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17 DE OUTUBRO DE 2012

143ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, EDSON FERRARINI e LUIZ CARLOS GONDIM

 

Secretário: WELSON GASPARINI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - WELSON GASPARINI

Lê matéria sobre a redução na quantidade de transplantes de fígado em Ribeirão Preto. Defende a reforma eleitoral. Combate o elevado número de partidos políticos.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença de alunos do Colégio Anglo, unidade Leonardo da Vinci da Granja Viana, do município de São Paulo, acompanhados pelo professor Vagner Silva de Oliveira e pelo Sr. Marco Antônio Xavier.

 

004 - MARCO AURÉLIO

Fala sobre o aumento da representatividade do PT frente aos municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Elenca as cidades em que os candidatos do partido foram eleitos prefeito. Combate a compra de votos. Registra voto favorável da legenda quanto à liberação de verbas para a Rodovia dos Tamoios e para o Metrô.

 

005 - EDSON FERRARINI

Critica a ausência de propostas, dos candidatos à prefeitura de São Paulo, que visem o combate ao consumo de drogas. Defende políticas preventivas quanto ao assunto. Cobra maior rigor da legislação penal.

 

006 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença do vereador eleito à Câmara de Caçapava, Sr. Paulo Lanfredi, acompanhado pelo delegado Cristiano Lanfredi.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Recorda paralisações, nos últimos dias, de médicos que atendem por convênios nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Combate o baixo valor de repasse das empresas aos profissionais de saúde. Faz críticas à falta de controle no setor por parte do Governo Federal. Lamenta a falta de investimento governamental na saúde pública.

 

008 - OLÍMPIO GOMES

Comenta matéria do jornal "Folha de S. Paulo" acerca da falta de cobertura por seguro de vida a policiais fora do horário de serviço. Faz comentários sobre documento enviado ao Governo do Estado, em 2008, solicitando alterações na cobertura de serviços de segurança a policiais. Recorda resposta, na época, de que soluções seriam adotadas pelo Estado. Critica a demora na adoção dessas medidas.

 

009 - LUIZ CARLOS GONDIM

Exibe reportagem sobre atentado sofrido por policial militar de Mogi das Cruzes. Apoia o movimento dos médicos que atendem por convênios. Defende aumento do repasse pelas empresas de planos de saúde aos profissionais do setor. Cobra maior controle dessas empresas pelo Governo Federal.

 

010 - EDSON FERRARINI

Assume a Presidência.

 

011 - JOOJI HATO

Comenta políticas quanto ao uso de motos na Coreia do Sul. Cita caso de violência envolvendo motociclistas. Fala sobre o que considera serem os pilares da violência. Critica a agressão sofrida pelo Governador Geraldo Alckmin.

 

012 - RAFAEL SILVA

Pelo art. 82, afirma que o Brasil caminha para uma situação tenebrosa com relação à violência. Cita viagem de seu filho ao México, onde os policiais são armados com metralhadoras apontadas para a calçada. Critica o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Repudia os seus comentários a respeito da "marcha da maconha". Menciona que, atualmente, as crianças são preparadas para a criminalidade. Esclarece que o reconhecimento dos marginais como vítimas dá força para os que estão ingressando na criminalidade. Considera a punição como parte da educação. Informa que 10% dos consumidores de maconha terão esquizofrenia.

 

013 - LUIZ CARLOS GONDIM

Assume a Presidência.

 

014 - JOÃO PAULO RILLO

Pelo art. 82, saúda o Serviço Social São Judas Tadeu pelo aniversário de 50 anos, com serviços prestados à cidade de São José do Rio Preto. Lembra a fundação da entidade, com a vinda de Padre Ângelo, da Itália, e o início de cursos profissionalizantes. Afirma que muitos jovens foram formados nestes cursos, melhorando a qualidade de vida da cidade. Informa que a entidade passou por momentos difíceis na década de 90. Menciona a nomeação do Padre Luiz Caputo, em 2003, para dirigir o Serviço Social. Ressalta seu espírito empreendedor e a capacidade de liderança. Diz ser ele o responsável pela recuperação da entidade e o restabelecimento do trabalho social na cidade. Parabeniza toda a comunidade e o Padre Luiz Caputo. Deseja sucesso no empreendimento.

 

015 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Parabeniza os 50 anos da entidade.

 

016 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, fala sobre vitória, conseguida ontem, na Câmara dos Deputados. Comunica ter sido aprovada a redação final da Lei 8.035, que institui o Plano Nacional de Educação. Menciona a obstrução do Governo Federal para a aprovação dessa lei. Cita requerimento, assinado por Deputados da base governista, para impedir a votação do mesmo em Plenário. Informa que, após manifestação e crítica da sociedade, os Deputados retiraram suas assinaturas e o projeto segue para aprovação no Senado Federal. Comenta pronunciamento do Ministro Guido Mantega sobre o investimento de 10% do PIB na Educação. Destaca a necessidade de implantação do Plano Nacional de Educação.

 

017 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, relata a aprovação de projeto, no Senado Federal, que versa sobre o número máximo de alunos por sala na educação pública. Informa que a matéria seguirá para deliberação na Câmara dos Deputados. Diz ser esta uma antiga luta do Magistério Nacional para evitar a superlotação nas classes, o que prejudica tanto o trabalho dos professores, como também os alunos. Cita o Projeto de lei 517, de 2007, de sua autoria, nesta Casa, sobre o mesmo assunto. Compara o projeto federal com que está em tramitação neste Legislativo. Menciona que entrou com pedido de requerimento de urgência e que a base governista trava a aprovação do mesmo nesta Casa.

 

018 - ROBERTO MORAIS

Para comunicação, cita a presença do Prefeito eleito Armando Beleze, de Bernardino de Campos, e outros políticos do PPS. Informa que faleceu o ex-Prefeito da cidade de Saltinho, Wandinho Torrezan. Discorre sobre a trajetória política do ex-Prefeito. Envia condolências à família. Afirma que o mesmo era conhecido pela simpatia.

 

019 - JOÃO PAULO RILLO

Pede o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

020 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Defere o pedido. Convoca as seguintes sessões solenes: dia 12/11, às 10 horas, para "Prestar homenagem aos 60 anos de fundação do Colégio Santa Cruz", por solicitação do Deputado Fernando Capez; e dia 23/11, às 20 horas, para "Homenagear os Pesquisadores Científicos", a requerimento do Deputado Alencar Santana Braga. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 18/10, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Welson Gasparini para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - WELSON GASPARINI - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,telespectador da TV Alesp: em Ribeirão Preto,  o número de transplantes de fígado foi reduzido para menos da metade nos últimos dois anos devido à mudança, determinada pelo Governo do Estado de São Paulo, nos critérios para escolha dos beneficiados,.

No ano de 2009 foram realizados, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, 40 transplantes de fígado; nos dois anos seguintes os números despencaram: em 2010 foram apenas 14 e, no ano passado, dezesseis.

O jornalista Hélio Pelissari, do jornal “A Cidade” de Ribeirão Preto, em reportagem publicada, informa que tais números são da coordenadoria de transplantes de fígado de Ribeirão Preto, reafirmando como principal causa desta brutal queda a mudança de critério na definição dos pacientes beneficiados, privilegiando os residentes na Grande São Paulo.

O Coordenador do Grupo de Transplante de Fígado do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Orlando de Castro e Silva, aponta como motivo da queda a mudança dos critérios de seleção dos pacientes com a unificação da lista de transplantes a partir de 2010.

Nos últimos dois anos o número de fígados que foram do interior para a capital mais que dobrou e há, assim, uma justa revolta contra o atual sistema e um justo pedido de mudança.

Sabemos que a Secretaria Estadual de Saúde está analisando os números para serem utilizados para rediscutir o sistema implantado com grande prejuízo ao interior do Estado. Ribeirão Preto é sede nesta semana de duas reuniões da Câmara Técnico-científica de Transplante de Fígado, uma nacional e outra paulista tendo como tema principal a descentralização do sistema de transplantes. O Ministério da Saúde, segundo estou informado, tem uma política de descentralização de transplantes.

Desejo fazer um apelo ao Secretário da Saúde do Estado, Giovanni Guido Cerri e ao Governador do Estado, Dr. Geraldo Alckmin, no sentido de realizar com urgência uma revisão do sistema atual voltando ao anterior para sanar essa injustiça.

Quero aproveitar o minuto restante para falar um pouco das eleições ora realizadas no País, clamando pela necessidade de uma reforma eleitoral. Não tem sentido a existência de mais de trinta partidos! Alguns candidatos nesta eleição municipal conseguiram o apoio de 15, 16, 17 partidos; enquanto um candidato, assim, dispõe de menos de quatro minutos de televisão e outro conta com mais de 15 minutos.

Ora, que democracia é esta se os candidatos não têm a mesma possibilidade de divulgar suas ideias e seus projetos, com igualdade de tempo, através dos meios de comunicação - rádio e televisão - no horário eleitoral gratuito?

