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21 DE OUTUBRO DE 2011

124ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, OLÍMPIO GOMES e EDSON FERRARINI

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a presença dos vereadores mirins da cidade de Descalvado, acompanhados dos professores Raquel, Maria Fernanda Carvalho, Fabiano Carvalho e Alessandra Batista, a convite do Deputado Roberto Massafera.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Informa que, após a apreciação, nesta Casa, de projetos de lei complementar a respeito do reajuste salarial e organização da carreira dos policiais e agentes penitenciários, não foi emitida folha suplementar para o pagamento dos valores em atraso. Considera que o Governo Estadual não cumpriu o prometido a respeito da data-base do reajuste salarial da categoria.

 

003 - CARLOS GIANNAZI

Elogia pronunciamento do Deputado Olímpio Gomes, na data de 20/10, em reunião da Comissão de Ética desta Casa a respeito da comercialização de emendas parlamentares. Lê e comenta matéria da "Folha de S. Paulo" a respeito da exoneração de assessor do Secretário do Estado de Desenvolvimento Metropolitano, acusado de corrupção. Lamenta que este Legislativo não seja capaz de fiscalizar o erário público. Critica a Comissão de Ética desta Casa por não convocar a depor deputados envolvidos em denúncias de corrupção.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

005 - JOOJI HATO

Comenta o pronunciamento do Deputado Carlos Giannazi a respeito do papel de fiscalização do Poder Legislativo. Lamenta a dissolução dos valores da família e o envolvimento de jovens com drogas. Critica a escassez de recursos para o SUS devido aos altos gastos com a Segurança Pública. Elogia lei, de autoria do Governador Geraldo Alckmin, que propõe sanção administrativa a quem vender bebida alcoólica aos menores de idade. Defende blitz para averiguar o estado alcoólico dos motoristas.

 

006 - EDSON FERRARINI

Informa a realização de sessão solene, hoje, em homenagem às comunidades terapêuticas que tratam de usuários de drogas e álcool, na qual lançou a Frente Parlamentar em Defesa da Família, contra as drogas e pela não-legalização da maconha. Destaca o papel da prevenção no combate às drogas. Apresenta manual, de sua autoria, que visa orientar os pais contra o uso de entorpecentes. Critica a Holanda e a Suíça, países em que o uso da maconha é legalizado.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Elogia a sessão solene, ocorrida hoje, em homenagem às comunidades terapêuticas que combatem o uso das drogas. Enaltece as autoridades presentes na ocasião.

 

008 - EDSON FERRARINI

Assume a Presidência.

 

009 - JOOJI HATO

Elogia lei, de autoria do Governador Geraldo Alckmin, que pune administrativamente a venda de bebidas alcoólicas aos menores de 18 anos. Critica os 30 dias de vacatio legis em que deverá haver conscientização da população a respeito da matéria. Combate o uso do álcool.

 

010 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

011 - EDSON FERRARINI

Comemora a aprovação dos projetos de lei complementar a respeito do aumento salarial dos policiais e agentes penitenciários. Enaltece a conduta do Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Alvaro Batista Camilo. Elogia a conquista referente à elevação ao posto imediato aos oficiais. Considera que a Corregedoria da Polícia Militar deve ser prestigiada. Defende o desenvolvimento humano dos policiais, acima da modernização tecnológica de seus equipamentos.

 

12 - EDSON FERRARINI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

013 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 24/10, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra a realização das seguintes sessões solenes: hoje, às 20 horas, com a finalidade de "Homenagear os 20 anos de Associação Brasileira Síndrome de Rett"; e dia 24/10, às 10 horas, com o intuito de prestar "Homenagem ao Complexo Educacional Santa Cecília, da cidade de Santos, pelo seu 50º aniversário". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência anuncia a visita dos vereadores mirins da linda cidade de Descalvado, SP, acompanhados dos professores Raquel, Maria Fernanda Carvalho, Fabiano Carvalho e Alessandra Batista, a convite do nobre Deputado Roberto Massafera, ex-Prefeito de Araraquara. Desejo boas-vindas aos ilustres visitantes, futuros herdeiros do nosso país. Sejam bem-vindos. (Palmas.).

