do Regimento, diz que a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários compete à Comissão, compete opinar sobre proposições e assuntos de segurança pública aspectos operacionais da Polícia Civil, Militar e Científica e assuntos relativos ao Sistema Penitenciário do Estado, bem como sobre organização, reorganização de repartições da administração direta ou indireta aplicadas a esse fim.

Confesso que eu também fiquei surpreso da mesma forma que V.Exa. e o nobre Deputado Olimpio Gomes. Diz o parágrafo 10: À Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho compete opinar a respeito de proposições e assuntos relativos à administração pública em geral, aos servidores públicos civis e militares, seu regime jurídico, provimento de cargos públicos, estabilidade, aposentadoria, criação, extinção ou transformação de cargos, carreiras ou funções, assuntos relacionados...” Enfim, é bem claro o Regimento no sentido de que cabe à Comissão de Administração Pública e Relaçoões do Trabalho os assuntos pertinentes aos servidores civis e militares.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB – PARA RECLAMAÇÃO - Mesmo assim, Sr. Presidente, quero registrar a reclamação, porque, à Comissão de Segurança Pública compete discutir temas relacionados à Segurança Pública. E esse tema é relacionado à Segurança Pública. Por diversas vezes projetos ligados às carreiras policiais foram discutidos pela Comissão de Administração Pública e pela Comissão de Segurança Pública. Uma coisa não desdiz a outra.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Antes da alteração do Regimento era assim, como V.Exa. diz. Hoje não é. Acho até que cabe uma discussão disso.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - Porque são temas ligados à Segurança Pública.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - PARA RECLAMAÇÃO - A Comissão de Educação participou, dentro do processo de discussão e votação, do projeto relacionado aos educadores. E, quando se fala de estrutura e funcionamento, se desprezarmos o ser humano dentro da estrutura e funcionamento é mais do que condição de fechar a Comissão de Segurança Pública, ela perde completamente o objeto. Estamos debruçados nesse projeto agora, queremos discutir para o aperfeiçoamento do projeto, e não tem cabimento. Com relação aos projetos da Educação a Comissão de Educação participou efetivamente inclusive no Congresso de Comissões. Não tem menor pertinência, agora, não se colocar deputados que estão debruçados no projeto, que estão recebendo as entidades, e vai ser discutido por deputados que não tiveram sequer contato com o projeto, com as emendas, com o aperfeiçoamento disso.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - PARA RECLAMAÇÃO - Sr.Presidente, o Regimento Interno é muito claro. À Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários compete opinar sobre proposições e assuntos de Segurança Pública; este tema é ligado ou não é ligado à Segurança Pública?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Se V.Exa. ignorar a leitura do parágrafo 10, lógico.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - O parágrafo 10 fala de outra comissão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Leia o que ele diz: “Sobre os servidores civis e militares.”

 

O SR. FERNANDO CAPEZ -PSDB - Então eu indago: a Comissão de Justiça também não participa? Não diz respeito à Comissão de Justiça?

 

O SR. PRESIDENTE BARROS MUNHOZ - PSDB - Diz.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - O fato de tratar de tratar de uma comissão não desdiz a competência de outra comissão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Nenhuma proposição será distribuída a mais de 3 comissões, salvo no caso em que a matéria envolve assuntos relativos à área metropolitana, tal e tal ...

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - Justiça, Segurança Pública e Administração Pública. São as três3 comissões.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É opinião de V.Exa. que esta Presidência respeita, nobre Deputado. Tem que ter Finanças. Mas o Regimento é claro. Se ele foi mal elaborado houve um grupo de trabalho que discutiu exaustivamente, durante vários meses, e todos nós votamos esse Regimento. Ele é claríssimo. Vejam: compete opinar a respeito de proposições e assuntos relativos à Administração Pública em geral, aos servidores públicos civis e militares, seu regime jurídico, provimento de cargos públicos, estabilidade, aposentadoria, criação, extinção, transformação de cargos, carreiras ou funções. É exatamente do que tratam esses assuntos.

