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13 DE OUTUBRO DE 2011

118ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CELSO GIGLIO, BARROS MUNHOZ, JOOJI HATO, MILTON VIEIRA, CARLOS GRANA e MARCO AURÉLIO

 

Secretário: JOOJI HATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CELSO GIGLIO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Afirma que, embora já houvesse previsão orçamentária para a construção de novo fórum na Lapa, o Tribunal de Justiça alega falta de verba para a realização da obra. Exibe matéria jornalística segundo a qual a população da Zona Oeste, devido ao estado de conservação do fórum local, tem sido atendida na rua. Informa que o Judiciário paulista deve alugar terreno, no valor mensal de 156 mil, para a instalação de fórum da Saúde. Questiona as prioridades do Tribunal de Justiça.

 

003 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Comemora acordo de troca de prisioneiros entre Israel e Palestina. Relata participação, em conjunto com a comunidade israelita, pela libertação de jovem soldado israelense, capturado em 2006. Faz votos pela paz na região. Lamenta o número de emendas aprovadas aos projetos que tratavam do reajuste salarial dos servidores da Segurança Pública. Considera insuficiente o número de benefícios obtidos pela Polícia paulista.

 

005 - DONISETE BRAGA

Solicita ao Executivo Estadual a reestruturação da Polícia Militar Ambiental. Faz exibir gráficos com dados relativos à categoria. Considera baixo o número de soldados atualmente em exercício.

 

006 - JOSÉ CÂNDIDO

Lê e comenta documento sobre a aprovação, na Câmara dos Deputados, de estatuto da juventude. Exibe fotografias sobre o tema.

 

007 - WELSON GASPARINI

Lamenta o falecimento do educador Electro Bonini. Faz histórico da vida do professor. Destaca as contribuições do educador para a cidade de Ribeirão Preto.

 

008 - Presidente BARROS MUNHOZ

Associa-se ao pronunciamento do Deputado Welson Gasparini.

 

009 - CARLOS GIANNAZI

Parabeniza o Deputado José Cândido por pronunciamento sobre o estatuto da juventude. Combate possibilidade de que estudantes e idosos não tenham direito à meia entrada durante os jogos da Copa do Mundo no Brasil. Apoia movimentos contra a corrupção, ocorridos no dia 12 de outubro, em diversos Estados do País. Critica tentativa de Tribunais de Justiça estaduais de limitar a competência fiscalizadora do CNJ. Solicita urgência na regulamentação do projeto Ficha Limpa.

 

010 - ANA PERUGINI

Comenta projeto para transformar outubro no mês de prevenção ao câncer de mama. Cita estatísticas sobre a doença. Ressalta a necessidade de que exames preventivos, como a mamografia, sejam realizados com frequência. Solicita ao Governador a instalação de um maior número de equipamentos. Relata sua participação em conferência, realizada em Brasília, sobre o tema. Sugere a criação de Secretaria de Políticas Públicas para as mulheres.

 

011 - JOOJI HATO

Discorre sobre latrocínio cometido por adolescentes no município de Guarulhos. Lamenta a venda de bebida alcoólica em postos de gasolina. Faz menção a toque de recolher, instituído por magistrado na cidade de Fernandópolis. Fala sobre projeto, de sua autoria, instituindo a ampliação da medida para todo o Estado.

 

012 - BALEIA ROSSI

Lamenta o falecimento do professor Electro Bonini. Ressalta a importância do educador para a cidade de Ribeirão Preto. Solicita urgência ao Governador na criação de região metropolitana de Ribeirão Preto. Apoia a instituição de outras regiões metropolitanas, como a do Vale do Paraíba.

 

013 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, tece considerações sobre o corte no orçamento do Judiciário, feito pelo Governador. Repudia a redução de 50% do total solicitado pela Justiça. Mostra imagens de alguns fóruns da Capital, cuja infraestrutura foi considerada precária. Apresenta reportagem sobre o assunto. Cobra a construção de mais fóruns e varas, a fim de melhorar as condições de trabalho dos servidores e o atendimento ao público.

 

015 - MILTON VIEIRA

Assume a Presidência.

 

016 - JOOJI HATO

Pelo art. 82, cita exemplo de juiz, em Fernandópolis, que decretou o "toque de acolher" para adolescentes, a quem parabeniza pela iniciativa. Lembra crimes cometidos por menores infratores. Defende a aprovação de projeto similar, por esta Casa, extensivo ao Estado. Lamenta a situação dos jovens que vivem na "Cracolândia".

 

017 - JOOJI HATO

Requer a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, com assentimento das lideranças.

 

018 - Presidente MILTON VIEIRA

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h46min.

 

019 - CARLOS GRANA

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h36min.

 

020 - DONISETE BRAGA

Requer a suspensão dos trabalhos até as 17 horas e 30minutos, por acordo de lideranças.

 

021 - Presidente CARLOS GRANA

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h37min.

 

022 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h32min.

 

023 - SAMUEL MOREIRA

Pede a suspensão dos trabalhos por 15 minutos.

 

024 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h32min.

 

025 - MARCO AURÉLIO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h46min.

 

026 - SAMUEL MOREIRA

Pede o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

027 - Presidente MARCO AURÉLIO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 14/10, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra a realização da sessão solene, amanhã, às 10 horas, com o intuito de "Comemorar os 300 anos da existência da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Celso Giglio.