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Rita Passos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, jovens de Descalvado em visita ao Parlamento paulista, sejam bem-vindos, insisto em manifestar a tristeza e o descontentamento da família policial e de agentes penitenciários do Estado de São Paulo. Os projetos que foram votados por esta Casa não alcançaram nem de perto a dignidade salarial para os policiais civis, militares, técnico-científicos e agentes penitenciários, e foram votados até por pressão dos próprios policiais e agentes que nos diziam: “O projeto é ruim, o reajuste é muito pequeno, mas é melhor do que nada. Votem então o projeto.”

Por que os policiais e os agentes estavam dizendo isso? Porque o Governo se comprometeu, tão logo fossem votados os projetos, fazer uma folha suplementar para pagar os atrasados do reajuste, a contar do 1º de julho, muito embora a data-base de revisão de salário seja 1º março. O Governo não está cumprindo a lei de nenhuma categoria profissional.

O pior de tudo foi em relação aos policiais e agentes penitenciários que estão tomando um verdadeiro passa-moleque. Já foram 10 dias que os projetos foram sancionados e feitos os autógrafos dos projetos - para que os jovens aqui possam entender, quando se vota um projeto na Assembleia, passa na Comissão de Redação para ver os detalhes técnicos, se a lei e a sua grafia estão corretas, e é emitido um autógrafo da Presidência da Casa em nome de todos os parlamentares para o Governo, para que o Governador decida se vai virar lei, se vai virar lei em parte ou se vai vetar.

Nessa questão salarial o Governador disse aos órgãos de imprensa, o comandante da Polícia Militar pôs no seu site, no seu blog que já na sexta-feira passada os policiais iriam receber e até agora nada. Estamos no dia 21 e o que se desenha é que segunda-feira entraremos na última semana do mês sem tempo hábil para se elaborar uma folha suplementar para pagamento dos atrasados.

Pior do que a mentira só a meia verdade e mais uma vez o Governo vai passando esse recado de que não tem a menor preocupação em cumprir os compromissos com os servidores públicos, com a família policial, com a família dos agentes penitenciários. Isso é lastimável.

É doloroso ter de dizer aos jovens que hoje nos visitam que o Governo de São Paulo não tem palavra e as palavras que diz e muitas vezes assina também acaba não cumprindo. Por isso a política é muito questionada, os políticos estão em baixa, em descrédito perante a população porque aquele que está numa função tão importante quanto o Governador de São Paulo, que anuncia que vai pagar os atrasados a policiais e agentes penitenciários e não o faz, não cumpre com a palavra. Mesmo em relação a um valor pequeno a Assembleia não conseguiu avançar. A Assembleia tentou fazer com que os benefícios pudessem ser um pouco maiores, mas não conseguiu. E um dos argumentos governamentais para votar o projeto na pressa era para que os policiais recebessem bem rapidinho os atrasados, no entanto, vai-se fechar o mês sem se receber esses atrasados.

Tristeza, falta de palavra, falta de compromisso e quem falta com a palavra e age sem responsabilidade como o Governo de São Paulo está fazendo, está faltando com a palavra com vocês, cidadãos. É o cidadão que paga o seu imposto para ter uma boa segurança e muitas vezes se sente abandonado pelo Poder Público. Um Governo que não respeita a sua Polícia não respeita o cidadão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, alunos, professores, telespectador da TV Alesp, quero aproveitar a mesma toada do pronunciamento do nobre Deputado Olímpio Gomes, que fez uma brilhante intervenção ontem na Comissão de Ética trazendo denúncias importantes para que a Assembleia Legislativa possa de fato investigar as graves irregularidades em relação à venda de emendas, a verdadeira farra com as emendas parlamentares que vem ocorrendo na Assembleia Legislativa. Eu fico pensando, Deputado Olímpio, que essa ainda é uma parte pequena de todo esse processo de corrupção e de desvio de dinheiro público. Fico imaginando quais seriam os outros tópicos que não apareceram ainda relacionados a superfaturamento de obras, aos interesses das grandes empreiteiras e construtoras. Deve ter coisa muito pior no nosso estado acontecendo por essas secretarias, pelas autarquias estaduais. Deve ser muito pior. Acho que a farra das emendas parlamentares deve ser algo pequeno perto da monstruosidade que é hoje a corrupção no nosso país, sobretudo no Estado de São Paulo.