É preciso haver mudanças porque um candidato que não seja honrado, sem ideais, o que faz? Ele vende o cargo que pretende assumir para as diversas legendas, promovendo um loteamento da sua própria administração, e, com isso, prejudica seriamente o eleitorado, a partir da própria campanha, deixando-o sem condições de, em igualdade de condições, analisar os diversos candidatos apresentados.

Temos ainda outras falhas, realmente enormes, no processo eleitoral, começando pelo número absurdo de partidos políticos. O certo seria exigir que os partidos tivessem programas, ideias e um mínimo de representantes no Congresso Nacional para poderem ter o direito de se apresentarem no processo eleitoral brasileiro.

Mas espero em uma nova oportunidade, nesta tribuna, inclusive trazer sugestões bem objetivas de providências que precisam ser tomadas, principalmente pelos partidos políticos, no sentido de promoverem, em beneficio da própria democracia representativa, uma indispensável reforma eleitoral.

Hoje, é como se vendesse sabonete. Tem certas publicidades de candidatos nas quais, se ele tiver dinheiro, contrata um marqueteiro para expor artistas famosos dizendo: “Esse candidato é bom. Vejam que beleza!” E faz toda uma novela na divulgação daquela candidatura.

 Sonho com o dia em que a lei dirá o seguinte: “Você é candidato a prefeito. Pois bem, você terá tantos minutos para comunicação no rádio e na TV.” Atrás dele haverá um painel escrito: “Tribunal Eleitoral”, um microfone e um locutor oficial esclarecendo: “Vai usar da palavra,  agora, o candidato fulano de tal, de tal partido. Tem 10 minutos para defender as suas ideias.” E ninguém falará por ele. Ele vai falar. Ou ele tem ideias boas ou não tem. Ele não precisa de artista para se vender como se fosse um sabonete. E hoje, está sendo assim: as campanhas eleitorais se parecem com novela; quem tem dinheiro faz uma apresentação, principalmente pela televisão, para, infelizmente, enganar muita gente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a ilustre presença dos professores, alunos e alunas do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, da Granja Viana, cidade de São Paulo, acompanhados pelos professores Vagner Silva de Oliveira e Marco Antônio Xavier. Sejam bem-vindos. Esta Presidência solicita uma salva de palmas aos ilustres visitantes. (Palmas.)

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Alesp e professores e alunos que assistem a esta sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, utilizarei este tempo para fazer o registro nesta Casa de que a Região Metropolitana do Vale do Paraíba contava até este ano com dois prefeitos do Partido dos Trabalhadores: um na cidade de Jacareí, Prefeito Hamilton, e outro na cidade de Santo Antonio do Pinhal, Prefeito Augusto. E na última eleição tivemos nove cidades que elegeram o PT para comandar a sua cidade, ou seja, passamos de dois para nove. E isso, sem contar Taubaté que também está no segundo turno com o candidato a prefeito Isaac do Carmo.

Assim sendo, temos: a reeleição do Prefeito Hamilton na cidade de Jacareí, a quem parabenizo assim como a todos os demais que foram eleitos também; Deputado Carlinhos Almeida, eleito prefeito na cidade de São José dos Campos; em Cachoeira Paulista, foi eleito prefeito, o João Luiz - pela primeira vez aquela cidade será governada pelo PT; na cidade Lavrinhas, retorna o governo do PT na pessoa do Soares; na cidade de Piquete, a Teca, pela primeira vez foi eleita prefeita, e também pela primeira vez a cidade terá um governo do PT; a cidade de Roseira, com Jonas Polidoro - essa cidade também será governada pelo PT pela primeira vez; Santa Branca, cidade vizinha de Jacareí, será governada pelo Prefeito Adriano, do PT; Santo Antonio do Pinhal, o PT continua com o Júnior - o Augusto não pôde se candidatar a reeleição porque venceu o seu segundo mandato, e elegeu o Júnior pelo PT; e Ubatuba, também pela primeira vez será governada pelo PT na pessoa do Maurício. A todos esses que foram eleitos, registro os meus parabéns.

Eu acompanhei de perto a luta, com muita dificuldade, de todos esses candidatos. O próprio Deputado que me antecedeu nesta tribuna já falou da disparidade. Existe cidade, Deputado Welson Gasparini, que inclusive compra voto. Tivemos que fazer campanha para o povo não vender voto. Olha a que ponto chegamos! Teve cidades que temíamos perder a eleição por medo do povo vender o voto. Graças a Deus, o poder econômico, em muitas dessas cidades, não conseguiu vencer. Mas quem está me escutando ou me vendo aí na sua cidade, sabe como foi difícil em algumas eleições, de algumas cidades, que a compra de votos já era uma prática. Infelizmente, ela é abominável, mas, ainda, existente.

Na nossa região, também quero registrar Bragança Paulista, que será governada pelo PT, através do senhor Fernão Dias; e Nazaré Paulista, que será governada pelo PT na pessoa do Júnior. Sem contar a cidade de Bananal, que será governada pela Miriam, do PV, mas o vice-prefeito é o Rei, do PT. Portanto, houve um crescimento significativo do Partido dos Trabalhadores na Região do Vale do Paraíba.

Quero parabenizar a Direção Estadual, a Direção Nacional, os candidatos, os Diretórios Municipais e a nossa macro do PT na região.

Com isso, temos um grande desafio: fazer uma diferença no Vale do Paraíba, terra do Governador Geraldo Alckmin, mas que não pode ser terra de uma cor só. Terra de um tucanato que, infelizmente, não desenvolveu a região como poderia ter sido desenvolvida. Uma região que hoje, é marca de violência, e agora, terá que ser marca do desenvolvimento e inclusão social.

Aproveito a presença dos alunos e professores, já que eu toquei no assunto da venda de votos e o próprio Deputado Welson Gasparini, que me antecedeu, falou a respeito da conscientização. É importante que as pessoas se interessem pela questão política. A presença de vocês aqui é fundamental para que vocês percebam como funciona a Casa. Vocês poderem ver que há poucos parlamentares no plenário, mas não porque eles estejam ausentes. Vocês poderão visitar agora reuniões de Comissões, existem muitas Comissões funcionando. Então, há um dinamismo do Parlamento que é muito rico e importante. Parabéns a todos vocês que estão aqui.

Sr. Presidente, também quero registrar que o Partido dos Trabalhadores votou favorável ao projeto que permitiu ao Governo do Estado de São Paulo o empréstimo de 1,9 bilhões de reais para a obra da Rodovia dos Tamoios e para a Linha 5 do Metrô. Esses empréstimos são frutos de um programa de mobilidade urbana do Governo Federal. O Governo Dilma abriu uma linha de crédito para a mobilidade urbana para que os estados pudessem pegar esses recursos e investi-los nos meios de transporte.

O Governo Federal fez uma liberação para o Estado de São Paulo de mais de 1,9 bilhões de reais. Isso é importante, pois o Governo Federal é do PT e o Governo do Estado de São Paulo é do PSDB, ou seja, o Governo Federal, da Dilma, não faz nenhuma acepção entre os partidos políticos. Ela lança os programas para todos os estados, independente do partido político que está na titularidade daquele estado.

Mais uma vez, a Presidenta Dilma Rousseff está de parabéns por esse ato republicano. Esse ato pelo Brasil, por essa ação governamental que ela faz em prol das pessoas, independente de onde moram ou do estado em que se encontram. E nós, do PT, votamos favoráveis ao projeto.

É verdade, apresentamos algumas emendas visando dar mais transparência ao projeto para que a Assembleia Legislativa tivesse cópia dos relatórios, dos contratos e o cronograma de desembolso para que pudéssemos exercer melhor a nossa função fiscalizadora, mas, infelizmente essas emendas não foram aprovadas pela base governista do Governo Alckmin, e, portanto, essas emendas não se transformarão em lei.

Mas o projeto está aprovado e o Governador tem a nossa autorização para buscar esses recursos do Governo Federal para fazer a linha 5 do Metrô e subsidiar os recursos da obra da Tamoios que liga São José dos Campos a Caraguatatuba, uma obra anunciada há mais de oito anos pelo próprio Governo que está aí de plantão. Aliás, já está sendo feita na área do planalto. Esperamos que essa obra termine o quanto antes, para que o escoamento, tanto de turista, quanto de produtos que vão ao porto, possa ser feito com maior segurança, sobretudo, para que as pessoas não tenham mais as suas vidas ceifadas naquela rodovia que, infelizmente, já há muitos registros dessa natureza.

