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28 DE AGOSTO DE 2012

109ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI e MILTON LEITE FILHO

 

Secretário: ITAMAR BORGES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

002 - ITAMAR  BORGES

Para comunicação, solicita a transcrição e publicação de requerimentos diversos.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Lembra a necessidade de doações para que a Santa Casa de São Paulo possa ser mantida em funcionamento. Descreve o assassinato do policial militar Joaquim Carlos Menezes, de 40 anos, no ultimo domingo na Capital. Lamenta a onda de violência contra a PM neste Estado. Afirma que os policiais não se intimidarão com estas ameaças às suas vidas.

 

004 - Presidente JOOJI HATO

Convoca os Srs. Deputados para sessões solenes a realizarem-se: dia 24/09, às 20 horas, em "Homenagem ao Templo Ryushoji pela passagem do 70º aniversário de fundação e para celebrar sua nova nave", por solicitação do Deputado Luiz Carlos Gondim; e dia 28/09, às 20 horas, em "Homenagem aos dirigentes de clubes da década do esporte", a requerimento do Deputado Fernando Capez.

 

005 - CARLOS GIANNAZI

Critica o Executivo Estadual pela burocracia excessiva na tramitação de processos de servidores públicos. Cobra solução a reestruturação e informatização dos órgãos visando solução do problema. Cita casos de demora da emissão de certidões a servidores que necessitam se aposentar.

 

006 - MARCOS MARTINS

Comenta evento sobre os malefícios do uso do amianto para a saúde humana. Afirma que este produto dever ser banido para a proteção da saúde da população. Relata ações da justiça que procuram fechar estabelecimentos que insistem um produzir e utilizar este produto.

 

007 - ROBERTO MORAIS

Relata encontro com membros do Governo Estadual para tratar da questão de melhorias no aeroporto de Piracicaba. Destaca a importância deste equipamento para a Região. Comenta que a intenção é municipalizar a gestão do aeroporto para que seja melhor administrado.

 

008 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

009 - JOOJI HATO

Denuncia o estado precário da Saúde Pública na periferia da Capital. Comenta que grande parte dos leitos dos hospitais públicos são ocupados por pacientes vítimas da violência urbana. Cita Projeto de lei, aprovado na Câmara Municipal de São Paulo, que obrigava a Prefeitura a fornecer lanche aos pacientes na fila de espera. Lamenta que a matéria tenha sido vetada pelo então Prefeito.

 

010 - ADRIANO DIOGO

Comenta notícia do jornal "Folha de S. Paulo" sobre assassinato em Caraguatatuba, de militante dos direitos humanos, o advogado criminalista Diego Luiz Berbare Bandeira. Exibe vídeo do depoimento da vítima na comissão de Direitos Humanos desta Casa. Pede apuração do caso por parte dos órgãos responsáveis.

 

011 - MARCOS MARTINS

Comenta a sensação de inseguranças que acomete a população em geral. Lamenta a morte do defensor do direitos humanos em Caraguatatuba, Diego Bandeira.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Lamenta a derrota no Congresso Nacional da proposta que exigia que fossem investidos 10% do PIB em Educação Pública. Critica o Governo Federal por ter se colocado contra a proposta. Destaca a importância de educação para o desenvolvimento do país. Cita os partidos políticos que votaram contra a proposta.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - VANESSA DAMO

Informa que, devido ao processo eleitoral, deve se licenciar por 45 dias de sua função como Parlamentar. Dá conhecimento de que o Deputado Jorge Caruso deve assumir o papel de Líder do PMDB nesta Casa. Tece comentários acerca de sua trajetória política.

 

014 - HAMILTON PEREIRA

Para reclamação, faz reparos à Deputada Vanessa Damo no que tange a legislação eleitoral.

 

015 - VANESSA DAMO

Para comunicação, responde ao Deputado Hamilton Pereira. Enaltece o currículo do Deputado.

 

016 - HAMILTON PEREIRA

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

017 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido. Suspende a sessão às 15h39min.

 

ORDEM DO DIA

018 - MILTON LEITE FILHO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h36min. convocou os Senhores Deputados para a sessão ordinária do dia 29 de agosto, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados requerimentos de urgência do Deputado Samuel Moreira aos PLs 175 e 320/012.

 

019 - RITA PASSOS

Solicita a suspensão dos trabalhos por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

020 - Presidente MILTON LEITE FILHO

Registra o pedido. Convoca, para hoje, as seguintes reuniões conjuntas de Comissões: de Assuntos Municipais e Metropolitanos, às 16 horas e 45 minutos; e de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 17 horas. Defere o pedido e suspende os trabalhos às 16h39min.

 

021 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h15min.

 

022 - JOOJI HATO

Pede a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, para entendimento das lideranças.

 

023 - ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h16min.

 

024 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h34min. Convoca uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas.

 

025 - JORGE CARUSO

Para comunicação, informa que, com a licença da Deputada Vanessa Damo, assumia a Liderança do PMDB, acrescentando que o Deputado Baleia Rossi ocupa a vice-liderança da bancada. Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

026 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 29/08, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, às 19 horas de hoje. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE – JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Itamar Borges para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – ITAMAR BORGES - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. ITAMAR BORGES – PMDB – PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, passo a ler discurso referente à Revolução de 32 e que faz uma ligação com São Paulo e Maracaju, extraído de uma conversa tida com um parlamentar de Mato Grosso do Sul, na última semana, em Brasília:

“Hoje venho a esta Tribuna para falar de uma data importante para o povo paulista.

No dia 9 de julho, data que dá nome a este Palácio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, comemorou-se os oitenta anos do Movimento Constitucionalista, que São Paulo deflagrou em julho de 1932 na defesa da autonomia do Estado e pela reconstitucionalização do País, como condição essencial para a normalização da vida nacional e o desenvolvimento político, econômico e social do Brasil.

Ao comemorar-se oitenta anos do Movimento Constitucionalista, lembramos não apenas a luta dos paulistas no campo de batalha, no qual, apesar da bravura de suas tropas, foram derrotados, frente à desproporção dos recursos de que dispunham, comparados com o poder do governo federal, mas lembramos sobretudo os legados que ficaram.

Moralmente e politicamente, o movimento foi vitorioso e teve impacto relevante na história nacional, porque logo depois do término do conflito, o governo federal convocou eleições para a Assembleia Constituinte, que promulgou a Constituição de 1934. Foi também quando, pela primeira vez no país, as mulheres participaram do processo eleitoral.

Os valores republicanos da nacionalidade, da democracia, do respeito à lei e a liberdade são as bases do empreendedorismo, e essas são importantes heranças da Revolução de 32. Se São Paulo tem a marca do empreendedorismo, isso se deve, em parte, àqueles líderes de 32. E oitenta anos depois continuamos lutando pela regulamentação de direitos, de garantias individuais e coletivas para o povo brasileiro.