Como se não bastasse o que vem acontecendo aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, hoje o jornal "Folha de S.Paulo" publica uma matéria só confirmando as nossas desconfianças em relação ao que vem acontecendo no nosso estado. A matéria diz o seguinte: “Estado deu verba para empresas de assessor de secretário de Alckmin. Funcionário de Edson Aparecido, braço direito do governador, teve exoneração publicada ontem. O dinheiro foi liberado no período em que o tucano ocupava o cargo. Ele não foi localizado para comentar a contratação”. A matéria se refere a um assessor do secretário de Desenvolvimento metropolitano do Estado de São Paulo, o assessor é Luiz Antonio Pereira de Carvalho, que foi prefeito do município de Guzolândia. Esse assessor é dono de uma empreiteira que recebeu emenda parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para construir galpões que ninguém sabe o destino. Parece que virou moda os prefeitos de algumas cidades construírem galpões sem destino algum; nem a prefeitura nem a população sabe o destino deles. Estranhamente, o dono da empresa é assessor de um secretário de estado. Quando o jornal "Folha de S.Paulo" procurou o secretário e o assessor, ele pediu demissão. Temos a cópia do Diário Oficial: Exonerado a pedido e a partir do dia 17 de outubro de 2011. Luiz Antonio Pereira Carvalho, que até então era assessor do Secretário de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, é dono de uma empreiteira e recebeu dinheiro público. Estamos vivendo uma verdadeira farra do favorecimento, da corrupção, das relações extremamente duvidosas - para não dizer outra coisa - entre o público e o privado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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Como se não bastasse isso, temos outras informações, por exemplo, de que o Luiz Antonio Pereira Carvalho, quando era prefeito do município de Guzolândia, recebeu outras emendas parlamentares dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Tem aqui uma emenda que ele recebeu em 2007, 40 mil reais do Deputado Bruno Covas.

Estamos extremamente preocupados porque a cada dia que passa uma nova denúncia chega e não pela Assembleia Legislativa, porque a Assembleia Legislativa foi totalmente esvaziada, ela não consegue investigar nem nada, Sr. Presidente, Deputado Olímpio Gomes. Não consegue nem investigar a denúncia que V.Exa. fez em relação ao desvio de recursos pela TV Assembleia. Então, as coisas mínimas de dentro da Assembleia Legislativa não são investigadas. São 94 deputados que são fiscais, que deveriam fiscalizar o erário público que é administrado aqui dentro. São mais de 700 milhões de reais para o Orçamento de 2012. No entanto, fico imaginando, se a Assembleia Legislativa não consegue fiscalizar nem seu próprio orçamento, nem as denúncias de graves irregularidades que ocorrem aqui dentro, o que será então do poder de fiscalização desta Assembleia em relação às secretarias, às autarquias e a todas as denúncias que chegam pela imprensa? Parece-me que em São Paulo não existe Assembleia Legislativa para fiscalizar. Ela se tornou apenas um cartório do Palácio dos Bandeirantes e quem fiscaliza é o Ministério Público, o Tribunal de Contas e, sobretudo, a imprensa e a sociedade civil organizada, por meio de suas entidades que têm cumprido um papel importante. A Assembleia Legislativa não investiga mais nada.

Sr. Presidente, para finalizar, a lamentável decisão de ontem da Comissão de Ética abriu jurisprudência ao não convocar nenhum deputado, apesar de todas as denúncias feitas pela imprensa. Quando a Comissão de Ética se isenta de investigar, de convocar deputados envolvidos em todas essas denúncias, abre jurisprudência para que não haja mais nenhum tipo de investigação, de convocação, de punição e sanção para os 94 deputados desta Casa. Criou-se jurisprudência para não investigar. É isso que está acontecendo na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. Quando protocolizei o pedido, no dia 29 de outubro, para que houvesse o início das investigações, nunca poderia imaginar que fosse acontecer isso. Essa situação é grave, mostra que a democracia no Estado de São Paulo está acéfala. Ou manca, pois temos praticamente apenas dois poderes, o Executivo e o Judiciário. Se o Legislativo continuar com esse tipo de procedimento de não investigar, de sabotagem das investigações, a Assembleia Legislativa será uma entidade que inexiste no Estado de São Paulo do ponto de vista de fiscalizar de fato as graves irregularidades que estão ocorrendo no nosso Estado nesse processo de corrupção, sobretudo nesse caso específico da farra das emendas parlamentares. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de dizer ao nobre Deputado Carlos Giannazi que a fiscalização é extremamente importante. Mas precisamos de uma consciência para não roubar, uma consciência mais honesta, uma cidadania. Parece-me que neste País a coisa está descambando. Temos hoje a visita dos vereadores-mirins, jovens de oito, dez anos que são exemplos de garotos. Mas infelizmente temos muitos adolescentes na Cracolândia, perambulando pelas ruas, pelas ruas da Vila Mariana, assaltando lojas, drogando-se, longe das famílias. Os pais não estão nem aí, colocam os filhos no mundo e não se responsabilizam. E quando o poder público tenta fazer algo, como uma internação para o futuro, para socorrer esses adolescentes, é malhado dizendo que é uma internação compulsória, que fere o direito de ir e vir das crianças e dos adolescentes. Mas deixam esses adolescentes ao abandono, à mercê da sorte. Este é o nosso País.