 

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O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Jooji Hato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOOJI HATO - PSOL - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, já há um bom tempo venho discutindo a necessidade de liberação de recursos do Governo do Estado a partir do TJ para a construção do novo Fórum da Lapa. Há terreno cedido pela Prefeitura de São Paulo, já estava previsto no orçamento de 2010 recursos para a construção do Fórum, faltava apenas o projeto de engenharia. O projeto de engenharia foi concluído e agora o argumento é que não há mais recurso do Governo do Estado para a construção do Fórum.

A situação é tão precária que promotores e juízes da Vara da Infância e da Juventude têm de atender a população na calçada. Vejam matéria que saiu num jornal de grande circulação. Numa outra matéria de um jornal da zona oeste de São Paulo fala-se que os promotores e juízes têm de atender a população na calçada em virtude de infiltrações e goteiras no prédio. Tanto para a criação do novo Fórum da zona oeste como para a Vara da Infância e da Juventude, que funciona também na região da Lapa, faltam recursos do Governo do Estado. Mas o que nos espanta é que o TJ de São Paulo alega que não tem recursos nem para a locação de um novo prédio ainda que de forma temporária porque na verdade o que se quer é a construção do novo Fórum na zona oeste de São Paulo. Ou seja, há terreno cedido pela prefeitura, tem o projeto de engenharia, já tinha recurso aprovado, só que de repente o recurso desapareceu. Mas o mesmo TJ que fala que não tem recurso para a construção do novo Fórum ou para locação de prédio para a Vara da Infância e da Juventude faz locação de um terreno para abrigar a promotoria da Justiça na área da Saúde. É o contrato n º 122/11 assinado no dia 22/07/11 com um montante de 156 mil, 397 reais.

Ora, tem 156 mil reais para locação de um terreno na zona nobre da cidade de São Paulo para abrigar a promotoria da Justiça na área da Saúde e não tem para a construção do novo Fórum da Lapa? Pelo menos para locação de prédio para a Vara da Infância e da Juventude deveria ser agilizado.

Será que a Vara da Infância e da Juventude é menos importante que a promotoria da Justiça na área da Saúde? O nosso entendimento é de que não. Tem, sim, de fazer locação de terreno para a promotoria da Justiça na área da Saúde, mas e a construção do novo Fórum da Lapa solicitado já há muito tempo e para o qual já havia recurso previsto?

Fica o nosso protesto em relação ao TJ que peço à Casa encaminhar ao TJ e à secretaria competente para uma tomada de posição o mais rápido possível. Não dá para a população da zona oeste ser atendida na calçada por falta de condições físicas do prédio enquanto o TJ faz uma locação de mais de 156 mil reais para atender uma outra Vara na cidade de São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembléia, inicialmente quero manifestar a satisfação do encaminhamento na busca da paz entre judeus e palestinos no momento em que se noticia a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, que há mais de cinco anos está sequestrado na mão de milícias palestinas. O noticiário internacional dá conta de que finalmente está se acordando a libertação de presos palestinos pelo governo israelense em troca da libertação da Gilad Shalit.

Digo isso porque participei aqui em São Paulo, com a comunidade israelita, da mobilização pela libertação desse jovem. E fiz a propositura, através desta Casa, de encaminhamento ao Congresso Nacional, ao Ministério das Relações Exteriores e à própria presidência do país no sentido de um esforço maior do governo brasileiro para que houvesse a libertação desse jovem.

Sinto-me satisfeito e partilho dessa satisfação com os 94 deputados desta Casa que participaram desse esforço. O que pode parecer uma simples moção para a presidência da república, para o Ministério das Relações Exteriores e para o próprio Congresso Nacional, na verdade significou a vontade dos 94 deputados em viabilizar um caminho para o restabelecimento ou pela busca da paz naquela região. Aguardemos que nos próximos dias seja feita essa troca de prisioneiros e que haja entendimento na busca da paz.

Quero dizer ainda, Sr. Presidente, da tristeza em relação às votações do PL 47, que trata da correção salarial e benefícios na carreira dos policiais civis, e do PL 49, que trata da mudança de critérios de preterição do restabelecimento do posto imediato de passagem para reserva ou reforma com menos tempo da mulher policial, do aproveitamento de vagas não ocupadas de cabos subtenentes para dar fluxo à carreira dos policiais civis. Todo empenho, toda luta, acabou descendo morro abaixo na medida em que o rolo compressor do governo falou mais alto e mais uma vez isolou a pretensão da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo de aperfeiçoar um projeto dando dignidade aos servidores policiais civis e militares.

No PL 47 tivemos a aprovação da merreca de 15% no padrão nesse ano e 11% a partir de 1º de agosto de 2012, numa clara sinalização que nada mais virá para se discutir nesta Casa. E a exclusividade de proposituras sobre carreiras e salários, pela própria Constituição, infelizmente é do governador.

Em relação ao posto imediato e mais vantagens aos policiais militares, foi simplesmente uma ducha de água fria. Toda mobilização da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do seu presidente ao mais jovem deputado, dos partidos aliados à oposição, pela primeira vez nesta Casa num projeto de revisão de salários ou de garantia para servidores vi uma unanimidade de propósitos em realmente melhorar a vida dos policiais militares. Mas o rolo compressor do governo passou por cima de todas as vontades de todas as bancadas, inclusive das bancadas governistas desta Casa, e infelizmente perdemos uma oportunidade de fazer justiça.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, parlamentares presentes, servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, telespectadores da TV Alesp, temos pautado temas relevantes para o nosso estado, como a questão do meio ambiente. Temos feito um trabalho de acompanhamento das leis aprovadas neste parlamento, como a lei da represa Billings, da lei da Guarapiranga, e temos percebido que falta por parte do Poder Executivo um processo de estruturação da Polícia Militar Ambiental.

