25 DE OUTUBRO DE 2010

127ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: OLÍMPIO GOMES e ED THOMAS

 

Secretário: CARLOS GIANNAZI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta-se contra a possível continuação da política de mérito. Cita nota publicada no jornal "Folha de S. Paulo" sobre o assunto. Dá conhecimento de manifestação de funcionários da rede estadual de ensino. Lembra Projeto de lei de sua autoria que prevê a anulação da Lei nº 1093. Afirma que há falta de professores na rede estadual. Critica a "provinha" aplicada em professores eventuais. Lê documento da Apeoesp.

 

003 - ED THOMAS

Assume a Presidência.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Comenta matéria do "Jornal da Tarde" sobre ação do crime organizado. Discorre sobre o assunto. Faz críticas à esta Assembleia diante da questão. Menciona que na referida ação estavam envolvidos juízes. Cita desvio na Secretaria de Assuntos Penitenciários. Faz críticas ao Governo no que diz respeito à falta de ação contra o crime organizado.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

006 - ED THOMAS

Fala sobre o trabalho da CPI da Pedofilia. Parabeniza os Parlamentares integrantes da mesma. Ressalta que para essa violência acabar é preciso unir forças. Afirma que a Internet é ferramenta crucial para a expansão desse crime. Menciona a necessidade da denúncia de crimes dessa natureza para diminuir as ocorrências.

 

007 - ED THOMAS

Solicita o levantamento dos trabalhos, por acordo de lideranças.

 

008 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 26/10, à hora regimental com ordem do dia. Lembra-os da realização de sessão solene hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Cirurgião Dentista.  Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlos Giannazi para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Davi Zaia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mozart Russomanno. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de manifestar a nossa preocupação e indignação com uma nota publicada hoje no Painel da "Folha de S.Paulo", dando conta da intenção do Governador eleito, Geraldo Alckmin, em dar continuidade à política de mérito, do ponto de vista salarial, para os servidores do Estado, a famosa “meritocracia”, que foi criada nesta atual gestão, e que vem sendo implantada já em algumas Secretarias.

Na verdade é uma falsa meritocracia. É lógico que defendemos o mérito; a meritocracia é importante, mas não essa e nem essa política de mérito que está sendo implantada no Estado de São Paulo, principalmente na área da Educação, o que só tem prejudicado a carreira dos professores.

A nota diz que o Governador eleito Geraldo Alckmin está pensando em criar uma supersecretaria, com o nome de Secretaria de Governo e Gestão Pública, justamente para intensificar a criação e implantação dessa política salarial de mérito.

Sabemos muito bem o que significa: significa que os servidores não terão mais reajuste salarial linear, significa que a data-base salarial não será mais respeitada, como já não está sendo respeitada por essa administração, para nenhuma categoria profissional.

Isso representa um verdadeiro retrocesso dentro do retrocesso, porque já estamos vivendo essa realidade. O Governador eleito anunciar que vai intensificar é um retrocesso dentro do retrocesso, o que é muito grave.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

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Vamos reagir. Na última sexta-feira houve uma grande manifestação na Praça da República, dos profissionais da Educação. Estiveram presentes vários servidores, professores e funcionários da Rede Estadual de Ensino, denunciando também o fato e, sobretudo, cobrando a anulação da Lei 1093, que tem causado grandes danos para a Educação no Estado de São Paulo, principalmente a falta de professores. Nós votamos contra, porém a base governista votou a favor, e como ela é maioria, o projeto foi aprovado, transformando-se na Lei 1093 que permite, por exemplo, a permanência de um professor contratado por apenas um ano letivo, por apenas 200 dias letivos. O professor não pode ficar mais de um ano numa escola. É um contrassenso, um absurdo. O Governo diz que luta, que elabora políticas públicas para que o professor permaneça na mesma escola, no entanto cria uma legislação de ensino antagônica, que vai na contramão dessa proposta. Por isso nós, imediatamente após a aprovação desse projeto e da promulgação da Lei nº 1.093, apresentamos um projeto de lei anulando essa legislação que afronta a Educação e também a Saúde. Como já disse aqui inúmeras vezes, essa lei coloca em processo de demissão mais 20 mil servidores da Saúde que foram admitidos por concurso público, por meio de prova, que entraram pela porta da frente do serviço público do Estado de São Paulo. A manifestação que houve em frente à Praça da República, organizada pela Apeoesp, pelos profissionais da Educação, vem no sentido de exigir que o Governo modifique essa política salarial, educacional e acabe de uma vez por todas com o sucateamento e a degradação da escola pública e os ataques ao Magistério estadual.

