10 DE OUTUBRO DE 2024

62ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DE COLAR A ELEUSES VIEIRA DE PAIVA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO e BARROS MUNHOZ

        

RESUMO

        

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão às 20h22min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a composição da Mesa.

        

3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Informa que convocou a presente sessão solene para a "Entrega de Colar a Eleuses Vieira de Paiva", por solicitação do deputado Barros Munhoz. Cumprimenta as autoridades presentes. Diz ser uma honra participar desta solenidade. Ressalta o trabalho desenvolvido pelo homenageado na área de Medicina e em seus três mandatos como deputado federal. Destaca a sua representatividade em São José do Rio Preto. Elogia Eleuses de Paiva por sua personalidade cativante, alegre, preparada, bondosa e que escuta o próximo. Informa que todos os 94 deputados desta Casa prestam esta homenagem pelos relevantes serviços prestados. Menciona projetos inovadores implementados pelo secretário estadual de Saúde em São Paulo, como a tabela SUS paulista e os três mil novos leitos de hospitais. Parabeniza toda a equipe do Dr. Eleuses Paiva e agradece por todo o trabalho desenvolvido.

        

4 - BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência.

        

5 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Convida todos a ouvirem, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

        

6 - PRESIDENTE BARROS MUNHOZ

Cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza o governador Tarcísio de Freitas por ter priorizado a Saúde e indicado o homenageado para o cargo de secretário estadual da Pasta. Considera os dois anos de mandato extraordinários, repletos de inovações e realizações. Discorre sobre a implementação da tabela SUS paulista, a elevação dos repasses estaduais para os municípios e o novo modelo de gerenciamento dos hospitais estaduais, com o Hospital Sírio Libanês assumindo a direção de três hospitais estaduais. Afirma ser uma obrigação homenagear aqueles que merecem. Presta também homenagem a toda a equipe do Dr. Eleuses de Paiva. Agradece a presença de todos.

        

7 - BRUNA FURLAN

Deputada estadual, faz pronunciamento.

        

8 - VALDOMIRO LOPES

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

9 - DANILO CAMPETTI

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

10 - ARTHUR LIMA

Secretário-chefe da Casa Civil, representando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, faz pronunciamento.

        

11 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Faz leitura de homenagem enviada pelo deputado estadual Oseias de Madureira.

        

12 - HORACIO RAMALHO

Professor de nefrologia da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base de São José do Rio Preto e diretor do Hospital Municipal Doutor Domingo Marcolino Braile, faz pronunciamento.

        

13 - JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL

Segundo vice-presidente da Associação Paulista de Medicina, faz pronunciamento.

        

14 - ELEUSES DE PAIVA FILHO

Filho mais novo do homenageado, faz pronunciamento.

        

15 - GILBERTO KASSAB

Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.

        

16 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Faz leitura sobre o Colar de Honra ao Mérito. Anuncia a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Sr. Eleuses Vieira de Paiva.

        

17 - ELEUSES VIEIRA DE PAIVA

Secretário estadual de Saúde e homenageado, faz pronunciamento.

        

18 - BARROS MUNHOZ

Saúda as autoridades presentes. Afirma ser o Dr. Eleuses de Paiva um exemplo a ser seguido e o melhor secretário estadual de Saúde do estado de São Paulo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 22h41min.

 

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- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a Eleuses Paiva, o secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pelo Canal Alesp no YouTube. Convido para que componha a Mesa Diretora o deputado estadual André do Prado, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; Arthur Lima, o secretário-chefe da Casa Civil, neste ato representando o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Deputado estadual Barros Munhoz, proponente desta sessão solene; Eleuses Paiva, o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, e homenageado desta noite. E como extensão da Mesa Diretora, convidamos Gilberto Kassab, deputado estadual.

Passo a palavra ao deputado André do Prado, para que proceda à abertura desta sessão solene.

Boa noite a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Boa noite. Iniciamos o nosso trabalho nos termos regimentais. Essa sessão solene foi convocada por mim, presidente desta Casa de Leis, atendendo solicitação do deputado estadual Barros Munhoz, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. Eleuses Paiva, nosso secretário de Estado da Saúde, que muito nos honra.

Gostaria de cumprimentar aqui a nossa Mesa, começando pelo nosso secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, também nesse ato representando o nosso governador de estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Cumprimentar o nosso secretário de Governo, que foi anunciado aqui como deputado estadual, mas já foi ministro, já foi deputado federal, presidente do partido que elegeu mais prefeitos neste Brasil, cumprimentar o nosso amigo, secretário de governo Gilberto Kassab.