Sr. Presidente, vamos lutar muito para que possamos ter dentro da Cidade de Taubaté um segundo turno com êxito para aquela cidade, evidentemente nas outras cidades em que se disputa o segundo turno das eleições. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini, pelo tempo regimental.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero saudar os alunos do Colégio Anglo - Leonardo da Vinci, Granja Viana, da Cidade de São Paulo, e cumprimentar o Sr. Marco Antonio Xavier, e o Professor Vagner Silva de Oliveira, por esta aula de cidadania. É assim que se orienta o jovem vindo na Casa de leis, incentivando os senhores a participar da política. Exatamente por isso, recebam o nosso aplauso.

Estamos vendo campanhas para prefeito de São Paulo e de outros lugares. Veja você, o assunto drogas está na base da criminalidade, nossos jovens que se perdem pelo mundo afora, e você não vê um candidato falar o que vai fazer na área de prevenção às drogas; é incrível!

O Kit Gay; não tenho nada contra; mas só se fala nisso. E a droga, que está na base, está na universidade, está na escola, ninguém fala da prevenção da droga! Depois que o cidadão entrou na droga nós sabemos da dificuldade que é para ele parar de consumi-la. Mas por que não fala o que o Haddad fez como Ministro da Educação com relação à prevenção do uso de drogas? Nada! O Governador José Serra, o que fez também nesse sentido? Nada! O Estado de São Paulo tem uma das mais vergonhosas e inexistentes campanhas de prevenção às drogas; só que na campanha ninguém fala nada. Falava uma candidata que queria que vendesse maconha em bar; não é em charutaria; não, porque seriam poucos pontos de venda para essa mercadoria. Vender em bar! Quer dizer, essa é a opinião dela.

Agora, eu queria também que o PSDB - com todo respeito ao partido - fizesse um manifesto dizendo: essa ideia da legalização da maconha é ideia pessoal do Presidente Fernando Henrique Cardoso, porque ele é o Presidente de Honra nacional do PSDB. Esse aumento de consumidores de maconha, jovens entrando para a maconha, Presidente Fernando Henrique Cardoso, muito obrigado, se deve ao senhor.

Se o Presidente fala a favor da maconha, o jovem pensa que ela, a maconha - não faz mal; e isso não é verdade.

Então, gostaria que os candidatos a prefeito dissessem o que é que vão fazer. Os outros também não falaram nada; os que estavam em primeiro, segundo, terceiro. E agora só ficam se atacando. Tudo bem, faz parte da política; mas fala o que vai fazer na área da prevenção às drogas. Nós sabemos que se você não falar com o jovem, quem fala primeiro é a boca maldita do traficante, meu amigo; estamos vendo isso.

Quero também fazer outra colocação com relação ao nosso problema da Segurança Pública. Realmente o Deputado Olímpio Gomes, capitaneando uma luta a favor da polícia, tornando o crime cometido contra alguém que seja da área de Segurança Pública, algum servidor público, seja isso transformado em crime hediondo, seja isso transformado em uma pena muito mais severa, com é feito em outros países. O soldado Bob Londrino não usa arma, mas se você desacatá-lo a pena é muito severa. Vamos lutar por isso. Vamos arrumar 1.400.000 assinaturas; estou engajado nessa luta. Parabéns Deputado Olímpio Gomes; estamos juntos nessa caminhada.

Mas o problema do Brasil é como fazer o cara ficar preso. No Brasil não se consegue levar o criminoso para a cadeia; parece que temos vergonha de punir os nossos bandidos. Esses intelectuais de porta de botequim ficam dizendo que “ah, o criminoso é assim porque a sociedade não lhe deu chance, é assim porque teve algum trauma de infância”. Os bandidos e os presos agradecem muito a esses falsos intelectuais. Esses caras assistem a filmes de bandidos e mocinhos para torcer pelos bandidos; os bandidos agradecem.

Vejam uma coisa que a Presidenta Dilma Rousseff fez recentemente: ela aprovou a chamada lei da impunidade. O que é isso? Ela aprovou uma lei que se o cidadão for punido e o crime for até quatro anos de prisão, ele não é feito flagrante; com isso ela soltou aproximadamente seis mil presos no Brasil. Eles estavam respondendo processo, mas foram todos libertados. Só o que envolve nessa lei? O homicídio culposo, receptação simples, furto simples, apropriação indébita, alguns crimes ambientais, incêndio florestal, crime de dano, ato obsceno em local público. Não, no Brasil o crime compensa. Ela publicou isso.

Você quer mais coisa para ajudar? A Presidenta Dilma Rousseff publicou o ano passado, a Lei nº 12.594/12 o seguinte: todo menor preso na Fundação Casa - que é o mesmo que Febem - ele, com 14 anos de idade, pode manter relação sexual dentro do presídio. Aliás, presídio não; isso que é um crime. O menor matou três, mas não cometeu crime, e sim um ato anti-social; então ele pode ter relação sexual. Isso está beneficiando o crime.

Então, o problema é manter o camarada preso. Neste País nós temos vergonha de fazer isso. A lei é feita para beneficiar o bandido. Nós temos vergonha de punir o bandido e ficamos acuados nas ruas.

Por isso é que tivemos essa quantidade de soldados mortos. É necessário dar uma resposta mais efetiva e mais enérgica do Estado, resposta essa que até agora não está à altura. O soldado está se sacrificando cada vez mais, está sendo posto na rua para trabalhar o dobro do tempo. Mas, de dentro do presídio - o sujeito está lá guardado - ele consegue comandar o crime aqui fora. A estatística diz que 72% dos caras que cumprem pena no presídio voltam para o crime; isso é uma vergonha para o Estado de São Paulo! Porque o nosso sistema carcerário, o nosso falido sistema penitenciário precisa ser reorganizado. E a Imprensa só sabe falar mal da polícia, só sabe falar mal do policial militar. Ele morre e a Imprensa não vai ver. O sistema judiciário está completamente sucateado, falido; e a Imprensa só sabe falar mal do policial militar. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência gostaria de anunciar a ilustre presença do Vereador eleito, da Cidade de Caçapava, o Vereador Paulo Lanfredi, do PRB, o mais votado da cidade, está acompanhado do seu primo e nosso amigo, o Delegado Doutor Cristiano Lanfredi. Parabéns e tenha uma feliz gestão. Esta Presidência solicita uma salva de palmas ao ilustre visitante. (Palmas.) Seja bem-vindo.

Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício desta sessão, nobre Deputado Jooji Hato, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público aqui presente, alunos e professores, eu gostaria de fazer aqui algumas considerações críticas em relação a situação da Saúde, nao só no Estado de São Paulo, mas em todo o Brasil.

Na semana passada nós tivemos uma paralisação, aqui em São Paulo, dos médicos que atendem os convênios médicos e, ontem, tivemos uma paralisação no Rio de Janeiro também dos médicos que atendem os convênios médicos.

Esse movimento está se alastrando em todo o território nacional porque as empresas que prestam esse “desserviço” de saúde no Brasil estão pagando para os médicos, que atendem pelo convênio, um valor muito baixo pela consulta, algo em torno de 45 a 55 reais.

Gostaria de destacar, Sr. Presidente, que no período de 2000 a 2011 houve um aumento de aproximadamente 151% das mensalidades desses planos de saúde para os clientes e para as pessoas que pagam convênio médico. Mas a inflação nesse período foi de 120%, ou seja, inferior ao valor cobrado pelas empresas que prestam os serviços de convênio médico. Essas empresas repassaram apenas 65% para os médicos que realizam as consultas. Enfim, nós temos claramente um processo de exploração tanto no pagamento do valor aviltante por uma consulta médica, como também à população que paga os convênios médicos. Ou seja, a empresa explora os dois lados: os pacientes e os médicos. É um verdadeiro absurdo e não tem controle.

O Governo Federal não controla a Agência Nacional de Saúde que não controla essas empresas de convênios médicos que têm uma força política e econômica imensa e sobrepõem aos interesses do poder público e da população. E o Governo Federal é omisso.

É por isso que nós estamos acompanhando essas paralisações e apoiamos esse movimento importante dos médicos que denuncia a falta de investimento em Saúde, em nosso País.

Ao mesmo tempo os médicos que atendem pelo SUS recebem um valor inferior de aproximadamente sete reais, de acordo com informações do nobre Deputado Gondim. A situação é pior do que nós imaginávamos. Pagando sete reais por uma consulta nós não vamos ter Saúde nem pública e nem privada funcionando neste País. É muito grave o que vem acontecendo.

O Brasil investe pouco nessa área. Nós temos aqui os últimos levantamentos dando conta que o Brasil investe apenas 800 dólares da renda per capita ao ano em Saúde, enquanto países como os Estados Unidos, por exemplo, investem 7.600 dólares, o Canadá investe 4 mil dólares e os países europeus investem em média, no mínimo, 5 mil dólares.

O Brasil, repito, investe apenas 800 dólares em Saúde. Considerando que a maior parte desse investimento é para a Saúde privada, concluímos que não há Saúde neste País. Ressaltamos que no Estado de São Paulo a situação é muito pior, pois o Governo Estadual destruiu o SUS - Sistema Único de Saúde, agredindo a legislação federal, criando a dupla porta nos hospitais, privatizando, terceirizando e desmontando os hospitais públicos que foram construídos com o dinheiro do Erário público.

