23 DE NOVEMBRO DE 2010

143ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOSÉ BRUNO, LUIS CARLOS GONDIM, VANESSA DAMO e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: DAVI ZAIA

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOSÉ BRUNO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Dá conhecimento de problemas relacionados ao Ipesp e ao banco PanAmericano. Cita que tais problemas prejudicam os cartorários. Questiona desvios de valores depositados por liquidantes no referido banco. Cita tratativas de seu partido com relação à matéria em esfera federal.

 

003 - MARIA LÚCIA PRANDI

Critica o último pleito no que tange às estratégias de campanha que, segundo ela, apresentou preconceito e discriminação racial. Repudia ataques a jovens ocorridos na avenida Paulista. Faz elogios ao mandato do Presidente Lula com relação ao combate ao preconceito. Condena a violência contra as mulheres e ressalta que a Presidente eleita Dilma Rousseff representa uma vitória para as mulheres.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Discursa sobre a importância da PEC 300 para policiais e bombeiros. Cita declaração de apoio do Presidente Lula com relação ao projeto. Denuncia manobras de autoridades contrárias à votação da emenda. Ressalta a necessidade de valorização das categorias envolvidas.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Reitera repúdio às manobras que pretendem impedir a votação da PEC 300. Menciona a importância do aumento do piso salarial para policiais e bombeiros e justifica que o orçamento para 2011 deve prever tais custos.

 

006 - RUI FALCÃO

Dá conhecimento de manifestação da população da Zona Norte com relação aos impactos ambientais, principalmente na região da Serra da Cantareira, causados pela construção do trecho norte do Rodoanel. Informa que o projeto deve ser modificado no sentido de minimizar impactos ambientais.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Denuncia problemas relatados pelo funcionalismo envolvendo o Departamento de Perícias Médicas. Cita a necessidade de CPI para investigar a matéria. Comenta atrasos em processos de aposentadoria. Apresenta fotografias de processos acumulados no referido órgão.

 

008 - JOSÉ BITTENCOURT

Discursa sobre a necessidade de regulamentação de projetos aprovados por este Legislativo. Manifesta apoio ao pronunciamento do Deputado Carlos Giannazi. Ressalta que a função dos Parlamentares é legislar, investigar o Executivo e denunciar a falta de cumprimento das leis.

 

009 - LUIS CARLOS GONDIM

Repudia preconceito contra nordestinos. Faz elogios aos trabalhadores nordestinos e destaca a importância destes para o desenvolvimento do Estado. Cita fatos de sua vida pessoal e profissional.

 

010 - JOSÉ BITTENCOURT

Assume a Presidência.

 

011 - MARCOS MARTINS

Para comunicação, registra a presença, nas galerias, de membros da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), que se manifestavam contrários ao projeto de lei que trata da matéria. Apela aos parlamentares desta Casa para que não haja retrocesso na questão do amianto.

 

012 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Declara apoio aos defensores do banimento do amianto e reforça que esta luta não será inglória.

 

013 - MARCOS MARTINS

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, com a anuência das lideranças.

 

014 - Presidente JOSÉ BITTENCOURT

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h33min.

 

015 - VANESSA DAMO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h27min.

 

016 - JOSÉ CÂNDIDO

Pede a suspensão dos trabalhos por trinta minutos, por acordo das lideranças.

 

017 - Presidente VANESSA DAMO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h27min.

 

018 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h01min. Informa que, por decisão das lideranças partidárias, retira da ordem do dia o PL 917/09.

 

019 - JOSÉ CÂNDIDO

Requer o levantamento da sessão, com o assentimento das lideranças.

 

020 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 24/11, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. José Bruno.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Davi Zaia para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - DAVI ZAIA - PPS - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mozart Russomanno. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, o nosso mandato, o nosso gabinete está recebendo várias denúncias em relação a uma aplicação feita pelo liquidante do Ipesp, ou seja, 40% do orçamento das carteiras previdenciárias tanto dos advogados como dos cartorários foi aplicado nesse banco que está à beira da falência, que faz parte hoje das páginas policiais do nosso País: o PanAmericano. Isso preocupa-nos porque estes dois segmentos importantes de trabalhadores do Estado de São Paulo já foram duramente penalizados e prejudicados por conta de dois projetos de lei aprovados aqui na Assembleia Legislativa pela maioria desta Casa - registro que a Bancada do PSOL votou contra essa medida e alertamos a Assembleia para os seus efeitos nefastos e danosos. O fato é que os dois projetos foram aprovados prejudicando assim tanto os advogados contribuintes da carteira do Ipesp como os cartorários extrajudiciais.