Cumprimentar aqui presente também ao meu lado o proponente dessa sessão solene de outorga do Colar de Honra ao Mérito, que é a mais alta honraria desta Casa de Leis.

Cumprimentar aqui o nosso decano, esse deputado que faz um trabalho magnífico e que teve iniciativa dessa honraria tão importante para o nosso estado de São Paulo, para esta Casa de Leis, que é o reconhecimento dos trabalhos feitos pelo nosso Dr. Eleuses Paiva. Cumprimentar o deputado Barros Munhoz, aqui presente conosco.

Cumprimentar os deputados aqui presentes também, Valdomiro Lopes, cumprimentar o deputado Danilo Campetti, deputada Bruna Furlan, que é a nossa presidente da Comissão de Saúde aqui da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Também esteve conosco aqui o deputado Atila Jacomussi.

Em nome desses deputados, é uma honra muito grande participar da abertura desta sessão solene. Cumprimentar, em nome do nosso conselheiro também, Dimas Ramalho, do nosso Tribunal de Contas, que é também na região.

Em nome dele, cumprimentar todas as demais autoridades que serão elencadas aqui pelo nosso Cerimonial. Cumprimentar todos os familiares aqui do Sr. Eleuses Paiva, todos os convidados presentes, amigos, pessoas nesse momento presente. Em nome do Caique aqui, nosso prefeito de Penápolis, cumprimentar todos os demais prefeitos, vice-prefeitos, autoridades aqui do Poder Executivo, Legislativo.

Dizer, Dr. Eleuses Paiva, que preparei um discurso aqui, mas eu não vou ler, não. Eu queria dizer no meu discurso de abertura, conheço pouco tempo, Barros, o Dr.  Eleuses Paiva.

Não tenho essa honra que muitos senhores que estão aqui hoje participando têm de conhecer o Dr. Eleuses há muito mais anos, por todo o trabalho que ele desenvolveu na área da Medicina, também como deputado federal por três mandatos, e eu estou tendo essa honra de dois anos para cá.

Há menos de dois anos, logo após o segundo turno das eleições para o governo do estado, tive a honra de estar ao lado do Dr. Eleuses, que era um dos braços direitos já do nosso governador Tarcísio de Freitas, Arthur Lima, e que era responsável, pelo plano de governo da Saúde do estado de São Paulo, que foi feito por ele, ao lado do governador Tarcísio.

E no segundo turno eu pude caminhar em todo o estado ao lado do Kassab, ao lado do Dr. Eleuses, Gilberto Nascimento, e foi ali que eu comecei a conhecê-lo. Só conhecia o Dr. Eleuses pelo nome, pela representatividade que ele tinha na região de Rio Preto, mas foi durante essa peregrinação em todo o Estado, no segundo turno, que eu pude estar mais perto do Dr. Eleuses, e tive a honra, Kassab, de conhecer essa pessoa que todos vocês já conhecem há muitos anos.

O Dr. Eleuses é uma pessoa muito cativante, uma pessoa muito alegre, uma pessoa muito determinada, uma pessoa muito preparada, e uma pessoa que você quer estar ao lado dele, perto dele, por tudo que ele representa, não só com a parte técnica que ele conhece, mas, assim, como ser humano, uma pessoa realmente bondosa, que escuta o próximo.

Então, foi ali que eu conheci o Dr. Eleuses de verdade e, depois de eleito, o governador Tarcísio eleito, e ele ter sido nomeado secretário de Estado, nós, no estado de São Paulo, esta Assembleia, quando faz uma honraria como essa, Dr. Eleuses, não somos nós. São as 45 milhões de pessoas que estão aqui representadas pelos 94 deputados que fazem essa homenagem ao senhor.

E por quê? Simplesmente pelos relevantes serviços prestados que o senhor já fez, está fazendo, e ainda vai fazer, em prol da Saúde do nosso estado de São Paulo. E eu sou testemunha, deputada Bruna, o quanto - você que é da Comissão de Saúde - o nosso secretário tem se empenhado, tem trabalhado, para a nossa Saúde do estado de São Paulo.