Quando fui prefeito de Santa Fé do Sul, no extremo noroeste do Estado de São Paulo, realizávamos todos os anos as comemorações e a caminhada “Amor a São Paulo”, que sai de Santa Fé do Sul e percorre mais de 900 quilômetros até a cidade de Cruzeiro no Vale do Paraíba. Em 1932, Santa Fé teve papel importante na Revolução, assim como o Estado vizinho, de Mato Grosso. Caso ímpar na história brasileira, os revolucionários criaram o Estado de Maracaju, sem autorização da União, de 10 de julho de 1932 a 2 de outubro do mesmo ano.

O nome Maracaju deriva da serra que corta aquele estado. Teve inclusive governador, o então prefeito de Campo Grande, Vespasiano Martins. Maracaju foi criado a partir da divisão de Mato Grosso na sua parte meridional, demonstrando as intenções separatistas com relação ao governo de Cuiabá. Durante a Revolução Constitucionalista, o sul de Mato Grosso apoiou a causa paulista, na pessoa do general Bertoldo Klinger. Com o fim da revolução e a vitória militar do governo central, o estado foi dissolvido, mas serviu de embrião para o que é hoje, o Estado de Mato Grosso do Sul, criado em 1975.

São rápidas lembranças que cada deputado desta Assembleia traz com orgulho, para reverenciar aquele momento da vida nacional. Quando faltou o equilíbrio ao Governo Federal São Paulo levantou-se, e de peito aberto defendeu a democracia, a liberdade e o empreendedorismo.”

Quero aproveitar esta oportunidade, para ler aqui nesta Tribuna o discurso proferido pelo Dr. Kalil Rocha Abdala, na Solenidade de Concretização da Parceria entre a Santa Casa de São Paulo e a Eletropaulo para contribuição da população à Santa Casa na conta de energia.

Exmos. Srs.: Deputado José Anibal, DD Secretário de Energia do Estado de São Paulo, representando, inclusive, o Dr. Geraldo Alckmin Filho, nosso ilustre Governador; Itamar Borges, deputado estadual; Olímpio Gomes, deputado estadual; Britaldo Pedrosa Soares, Presidente da AES Brasil; Sidney Simonaggio, vice-Presidente de operações e comercial da “AES Eletropaulo”; Paulo Camillo Vargas Penna, vice-Presidente de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade, da “AES Eletropaulo”; Dr. Antonio Carlos Forte, superintendente da Santa Casa; Hercílio Ramos, nosso tesoureiro e maior entusiasta desta parceria; Dr. Valdir Golin, DD Diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa; Dr. José Candido de Freitas Jr.; Pres. da Fund. Arnaldo V. de Carvalho, Dr. Milton Flávio; assessor do secretário de energia, senhores médicos e funcionários da Santa Casa, senhores funcionários da “AES Eletropaulo”, a mais nova parceira da Santa Casa, minhas senhoras e meus senhores, mais uma vez, abrimos as portas deste salão, agora para o lançamento de uma campanha que, temos certeza, atingirá os objetivos colimados, pois confio no alto espírito de discernimento da população paulista e paulistana que sempre se mostrou e tem se mostrado presente, quando convocada a nos auxiliar.

Foi assim em 1932, quando na Revolução Constitucionalista, revertendo toda a sobra do ouro arrecadado, em favor da Santa Casa, viabilizando, desta forma, a construção do belíssimo edifício “Ouro para o Bem de São Paulo”, edifício tombado pelo patrimônio histórico, hoje, devo reconhecer, um pouco degradado, também merecedor de uma reforma, através dos benefícios da Lei Rouanet, localizado no Largo da Misericórdia, próximo à Rua Direita, no centro da cidade.

Foi assim em outras oportunidades, quando, por exemplo, encetamos campanhas para doação de sangue a fim de completar o estoque de nosso hemocentro.

Tem sido assim na campanha da Nota Fiscal Paulista, em pleno funcionamento, o que já viabilizou a arrecadação de montante superior a alguns milhares de reais para a construção de um centro de medicina paliativa infantil.

Agora, com o auxílio desta nova parceira - a “AES Eletropaulo” - tenho plena convicção de que iremos viabilizar a reforma de algumas das nossas enfermarias, que desde o início da minha gestão coloquei como prioridade.

Não posso deixar de mencionar que graças à ajuda do governo do estado já pudemos iniciá-las.

Contudo, o primeiro setor a ser contemplado com a campanha ora encetada será a neonatologia, responsável pelo cuidado aos recém-nascidos de risco. Somente no hospital central são feitos mais de 200 partos mensais.

Além da reforma do setor, um projeto tão sonhado da Santa Casa poderá sair do papel: o banco de leite poderá ser concluído, permitindo oferecer mais um serviço essencial à população desta cidade.

Mais de quatrocentos anos de história e de atendimento à saúde da população que carece de cuidados médicos - e está necessitando, mais uma vez, da ajuda da população paulista e paulistana.

Não é pela Santa Casa, mas sim para que a Santa Casa, esta casa que é santa, possa continuar a atuar com plena valia pela população pobre, carente e necessitada deste País, para onde acorrem doentes de todos os estados brasileiros.

Prova maior disto se resume em observar as placas das ambulâncias estacionadas ao redor do quadrilátero que circunda a instituição, mostrando o nome das diversas cidades e até mesmo de outros estados brasileiros.

Hoje, minhas senhoras e meus senhores, dia 15 de agosto, o dia escolhido por nossa parceira para o lançamento desta campanha, coincidentemente é o dia consagrado à Assunção de Nossa Senhora, dia em que a Rainha Leonor de Lencastre, em Portugal, viúva de D. João II, com total apoio do Rei D. Manuel, há mais de cinco séculos instituiu a irmandade de invocação a Nossa Senhora da Misericórdia e nós, dando continuidade à filosofia da misericórdia, estamos invocando-a para conseguirmos atingir o objetivo almejado.

Este ano tem sido muito especial e, como já falei em outras ocasiões, a irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo passa por um momento de transformação.

Estamos tentando modernizá-la, a fim de que, com novas dependências, possamos atender com dignidade os que nos procuram e com a reformulação da grade curricular de seus cursos, empreendida pela dinâmica diretoria da Faculdade de Ciências Médicas, poderemos proporcionar um melhor cabedal de conhecimento aos médicos que atendem aos que a procuram.

Toda essa transformação está se tornando uma realidade e esperamos que, com a ajuda da “AES Eletropaulo”, do governo do Estado, através do diligente, hábil e eficaz Secretário José Anibal, possamos atingir as metas a que nos propusemos.

Muita gente desconhece, mas nestas vetustas instalações prestes a completarem 128 anos, já realizamos algumas reformas e implantamos diversas melhorias, o que aqui não acontecia de há muito.