Como se não bastasse isso, como se não bastasse o Governo Estadual, o ex-Governador José Serra ter apresentado os projetos e com a cumplicidade da Assembleia Legislativa vê-los aprovados, esses trabalhadores que estão com as suas carteiras em processo de extinção agora são obrigados a conviver com mais essa afronta: ver a aplicação do dinheiro investido num banco falido, quebrado. Ou seja, os trabalhadores dessas duas carteiras correm sério risco de perderem os seus recursos por isso já fizemos um Requerimento de Informação pedindo para ver qual foi o valor depositado pelo liquidante das duas carteiras no Banco PanAmericano, porque é grave. Como disse, esses trabalhadores já foram prejudicados com o processo de extinção das carteiras e nós tomamos providências aqui pela Assembleia Legislativa protocolizando dois projetos de lei - que estão tramitando - pedindo a revogação das duas leis e dos projetos encaminhados pelo ex-Governador José Serra.

Ao mesmo tempo fomos ao Supremo Tribunal Federal - acionamos a direção nacional do partido através da nossa dirigente ex-Senadora Heloisa Helena - e ajuizamos duas Adins no Supremo, uma em relação à lei que colocou em processo de extinção a carteira dos advogados e outra em relação à lei que colocou em processo de extinção a carteira dos cartorários extrajudiciais. Elas foram acolhidas pelo Ministro do Supremo Marco Aurélio de Mello, aliás, já tivemos audiência com o Ministro explicando toda a problemática, toda a injustiça cometida contra esses trabalhadores e esperamos que elas sejam julgadas imediatamente e que os direitos desses trabalhadores sejam restabelecidos imediatamente, que as duas leis sejam anuladas porque elas cometeram uma grande injustiça aqui no Estado de São Paulo criando inclusive a figura do desaposentado.

Muitos aposentados destas duas carteiras, por conta do esvaziamento provocado a partir da aprovação das leis, correm sério risco de perderem suas aposentadorias. Pessoas com 75, 80, 90 anos, pensionistas também, podem perder tudo porque numa insanidade ideológica e política do ex-Governador José Serra com apoio da base de Governo foi cometido esse verdadeiro crime, esse estelionato , esse golpe contra a carteira de previdência dos advogados e dos serventuários dos cartórios. Nesse sentido solicitamos explicações imediatas em relação ao investimento desse dinheiro, quanto foi investido no banco PanAmericano porque agora pode haver perda desses valores prejudicando mais ainda os advogados e os cartorários. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lucia Prandi.

 

A SRA. MARIA LUCIA PRANDI - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, aqueles que nos dão a honra de sua atenção, Srs. funcionários e funcionárias, realmente assiste razão ao nobre Deputado Carlos Giannazi, no que concerne ao retrocesso que houve quando da aprovação das leis nesta Casa em relação aos cartorários e aos advogados. Mas eu também gostaria de tratar de uma situação extremamente preocupante para toda a sociedade brasileira.

Entendemos que a recente campanha eleitoral para a Presidência da República teve como um dos seus pilares a propagação do preconceito e da discriminação. Patrocinada em grande parte pelo candidato derrotado, José Serra, essa conduta expôs uma chaga da sociedade brasileira que precisa ser combatida cotidianamente. Afinal, na esteira das manifestações de xenofobia aos nordestinos nas redes sociais da Internet, pipocam novos episódios de ódio a pessoas e classes sociais pelo simples fato de serem diferentes.

Em Santa Catarina um jornalista de emissora afiliada à Rede Globo culpou a popularização do acesso ao automóvel como responsável por acidentes rodoviários. Tachou de “pessoas miseráveis” que saem de suas gaiolas (apartamentos) para causar problemas à sociedade. Como se acidentes automobilísticos não envolvessem e ceifassem vidas de pessoas de todas as classes sociais, das mais abastadas às mais humildes.