É um desafio muito grande, uma área muito sensível de você comandar, e tem que ter pessoas realmente preparadas, que têm esse perfil, que é uma pessoa humana, que enxerga lá na ponta, realmente, os problemas reais que a população vive no dia a dia, com a nossa população, a cada dia ela envelhecendo, e, quando a gente quer uma condição de vida melhor para quem envelhece, tem que ter essa qualidade.

Então, o Dr. Eleuses, com esse trabalho dele na área da Saúde, os números falam por si, serão elencados aqui, mas são, só nesse ano e meio de trabalho, praticamente, três mil novos leitos abertos de hospitais. Então, três mil leitos para a população. Olhe o que é isso, se imaginar que, praticamente, 15 novos hospitais foram abertos em um ano e meio.

Praticamente, um hospital de porte de 200 leitos sendo aberto todo mês, com esses três mil leitos que foram abertos. Então, com isso, demonstra a sua capacidade. E mais do que isso, a inovação que o governo fez, que o mandador Tarcísio fez, ao lado do Dr. Eleuses, que é a tabela SUS Paulista, que tem salvado os hospitais filantrópicos aqui no nosso Estado.

São 2,5 bilhões de reais a mais que estão sendo alocados para esses hospitais filantrópicos, que têm feito que, não só se abra mais leitos de hospitais, mas que o serviço prestado por esses hospitais seja pago com complemento da tabela SUS Paulista.

Então, esse trabalho que vem sendo feito, abertura de leitos, com a regionalização, com a questão dessa tabela SUS Paulista, os valores estão sendo repassados para a atenção básica, para os municípios também; uma grande iniciativa sendo feita...

A questão digital que está sendo feita, importantíssima. A gente foi visitar no HC o trabalho que está sendo feito com a Saúde digital, a distância; os municípios se conectando, podendo atender especialidades; e tantas outras inovações que estão sendo feitas em todas as áreas da Saúde, que têm nos deixado, assim, muito felizes.

E eu quero, aqui, parabenizar toda a equipe do Dr. Eleuses, porque, como o Dr. Eleuses está sendo homenageado aqui, eu tenho certeza de que, nas suas palavras, vai dizer, é um grupo de pessoas que vem trabalhando muito, conjuntamente, para esse desafio de melhorar a Saúde do nosso estado de São Paulo. Então, por tudo isso, Dr. Eleuses, nós estamos aqui.

Eu, como presidente desta Casa, não poderia não estar aqui nessa iniciativa do nosso deputado Barros Munhoz, que é quem vai comandar esta sessão, porque ele é o proponente, mas eu tinha que estar aqui, dar o meu testemunho também. Agradecer a você por tudo que você vem fazendo, e eu tenho acompanhado isso.

É tão bom saber que você tem um secretário, na pasta de Saúde, com uma capacidade, com um conhecimento - como o senhor tem -, sabendo aonde quer chegar, com planejamento, com metas. E isso nos deixa muito felizes, porque nós sabemos que, com isso, quem vai ganhar, no final de tudo isso, é a população lá na ponta, que depende do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Saúde do nosso estado de São Paulo.

E, por isso, nós estamos aqui hoje para lhe render essa homenagem, que o senhor merece. E que Deus continue te abençoando muito, para te dar muita saúde, muita paciência, porque nós precisamos que V. Exa. continue nessa luta com o seu time, fazendo esse trabalho de maestria pela Saúde do nosso estado de São Paulo.

Fiquem com Deus, sempre. Que Deus te abençoe muito. E conte sempre com este Parlamento para o que der e vier.

Muito obrigado. (Palmas.)

Devolvo a palavra agora para o nosso presidente desta sessão, o deputado Barros Munhoz, que fará e dará sequência a todos os trabalhos desta sessão solene, que ficará marcada nos Anais desta Casa.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Como extensão da Mesa Diretora, convidamos o conselheiro Dimas Ramalho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, neste ato representando o conselheiro e presidente Renato Martins da Costa, para compor a extensão da Mesa. (Palmas.)

Convido a todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro sargento Jesiel.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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Agradecemos a Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Jesiel, pela execução do Hino Nacional Brasileiro. (Palmas.) Registramos e agradecemos a presença de algumas autoridades neste momento.

Passo a palavra agora ao deputado Barros Munhoz.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Boa noite a todas e a todos. Queria saudar o nosso querido presidente, deputado André do Prado; saudar também o nosso representante do governador Tarcísio de Freitas, secretário Arthur Lima, chefe da Casa Civil do estado de São Paulo; o nosso querido homenageado, Dr. Eleuses Paiva, secretário de estado da Saúde; o nosso querido secretário de Estado de Governo e Relações Institucionais, Gilberto Kassab.