No Estado de São Paulo, em 2007, tínhamos 2.276 policiais ambientais. Em 2011, tivemos um aumento de quatro policiais para cobrir 645 municípios, fiscalizar e monitorar todas as regiões de mananciais do nosso estado.

A represa Billings foi construída em 1928 e seu perfil era produzir energia da Usina Henry Borden, no município de Cubatão para toda a Baixada Santista. Hoje ela é responsável pelo abastecimento de quatro milhões de moradores da nossa região. Atualmente ela tem um processo de adensamento e de ocupação desordenada e esperamos que o governo inicie um processo para regularizar as áreas ocupadas. O Grande ABC, os municípios de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André, e uma parte da capital, que constituem 825 quilômetros quadrados km² Essa região, em 2007, contava com 69 policiais ambientais. Hoje tivemos uma grande redução e contamos, para cobrir mais de 800 quilômetros quadrados, apenas 26 policiais. Portanto, é um número irrisório se aprovamos uma lei tão fundamental, tão importante do nosso estado e não temos hoje elementos, por parte do Governo, para fazer esse processo de monitoramento, de fiscalização e acompanhamento.

Em 2007, cada policial era responsável por uma área equivalente a 12km², atualmente o número aumentou para quase 32km², ou seja, houve redução no número de policiais militares ambientais, mas triplicou a área para ser coberta. Por isso, é humanamente impossível dar conta de um processo de fiscalização e acompanhamento na atualidade.

No Grande ABC, como foi dito, 74% da área do município de Santo André é composta por manancial, em São Bernardo do Campo essa área corresponde a 53% da região, em Diadema 22%, em Mauá 19%, em Ribeirão Pires 100% e em Rio Grande da Serra 100 por cento.

Essas Prefeituras cumprem uma missão nobre e fundamental que é a preservação dos nossos mananciais. Apesar disso, não temos por parte do Estado uma situação que possamos fiscalizar e retomar a importância e relevância dos nossos mananciais, tanto na Região Metropolitana como no Estado de São Paulo.

Por essa razão queremos democratizar essas informações e apresentaremos emendas ao Orçamento do Estado para 2012, com intuito de garantir mais investimentos em concursos públicos e assim aumentar o número de policiais militares ambientais para defender o meio ambiente do nosso Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, faço questão de passar uma notícia a respeito do Estatuto da Juventude.

Passo a ler documento para que conste nos Anais da Casa.

Estatuto da juventude

O estatuto da juventude (PL 4529/04) foi aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada.

O projeto que vai beneficiar 48 milhões de jovens, com idade entre 15 e 29 anos, define diretrizes para o governo criar e organizar políticas públicas para esse segmento da população.

O estatuto apresentado pela Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, teve como relatora, a Deputada Manuela D'Ávila, do PCdoB do Rio Grande do Sul, que fez mudanças no texto original.

Em vez do direito ao transporte gratuito para todos os estudantes, previsto no texto original, por exemplo, o texto aprovado diz que os programas de transporte escolar vão ser estendidos de forma progressiva aos jovens estudantes, de todos os níveis educacionais, no campo e na cidade.

Já o desconto de 50% nas passagens intermunicipais e interestaduais, vai obedecer às legislações federal, estaduais e municipais.

Para melhorar o ensino, Manuela D'Ávila incluiu como prioridade, a universalização da educação em tempo integral.

Nas escolas, os professores deverão abordar temas como o consumo de álcool, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar e impactos da gravidez, planejada ou não.

O estatuto da juventude também garante a meia-entrada aos estudantes, de 15 a 29 anos, em eventos artísticos e culturais, de entretenimento e de lazer, em todo o território nacional. Entretanto, o tema gerou polêmica, porque incluiria os jogos da Copa de 2014.

A secretária nacional da juventude, Severine Macedo, destaca que muitas partes do projeto ainda devem ser regulamentadas, mas acredita que a aprovação do estatuto foi uma vitória.

Para estimular a profissionalização, o estatuto prevê que o poder público terá de realizar ações voltadas ao preparo para o mercado de trabalho. Programas de primeiro emprego e a introdução da aprendizagem na administração pública direta, devem ser priorizados.

O estatuto da juventude segue para análise do senado. O líder do governo na câmara, Deputado Cândido Vaccarezza, afirmou que os senadores devem mudar o texto. Entre os pontos a serem alterados, ele destacou a parte que assegura o pagamento de meia-entrada em eventos artísticos, culturais e de lazer.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, a juventude há muito tempo vem lutando por um lugar ao sol. O Brasil é um país que já não é tão jovem e os adultos não valorização a juventude como seria necessário. A juventude é o futuro da nossa Nação. Espero que esse Estatuto seja levado a sério, que seja aprovado e posto em prática.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, faleceu o grande educador  Electro Bonini!