Aliás, recentissiemamente, o projeto do Centro Paula Souza também não foi encaminhado à Comissão de Educação. Foi encaminhado à Comissão de Ciência e Tecnologia. Essa a definição que um grupo de trabalho muito bem constituído, que foi extremamente elogiado e enaltecido pelo seu trabalho elaborou. E nós, analisando, recebendo cópias, tendo que opinar e referendamos no plenário. Esse regimento foi aprovado por unanimidade no plenário. Não há o que se dizer. Se ele tem algum erro podemos até revisar. Talvez seja o caso.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero fazer um comunicado a toda a família policial do Estado de São Paulo e agentes penitenciários, que existe mais uma forma de dizer que o homem, o material humano não faz parte da estrutura da Segurança Pública.

É o discurso do Governo, de dizer que o que vale é a viatura, o colete, a arma, o rádio, o computador, o tablet. Dizer que a questão relacionada aos Recursos Humanos da polícia não deve ser objeto de discussão, por 11 parlamentares que foram indicados pelos seus partidos, é simplesmente uma forma de nos tirar desse processo, dessa discussão.

Nós podemos ir lá, no máximo, para falar cinco minutos. Não poderemos apresentar um voto em separado. Esse é um grande golpe contra os servidores da Segurança Pública. Poderia, sim, ser feita a questão de colocar os Deputados que em tese, pelos seus partidos, são os mais afetos à área: receberam as entidades, têm contato com as instituições policiais, conhecem a dinâmica e o problema das instituições.

Mas agora, e vocês, policiais, também estão aqui vigilantes e acompanhando, não poderemos mais ter força de voto. Só poderemos, simplesmente, lamentar. Lamentar o Regimento da Casa, lamentar as interpretações casuísticas, lamentar tudo isso que está acontecendo, e que vai acontecer.

Você, agente penitenciário, vai ter goela abaixo o projeto seco. Você, policial civil e militar, vai continuar amargando os piores salários do País. E nem o direito de manifestação e de reclamação, que nós poderíamos fazer, não nos será facultado.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero fazer um comunicado a toda a família policial do Estado de São Paulo e agentes penitenciários, que existe mais uma forma de dizer que o homem, o material humano não faz parte da estrutura da Segurança Pública.

É o discurso do Governo, de dizer que o que vale é a viatura, o colete, a arma, o rádio, o computador, o tablet. Dizer que a questão relacionada aos Recursos Humanos da polícia não deve ser objeto de discussão, por 11 parlamentares que foram indicados pelos seus partidos, é simplesmente uma forma de nos tirar desse processo, dessa discussão.

Nós podemos ir lá, no máximo, para falar cinco minutos. Não poderemos apresentar um voto em separado. Esse é um grande golpe contra os servidores da Segurança Pública. Poderia, sim, ser feita a questão de colocar os Deputados que em tese, pelos seus partidos, são os mais afetos à área: receberam as entidades, têm contato com as instituições policiais, conhecem a dinâmica e o problema das instituições.

Mas agora, e vocês, policiais, também estão aqui vigilantes e acompanhando, não poderemos mais ter força de voto. Só poderemos, simplesmente, lamentar. Lamentar o Regimento da Casa, lamentar as interpretações casuísticas, lamentar tudo isso que está acontecendo, e que vai acontecer.