Saudar também o Dr. Carlos Carlotti Junior, magnífico reitor da USP; os secretários-executivos de estado Priscilla Perdicaris, da Saúde, e Raul Christiano, da Justiça e da Cidadania; os nossos queridos colegas, deputada Bruna Furlan, presidente da Comissão de Saúde desta Casa; Valdomiro Lopes, deputado desta Casa; e Danilo Campetti, também colega deputado.

Saudar os familiares do homenageado: sua esposa, dona Sônia Paiva; sua filha Natália; os filhos Eleuzinho e Fernando; e a nora, Carla, em nome de quem saúdo todos os familiares do homenageado.

Citar também o nosso querido Dimas Ramalho, aqui representando o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; e todas as demais pessoas que nos honraram com suas presenças.

Eu vou procurar ser breve e, excepcionalmente, eu vou ler, porque eu tenho medo de falhar aqui em alguma coisa que seja extremamente importante, porque é um momento muito importante para nós.

As pessoas falam: “Por que essa homenagem do Parlamento de São Paulo? Por que essa comenda?”. E eu faço questão de frisar porque é a única maneira que nós temos de externar aquilo que a gente está sentindo de importante na vida deste Estado.

E este é o maior Parlamento da América Latina. Então, é uma comenda que fica na memória dos familiares do homenageado, na memória daqueles que trabalharam com o homenageado. E é por isso que a gente tem o ímpeto de propor essa homenagem.

Então, eu queria dizer que o governador Tarcísio de Freitas assumiu o governo do estado de São Paulo e priorizou - acertadamente - a atenção à Saúde do nosso Estado. Com grande visão, indicou, para o dificílimo cargo de secretário da Saúde, o querido homenageado desta noite, Dr. Eleuses Paiva.

Nesse curto espaço de tempo - ou seja, apenas dois anos -, a Saúde de São Paulo passou por extraordinárias inovações, que em muito melhoraram as condições de vida da nossa população. Tudo sob o seu comando e da sua extraordinária capacidade de inovar e de realizar.

Alguns exemplos já foram até mencionados aqui pelo nobre presidente André do Prado. Foi anunciada há um ano, pelo governador Tarcísio de Freitas, a Tabela SUS Paulista - uma revolução. Ninguém teve antes essa iniciativa, minha gente. Ninguém teve.

Há muito tempo existe o SUS em São Paulo e no Brasil. Foi o tirocínio do governador e o tirocínio do secretário da Saúde, que também brigou para essa conquista extremamente importante.

Meu Deus do céu, a diferença entre o que o SUS paga e o que os particulares cobram é abissal, é incompreensível, insustentável. Então, é uma grande conquista da população de São Paulo.

Eu faço questão de registrar, o nosso presidente André já citou, mas são dois bilhões de reais para as instituições filantrópicas, o que representa o aumento de 93% dos valores repassados nesse primeiro semestre. Mas é uma coisa fantástica, extraordinária.

É preciso enaltecer que nós precisamos de mais medidas assim, e nós precisamos que o exemplo do SUS paulista se estenda ao SUS nacional também. Essa é uma prioridade do Brasil, não era apenas de São Paulo

Incentivo à gestão municipal: o IGM SUS Paulista, um programa de incentivo criado pela gestão Tarcísio de Freitas também para elevar os repasses estaduais aos municípios. Isso é fundamental para a vida dos municípios.

Quem foi prefeito - André do Prado foi, Gilberto Kassab foi também, dentre tantos outros que fomos prefeitos - sabe o sofrimento que é para o município cumprir os compromissos com a Saúde.

Então, isso daqui é outra grande conquista e tem a marca do professor Eleuses Paiva, o nosso grande secretário da Saúde, assim como tem a marca do governador Tarcísio de Freitas também, não é?

E o novo modelo de gerenciamento dos hospitais estaduais com o Instituto Sírio-Libanês. Eu assisti à apresentação - o Campetti também estava lá, o Campetti e a Bruna também estavam lá, me lembro bem -, fiquei simplesmente emocionado de ver o que vai ser criado aqui, digamos assim, com o Sírio-Libanês assumindo o comando de três hospitais extremamente importantes: Hospital de Barueri, na Rota dos Bandeirantes, o Hospital de Vila Penteado e, enfim... Tem mais um.

