19 DE OUTUBRO DE 2009

145ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CARLINHOS ALMEIDA, OLÍMPIO GOMES e CONTE LOPES

 

Secretário: ADRIANO DIOGO

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CARLINHOS ALMEIDA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Lamenta a morte do policial civil Orival Pereira dos Santos, de Araçatuba, assassinado nesse final de semana. Informa que o autor do homicídio cumpria pena em liberdade condicional. Considera que a impunidade é a responsável por esse tipo de crime.

 

003 - ADRIANO DIOGO

Dá conhecimento da realização amanhã, nesta Casa, de audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos, para debater o tema "O Tráfico de Órgãos Humanos e a Defesa da Vida". Lê e comenta carta do músico Fito Páez em homenagem à Mercedes Sosa. Parabeniza o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo, na pessoa de seu presidente, Dr. Cid Carvalhais, pelos 80 anos da entidade.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

005 - CARLINHOS ALMEIDA

Combate a instalação de praças de pedágio na rodovia D. Pedro, entre os municípios de Igaratá e Atibaia. Afirma que existem sete bairros de Igaratá que ficaram separados do centro da cidade pelo pedágio. Informa a elaboração de ação judicial de solicitação de isenção da taxa aos moradores da região.

 

006 - MILTON FLÁVIO

Defende a política de gestão das rodovias implementada pelo Governo do Estado. Dá conhecimento da criação da Frente Parlamentar dos Agentes Comunitários, que tem a finalidade de fortalecer a ação dos agentes de saúde e melhorar suas condições de trabalho.

 

007 - CARLINHOS ALMEIDA

Assume a Presidência.

 

008 - CONTE LOPES

Afirma que os fatos ocorridos no Rio de Janeiro, nesse final de semana, não o surpreenderam. Diz que a polícia deve ser bem equipada para combater a criminalidade. Considera que filme sobre os ataques de facção criminosa de São Paulo é apologia ao crime.

 

009 - OLÍMPIO GOMES

Afirma que a criminalidade do Rio de Janeiro e de São Paulo são muitos semelhantes. Condena a ideia de descriminalização das drogas como forma de combater o tráfico. Relata assalto a carro forte na região de Amparo, em que os marginais utilizaram arma de fogo capaz de perfurar a blindagem do veículo.

 

010 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

 

011 - CARLINHOS ALMEIDA

Informa que a rodovia Presidente Dutra foi privatizada na gestão do Presidente Fernando Henrique. Compara os preços pedágios das rodovias estaduais e das federais. Informa que o Executivo Federal abriu uma consulta pública sobre a instalação do trem-bala, para que a população participe desse processo com opiniões e sugestões.

 

012 - Presidente CONTE LOPES

Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 15h26min; reabrindo-a às 15h29min.

 

013 - JOSÉ BITTENCOURT

Pelo art. 82, adianta que na reunião da Comissão de Agricultura e Pecuária, marcada para a próxima quinta-feira, deve tratar de emenda ao orçamento sobre os valores destinados à Pasta. Recorda propostas apresentadas nas audiências públicas sobre o orçamento. Apoia reivindicações dos engenheiros agrônomos. Faz apelo à Liderança do Governo. Cita programa da Codasp "Melhor Caminho" para recuperação de vicinais.

 

014 - JOSÉ BITTENCOURT

Requer o levantamento da sessão, com o assentimento das lideranças.

 

015 - Presidente CONTE LOPES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 20/10, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra-os da realização de sessão solene, hoje, às 20 horas, para comemorar os "75 anos do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlinhos Almeida.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Adriano Diogo para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - ADRIANO DIOGO - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Jozé Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembléia, venho a esta tribuna para lamentar, com profunda tristeza, o assassinato do policial civil Orival Pereira dos Santos, do 3º DP de Araçatuba, acontecido ontem com um tiro na nuca desferido pelo marginal de nome Patrick Aparecido de Oliveira Machado.

Esse marginal, 19 anos atrás, já matou um policial militar em Iperó, aqui no Estado de São Paulo, e voltou para Araçatuba. Ele tinha uma bronca extrema do policial Orival porque ele, há alguns anos, prendeu a mãe do Patrick com 3,5 quilos de drogas em Araçatuba.

Não obstante a bronca dele, o pai do bandido procurou, na semana passada, pelo policial Orival para pedir a ele para conversar com seu filho que estava agredindo a avó. O policial foi prontamente para a casa do bandido, que estava em liberdade condicional há um ano, para aconselhá-lo e foi embora.