É um absurdo o que vem acontecendo aqui no Estado. A situação nacional já é difícil por conta da falta de investimento, porque o Brasil nunca investiu verdadeiramente em Saúde Pública, essa é a grande verdade.

O Brasil está se desenvolvendo do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista da Saúde, do ponto de vista da Educação e da Segurança Pública, nós estamos retrocedendo. Então, que País é esse? Que desenvolvimento é esse que não é canalizado para as áreas sociais? Isso me lembra muito o milagre econômico na época do regime militar, época do golpe. No momento em que nós tivemos torturas, exílios, perseguições, censura e falta de liberdade, o Brasil crescia 11, 12 e até 13% ao ano e tinha de fato um desenvolvimento econômico. Mas naquele período aumentava a mortalidade infantil, a desigualdade social e a concentração de renda. Parece que estamos vivendo um período semelhante, pois há um certo desenvolvimento econômico para uma parcela da população, mas que não é canalizado para a Saúde, Educação, Segurança, Cultura e Lazer.

Há uma contradição, nós vivemos aqui um processo esquizofrênico: de um lado o desenvolvimento econômico, do outro o abandono das áreas sociais, principalmente a Educação e a Saúde.

Se a Saúde vai mal, o País não está bem. Se a Educação vai mal, o Brasil não está bem. Tem esse slogan do Governo Federal que diz “País rico é país sem pobreza”, sem miséria, mas a Saúde e a Educação continuam miseráveis. E a Segurança Pública também, porque não há investimento nessa área.

O Brasil está se desenvolvendo, mas está canalizando sua riqueza para pagar os juros da dívida. Para beneficiar os especuladores e os rentistas da dívida pública. É isso que vem acontecendo. Está beneficiando também os grandes banqueiros nacionais e internacionais.

Então, nós vamos continuar aqui defendendo a Luta em Defesa da Saúde, da Educação e da Segurança Pública.

No caso específico da Saúde, nós defendemos o SUS - Sistema Único de Saúde, porque somos contra a privatização da Saúde que está sendo realizada aqui pelo Governo Estadual que, inclusive, está criando a dupla porta e entregando os hospitais públicos para os convênios privados.

Para concluir, Sr. Presidente, gostaria de dizer que para nós Saúde não é mercadoria, é um direito do cidadão e dever do Estado. Um direito fundamental garantido pela Constituição Federal. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. Olímpio Gomes - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, jovens que aqui estão presentes hoje e que vêm ao Parlamento numa bela iniciativa de conhecer o funcionamento do Legislativo.

É bom que a juventude conheça os homens públicos, o que fazem e os seus compromissos. E por que estou falando isso? Porque muitas vezes a população é ludibriada, porque pior que a mentira, só a meia-verdade.

Vou exemplificar: o jornal “Folha de S. Paulo” fez uma matéria alertando, logicamente, que os policiais que estão morrendo fora do horário de serviço não recebem o seguro de vida. E não recebem, porque não temos seguro de vida; nós temos seguro de acidentes de trabalho, que é só durante o período de trabalho e do período “in itinere”.

Mas, Deputado Ferrarini, que há mais tempo luta aqui pela Polícia e pela segurança pública, ontem, foi publicado o seguinte: “Alckmin pede estudo para pagar seguro a PM de folga”. Maravilha! A população fica num alento, os policiais num alento. Agora, quero mostrar documentalmente que em 2008 apresentei uma indicação, porque não cabia projeto de lei, para o Governador, para que determinasse aos órgãos competentes estudos e providências para possibilitar alteração nos termos de contrato celebrado com a MetLife, que é a seguradora, assegurando a cobertura securitária ao policial nas horas de folga que vier a ser infortunado em razão da função policial, ou agir em defesa da sociedade. E aí, Deputado Ferrarini, veja a resposta do Governo. Por isso que estou dizendo a vocês que acompanhem o que fazem os homens públicos.

Passo a ler a indicação e a resposta do Governo:

“Indicação nº 394 , de 2008

Indico, nos termos do artigo 159 da XIII Consolidação do Regimento Interno, ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, que determine aos órgãos competentes do Poder Executivo para que sejam realizados os estudos e adotadas as providências necessárias a possibilitar alteração dos termos do contrato celebrado entre o Estado de São Paulo, pela Secretaria da Segurança Pública e a Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S/A, de modo a propiciar cobertura securitária ao policial que, nas horas de folga, vier a ser infortunado em razão da função policial, ou por agir em defesa da sociedade.

Justificativa

O atual contrato celebrado entre a Secretaria da Segurança Pública e a Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S/A, que substituiu a Companhia de Seguros do Estado de São Paulo - Cosesp, na prestação de serviços de seguro coletivo de acidentes pessoais, para todos os policiais civis e militares do quadro ativo da SSP, prevê cobertura no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para os casos de morte acidental do policial e até a totalidade deste valor para os casos de invalidez permanente, total ou parcial. Bem assim, o valor cumulativo de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a título de auxílio funeral.

Ocorre que o avanço da criminalidade, aliado ao inegável espírito público do qual estão investidos os policiais civis e militares, tem levado alguns desses abnegados profissionais da segurança pública a se envolverem em ocorrências policiais mesmo em suas horas de folga. Eis que cônscios de seus deveres e obrigações constitucionais e legais, não se omitem no cumprimento do dever, vindo, infortunadamente, a se tornarem incapacitados para o exercício da função policial, isto quando não tombam mortalmente feridos, defendendo a sociedade, mesmo em suas horas de folga.

E não é somente isto há que se contemplarem também os policiais civis e militares que são mortos, em seu horário de folga, em face de terem sido identificados como “agentes da lei”. Para tanto podemos citar a ocorrência da qual foi vítima o Sd PM Carlos Alberto Santa de Oliveira, da 4ª Companhia do 6° BPM/I (Baixada Santista), que no dia 13-05-2006, quando retornava de um culto evangélico, no bairro Nova Cintra, em Santos, São Paulo, juntamente com sua esposa e filha, foi atingido por dez disparos de arma de fogo, bem assim, a sua filha de dois anos e meio, também veio a ser atingida na perna por um dos disparos de arma de fogo,

Os fatos ensejaram a instauração de procedimento no âmbito da Polícia Militar, a Sindicância Administrativa nº 6BPMI-019/007/06, na qual o Capitão Oficial Sindicante concluiu, sem sombra de dúvidas, “que o Sd PM Oliveira, foi vítima de tentativa de homicídio, em razão de sua condição de policial militar, assim como os outros 22 (vinte e dois) policiais militares e 6 (seis) policiais civis mortos, o foram em razão da condição de agentes do Estado (...), em decorrência dos atentados praticados por membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).” (sic).

Por esta razão creio se apresentar justo e extremamente legítimo o Governo do Estado envidar esforços para, juntamente com a empresa contratada, rever os cálculos atuariais visando à ampliação da cobertura securitária para todo o grupo segurado, considerando as hipóteses de policiais virem a ser vitimados pelo simples fatos de serem reconhecidos como agentes da lei, ou pelo fato de, por iniciativa própria, ou mediante solicitação pública, se envolverem em ocorrências para a defesa da sociedade, conforme lhes é exigido da lei, em especial o artigo 301 do Código de Processo Penal.

Evidentemente que as Instituições policiais beneficiárias dispõem de mecanismos legais para a devida apuração dos fatos envolvendo seus integrantes, de maneira a poder distinguir, na preservação do interesse público, aqueles decorrentes de ações legítimas e aqueles em que o policial se colocou em situação de risco por estar exercendo atividade extra-corporação, o denominado “bico de segurança”, prática vedada peia legislação vigente.

Nem poderia ser diferente. O Estado tem a obrigação de dar tratamento desigual para aqueles que se desigualam, em decorrência do princípio constitucional insculpido no artigo 5° da Constituição da República e do qual já nos ensinou o mestre Manoel Gonçalves Ferreira Filho: “Na verdade, o tratamento desigual dos casos desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência do próprio conceito de Justiça.” (Curso de direito constitucional, 17ª edição, São Paulo: Saraiva. 1989, p. 243)

Convictos de que Sua Excelência se fará sensível ao nosso apelo, aperfeiçoando o contrato firmado pelo Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública e a Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S/A, no interesse dos servidores públicos policiais, possibilitando a indenização aos familiares daqueles policiais que, por abnegação e no estrito cumprimento do dever legal, são vitimados no horário de folga, bem como daqueles que o são por terem sido identificados corno agentes da lei e da ordem, é que apresentamos a presente indicação.