Você, agente penitenciário, vai ter goela abaixo o projeto seco. Você, policial civil e militar, vai continuar amargando os piores salários do País. E nem o direito de manifestação e de reclamação, que nós poderíamos fazer, não nos será facultado.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, quero requerer, nos termos do Art. 70, § 2º, do Regimento Interno, que após a realização do Congresso de Comissões o projeto seja enviado à Comissão de Segurança Pública, para que seja debatido a respeito do tema.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É exatamente a solução que a nossa assessoria estava nos propondo, a audiência posteriormente ao Congresso de Comissões, mas sobre assunto específico.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - Elogiamos a postura de V. Exa., como sempre democrática.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Um Deputado requerendo, vou deferir que a Comissão de Segurança Pública participe do Congresso.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - Farei o requerimento por escrito, sem prejuízo de que outros Ddeputados também o façam.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É a comissão que vai participar. Um Deputado requer e eu defiro que a Comissão de Segurança Pública participe do Congresso de Comissões. Aliás, é uma falha que precisamos corrigir.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, regimentalmente, a comissão pode requerer que vá para a Comissão de Segurança Pública agora, antes do Colégio?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não. Quando qualquer Deputado ou Deputada pretender que outra comissão se manifeste sobre determinada matéria, apresentará requerimento escrito nesse sentido ao Presidente da Assembleia, indicando obrigatoriamente e com precisão a questão a ser apreciada.

Então, não é a comissão. Vossa Excelência deseja que a Comissão de Segurança Pública seja ouvida. Vossa Excelência requer eesta Presidência vai deferir. A comissão vai participar do congresso e vai ser ouvida.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Posteriormente ao congresso ou à manifestação?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Não. Junto com o congresso.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - E nós teremos 10 minutos para discussão, o voto em separado?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - As mesmas atribuições das demais comissões. É só fazer o requerimento que vou deferir. Pode fazer à mão, que é mais rápido, por favor, nobre Deputado Capez ou nobre Deputado Olímpio, para ganharmos tempo.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, primeiro quero parabenizá-lo pela decisão tomada, de incluir a Comissão de Segurança Pública no Congresso de Comissões.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Obrigado.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Realmente, é meio contraditório e bastante injusto.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sem dúvida.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Nós discutirmos cinco projetos da área da Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, polícia penitenciária, e de repente não passar pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Uma falha gravíssima do grupo de trabalho, referendada por todos nós.

 

O SR. ENIO TATTO - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Parabéns pelo bom senso e pela decisão tomada.

Em segundo lugar, Sr. Presidente, gostaria de contra-argumentar o Deputado Campos Machado, e relevo um pouco porque penso que ele está com a cabeça quente, um pouco nervoso, mesmo porque ele tem muitos compromissos como Líder do PTB.

Penso que ele não ouviu direito que eu defendi a votação do projeto da Defensoria Pública, dos funcionários, e defendi também das outras categorias. E vou mais longe. Falei do DER, mas o DER é um caso particular. Nós votamos o projeto aqui há mais de um ano, e o Governo não está pagando. O Governo não está cumprindo algo que nós votamos, então, é mais injusto ainda.

No mais, defendemos que venham os projetos que estão aqui na Casa, dando aumento de salário de forma justa para o funcionalismo público, que sejam pautados e sejam votados imediatamente.

Reafirmo, pela Bancada do PT, àquelas categorias que estão aguardando a vinda do projeto enviado pelo Executivo, que reivindicamos, exigimos e pedimos - espero que todos os Deputados façam, inclusive V. Exa. como Presidente, e o Líder do Governo, Samuel Moreira - que o Governador envie para cá o projeto, para podermos votar.

 

O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, acaba de me dizer o Deputado Camarinha, que eu estava com uma questão do PTB do Pará, que o Deputado Enio Tatto disse que eu estava com a cabeça cheia, preocupado com o PTB.

Eu não sabia que o Deputado Enio Tatto era intérprete, um médico que sabe dizer efetivamente qual é o diagnóstico do paciente. Primeiro, quem tem que estar com a cabeça quente não sou eu, não. Eu não tenho razão para estar com a cabeça quente, Sr. Presidente. O que eu quis aqui é fazer justiça, o que o Deputado Enio Tatto não fez.