Ontem, domingo, o bandido Patrick percebeu que o policial Orival estava saindo para o supermercado para suas compras domésticas, momento em que sentiu a oportunidade de disparar contra a nuca do Orival, matando-o. Esse policial civil era conceituado na sua região, tinha o apelido de Baiano e era muito querido pelos colegas policiais.

Infelizmente, é o que acontece hoje em decorrência da fragilidade da legislação e da letargia e omissão do Estado: esse sentimento de impunidade a criminosos para agirem contra policiais, em especial quando tem esse espírito de vindita. Tudo o que o Orival fez em determinado momento foi cumprir sua obrigação e prender a mãe do bandido que portava três quilos e meio de drogas. Posteriormente, estimulado pelo pai do bandido, dizendo que ele tem agredido a avó, Orival foi fazer aconselhamento ao sujeito e a resposta que teve foi um tiro na nuca. Um ato de covardia. Esse indivíduo ainda não foi localizado. Tomara que seja localizado para cumprir pena. Ou melhor, era bom que enfrentasse a Polícia no momento da sua detenção para que a sociedade não tivesse de custear os seus dias na prisão. Ficou mais do que patente que para um animal - perdão aos animais - uma fera dessa, a pena não recupera de forma alguma. Foi encarcerado por matar policiais e voltou a matar policiais porque tem a tranquilidade de saber que matar policial é sinônimo de status no mundo do crime. Uma tristeza para a Polícia de São Paulo, não só para a Polícia Civil, perder um de seus integrantes como os inúmeros policiais que acabam tombando em serviço ou em decorrência do serviço como foi o caso do Orival e às vezes com o marginal estimulado pela vingança e pelo sentimento de que no nosso País o crime compensa.

Que Deus de forças à família para minimizar, já que é impossível neutralizar, a dor e a perda e aos companheiros civis e militares um alerta: redobrem a cautela em todos os momentos porque não necessariamente quando o policial vai agir ele poderá sofrer uma emboscada. Um sem-número de vezes tem acontecido quando o policial está em inferioridade numérica na condição de cidadão e não consegue perceber que o risco que se aproxima é muito grande. Os meus sentimentos à família policial.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.)

Encerrada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Flávio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Olímpio Gomes, ontem o Governador Serra esteve presente em Interlagos e depois foi para o Parque Antártica. Tragédia geral.

Boa tarde Sr. Presidente Carlinhos Almeida, Deputado Olímpio, os dois últimos sobreviventes desse massacre, o plenário, hoje, de luto, completamente vazio. Uma vergonha, para uma segunda-feira. Pena que as câmeras da TV Assembleia não possam focalizar tantas poltronas vazias.

Queria iniciar meus pronunciamentos no Pequeno Expediente. Primeiro sobre o tráfico de órgãos humanos. Amanhã a Assembleia Legislativa realizará durante o dia todo um seminário sobre tráfico de órgãos humanos em defesa da vida. Começará às 9 horas da manhã, no auditório Franco Montoro.

Vou assinalar a recordação - a Assembleia Legislativa ainda não dispõe do mecanismo de transmitir os textos. É de uma forma indireta mas vamos chegar. O compositor, poeta e músico Fito Páez, argentino, escreveu uma carta de recordação da morte da cantora Argentina Mercedes Sosa. Uma carta emotiva. O artista de Rosário desenvolve suas sensações e sentimentos em torno da inesquecível negra. Diz Fito Páez no início de sua carta - não vou ler integralmente, mas, quem quiser o texto integral basta abrir o site do compositor para ter essa carta de despedida de Mercedes Sosa: O legado de Mercedes Sosa é de vital importância nestas horas da Argentina. Um ensinamento moral de plena luz. Com sutileza e precisão desenvolveu uma obra que marcará para sempre a história da música popular deste continente. Sua vontade de liberdade foi exposta a cada lugar desse largo caminho que forjou através de muitas décadas em diferentes álbuns e cenários de todo o mundo. De Matus a Violeta Parra, de Ramírez a Atahualpa Yupanki, de Teresa Parodi a Djavan, de Peteco Carabajal a Spinetta, de Félix Luna a Charly García, toda ela foi e é uma classe que se debateu para uma nação. Uma mulher integradora de essências, uma perfumista da canção na busca do aroma perfeito, senão o aroma de um lugar.

