13 DE SETEMBRO DE 2004

133ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: ROMEU TUMA

 

Secretário: JOSÉ BITTENCOURT

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 13/09/2004 - Sessão 133ª S. ORDINÁRIA  Publ. DOE:

Presidente: ROMEU TUMA

 

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - ROMEU TUMA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para sessão solene, dia 27/09, às 10h, com a finalidade de comemorar o Dia Nacional do Idoso. Pronuncia-se da Presidência sobre o tema "Dia do Cônsul".

 

002 - JOSÉ  BITTENCOURT

Reflete sobre as dificuldades, principalmente financeira, que vem passando as Santas Casas do Estado de São Paulo.

 

003 - JOSÉ  BITTENCOURT

Por acordo de lideranças, solicita o levantamento da sessão.

 

004 - Presidente ROMEU TUMA

Acolhe o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 14/09, à hora regimental, com Ordem do Dia e lembra da sessão solene hoje, às 20h, com a finalidade de comemorar o "Dia do Maçon". Levanta a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado José Bittencourt para, como 2º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - JOSÉ BITTENCOURT - PTB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Convido o Sr. Deputado José Bittencourt para, como 1º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOSÉ BITTENCOURT - PTB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Srs. Deputados, antes de dar início à lista de oradores inscritos para o Pequeno Expediente esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Ricardo Tripoli, nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r” da XI Consolidação do Regimento Interno, convoca V.Exas. para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 27 de setembro de 2004, às 10 horas, com a finalidade de comemorar o Dia Nacional do Idoso.

Tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Paulo Sérgio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ubiratan Guimarães. (Pausa) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Souza Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Said Mourad. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Gonzaga Vieira. (Pausa.)

 

O Sr. Romeu Tuma - PPS - PRONUNCIANDO-SE DA PRESIDÊNCIA - Srs. Deputados, passo a ler documento, que trata do Dia do Cônsul, para que conste nos Anais:

Hoje é um dia de grande júbilo para este Parlamento, que tem a oportunidade de prestar uma justa homenagem aos representantes dos países amigos, com os quais o Brasil estabelece relações diplomáticas: - comemorar o dia do Cônsul.

Na Roma antiga, os Cônsules eram os representantes do governo romano nas províncias anexadas.

Hoje, essa investidura é mantida, o Cônsul é um funcionário de uma embaixada ou de um consulado, encarregado da assistência aos seus concidadãos no país estrangeiro, de manter contatos com as autoridades e personalidades em cidades onde não está situada a embaixada, fomentando relações culturais e comerciais, entre outras.

As Repartições Consulares possuem atribuições muito específicas, atendendo, primordialmente, à circunstância maior de prestar auxílio emergencial aos cidadãos de seu país residentes, domiciliados ou em trânsito no exterior. Além disso, buscam satisfazer às necessidades notariais e documentais mínimas a fim de que esses cidadãos possam estar no pleno exercício de seus direitos.

Um Consulado-Geral exerce, em termos práticos, em outro país, as funções de proteger os interesses dos seus cidadãos, garantindo a tutela nos casos em que eles venham a ter as suas liberdades pessoais limitadas ou tolhidas e seus direitos fundamentais violados.

A tutela diz respeito aos casos de morte por acidente ou doença grave, de prisão ou detenção, de assistência às vítimas de atos de violência, de auxílio e repatriação de cidadãos que se encontrem em grave situação econômica e de saúde.

O Consulado assiste aos cidadãos de seu país em casos de emergência; de busca por familiares; de solicitações de informações sobre o regulamento jurídico local e sobre casamentos com cidadãos estrangeiros; de procedimentos para inventários abertos no exterior; de repatriação de corpos, entre outros.

O Consulado também assiste aos cidadãos de seu país quando eles necessitam de procedimentos relativos a lavratura e transcrição de certidões de estado civil; a documentação necessária para as publicações dos editais de casamento; de emissão e renovação de passaportes; a renovação de carteira de habilitação; a documentação referente à cidadania; a documentação referente ao serviço militar; a atos notariais e testamentos; a tradução, legalização e autenticação de documentos ou traduções de documentos; a certificações alfandegárias relacionadas à repatriação; a atos atinentes aos serviços eleitorais; a Pensão e Assistência Social; Auxílio e Assistência aos cidadãos indigentes. Nos Consulados também podem ser realizadas as celebrações de casamentos.

