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17 DE OUTUBRO DE 2011

120ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e OLÍMPIO GOMES

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Lembra o confronto ocorrido, há 3 anos, entre policiais civis e militares. Informa que o "dia da vergonha", como ficou conhecido o evento, representa o descaso do Executivo para com a categoria. Comenta sua participação naquela marcha. Destaca compromissos assumidos pelo ex-Governador José Serra com os policiais, os quais não foram cumpridos. Repudia a forma de tratamento dispensada pelo Governo do Estado à classe policial. Reivindica melhorias para a categoria.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

004 - JOOJI HATO

Tece comentários sobre o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, construído há 40 anos. Enfatiza a tecnologia de ponta utilizada pelo hospital, o que o torna referência nacional em Saúde. Ressalta convênios atendidos pela entidade, inclusive o SUS. Informa que o Albert Einstein chegou à marca de 2 mil transplantes hepáticos. Defende a prevenção de doenças provocadas pelo álcool, como a cirrose.

 

005 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Critica a ausência de parlamentares em Plenário. Lê e comenta carta recebida do Presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo, com reivindicações. Cita dificuldades financeiras enfrentadas por policiais aposentados por invalidez. Lamenta a deficiência no tratamento médico deles.

 

007 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Fala de reunião com o Secretário de Transportes do Estado de São Paulo e empresários da zona Oeste da Capital. Acrescenta a cobrança feita à autoridade, como a melhoria da acessibilidade em estações de trem. Reitera a necessidade de modernização nas composições de trens. Cita reivindicações apresentadas pela população da região Sul, como a construção de novas estações.

 

008 - OLÍMPIO GOMES

Agradece a intervenção do Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que determina que o Comando Geral da Polícia Militar cumpra leis em vigor há 3 anos. Explica que o Brasão de unidades da PM passam a ter nomes de policiais, de acordo com projetos de lei votados neste Parlamento e sancionados pelo Governador. Cita batalhões que tiveram a denominação alterada, a fim de homenagear policiais que se destacaram na prestação de serviços à sociedade. Cita alguns dos prestigiados. Informa cerimônia a ser realizada em 21 de outubro, para instituir outra nova nomenclatura.

 

009 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

010 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 18/10, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão solene, hoje, às 20 horas, para "prestar homenagem aos 10 anos de criação do Centro de Treinamento Mário Covas, da Associação de Deficientes Visuais e Amigos - Adeva". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, ontem, 16 de outubro, completamos três anos do dia em que o então Governador José Serra proporcionou um confronto fratricida entre policiais civis e militares no entorno do Palácio dos Bandeirantes. Chamado, pelos policiais, de dia da vergonha, não vergonha aos policiais, mas da postura do Governo do Estado em relação ao descaso com a família policial civil e militar no Estado de São Paulo. Naquele dia, alguns milhares de policiais civis, policiais militares reformados ou da reserva, pensionistas, filhos de policiais se concentraram defronte ao Estádio do Morumbi para fazer uma marcha pacífica, um protesto pacífico até o Palácio dos Bandeirantes. Fui, participei, não me arrependo absolutamente de nada, tantas quantas mobilizações dessa natureza ocorrerem lá estarei, incentivarei. Vejo que o Governo realmente não se preocupa em absolutamente nada com a condição de vida dos policiais, dos seus familiares, de dignidade.

Três anos se passaram daquela vergonha em que José Serra colocou o Choque da Polícia Militar para entrar em confronto direto com manifestantes policiais. Se não fosse a mão de Deus, poderia ter terminado numa carnificina. Três anos se passaram e o Governo não modificou absolutamente nada no seu maldito comportamento. Tivemos a votação, na semana passada, nesta Casa, de migalhas. Mais uma vez, migalhas jogadas ao chão para que os desesperados policiais civis e militares fossem obrigados a aceitar e se resignar, ao mesmo tempo em que esta Casa se prostrou mais uma vez diante do poder ditatorial do Palácio dos Bandeirantes.