Essa introdução do artigo de Fito Páez, no seu site, publicado, e sobre as parcerias que ela fez, inclusive, com os poetas. Prossegue a carta: sanmartiniana, despojada pela natureza, logrou que nenhum dirigente pode por em funcionamento e na história desta terra. Escutou a todos, se vinculou a todos, cantou com todos, nos emocionou a todos. Escutar, vincular, cantar, emocionar verbos não usuais, completamente afastados da vida política. Ela, como ninguém, nos dá uma ideia do significado de nação, nos carrega de responsabilidade e obriga a pensar na infelicidade de um país que não pôde se realizar em toda sua plenitude. Sem dúvida sua obra nos deixa sua firmeza nas eleições de seus repertórios, nos rasgos artísticos que assume.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes

 

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Então essa é uma carta de Fito Páez em homenagem à inesquecível cantora, compositora, artista, revolucionárias Mercedes Sosa.

Ainda tenho a registrar que o Sindicato dos Médicos de São Paulo realizou uma festa para comemorar 80 anos de funcionamento. Fundado em 28 de fevereiro de 1929, o Sindicato dos Médicos traz em sua história uma trajetória que se traduz por uma seqüência de ações que se caracterizam por uma passagem bastante relevante de significado na política médica e de saúde do País. Parabéns, presidente Cid Carvalhais! Parabéns ao Sindicato dos Médicos!

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLINHOS ALMEIDA - PT - Deputado Major Olímpio, que preside a sessão, Deputado Adriano Diogo e cidadãos que nos acompanham. Vou falar sobre o problema dos pedágios no Estado de São Paulo. Sincera e honestamente não consigo entender como se pode praticar um pedágio tão alto no Estado de São Paulo, inclusive desrespeitando a realidade local.

Hoje a página da internet do “VNews”, do Vale do Paraíba, que pertence à emissora Vanguarda, retransmissora da Rede Globo, dá esta notícia: “Praça de pedágio dividindo bairros de Igaratá e Atibaia causa polêmica entre moradores. As cabines já estão prontas para começar a cobrança, mas os motoristas reclamam da tarifa.”

A instalação de novas praças de pedágio na Rodovia dom Pedro, que liga Campinas a Jacareí, na região do Vale do Paraíba, é a “grande” medida do Governo do Estado. As pessoas terão que pagar pedágio dentro da própria cidade.

O artesão João Robélio Francisco mora em Água Branca, bairro da zona rural de Igaratá. Para ir ao centro, terá que passar pelo novo pedágio pelo menos quatro vezes por semana. "Eu vou para Igaratá pelo menos três, quatro vezes por semana, e com o valor de R$ 11,60 por dia fica bastante complicado", disse.

Uma empresária também se sente prejudicada. Ela é dona de uma fábrica de artefatos de borracha com 25 funcionários na zona rural de Igaratá. A empresa faz o transporte dos empregados e os gastos devem aumentar com a cobrança. "Só de transporte de funcionário vai sair uns R$ 3 mil", disse. O cálculo do prejuízo é porque na Praça de Igaratá, no quilômetro 26,5, a tarifa vai ser de R$ 5,80 para carros e de R$ 2,90 para motos.

Srs. Deputados, estive no município de Atibaia e constatei que o próprio prefeito da cidade, para sair da sua casa e ir até a prefeitura municipal, terá de pagar pedágio, devido a essa decisão absurda do Governo do Estado de instalar novas praças de pedágio na Dom Pedro.

Continua a matéria do “VNews”: “Sete bairros de Igaratá ficarão separados do centro pelo novo pedágio. Os moradores estão fazendo um abaixo-assinado contra a cobrança e se for preciso pensam em entrar na Justiça para pedir isenção para os carros da cidade. "Já estamos elaborando uma ação popular através de alguns advogados, porque com a construção dessa praça de pedágio a nossa cidade se dividiu ao meio. Além disso, vai ter um manifesto, uma caminhada pacífica, protestando", disse o vereador Dito Carlos.

Também os moradores elaboraram um adesivo onde se lê: “Pedágio tem preço, cidadania, não - Igaratá”. Esses adesivos que divulgam o protesto e listas com as assinaturas dos moradores foram espalhadas nos estabelecimentos comerciais. Os empresários que dependem da zona rural acreditam que o movimento deve cair. De acordo com um comerciante, o movimento não ficou ruim apenas para ele, mas toda a cidade foi prejudicada.

A assessoria de imprensa da concessionária informou que o edital não prevê a isenção para os moradores das cidades onde estão instaladas as praças de pedágios. As prefeituras de Igaratá e Atibaia tentaram negociar para que os moradores não pagassem a tarifa, mas até agora não tiveram resposta por parte do Governo.

Na sexta-feira, associações de moradores e produtores rurais de Atibaia entraram com uma ação civil pública na Justiça contestando a instalação do pedágio. O processo está em análise na 2ª Vara Civil da cidade. Como eu dizia, isso demonstra a total insensibilidade do Governo do Estado e a falta de respeito às questões locais ao se implantar um projeto.