Necessita, no entanto, de mais reformas, pois os anos vão se passando e sua estrutura e espaço físico são os mesmos, crescendo, todavia, o número de atendimentos.

Há cerca de 10 anos realizávamos mais de 1 milhão e 300 mil atendimentos emergenciais. Hoje atendemos a mais de 1 milhão e 800 mil, um crescimento de 27% nesse período, além de mais de 3 mil internações por mês somente no hospital central, sem contar os outros 12 hospitais de grande porte que administramos.

Só no mês de junho último foram praticadas 2.600 cirurgias e 1.035 cirurgias ambulatoriais.

Devido à grandiosidade e importância da Santa Casa para essa cidade, a “AES Eletropaulo” resolveu firmar conosco essa parceria, assumindo de corpo e alma esse desafio de modernizar nossas instalações.

Essa campanha, intitulada “Santa Energia”, tem um modo de atuar muito simples e prático, pois qualquer pessoa, mais abastada ou de menos recursos, poderá contribuir, bastando para tanto preencher a ficha de adesão com uma conta mensal de luz em mãos para fornecer o número de instalação.

Assim, você já estará participando e melhorando a vida das pessoas que dependem do nosso Hospital.

Agradeço à “AES Eletropaulo” na pessoa de seus diretores aqui presentes, por confiar nessa instituição, que possui mais de quatro séculos de história e mais uma vez, meu muito obrigado ao honrado e digno Secretário de Energia do Estado, Dr. José Anibal.

Muito obrigado a todos.”

Quero deixar aqui consignado também os Votos de Congratulações ao Governador Geraldo Alckmin pela redução da alíquota do ICMS, de 18% para 12%, para o suco de laranja, com o objetivo de socorrer a citricultura paulista que está em crise devido à supersafra da fruta, e também, pela redução das vendas no mercado internacional devido à crise econômica nos países europeus.  Também pela criação do programa Leve Suco para estimular o consumo dos jovens e das famílias paulistas, a instituição do suco de laranja como a bebida oficial de São Paulo, bem como a inserção de suco de laranja nas escolas para que os alunos levem para casa.

Requeiro, ainda, que desta manifestação dê-se ciência:

1 - Ao Sr. Geraldo Alckmin - Governador do Estado;

2 - Ao Sr. Fábio de Salles Meirelles - Presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo;

3 - A Sra. Monika Bergamaschi - Secretária da Agricultura do Estado de São Paulo;

4 - Ao Sr. Andrea Calabi - Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.

E, por fim, encerrando a minha manifestação, apresento também um Voto de Congratulações à família Quércia, Alaíde e filhos pela inauguração do memorial e do busto Orestes Quércia no Centro Empresarial de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, inicialmente quero me assomar às palavras do nobre Deputado Itamar Borges em relação ao projeto que está sendo desenvolvido pela Eletropaulo e Santa Casa. Estive na Santa Casa no dia do lançamento deste projeto, em que qualquer cidadão poderá autorizar na conta de energia elétrica a doação para a Santa Casa de São Paulo, que tem hoje um débito de 200 milhões de reais. Há todo um esforço para que haja emendas de todas as bancadas na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal de São Paulo, para minimizar o problema da Santa Casa de São Paulo. Isso porque ela é 100% SUS e tem atendimento gratuito, mas tem hoje essa dificuldade numa estrutura em que recebe mais de 20 mil pessoas por dia. Assomando à manifestação do Deputado Itamar Borges, gostaria de frisar, àqueles que podem, que façam a sua contribuição mínima para ajudar a sociedade.

Mais uma vez venho à tribuna lamentar a morte de policial. No domingo à noite qualquer representante de família deseja comer uma pizza com a família, com os amigos, com os filhos. O soldado Carlos Menezes, do 48º Batalhão da Polícia Militar, saiu como qualquer cidadão, com o seu filho de 10 anos, na zona Leste de São Paulo. E, quando já saia da pizzaria na sua motocicleta, com o seu filhinho e mais outras duas pessoas que o acompanhavam em outra motocicleta, eles foram cercados por duas outras motocicletas em que estavam os marginais. Os marginais fizeram com que o seu filho descesse da motocicleta e alvejaram inicialmente o rosto do soldado, depois mais dois disparos na sua cabeça. Levaram somente a sua pistola calibre 40, da Polícia Militar, que ele portava.

Continuam os marginais a atacarem policiais policiais. Inclusive a principal linha de investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e da Corregedoria da Polícia Militar é de que houve premeditação e que a execução foi exatamente por ser policial militar. Ele tinha 40 anos de idade e foi executado covardemente na frente do seu filho. É isso que nós estamos vivenciando.

Com a mesma intensidade, a matéria fala “Jovens incendeiam”, mas são marginais menores de idade, que incendeiam ônibus na zona norte de São Paulo. O sentimento de bandidos que orquestrados ou não, estimulados ou não, por facções criminosas, persiste em tentar implantar um clima de terror para a sociedade: matar policiais e incendiar transporte público para tentar provocar convulsão social.

O meu lamento à família policial, em especial à família do policial Menezes, nossas orações, nossos sentimentos e nossa manifestação à sociedade. Mesmo com os nossos companheiros tombando covardemente, não deixaremos a sociedade nas mãos de criminosos. Aos meus irmãos policiais, continuo reafirmando que redobrem a cautela e a munição, pois se tiver que ficar viúva ou se tiver que chorar, que chorem a mãe e a viúva do bandido, mas não as do policial. É o 56º policial militar executado no Estado de São Paulo no ano de 2012.

Fica aqui o meu lamento e a certeza de que a Polícia não se intimida com isso. Deixo minha manifestação também aos marginais: isso nos faz chorar e nos faz lamentar muito, mas essa estratégia de tentar aniquilar os defensores da sociedade não vai funcionar.

Nós vamos para cima dos marginais. Vamos sufocar o tráfico, vamos recolher e encarcerar os homicidas e aqueles que nos enfrentarem, que tenham o inferno eterno.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre Deputado Luiz Carlos Gondim, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene, a realizar-se no dia 24 de setembro de 2012, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Templo Ryushoji, pela passagem do 70º aniversário de Fundação e para celebrar sua nova Nave.

Nos mesmos termos, esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre Deputado Fernando Capez, convoca V. Exas. para uma Sessão Solene, a realizar-se no dia 28 de setembro de 2012, às 20 horas, com a finalidade de prestar homenagens aos Dirigentes de Clubes da Década do Esporte.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Jooji Hato, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente e telespectadores da TV Alesp, há muito tempo venho à tribuna para cobrar e para denunciar o Governo Estadual, desde 2007, quando assumi aqui na Assembleia Legislativa, Presidente Jooji Hato. Venho cobrando o Estado em relação a burocracia que tem prejudicado e transtornado tanto os nossos servidores.