Vemos, por exemplo, muitas transgressões e o que necessita na realidade é tolerância zero. Basta! Chega! Temos prejuízos enormes que consomem grandes recursos do SUS com acidentes automobilísticos, as pessoas ficam muitos dias e até meses internadas em UTIs e prontos- socorros, pois não há vagas. Cabe ao médico decidir quem morrerá, quem será internado no centro cirúrgico, no leito hospitalar ou na UTI, pois não há vagas suficientes para todos.

As pessoas saem, bebem em demasia e não têm limite. Não há nenhum controle, fiscalização, ou “blitz”. As pessoas saem às ruas, atropelam, matam e fogem. Às vezes morrem ou são socorridos e levados para o hospital, causando prejuízos para as outras pessoas, para os médicos e à polícia ou vão para o IML e presenteiam a família. Não há conscientização de cidadania e é por isso que estamos nesta situação, e não temos dinheiro nem para pagar bem os policiais.

Certamente o Governador Geraldo Alckmin, com a lei que fez recentemente e com a promulgação da proibição de venda de bebidas alcoólicas para os adolescentes, começará economizar mais recursos e passará a pagar melhor os nossos policiais militares, os policiais civis e os funcionários. Sobrarão mais leitos, pois estes adolescentes sem beber não causarão mais trabalho aos prontos-socorros, hospitais, UTIs e não causarão infelicidade aos familiares.

Ao ler o “Jornal da Tarde” de hoje temos: “As ‘blitz’ irão retornar com bafômetros novos. Foram comprados bafômetros e as fiscalizações serão realizadas as sextas-feiras e sábados principalmente.”

Quero dizer ao Governador e ao Secretário de Segurança que estas “blitz” precisam ser realizadas todos os dias porque elas eram feitas até as 4 horas e agora vão estender até as 6 horas. O que acontece é que as pessoas ficam durante a noite toda bebendo e saem depois das 6 horas, portanto há a necessidade de realizar as “blitz” em tempo integral. Se houver a inexistência de bafômetros, não há problema, mande os motoristas com suspeita de embriaguez ficarem em pé, por uma perna só no chão, igual ao Saci Pererê, e fazer o quatro. Verifique se ele fica em pé, se ele cair prenda o cara e leve-o a delegacia. É a este ponto que muitos cidadãos que estão pela baladas e botecos chegam.

Quando fiz a Lei Seca, que controla a bebida alcoólica e a Lei do Silêncio, que fecha os bares em determinado horário, era para não precisar fazer o uso dos bafômetros. Em um determinado horário o bar é fechado e não há necessidade de policiais e fiscalização. Em Londres é assim. Lá existem vários “pubs” e as 23 horas o sinal é tocado, o “pub” é fechado e acabou a brincadeira. No Brasil, o nosso mau empresário serve mais bebida à pessoa que já está embriagada a fim de faturar, importando-se somente com o dinheiro. Existem muitos empresários assim, é claro que não são todos, e acabam levando este cliente ao coma alcoólico.

Este é o nosso país! Sem fiscalização e sem ordem pública. O que o Governo está fazendo?

Não se faz uma medicina preventiva, uma segurança preventiva. O dinheiro, o recurso, escoa pelo ralo e quando sobra um pouquinho a corrupção pega e o povo fica à mercê da sorte.