Hoje o jornal “Valor Econômico” traz uma declaração do Presidente da ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, dizendo que na consulta pública feita para a instalação do trem de alta velocidade, o trem-bala, será levada em consideração uma série de sugestões e questões ali colocadas. Temos uma reivindicação que une toda cidade em São José dos Campos para fazer uma alteração no traçado, o que está sendo levado em conta pela ANTT. É uma forma diferente de governar.

O Governo Federal está ouvindo a sociedade de forma democrática, respeitando as questões locais. Infelizmente o Governo do Estado não age desta forma. A matéria veiculada no site da nossa região demonstra isso, ou seja, as cidades de Atibaia e Igaratá divididas no meio. Para irem de casa até o centro da cidade, muitas pessoas terão que pagar pedágio. Um absurdo que, com certeza, vai onerar o orçamento das empresas, aumentar o custo dos produtos, dificultar a vida de quem precisa ir para a escola, ao trabalho, ter acesso aos serviços públicos, inclusive os de Saúde.

Deputado Olímpio Gomes, que preside esta sessão, voltarei com este tema em outros momentos, porque é uma coisa inaceitável e uma falta de sensibilidade do Governo do Estado. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Flávio, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, pretendemos nos dedicar a esse assunto tratado pelo Deputado Carlinhos Almeida em outras oportunidades; aliás, já fizemos isso anteriormente.

Neste momento o Deputado se vale de situações reais de dificuldades que acontecem sempre, sobretudo na sua região, para tentar desqualificar um projeto que teve êxito absoluto.

Tenho dito sempre que apenas em São Paulo os brasileiros têm condições de transitar com tranquilidade em estradas seguras, equipadas, com assistência não apenas mecânica, mas também de saúde, diferentemente do que acontece nas estradas federais, onde infelizmente nós sobrevivemos à custa de tapa-buracos que não resistem à primeira chuva.

Diz o Deputado que, quando os pedágios acontecem, não levamos em conta uma série de questões, diferentemente do que faz o Governo Federal como, por exemplo, no caso do trem-bala, que eu gostaria de saber quando e por quem será feito. Aliás, não há nenhuma preocupação, porque temos aqui acompanhado e infelizmente essa é a realidade que pudemos acompanhar hoje no “Clipping” da Assembleia, no “Diário do Grande ABC”, um jornal absolutamente vinculado e ligado ao PT daquela região, que 88% das obras do Rodoanel estão sendo completadas. Da mesma maneira, a imprensa insiste naquilo que os petistas não gostam de reconhecer, que chegando ao mês de outubro, pouco mais de 13% do orçado no PAC deste ano foi até agora efetivamente implementado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlinhos Almeida.

 

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Mas como o PT gosta, inclusive adora anunciar e inaugurar obras que não saíram do papel, é provável que também façam isso em outras situações. Multiplicam-se agora os pedágios na Dutra e não vi até agora ninguém vir criticar o Governo Federal. A impressão que nos dá é que a Dutra não cruza São Paulo, não passa na região do Deputado Carlinhos Almeida. Na Dutra pode haver pedágio, Deputado Carlinhos Almeida. Se o pedágio vier do Lula, tudo bem, pode continuar colocando. Ele só se preocupa com os pedágios nas rodovias estaduais.

Para terminar minha fala, vou reiterar que vamos nos ausentar desta contenda, dessa discussão, vamos deixar para amanhã, porque hoje estamos lançando nesta Casa a Frente Parlamentar em Defesa do Agente Comunitário de Saúde e dos Agentes Comunitários de Endemias. Por quê? Porque embora saibamos que esses agentes têm tido um trabalho fundamental para a implementação para os programas de Médicos de Família, tão valorizados e tão decantados no nosso País e no nosso Estado, enfrentam enormes dificuldades junto às prefeituras do nosso Estado e de todo o nosso País.

Exatamente provocados pelo Sindicato dos Agentes Comunitários, estamos criando nesta Casa essa frente parlamentar, e gostaríamos de convidar os deputados para que compareçam nos ajudando a trabalhar, sobretudo em prefeituras onde inclusive chega a ocorrer o assédio moral contra esses agentes, obrigando-os a trabalhar com salários vis, muito abaixo do preconizado, e sem as mínimas condições para que essa atividade seja exercida.