É a burocracia do SPPrev; é a burocracia do Departamento de Perícias Médicas do Estado; é a burocracia do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Educação, o DRHU; é a burocracia nas Diretorias de Ensino do Estado, que são órgãos ligados a Secretaria da Educação.

O fato é que toda essa burocracia tem prejudicado imensamente os servidores da Educação, da Segurança Pública, da Saúde, do serviço de Sistema Prisional. Enfim, todos os servidores são prejudicados.

Não foi à toa que acionamos o Ministério Público para investigar um desses órgãos. Por exemplo, já acionamos o Departamento de Perícias Médicas por duas vezes. Há um inquérito civil aberto, por conta da nossa representação, pois nesse Departamento a situação também é gravíssima. Os servidores não têm suas perícias publicadas e são maltratados pela estrutura. Tanto que nós afirmamos aqui que o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo é conhecido como a casa dos horrores para nossos servidores. Quando eles chegam lá, doentes, para fazer uma perícia médica, ou a fim de ser readaptado, para dar entrada na aposentadoria por invalidez, ou mesmo para tirar uma licença médica, fica mais doente do que quando entrou. Isso porque ali ele será vítima de assédio moral, de perseguição e de um péssimo atendimento. Não por conta dos funcionários, mas por sua estrutura que está totalmente destruída.

O mesmo acontece com o DRHU - Departamento de Recursos Humanos do Estado de São Paulo, pois temos mais de 3 mil processos parados de pessoas solicitando sua liquidação de tempo, certidões que não são entregues e não são publicadas. Isso porque são órgãos totalmente desestruturados, Deputados e Deputadas.

Essa situação vem acontecendo há muito tempo porque, no Estado de São Paulo, o funcionalismo cresceu, mas esses órgãos não foram modernizados, não foram informatizados, nem reestruturados, e com isso os servidores pagam caríssimo.

Vou citar o caso de uma servidora, a professora Sebastiana Gabriel Garcia. Ela ainda é da Lei nº 500, de 1974. Há 3 anos ela requisitou uma solicitação de certidão de liquidação de tempo, Sr. Presidente, mas essa certidão ainda não foi emitida. Isso está prejudicando a vida dessa servidora, que já está com 76 anos. Ou seja, há 3 anos ela espera a publicação dessa liquidação de tempo para entrar com seu pedido de aposentadoria. No entanto, ela está sendo mais uma vítima dessa incompetência e dessa leviandade do Governo estadual do PSDB, que se diz o paladino da gestão modernizada, da competência administrativa, mas na prática é o contrário de tudo isso.

O PSDB não tem nenhum não tem nenhum acúmulo nessa área. Ele destrói inclusive a Administração pública. É isso que vem acontecendo aqui, em nosso Estado. E por tudo isso, nós já acionamos o Ministério Público por duas vezes para que as medidas sejam tomadas. Já fizemos também várias denúncias em relação à Secretaria de Gestão Pública que não resolve essa situação do Departamento de Perícias Médicas e da SPPrev, dois órgãos que estão sob a égide da Secretaria de Gestão. Mesmo com a mudança de Secretários nada acontece, nem na SPPrev e nem no Departamento de Perícias Médicas.

A mesma crítica fazemos à Secretaria Estadual de Educação, principalmente ao Departamento de Recursos Humanos, que, recentemente, mudou de nome. Mas só de nome, porque aquela estrutura carcomida e atrasada, que não funciona, continua prejudicando e transtornando todos os servidores da Educação: os professores, os diretores de escolas, os especialistas, os gestores, o pessoal do Quadro de Apoio.

É assim que o PSDB trata os nossos servidores que são os responsáveis, na verdade, pela implantação das políticas que aprovamos aqui na Assembleia Legislativa porque são os professores que viabilizam a política educacional, são os profissionais da saúde que viabilizam a política de saúde para a população, são os servidores da Segurança Pública que viabilizam a Segurança Pública para o Estado de São Paulo, mas não são reconhecidos e ainda são maltratados do ponto de vista da administração.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE – JOOJI HATO – PMDB – Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

Esgotada a lista de oradores inscrito, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de retomar o assunto com que temos nos envolvido já há alguns anos - 16 anos, aproximadamente -, que é a questão do combate ao amianto, esse produto cancerígeno que mais de 60 países já baniram, mas aqui no Brasil ainda a indústria do amianto insiste em continuar matando. É a indústria do amianto, a indústria da morte.

Tivemos uma comissão de representação no Supremo Tribunal, em Brasília, na última sexta-feira. Na próxima sexta-feira, terá novamente mais uma rodada, na qual temos lá técnicos de várias universidades, representando várias associações e movimentos.

Daqui, da Assembleia Legislativa, foi o Dr. Ubiratan representar e falar da importância do banimento do amianto, o risco que corre. Foi uma explanação muito interessante, muito boa, mostrando que não há dúvida que o amianto branco, esse que eles querem enganar a população, porque é um amianto diferente, mas é cancerígeno e também mata. Lá tivemos também o Dr. René Mendes, da Faculdade de Medicina de Minas Gerais, também representando a Abrea - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto.

Todos os dados e informações mostram que o amianto precisa ser banido, porque ele é cancerígeno e mata, provado cientificamente e em notas técnicas. Tivemos lá também médicos representando a indústria, defendendo o uso do amianto. É lamentável que isso ocorra. O médico da Unicamp, Dr. Edson Bagatini, inclusive o procurador do Estado perguntaram se ele pertencia à indústria de produto de amianto crisotila. Ele ficou desapontado e falou que é médico da Unicamp. Mas, na verdade, ele estava lá para defender a indústria do amianto.

Estava lá também um tal de Mario Terra. Aliás, eles já tiveram representação no CRM por terem feito pesquisa na Unicamp. Uma parte da pesquisa foi financiada pelo Instituto Crisotila, para dizer que o amianto não é cancerígeno. Eles tinham lá seus consultórios que davam laudo para as indústrias contra os trabalhadores que entravam com a ação na Justiça.

Nós pudemos falar na entrevista da TV, rádio, Justiça e com diversos representantes de trabalhadores, de pessoas que são contra o uso desse produto cancerígeno. Portanto, quero dizer aos Srs. Deputados que esse debate ainda vai durar por algum tempo.

O Estado de São Paulo está de parabéns por ter aprovado essa lei que tem reflexo no restante do país e que caminha no sentido do desenvolvimento e sustentabilidade, seguindo, no âmbito da medicina, a orientação mundial de mais de 60 países que já condenaram esse produto cancerígeno que mata mais de 100 mil pessoas/ano no mundo. Mas, aqui, a indústria da morte insiste em continuar. Aqui, no Estado de São Paulo, apenas duas empresas insistem em continuar usando. As demais, quase 200 empresas que foram visitadas pela Vigilância Sanitária e o Ministério do Trabalho, fizeram a conversão. Duas insistem com liminares.

