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29 DE OUTUBRO DE 2012

151ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CARLOS GIANNAZI, ITAMAR BORGES e JOOJI HATO

 

Secretário: FERNANDO CAPEZ

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CAMPOS MACHADO

Para questão de ordem, saúda a participação do Deputado Carlos Giannazi nas últimas eleições. Aborda o processo de indicação do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Questiona a forma de publicação da lista de apoio às candidaturas existentes.

 

003 - Presidente CARLOS GIANNAZI

Informa que a questão de ordem seria encaminhada a Presidência Efetiva, para resposta oportuna. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 14h41min.

 

004 - ITAMAR BORGES

Assume a Presidência e reabre a sessão às 14h45min.

 

005 - CARLOS GIANNAZI

Informa que o PSOL entrará com pedido de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) pela reforma da Previdência de 2003. Descreve como esta proposição prejudicou os trabalhadores. Relata que o pedido se deve ao fato de o Supremo Tribunal Federal ter considerado que houve compra de votos, no Congresso Nacional, neste período. Combate as reformas feitas na área previdenciária desde a Presidência de Fernando Henrique Cardoso. Critica o Partido dos Trabalhadores por ter patrocinado parte destas reformas.

 

006 - JOOJI HATO

Afirma que uma das grandes causas deste problema é o descontrole do porte de armas. Pede para que órgãos responsáveis aumentem o rigor nas blitz contra as armas ilegais. Relata visita recente a área da "Cracolândia", na região central de São Paulo.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Relata visita ao Hospital do Servidor Público Estadual, juntamente com outros Deputados. Denuncia a situação financeira precária da instituição. Comenta que o Iamspe tem rompido diversos convênios com instituições de saúde no Interior e no Litoral. Informa que este fato deixa o servidor sem opções de atendimento nessas regiões.

 

008 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

009 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

010 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 30/10, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão solene, hoje, às 20 horas, para "Comemorar o Dia do Cirurgião Dentista". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Fernando Capez para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. CAMPOS MACHADO - PTB - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, Sr. Presidente, inicialmente gostaria de cumprimentar V. Exa. pela vossa participação de uma maneira democrática e coerente na eleições. Não concordamos em quase nada, mas respeitamos as posições um do outro. Vossa Excelência foi um guerreiro. Às vezes não importa a vitória, importa o lado certo em que estamos, e V. Exa. lutou acreditando que estava no lado certo.

Cumprimento o Deputado Fernando Capez, digno Promotor Público, Procurador de Justiça, homem correto, sério, honesto, com quem tenho algumas divergências pontuais. Pontualidades que não afetam o respeito recíproco e os sonhos que temos em comum.

Sr. Presidente, quero apresentar Questão de Ordem sobre uma polêmica muito grande a respeito do que chamo de dignidade. A dignidade da Assembleia Legislativa está em risco, exatamente pela polêmica da indicação do novo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, cuja prerrogativa é nossa.

De maneira até leviana, a Secretaria da Casa fez divulgar a lista dos favoráveis a um nome, dos favoráveis a outro nome, subtraindo, sem uma análise mais profunda, nomes que constavam da lista do Deputado Jorge Caruso.

Peço licença para deixar de ler a Questão de Ordem e protocolá-la, pedindo a V. Exa. que a encaminhe depois ao Presidente efetivo desta Casa.

 

O Sr. Presidente - Carlos Giannazi - PSOL - Esta Presidência recebe o questionamento de V. Exa., que será encaminhado para a Presidência efetiva desta Casa para resposta em momento oportuno.

 

O SR. Campos Machado - PTB - Obrigado, Sr. Presidente.

 

O Sr. Presidente - Carlos Giannazi - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência suspende a sessão por cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 14 horas e 41 minutos, a sessão é reaberta às 14 horas e 45 minutos, sob a Presidência do Sr. Itamar Borges.

 

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O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Itamar Borges, público aqui presente e telespectadores da TV Assembleia, eu gostaria de informar a todos que nós, do PSOL, através do nosso diretório nacional, iremos ingressar no Supremo Tribunal Federal com uma Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade -, para revogar e anular a reforma da Previdência que foi aprovada em 2003, a famosa Emenda 41, de 2003, que tanto prejudicou os servidores públicos do Brasil. Essa emenda foi mais um ataque à Previdência e à aposentadoria dos servidores, porque afetou os trabalhadores brasileiros.