Se efetivamente pretendemos neste País fazer uma Saúde de qualidade, se acreditamos que, de fato, o Médico de Família tem, sobretudo nas menores cidades do nosso Estado, nas regiões mais longínquas uma importância, é fundamental que esses agentes sejam respeitados, não apenas do ponto de vista da capacidade que têm para executar seu trabalho, mas precisam de salários e, sobretudo, treinamento para que possam exercer com dignidade e eficiência a sua função. É para isso que essa frente parlamentar está sendo criada, para auxiliá-los nessa luta que, repito, é diuturna e é praticamente em cada um dos municípios deste Estado que ela é travada.

E entendemos que a nossa Assembleia pode ter um papel relevante, primeiro demonstrando a todos que apoiamos essas suas reivindicações e, sobretudo, facilitando os entendimentos que estão por acontecer entre os agentes comunitários, o seu sindicato e particularmente as prefeituras que implantaram inclusive esse programa nos seus municípios.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PTB - Sr. Presidente, Deputado Carlinhos Almeida, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, a população de São Paulo e a imprensa estão espantadas com o que aconteceu no Rio de Janeiro, uma bala de bandido incendiou um helicóptero da Polícia Militar, e três policiais militares perderam a vida. Mas as pessoas não têm que se assustar, porque esta é a realidade que estamos vivendo - a sociedade valoriza o bandido em detrimento do policial; a pessoa só se lembra do policial em momento de dificuldade. Aí se lembra de Deus e chama a polícia no 190. Solucionada a dificuldade, muitas vezes pela polícia, as pessoas esquecem de Deus e xingam a polícia, principalmente uma grande parte da Imprensa.

Quando um policial militar, entre os 140 mil, comete um crime ou um erro, a imprensa generaliza, enfatizando que aquilo foi feito por um policial militar, não individualizando o fato.

O que aconteceu no Rio de Janeiro nada mais é do que a realidade. Não adianta pensar que chegaremos às Olimpíadas em 2016 com total tranquilidade. Nós vamos de mal a pior. Enquanto aceitarem negociar com os bandidos, eles vão fazer o que quiserem. Se não negociar, eles também vão agir como quiserem.

Temos visto políticos defendendo o uso de drogas. O filme do Bope mostra que quem financia o traficante para que tenha mulheres bonitas, carros importados, aviões, helicópteros é o próprio viciado - o fumador de maconha, o fumador de crack, o cheirador de cocaína. São essas as pessoas que mantêm o tráfico e o dinheiro nele envolvido.

O que aconteceu no Rio de Janeiro foi isso. O que podemos esperar se, quando se faz um filme sobre bandidos, os empresários colocam 9 milhões de reais? Esses bandidos aterrorizaram São Paulo por quatro dias. Quando o PCC atacou São Paulo em 2006, a sociedade ficou assustada, as pessoas não saiam às ruas, as aulas foram suspensas. Foram 44 policiais assassinados, além de várias pessoas do povo, ônibus foram incendiados.

Não sou contra que façam o filme. Isso é um problema de cada um. Não estou patrulhando ninguém. Se quiserem fazer um filme sobre a vida do Marcola, que façam. Quem quiser assistir, que assista.

Os empresários deram 9 milhões de reais para fazer o filme, e o Ministro da Cultura agora o indica ao Oscar. Além de tudo, ainda injeta dinheiro. Vão fazer propaganda da realidade para ganhar um Oscar? Não resta a menor dúvida de que essa é a realidade. O triste é acreditar que isso é normal.

Quando se investe no bandido, fazendo um filme para ele, a Imprensa noticia e as pessoas assistem, é evidente que o bandido aparece como dono de tudo.

Ontem, no Fantástico, apareceu o caso de um estuprador que matou uma menina de 17 anos nos Estados Unidos. Está lá há 20 anos esperando para ser morto. Não conseguiram achar sua veia e, assim, ele ainda não morreu. Vejam a dificuldade para matar bandidos. E isso acontece até nos Estados Unidos.

Um funcionário amigo nosso nos mostrava uma matéria sobre os 22 fuzis e 80 pistolas roubados de Ribeirão Pires. Nada foi apreendido até agora. Onde está a investigação que temos cobrado aqui? Solicitamos à Polícia Federal, que tem condições de agir em São Paulo, para que entre nessas investigações.

Na semana passada, a mesma arma que derrubou o helicóptero da Polícia Militar foi usada num ataque a um carro-forte no interior de São Paulo. Ontem um cabo da Polícia Militar foi abordar um carro e encontrou 300 gramas de maconha. Interrogando o bandido, ele disse trazer consigo 20 mil reais. O cabo falou: “Não quero 15 mil reais.” “Mas eu tenho o dinheiro que você quiser. Assaltei um banco no Ceará, o Banco Central.” O policial foi verificar e era mesmo. Era um tal de Fabrício, que o policial militar achou num carro aqui em São Paulo, nas Perdizes, passeando na rua, com drogas. Foi mandado para a Polícia Federal.