Não, acho que são só esses dois, não é? São três, está faltando um aqui. Não, e o de Taipas, talvez o mais importante, o maior até. O maior, o maior! Então, é uma conquista também extraordinária.

Então, eu queria dizer que, diante de tanta coisa positiva, nós tínhamos obrigação. Alguém pergunta: “Mas por que essa homenagem?”, porque é nossa obrigação. Nós estamos aqui para criticar, para pleitear, para chorar de vez em quando, para brigar - graças a Deus nunca, às vezes quase, mas nunca -, mas, enfim...

Nós estamos aqui para uma série de coisas, mas também para homenagear quem merece, para que eles tenham o incentivo, para que eles continuem lutando por São Paulo e pelo Brasil na área da Saúde, sobretudo e principalmente.

Então, eu gostaria de dizer o seguinte: estamos outorgando hoje essa homenagem, fazendo essa homenagem, o Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Dr. Eleuses Paiva. Dr. Eleuses também foi um grande lutador pela implantação do SUS, reconhecido como um dos melhores sistemas de Saúde pública do mundo.

Por essas razões todas, animadoras, estamos homenageando esse digno, extraordinário e honrado comandante da Saúde Pública de nosso Estado: Dr. Eleuses Paiva. Homenageio também toda a equipe extraordinária que ele levou para a secretaria, revolucionando o andamento e o funcionamento da Secretaria da Saúde, extremamente complexa no estado de São Paulo.

Por todas essas razões, Dr. Eleuses, eu tenho a honra de dizer que propus esta homenagem. Agradeço ao presidente André do Prado por ter aceitado essa proposição minha e agradeço a presença de todos vocês para essa justa e inquestionável homenagem ao Dr. Eleuses Paiva. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao deputado Barros Munhoz e, neste momento, ouviremos os membros da Mesa Diretora: o Prof. Dr. Pasqual Barretti, reitor da Unesp. (Palmas.) Ele não está presente, então chamamos o deputado estadual Vinicius Camarinha, representando os demais deputados desta Casa de Leis aqui presentes.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está aqui? Não está aqui? Também não está.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Também não está. Então, chamamos o...

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - A Bruna. Deputada Bruna Furlan, por favor.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Chamamos a deputada Bruna Furlan.

 

A SRA. BRUNA FURLAN - PSDB - Ajustar para o meu tamanho. Quero cumprimentar todos os presentes, parabenizar o deputado Barros Munhoz pela iniciativa dessa justa homenagem, parabenizar o governador Tarcísio pela escolha, pela brilhante escolha do secretário Eleuses, cumprimentar todos os presentes, aqueles que nos assistem pela Rede Alesp e dizer que... Os familiares do Eleuses. E falar do Eleuses, para mim, do secretário Eleuses, é muito fácil.

Nós nos conhecemos há muito tempo, trabalhamos juntos em Brasília, fui testemunha do seu bom trabalho, testemunha do seu bom trabalho no Parlamento, e quis o destino que nos encontrássemos aqui, na Assembleia Legislativa. Ele como secretário da Saúde e eu como deputada estadual, presidente da Comissão da Saúde.

Quero cumprimentar o André pela confiança, presidente André; o líder do meu partido, da Federação, Vinicius Camarinha; os membros da Comissão de Saúde, os titulares e os suplentes. E dizer que no primeiro dia dos nossos trabalhos aqui na Alesp, nós apresentamos um plano de trabalho com três eixos.

O primeiro eixo era visitar as regiões do Estado, as Diretorias Regionais de Saúde. São 17 Diretorias Regionais de Saúde, nós visitamos seis, contemplamos 211 municípios. Começamos pelo Vale do Ribeira, por Registro, que é uma região muito carente, em reuniões, Kassab, muito qualificadas. Por quê?

Em um sentido de colaborar com os trabalhos do secretário Eleuses, nós ouvimos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários da Saúde, agentes comunitários, agentes da Saúde, conselheiros, população, universidades e ficou muito claro para mim o excelente trabalho do secretário Eleuses, Priscilla.

Ele, de forma assertiva, focou na regionalização da Saúde e a gente consegue enxergar os bons resultados do seu trabalho. Um secretário acessível, sensível, que ouve os problemas e teve capilaridade, secretário Arthur.