Sr. Presidente, fizemos coro com as entidades representativas do Magistério e com todos aqueles que defendem, de fato, a escola pública gratuita e de qualidade e defendem, sobretudo, o Magistério público estadual. Sem investimento no professor e no Magistério não haverá saída para a Educação.

Passo a ler um documento importante de autoria da Apeoesp com o título: “O Governo quer demitir. Mas faltam professores nas escolas estaduais”. O Governo demite professores por conta do “provão”, da “provinha”, outra excrescência dessa legislação. No entanto, temos milhares de alunos da Rede Estadual de Ensino sem aulas porque os professores não podem assumir essas aulas - o professor que não realizou ou não conseguiu a nota da “provinha”, uma prova totalmente duvidosa, com conteúdos desvinculados da realidade educacional da nossa Rede.

Diz o documento:

“Carta Aberta à População

Senhores pais, prezados alunos,

Os professores temporários da rede estadual de ensino vão novamente ter que fazer o “provão dos ACTs” para terem o direito de ministrar aulas.

O governo usa a nota do provão para punir e demitir, mas já estão faltando professores nas escolas. Por quê?

Os salários são muito baixos. Não há política de valorização salarial. As provinhas e provões são usados para demitir ou para manter professores fora da sala de aula, com um salário ínfimo por 12 horas semanais de trabalho. Outros ficarão 200 dias fora da rede. Há muita perseguição nas escolas (assédio moral). Tudo isso desestimula os professores.

Os professores também contraem doenças profissionais devido às más condições de trabalho. O jornal “Folha de S. Paulo” informou em 11/10 que 92 professores são afastados diariamente por problemas emocionais. Desvalorização, violência nas escolas e outros fatores geram estresse e desgaste.

Somente a união de professores, demais profissionais, alunos, pais e a sociedade em geral pode mudar essa situação. Vamos juntos exigir uma política educacional que valorize o professor, respeite os alunos e melhores a escola pública estadual.

Esmos em luta. Contamos com a compreensão e o apoio de todos.

Diretoria da Apeoesp”

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Eli Corrêa Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, quero fazer um comentário sobre um editorial do “Jornal da Tarde” que, com toda propriedade, traz no seu título: “Crime organizado executa quem viola suas leis”. Tenho vindo a esta tribuna para alertar e denunciar que quem controla o nível de criminalidade e os tipos de crimes praticados no Estado de São Paulo não é o Estado, e sim os líderes das facções criminosas que determinam como vão se desenvolver as ações criminosas de forma coordenada em todo o Estado de São Paulo.

Digo isso com uma preocupação de policial, de pai, de cidadão, de deputado que se sente responsável e extremamente preocupado pela insensibilidade e irresponsabilidade da Assembleia Legislativa em tomar providências, em fiscalizar, em exigir providências para que se contenha efetivamente e até se minimize - já que neutralizar é impossível - a força dos criminosos que mandam de dentro dos presídios.

Esse editorial do “Jornal da Tarde” até se refere à localização de um cemitério clandestino, alguns corpos localizados na Cidade Tiradentes, zona leste da Capital, após uma investigação da Delegacia de Patrimônios do Deic. Efetivou-se a prisão de quatro marginais, juízes e executores de pessoas, que fazem os seus julgamentos. Existe um quinto marginal que está foragido, a mando do crime organizado do interior dos presídios, possivelmente a mando do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os crimes, entre aspas, praticados por essas pessoas executadas: estão devendo ao tráfico, estão se passando por gente da facção. Então, muito cuidado com o bandidinho pé-de-chinelo que começa a atuar no bairro e, para tentar aumentar a submissão da população, bate no peito: “Ah, eu sou PCC...” Cuidado! O Estado é omisso e covarde. O crime organizado é covarde, mas não se omite: vai lá e julga. Há gente que está sendo morta porque é da facção rival.

Sabemos que no Estado de São Paulo temos o Terceiro Comando, uma cisão do PCC com o líder, Geleião; temos o Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade; temos as seitas satânicas. Está tudo dominado e loteado, mas temos que tentar mudar esse estado de coisas.

A forma dos justiçamentos também tem a marca do crime organizado. Não são feitas execuções a tiro, já que não é para chamar a atenção da vizinhança. Nos casos da Cidade Tiradentes, um indivíduo foi morto a golpes de picareta na testa, na cabeça e no tórax; o outro, enforcado com cordões de náilon, que é para dar o recado, já que o Estado e a Justiça são omissos, escondem-se e não tomam providências. Falam de implementação da Segurança Pública só nas campanhas.