Também na semana passada, dessa vez aqui na Capital paulista, um grupo de cinco jovens massacra outro rapaz apenas por ‘diversão’ e porque ele seria homossexual. Situações dessa natureza nos levam à indagação de qual modelo de sociedade desejamos construir para o Brasil. E mais: na disputa eleitoral, vale-tudo para vencer? Até mesmo “brincar” com questões tão sérias cujas consequências reais já custaram milhões de vidas ao longo da história da humanidade - a questão do preconceito, da discriminação. É certo que não. O que necessitamos é de uma sociedade plural, livre de preconceitos e com respeito ás diferenças. Para isso são fundamentais ações que vão das famílias ao Poder Público, passando necessariamente pela escola. Em Casa, na escola, nos meios de convício social precisamos fazer com que a tolerância seja reconhecida como valor essencial. Eu diria mais do que tolerância, o respeito à diferença. Ainda maior responsabilidade tem aqueles cujas manifestações e atitudes influenciam milhões de pessoas.

Exponho essas reflexões na semana em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, Dia de Zumbi dos Palmares, e que também marca o início de mais uma edição da Campanha Mundial de 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher. Ao longo da história humana, mulheres e negros sofreram com a mão pesada do preconceito e da intolerância. E, fruto de muita organização e luta, vêm conquistando espaços e reconhecimento. Mas não tem sido fácil.

Nesse sentido as vitórias de Lula e Dilma são extremamente simbólicas, porque cravam uma estaca no coração da discriminação. Venceram vindos de setores historicamente à margem do poder. Lula, operário e retirante nordestino. Dilma, mulher e contestadora. Juntos nos últimos oito anos trouxeram para o centro das ações políticas do Governo Federal os mais pobres. Deram vez e voz para um exército de brasileiros e brasileiras. ProUni, Enem, Bolsa Família, Luz para Todos, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) são algumas das iniciativas que fortaleceram as classes populares, abrindo novas oportunidades e perspectivas para o presente e para o futuro.

Há de se lembrar também da aprovação, durante o governo Lula, do Estatuto do Idoso e do Estatuto da Igualdade Racial. Exatamente as áreas mais pobres do Brasil são aquelas que apresentam as taxas de crescimento econômico mais elevado. A indústria de bens de consumo vende nesses locais a índices nunca vistos na história do País. É aí que está a chave para a vitória de Dilma. Ao contrário do que insinuam as acusações rancorosas de assistencialismo, o Governo Lula ensina as pessoas a pescar, a plantar, a colher, a produzir, a investir, a sonhar, a acreditar, a progredir. É esse Brasil que dá certo que vai continuar avançando nos próximos quatro anos, solidificando e ampliando conquistas. Muito obrigada Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, estão em Brasília, neste momento, centenas de policiais civis e militares, bombeiros militares de todo o pais pedindo à presidência da Câmara Federal, ao Deputado Michel Temer, futuro vice-presidente, bem como a todos os líderes partidários o cumprimento da palavra empenhada em função da colocação em pauta para votação a PEC 300 que cria o piso nacional para os policiais civis, militares e para os bombeiros militares brasileiros.

Ocorre, Sr. Presidente, população que nos acompanha, em especial os policiais, que o que ficou mais do que claro como compromisso do governo federal no palanque, nas manifestações do Presidente Lula, inclusive com o próprio Presidente Lula colocando camiseta da PEC 300, no Nordeste, durante a campanha eleitoral, especialmente no segundo turno, em evento que o futuro vice-Presidente Michel Temer, na presença de centenas de pessoas, de parlamentares de todos os partidos que participaram da aliança, ele me autorizou e autorizou o subtenente Clóvis, mentor da PEC 300, a divulgar através dos sites e dos canais de comunicação, a todo o país, que a PEC 300 seria pautada. Se seria aprovada, dependeria do Parlamento. Mas, em primeiro turno, foram 349 votos a zero, favoráveis à criação do piso.