Anteriormente a essa reforma da Previdência, nós tivemos a Emenda 20/98 do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, que prejudicou os trabalhadores da iniciativa privada, estendendo e ampliando o tempo de contribuição e a idade mínima para a aposentadoria. Depois nós tivemos a segunda reforma da Previdência no governo do ex-Presidente Lula, e ambas as reformas prejudicaram os trabalhadores brasileiros.

Nessa segunda reforma, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que mostrou claramente que houve compra de votos, pois a PEC que se transformou na Emenda 41 tinha um vício gravíssimo denunciando essa compra de votos.

Não sou eu quem está dizendo isso. O Supremo Tribunal Federal já provou que houve compra de votos. Logo, nós entendemos que essa reforma está viciada. Ela tem que ser imediatamente anulada, Sr. Presidente.

Por conta desse vício, que é uma afronta à democracia, ao sistema republicano e, sobretudo, porque ela prejudicou e continua prejudicando os servidores públicos brasileiros.

O Brasil é o único país do mundo onde quem já contribui com seu sistema previdenciário continua pagando após a aposentadoria. Isso não existe em nenhum país do mundo, apenas no Brasil.

O Brasil inaugurou a cobrança nos proventos dos aposentados. É uma aberração jurídica, inclusive. Tanto é que nós já estávamos defendendo a aprovação da PEC 555, que versa também sobre a revogação e muda a Emenda 41, mesmo antes do julgamento do Supremo Tribunal Federal, da Ação Penal 470, o caso do Mensalão.

Essa PEC muda a Emenda 41, mas parece que após essa decisão do Supremo ficou muito claro que essa reforma é inconstitucional. Ela tem que ser realmente anulada. Tanto é que recentemente um juiz, no Rio Grande do Sul, já deu causa ganha para uma aposentada tirando o desconto de 11% dos seus proventos.

Então, Sr. Presidente, eu queria informar que nos próximos dias estaremos protocolando essa Adin e que já estamos consultando as entidades representativas dos servidores, as federações de servidores públicos do Brasil e muitos outros movimentos que lutaram, e continuam lutando, contra essa Reforma da Previdência, a Emenda 41; e também os movimentos que lutaram contra a Emenda 20, do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso; os movimentos que lutaram aqui em São Paulo contra a reforma da Previdência Estadual, que também prejudicou milhares de servidores do Estado, a reforma feita pelo ex-Governador Serra, em 2007.

Aqui, também nos mobilizamos contra a reforma recente que criou a Previdência complementar aprovada ainda neste ano. Votamos contra porque é, na verdade, uma privatização da Previdência.

Entregaram o dinheiro da Previdência para o sistema financeiro. O Governo Federal já aprovou uma lei semelhante. Mas, aqui, o Governador Alckmin aprovou antes até. Ele foi mais realista do que o rei.

Essa luta, que o PSOL, os vários servidores e as várias entidades dos servidores públicos estão travando no Brasil todo, não pode parar. Por isso que estamos preparando, formulando, elaborando uma Adin. Temos certeza que o Supremo vai acatá-la porque senão ele entra em contradição porque houve, de fato, compra de votos. Na época, tínhamos denunciado isso. O próprio PSOL - o Partido Socialismo e Liberdade - é fruto dessa luta porque éramos do PT e votamos contra a reforma. Vários parlamentares do PT, na época, em 2003, foram expulsos do PT porque votaram contra a reforma da Previdência que era uma verdadeira contradição, uma verdadeira afronta aos servidores e ao estado democrático de direito.

A Heloisa Helena, que, na época, era senadora do PT, foi expulsa. A ex-deputada Luciana Genro e outros parlamentares também se colocaram contra. E, daí, surge o PSOL. O PSOL surge dessa contradição quando o PT começa a perder a sua essência, a sua alma. Quando o PT começou a abandonar as bandeiras históricas em defesa da população e dos trabalhadores, surge o PSOL justamente nessa votação da Previdência.

Nos próximos dias, estaremos protocolando no Supremo Tribunal Federal essa Adin para revogar a Emenda nº 4, de 2003. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Itamar Borges, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero, aqui, ler o título da “Folha de S.Paulo”, de hoje: “Em 9 ataques com motos, 22 são baleado na Grande São Paulo”.

Não gostaria de ler isso nesta tribuna. É um absurdo que, nesse final de semana, 41 pessoas sejam baleadas na Grande São Paulo. Em dois dias, tivemos essa reportagem que poderíamos ter evitado. É um absurdo, numa cidade que deveria exportar “know how” de segurança, de ordem pública, vermos exatamente isso nos nossos jornais.