 Seu velório, no bloco A do campus da Universidade de Ribeirão Preto,  deu bem a dimensão de quanto ele era amado pelos  amigos,  funcionários,  familiares  e a própria comunidade ribeirão-pretana,  representada pelas suas principais lideranças.

A vida de Electro Bonini, chanceler da Unaerp, foi marcada, desde a sua concepção,  pelo inusitado;  nasceu a bordo de um navio, em águas brasileiras, em dezembro de 1913,  quando a mãe o levava para a Itália, país onde viveu os primeiros 10 anos de sua vida. Quando os pais foram buscá-lo o levaram direto para Batatais, onde iniciou  estudos no Colégio São José do qual, posteriormente, tornou-se professor e colega de magistério do falecido ministro e embaixador Roberto Campos.

Formando-se em Odontologia pela Associação de Ensino de Ribeirão Preto, em Batatais iniciou sua vida profissional como dentista e educador. Montou e dirigiu a Escola de Comércio de Batatais; casou-se com Maria Aparecida de Oliveira Bonini (dona Cidinha) e teve quatro filhos: Eduardo, Elmara, Electro Júnior e Evandro, os dois últimos já falecidos.

Viveriam lá, felizes para sempre, se o acaso não o tivesse levado a enfrentar em Ribeirão Preto, em 1959, o seu maior desafio: adquiriu, com o aval do cunhado Elídio Marchesi, casado com sua irmã Ana Maria, a Associação de Ensino Ribeirão Preto (Aerp) e transformou-a na Universidade de Ribeirão Preto, a Unaerp.

Na Aerp, Electro Bonini deu início a uma administração ousada através de investimentos em infraestrutura, em mão de obra qualificada e na criação de novos cursos. Na época, a Associação era responsável pela formação básica e secundária dos mais proeminentes profissionais da cidade; com esse lastro, em 1961, Electro iniciou o processo de criação de cursos de nível superior ao fundar a Faculdade de Direito “Laudo de Camargo”, da qual também foi aluno e se diplomou pela sua quarta turma. Dez anos depois, em 1972, a Aerp deu início às transformações estruturais visando um novo grau universitário. Ao lado da filha, Elmara Lúcia de Oliveira Bonini, sempre o seu braço direito, comandou o reconhecimento da instituição como universidade, oficializado em 10 de dezembro de 1985; com o reconhecimento a reitoria passou a ser ocupada pela professora Elmara Bonini e o professor Electro assumiu a função de chanceler.

A Prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, decretou, na última segunda-feira, dia 10, luto oficial de três dias pelo falecimento do professor Electro Bonini, chanceler da Unaerp e seu dirigente desde 1959. Em meu Facebook, gravei a seguinte mensagem: “Registro os meus sentimentos à família do Dr. Electro Bonini e a minha profunda admiração. Chanceler da Universidade de Ribeirão Preto, Dr. Electro era formado em Odontologia, Direito e também em Pedagogia. O amor à educação, seu espírito idealista e o incessante trabalho revelam-se através da trajetória da Unaerp, considerada um dos maiores polos educacionais do país e da América Latina, contribuindo, e muito, com a cidade de Ribeirão Preto”.

Por todos esses motivos, registro nesta tribuna meus sentimentos e homenagens a quem, em vida, foi um dos maiores educadores de Ribeirão Preto, do nosso Estado de São Paulo e do Brasil.”

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Esta Presidência associa-se às palavras do Deputado Welson Gasparini.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANAZZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados e nobres Deputadas, Srs. telespectadores da TV Assembleia, venho a essa tribuna na data de hoje, primeiramente para me associar e me filiar ao pronunciamento do Deputado José Cândido que foi muito enfático há alguns minutos aqui nesta tribuna, ao defender os direitos históricos garantidos pela população no Brasil, principalmente os direitos garantidos na Constituição Federal, se referindo ao Estatuto da Juventude. Quero ainda acrescentar o aspecto da legislação e também me referir aqui ao Estatuto do Idoso, ao Código de Defesa do Consumidor, ao Estatuto do Torcedor, que tem haver com esta ofensiva da Fifa - Federação Internacional de Futebol em querer obrigar que o Brasil suspenda direitos conquistados historicamente pela nossa população, como por exemplo, a meia entrada em estádios de futebol para a terceira idade, aposentados e estudantes.

A Fifa ainda quer que o Brasil durante a realização da Copa do Mundo em 2014 autorize a venda de bebidas alcoólica nos estádios de futebol. É um verdadeiro absurdo, pois já conseguimos acabar com isso no Brasil, através da aprovação do Estatuto do Torcedor. No entanto a Fifa quer nos impor esse tipo de medida a qual somos totalmente contra.

Não queremos nenhuma alteração no Estatuto do Idoso nem no Estatuto do Torcedor, o que queremos é a garantia de todos os direitos já conquistados. A Fifa diz que vai perder uma parte de seus recursos, ou seja, vai deixar de ganhar, porém com esta Copa do Mundo o Brasil está investindo mais de R$50 bilhões na construção e em reforma de estádios e na parte também de infraestrutura. Diante disso é inconcebível que nosso País, seja obrigado a se curvar aos interesses econômicos da Fifa, abrindo mão de direitos básicos.