E agora ele quer mudar o discurso. Agora ele quer passar para mocinho. Quer ser o mocinho do filme, quer ser o galã das oito, mas não o vilão. Galã da novela das oito, para ser aplaudido. Ele é que propôs a votação do DER, ele que propôs a votação do pessoal da Agricultura, Enio Tatto propôs todas as medidas necessárias para reverter a injustiça do passado.

E V. Exa., Deputado Barros Munhoz, Presidente, não fez nada. Quem fez foi o Deputado Enio Tatto. Vossa Excelência foi o vilão. Deputado Enio Tatto, como é fácil ser oposição, principalmente quando se caminha pela inconsequência.

Se estou com a cabeça cheia, Sr. Presidente, é de bons sentimentos, é de bons sonhos, porque acreditei, desde o início da minha vida, que é preciso sonhar. Quem não sabe sonhar não sabe viver. Quem sabe, eu sonho com outro Parlamento, onde o que se conversa no Colégio de Líderes não vai para a imprensa de maneira inoportuna.

Fui surpreendido hoje nos jornais com uma frase que eu não disse. Mas algum líder foi lá, para aparecer junto aos jornalistas e afirmou aquilo que eu não disse. E agora o Deputado Enio Tatto vem reafirmando, motivo pelo qual, Sr. Presidente, eu já me inscrevo para falar pelo Art. 82, tão logo termine o pronunciamento do Deputado Enio Tatto.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Só pela oportunidade, em nome do Deputado Enio Tatto, diante do requerimento do nobre Deputado Fernando Capez, esta Presidência vai retificar a convocação feita, nos seguintes termos: "Nos termos do disposto no Art. 18, Inciso III, alínea "d", combinado com o Art. 68, ambos da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho; Segurança e Assuntos Penitenciários; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16h50min, no Plenário Tiradentes, com a finalidade apreciada os PLCs nºs 50, 51 e 48/11.

 

O SR. ENIO TATTO - PT- PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e público que nos assiste, acredito que a polêmica desses cinco projetos importantes, tirou o foco nesse momento sobre as graves denúncias que estão acontecendo nessa Casa. São as denúncias feitas por um Deputado sobre a questão da venda de emendas, pautada desde a última quinta-feira pela imprensa. A Bancada do PT, além de aprovar que a Comissão de Ética se reúna já apresentou três requerimentos para que sejam ouvidos o Deputado Roque Barbiere, o Deputado Major Olímpio Gomes e o Deputado Bruno Covas, hoje Secretário do Meio Ambiente, e que foram os Deputados que falaram sobre episódios relacionados às Emendas.

A Bancada do PT acredita ser importantíssima e para isso já redigimos um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, para que se apure profundamente essas denúncias. Não podemos admitir que um Deputado venha com denúncias graves e diga que, ao tomar conhecimento sobre a questão das Emendas, procurou o Secretário da Casa Civil e o Secretário de Planejamento, comunicou- os sobre o que estava acontecendo aqui no Estado de São Paulo acerca das denúncias. Até onde temos conhecimento, nenhuma providência foi tomada por esses Secretários.

Não podemos admitir que diante das mesmas denúncias, um deputado do PSDB, da base governista, venha a público e fale que um determinado prefeito que recebeu uma emenda dele de 50 mil reais, chegou a ele com 5 mil reais e perguntou a quem deveria entregar. Esse Deputado que ocupa hoje a Secretaria do Meio Ambiente, Bruno Covas - que foi Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, que já fez audiências públicas em todo o Estado de São Paulo, que já foi relator da peça orçamentária dessa Casa mais de uma vez -, tomou como única decisão diante desse fato tão grave; foi a de dizer ao prefeito que doasse o dinheiro a uma instituição de caridade como a Santa Casa.