Finalizo meu caro Sr. Presidente Major Olímpio Gomes, dizendo que precisamos mudar esta história e esta Casa tem o dever e a obrigação de aprovar projetos importantes na área da Segurança que é o segundo maior problema do povo brasileiro, pois o primeiro é a Saúde e o terceiro são as drogas e os traficantes. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Cruz. (Pausa). Tem a apalavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores para falar no Pequeno Expediente, vamos passar para a Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato

 

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O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, hoje cedo presidi nesta Assembleia Legislativa uma sessão solene em homenagem as comunidades terapêuticas e fiz o lançamento da Frente Parlamentar pela Família contra as Drogas e pela não legalização da Maconha. Por que isto? Dias atrás ouvi o Bispo perguntando onde estão as famílias que são contra as drogas? Ouço apenas as pessoas e autoridades falando em favor. E as famílias? Dizem que sabem que a maioria é contra. E realmente! Essa frente parlamentar vai exigir do Governo providências entre elas a prevenção as drogas nas escolas.

As comunidades terapêuticas fazem o que podem. Estavam todas desorganizadas em São Paulo, porque umas eram evangélicas e outras não tinham caráter religioso. Essas comunidades são muito interessantes. O Deputado Jooji Hato me deu o prazer de sua presença e fez um depoimento maravilhoso, como de costume em sua condição de médico. Também estava presente o Dr. Marco Aurélio Cunha, vereador tão atuante em São Paulo. Estávamos explicando que se não houver uma prevenção, as pessoas que já estão na Cracolândia podem passar por tentativas de tratamentos como internação compulsória, voluntária, involuntária, mas o importante é que elas não tenham contato com as drogas. E isso é só através da prevenção.

O que é a prevenção? É chegar antes do que a droga. Prevenir é informar aos jovens como as drogas chegam até eles e por isso essa Frente Parlamentar tem um manual que eu criei, onde está escrito que elogiar a maconha é propaganda enganosa.

Quero mostrar aqui para que vocês saibam, e os pais que quiserem ter esse manual em casa ou as entidades religiosas que quiserem ter em suas igrejas, precisam apenas acessar o meu site e fazer o pedido de quantos manuais quiserem. Pode ser 50, 100 ou mil. Procurem-nos.

Para conversar com seus filhos, os que querem a liberação estão equivocados. Eu também mostro neste manual que nenhum País do mundo liberou as drogas e que quando alguém tenta dizer que a Holanda liberou é mentira, um estelionato mental.

Lá tem “pubs” onde as pessoas maiores de 21 anos podem fumar 2 gramas, mas o povo holandês já se envergonha disso, e quem é pego com maconha nas ruas pode ser preso. O mesmo aconteceu na Suíça há 30 anos. Um país como a Suíça que tem o tamanho do Estado do Espírito Santo, com 8 milhões de habitantes acabou com isso, pois o crime organizado tomou conta da venda de drogas e o narco-turismo está invadindo a Holanda. O governo holandês está tomando providências e já tem declarações dizendo que isto está sendo nocivo para o país.

Imaginem, querem vender maconha em charutaria aqui no Brasil.

A Holanda cabe 208 vezes dentro do Brasil, 14 vezes em Minas Gerais e 7 vezes dentro do Piauí. O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, perde somente para a Rússia, os Estados Unidos, o Canadá e a China.

Querem vender maconha em charutaria! Por isso temos essa Frente Parlamentar, que eu presido, em defesa da família, contra as drogas e pela não legalização da maconha. Em breve, irá ocorrer audiência pública e passeata. Foi feita recentemente, uma passeata na Av. Paulista com 3 mil pessoas, contudo, o jornal não notificou nada, nenhuma linha! Mas, quando é feita uma manifestação pelos os que são a favor da maconha, mesmo que seja com 200 pessoas, o jornal faz uma manchete.

Apesar disso, não faz mal! Estou 40 anos recuperando pessoas sem cobrar um único centavo. Estamos de mãos dadas com as famílias, seremos muito mais fortes que esses que são a favor da liberação da maconha.

Pais, vocês podem ter este livro aí na sua casa. Basta entrar no meu site que eu o enviarei para o senhor distribuí-lo na sua igreja. Elogiar a maconha é propaganda enganosa!Por isso temos o movimento das famílias contra as drogas.