O Consulado assiste aos cidadãos de seu país de passagem pela circunscrição consular e que se encontram com problemas pessoais emergenciais, tutelando sua integridade, incolumidade e liberdade pessoal; fornecendo informações sobre como e a quem procurar em caso de necessidade - médicos, hospitais, advogados, tradutores; emitindo gratuitamente um documento de viagem para volta ao seu país no caso em que o cidadão tenha sido roubado ou tenha perdido o passaporte ou a carteira de identidade; emitindo ou renovando o passaporte.

Não é papel do Consulado garantir a cidadania no exterior. Os direitos de um estrangeiro são estabelecidos pelas leis locais. O Consulado não pode interferir na aplicação da lei local. O que o Consulado pode fazer é assistir aos cidadãos de seu país, dar-lhes apoio e informar-lhes sobre os procedimentos legais do país em que se encontram.

Eu quis fazer esta breve preleção das incumbências consulares, para dar uma idéia do árduo trabalho desenvolvido pelos Consulados e, principalmente, da quantidade de atribuições que cabem a um Cônsul.

Neste momento, em nome da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, tenho a elevada honra de parabenizar a todos os Cônsules em atividade no Brasil, pelo relevante trabalho realizado.

Um trabalho que se destaca pela diplomacia, pelo bem servir, pelo estreitamento das relações entre os países, pela união e pelo congraçamento dos povos, por um mundo melhor e mais fraterno.

Desejo que esta homenagem seja estendida a todos os funcionários dos Consulados, a todos os membros das representações diplomáticas em atividade no Brasil.

Para finalizar, gostaria de dirigir uma palavra a todos, contando um pouco sobre uma história que me marcou muito, quando li o livro "O Cônsul Honorário", do escritor britânico Graham Greene que relata os percalços da atividade diplomática.

O romance, escrito entre 1970 e 1973, tem como cenário uma cidade não identificada do norte da Argentina, mas o pano de fundo é ocupado pela brutal ditadura do general Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai durante 35 anos.

Como a maior parte dos romances de Graham Greene, este também possui uma trama central político-policial: um grupo de guerrilheiros paraguaios decide seqüestrar um embaixador americano para exigir como resgate a libertação de presos políticos. Mas há uma confusão de identidade e quem acaba por ser seqüestrado por engano é um cônsul honorário britânico.

Curiosamente, Greene quase abandonou o romance, devido à ocorrência de um caso real que se assemelhava à sua história - um Cônsul paraguaio seqüestrado por engano, no lugar de um embaixador.

Apesar de ser um romance de ação, acima de tudo, a obra trata do drama moral, onde a fé e o desespero, o destino e a vontade, o amor e o ciúme, a culpa e a redenção, a traição e a lealdade se enfrentam em cada meandro do texto.

Essa é a síntese do gênero humano, que faz - em muitos dos casos - com que a ficção se torne realidade.

Para exercer essa nobre missão, é necessário antes de tudo, gostar do gênero humano, do ser humano, das pessoas e ter a consciência de que somos todos cidadãos do mundo e que não existem barreiras sociais, econômicas, políticas ou religiosas que possam nos alijar dessa condição.

Parabéns a todos os Senhores Cônsules, que neste momento, aqui, representam os seus respectivos países, por esta data.

Que Deus abençoe a todos.

 

O Sr. Presidente - Romeu Tuma - PPS - Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.)

Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt.

 

O SR. José Bittencourt - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Romeu Tuma, Senhoras e Senhores parlamentares, telespectadores da TV Assembléia, Senhoras e Senhores presentes nesta sessão, a nossa saudação!

Trago à reflexão a grande necessidade que têm as Santas Casas de Misericórdia no Estado de São Paulo. Estive, neste final de semana, na região da Alta Paulista - Adamantina, Tupi Paulista, Lucélia, Bastos, Andradina, Oswaldo Cruz, cidade em que fiquei hospedado.

Passei três dias naquela região e uma das primeiras demandas que a população apresentou, ao saber da presença de um representante do Poder Legislativo no local, é a questão da necessidade da Santa Casa de Misericórdia.