Essa CPI, Sr. Presidente, precisa apurar a fundo. A Comissão de Ética não tem poder para convocar Secretário para ser ouvido, ela deve tratar de questões internas e de decoro dos Deputados. O único instrumento do qual dispomos, para investigar verdadeiramente e para defender a Assembleia Legislativa, é a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Sr. Presidente, temos o requerimento para a instalação da CPI, temos algumas assinaturas e gostaria de pedir apoio, começando por todos os líderes partidários, para que possamos apurar a fundo essa omissão do Governo, principalmente do Secretário da Casa Civil à época e do Secretário de Planejamento, que não se pronunciaram diante de uma denúncia tão grave e importante, feita por dois Deputados e posteriormente por mais um Deputado que hoje é Secretário da Casa Civil.

Ressalto que temos que apurar e chamar a atenção de representantes e autoridades do Governo para esse assunto, pois quem é responsável pela liberação do orçamento e das emendas para as prefeituras e entidades, e quem faz o pedido dos documentos para execução das obras é o Governo do Estado através das Secretarias. Quem paga é o Governo do Estado. E diria até que quem corta a fita para inaugurar obras, quem corta a fita para faturar politicamente sobre as obras não é o Deputado e sim o Governo do Estado.

Portanto, essa CPI é necessária sim para que se apure profundamente essa questão. A Comissão de Ética cuidará das questões dos parlamentares, e a CPI cuidará da questão da omissão do Governo do Estado através da Secretaria da Casa Civil e da Secretaria de Planejamento. Principalmente a atitude de um Secretário que, sabendo desse problema, a única solução dada em relação ao dinheiro e a propina, foi a de pedir para quem estava pagando que enviasse o dinheiro para uma instituição de caridade.

É um absurdo isso acontecer com um parlamentar que foi Presidente da Comissão de Orçamento, foi relator do orçamento, um deputado da base governista, que hoje ocupa uma cadeira muito importante no Estado de São Paulo, que é a Secretaria do Meio Ambiente. Peço o apoio de todos os líderes e todos os parlamentares dessa Casa para que protocolássemos com as 32 assinaturas, a abertura dessa CPI, para apurar profundamente as graves denúncias feitas contra essa Casa.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Quero comunicar a presença dos alunos da Escola Estadual João Batista Soldé, do Município de Jandira, acompanhados das professoras Maria de Fátima, Elizabete, Simone e Margarete, que vieram aqui visitar a exposição do Rio Tietê e participaram do movimento de preservação do mesmo. Quero agradecer a presença das professoras e dos alunos e dizer que essa Casa recebe todos vocês de braços abertos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Essa Presidência se associa a homenagem prestada aos alunos e as professoras dessa escola em Jandira e aproveito o ensejo para parabenizá-lo também, nobre Deputado João Caramez, porque é uma exposição maravilhosa que dignifica a atuação de uma das mais dinâmicas e eficientes Frentes Parlamentares dessa Casa, que é a de Defesa da Hidrovia. Parabéns, Deputado João Caramez.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES – PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria de deixar claro que assinei o requerimento do pedido de CPI proposto pelo líder do Partido dos Trabalhadores. Entretanto, devo esclarecer que o objeto da apuração da CPI é o eventual desvio de recursos financeiros através de emendas, através de lobbies. O Deputado Roque Barbiere, que ainda não está presente, é nesse momento uma das pessoas que se posiciona e diz que o fato gravíssimo existe, portanto não pode ser objeto de acusação de nenhuma espécie.

Quero deixar bem claro que fiz manifestações, inclusive para a imprensa, em relação ao assédio direto e indireto, a vagabundos que coloquei para fora da minha sala que fizeram insinuações falando em participação política, contribuição política ou financeira pelo retorno de emendas. Tenho experiência policial para saber que jamais prosperaria dar voz de prisão em flagrante em uma palavra contra palavra, mas estou mais do que disposto em qualquer foro, seja na Comissão de Ética, seja numa CPI, seja no Ministério Público. Como ouvi de dirigentes de entidades, em outros momentos: “Olha, tenho outra entidade que não está ainda regularizada, mas também é muito carente de recursos. Não tem o pró-social, não tem declaração de utilidade pública”.