Nobre Deputado Itamar Borges, parece que espremendo os jornais, no final de semana, até sai sangue, tamanha a violência que acontece. Não entendo o porquê mantém essa violência. É tão fácil saber com qual objeto os criminosos matam. Com qual objeto eles intimidam a pessoa, que ferem a pessoa que vai parar num pronto-socorro, fazendo com que utilize um leito cirúrgico, leito da UTI, sobrecarregue os profissionais do IML que têm de fazer a autópsia, entristece famílias. Do que eles se munem? De armas. Essas armas vêm de onde? Paraguai, Bolívia, juntamente com as drogas, que entram pelas fronteiras internacionais, atravessam as fronteiras interestaduais e chegam às nossas cidades. Aí vemos garoto de 16 anos com uma AR-15 assaltando no Jardim Miriam. A gente vê as pessoas transitarem com essas armas e ninguém faz nada?! Por que não tirar a arma dessas pessoas? É tão simples: basta fazer blitz pelo desarmamento. Basta cercar os marginais que detêm essas armas contrabandeadas, com numeração raspada, roubada. Já que não conseguem controlar as fronteiras, que se controle pelo menos “in loco”, em pontos estratégicos: nos pontos de ônibus, nos forrós da vida, nos botecos, nos pancadões, façam blitz nos cruzamentos. Aí teremos segurança, qualidade de vida. Será que os órgãos competentes não conseguem entender isso? Tomem essas armas e derretam em praça pública ou passem uma moto niveladora por cima, divulguem na imprensa. Paguem a esses policiais, fica mais barato. Que se dê a cada policial que tomar uma arma ilegal, roubada, de numeração raspada, um valor semelhante a 100, 150 dólares como ocorre em qualquer país desenvolvido. Paguem ao policial que desarmar, assim não teremos mais essas armas circulando.

Outra coisa: vi a matéria da Cracolândia no Rio de Janeiro no final de semana. É algo que nos deixa muito preocupados. Estivemos na Cracolândia paulista com a frente parlamentar e ficamos assustados. A Cracolândia do Rio de Janeiro é semelhante. É algo que nos põe a pensar. Não entendemos como um ser humano pode chegar a tal ponto de degradação! Parecem animais - irracionais. E o Poder Público não toma providências nem lá no Rio de Janeiro, nem aqui em São Paulo?! O que temos são farrapos humanos. O crack, o oxi corrói essa gente.

Meu caro Deputado Itamar Borges, ex-Prefeito de Santa Fé, acredito que em Santa Fé não deva existir uma Cracolândia, não? Mas penso que dá para resgatar essa gente. É só internar, é só ir à Fazenda Esperança, em Guaratinguetá, e ver o trabalho exemplar do Frei Hans e de tantas outras entidades e associações terapêuticas nessa área. O Papa Bento XVI visitou a Fazenda Esperança quando da sua visita ao Brasil. Um modelo de trabalho nessa área. Setenta por cento das pessoas saem de lá recuperadas, prontas para o convívio social. É por isso que não entendo por que os governantes deixam essas pessoas pelas ruas, por que permitem que essas drogas cheguem a elas. Todo mundo sabe como elas chegam. Tem gente ganhando com isso, tem gente lucrando em cima disso, do contrário não teríamos esse exército de drogados, esse exército de farrapos humanos.

Essas pessoas são seres humanos e precisamos resgatá-los. Temos de trazê-los de volta ao convívio social, ao convívio familiar. O Governo é o culpado disso; temos que estar cobrando do Governo o tempo todo. Muito obrigado Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ITAMAR BORGES - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Itamar Borges, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta a esta tribuna quero dizer que hoje estivemos hoje, juntamente com V. Exa., no Iamspe, lá no Hospital do Servidor Público Estadual, presente também Deputado Olímpio Gomes, na solenidade dos 60 anos do Iamspe e também para a comemoração do Dia do Funcionário Público Estadual.

Tivemos também a presença inusitada do Governador Geraldo Alckmin, que para nossa surpresa não apresentou nenhuma proposta concreta para resolver a situação do Iamspe e do Hospital do Servidor Público Estadual. Como todos sabem aqui nós denunciamos exaustivamente a situação de precarização, de sucateamento, de privatização e de terceirização de um dos maiores hospitais da América Latina que atende os servidores públicos do nosso Estado. O Hospital do Servidor Público Estadual é responsável pela saúde de mais de um milhão e trezentos mil servidores, bem como também, de seus respectivos familiares.