Agora, Sr. Presidente, população do Estado de São Paulo, é com grande tristeza que assistimos a uma comunhão das forças vivas da política brasileira para impedir a criação de um piso nacional. A partir de manobra do próprio governo federal, através do líder do governo, Cândido Vaccarezza, e ministros do Presidente Lula, e pedidos que teriam sido feitos pela Presidente eleita Dilma Rousseff, desembarcaram hoje em Brasília e há poucos minutos terminaram uma reunião na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, o futuro vice-Presidente Michel Temer, dois ministros, lideres partidários e mais sete governadores, dentre eles Geraldo Alckmin. Reunião com o fito de pedir o prosseguimento dos benefícios da Lei Kandir, ou para a votação da lei de recursos para a erradicação da pobreza, mas o que ficou decidido foi dar um passa-moleque nos policiais civis, militares e bombeiros militares para que não se coloque em votação a PEC 300.

Graças a Deus, acabei de conversar por telefone com o líder do meu partido, Paulinho da Força, e tanto ele quanto o Deputado Henrique Alves, do PMDB, que hoje representa o chamado Blocão com mais de 200 parlamentares, declararam de público que os seus partidos não estão dispostos a fazer essa molecagem com a polícia brasileira.

Quero crer que ainda existam na política pessoas com palavra, com vergonha na cara. E esses parlamentares de partidos da base de sustentação do governo estão declarando à imprensa que os projetos pautados na Câmara dos Deputados serão obstruídos se não for pautada também a votação da PEC 300.

Vamos ficar vigilantes, vamos nos mobilizar. Já temos paralisação deflagrada em oito Polícias Civis. Não queremos, de forma alguma, que saia do jogo democrático da palavra e da negociação, mas não estamos dispostos a ser desconsiderados diante dos compromissos empenhados.

Quando se precisava do voto do policial civil e militar, e do bombeiro militar brasileiro, a palavra foi empenhada. Ter lá Geraldo Alckmin dizendo-se contrário à votação, não me estranha nada, porque assim já tinha feito José Serra. Esse está sendo coerente. Agora, aqueles que empenharam a palavra, que a honrem.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente.

Esgotada a lista de oradores inscritos, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mozart Russomanno. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Otoniel Lima. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembléia, prosseguirei na minha manifestação de inconformismo diante das manobras para que não se vote na Câmara dos Deputados, em segundo turno, a PEC 300. Repito, essa PEC já foi votada em primeiro turno com um placar de 349 votos a zero - 350 deputados federais presentes, mas não conta o voto do presidente - favoráveis à criação de um piso nacional para os policiais e bombeiros brasileiros.

Quero lembrar que projeto da mesma natureza apensado à PEC 300 foi votado no Senado, em dois turnos, conforme exigência da Constituição Federal, criando o piso nacional.

Quero dizer que para minha desolação e também de todos os policiais brasileiros, essas manobras não estão baseadas em dados verdadeiros. A manifestação do ministro Paulo Bernardo de que a criação do piso nacional implicaria um custo anual de 43,5 bilhões de reais é equivocada na medida em que esse valor constitui toda a folha de pagamento das policias civis, militares e bombeiros militares do país que são suportadas pelo Estado - O pagador é o Estado - e que a PEC 300 o que está estabelecendo é a criação de um fundo da união para garantir o pagamento do piso àqueles Estados que comprovarem não ter capacidade orçamentária para tal.

Sr. Presidente, quero lembrar a V. Exa., assim como também a toda população que nos acompanha, que o Distrito Federal e mais sete estados brasileiros já estabeleceram de per si, com os próprios recursos, reconhecendo o trabalho do seu policial civil e militar e do seu bombeiro militar, já criaram o piso que está sendo pretendido na PEC 300.

Portanto, temos o problema para ser resolvido em relação a 19 unidades da federação, o que diminui muito mais esses números absurdos que foram jogados ao vento e que teria um custo superior ao que era arrecadado com a CPMF.

Quero dizer que estamos ainda no plano da mobilização democrática: no debate, no uso da palavra, na cobrança da palavra empenhada; mas não tenho a menor dúvida de que a quebra da palavra, a quebra de compromisso pode fazer eclodir o movimento de caráter nacional. Não se trata de uma ameaça, mas sim, de uma constatação.