Na última sessão, lemos aqui a cassação de uma dessas liminares da cidade de Hortolândia. Esperamos, no frigir do ovos, que os ministros do Supremo Tribunal tenham a decisão sábia e considerem a lei do Estado de São Paulo constitucional, válida mais uma vez, porque já o fizeram uma vez, e caminhem para o banimento, para a proibição desse produto cancerígeno que dá prejuízo à Previdência e ao SUS.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nossa assessoria, pessoas que nos acompanham pela TV Assembleia, nesta tarde, parece que vai chover, se Deus quiser. O clima está seco. Quando a gente vem do interior para cá e entra em São Paulo sente esse clima realmente terrível.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, hoje tivemos um importante encontro da Secretaria de Transportes com a presença do Dr. Volpi, Leandro Mendes, eficiente assessor do nosso Secretário; Dr. Saulo, do José Antonio de Godoi, Secretário de Governo da Prefeitura do Município de Piracicaba; do Fernando Lopes, que preside o nosso Aeroclube de Piracicaba.

Já há algum tempo temos discutido junto ao Daesp condições para melhorias em nosso aeroporto. Temos lá o nosso aeroclube, que hoje funciona junto com hangar, sendo modificado, sendo reformado. Será inaugurado agora o hangar do nosso helicóptero Águia, que pertence à nossa Polícia Militar, ao CPI-9. Esperamos até a ida do Governador Geraldo Alckmin para participar dessa inauguração.

Em função do crescimento de Piracicaba, do crescimento dessa região, agora virando o aglomerado urbano, o aeroporto não tem o porte, a pista para receber grandes aeronaves. Isso tem trazido muitos problemas para a cidade. São pequenos jatos e outros aviões de menores portes também que não conseguem decolar ou então fazer a sua aterrissagem. Reformas são pedidas e sabemos sua importância.

 Com a implementação do Aglomerado Urbano, há a discussão de um aeroporto regional, e qual será o município que apresenta uma área melhor e que não tenha o problema de neblina? Essa é outra discussão, mas precisamos melhorar as condições daquele aeroporto.

 E como sabemos a intenção do Governo do Estado nos 31 aeroportos que atualmente são comandados pelo Daesp, é oferecer a municipalização. Tivemos em Americana, onde o Prefeito Diego municipalizou o aeroporto, o início da luta. Há algum tempo, o Prefeito de Piracicaba, que é do PSDB, Barjas Negri, estava relutante com essa intenção de se municipalizar aquele aeroporto, mas depois de muitas discussões, conhecendo outros aeroportos municipalizados, Deputado Luiz Carlos Gondim, tivemos a aceitação por parte do prefeito. E, na semana passada, o Dr. Saulo de Castro Abreu Filho, comunicou que Piracicaba municipalizará o seu aeroporto. E, hoje, viemos a essa reunião com o Presidente do Aeroclube, com o Secretário do Governo, com o Dr. Volpe e o Leandro, seu assessor, para discutir e dar mais uma arrancada nesse projeto.

 Sabemos que até 31 de outubro, em função do processo eleitoral, Deputado Adriano Diogo, não se pode fazer nem um tipo de convênio entre Estados e municípios, já que estamos vivendo as eleições municipais. Mas após esse período, sabemos a intenção de outros aeroportos estaduais serem municipalizados, e o de Piracicaba deverá entrar também nessa PPP para que ele possa ser municipalizado e passar a sua gestão para a prefeitura. Até lá, a partir do dia 1º de janeiro, já teremos um novo prefeito. E esse assunto continuará ainda este ano, garantiu o Dr. Volpe, que quer definir todas as parcerias público-privadas para saber realmente os municípios que assumirão o comando dos seus aeroportos e aeroclubes.

É mais um passo importante, e entendemos que do jeito que está na gestão do Estado, fica realmente difícil. O município sabe dos seus problemas e tem dado guarida. Aliás, quero agradecer o Daesp, que mandou limpar a área, está trocando as luminárias e está oferecendo, pelo menos, uma cara nova àquele importante aeroporto que hoje praticamente recebe pessoas do mundo inteiro, visto que Piracicaba recebe muitas pessoas em função do seu crescimento, do seu parque automotivo, entre outras grandes empresas que foram para a nossa cidade.

Estamos aqui para comunicar essa importante decisão que nos proporcionará, quem sabe n os próximos meses, ter o nosso Aeroporto Comendador Pedro Morgante, localizado ao lado da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a nossa ESALQ, que pertence a USP e é um dos motivos de orgulho da nossa cidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Alesp que nos acompanham nesta tarde de trabalho, no maior Parlamento deste País, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, a Saúde vai mal. Vai de mal a pior. Meu caro Deputado Ulysses Tassinari, médico assim como eu e que sabe da grande dificuldade que enfrentamos em termos de atendimento médico-hospitalar, eu atribuo a culpa dessa situação principalmente à violência. Essa violência sem precedente na história, que consome recursos fundamentais do SUS, consome leitos cirúrgicos, de emergência, de UTIs, caríssimos, e cada vez mais piora o atendimento médico-hospitalar.

Há poucos instantes, conversei com o Deputado Ulysses Tassinari, que me disse que os médicos não querem ir para o interior, e eu digo ao Dr. Ulysses, que os médicos não querem ir para a periferia da capital das grandes cidades. Porque na periferia, e principalmente lá, temos violência. O médico não quer ir para lá porque enfrenta congestionamento e condições de trabalho precárias. O que será dos nossos pacientes?

Qualquer pessoa que vá aos PSs e aos hospitais, presenciará mães com crianças de colo, gestantes, pessoas da melhor idade, que trabalharam a vida inteira, enfileiradas, e aguardando um atendimento médico-hospitalar, expostos a chuva, ao sol ou atravessando uma madrugada gelada. Esses homens e mulheres que trabalharam tanto e que merecem um atendimento não têm. E por que isso? Porque não há organização, não há recursos, pois eles são consumidos pela violência. Vemos as Santas Casas fechando em grandes dificuldades, vemos hospitais filantrópicos, hospitais municipais, estaduais e federais com uma grande demanda em que os médicos não conseguem dar o atendimento decente e humano que todos preconizamos e desejamos.

Se o hospital não consegue atender esses pacientes, caro Deputado Marcos Martins, que ele dê, pelo menos, uma sopinha, um suco com sanduíche, um lanche que não custa nada para o hospital. Esse alimento é um remédio para aqueles que estão enfileirados, esperando um atendimento médico-hospitalar por três, quatro, cinco horas ou mais. Pessoas que não têm condições para comprar uma refeição e nem para pagar uma passagem de ônibus, estão enfileiradas. E o mais triste, caro Deputado Marcos Martins, V. Exa. que é Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, a maior Casa de Leis do Hemisfério Sul, é ver pessoas enfileiradas durante a madrugada, nos hospitais, aguardando exames laboratoriais.