Dizia o Governador, na sua campanha pelo terceiro mandato, dizia o Governador, ao assumir este mandato, do seu compromisso com os servidores públicos do Estado de São Paulo, em especial, o resgate da dignidade dos policiais. Talvez, por isso, também ele tenha ganhado o apelido de Pinóquio.

Os policiais terão 15% de reajuste em cima do salário base, que não representa mais que 6,7% de reajuste em cima do salário total do policial. É vergonhoso isso: deprimente para o policial; aviltante para a sociedade.

Como vamos falar de Segurança Pública, se o Governo - três anos se passaram do Dia da Vergonha - usa a mesma forma maquiavélica de agir, de constranger, de humilhar os policiais de São Paulo. Realmente, é muito triste. Não é uma data para comemorações efusivas, mas para a reflexão de todos. Talvez, fosse o momento para que o Governo tivesse um pouco de vergonha na cara - e nós, também, na Assembleia Legislativa - e começássemos a agir, de fato, em benefício da segurança do cidadão.

Não adianta anunciar que vai colocar alguns milhares de tablets nas viaturas, que as viaturas têm GPS, que o Sistema Copom é dos mais sofisticados do mundo. Tudo isso é verdade, mas, sem o ser humano, nada funciona; sem o policial vocacionado, bem preparado, motivado, nada disso vai funcionar.

Então, é uma mentira a segurança que o cidadão tem, de verdade, mas que quer, espera e merece ter, e a propaganda governamental, criminosamente mentirosa. Não acreditem no que está dizendo o Deputado Olímpio Gomes, perguntem a qualquer policial no Estado de São Paulo, desde que não esteja nos comandos ou nas direções, desde que não esteja com emprego garantido na hora de se aposentar - e aí, quando tem a benesse imediata, já cala a boca e fica quietinho para resolver o seu problema.

Pergunte a qualquer policial - civil, militar, da Polícia Técnico-Científica - qual é a satisfação dele em relação ao reconhecimento do Governo pelo trabalho realizado. Vocês terão a resposta exata de como a Polícia de São Paulo, que morre pelo cidadão, acha que é tratada pelo Governo: vergonhosamente desconsiderada. Desconsiderar a sua Polícia, que o protege, é desconsiderar você, cidadão.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado José Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência O Sr. Olímpio Gomes.

 

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O Sr. Presidente - Olímpio Gomes - PDT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o sempre assíduo Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Deputado Olímpio Gomes, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero falar do Hospital Israelita Albert Einstein, um grande hospital da nossa Capital e que está comemorando os seus 40 anos. Dá a impressão de que este hospital só cuida de bacanas, de gente poderosa. Mas isso não é verdade. Este hospital foi construído há 40 anos no bairro de Morumbi. Na época, ninguém queria ir a este hospital porque lá era uma floresta, e os médicos tinham dificuldade em chegar lá. Este hospital, hoje, é extremamente equipado, com tecnologia de ponta, inclusive socialmente. Fizeram convênio com o Hospital do Campo Limpo, atendendo inclusive o SUS, e tornou-se num dos maiores hospitais do País. Ele é respeitado por cientistas e médicos no âmbito internacional.