Vejo muitas pessoas falando do que leem em relação às polícias. Eu falo do que vivo há quase 33 anos, e sei exatamente que as associações representativas dos policiais militares e bombeiros, os sindicatos e as associações representativas de policiais civis não vão esmorecer; vão prosseguir aos limites que a lei permitir para exigir tratamento digno.

Eu tive a palavra empenhada em evento público pelo Deputado Michel Temer, com a presença de dezenas e dezenas de deputados de todos os partidos envolvidos na aliança no segundo turno, deputados do Partido dos Trabalhadores, deputados do PDT - meu partido - deputados do PMDB que nacionalmente estavam no apoio e aquele evento era coordenado pelo PMDB onde o Deputado Michel Temer chamou a mim, ao subtenente Clóvis, mentor da PEC 300, e de público disse: “transmita aos policiais brasileiros que fiquem tranquilos que a PEC 300 será pautada e votada. O resultado da votação depende da mobilização de vocês e da consciência de cada parlamentar ou bancada. Transmita a todo o Brasil”; e assim o fiz. Quero agora, simplesmente, que a palavra empenhada seja cumprida. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. RUI FALCÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado José Bruno, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores e senhoras funcionárias, telespectadores da TV Assembleia, venho hoje à tribuna, Sr. Presidente, para manifestar a minha preocupação sobre o traçado Tramo Norte do Rodoanel. Aliás, sábado próximo vai haver uma grande manifestação de moradores da Região Norte de São Paulo - do Estado também - para que a construção do Tramo Norte do Rodoanel não se dê da maneira como aparentemente está programando. Aliás, o Secretário de Transportes virá amanhã aqui na Casa e queremos obter dele informações detalhadas a respeito, que já o fizemos, também, por meio de um requerimento de informações.

O que os moradores da região, principalmente da Sociedade Amigos da Região de Santa Inês estão alegando é que há muito pouca informação sobre os efeitos da construção do Rodoanel naquela região. A comunidade da Zona Norte da Capital - Guarulhos, Arujá - estão todos preocupados com a saúde ambiental e com a qualidade de vida dos moradores da Grande São Paulo em virtude da anunciada da construção do Tramo Norte do Rodoanel, que deve pegar, inclusive, parte da Cantareira, parte do Horto Florestal, causando danos através de uma mega rodovia de 44 quilômetros de extensão, na vertente Sul do maciço da Cantareira, atravessando o Parque Estadual da Cantareira com cinco túneis, distando em alguns trechos apenas 12 quilômetros do centro da cidade.

O que alega a liderança do movimento contra a construção do Rodoanel nessas condições? Em primeiro lugar haverá uma agressão maior ao patrimônio ambiental da cidade, a serra da Cantareira principalmente, que é registrada pela Unesco como reserva da Biosfera do Cinturão verde da Cidade de São Paulo. É, também, um evento na contramão histórica: quando todos nós buscamos sustentabilidade você propor a construção de uma estrada, num local que é muito próximo a área urbana, e para um trânsito de veículos pesados, veículos de passageiros, também, já que o acesso proposto se dará pela Avenida Inajar de Souza, que é uma avenida urbana.

Outro ponto que se alega é o discutível benefício para o trânsito aqui da Capital, em função do trânsito que essa obra vai recolher e que deixaria de adentrar à cidade para contorná-la. Há estudos mostrando que esse benefício seria insignificante se comparado aos transtornos ambientais e ao próprio custo financeiro do Rodoanel, que está orçado em 5,5 bilhões de reais.

Além disso, uma região que é - ambientalmente falando - protegida chegará até ela fumaça, materiais particulados e ruído urbano, e como dissemos essa é uma região de preservação ambiental, e uma região de mananciais; gravíssimo porque haverá um enorme risco ao abastecimento de água de toda a população da Grande São Paulo; 55% do abastecimento da Grande São Paulo vem daquela região, e o traçado proposto vai interceptar alguns troncos de abastecimento que saem da Estação de Tratamento de Águas do Guaraú, na Pedra Branca, que é a maior Estação de Tratamento de Águas do Brasil, Deputado Carlos Giannazi.