 Eles não conseguem nem organizar as pessoas por ordem de prioridade como, por exemplo, aquelas pessoas que farão o teste de glicemia e estão em jejum e que precisam ser atendidas nos primeiros horários. Mas aquelas pessoas que farão outros exames, que não precisam chegar tão cedo, escalone e coloque em um horário subsequente, não cometendo esse mau-trato ao paciente, fazendo com que ele fique horas aguardando. Existem pessoas que saem às duas horas da sua casa e ficam deitadas nos bancos dos hospitais esperando que os exames sejam feitos às cinco, seis horas da manhã. Isso é desumano. Precisamos humanizar a Saúde, e só conseguiremos fazê-lo com questões de organização. É só inverter. Por que deixar as pessoas enfileiradas esperando durante a madrugada? As pessoas precisam sair de casa a meia-noite e ficar aguardando para serem atendidos em primeiro lugar. Por que os hospitais não se organizam, fazendo com que as pessoas cheguem num determinado horário e sejam atendidas o mais rápido possível?

Por isso, eu fiz um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo, fazendo com que os pacientes que estão enfileirados, sem comer e beber, os mais carentes, aqueles que economizam o dinheiro para pagar a passagem para ir ao hospital e ficam enfileirados, recebam um lanche. O hospital, o pronto-socorro, precisam dar um lanche. Consegui aprovar esse projeto, mas infelizmente um prefeito que foi ministro da Saúde, vetou esse projeto que aprovamos na Câmara Municipal de São Paulo. Que tristeza! Se esse projeto fosse vetado por um prefeito que não tivesse exercido o cargo de ministro, eu até entenderia, mas uma pessoa que foi ministra da Saúde negar uma sopinha, um lanchinho para pessoas que ficam três, quatro, cinco horas em uma fila, com fome, esperando um atendimento médico-hospitalar, meu caro Deputado Marcos Martins, não é justo.

Precisamos mudar essa situação. Temos que organizar.

Sr. Presidente, Ulysses Tassinari, médico assim como eu, não podemos deixar esse mau atendimento que aí está. Pessoas enfileiradas, os mais pobres e carentes. E aí o ministro da Saúde negar um lanchinho, um suquinho e uma sopinha para as pessoas que estão doentes... O alimento é remédio. Você tem de se alimentar do contrário você fica mais doente ainda.

 

O SR. PRESIDENTE – ULYSSES TASSINARI – PV – Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.

 

O SR. ADRIANO DIOGO – PT – SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, o que aconteceu em Caraguatatuba?

Um advogado da OAB de Caraguatatuba veio depor na Assembleia Legislativa. Vejam o que aconteceu com ele. A matéria é do jornalista André Caramante, postada na "Folha de S.Paulo" na versão digital dia 24 de agosto:

Defensor dos direitos humanos é morto com 14 tiros no litoral norte de SP.

Militante dos direitos humanos em Caraguatatuba, (173 km de São Paulo, no litoral norte do Estado), o advogado criminalista Diego Luiz Berbare Bandeira, 38, foi morto com 14 tiros, na tarde de quinta-feira (23), quando chegava em sua casa, no bairro Rio do Ouro.

Segundo as polícias Civil e Militar, dois homens chegaram em uma motocicleta à casa de Bandeira e, sem dizer nada, atiraram contra o advogado. Os criminosos usavam capacetes e fugiram. Eles não roubaram nada do advogado.

Formado pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) em 2006, Bandeira era integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) de Caraguatatuba.

De acordo com Gislayne Macedo de Almeida, presidente da Subseção da OAB de Caraguatatuba, a atuação de Bandeira na Comissão de Direitos Humanos e sua atuação como criminalista são investigadas pela polícia como possíveis causa do crime.

Em 2011, segundo a Secretaria da Segurança Pública, 43 pessoas foram mortas em Caraguatatuba; entre janeiro e maio deste ano, dez.

Dos 43 mortos em 2011, segundo a polícia, 42 tinham antecedentes criminais e foram assassinados nos bairros mais pobres, longe dos pontos turísticos da cidade litorânea.

Nos últimos anos, ações de grupos de extermínio, a maior parte deles com a suspeita de participação de policiais militares, foram investigadas em Caraguatatuba como relacionadas a diversos homicídios ocorridos na cidade.”

Quero pedir para pôr o último vídeo da fala dele na comissão aqui na Assembleia Legislativa convidado que foi pelo Deputado Marco Aurélio. PT

Todos os que assistem a TV Alesp poderão ver o Dr. Diego Bandeira fazer o seu último depoimento antes de sua morte.

 

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- É exibido o vídeo

 

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 Requeiro, Sr. Presidente, que oficio com esta matéria seja enviado para o Secretário de Segurança Pública, para o Secretário de Administração Penitenciária e para a Secretária de Justiça a fim de saber por que esse moço foi morto, quem o matou em circunstancia tão trágica. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV – Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins, pelo tempo regimental.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, aqueles que nos acompanham das galerias desta Casa, nobre Deputado Adriano Diogo, quero manifestar meus cumprimentos a V. Exa., companheiro Adriano Diogo, pelo trabalho que vem realizando e manifestar nossa solidariedade a esses temas tão gritantes como esse apresentado aqui.

Vivemos num Estado em que nos sentimos inseguros. Não é sem motivo que em todas as sessões assomam Deputados a esta tribuna para falar de problemas de segurança pública. A população do Estado de São Paulo sente-se insegura.

Imagina V. Exa. um cidadão da periferia que segurança que tem? Há locais em que às vezes nem iluminação pública tem. E quando chegam a uma delegacia para lavrar o boletim de ocorrência – se for o caso – chega lá um caso na frente, que é flagrante, a pessoa nem faz o boletim de ocorrência; fica na fila aguardando.

E aqui recebemos reclamações da Polícia de maneira geral, do sucateamento das delegacias de Polícia, dos órgãos de segurança, que a maioria dos municípios pagam aluguel pelo uso dos prédios onde funcionam os Distritos Policiais, aluguel muitas vezes de Fórum, de varas de Fórum; ou seja, é uma transferência ainda para os municípios que já não têm condições com seus orçamentos, com suas receitas apertadas.

Portanto, queremos deixar aqui nosso reconhecimento pelo seu trabalho e lamentar que tenha ocorrido isso com um advogado, no exercício da sua profissão, que acaba sendo morto dessa forma, com 14 tiros. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, quero aqui manifestar duas preocupações que nós do PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, estamos tendo hoje no Brasil.