Onde está a investigação? A Polícia precisa pegar numa trombada, ou seja, parar um carro e, sem querer, achar um bandido procurado. É necessário investigação, trabalho, valorização do policial, salário digno para o policial. Senão, vamos de mal a pior, como o Major Olímpio fala todos os dias aqui, como nos casos de São Vicente. O policial está numa lista para morrer, sabe que vai morrer e morre na frente da família, dos filhos, da mulher.

Onde vamos parar? E vem alguém e diz que temos de prender sem dar nenhum tiro. Ora, eles nos matam e não podemos nem dar um tiro para o lado de lá. Se dermos, estamos trucidados. Vamos de mal a pior. O fato do Rio de Janeiro é “café pequeno”. Vai daí para mais, infelizmente. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, a diferença entre São Paulo e Rio de Janeiro é que o Rio de Janeiro tem praias, e as praias mais bonitas do mundo. Quanto à criminalidade, São Paulo só não tem ondas de violência semelhantes porque a disputa no Rio de Janeiro ocorre entre os criminosos. Por uma questão topográfica e por uma questão de pequena dimensão territorial, há uma briga permanente no Rio de Janeiro sobre a ocupação de territórios.

Há duas grandes facções naquele Estado: Comando Vermelho, apoiado por policiais civis e a ADA - Associação dos Amigos -, apoiada por policiais militares. Uma vergonha. E mais: assistimos com todo o glamour pela Rede Globo a maior festa popular da terra, o Carnaval, que é promovido e patrocinado por líderes de facções criminosas, bandidos. “Ah, mas é só o bicho.” É o bicho, que movimenta o tráfico, que movimenta o desmanche, que movimenta o sequestro, e ainda aparece de mecenas para a sociedade.

Bem disse o Deputado Conte Lopes que aqui em São Paulo é só uma questão de oportunidade, nem de logística é. Em Amparo, o Tenente Turolla, comandante da 2a Companhia do 34o DPMI, foi escorado a tiros de fuzis e metralhadoras num assalto a um carro de transporte de valores da Prosegur. Os marginais ultrapassaram o carro de transporte de valores com um Santana sem o vidro traseiro, com uma metralhadora ponto 30 fixada para fazer disparos. Os carros de transporte de valores resistem a impactos balísticos até o fuzil 762. Os marginais estão usando uma ponto 30. No Rio de Janeiro, usaram para derrubar aeronave e matar três policiais, aqui em São Paulo é só uma questão de oportunidade. Para pegar um milhão e 300, encheram de tiros um carro de transporte de valores, perfuraram o veículo, fizeram com que abrissem a porta, colocaram explosivos. Coisa de profissional, só no ponto da porta do cofre para provocar a explosão sem queimar e sem danificar o dinheiro. E conforme as guarnições da Polícia Militar iam chegando, tranquilamente, os demais marginais posicionavam-se em pé na estrada, dando rajadas com tiros de fuzil e com submetralhadoras. O que restou ao Tenente Turolla e a seus bravos policiais com armas de porte: abrigarem-se para não morrerem.

É bom que a sociedade saiba que, neste momento, em que uma tragédia assola o Rio de Janeiro, de novo, a Rede Globo dá espaço para sociólogos, filósofos e alguns “policiólogos” defenderem a descriminalização do uso da droga, do comércio e da produção. Vejam que coisa maravilhosa! Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso encabeçando uma mobilização. Que coisa bonita para a sociedade! “Olha, só existe o confronto entre polícia e traficante porque o tráfico é proibido. Então, vamos regularizar.” Já pensaram que maravilha? Uma feira livre dizendo “a cocaína mais pura da cidade, garantida pela chancela da ‘Drogabras’”, porque, logicamente, vai se criar uma agência nacional para ver a pureza, a qualidade do produto. “Compre cocaína e leve ‘crack’ de graça”.

Ontem, vi a Rede Globo dar espaço para alguns “ólogos” dizerem que a solução não é o enfrentamento com o traficante: é a convivência. Por quê? “Vamos descriminalizar.” Deputado Conte Lopes, são os mesmos que patrocinam isso. É o mesmo “Viva Rio” de sempre, financiado pela Fundação Ford. São os mesmos que já conseguiram desarmar o cidadão de bem. Bandido não é desarmado, mas o cidadão de bem é.