O Tramo Norte vai passar em trechos que distam apenas 12 quilômetros do centro da cidade, enquanto em outras regiões do Rodoanel passa a 20 quilômetros do centro da cidade. Seu trajeto dá-se, praticamente, só por área de mata, - em terrenos livres, o que vai significar impermeabilização de uma enorme área cujo recalque de água poderá provocar novas enchentes. E sabemos que São Paulo está entregue ao livre curso das águas e pouco se faz em matéria de canalização, de proteção contra enchentes. Aliás, nesse começo de ano se prenuncia novamente mau tempo para a população, principalmente da periferia da nossa cidade.

São quilômetros de estrada também com calibre de obras de 150 metros, sem considerar as áreas de canteiros de obras, passando por áreas semi-rurais e verdes em São Paulo, Guarulhos, Arujá, impactando toda a saúde e qualidade de vida de toda a Grande São Paulo.

Portanto, Sr. Presidente, fazemos aqui um apelo para que a comunidade da Região Norte possa ser ouvida, que se faça um traçado mais compatível com as condições ambientais e da condição de vida dessa população. E, notem bem, não se trata apenas da população de baixa renda, que essa é tratada daquela maneira que estamos acostumados a ver aqui em São Paulo. também uma classe média urbana, há profissionais liberais que são inclusive eleitores dessa gente que mais uma vez vai continuar governando nosso Estado São Paulo, para a infelicidade do nosso povo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado José Bruno, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente, há muito tempo o nosso mandato aqui denuncia as mazelas que ocorrem no Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, que tem prejudicado inúmeros servidores, inclusive sua saúde, principalmente depois que o Departamento de Perícias Médicas foi retirado da gestão da Secretaria de Saúde, transferida para a gestão da Secretaria Estadual de Gestão Pública.

Se a situação já era grave, quando o Departamento era praticamente uma extensão da Secretaria de Saúde, agora piorou mais ainda. Já acionamos o Ministério Público Estadual, estamos até hoje tentando instalar a CPI do Departamento de Perícias Médicas. Estamos recolhendo ainda assinaturas, mas por enquanto os deputados que compõem a base governista não assinam o nosso requerimento - acho que temos 23 assinaturas -, mas a tropa de choque do Governo do Estado aqui na Assembleia Legislativa tem medo que haja uma investigação no Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo.

Com a CPI faríamos uma verdadeira devassa nesse departamento, porque a situação lá é de calamidade pública. Temos mais de 10 mil processos atrasados, praticamente engavetados, de aposentadoria, processos que não foram publicados no Diário Oficial, de readaptação. Temos aqui fotografias que passarei a mostrar à TV Assembleia para que o telespectador veja a situação de descaso, de leviandade do Departamento de Perícias Médicas com os servidores do Estado. Os processos acumulados do departamento estão lá há dois, três, quatro anos. E queremos providências imediatas. Não é possível que essa situação se prolongue.

Nada foi feito até agora, mesmo com a transferência do departamento para a Secretaria de Gestão Pública. Na realidade, piorou; não houve gestão alguma. O fato é que os nossos servidores são maltratados por médicos, por outros funcionários, pela empresa terceirizada de segurança que está lá dentro, são vítimas de assédio moral. Temos inúmeras denúncias e a situação é tão grave que fomos obrigados a criar um disque-denúncia contra o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo. Há atrasos nas publicações, temos casos gravíssimos, tanto é que esse departamento é conhecido como a casa dos horrores. Há servidores esperando as publicações, alguns esperando a aposentadoria por invalidez, processos de readaptação.

Isso é um crime que tem que ser investigado. É por isso que exigimos que o Ministério Público faça uma rigorosa apuração em cima dessas denúncias e que o requerimento para a realização da CPI seja imediatamente aprovado para que possamos fazer uma diligência. Tentei entrar lá noutro dia e fui barrado pelos seguranças terceirizados. Disseram que chamariam a polícia para impedir que um deputado fizesse uma diligência naquele órgão público. Logicamente que entramos mesmo assim, a polícia nada pôde fazer, porque o deputado fiscaliza o Executivo. Mas, se tratam mal um parlamentar, fico imaginando a população que necessita dos serviços do departamento.