A primeira grande preocupação está relacionada ao golpe sofrido no Congresso Nacional em relação à nossa luta em defesa dos dez por cento do PIB, Produto Interno Bruto, em Educação Pública, sobretudo no Magistério Público. Tínhamos aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados o Plano Nacional de Educação. Aprovamos na meta 20 o investimento de 10% do PIB em Educação.

O projeto já estava seguindo para o Senado Federal quando o Governo Federal orientou sua base de sustentação e remeteu o projeto para o plenário, inviabilizando dessa forma, o trâmite dessa proposta; tanto do Plano Nacional de Educação, assim como também, da própria aprovação dos 10% do PIB em Educação.

Na realidade o que aconteceu foi um verdadeiro golpe contra a Educação, porque agora o projeto entra na pauta do plenário e pode ficar anos parado; não temos mais nenhuma garantia do trâmite desse projeto. ]

Isso é muito grave, até porque em 2016 vamos ter as Olimpíadas, mas teremos um acontecimento superior às Olimpíadas no Brasil, que é a efetivação da Emenda Constitucional nº 59, que nós aprovamos em 2009, emenda essa que determina a partir desse ano de 2016 a obrigatoriedade do ensino médio e também da educação infantil para as crianças de quatro e cinco anos. Ou seja, na pratica, a partir de 2016 todas as crianças e adolescentes na faixa etária de quatro a dezessete anos, devem estar matriculadas compulsoriamente nas nossas escolas públicas e privadas. E sabemos que o Governo vai ter que investir mais recursos, porque o ensino médio torna-se obrigatório.

Então os Estados, responsáveis pela oferta do ensino médio, vão ter que construir mais escolas para atender a toda demanda. O mesmo vai acontecer com os municípios, que serão obrigados a atender a todas as demandas da pré-escola dessa segunda fase da Educação infantil de quatro e cinco anos; mas tem que ter recursos, tem que ter financiamento. E o Brasil, ao retardar, ao dificultar a aprovação do Plano Nacional de Educação, apenas coloca-se contra o financiamento da Emenda Constitucional nº 59.

É uma verdadeira contradição, porque o próprio Governo aprovou a Emenda Constitucional nº 59. Agora o Governo está minando o financiamento dessa emenda. Como eu disse há pouco, vamos precisar de mais recursos para financiar a Educação Infantil e o ensino médio, que se tornam obrigatórios a partir de 2016 em todo o território nacional para crianças de 4 e 5 anos na área da Educação Infantil, e para adolescentes de 15 a 17 anos.

Então, é um absurdo que o Governo Federal tenha se colocado contra o investimento de 10% do PIB em Educação, mais absurdo ainda a fala do Ministro Guido Mantega, dizendo que se o Governo investir 10% do PIB em Educação Pública o Brasil vai quebrar. Eu digo que o Brasil vai continuar quebrado se o País não investir os 10 por cento. O país que não investe em Educação está quebrando na verdade o seu Estado está quebrando a sua nação; é o inverso do que o Ministro disse.

É um absurdo porque até alguns anos, quando o ministro estava na oposição, ele defendia os 10% do PIB em Educação; agora que está no Governo não defende mais. Como outros Deputados que assinaram o requerimento (84 Deputados) para que a proposta aprovada na Comissão da Câmara dos Deputados fosse enviada ao plenário e não enviada ao Senado Federal.

Então, esse foi um duro golpe na Educação patrocinado por vários partidos políticos: pelo PT, pelo PSD do Kassab, pelo PMDB do Temer, pelo PTB do Roberto Jefferson; contra a Educação todos os partidos unem-se, independentemente de serem de direita, de centro, de serem adversários em disputas eleitorais pelo Brasil afora. Mas nessa hora, para golpear e prejudicar a Educação Pública, para golpear o Magistério Público, tivemos a união de vários partidos para que o Brasil não invista 10% em Educação Pública.

Eu vejo agora todos os partidos no processo eleitoral defendendo a eleição, parlamentares que vem a esta tribuna, que pertencem a esses partidos defendendo a Educação, mas na hora de votar, na hora de dar sua contribuição no parlamento todos golpeiam a Educação Pública.

Sr. Presidente, nós do PSOL estamos denunciando esse fato e organizando a população, organizando as entidades representativas do Magistério para pressionar o Congresso Nacional a votar com urgência o Plano Nacional de Educação e os 10% do PIB em Educação Pública e, sobretudo, no Magistério Público brasileiro. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV – Por permuta de tempo com o Deputado Rogério Nogueira, tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo, pelo tempo regimental.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, servidores da Casa, público presente, venho à tribuna porque decidi, por conta do processo eleitoral - sou candidata ao cargo de prefeita na Cidade de Mauá - dignificar minha cidade, o eleitor, os munícipes da cidade, que precisam de um contato maior com essa nova fase da campanha, um contato maior do corpo a corpo. Portanto, vou me licenciar da Assembleia Legislativa por 45 dias.

Mas quero colocar aqui meu compromisso com o povo do Estado de São Paulo, com as pessoas que me elegeram, que me permitiram ter quase 100 mil votos para poder estar aqui sendo a voz na Assembleia Legislativa de milhares de pessoas, de centenas de municípios, entre eles Mauá, reafirmando o compromisso de trabalho aqui na Assembleia Legislativa através de quem ficará à frente da nossa Bancada do PMDB. Eu, como líder, ficarei ausente nesses 45 dias, estarei na Cidade de Mauá todo o tempo intensificando o trabalho corpo a corpo. As pesquisas nos mostram na frente, então é preciso que haja responsabilidade nesse momento, mas responsabilidade também com o povo do Estado de São Paulo que me elegeu. Portanto no meu lugar ficará como líder da Bancada do PMDB o Deputado Jorge Caruso, que é vice-líder aqui na Assembleia Legislativa do PMDB. Os compromissos firmados no Estado de São Paulo continuarão sendo encaminhados pela Bancada do PMDB entre todos os deputados, essencialmente pelo líder, que é o Deputado Jorge Caruso. Portanto, cada cidade será dignificada, respeitada e o nosso compromisso com o povo do Estado de São Paulo estará sendo cumprido.

Fiz questão de vir à tribuna agradecer aos deputados da Casa, com quem convivo, pessoas que têm encaminhado positivamente projetos de lei que são de minha autoria, projetos importantes para todo o Estado de São Paulo. Quero agradecê-los dizendo que é um momento em que estarei fora, em Mauá, mas o meu compromisso com a população continua, e é necessária essa atenção especial com a população da Cidade de Mauá, onde moro, onde nasci, onde disputo a eleição como prefeita. Estou hoje com o requerimento de pedido de licença, direcionado ao Presidente, Deputado Barros Munhoz, com meus cumprimentos:

“Nos termos regimentais, com fundamento no Art. 84, do XIV Regimento Interno Consolidado, venho solicitar minha licença por 45 dias, a contar a partir de 29 de agosto de 2012. Na oportunidade, renovo a V. Exa. meus sinceros protestos de estima e consideração.”