Não concordamos com isso, e gostaria aqui de fazer coro com o Deputado José Cândido, e ao mesmo tempo, Sr. Presidente, gostaria de manifestar o nosso total apoio às manifestações que ocorreram na data de ontem, no feriado do dia 12 de outubro. Manifestações realizadas em todo o Brasil, em várias capitais e cidades. Foi um movimento contra a corrupção articulado por fora dos partidos políticos, por fora dos sindicatos e das entidades tradicionais. Um movimento que foi articulado de forma alternativa, pelas redes sociais e teve como foco central a luta contra a corrupção, que virou uma verdadeira praga em nosso país e permeiam as várias instituições brasileiras, o Judiciário, o Legislativo, o Executivo e as entidades empresariais.

Essa manifestação foi muito importante nesse sentido, porque além de ser uma manifestação contra a corrupção no Brasil, também abordou outros temas fundamentais que estão sendo discutidos em todo o Brasil, como a questão do voto aberto no Congresso Nacional. A aprovação imediata de um projeto que garanta uma votação aberta, principalmente para a cassação de mandatos legislativos. O movimento ainda defendeu o Conselho Nacional de Justiça, que está sendo hoje atacado por setores do próprio Supremo Tribunal Federal.

Informamos aqui, todo nosso apoio ao trabalho desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça que representa hoje no Brasil um certo controle social e externo do Poder Judiciário que até então não havia controle algum sobre esse Poder. O Conselho Nacional significa um avanço em relação a esse tema, contudo, forças conservadoras e corporativistas tentam minar as prerrogativas e o poder do Conselho Nacional de Justiça.

Sr. Presidente, não posso deixar de dizer aqui que este movimento realizado ontem em todo o Brasil, também defendeu a regulamentação do projeto de lei que já foi aprovado no Congresso Nacional por conta de um projeto de iniciativa popular, que é o Projeto Ficha Limpa, que está sendo discutido no Supremo Tribunal Federal.

Nós defendemos também a imediata regulamentação pelo Supremo, da Lei Ficha Limpa, que significa um avanço da sociedade brasileira na luta também contra a corrupção, pois foi um projeto protocolado no Congresso Nacional pela população. Foram mais de um milhão de assinaturas nesse projeto. É um projeto importante que tem a ver com a participação política da nossa população.

O fato é que esse movimento de ontem mostrou a falência dos partidos políticos, das lideranças políticas e das entidades sindicais. Esse movimento mostrou que há algo de errado, que há um esgotamento desse modelo de representação e que outras forças começam a se organizar no país para dizer “basta à corrupção.” Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas tem a palavra a nobre Deputada Ana Perugini, pelo tempo regimental.

A SRA. ANA PERUGINI - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas que nos ouvem, peço licença hoje para falar do mês de outubro. Estou sendo cobrada, Sr. Presidente. Temos uma funcionária que está no seu período de licença maternidade mas ainda muito ligada em relação aos direitos das mulheres. Hoje, não recebi a notícia da publicação do Dia da “Doula” que foi, inclusive, iniciativa dessa funcionária que hoje carrega um bebezinho de 4 meses de idade e que mostra o resultado de um parto natural.

O que venho falar hoje é em relação ao mês de outubro. Começamos neste mês de outubro uma campanha que busca alertar o Poder Público sobre os investimentos na atenção à saúde da mulher. Mais do que isso, elege este mês para o combate ao câncer de mama. Estamos em pleno Outubro Rosa.

Um movimento popular que vem percorrendo o mundo e que remete ao laço, também rosa, símbolo do combate a esta doença, que se não descoberta e tratada a tempo, pode matar. Uma campanha que estimula a população, empresas, entidades e governos municipais, estaduais e federal, a promoverem ações que transformem este mês no mês da prevenção.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos, é de 61 por cento A estimativa do Inca, o Instituto do Câncer, foi de que, no Brasil, em 2010, surgiram 49.240 novos casos da doença. Também segundo o mesmo órgão, foram registradas em 2008, 11.860 mortes em razão deste tipo de câncer, sendo 11.735 mulheres e 125 homens. Isto mesmo, o câncer de mama também pode afetar os homens, o que justifica esta não ser uma campanha apenas feminina.

Desde o dia 5, o nosso Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, já está vestido de rosa, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama-Femama, assim como outros monumentos pelo mundo, o Cristo anuncia a prevenção e a necessidade da mamografia.

Para as amigas e amigos da TV Assembleia, peço para que orientem as mulheres a fazer o auto-exame, e mais que isso, as incentivem para que façam a mamografia e, se você não está conseguindo fazer o exame na rede pública, denuncie. A mamografia é um direito e o equipamento deve estar à disposição em toda a rede pública. Mulher que não se previne corre o risco de ser assaltada por um câncer de mama. O auto-exame é importante sim, mas a mamografia é um dever para quem prima pela saúde.

O nosso mandato encaminha ao Sr. Governador por meio da Secretaria de Saúde, um requerimento questionando o número de aparelhos de mamografia que existem no Estado. Queremos ter a certeza de que toda e qualquer mulher, inclusive homens, tenha um aparelho próximo de sua casa, e possa, prontamente, fazer o exame. Temos uma campanha mundial nas ruas e é nosso dever cobrar do Governo de São Paulo ações efetivas de prevenção não só ao câncer de mama, mas às doenças que afligem nossa população.