Sala das Sessões, em

Deputado Olímpio Gomes - PV

Expediente: Indicação n° 394/2008

Interessado: Deputado Estadual Olímpio Gomes

Assunto: Possibilitar alteração dos termos do contrato celebrado entre o Estado de São Paulo, pela Secretaria da Segurança Pública e Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S/A, de modo a propiciar cobertura secundária ao policial que, nas horas de folga, vier a se infortunado em razão da função policial, ou por agir em defesa da sociedade.

Por determinação do Secretário Chefe da Casa Civil, Doutor Aloysio Nunes Ferreira Filho, encaminho a Vossa Excelência as informações prestadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Palácio dos Bandeirantes, em 25 de setembro de 2008.

Jayme Gimenez

Assessor Especial do Governador

Assuntos Parlamentares

Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Olímpio Gomes

Deputado Estadual - PV

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Secretaria da Segurança Pública

Gabinete do Secretário

Evidentemente que as Instituições policiais beneficiárias dispõem de mecanismos legais para a devida apuração dos fatos envolvendo seus integrantes, de maneira a poder distinguir, na preservação do interesse público, aqueles decorrentes de ações legítimas e aqueles em que o policial se colocou em situação de risco por estar exercendo atividade extra-corporação, o denominado “bico de segurança”, prática vedada peia legislação vigente.

Nem poderia ser diferente. O Estado tem a obrigação de dar tratamento desigual para aqueles que se desigualam, em decorrência do princípio constitucional insculpido no artigo 5° da Constituição da República e do qual já nos ensinou o mestre Manoel Gonçalves Ferreira Filho: “Na verdade, o tratamento desigual dos casos desiguais, na medida em que se desigualam, é exigência do próprio conceito de Justiça.” (Curso de direito constitucional, 17ª edição, São Paulo: Saraiva. 1989, p. 243)

Convictos de que Sua Excelência se fará sensível ao nosso apelo, aperfeiçoando o contrato firmado pelo Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública e a Metropolitan Life Seguros e Previdência Privada S/A, no interesse dos servidores públicos policiais, possibilitando a indenização aos familiares daqueles policiais que, por abnegação e no estrito cumprimento do dever legal, são vitimados no horário de folga, bem como daqueles que o são por terem sido identificados corno agentes da lei e da ordem, é que apresentamos a presente indicação.

Sala das Sessões, em

Deputado Olímpio Gomes - PV

Em atenção ao postulado, a Chefia de Gabinete, ofertou, por meio de Ofício Eletrônico, os esclarecimentos técnicos transcritos abaixo:

A Indicação nº 0394/2008 de autoria do Deputado Olímpio Gomes, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, indica ao Senhor Governador do Estado que determine aos órgãos competentes do Poder Executivo a realização de estudos e providências visando à ampliação de cobertura do seguro coletivo de acidentes pessoais dos policiais civis e militares da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, de modo que a cobertura alcance também as horas de folga em situações em que o policial sofra acidente em razão da função policial ou por agir em defesa da sociedade.

Com relação à questão apresentada, informamos que se encontra em andamento levantamento minucioso de dados (abrangendo quantitativos de policiais mortos e feridos em serviço e fora de serviço pertencentes às Unidades da Pasta: Departamento de Polícia Judiciária da Capital - Decap, Comando de Policiamento da Capital - CPC, Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo - Demacro, Comando de Policiamento Metropolitano - CPM, Departamentos de Polícia Judiciária do Interior - Deinters, Comando de Policiamento do Interior - CPIs e outros, bem como relação entre o número de policiais mortos e o número do efetivo (por unidade) para possibilitar uma correta avaliação dos custos a serem suportados para a prestação do serviço de seguro nas condições pretendidas, e que, assim que concluído, possibilitará a tomada de decisão.

Saliente-se que já indicamos para o orçamento de 2009 a prestação dos serviços de seguro nos termos apresentados tendo em vista estimativa prévia dos custos envolvidos.

CG, em 05 de agosto de 2008

Assinado no original

João Claudio Valério - Chefe de Gabinete

Secretaria da Segurança Pública

Gabinete do Secretário

Face ao exposto, o Titular da Pasta, em consonância às manifestações das Autoridades preopinantes, considera em fase de andamento, as providências visando atendimento oportuno à postulação inaugural da presente Indicação.

Aproveito o ensejo para renovar elevados protestos de estima e apreço.

Assinado no original

Guilherme Bueno de Camargo - Secretário Adjunto da SSP

À Sua Senhoria, Doutora Márcia Rodrigues Machado

Digníssima Procuradora do Estado Assessora Chefe

Assessoria Técnico-Legislativa - ATL - Casa Civil

Palácio dos Bandeirantes - São Paulo”

Pelo amor de Deus, é o estudo mais profundo da História da Humanidade. Isso foi em 5 de agosto de 2008; o Governo do Estado disse que já estava fazendo um estudo profundo e que teria orçamento em 2009. Agora, quando a imprensa jogou a matéria, o Governador disse: “Vamos começar a estudar.” Assim não dá; assim fica muito feio. Governador, a providência está quatro anos atrasada; o mesmo Governo, a mesma República, a mesma lei, a mesma necessidade.

Naquele momento, eu invocava, Deputado Ferrarini, as mortes dos policiais que estavam de folga em 2006, nos ataques do PCC, porque alguns ficaram fora da cobertura. Por exemplo, o soldado Oliveira, que tomou 16 tiros na Baixada Santista, saindo da Igreja Evangélica. Trouxe a filhinha dele aqui, ela levou um balaço na perna, tinha quatro anos de idade, teve o fêmur quebrado, porque estava no colo do pai. Um dos tiros transfixou o braço e quebrou também sua perninha.

Agora, como o mundo toma conhecimento que queremos que “se lixe” - nós, Governo - o Orçamento que vocês, jovens que estão aqui e têm que acompanhar mesmo, e a população que acha que os seus policiais têm cobertura mínima para exercer suas atividades, está aqui a conversa, está aqui a verdade, o Governo dizendo e mentindo aqui para a Assembleia Legislativa. Não é para o Deputado Major Olímpio, não, é para a Assembleia, mandando documento oficial para a Assembleia dizendo que está com estudos minuciosos, mas que para o Orçamento de 2009 já teria a verba.

Em 2009, as famílias dos policiais que morreram em decorrência da função fora de serviço não receberam nada. Em 2010, nada; em 2011, nada; em 2012, até agora nada. Quando a "Folha de S.Paulo" publica, sai para o mundo todo: “Vamos começar a estudar.” Assim não dá. Assim é para chorar, mesmo. E o meu lamento, Deputado Ferrarini, que sei que é o seu lamento também, lamento que não é de deputado, não; é o lamento de policial, de cidadão: pelo amor de Deus! Governador, cobre isso, que em 2008 o Governo já disse oficialmente que estava fazendo, e ponha em execução de imediato, em nome do bom senso, pelo amor de Deus! Coloque em execução de imediato! Não diga que vai começar o estudo agora, que o próprio Governo já mentiu aqui para a Assembleia, dizendo que começou os estudos antes do 5 de agosto de 2008.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tive novamente uma reunião com a Associação de Cabos e Soldados, com a Apas, em Mogi das Cruzes. E hoje é um momento muito triste, e ao mesmo tempo preocupante, porque um policial que estava na Apas tinha sofrido um atentado, em Suzano. Vejam como foi filmado esse atentado, pego pela câmera do condomínio.

 

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- É feita a exibição.

 

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O delegado acha que não aconteceu nada. O policial está com uma fratura, precisando de psiquiatra, de psicólogo, e não aconteceu nada, para o delegado, como não acontece nada para o Comando-Geral aqui da Polícia. E nós, população, estamos aí mostrando o que está acontecendo na área da segurança aqui no Estado de São Paulo. No Alto Tietê, as pessoas me procuram para dizerem: “Gondim, por favor, leve esse assunto para a Assembleia.” Será que essa filmagem é mentirosa, para o delegado não acreditar? É lamentável o que está acontecendo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Edson Ferrarini.

 

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Gostaria de fazer um comentário sobre o Dia do Médico. No dia 18 comemoramos o Dia do Médico. Será que temos muito a comemorar? A tabela SUS não melhora. O médico ganha do SUS, por atendimento, sete reais. Os planos de saúde pagam ao médico, por uma consulta, entre 18 e 46 reais. Os médicos estão numa greve, solicitando que possam ter um atendimento digno, com consultas de pelo menos 25 minutos a uma hora, e que eles possam ganhar bem por uma consulta.

Nós pedimos aqui, estamos fazendo um apelo, e vamos apoiar esse movimento dos médicos, para que eles tenham o direito a um ganho digno. Não se pode ser pagar 32 ou 40 reais por uma consulta. Eles têm que receber, pelo menos, por uma consulta, 60 reais.