Aí está o resultado. As nossas Forças Armadas. Hoje, se o Governador do Rio de Janeiro ou o Governador de São Paulo quiserem comprar para a Polícia Militar ou para a Polícia Civil uma metralhadora ponto 30, não poderá fazê-lo pela legislação. “Não pode, é uma arma de guerra.” O bandido pode ter, como acontece no Estado de São Paulo, onde morreu mais um policial civil. Dezesseis PMs já morreram em serviço, neste ano.

No Estado de São Paulo, pela nossa Assembleia Legislativa, a profissão de policial não é perigosa: é insalubre. Fica mais barato pagar insalubridade do que periculosidade. O Governador Serra e seus seguidores acham que o tiro não é perigoso, e sim contagioso. No nosso Estado, realmente, paga-se insalubridade. Não se paga adicional de periculosidade para o policial.

É preciso dizer à sociedade exatamente o que está acontecendo. Em 2006, houve aqueles ataques maciços por uma estratégia dos marginais, porque não existe estratégia outra da polícia. Se acontecer em São Paulo, hoje, vira do mesmo jeito: não vão avisar os policiais por motivação política; vão deixar que um monte morra. Da mesma forma que no Rio de Janeiro. Aquela acomodação: “Ah, tem a ADA, tem o Comando Vermelho e vai convivendo todo mundo.”

E mais: é necessário que morram três policiais, que complique a situação do Brasil para sediar as Olimpíadas, para que sejam liberados cem milhões reais para a compra de aeronaves blindadas para a polícia.

Quanto às aeronaves, voltarei ao assunto depois porque, no Estado de São Paulo, houve um momento em que as aeronaves da Polícia Militar viraram táxi-aéreo de todos: o Governador tem direito; o vice-Governador tem, mas não tem direito de ir de calção e com o cachorrinho para Campos de Jordão - e foi; secretários; “aspones”; “astupos”. Todas as modalidades usando as aeronaves da Polícia Militar.

E determinaram, ainda, porque era constrangedor às autoridades, que se retirassem os fuzis da PM. Nem vamos falar em blindagem para helicópteros, ou para vidros dianteiros de viaturas. E V. Exa. acompanhou muito bem quando houve ataques do PCC: o Governador e o secretariado foram à televisão dizer “Vamos blindar os vidros dianteiros, as portas, a parte opaca e os vidros das portas para a proteção dos policiais.” Até agora, só temos uma viatura para a demonstração, e feita por uma empresa, não pelo Estado.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida.

 

O SR. CARLINHOS ALMEIDA - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Volto à tribuna, em primeiro lugar, para dizer aos deputados que não se informaram sobre o trem de alta velocidade que o Governo Federal já realizou um estudo bastante profundo sobre esse meio de transporte, que vai ligar Campinas a São Paulo e São Paulo ao Rio de Janeiro. O Governo Federal abriu uma consulta pública, que inclusive foi prorrogada para que mais pessoas pudessem opinar. E teremos, até o final deste ano, o lançamento do edital desse meio de transporte moderno, limpo e seguro que será um novo indutor do desenvolvimento na região do Vale do Paraíba e no Estado.

Todas as pessoas sabem que a Rodovia Presidente Dutra foi objeto de concessão no Governo Fernando Henrique Cardoso. Todas as praças de pedágio que lá estão foram instaladas no Governo do PSDB, dos tucanos. Temos concessões novas, feitas pelo Presidente Lula, de maneira completamente diferente desse descalabro feito pelo PSDB no Estado de São Paulo. São concessões que beneficiam o usuário da estrada. Ganha a concorrência a empresa que cobra a menor tarifa, e não aquela que paga o maior “pedágio” para o Governo, que é a maior outorga.

A consequência disso está no bolso do cidadão. Fizemos aqui a leitura da matéria do site “VNews”, da minha região, o Vale do Paraíba, mostrando que a população pagará pedágio na Dom Pedro. Falei de Atibaia e falarei aqui de Igaratá, onde teremos um pedágio no km 26,5, e outro no km 79,9. A distância entre essas duas praças é pouco mais de 50 quilômetros. No entanto, vai se pagar R$ 5,80 numa praça e R$ 4,60 na outra, por pouco mais de 50 quilômetros. E se formos ali perto, na Rodovia Fernão Dias, que acabou de ter uma concessão federal feita pelo Presidente Lula, a pessoa anda 100 quilômetros e paga R$ 1,10; na Castello Branco o pedágio está na faixa de R$ 11,00.