Sr. Presidente Jooji Hato, V. Exa. tem sido um batalhador e sabe, como médico, da importância do combate às drogas. É importante combater o crack, mas ele é a ponta da linha, o início se dá pela maconha, em 93% dos casos. Sr. Presidente, encerrarei meu discurso agora, mas voltarei a falar em breve.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência congratula V. Exa. pelo evento maravilhoso ocorrido hoje com toda comunidade terapêutica, e com a presença do Deputado Olímpio Gomes que pertence à Frente Parlamentar Anti-Crack; do amigo fraterno e nobre combatível Vereador Marco Aurélio; do Coordenador da Frente Parlamentar, Donisete Braga; e outras autoridades. Tenho certeza que todos nós tivemos, hoje, um evento maravilhoso que reforça muito a luta contra o alcoolismo, as drogas, o crack e o oxi. Isso é extremamente importante! Essa luta pertence a todos nós. Assim como faz o nobre Deputado Edson Ferrarini que tem dedicado sua vida inteira em prol daqueles que vão para o caminho das drogas e afins. Ele tem resgatado muita gente, demonstrou isso hoje por ter tido a iniciativa desse evento.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Edson Ferrarini.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Edson Ferrarini, Srs. Deputados, telespectadores, volto a essa tribuna para reafirmar aquilo que penso e que acredito.

Quero saber se o Governador Geraldo Alckmin tem ideia de quanta economia ele poderia fazer para o nosso Estado se retirasse das drogas adolescentes, menores e consumidores em geral. Quanta economia ele poderia gerar para o nosso Estado. Esses recursos poderão ser aplicados na área da Saúde, da Segurança Pública, para pagar os funcionários públicos. Quantas vidas o Governador Geraldo Alckmin irá salvar com esse projeto de lei, que ele acabou de sancionar dois dias atrás proibindo a venda de bebida alcoólica a menores de idade.

As pessoas dizem que essa lei já existe. Ela existe há muito tempo, mas, infelizmente, pela má consciência, pelo mau sentimento dos nossos comerciantes, dos nossos marmanjos, dos nossos adultos, vende-se bebida alcoólica a menores pensando somente no lucro. Não importa se esse menor vai para o caminho do mal, da doença, das drogas, da violência. Esses adolescentes são sacrificados, são assassinados até pelos próprios colegas ou acabam morrendo no choque com as polícias.

Governador Geraldo Alckmin, parabéns por esse projeto. A lei já existe, mas pune só criminalmente. Agora, não: punirá também administrativamente. O grande segredo é a punição administrativa, porque os donos de botecos, os donos de restaurantes - aliás, os maus donos - que vendem bebida alcoólica a menores terão seus estabelecimentos fechados e serão multados em 87 mil reais. Quero ver venderem bebida alcoólica para menores!

Sr. Governador, V. Exa., que é médico, como eu, vai salvar muitas vidas, vai economizar muitos recursos para o nosso Estado, recursos que estão faltando. Os nossos policiais militares e civis não ganham bem, os nossos funcionários públicos também. Vossa Excelência tem o total apoio deste Deputado, que sonha com a tolerância zero.

Sr. Governador, V. Exa. é uma pessoa muito boa, está dando 30 dias de prazo para orientar. Esses maus marmanjos já sabem há muito tempo que não podem vender bebida alcoólica para menores. Eles vendiam e vão continuar a vender por mais 30 dias, infelizmente. Mas o senhor deu a chance de eles tomarem conhecimento de que não podem fazer isso. Quem já aguentou tanto tempo, vai aguentar mais esse período.

Vão diminuir os acidentes, sim. Esses adolescentes ficam nas baladas, saem dirigindo, atropelam, são atropelados, sofrem acidentes, fazem rachas. É só ir na av. Salim Maluf, na Rodovia dos Imigrantes, na Av. Faria Lima, nas Marginais. Vemos isso na mídia, toda hora. Na véspera de Natal, na véspera do Ano Novo, esses jovens presenteiam a família, às vezes, com a morte.

Caro Deputado Edson Ferrarini, V. Exa. tem lutado muito. Vemos que essa luta é desigual. Uma parte da mídia não nos apoia. Não sei se há algum interesse atrás disso. A Ambev é muito poderosa. Hoje, está fazendo convênio com supermercados para não vender mais bebida alcoólica, mas, quantos jovens já mataram? Quantos acidentes não provocaram pela irresponsabilidade de donos de supermercados, de botecos e de restaurantes que venderam a bebida alcoólica para menores?

Brasil é o maior produtor de cachaça, de má qualidade e que leva à cirrose. Estive na comemoração dos 40 anos do Hospital Albert Einstein, com o Presidente Cláudio Lottenberg. Este hospital já realizou mais de dois mil transplantes hepáticos. Mas precisará realizar muito mais por causa dessa cachaça de má qualidade. Serão muita gente com cirrose nos próximos anos. Há casos de cirroses virais, ou por hepatites, mas advindas de cachaça é a pior.