Acontece que os planos de saúde fazem ouvido de mercador, ouvidos moucos, de uma maneira tal que entra por um lado e sai pelo outro. E a manifestação está aí. Até em planos de saúde existem filas para consultas, para cirurgias e para exames, porque quando você chegar para a consulta, o médico diz: “eu me desliguei ontem do plano de saúde, eles me pagavam muito mal.” Você liga, e “olha, eu te atendo, não há problema nenhum, mas não quero atender por esse plano de saúde; no meu caso, eu te atendo pela ética médica, mas não quero atender pelo plano de saúde.”

Está na hora de o Governo Federal agir firme contra esses planos de saúde, que não querem pagar bem aos médicos. E nós, médicos, só temos essa maneira de fazer essa greve, mostrando à população que nós queremos ter dignidade nas nossas consultas, nos nossos exames, nos nossos procedimentos. Isto é válido também para o SUS, que não melhora a tabela há muitos anos.

Fica aqui o desabafo de um médico, que está aqui como Deputado hoje, mostrando que nós estamos sofrendo, agonizando, porque temos que ter três, quatro ou cinco empregos para poder sobreviver. Existe essa necessidade. E mesmo assim, elas foram cortadas e alguns médicos não podem mais ter plantões em vários locais. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON FERRARINI - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna após ouvir nosso companheiro Deputado Luiz Carlos Gondim.

Há poucos instantes tivemos uma reportagem onde um carro perseguia uma moto. Normalmente é o contrário, é a moto que os marginais utilizam para assaltar, para sequestrar pessoas da melhor idade, aposentados, mulheres, jovens inexperientes e indefesos. E geralmente a moto utiliza o garupa para o assalto.

Num jantar que tive ontem com o cônsul da Coreia, foi falado que lá eles baniram as motos, porque eram também utilizadas para assaltos. São países muito sérios; quando há algum problema, eles tomam atitudes para que a população não sofra. É diferente do nosso País, infelizmente. Convivemos aqui com um grau de violência inaceitável.

Amanhã é o Dia do Médico, e nós, como médicos, sabemos da importância que tem fazer a prevenção na área da Segurança. Se conseguíssemos coibir e diminuir a violência, certamente teríamos um atendimento médico-hospitalar de qualidade.

Na zona Sul, tivemos ontem o caso de um garupa de moto, na comunidade Morro da Lua, em Campo Limpo, na Capital - a maior cidade do País, a maior cidade do Hemisfério Sul - e a polícia correndo a pé. A polícia a pé, atrás de dois motociclistas, e a moto caiu. De repente um terceiro marginal, sobre a laje, atirou no PM. O PM estava com um colete a prova de bala, que não resistiu a essa agressão por arma de fogo. Esse PM foi conduzido ao Hospital Campo Limpo, para o atendimento médico-hospitalar.

Toda hora é isso. Sempre digo que existem dois pilares que sustentam a violência. Como médico, fiz a Lei Seca, a Lei do Silêncio, a lei que fecha bares, a lei que controla a bebida alcoólica, porque sabemos que depois da bebida alcoólica vêm o crack e o óxi, que levam nossa juventude a sofrer acidentes, criando um exército de cadeirantes. É só ir até o HC, no Instituto de Ortopedia, ou no Pavilhão Fernandinho, na Santa Casa, para vermos os cadeirantes vítimas da violência. Esse pilar tem que ser controlado. Não é porque sou médico, e não é porque sou Deputado. O Governo tem que controlar essa situação, diminuindo o acesso às drogas.

O outro pilar é a arma, essa arma ilegal, arma que infelicita muitas vidas, armas que realmente levam muitas famílias às lágrimas diuturnamente.

Deputado Rafael Silva, V.Exa. é de Ribeirão Preto, uma cidade pacata. Ingressei na Faculdade de Medicina lá; Depois fui transferido para São Paulo e ingressei na Santa Casa. Mas eu queria cursar em Ribeirão Preto, mas acabei não fazendo. Era uma cidade a que gostávamos de ir, mas hoje é diferente. É uma cidade com uma muita violência, conforme vemos na mídia.

Essa luta anti-álcool e antidroga é fundamental. Essa luta vai nos ajudar a buscar qualidade de vida, vai ajudar a buscar o direito do ser humano, de ir e vir, o direito à vida, o direito de respirar, o direito de termos as nossas famílias sem sermos incomodados. Infelizmente o Governo não está dando a nós esses direitos.

Temos que aplicar a tolerância zero. Não podemos aceitar que uma senhora jogue uma xícara de café quente no rosto do nosso Governador, que estava em campanha em Campinas. Não é o Dr. Geraldo Alckmin, médico, cidadão, mas é o nosso Governador, o Governador do Estado mais forte, e não merecia essa agressão. É preciso haver punição.

Por isso, ontem falei que temos que abrir um BO contra essa mulher, para dar exemplo. A lei tem que ser democrática, tem que ser igual para todos, e essa mulher tem que ir às barras dos tribunais. Daqui a pouco, estarão fazendo isso com qualquer cidadão, vizinho, vereador, deputado, até com a Presidente da República. Não serão punidos porque as pessoas não fazem BO e não fazem cumprir as leis. Infelizmente, não se cumprem leis neste País. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Edson Ferrarini - PTB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. Rafael Silva - PDT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, nobres colegas, acompanhei atentamente a participação do Deputado Jooji Hato com respeito à segurança,  de V. Exa., Sr. Presidente, com respeito à realidade que vivemos não apenas no Estado de São Paulo, mas no Brasil como um todo, e do Deputado Olímpio Gomes.

Gostaria de colocar que o Brasil caminha para uma situação tenebrosa. Tenho um filho que esteve no México, recentemente. Ele ficou com medo de andar pelas ruas. Passavam viaturas, policiais com metralhadoras apontadas para a calçada. Lá, o crime organizado está infiltrado no Exército, nas Forças Armadas como um todo, na política, e é uma realidade praticamente irreversível.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Carlos Gondim.

 

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Infelizmente, o ex-Presidente, presidente de honra de um partido, Fernando Henrique Cardoso, falou algumas asneiras, mas não quis voltar atrás. Ele fala que é sociólogo. Sou pós-graduado em Sociologia, formado em Filosofia, aprendemos alguma coisa na área da Psicologia também. Aprendemos a pensar, e não a seguir dogmas e informações. Devemos aprender a pensar. Ele falou da liberação da droga e esqueceu-se de pensar um pouco e de voltar atrás.

Eis o pensamento de um filósofo contemporâneo - podemos falar filósofo porque filosofar é pensar: “Prefiro ser uma metamorfose ambulante a ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. É importante que o camarada tenha o amadurecimento, segundo Immanuel Kant falou, a maioridade psicológica, mental, para entender as coisas. Essa maioridade é a mais importante.

Fernando Henrique demonstrou que não tem essa maioridade como sociólogo, pelo amor de Deus. Os sociólogos deveriam protestar; ele não deveria usar esse título. A Sociologia, antes de tudo, é uma ciência; Sociologia não é opinião que não tenha um fundamento, um estudo, um lastro. Como ciência, tem que ser objetiva, e ele fala de forma subjetiva. Nesse momento, ele deixa de ser sociólogo e está dando opinião. Parmênides, filósofo pré-socrático, falava da opinião; Platão também. Opinião não deve ser levada em conta. O que se fala tem que ser fruto de reflexão, fruto de uma verdade. Verdade absoluta não existe, mas opinião normalmente é desprovida de qualquer fundamento. Fernando Henrique apenas deu a opinião dele.

Outros políticos falam da marcha da maconha. Parem com isso! Um cidadão comum pode falar asneira, mas um político, um camarada que tenha um nível superior numa área, que tenha um compromisso com a mente, com o pensamento, com a reflexão, não tem o direito de falar esse tipo de bobagem! Incentivar a criança a entender “Ah, eu posso traficar, eu posso usar, e tudo bem... Posso cometer o crime até os 18 anos.”

O Deputado Edson Ferrarini falou “Ah, o camarada foi preparado...”. Realmente, coronel. A criança é preparada para a criminalidade. William Lambert, professor de Psicologia Social, psiquiatra americano que morreu faz tempo, falou que a criança começa a ser produzida para ter preconceito depois dos 11, 12 anos, e para ter uma cabeça programada para a criminalidade, ou não. À medida que damos aos marginais a oportunidade de serem reconhecidos apenas como vítimas, damos força ao jovem que está ingressando ou que pode ingressar na criminalidade. Ele passa a entender que tem toda a cobertura. A punição também faz parte da educação.

O sociólogo Fernando Henrique - sociólogos, desculpem chamá-lo de sociólogo - fala um monte de asneira. Quem conhece Sociologia sabe que existem sanções negativas e sanções positivas. Sanção positiva é valorizar quem realmente faz coisa bonita, coisa certa, quem se esforça, quem vence, quem age de forma correta. Sanção negativa é colocada pela sociedade, leva o camarada a ter uma consciência. Então, você tem as normas explícitas e implícitas. Norma explícita é a ação da lei: fez coisa errada, vamos prender, algemar. Norma implícita é aquela que está na cabeça das pessoas, na cabeça da sociedade, “isso é certo, isso é errado”.