Qual é a mágica, por que o Governo Federal conseguiu fazer uma concessão com pedágio de R$ 1,10, e o Governo do Estado mantém na Castello Branco R$ 11,00 ou dez vezes mais? Não há mágica nenhuma, é uma questão de prioridade. O Governo estadual do PSDB deu prioridade para a arrecadação do Estado. Fez o modelo da outorga onerosa, no qual o Estado dá a concessão de estrada para aquela empresa, ou àquele grupo, que se dispõe a pagar mais para o próprio Estado. E todos sabem que as concessionárias não retiram do seu lucro o que pagam para o Governo Estadual. É evidente que não. Isso é uma pressão constante sobre a tarifa. Já o Governo Federal, na gestão do Presidente Lula, fez uma concorrência e ganhou quem se dispôs a cobrar a menor tarifa para o usuário. São modelos diferentes. Ninguém se nega a pagar um pedágio para ter uma estrada em boas condições. Em São Paulo, em geral gastamos mais em pedágio do que em combustível, de forma que o transporte rodoviário onera pesadamente o custo da produção, dificulta a vida das empresas e dos cidadãos.

Gostaria mais uma vez de lamentar que o Governo José Serra tenha instalado pedágios na Rodovia Dom Pedro, sem conversar com a população, dividindo cidades ao meio e dificultando a vida de todos os moradores da nossa região. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PTB - Esta Presidência suspende a sessão por dois minutos por conveniência da ordem.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 26 minutos, a sessão é reaberta às 15 horas e 29 minutos, sob a Presidência do Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PDT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, todos aqui presentes, teremos, na quinta-feira, uma reunião ordinária da Comissão Permanente de Agricultura e Pecuária desta Casa.

Dentre outros assuntos que estaremos tratando, refletiremos sobre a necessidade de elaborar uma emenda ao Orçamento do ano que vem, para aumentar o total da rubrica orçamentária destinada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, essa reflexão já é fruto de um entendimento que já fizemos com o Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa, Deputado Mauro Bragato. Já discutimos com o Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João de Almeida Sampaio. E não somente com os secretários, com a Comissão de Finanças e Orçamento desta Casa, nas audiências públicas em que o Presidente Mauro Bragato conduziu em diversas regiões deste Estado um modelo de discussão orçamentária muito própria do ponto de vista da cidadania, da participação popular e democrática. Já discutimos também com segmentos dos servidores da própria Secretaria. Vou citar aqui um exemplo: a manifestação dos engenheiros agrônomos da Secretaria de Agricultura e Pecuária de São Paulo. Então é necessário discussão nesta Casa e, acima de tudo, a compreensão do Líder do Governo nesta Casa, Deputado Vaz de Lima, a compreensão do Governador José Serra para que haja acolhimento.

O Orçamento para a Secretaria de Agricultura deste ano é 0.72 por cento. No ano que vem, é 0.66 o percentual destinado à Secretaria de Agricultura. É bem verdade que o percentual diminui em relação ao deste ano para a Secretaria de Agricultura. Mas o fato de ter aumento de cerca de 853 milhões de reais e este ano setecentos e poucos milhões de reais no volume de dinheiro para a Secretaria de Agricultura, não quer dizer que não vamos discutir o aumento do percentual.

Temos que discutir o percentual do Orçamento do ano que vem, 2010, cuja proposta já está nesta Casa. Vai correr pauta a partir dos próximos dias, nas 15 sessões previstas no Regimento desta Casa para a peça orçamentária receber as devidas emendas e assim começar o grande debate desta Casa, neste final de ano.

Temos que definir um percentual e apelamos para a sensibilidade do Governador José Serra porque a Secretaria de Agricultura e Abastecimento tem programas que não podem parar. Vou citar aqui o programa conduzido pela Codasp: “Programa Melhor Caminho”. Este programa é fundamental para recuperação das estradas municipais que chegam à pequena propriedade, que em razão desses grandes temporais são deterioradas e precisam da ação da Codasp, portanto precisam de verba, além de outros programas que poderíamos citar em que se faz necessário um melhor volume de recursos para a Secretaria de Abastecimento do Estado de São Paulo.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PDT - Sr. Presidente, solicito o levantamento da presente sessão por acordo de lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PTB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo disposição constitucional, adita à Ordem do Dia o PLC nº 62/08, vetado.

Nos termos do Art. 279, § 6º, da XIII Consolidação do Regimento Interno, esta Presidência adita à Ordem do Dia os PDLs 57 e 64 de 2009.

Em face do acordo entre as lideranças esta Presidência, antes de levantar a sessão, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da Sessão Ordinária de 15 de outubro e os aditamentos ora anunciados lembrando-os ainda da Sessão Solene e realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar os 75 anos do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 36 minutos.

 

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