Então, Sr. Presidente, nós aqui exigimos que o Governo do Estado tome providências, que o Governador Alberto Goldman reaja a isso e que também o Secretário de Gestão Pública faça uma intervenção nesse departamento.

E para concluir, Sr. Presidente, gostaria que cópias desse meu pronunciamento fossem encaminhadas para o Governador Alberto Goldman e para o Secretário Estadual de Gestão Pública do Estado de São Paulo para que providências imediatas sejam tomadas no sentido de resolver essa grave situação, que os processos sejam agilizados e as publicações no Diário Oficial também, e que esse departamento pare de perseguir e assediar os servidores que precisam passar pelas perícias na famosa casa dos horrores. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PDT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente, quero fazer aqui uma reflexão sobre as leis não regulamentadas no nosso Estado que já foram aprovadas, sancionadas, portanto sem nenhum obstáculo para entrar no mundo jurídico. E isso impede a não regulamentação dessas normas. Isso quer dizer que o trabalho legislativo, todo o processo legislativo que é lento, depende de debates, de pesquisa, de pareceres, articulações, fique completamente sem nenhum tipo de resultado. Falta justamente uma ação mais proativa de quem detém o direito constitucional de baixar o decreto regulamentador.

Quero me solidarizar com o discurso do combatente Deputado Carlos Giannazi, sobre a questão da perícia médica no Estado, que realmente se arrasta há muito tempo, nobre Deputado Gondim, que faz parte da Comissão de Saúde desta Casa.

Quando presidi a Comissão de Erro Médico, nós nos deparamos com essa dificuldade. Apresentamos um relatório e cobramos o Secretário de Saúde naquela oportunidade, para que o Governo enviasse para a Casa um Projeto de lei criando esses cargos de médicos peritos, para aumentar o número de funcionários trabalhando naquele Departamento.

Realmente é um descaso. O Deputado Giannazi está certo, porque é prerrogativa do Deputado legislar e fiscalizar. Contribui quem diz ao gestor público o que está errado, ou que tal departamento não está funcionando. Não é questão de ser da oposição ou da situação, de ser ou não da governabilidade, de estar aliado ou não. Não é essa a questão. A questão é que o Governo precisa tomar providências em relação ao Departamento de Perícias Médicas do nosso Estado, que está muito a desejar, numa espécie de omissão que prejudica o trabalhador, e muito mais aquele que tem que prestar um serviço de qualidade para a população.

Faço esta reflexão sobre as normas não regulamentadas, porque é também atribuição deste Parlamento acompanhar as questões que têm pertinência com a cidadania de São Paulo. Qual é a atividade primeira, precípua, do Parlamento? Legislar e fiscalizar os atos do Executivo.

Se normas que nós produzimos aqui, se leis que nós votamos aqui e recebem a chancela sancionatória do Governo do Estado, por que não se baixa o decreto regulamentador, para que as normas entrem no mundo jurídico? Tendo eficácia necessária, certamente se elevará a chamada cidadania.

Temos mais de 100 normas aqui, produzidas por esta Casa, de interesse da população de São Paulo, precisando de regulamentação, desde 95. É necessário que cada um de nós cobremos o Executivo, para que aja proativamente, como disse, baixando o decreto de regulamentação dessas normas, e que cada Deputado que tem a sua norma produzida, sancionada, também pressione o Executivo para que haja a regulamentação adequada.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BRUNO - DEM - Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim.

 

O SR. LUIS CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, gostaria de abordar o trabalho feito por uma senhora: “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo: mate um nordestino afogado.” Esse verdadeiro absurdo, um ato criminoso, de discriminação e preconceito odioso, penso que não pode ficar impune.

Hoje no Estado do Ceará recebemos paulistas que vão trabalhar nas indústrias, por falta de mão de obra especializada. Recebemos os nossos irmãos paulistas e paulistanos e agradecemos por levar essa mão de obra especializada. Da mesma forma, quando precisávamos, e precisamos ainda, principalmente no corte da cana, nordestinos são convidados para virem trabalhar aqui, principalmente os cearenses da região do Crato. Assim, prédios foram construídos e tijolos foram assentados um a um.