Para que tenham uma idéia, tive uma reunião com o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Oswaldo Cruz - aliás, uma bela cidade, para quem não conhece. O Secretário Meireles estava presente na cidade e nos encontramos, casualmente, no mesmo hotel. Nessa reunião com o Provedor da Santa Casa, com o corpo de gestão e administração, o corpo clínico e o médico, a apresentação da necessidade foi muito veemente. Falta dinheiro não para novos investimentos e sim para custeio e até para a manutenção de aparelhos necessários para o dia-a-dia do atendimento à população.

Oswaldo Cruz atende dois ou três municípios a mais. A Santa Casa tem que atender toda essa demanda, não somente desses municípios que citei, mas também pessoas do Sistema Único de Saúde que para lá são encaminhadas, detentos que estão nas cadeias da região. O Deputado Romeu Tuma sabe que naquela região existem vários presídios. Toda essa população carcerária, que evidentemente também adoece, é assistida nas Santas Casas. A necessidade de manutenção, de custeio, de recursos para investimentos na área e para atender a demanda é muito grande.

Recebemos uma demanda da Santa Casa reivindicando-nos a solicitação ao Governo do Estado de um aparelho chamado autoclave. Falo isso porque é fundamental que o Governo do Estado, que os nossos colegas, Deputados, também se empenhem.

Gostaria de declarar e testemunhar a todos. vejo muitos Deputados nesta Casa preocupados com o problema das Santas Casas. Muitos Deputados, muitos mesmo, fazem emendas ao orçamento do Estado, encaminhando verbas para essas casas de saúde. Trabalham no sentido de encontrar recursos para atender a necessidade de custeio, manutenção e investimentos dessas santas casas.

Esse aparelho que citei, chamado autoclave, é que esteriliza o instrumental cirúrgico, sem o qual não se faz cirurgias. O hospital de Oswaldo Cruz está com essa necessidade, porque tem dois aparelhos de esterilização ultrapassados. Anualmente são gastos cerca de três a cinco mil reais na manutenção desses aparelhos. O autoclave é um aparelho moderno, que possibilita a assepsia médica, que deve estar presente no ato cirúrgico. Portanto, vou elaborar uma indicação ao Governo do Estado, para que atenda com uma certa urgência a essa grande demanda para a Santa Casa de Misericórdia de Oswaldo Cruz.

Essas santas casas sobrevivem graças à ajuda da população, e também de pessoas beneméritas, que exercem o altruísmo cristão, e se empolgam, saindo de casa em casa buscando recursos, fazendo algum tipo de promoção social ou algum evento de caráter beneficente.

Trata-se de uma necessidade muito grande dessas casas de saúde do Estado, que precisam uma maior atenção do Governo do Estado. Tenho colocado aqui e reitero que o Governador Geraldo Alckmin tem nos atendido nessa linha. O Governador Geraldo Alckmin tem recebido vários Deputados desta Casa, principalmente para discutir o problema da Saúde, até porque ele é médico, e sabe do que estou falando. Desta forma, quero agradecer a aceitação que o Governador Geraldo Alckmin tem demonstrado nessa área, e vamos fazer mais essa reivindicação, pois tenho certeza que ele irá atender a população. Falo aqui de uma forma genérica e geral. Conheço Deputados que trabalham com essa finalidade nesta Casa para atender às santas casas, fazendo emendas ao orçamento.

Há um projeto em andamento nesta Casa, que visa estipular um percentual do valor arrecadado de multas de trânsito em São Paulo para as santas casas. Salvo engano, esse projeto é de autoria do nobre Deputado Vitor Sapienza. Outros Deputados também têm projetos nesta linha, sempre com o objetivo de suprir a necessidade tão tremenda da Saúde no nosso Estado.

Aqui vale também uma pincelada ao Sistema Único de Saúde, ao Governo Federal, que há oito anos não aumenta o valor da consulta. Recebi esta informação da administração da Santa Casa de Oswaldo Cruz. Fica aqui esta reflexão para que melhor venhamos a atender às santas casas do Estado de São Paulo.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PTB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da 131ª Sessão Ordinária, lembrando-os da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Maçon.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 44 minutos.

 

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