Lembro-me quando o Presidente da República foi fazer uma cirurgia, se não me falha a memória em Cleveland, Estados Unidos. E nós tínhamos tecnologia de ponta não só no Incor, mas principalmente no Albert Einstein. Este hospital, embora não pareça, atende ao SUS e chegou à marca de dois mil transplantes hepáticos, um dos maiores números do mundo. Tudo isso me fez pensar. Estavam lá o Governador Geraldo Alckmin, o Secretário de Estado da Saúde, Giovanni, o Ministro da Saúde, Padilha, e o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. “Este hospital atingiu uma das maiores marcas mundiais em transplante hepático. O Einstein poderá dobrar a sua capacidade, triplicar ou quadruplicar. Se não fizermos a medicina preventiva e controlarmos a bebida alcoólica - o indivíduo que bebe é um forte candidato para ter cirrose um dia - precisaremos de muitos transplantes.” Parece loucura, mas o Brasil “orgulha-se” por ser um dos maiores produtores de bebida alcoólica. Aliás, cachaças de baixa qualidade, o que aumenta casos de cirrose. Pensei: “Precisamos construir mais Einsteins, Sírio-Libaneses, Incors e outros hospitais porque não estamos fazendo prevenção. Esses adolescentes que bebem nas lojas de conveniência, em postos de combustíveis, e se drogam, serão o que no futuro? Cirróticos, pacientes do SUS do Hospital Albert Einstein.”

Rendo as minhas homenagens a este grande hospital, onde meus pais tiveram atendimento via convênio - que merece todo o nosso carinho. Claro, tem de continuar a realizar os transplantes hepáticos, mas o Governo tem de fazer a prevenção. A propósito, o Governador já proíbe e multa administrativamente - este o grande segredo - donos de botecos e restaurantes que vendem bebida alcoólica a menores. Este é um passo extremamente importante na prevenção dos futuros cirróticos. Termino minha fala dizendo que a medicina preventiva é muito mais barata e eficaz.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, chega a ser deprimente numa segunda-feira brava termos 26 assinaturas de parlamentares para a realização de uma sessão e apenas dois deputados em plenário. Depois não sabemos por que a opinião pública é tão dura em relação à Assembleia Legislativa.

Mas, Sr. Presidente, recebi do Presidente da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos do Estado de São Paulo Sargento Elcio Inocente ofício com o seguinte teor - ele pede que a Assembleia ajude através do Colégio de Líderes e dos parlamentares: “A Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo é uma entidade beneficente de caráter filantrópico, sem fins lucrativos, que trabalha na reabilitação do policial militar que se torna portador de algum tipo de deficiência e temos como principal objetivo o resgate da autoestima desse policial e o bem-estar da sua família.

Solicito a possibilidade da inclusão desses primeiros nomes fornecidos de policiais militares aposentados por invalidez com suas reformas proporcionais consideradas administrativas na reunião do Colégio de Líderes, bem como aos demais deputados desta importantíssima Instituição, sabendo que esta lista ainda não é definitiva, pois estamos fazendo o levantamento de outros nomes.

Certo de poder contar com o empenho de V. Exa. e demais parlamentares, colocamo-nos à disposição.”

Ele enumera alguns casos de policiais militares: Cabo reformado Osvaldo Martins Neto, do efetivo do CPA/M6, reformado com vencimento proporcional a vinte e quatro trinta avos por grave lesão medular; Soldado reformado Fabrício Merlin Paes, do efetivo do 5º Batalhão Metropolitano, reformado com vencimento proporcional a quinze trinta avos (significa metade do salário) por lesão medular; Soldado reformado André Miguel, do efetivo do 34º BPM-M da Capital, reformado com vencimento proporcional a doze trinta avos por lesão bilateral em joelhos e lesão em tornozelo direito; Soldado reformado Wiliam Vanderlei da Silva, do efetivo do 23º BPM-M, reformado com vencimento proporcional a 13/30 avos - recebe 13 dias do mês; teve uma lesão no membro superior direito; o soldado reformado André Luiz dos Santos, do 5º GB - Grupamento de Bombeiros, com vencimentos proporcionais a oito dias, 8/30 avos, lesão no intestino por bactérias através de contato no resgate de cadáveres. Seu companheiro de serviço acabou morrendo por ação dessas bactérias quando faziam pesquisa de cadáveres no rio Tietê.