Tenho esperança de que, com este projeto, outros projetos virão. Queremos aqui aprovar o fim da venda de bebida alcoólica em postos de combustível e lojas de conveniência. Vender bebida alcoólica em ruas, em logradouros públicos, é dar um péssimo exemplo às crianças e adolescentes, que veem aqueles marmanjos se embebedando. É isso que temos de proibir. Temos de atender a OMS, Organização Mundial da Saúde, que preconiza a diminuição de pontos de venda e exposição de bebida alcoólica. Ninguém aguenta mais, são leitos mais leitos para tratar de alcoólatras e de drogados que crescem assustadoramente. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amigos da Polícia Militar, concluímos a aprovação dos projetos da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Sistema Penitenciário. Os 15% podem não ser tudo, mas já estão concedidos. A vantagem do posto imediato, uma batalha e que era um compromisso que eu, lá atrás, na minha campanha, já dizia aos oficiais: “Neste mandato você vai receber o posto imediato.”

Quero também fazer uma homenagem ao comandante geral da Polícia Militar, Coronel Camilo. Veja a atuação do Coronel Camilo. Quando ele assumiu o Comando, no primeiro dia, tive o privilégio de estar com ele almoçando no Quartel General. O Coronel disse “Precisamos acabar com o Auxílio Localidade.” Na época, era o Governador José Serra, o Chefe da Casa Civil era Aloysio Ferreira, meu amigo, com quem fui conversar. Expliquei sobre o ALE, que ele tinha criado uma brutal dificuldade na polícia. Levei o caso de um cabo de Guarulhos, que ganhava mais do que o sargento da cidade de Santa Izabel - Guarulhos e Santa Izabel são cidades vizinhas. Ele entendeu e falou “Isso tem de acabar.” Conversamos com o Governador.

Quando o Comandante-Geral levou a sua reivindicação através do Secretário da Segurança Pública, o ambiente estava aplainado e foi possível conseguir. Este ano o comandante-geral tinha como meta o posto imediato dos oficiais.

Num dos encontros que tive com o Governador, junto com o comandante-geral no quartel da Rota, entregando viaturas na festa de 9 de Julho, disse: “Governador, o posto imediato para os oficiais é uma necessidade, é uma justiça, há 20 anos não temos isto.” E o Comandante-Geral entendeu. Sabe quantos oficiais aumentam por mês? - fiz esse levantamento na diretoria de pessoal. No máximo 13, 15 oficiais. O Estado não terá nenhuma despesa, 50 mil reais no máximo por mês. Era difícil o Governador entender, mas eu fui falando. Sou da base aliada e o meu partido se chama Polícia Militar. O Governador me ouviu todas as vezes. Quando o Comandante-Geral leva isso para o Secretário da Segurança Pública e este ao Governador, já está tudo bem aplainado. Isto é política com P maiúsculo. Daí ficou faltando o pleito do pessoal que nestes 20 anos passou para a inatividade sem ser atendido. São 1.314, isto representa pouco no orçamento, mas nós vamos marcar audiências com o Governo para tentar reparar isso. Alguns soldados oriundos da Força Pública estão reivindicando mais uma vantagem e nós vamos atrás. A Polícia Militar é a maior Polícia do Brasil, ela é o melhor modelo do Brasil.

O Deputado Campos Machado, meu amigo, líder do meu partido, tem um projeto que quer tirar a Corregedoria da Polícia Civil da Secretaria de Segurança Pública. Ontem conversava com ele e dizia ‘Deputado Campos Machado, sou contra e votarei contra. A Polícia Militar tem a melhor Corregedoria do Brasil. São 700 soldados que vão prender aqueles que entram na Corporação e se desviam do caminho. Isso é feito pela nossa Corregedoria.

Nós votamos o projeto Via Rápida e em 60 dias colocamos na rua. Se você der o nome de um soldado - não precisa dar seu nome e endereço não - que estiver cometendo alguma irregularidade, a Polícia Militar de São Paulo vai buscá-lo. Esta Corregedoria tem de ser aplaudida. Esta é Polícia Militar do seu Estado. De cada 100 pessoas que se apresentam para servir na Polícia Militar, às vezes reprovamos noventa. São reprovados no exame físico, intelectual, no exame médico e principalmente na investigação social. É por isto que a sua Polícia é a melhor do Brasil. Esta Polícia tem de ser prestigiada.