Quero aproveitar a oportunidade para falar que a III Conferência das Mulheres, em Brasília, foi muito bem organizada. Estiveram presentes a Dra. Eloisa Arruda; a nossa ministra da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, quem deu um “show” de informação falando de todas as políticas realizadas no Brasil. Neste momento, ela faz uma participação no nosso Estado. Lá reafirmamos que temos um grande desafio no Estado de São Paulo: o de construir a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. Quando saímos na frente criando a 1ª Delegacia para Mulheres, tínhamos antes, criado o Conselho da Condição Feminina. No Governo Federal, foi preciso criar a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, um pacto de enfrentamento para termos o Plano Nacional de Política para Mulheres.

Se quisermos continuar avançando, e não ficarmos estagnadas na história, mais do que termos duas mil conselheiras presentes no encontro, precisamos urgentemente construir a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres. Nós, mulheres, compreendemos - é difícil para um homem compreender a dimensão disso, exceto quando ele participa da conta - que é a economia que aflige o Governo. Se não houver uma coordenadoria voltada às políticas afirmativas, visando uma garantia da igualdade, entre homens e mulheres na nossa sociedade, e enquanto não houver essa mensuração econômica, fica difícil para um homem entender a importância de uma Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres. Mas, se olharmos para o passado, que é a nossa maior bússola, vamos verificar que só houve avanço quando delegamos uma equipe para pensar no que é preciso fazer para o nosso Estado. E o nosso Estado de São Paulo pode continuar saindo à frente, como foi em relação à política das águas, de enfrentamento da violência e, agora, criando a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, a exemplo do que aconteceu no Governo Lula, e continua com o Governo da Presidenta Dilma Rousseff. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, venho à tribuna porque tivemos um roubo numa farmácia, em Guarulhos. Dois adolescentes de 17 anos entraram numa farmácia para assaltar. Eles já estavam indo embora, mas retornaram e atiraram numa sócia da farmácia, uma estudante de Enfermagem de 21 anos. Ela levou um tiro na cabeça. A cena foi divulgada pela mídia. Houve em Mauá assassinato de quatro pessoas, num boteco. Mauá adotou a lei que foi elaborada e aprovada na Capital, há nove anos. É a lei que proíbe a venda de bebida alcoólica em postos de combustível, em lojas de conveniência especificamente. Não é em qualquer lugar. O indivíduo abastece o automóvel, abastece-se também com a bebida alcoólica e sai dirigindo. Este é o nosso país, a nossa cidade, infelizmente.

Ao descrever esses fatos, lembro-me de um juiz de Fernandópolis. Ele foi um juiz que foi muito combatido, o Juiz Evandro Pelarin, que introduziu naquela cidade inicialmente o toque de recolher e depois teve de mudar para toque de acolher porque havia muita objeção a este projeto dele, que felizmente deu certo. A cidade de Fernandópolis conseguiu levar os adolescentes para as escolas. Esses jovens ficavam em locais de risco como os botecos da vida, verdadeiros pontos de narcotráficos, faltavam às aulas - a família não sabia - e o Dr. Evandro Pelarin, que é do Poder Judiciário, juntamente com o conselho tutelar e a sociedade civil organizada, conseguiu levar os adolescentes para o caminho do bem.

No dia de hoje entramos com projeto de lei nesta Casa com igual propósito de Fernandópolis, ampliando para todas as cidades do nosso Estado inclusive a Capital para que não aconteça o que vimos em Guarulhos: dois jovens de 17 anos assaltam uma farmácia, parecem ir embora, quando um deles volta e atira na cabeça de uma moça que por sinal era a sócia-proprietária da farmácia. Infelizmente os nossos jovens estão armados, estão no caminho das drogas e da bebida alcoólica oficializada que é a porta de entrada para as drogas. Temos de encaminhar esses jovens para o caminho do bem. Aí vem a turma da oposição dizer que isso é ferir a liberdade, que isso é inconstitucional, que isso cerceia o direito de ir e vir da criança e do adolescente. Isso é um absurdo. Mas o Dr. Evandro Pelarin, do Poder Judiciário, se contrapõe a essas pessoas e consegue implantar em Fernandópolis esta lei tão importante encaminhando esses jovens para o caminho do bem. Certamente não vamos ter em Fernandópolis casos como o de Guarulhos.

O Poder Judiciário talvez esteja exercendo uma função que não seja sua, mas este é um Poder Legislativo e quero, ao finalizar este pronunciamento, pedir que aprovemos isso o mais rápido possível, solicitando o apoio do Ministério Público, do Poder Judiciário, que, aliás, já está dando através do Dr. Evandro Pelarin, de quem estamos copiando o projeto com o intuito de que os nossos jovens trilhem o caminho do bem.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. BALEIA ROSSI - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero também registrar o falecimento do Sr. Electro Bonini, chanceler da Unaerp. Foi um grande educador, um homem que pensou à frente do seu tempo, que investiu em Educação e foi o grande responsável pela Universidade de Ribeirão Preto, cuja reitora é sua filha Mara Bonini.

Aqui quero homenagear toda sua família pela história de vida, de luta e de conquistas que teve o Prof. Electro Bonini. O Deputado Welson Gasparini leu a sua biografia, que ilustra bem a importância que o Prof. Electro Bonini teve para Ribeirão Preto e região, para o nosso Estado e para o nosso País.