Temos hoje grandes especialistas na área da Saúde, por exemplo, no setor de Hemodinâmica do Hospital da Beneficência, no Hospital das Clínicas, no Hospital HCor. Essa troca hoje é muito importante para o desenvolvimento geral do País.

Sou uma pessoa apaixonada por São Paulo. Vim para cá em 69; terminei Medicina aqui e fiquei trabalhando no Hospital das Clínicas, onde desenvolvemos um trabalho de reprodução humana e de planejamento familiar. Tive oportunidades de voltar a Fortaleza e de até ganhar bem mais dinheiro, porém optei por criar minha família aqui em São Paulo.

Praticamente 35% das pessoas que passam no ITA são cearenses. Alguns deles vão trabalhar na Flórida, outros ficam no Brasil, muitos na Embraer. O ITA hoje talvez tenha até uma sucursal para ser montada no Ceará. A Faculdade de Engenharia do ITA provavelmente fará uma filial no Ceará, pelo número de nordestinos que passam no ITA.

É um grande desaforo dessa senhora que colocou esses dados no seu Twitter, após a eleição da Presidente Dilma Rousseff, alegando que Lula, como nordestino, foi a pessoa que a ajudou a ser eleita, e por isso essa senhora proclamava que se mate um nordestino afogado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. José Bittencourt.

 

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Vivemos num país soberano e democrático e esse direito de ir e vir é muito importante. Como mudar a Constituição nesse direito? Você pode até pensar que a pessoa tem que ir - ou vir - quando ela tiver o trabalho fixado, porém sabe-se que o agenciamento de mão de obra barata, feito por nós, que moramos aqui em São Paulo, cidadão paulistano - eu como Deputado estadual - esse agenciamento é muito grande em todos os lugares.

Você vai a Pirangi e vê o cortador de cana que veio de Piauí. Você vai a União Paulista, e vê o pessoal que veio do Maranhão. É muito importante termos essa troca de trabalhos. Nós, em São Paulo, estamos exportando uma mão de obra mais especializada, graças a Deus, graças às escolas técnicas criadas aqui, num número bem maior do que em outros Estados. Mas fazer o que diz essa mulher, pelo amor de Deus. Não se sabe aonde se quer chegar. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de registrar a presença dos membros da Abrea - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto. Essas pessoas continuam em vigília para que não seja colocado em votação aquele malfadado projeto que permite o uso do amianto no Estado de São Paulo. Esse projeto consta como primeiro item da Pauta, contrariando pelo menos três ou quatro bancadas que protocolizaram um ofício pedindo que não se colocasse em votação. Eles têm vindo permanentemente nas sessões para que esse projeto não seja colocado em votação. Esse projeto contraria uma lei de nossa autoria, que proíbe o uso desse produto cancerígeno.

O nobre Deputado Luis Carlos Gondim comentou sobre os nordestinos. Também não vi nenhum condomínio de rico usando amianto. Eles querem que os pobres usem. Mas os condomínios fechados não o usam. É para matar os pobres, aqueles que produzem a riqueza, que trabalham.

Fica esse registro e o nosso apelo a V. Exa. e aos demais deputados para que não permitam retrocesso nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Nobre Deputado Marcos Martins, a luta dos defensores do banimento do amianto no Estado não será inglória.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, agradeço a V. Exa. pelo apoio.

Havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Marcos Martins e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 33 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 27 minutos, sob a Presidência da Sra. Vanessa Damo.

 

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O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sra. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 30 minutos.

 

A SRA. PRESIDENTE - VANESSA DAMO – PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado José Cândido e suspende a sessão por 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 27 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 01 minuto, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, atendendo solicitação unânime do Colégio de Líderes esta Presidência determina a retirada da Ordem do Dia do item 1º - Projeto de lei 917/09.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, de dar por levantados os trabalhos, a Presidência convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia de hoje.

Em face do acordo entre as lideranças, a Presidência dá por levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 01 minuto.

 

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