Tivemos 15% e teremos mais 10% em 1º de agosto do ano que vem, perfazendo um total de 27.7 por cento. Precisamos de mais. O bom desse aumento é que ele não seguiu o padrão de antes, ou seja, na forma de abono, que não atendia o aposentado, o pensionista. Nós acabamos com isso.

Governador, a Polícia Militar tem de investir no seu maior patrimônio: o homem. Todo soldado agora tem uma .40, uma arma mais moderna, fabricada pela Taurus. Mas precisamos investir no homem cada vez mais.

Hoje temos uma tecnologia moderníssima nas viaturas. Na viatura agora nós temos televisão, nós filmamos, a própria viatura filma, através do satélite isso vai para o Copom. Tudo bem. Mas e o homem? É ele que tem que sair de casa sem dúvida se poderá pagar a escola, o aluguel ou o remédio. Não. Polícia Militar, vamos continuar lutando para melhorar os salários. E respeitar o pessoal da reserva. Esses um dia arriscaram as próprias vidas. Respeitar os 1.314 que precisam ser atendidos na sua reivindicação; para eles foi feita uma injustiça. Precisamos reparar isso, governador. Vocês vão ter aumento no salário retroativo a 1º de julho. Tudo bem. Mas vamos continuar lutando por melhores condições de trabalho para essa Polícia Militar, cujo nível de corrupção é dos mais baixos do Brasil, porque temos uma corregedoria com 700 homens que vão buscar o malfeitor.

É por isso que você se orgulha da sua Polícia Militar. É por isso que o telefone 190 toca 150 mil vezes por dia. Vou repetir para você não achar que estou falando errado: 150 mil vezes por diz chegamos a uma ocorrência policial; 30% disso é assistência social. Falou tudo no estado, você ligou o telefone do hospital para buscar a parturiente, a ambulância não chegou. A Polícia Militar é um serviço desburocratizado: passou a viatura, você estendeu o braço, o policial está cara a cara com a ocorrência. Ele vai levar a parturiente e procurar um hospital, e se não der tempo de chegar ele está preparado para fazer o parto na viatura. Essa é a sua Polícia Militar do Estado de São Paulo, meu amigo.

Trabalhei 35 anos nessa corporação. Quando nasci meu pai era soldado. Quando ele me levava aos quartéis, ele ia fardado, pegava na minha mão, via aquele meu herói, queria que o mundo visse meu pai pegando na minha mão usando vestindo aquela farda da Força Pública - uma perneira, um quepe grande, um talabarte. Imitando meu herói, entre nessa corporação. Hoje essa farda é minha segunda pele, com orgulho. Você paulista, pode crer, essa é a polícia comunitária, essa é a polícia cujo comandante geral, coronel Camilo, todo dia tem um bordão: É possível fazer melhor. Tente. Você vai conseguir. Esse comandante geral se aproximou do soldado. Todo dia ele realiza o Café com o comandante, ele ficou acessível. A polícia hoje é cidadã, é comunitária, tem aulas de direitos humanos dadas pelo coronel Maurício no curso de formação, em Pirituba.

Deputado Jooji Hato, sei que V.Exa. é um grande amigo da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Tenho certeza que essa corporação que tem 93 mil homens, mais seis mil soldados temporários, cem mil homens compõem essa que é a maior corporação do Brasil.

Tivemos um aumento aprovado, 15% mais 19 por cento. É pouco, muito pouco. Vamos lutar por muito mais. Nessa corporação o soldado jura defender a sociedade com o sacrifício da própria vida. Por isso, quando você vir um soldado da Polícia Militar, a viatura passando, você pode dizer que esse soldado está preparado. Há desvios? Sim. Tem gente problemática? Sim. Eles não buscados na Suíça e trazidos para cá. Não. Eles são tirados da sociedade brasileira, mas procuramos o melhor, e aquele que se desvia, nós da corporação o expulsamos, o punimos e divulgamos o nome dele. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembrando-os ainda a Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar os 20 anos da Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo, solicitada pelo nobre Deputado Roberto Morais, e a Sessão Solene a realizar-se segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de homenagear os 50 anos do Complexo Educacional Santa Cecília, de Santos, solicitada pela nobre Deputada Telma de Souza.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 31 minutos.

 

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