Quero ainda desta tribuna fazer uma cobrança ao Governo do Estado: a criação da região metropolitana de Ribeirão Preto. Desde 2007 tenho nesta Casa um projeto de lei criando a região metropolitana de Ribeirão Preto. Já tivemos grandes debates nesta Casa. Este assunto foi discutido também na Câmara Municipal de Ribeirão Preto por iniciativa do Vereador Maurílio Romano, do PP. Uma comissão especial de estudos foi criada envolvendo toda classe política de Ribeirão Preto, a sociedade civil organizada, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, OAB, ACIs, pessoas que querem ver o desenvolvimento da nossa região pensado de maneira planejada.

Portanto, deixo este apelo ao Governador Geraldo Alckmin, que já recebeu o relatório final dessa comissão de estudos que embasa este pedido com dados importantes não só da região de Ribeirão Preto, mas de todas as cidades vizinhas com apoio de prefeitos, da classe política, de todos que lutam por uma região mais desenvolvida.

Hoje temos três regiões metropolitanas em São Paulo: a da Capital, a da Baixada Santista e a de Campinas e os resultados são importantes. Vi nos jornais que a próxima região metropolitana a ser criada será a do Vale do Paraíba e já fica aqui o meu apoio incondicional porque levará desenvolvimento àquela região. Tivemos também a aprovação do aglomerado de Jundiaí, que também contou com o nosso apoio, mas quero deixar esse apelo muito especial ao Governador Geraldo Alckmin: que avalie esse trabalho da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, da Prefeitura de Ribeirão com o apoio da Prefeita Dárcy Vera, com o apoio de todos os prefeitos da região, com a manifestação dos deputados da região Rafael Silva e Welson Gasparini, com a manifestação das Câmaras Municipais da região: do Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Nicanor Lopes, do presidente da Câmara Municipal de Serrana, de Cravinhos, de Dumont, de Guatapará, de Jardinópolis, de Brodósqui, enfim, todos se uniram porque querem que os investimentos que venham do Estado para a região sejam feitos de maneira planejada, organizada para que a população possa sentir uma melhor qualidade de vida, para que a população possa sentir que os seus anseios estão sendo atendidos pelo Governo do Estado, pelos órgãos públicos municipais e estaduais.

Fica este apelo para que o Governo do Estado faça este estudo o mais rápido possível a fim de atender uma demanda de muitos anos que é a criação da região metropolitana de Ribeirão Preto.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, gostaria de fazer algumas considerações sobre o corte criminoso praticado pelo governador Geraldo Alckmin em relação ao orçamento do Judiciário. O Tribunal de Justiça enviou para o Palácio dos bandeirantes um orçamento de 13,2 bilhões de reais para a manutenção do Poder Judiciário do Estado de São Paulo; para construir novos fóruns, para fazer a manutenção dos fóruns e das varas, para cumprir o acordo firmado com os servidores. Existe uma dívida de mais de 2 bilhões de reais, um passivo com os servidores - não com os juízes e desembargadores - que no ano passado fizeram uma heróica greve de 127 dias.

O Tribunal de Justiça não atende as reivindicações dos trabalhadores do Judiciário porque alega que não tem recursos. Os governos do PSDB têm sistematicamente cortado o orçamento do Tribunal de Justiça. Mais uma vez isso se consolida com um corte de quase 50% desse orçamento de 13,2 bilhões. O orçamento enviado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi de apenas 6,9 bilhões de reais, o que é insuficiente até para a manutenção dos nossos fóruns do estado. Isso vai prejudicar enormemente toda a população do estado e, sobretudo, os nossos servidores que têm um salário dos mais aviltantes desse país.

Sr. Presidente, gostaria de ilustrar minha intervenção com uma matéria que mostra muito claramente o abandono da Justiça no Estado de São Paulo, a situação dos nossos fóruns e a situação em que a população encontra nossos fóruns em todo o estado.

 

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- É feita apresentação de vídeo.

 

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Para concluir, gostaria de dizer que essas são as consequências dos criminosos cortes feitos no orçamento do Poder Judiciário pelos governos do PSDB em São Paulo. nosso fóruns estão abandonados, degradados, sem contar que existe um déficit na construção de varas, de fóruns no Estado de São Paulo. a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo votou no ano passado o projeto d elei que obriga o estado a construir mais dois fóruns na capital: M’Boi Mirim e Capela do Socorro. Até agora eles não saíram do papel. Sem contar que o Poder Judiciário tem que instalar mais de 300 varas que já foram aprovadas.

Cito ainda o caso do projeto de lei aprovado em 2006 criando o fórum de São Mateus que ainda não existe. Vivemos um clima de caos do ponto de visa do Poder Judiciário. Esse caso que apresentei é muito exemplar. É o fórum da Lapa, na capital, totalmente abandonado, que não tem alvará da prefeitura nem do Corpo de Bombeiros. É constantemente ameaçado de interdição. Audiências são realizadas no meio da rua ou na calçada. Essa é a situação de muitos fóruns do Estado de São Paulo, no interior, na Baixada Santista, na Grande São Paulo. Ao mesmo tempo em que a população do estado é prejudicada por essa situação, nossos servidores também o são, porque trabalham em condições precárias, sem reajuste salarial, com um dos salários mais baixos do país.