Sr. Presidente, V.Exa. que é médico sabe o potencial de contágio nessas águas poluídas como são as do rio Tietê. Esse moço foi aposentado, entendeu-se que as bactérias que causaram essas lesões no intestino, que levaram à morte seu companheiro de trabalho na ocorrência, não tiveram uma relação de causa e efeito com o serviço policial e ele recebe 400 reais de salário como policial militar aposentado por invalidez.

São essas situações que precisamos começar a resolver. Muitas vezes um cidadão vê o policial militar trabalhando nas ruas, atendendo ocorrências, prestando apoio ao cidadão, enfrentando os marginais, mas não consegue imaginar o que acontece com esse policial quando ele adoece, quando ele se torna deficiente físico, quando ele é acometido por uma doença incurável em função da própria atividade policial. Como foi o caso desse policial que fazendo pesquisa de cadáveres no rio acabou sendo acometido de moléstia decorrente da ação de bactérias, que levou a óbito seu companheiro de trabalho, e o estado o aposenta para receber oito dias de salário. Imaginem os medicamentos, o tratamento, a total falta de assistência médica do centro médico da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e vejam o que o estado acaba fazendo com o cidadão policial e com a sua família. Como esse policial se tornou doente pela sua ação em serviço, o estado não reconhece e joga esse coitado e sua família à própria sorte recebendo pouco mais de 400 reais por mês.

Então, sargento Élcio, presidente da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos, continue a nos mandar essa relação, porque tanto o senhor quanto a direção, o conselho e os funcionários dessa associação convivem todos os dias com tragédias familiares tentando apoiar a família policial.

Deputado Jooji Hato, como vamos fazer se não damos o mínimo de condição para os nossos policiais, como vamos dizer para a sociedade que a ação do estado é efetiva na proteção do cidadão? Se não dá condição de vida, condição de assistência na doença para o policial, como esse homem e essa mulher vão trabalhar tranquilos sabendo que se forem acometidos por uma moléstia, se morrerem numa ação, suas famílias vão ficar desprotegidas?

Fica aqui o meu lamento. Vou fazer o devido encaminhamento dessa relação aos 94 deputados, à liderança do governo, à Casa Civil, à Secretaria de Segurança Pública, porque tem que ser tomada uma providência. Não dá para explicar para a sociedade que esses coitados ficam à mercê da própria sorte, e muitos deles são acometidos de lesões defendendo a sociedade. Mais uma forma de se humilhar a família policial.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - A solicitação de V. Exa. é regimental.

Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e funcionários da Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, há mais ou menos 15 dias fizemos uma reunião com o Secretário dos Transportes do Estado de São Paulo e com o grupo de empresários da Zona Oeste de São Paulo, um movimento que é feito pelo “Jornal da Gente”, da Zona Oeste, e que convidou todos os empresários da Zona Oeste para discutir a questão do Metrô e da CPTM.

Foi cobrada por toda a população da Zona Oeste a necessidade da melhoria das estações da CPTM das regiões da Lapa, Leopoldina, Domingos de Morais, Itapevi. Todas essas estações de trem têm problemas quanto à acessibilidade. Atualmente pessoas com deficiências físicas e deficiências visuais têm dificuldade para chegar até a plataforma e de se locomover pelas estações. Não só discutimos melhorias quanto à acessibilidade, mas também discutimos a necessidade de reformas nas composições, nos trens da CPTM e nas estações.

É importante esse debate que foi feito com os empresários da Zona Oeste de São Paulo, porque os trens que vêm de Itapevi, passam pela Barra Funda e fazem integração com o metrô, notamos o aumento da quantidade de passageiros todos os anos e o investimento para tratar desse problema tem sido precário. Assim sendo, exigimos não só a modernização das estações, que já está presente no cronograma, mas também a modernização nas composições dos trens da Zona Oeste de São Paulo.