Quem conhece um pouquinho desse assunto sabe que a norma implícita é muito mais importante que a explícita. Por quê? Vamos imaginar. Em São Paulo, é proibido matar gato; vai para a cadeia. Norma explícita. Aí, o cara vê um gato; ninguém está vendo, ele mata o gato. Ele segue apenas uma norma explícita: a força da lei, a coerção. Se ele tiver a norma implícita na cabeça de que não deve matar gato, não tem ninguém e ele não mata o gato. Ele entende que não deve matar o gato.

Assim é o comportamento do ser humano. Freud e Jung falam sobre isso. Um fala da inibição; o outro, da censura. E não é só a droga ilícita, a droga lícita também elimina a censura e a inibição. Não sou seguidor de Freud em tudo; em algumas coisas, sim. À medida que você elimina a censura ou a inibição, o cara tem liberdade para agir. Aí, alguém fala: “Mas eu bebo e me comporto...”. O cara que fala isso está agindo de forma tão idiota...  Mas quando ele não tem microfone, quando ele não é uma autoridade, tudo bem. “Idio” é próprio; idiota para ele mesmo. Quando ele fala para os outros ouvirem, aí é terrível, porque cada cabeça é uma cabeça, e cada um se comporta de um jeito depois da eliminação da censura ou da inibição.

À medida que você promove a liberdade do uso da droga, você arrebenta com tudo. Uma parcela poderá não ter problemas, mas uma boa parte terá. Há estudos que indicam que 10% dos que entram para a maconha irão ter esquizofrenia lá na frente. É uma esquizofrenia provocada por um agente químico? Sim, mas é uma esquizofrenia igual à esquizofrenia patogênica.

Portanto, Sr. Presidente, nobres colegas, já passou da hora de os órgãos de comunicação, por meio de pessoas entendidas, discutirem esse assunto e colocarem na cabeça do povo a realidade que vivemos e que poderemos viver no futuro.

Sr. Fernando Henrique Cardoso e outras autoridades, por favor, parem de fazer asneiras para o bem do povo brasileiro e do jovem brasileiro. Obrigado.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tinha hoje dois assuntos para falar, mas como há acordo de líderes, esta sessão deverá ser levantada. Falaria sobre um assunto ruim, que é sobre o comportamento insano do ex-Governador, ex-Prefeito e ex-Ministro da Saúde, José Serra, e também sobre outro assunto, mas importante para a democracia: saudar o aniversário de 50 anos de uma grande obra em São José do Rio Preto, o Serviço Social São Judas Tadeu. Como tenho apenas cinco minutos, optarei pelo tema melhor para a democracia. Deixarei para falar sobre José Serra na próxima sessão.

É com orgulho que venho à tribuna saudar o Serviço Social São Judas Tadeu, que completa neste ano 50 anos. Esta instituição tem prestado um enorme serviço a São José do Rio Preto e à Região, e pode muito contribuir com a democracia neste país. Há 50 anos, o padre Ângelo saia da Itália, nomeado pelo Vaticano, para compor a comunidade de São José do Rio Preto. Quando lá chegou, percebeu que aquela comunidade tinha um potencial muito grande, mas também que os jovens de lá não ocupavam bem o tempo depois da escola com algo que fosse importante. E ele deu início à obra do São Judas Tadeu, com cursos profissionalizantes, agregando a juventude em torno de uma ideia, de um sonho, e conseguiu envolver toda a cidade num exemplo muito grande de solidariedade, de dinamismo e de envolvimento comunitário.

Assim, essa obra prosperou e formou milhares e milhares de jovens durante esses anos todos, oferecendo à cidade uma qualidade maior. Quantas pessoas hoje, que são chefes de família, que são lideranças importantes na cidade, não passaram pelas obras do São Judas Tadeu? O Brasil passou por momentos difíceis, em especial na década de 90, nos primeiros anos do Governo Collor, e depois nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. O País penou e passou por momentos muito difíceis, tendo se quebrado três vezes. O trabalho social passou a ter uma dificuldade maior, a solidariedade sumiu do País porque as pessoas tinham de se defender para sobreviver, a taxa de desemprego era muito grande e o São Judas passou por momento difícil também.

Felizmente, há decisões que são divinas e iluminadas, e o bispo da Diocese, na época Dom Orani, nomeou Luiz Caputo para assumir a direção do São Judas. Isso foi em 2003, coincidentemente o ano em que o Presidente Lula assumiu a Presidência da República. O padre Luiz Caputo, que tem um espírito absolutamente empreendedor, com extrema sensibilidade e capacidade de liderança, conseguiu envolver novamente a comunidade em Rio Preto, e salva aquela obra importante, levando, em um período pequeno, 220 atendidos para pouco mais de 350 jovens que passaram a se envolver nos trabalhos, nos cursos e nas atividades sociais e culturais que o São Judas promovia.

O padre Luiz Caputo é responsável por não apenas salvar o São Judas junto e a sua equipe, mas restabelecer um marco em Rio Preto, mostrando que é possível fazer trabalho social com muita seriedade, desprendimento e com independência do poder público. Ele sempre teve posição clara, social, política e culturalmente, sempre conseguiu dialogar com as autoridades de todos os partidos e com todos os prefeitos que passaram por São José do Rio Preto, tendo conseguido consolidar essa obra, orgulho para a nossa cidade e para a nossa região.

Quero cumprimentar a toda comunidade que frequenta o São Judas Tadeu, que ajuda e compreende a importância daquela instituição, ao padre Luiz Caputo e a toda sua equipe por devolver ao Rio Preto a perspectiva, na formação da consciência crítica e capacidade de reflexão de cada jovem que passa por ali. Tenho orgulho de ser um contribuinte singelo daquela obra e, como parlamentar, poder ajudar esta obra. Há em São José do Rio Preto muitas instituições sérias, mas a obra São Judas Tadeu é uma referência, um paradigma de um grande parceiro do poder público e da sociedade no sentido de dar caminhos à juventude.

Desejo a São Judas Tadeu todo sucesso do mundo no seu empreendimento. Serei um grande parceiro para que consigamos implementar cada vez mais oportunidades a nossa juventude, que consigamos dialogar com as novas tecnologias, empreendimentos e empresas que existem em Rio Preto e querem muito fazer essa parceria. Há de um lado empresários que querem desenvolver ainda mais; e, por outro lado, milhares de jovens que não estão qualificados para preencher essas novas vagas. O São Judas Tadeu pode ser um grande parceiro do País, do Estado e da nossa cidade.

Parabéns ao padre Luiz Caputo e a toda comunidade de São Judas por presentear Rio Preto com este empreendimento, que tanto nos orgulha. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Esta Presidência lembra que o padre Luiz Caputo já visava o ensino técnico para a região. Parabéns pelos 50 anos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, ontem, nós que lutamos pela aprovação imediata do Plano Nacional da Educação pelos 10% do PIB em educação pública, sobretudo no Magistério público, tivemos uma importante vitória. Conseguimos aprovar no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados e na Comissão de Constituição e Justiça a redação final do Projeto de lei 8035, que institui o Plano Nacional de Educação.

Estamos lutando muito para que este projeto seja aprovado imediatamente, mas sempre com os 10% do PIB em Educação. Queremos garantir mais recursos para a educação pública. Há um grande processo de obstrução e a base do Governo Federal tem tentado obstruir a votação e o trâmite do projeto em vários momentos. Cito, por exemplo, que há alguns meses o líder do Governo apresentou um requerimento na Câmara dos Deputados, com mais de 84 assinaturas de vários partidos que compõem a base de sustentação do Governo Federal, tentando levar o projeto para o plenário, tirando o projeto da Comissão de Constituição e Justiça. Depois de uma ampla mobilização e de críticas da sociedade, vários deputados retiraram a assinatura e o projeto voltou para a Comissão de Constituição e Justiça.

Ontem, foi aprovada a redação final. Em tese, agora o projeto segue para o Senado Federal para uma nova etapa. Porém, isso se não houver apresentação de outro requerimento para que o projeto vá para o plenário. Isso pode acontecer ainda.

Sabemos que o Governo não tem a intenção de votar os 10% do PIB para a educação, até porque o próprio Ministro da Fazenda Guido Mantega, recentemente, declarou que se o Brasil investir 10% do PIB em educação o Estado brasileiro vai quebrar. É um verdadeiro absurdo o Ministro da Fazenda se colocar dessa maneira. O próprio Ministro da Educação, o Senador Aloizio Mercadante também fez ressalvas falando da dificuldade de financiamento. Enfim, o Governo tenta dificultar ao máximo a aprovação desse projeto. O fato é que agora, em tese, ele segue para o Senado Federal e lá vamos travar outra luta com o Movimento Social organizado, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública.