Faço questão de mostrar este requerimento, porque política tem que ser feita com muita seriedade. Existem pessoas que acabam se promovendo no jornal, dizem que vão se afastar e acabam não se afastando, e acabam ganhando pela Assembleia Legislativa. Enfim, estou colocando aqui o que é real, o que é a verdade, que é o meu pedido de afastamento por 45 dias, mostrando um documento que foi protocolado hoje, que valerá a partir de amanhã.

Acredito que tenha que me dedicar integralmente à campanha. É importante termos transparência no que dizemos, no que fazemos. Entrei na vida política com pouca idade, com 21, 22 anos, quando fui vereadora em Mauá. Uma das minhas principais bandeiras é a saúde da mulher, e desde minha primeira eleição vitoriosa, em 2004, faço esse trabalho. Quando vereadora, apresentei projeto para reconstrução mamária para mulheres que tiveram câncer de mama e tiveram que amputar. Como deputada estadual, meu trabalho focado na saúde da mulher se espalhou em todo o Estado, sendo que sou conhecida como a deputada que faz os centros de referência da saúde da mulher, com mamografia, ultrassonografia, palestras, com orientação às mães, às mulheres na menopausa, orientando-as e tratando-as.

Então, Sr. Presidente, para mim é realmente gratificante poder, através da política, da boa política, do caminho do bem - acredito na política como instrumento de transformação - poder mostrar esse meu trabalho, prestar contas do trabalho. A saúde é minha principal bandeira, sempre foi desde meu primeiro mandato, e já estou em meu terceiro mandato, mesmo com tão pouca idade. Para mim é orgulho também ser não somente uma das mais jovens aqui dentro – e em meu primeiro mandato fui a deputada mais jovem do Brasil – como uma das poucas mulheres representantes aqui no Legislativo paulista. Somos 11 mulheres num universo de 94 cadeiras. Então fico muito feliz de ter a confiança do Estado de São Paulo, a confiança essencialmente de Mauá, que me aceitou com tanto carinho nas ruas por acreditarem sempre nesta jovem combativa que sou, nesta mulher.

Acredito muito na força da mulher, na sensibilidade para representar homens e mulheres, nesse processo de igualdade, nesse processo de busca da justiça, que é tão importante que esteja latente na vida da pessoa pública. E vou me licenciar salientando, Sr. Presidente, que por 45 dias não é necessário que venha o suplente, existem muitas dúvidas em relação a isso. Minha licença começa amanhã, já que se faz necessária a minha presença em tempo integral em Mauá, para que eu possa levar um pouco de dignidade, um trabalho mais humano, mais próximo daquela população que está sofrendo demais. Sofre com falta de médico, com falta de remédio, com falta de creche, muitas vezes, para que as mães possam trabalhar. E o que a população de Mauá hoje clama é pelo respeito à vida, a sua dignidade preservada.

Sinto-me feliz por poder representar a todos como deputada, mas se faz necessário o afastamento.

Muito obrigada de coração, que Deus abençoe a todos vocês, e que possamos deixar a Assembleia Legislativa tendo, Sr. Presidente, a certeza de que aqui estarão os deputados valorosos, lutadores, votando os projetos de lei que possam beneficiar o Estado de São Paulo, fazendo com que nosso Estado possa ter, dentro deste Parlamento, sempre 94 vozes verdadeiras, ecoantes, que possam levar dignidade para cada lar. Tenho certeza de que o trabalho continuará sendo feito aqui com muito amor, com muita dignidade e com muito respeito.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, só para lembrar a Deputada Vanessa Damo que autopromoção desta tribuna da Assembleia caracteriza campanha eleitoral. Isso não é permitido pelas regras da Justiça Eleitoral.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, até para atender a preocupação do nobre deputado, entendo que haja essa preocupação. Como deputada estadual quis me justificar em relação ao meu mandato de deputada, no qual tenho feito um trabalho em todo o Estado. Hoje foi necessário um pedido de afastamento do meu cargo como deputada estadual, prestando contas do que estou fazendo no meu mandato. Então, em nenhum momento houve desrespeito à legislação, mas agradeço de qualquer forma nosso Deputado, que é um deputado também combativo, atuante, e pela preocupação também.

Obrigada.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, para a reunião do Colégio de Líderes.

 

O SR. PRESIDENTE – ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Hamilton Pereira e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 39 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 36 minutos, sob a Presidência do Sr. Milton Leite Filho.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON LEITE FILHO - DEM - Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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 O SR. PRESIDENTE - MILTON LEITE FILHO - DEM - Srs. Deputados, Srs. Deputadas, há sobre a mesa o seguinte requerimento:

“Requeiro nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência, para o PL nº 320, de 2012, de iniciativa do Governador do Estado de São Paulo.” Assina o Deputado Samuel Moreira, com o número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, por conveniência da ordem, esta Presidência suspende a presente sessão por um minuto.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 38 minutos, sob a Presidência do Sr. Milton Leite Filho.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON LEITE FILHO - DEM - Srs. Deputados, Srs. Deputadas, há sobre a mesa o seguinte requerimento:

“Requeiro nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência, para o PL nº 175, de 2012, de iniciativa do Governador do Estado de São Paulo.” Assina o Deputado Samuel Moreira, com o número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - Sr. Presidente, havendo acordo de líderes em plenário, solicito a suspensão da sessão por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON LEITE FILHO - DEM - Srs. Deputados, Srs. Deputadas, antes de suspender os trabalhos, a Presidência faz as seguintes convocações:

“Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, Inciso III, Alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Assuntos Metropolitanos e Municipais, de Finanças de Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o PL nº 175, de 2012.

 Nos mesmos termos, as Comissões de Constituição e Justiça, Redação, Administração Pública, Relações do Trabalho, Finanças e Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 17 horas, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o PLC nº 19, de 2012.

Havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, a Presidência suspende a sessão por 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 39 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 15 minutos, sob a Presidência do Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo de líderes, solicito a suspensão dos trabalhos por vinte minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, havendo acordo de líderes esta Presidência suspende a presente sessão por vinte minutos.

 

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- Suspensa às 17 horas e 16 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 34 minutos, sob a Presidência do Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB – Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, Inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, esta Presidência convoca V.Exas. para uma Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

- PLC 19/12, de autoria do Sr. Governador, que transforma a Junta Comercial do Estado de São Paulo – Jucesp – em entidade autárquica.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB – Sr. Presidente, na qualidade de Líder do PMDB, e tendo em vista a licença da Deputada Vanessa Damo, comunico a escolha do Deputado Baleia Rossi como vice-Líder do PMDB.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária anteriormente convocada.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 35 minutos.

 

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