Aproveitando a oportunidade quero mostrar que estamos trabalhando com outras estações e não só com as que foram mencionadas, inclusive nessa região da Zona Oeste de São Paulo tem aumentado muito o número de prédios em alguns bairros e o transporte de massa, principalmente os trens da CPTM, não têm correspondido à altura da necessidade dessa região.

É só a Zona Oeste que apresenta esses problemas? Não. Estivemos neste final de semana na Zona Sul de São Paulo conversando com os moradores dos bairros Grajaú, Jardim Primavera, Jardim Orion e Jardim Varginha. Já tínhamos conversado com os representantes da CPTM e tínhamos apresentado a possibilidade da construção de uma estação no bairro de Varginha e uma no bairro Reimberg, porém anteriormente nós tínhamos quatro estações naquela região, sendo que já foram entregues a estação do Grajaú e a estação Jardim Primavera, mas ainda faltam as estações da Vila São José, próximo ao bairro Icaraí, a do bairro Reimberg e a do Varginha.

Por que é necessária a agilização das construções das estações de trem da Zona Sul de São Paulo?

Com a desculpa do bilhete único, da integração, a Prefeitura de São Paulo tem reduzido, diminuído e até extinguido algumas linhas de ônibus que tinham como destino a região central, o Butantã e o Jabaquara, e estão concentrando todas essas linha de ônibus e vans no terminal do Grajaú. E o que está acontecendo? As pessoas estão com dificuldade de se deslocarem para a região central, para o Jabaquara e ao Butantã, e com esta concentração temos o sobrecarregamento das estações de trens da CPTM, visto que já eram sobrecarregadas, pois ainda faltam estações como Reimberg, Varginha, Jardim Icaraí e no Jardim São José.

É necessário que agilize o processo da construção dessas estações. Já estão no cronograma de construção essas duas estações e temos que discutir a construção de uma terceira entre o bairro do São José e o bairro do Jardim Icaraí e também é necessário que a Prefeitura de São Paulo repense que não pode mais eliminar linhas de ônibus como vem acontecendo nesses dois últimos meses, sobrecarregando as estações que foram criadas há pouco tempo.

Já estão lá as linhas do Jardim Centenário, do Jardim Primavera e do Grajaú. Mas além das estações do Icaraí, do Reimberg, e da estação que será feita no Varginha, é necessário fazer uma terceira, entre a Vila São José e o Jardim Icaraí.

O trem hoje é um meio de transporte importante, seja para Zona Sul de São Paulo, Zona Oeste ou Zona Leste. É importante e já tem dinheiro e recursos. Aprovamos na Assembleia Legislativa dois bilhões e setecentos mil reais, para que sejam feitos investimentos na CPTM, no Metrô e para duplicação de estradas.

O Governo do Estado precisa ser rápido no procedimento de construções para evitar que a população da Zona Oeste, da Zona Sul e da Zona Leste, que depende hoje da CPTM, continue como sardinha enlatada em seus trens. Tem condições e tem recursos, portanto deve ser feito o investimento o mais rápido possível. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, eu gostaria de agradecer a pronta intervenção do Secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, que determinou ao Comando Geral da Polícia Militar que cumprisse as leis.

Unidades da Polícia Militar que receberam denominações por projetos aprovados por esta Casa, portanto, deixam de ser projetos do Major Olímpio ou de qualquer outro deputado, e passam a ser uma manifestação da Assembleia Legislativa, e projetos que foram sancionados pelo Governo. O Comando Geral da Polícia Militar estava relutante em cumprir a lei para projetos já sancionados em leis em vigor há três anos. Ao tomar conhecimento disso, o Secretário Ferreira Pinto determinou que se cumprissem as leis, e que o brasão das unidades passassem a ter o nome dos policiais militares que a Assembleia votou e o Governador sancionou.