O que eu puder colaborar para que se esclareçam os fatos. Só que faço essa menção. Neste momento, nem o Deputado Roque Barbiere, tampouco eu, estamos sendo acusados de nada, ou sendo questionados. As minhas palavras, a minha responsabilidade e o que eu puder colaborar. Não dá para tapar o sol com a peneira e dizer que nunca aconteceu nada em relação a recursos públicos, principalmente em emendas, que não têm transparência, que não têm publicação nenhuma.

E mais: neste ano, sou o líder do MSE, do Movimento sem Emendas. Estamos chegando ao mês 10 e nenhuma emenda - porque o Deputado Olímpio Gomes faz oposição - foi acolhida para se transformar num convênio.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT- PARA COMUNICAÇÃO- Gostaria de deixar claro que assinei o requerimento do pedido de CPI proposto pelo líder do Partido dos Trabalhadores. Entretanto, devo esclarecer que o objeto da apuração da CPI é o eventual desvio de recursos financeiros através de emendas, através de lobbies. O Deputado Roque Barbiere, que ainda não está presente, é nesse momento uma das pessoas que se posiciona e diz que o fato gravíssimo existe, portanto não pode ser objeto de acusação de nenhuma espécie.

Quero deixar bem claro que fiz manifestações, inclusive para a imprensa, em relação ao assédio direto e indireto, a vagabundos que coloquei para fora da minha sala que fizeram insinuações falando em participação política, contribuição política ou financeira pelo retorno de emendas. Tenho experiência policial para saber que jamais prosperaria dar voz de prisão em flagrante em uma palavra contra palavra, mas estou mais do que disposto em qualquer foro, seja na Comissão de Ética, seja numa CPI, seja no Ministério Público. Como ouvi de dirigentes de entidades, em outros momentos: “Olha, tenho outra entidade que não está ainda regularizada, mas também é muito carente de recursos. Não tem o pró-social, não tem declaração de utilidade pública”.

O que eu puder colaborar para que se esclareçam os fatos. Só que faço essa menção. Neste momento, nem o Deputado Roque Barbiere, tampouco eu, estamos sendo acusados de nada, ou sendo questionados. As minhas palavras, a minha responsabilidade e o que eu puder colaborar. Não dá para tapar o sol com a peneira e dizer que nunca aconteceu nada em relação a recursos públicos, principalmente em emendas, que não têm transparência, que não têm publicação nenhuma.

E mais: neste ano, sou o líder do MSE, do Movimento sem Emendas. Estamos chegando ao mês 10 e nenhuma emenda - porque o Deputado Olímpio Gomes faz oposição - foi acolhida para se transformar num convênio.

 

O SR. Vinícius Camarinha - PSB - Sr. Presidente, temos agora um Congresso de Comissões, no Plenário Tiradentes, com um importantíssimo debate. sendo assim, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por uma hora, para que tenhamos a oportunidade de participar do congresso.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Vinícius Camarinha e suspende a sessão por uma hora.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 51 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 51 minutos sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência atendendo solicitação do nobre Deputado Roberto Morais convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra ‘r’ da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 21 de outubro de 2011, às 20 horas, com a finalidade de comemorar os 20 anos da Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças solicito a suspensão da sessão até as 18 horas e 50 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em face do acordo entre as lideranças a Presidência suspende a sessão até as 18 horas e 50 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e 52 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 52 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, solicito a prorrogação dos nossos trabalhos por uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Orlando Morando e suspende a sessão por uma hora.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 18 horas e 52 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 52 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, solicito a prorrogação dos nossos trabalhos por uma hora e 30 minutos.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até às 21 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Jorge Caruso e suspende a sessão até àas 21 horas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 19 horas e 52 minutos, a sessão é reaberta às 21 horas e 01um minuto sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, de dar por levantados os trabalhos esta Presidência convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas e um01 minuto.

 

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