Sr. Presidente, por exemplo, o Governador Geraldo Alckmin, não apresentou nenhuma proposta para que o Estado também dê a sua contribuição para a situação financeira daquele hospital, porque quem o sustenta financeiramente é o servidor público através do desconto de 2% da folha de pagamento. O Governo não faz a sua contrapartida. O que temos é a cada Orçamento, de muita pressão dos próprios servidores e de alguns Deputados, nós conseguimos aprovar algumas emendas, disponibilizando algum tipo de recurso.

Mas o Hospital do Servidor Público Estadual fica sempre refém dessa luta e também da decisão da Assembleia Legislativa que é controlada pelo Palácio dos Bandeirantes, porque a base do Governo é muito grande; são 66 Deputados. Então, não conseguimos aqui aprovar aqui, de uma forma satisfatória um orçamento maior para o Hospital do Servidor Público Estadual, nem para o departamento de perícias médicas do Estado, que é outro setor totalmente sucateado e abandonado pela Secretaria de Gestão Pública.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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Portanto, uma das grandes reivindicações que estamos fazendo, uma das grandes lutas, é no sentido de obrigar o Estado a fazer a contrapartida, pagando, também, 2% para cada servidor público, para a manutenção desse hospital. Essa é uma proposta estratégica hoje para que o Hospital do Servidor Público Estadual, possa atender com o mínimo de dignidade aos nossos servidores.

Outro ponto estratégico importante é a questão dos convênios, da descentralização do atendimento do Iamspe que, são atendimento que deveriam ser feitos com os convênios, com as Santas Casas, com os hospitais regionais espalhados pelo Estado; e é uma grande crise.

Eu já tinha denunciado aqui, há algumas semanas, a situação da Santa Casa do município de Santa Cruz do Rio Pardo, onde houve o cancelamento do contrato do Iamspe com a Santa Casa e temos milhares e milhares de servidores daquela região sem atendimento médico. Então, os professores que moram naquela região, os policiais civis e militares, os servidores da própria Saúde estão sem atendimento. Eles são obrigados a vir a São Paulo para ter uma consulta médica, para fazer um exame. E até agora o contrato não foi renovado por conta da ineficiência, da burocracia e da incompetência do próprio Iamspe e do Governo Estadual.

A situação é a mesma na região de São José do Rio Preto, onde a Santa Casa de Rio Preto rompeu o contrato com o Iamspe, porque o referido instituto não paga o hospital corretamente. A situação é a mesma na região de Santos e de toda a Baixada Santista, onde todos os servidores da Baixada são obrigados a vir aqui ao Ibirapuera para ter algum tipo de atendimento médico: entrar na fila, depender de uma consulta, para fazer um exame, um absurdo o que vem acontecendo em várias regiões do nosso Estado.

Por isso estamos na luta pela descentralização, pela manutenção dos convênios com as clínicas, com as Santas Casas e também com os hospitais regionais, em cada região. Tem que descentralizar o atendimento do Hospital do Servidor Público. Os servidores do interior, da Grande São Paulo, da Baixada Santista não podem mais ficar reféns dessa situação.

Nesse sentido, o Governador assinou apenas três convênios para três municípios, mas na verdade não fez a renovação de muitos outros que perderam os seus contratos. Então é uma situação gravíssima esse sucateamento, a degradação do hospital, a falta de investimento, a terceirização de vários serviços, a privatização não só do Hospital do Servidor Público Estadual, mas também a situação não é muito diferente, talvez muito pior no Departamento de Perícias Médicas, que é considerado a casa dos horrores, porque é um espaço totalmente abandonado. Depois que tanto o Departamento como o Hospital passaram ao controle da Secretaria de Gestão Pública, a situação piorou, e piorou muito.

Então queria fazer esse registro, porque vamos continuar pressionando o Governo Estadual a fazer a contrapartida, pagando os 2%, também pago pelos servidores, e também a renovar os contratos. Em Santos, estamos com essa situação; em Santa Cruz do Rio Pardo; e também na região de Rio Preto. E acrescento ainda que recebemos a denúncia das professoras aposentadas da região de Presidente Prudente, uma área totalmente abandonada pelo Iamspe.

Sr. Presidente, vamos continuar pressionando e denunciando o Governador Geraldo Alckmin, o PSDB e todo esse processo de precarização do atendimento na área da Saúde dos servidores do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, esta Presidência, cumprindo determinação constitucional, adita à Ordem do Dia o Projeto de lei Complementar nº19/2012, vetado.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, convoco V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de 25 de outubro, e o aditamento ora anunciado, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de prestar homenagem ao Dia do Cirurgião Dentista.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e oito minutos.

 

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