Tivemos na semana passada finalmente a cerimônia em que o Comando de Policiamento de Área Metropolitano III, o CPMIII, passou a se denominar Coronel Hilda Macedo, que foi a criadora e a pioneira da Polícia Feminina de nosso país, em 1955. Foi a 1ª comandante. Ela e mais 12 chamadas “As Treze Heroínas de 55”. A homenagem foi por solicitação das veteranas. Algumas dessas veteranas de 55 haviam pedido e diziam que havia ainda um grande preconceito na Polícia Militar, pois nenhuma unidade em nível de batalhão ou de comando tinha nome de mulher. Portanto, passa a ter a denominação de Coronel Hilda Macedo, um reconhecimento da população do Estado de São Paulo.

Também o 18º Batalhão passou a se denominar três anos, Sargento Paiva, que morreu crivado de tiros de fuzil em 2000, num resgate de presos, no pátio de um distrito policial na zona norte de São Paulo.

Na cerimônia estava também o Soldado Caner - que era o motorista do Sargento Paiva no dia e que teve uma das pernas arrancadas a tiro de fuzil - emocionado em ver o 18º se tornar o primeiro batalhão com o nome de um sargento da Polícia Militar.

Temos também o 43º Batalhão da Polícia Militar, que passou a se denominar Soldado Lamas, que era um soldado parteiro da zona norte e faleceu em uma terrível ocorrência, no Parque Novo Mundo, Zona Norte, em 2009, no dia em que completava 22 anos de serviço. Lamas foi morto com um tiro de fuzil disparado contra seu peito. Nessa terrível ocorrência, como poucas já vistas na história da Polícia Militar, no total, 11 policiais foram baleados.

No evento ocorrido na sexta-feira, na região central de São Paulo, de assunção de comando do Coronel Benjamim, o 7º Batalhão passou a ter, oficialmente, a denominação de Batalhão Tenente Calegari. Ele foi morto em abril, de 1983, em uma ocorrência de roubo na Avenida Angélica. Foi ferido enquanto tentava proteger seus companheiros de serviço, como o soldado Ricardo que foi baleado nas pernas, e atualmente, é Guarda Civil Metropolitano de São Paulo; e o Tenente Marcelino Teodoro, que hoje é Coronel da Reserva. Em homenagem ao grande herói Tenente Calegari, também passou a ser estampado o seu nome no brasão da Polícia Militar do 7º Batalhão.

No próximo dia 21, por determinação do Sr. Secretário da Segurança Pública, haverá uma cerimônia para a efetivação do nome do Coronel José Hermínio Rodrigues, que foi executado na Zona Norte de São Paulo. Ele passou a ter seu nome marcado, para sempre, como o nome de Comando de Policiamento da Capital.

Agradeço à pronta intervenção do Secretário da Segurança Pública contra a relutância do Comando Geral da Polícia Militar. Eu não entendia o porquê dessa relutância, já que motivos pessoais em relação a minha pessoa não é justificativa para deixarmos de homenagear esses verdadeiros heróis que morreram em defesa da sociedade. O Comando relutava há três anos para cumprir a lei, mas o Sr. Secretário da Segurança Pública, cumpridor da lei, fez com que essa situação fosse revista.

Solicito que, regimentalmente, sejam encaminhadas as notas taquigráficas da minha fala para o Sr. Secretário da Segurança Pública, para o gabinete do Governador e para o Comandante Geral da Polícia Militar.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - É regimental o pedido de V. Exa., Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de levantar a presente sessão, em cumprimento à determinação constitucional adita à Ordem do Dia da Sessão Ordinária, os projetos de lei vetados nºs 661/08; 588/10; 186/11 e 365/11; e o Projeto de lei Complementar nº 79/06, que tramita em regime de urgência. E antes de dar por levantados os trabalhos, a Presidência convoca V.Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de 13 de outubro e com os aditamentos ora anunciados. Lembra-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar os “10 anos de criação do Centro de Treinamento Mário Covas, Associação de Deficientes Visuais e Amigos - Adeva.”

Está levantada a presente sessão

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e nove minutos.

 

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