Na Assembleia Legislativa, tentei abrir uma CPI. Mostrei o conluio criminoso do Governo do Estado com o crime, de 2000 a 2006, que acabou redundando nos ataques do PCC. Até 38 deputados assinaram o pedido para instalação da CPI. Depois, o Governo determinou e sete deputados retiraram suas assinaturas. Estou terminando o mandato e tenho 31 assinaturas, com 500 provas documentadas do envolvimento criminoso, do desvio de 30 milhões de reais na Secretaria de Assuntos Penitenciários.

Faz de conta que não está acontecendo nada, só que a verdade está estampada. O “Jornal da Tarde” traz, na sua primeira página: “Assaltos violentos assustam o Guarujá.” E não é só no Guarujá, isso ocorre também em São Paulo nas joalherias, nos bancos, nos supermercados. “Está tudo dominado”, como diz a música. Só que isso é produto da omissão, da covardia e até do conluio do Governo do Estado com o crime.

Deixo mais uma vez a minha manifestação. A Assembleia Legislativa está muito tranquila, “Agora é passar pelo domingo, pelo segundo turno das eleições. Depois vamos ver se a gente encaixa uma emendinha nossa para passar no Orçamento do Estado. Vamos embora que a vida continua.” Só que muita gente está morrendo e sendo sacrificada por covardia, omissão e conluio do Estado. É lamentável.

 

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, Deputado Olímpio Gomes, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de me manifestar neste Pequeno Expediente com base na finalização da CPI da Pedofilia. A CPI traz a conclusão deste relatório hoje. Participei como sub-Relator juntamente com a Relatora, Deputada Beth Sahão, e o Presidente da CPI, Deputado José Bruno. Gostaria de cumprimentá-los pelo trabalho, em especial à Deputada Beth Sahão pelo brilhante relatório que coloca o dedo na ferida, trazendo indicativos de como devemos agir para buscar a solução desta violência silenciosa contra as crianças e os adolescentes.

Isso não ocorre somente no nosso Estado, mas em todo o país. Durante o processo do trabalho desta CPI, do crime de pedofilia no Estado de São Paulo, nos deparamos com a ausência de informações de algumas secretarias do Estado, seja da Segurança Pública, da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social. É obrigação deste Parlamento cobrar isso do Governo. Foi detectado que a internet tem disseminado este crime por todo o mundo, principalmente em lan houses onde o criminoso fica solto e à vontade, e a polícia não tem como agir porque é um ser estranho que usa uma máquina, embora alguma coisa tenha sido feita, não foi o suficiente, e a polícia tem que ter acesso a senhas, a essas máquinas, para poder trabalhar, investigar e prender.

Dentro de casa, o computador tem dono. Mas o Estado de São Paulo não tem uma estatística em números anuais. Sabemos que passa de 500 mil casos e não sabemos se é por ano ou por década, mas são números horríveis.

Foi criado um Disque 100 que precisa de um engajamento, não somente da nossa TV Assembleia, mas da mídia, da imprensa em geral para que possamos denunciar. São Paulo é o Estado que menos denuncia, infelizmente, e há muitos e muitos crimes. Se aqui no Estado de São Paulo, o Estado mais rico, aquele que teria mais Educação a oferecer, que tem a melhor Polícia Militar do País, com certeza, e temos a grata satisfação de termos alguns profissionais da segurança na Presidência, que já tivemos a oportunidade de falar, se aqui temos a melhor polícia no trabalho, se entrarmos em detalhes, ficaríamos mais um mandato pedindo, implorando, estendendo a mão, enfim, então imaginem no Amazonas, no Nordeste, onde a própria família entrega a criança ao turismo sexual, por vinte centavos.

Se no Estado não temos essa informação, se não temos o engajamento de todas as Secretarias, imaginem em outros estados tidos como mais pobres.

Sr. Presidente, fica o compromisso de continuarmos trabalhando, investigando, cobrando e fiscalizando, que é a função de todos os Deputados.

Gostaria de deixar um abraço a Deputada Beth Sahão pela conclusão do relatório que contém 35 itens e busca meios para neutralizar e amenizar o problema, que não vamos resolver ainda por completo, mas que temos instrumentos para fazê-lo. É uma missão de todos nós - Governo Federal, Governo Estadual, Legislativo, Executivo, Judiciário, prefeitos, vereadores e igrejas - vigiarmos para que essa violência não machuque mais as nossas crianças. Muito obrigado.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - É Regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, nos termos do Art.239, § 6º, da XIII Consolidação do Regimento Interno, adita à Ordem do Dia os Projetos de Decretos Legislativos nºs 50 e 56/2010; adita ainda à Ordem do Dia o Projeto de lei nº 917/2009, que tramita em regime de urgência.Havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da Sessão Ordinária de 21 de outubro de 2010, com os aditamentos ora anunciados, lembrando-os ainda da Sessão Solene, a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Cirurgião Dentista.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 59 minutos.

 

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