Os educadores e as educadoras do Brasil estão mobilizados para que o projeto tramite em caráter de urgência e termos já, para o ano que vem, de uma forma tardia porque o projeto tem que ter sido já aprovado, um Plano Nacional de Educação que estabeleça metas, diretrizes e objetivos para toda educação nacional, colocando a questão do financiamento, da garantia do acesso, da permanência, da qualidade de ensino, da valorização do magistério. Enfim, é uma função importante do plano estabelecer todos esses objetivos.

Agora temos que corrigir ainda algumas imperfeições desse plano, como não é um plano ideal, que tem que ser ajustado até sua aprovação final. Por exemplo, esse plano não determina as fontes de financiamento da educação nacional, é um plano que ainda não determinou, não apontou também a responsabilidade dos entes federativos dos estados, dos municípios e da União também com financiamento. Isso tudo tem que ser discutido e incluído na redação final do Plano Nacional de Educação que, com certeza, vai melhorar muito o ensino público no nosso País.

O Brasil investe apenas 5% do PIB em educação. Esse investimento está muito abaixo da média mundial. Então, temos que dar um choque de investimento na educação pública, na valorização do magistério para que possamos, de fato, oferecer uma educação pública gratuita, democrática e de qualidade social para todas as nossas crianças, adolescentes, em todos os níveis como da creche, da educação infantil ao ensino superior.

Estamos lutando muito neste País para aprovar o Plano Nacional de Educação e aprovar, sobretudo, essa meta nº 20 porque, das 20 metas, essa é a mais importante porque trata da questão de financiamento da educação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, terminou o meu tempo, mas gostaria ainda de continuar na tribuna pela vice-liderança da minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. a palavra por cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vou terminar este tema dos 10% do PIB na educação.

Vamos continuar com a nossa luta agora no Senado Federal, pressionando-o para que aprove imediatamente o Plano Nacional de Educação, garantindo, na meta nº 20 desse plano, os 10% de investimento na educação pública e na valorização do magistério.

Não poderia deixar de registrar aqui, mais uma vez, a nossa alegria e a satisfação com a aprovação do projeto no Senado Federal, também na data de ontem.

Ontem, tivemos duas aprovações no Congresso, uma na Câmara Federal e outra no Senado. Na Câmara os 10% do PIB em educação, plano nacional, e no Senado foi aprovado um projeto, que já citei ontem, aqui, mas quero retomar a discussão aqui no plenário da Assembleia Legislativa porque é um projeto importante.

Temos um projeto semelhante ao que foi aprovado no Senado Federal. O nosso é melhor, vou explicar: é um projeto que reforça a nossa luta aqui no Estado de São Paulo. Esse projeto, que foi aprovado ontem, determina o fim da superlotação de salas nas escolas públicas brasileiras: na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio.

Esse projeto foi aprovado, ontem, no Senado, agora ele segue para a Câmara dos Deputados. Ele vai ser discutido ainda na Câmara dos Deputados. Esse projeto, como eu disse, representa uma antiga luta do magistério nacional, para que haja um limite máximo de alunos por sala porque temos hoje o drama, principalmente aqui em São Paulo, da superlotação de salas, que tanto tem prejudicado o trabalho dos nossos professores.

O trabalho pedagógico fica comprometido de fato, não há dúvida em relação a isso, e, ao mesmo tempo, há um grande prejuízo para os alunos matriculados nas escolas públicas de São Paulo. Foi por isso que apresentei, em 2007, um projeto de lei aqui, também, estabelecendo o número máximo de alunos. Digo que o nosso projeto é melhor do que o que tramita no Senado Federal porque o nosso estipula o número máximo de alunos. São 25 alunos, no máximo, nas quatro séries iniciais do ensino fundamental, 30 alunos, no máximo, nas outras séries do ensino fundamental do 5º ao 9º ano e 35 alunos, no máximo, no ensino médio.

O projeto, que tramita no Senado Federal e que agora está indo para Câmara Federal, estabelece 25 alunos, no máximo, na educação infantil e 25 só nas duas séries iniciais do ensino fundamental: no 1º e no 2º ano. No 3º ano e no 4º ano, o projeto estipula o número máximo de 35 alunos, o que acho um absurdo. Nós, educadores, entendemos que é uma afronta ao processo pedagógico. Pode representar um avanço, mas, ao mesmo tempo, temos que aperfeiçoar esse projeto. São 35 alunos na 3º, 4º séries, de 5º ao 9º ano também e no ensino médio.

O nosso projeto eu digo que é mais aperfeiçoado porque coloca o limite máximo de alunos da 3ª série até o 9º ano. Agora mudou e o ensino fundamental no Brasil é de nove anos, não mais de oito. Houve uma mudança nessa termologia, mudança na LDB - Lei de Diretrizes e Bases -, mas o fato é que o nosso projeto estipula ter, no máximo, 25 alunos no ciclo 1 do ensino fundamental, do 1º ao 4º ano, do 5º ao 9º ano, no máximo, 30 alunos e no ensino médio 35 alunos.

O nosso projeto que já tramitou, Projeto 517, de nossa autoria, em 2007 já foi aprovado em todas as comissões e já está pronto para ser votado. Já entramos com requerimento de urgência desse projeto. Mas, infelizmente, a base de sustentação do Governo Alckmin vem travando a votação. O governo não quer aprovar o nosso projeto aqui - o PSDB e seus aliados.

Vamos continuar a luta. Vamos continuar aqui pressionando a Assembleia Legislativa, o Governador Geraldo Alckmin para aprovar o nosso Projeto de Lei 517, que acaba, de uma vez por todas, com a superlotação de salas na Rede Estadual de Ensino.

Vamos também, em Brasília, continuar com a nossa Bancada do PSOL, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados, pressionando o Congresso a votar em caráter de urgência esse projeto que vai estabelecer o fim de superlotação de salas nas escolas públicas municipais e estaduais em todo território nacional. Sr. Presidente, muito obrigado.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente em exercício, Deputado Luiz Carlos Gondim, Deputado Aldo Demarchi, 2º Secretário, quero aqui, hoje, comunicar a presença na Assembleia Legislativa, visitando o nosso gabinete, o prefeito eleito de Bernardino de Campos Armando Benezzi, que é do nosso partido, o PPS, o vereador Wilson Garcia, também do PPS, e os vereadores do DEM Fábio Marciano e Luiz Roberto Benedetti. Agradeço a visita que nos fizeram.

Agora quero dar uma notícia triste.

Nesta madrugada faleceu na Cidade de Saltinho, distante 10 quilômetros de Piracicaba, o meu querido amigo, irmão, ex-Prefeito Wanderlei Moacyr Torrezan, o Wandinho Torrezan. Funcionário da Prefeitura de Piracicaba desde 1977 - quando me tornei seu amigo - foi um dos batalhadores pela emancipação do Município de Saltinho em 1990, vereador e presidente da Câmara Municipal. De 2000 a 2008, sempre pelo PPS, foi prefeito. Uma figura carismática.

Wandinho, com seu um metro e quarenta de altura, era querido pela criançada, pelos jovens, pelos adultos, pela Melhor Idade fosse pelo seu carisma, fosse pela maneira de administrar o pequeno município - é verdade - de Saltinho, com seus cinco, seis mil habitantes, de maneira séria e transparente. Foram oito anos de mandato. Depois não concorreu a mais nenhuma eleição, já estava doente, com problema pulmonar e por volta das duas da madrugada faleceu na UTI do Hospital Unimed de Piracicaba.

Seu velório continua no Centro Comunitário de Saltinho, onde estive pela manhã levando o meu adeus a Wandinho. Será sepultado às 16 horas e 30 minutos no cemitério municipal daquela cidade.

Deixo aqui as nossas condolências à família e o registro do seu passamento, ele que era conhecido por onde passava, seja no Estado ou pela região, pela sua maneira simpática - tantas vezes aqui na Assembleia Legislativa, nas secretarias de Estado, junto aos Governadores Covas, Alckmin e Serra - e seu jeito simples, humilde mas muito sério de fazer política.

Que descanse em paz. Já nos deixa muita saudade, mas o legado deixado por ele nos impulsiona a continuar lutando e muito por aquela região e pelo Estado de São Paulo.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, esta Presidência tem as seguintes convocações a fazer em nome da Presidência efetiva da Casa: “Nos termos do Artigo 18, Inciso I, alínea “r”, da XIV Consolidação do Regimento Interno, esta Presidência convoca V. Exas. para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 12 de novembro de 2012, às 10 horas, com a finalidade de prestar homenagem aos 60 anos de fundação do Colégio Santa Cruz.

Nos mesmos termos esta Presidência convoca V. Exas. para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 23 de novembro de 2012, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os pesquisadores científicos.”

Em face do acordo entre as lideranças a Presidência, antes de levantar a sessão, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e duas minutos.

 

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