Os nossos servidores deveriam receber dois bilhões de reais de verbas indenizatórias, de férias que não foram tiradas. O servidor do Poder Judiciário é obrigado a abrir mão das suas férias e não recebe as férias. Por isso a dívida de dois bilhões de reais. Um verdadeiro absurdo o que está acontecendo na justiça. Durante a discussão do orçamento, que será aprovado até o final do ano, vamos lutar para que o orçamento do Judiciário seja restituído e que haja dignidade para o trabalho dos nossos servidores, sobretudo, para o atendimento da população do nosso estado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Milton Vieira.

 

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O SR. JOOJI HATO - PMDB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectadores, volto a esta tribuna mais uma vez porque há poucos instantes falamos do juiz de direito de Fernandópolis, Dr. Evandro Pelarin, que introduziu naquela cidade a ordem pública. Ele inseriu naquela cidade o toque de acolher os adolescentes para a vida, para o futuro, não deixando os adolescentes irem para o caminho tão nefasto das drogas e do alcoolismo que estão acabando com a juventude.

Infelizmente, temos vários casos. Como já citei, ocorreu um bárbaro assassinato de 4 pessoas em um boteco, em Mauá. Houve também um caso, ocorrido dois dias, de assassinato pós-roubo. Nesse último, as câmeras mostraram o momento em que o assassino voltou e atirou na cabeça de uma estudante de enfermagem de 21 anos. Ela ainda tinha muito futuro, mas foi barbaramente assassinada dentro da farmácia da qual era proprietária. Isso é um absurdo!

Iremos ficar de braços cruzados e dizer que é o direito da criança de ir e vir.

Será que faz parte do direito de ir e vir da criança assaltar? Como por exemplo, o roubo ocorrido em um hotel há dois meses. Isso aconteceu aqui no coração da maior cidade do Hemisfério Sul, São Paulo, capital.

Será que faz parte do direito da criança de ir e vir assalto às lojas, como ocorreu dois meses na Rua Domingo de Morais, Vila Mariana? Esse caso se repetiu semana passada. As crianças que participaram do assalto foram levadas à delegacia, mas não respeitaram os delegados, a polícia, as autoridades constituídas e nem o Conselho Tutelar. Elas quebraram tudo!

É esse o direito que iremos assegurar a essas crianças e adolescentes? O direito à violência, à droga e a ir a locais perigosos?

É por isso que quero parabenizar, mais uma vez, o nosso querido, respeitado e estimado Juiz, Dr. Evandro Pelarin, por seu projeto de lei que estamos trazendo para esta Casa.

É meu sonho que toda cidades do mundo fossem como Fernandópolis. Mas como isso não é possível, que fossem assim pelo menos as cidades do Brasil. Mas, se todas as cidades do Brasil não puderem adotar essa lei do nosso eminente Juiz, Dr. Evandro Pelarin, que seja adotado ao menos pelas cidades do Estado de São Paulo. Tendo em vista que aqui somos Deputados, e em virtude disso podemos aprovar nesta Casa e trazer a todas as cidades essa lei maravilhosa que irá recolher, irá acolher para a vida e para o futuro os nossos adolescentes.

Quero ainda dizer que não é possível que os órgãos não-governamentais não se sensibilizem. Não posso acreditar que os conselhos tutelares não vão ajudar a aprovar essa lei na Assembleia Legislativa. Não posso acreditar que os deputados não vão ajudar na aprovação desse projeto tão importante. Se não apostarmos nos adolescentes, nas crianças, o que será deste País? Não consigo acreditar que o Ministério Público não vá ajudar os deputados a aprovar esse projeto tão nobre para os nossos adolescentes. Não quero acreditar nisso.

Solicito o apoio do Conselho Tutelar, da Infância e Juventude do Ministério Público, dos órgãos não-governamentais. Certamente teremos esse apoio, principalmente dos colegas deputados, do Presidente Barros Munhoz e todos aqueles que amam este País, que amam a família. Espero contar com o apoio de todas essas pessoas que citei.

O direito de ir e vir tem de ser assegurado acima do direito de uma criança ir para um caminho que não interessa, de cabular as aulas, de não estudar, de desagregar a família, sofrendo assédio sexual, agressões físicas, psicológicas. Essas crianças nunca mais terão o direito à vida, ao futuro. As crianças que encontramos na Cracolândia não têm discernimento nenhum. Recolhemos um garoto de 12 anos. Levamos para a Fazenda Esperança mas, infelizmente, ele fugiu. Isso nos deixa muito triste.

Temos uma missão a cumprir. Não dá para ficarmos de braços cruzados vendo nossos adolescentes consumindo sua vida, não tendo direito à vida, ao futuro. Se nós, que pertencemos à Assembleia Legislativa, aos órgãos não-governamentais, ao Estado, ao Ministério Público, aos conselhos tutelares, não dermos apoio ao Poder Judiciário, que introduziu isso em Fernandópolis, vamos ficar muito frustrados, constrangidos e até não acreditando em mais nada neste País.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON VIEIRA - DEM - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Jooji Hato e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 46 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 36 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlos Grana.

 

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O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GRANA - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Donisete Braga e suspende a sessão até as 17 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 36 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a suspensão da presente sessão por mais 15 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo acordo de lideranças, esta presidência suspende a sessão por mais 15 minutos.

 

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- Suspensa às 17 horas e 32 minutos a sessão é reaberta às 17 horas e 46 minutos, sob a Presidência do Sr. Marco Aurélio.

 

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O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCO AURÉLIO - PT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda a Sessão Solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a finalidade de comemorar os 300 anos de resistência da Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 46 minutos.

 

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