Em todo o Estado, nessas regiões que eu visitei, ouvi testemunhos do trabalho do secretário Eleuses e de como ele conseguiu atender de forma assertiva todos os municípios, em todas as suas dificuldades. Então, está aí o resultado da regionalização.

Para além disso, ele focou na digitalização, que foi um passo importante, como disse o nosso presidente desta sessão, Barros Munhoz, também na Tabela Paulista do SUS e aumentou, secretário Eleuses, e eu quero te parabenizar por isso, significativamente, o número de leitos hospitalares em todo o Estado.

A minha região, que é uma região muito próspera, a região oeste do estado de São Paulo, foi contemplada com um hospital. Devo ser honesta, não foi nessa gestão que esse projeto, esse sonho se iniciou, mas tudo que foi possível, reitor, o secretário Eleuses, o governador Tarcísio, fizeram para que nós chegássemos no ponto que estamos.

São 400 novos leitos no hospital de alta complexidade, que vai atender toda a região e, sobretudo, o resultado do nosso trabalho, da soma dos esforços dos parlamentares junto com o Governo do Estado.

O melhor hospital privado do País, o Sírio-Libanês, através do seu instituto, vai atender a rede pública de Barueri e de todas aquelas cidades que se beneficiarão deste hospital.

Isso colabora em aumentar também a autoestima das pessoas quando sabem que vão enfrentar problemas no tratamento, muito difícil um tratamento de saúde - eu acabo de perder um irmão em uma batalha duríssima contra o câncer -, mas quando o cidadão sabe que será atendido pelo Sírio-Libanês, aumenta a sua autoestima e sua força para seguir no tratamento.

Então, por essas e outras tantas razões que eu poderia ficar falando aqui para os senhores, mas não quero cansá-los, esta homenagem é justíssima. E eu gostaria de pedir licença, deputado Barros, para estender essa homenagem a toda equipe do secretário Eleuses, porque a gente sabe que um grande trabalho não é feito sozinho.

Deus te abençoe, Eleuses, com sabedoria, com discernimento. Nós sabemos de toda a sua potencialidade, de como você fez muito em dois anos e pode fazer muito mais, conte com este Parlamento.

E sei que temas importantes serão discutidos aqui em relação à Saúde, como a gente precisa de mais recursos para investir na Saúde, sei que esse tema vai passar no parlamento. O senhor conte com a minha representação, com o meu mandato e com os demais parlamentares desta Casa.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Após essas brilhantes palavras da nossa deputada Bruna, eu vou abrir aqui uma exceção, porque dois conterrâneos, praticamente, do nosso querido homenageado, também devem falar. Dr. Valdomiro Lopes, por favor.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Muito boa noite a todos. Eu estou muito feliz de estar aqui nesta noite, aliás, o secretário Eleuses, que é da minha cidade de São José do Rio Preto, é um orgulho para nós.

Nós sempre fomos companheiros de várias ações, porque eu também sou médico, ele também é médico, e nós vivemos em uma cidade em que a Medicina fala alto... Fala alto pela sua qualidade, pela atenção que dá aos mais de 100 munícipios que ficam ao redor de nossa cidade. E eu tenho me relacionado muito com ele porque, como médico e como deputado, nós trocamos muitas ideias.

E quero colocar aqui uma figura central, na verdade, nesta grande homenagem que o secretário Eleuses recebe, que é o nosso governador Tarcísio de Freitas. Por que Tarcísio de Freitas? Porque ele representou a grande coragem no estado de São Paulo de fazer com que a área da Saúde, que é esse grande desafio do Brasil.

Como bem disse o nosso querido companheiro Barros Munhoz, nosso querido presidente da Assembleia, André do Prado, que é um desafio em que o SUS, que é o maior sistema de saúde de atendimento de pessoas do mundo, que foi um sonho sonhado por muitos, mas que para dar certo precisa da determinação política de alguns homens.

O SUS em São Paulo vai dar exemplo para o Brasil porque tem um governador, tem um secretário da Saúde que entende do riscado, entende porque é homem da liga de frente do atendimento dos pacientes. E eu posso dizer que eu me sinto muito feliz e não poderia faltar nunca nesta homenagem a você, Eleuses.

Porque a gente tem feito um trabalho forte, e eu tenho dito isso todas as vezes que o governador me chama para falar em nome desta Assembleia nas ações que o governo tem desenvolvido.

E eu classifico a regionalização da Saúde como a principal ação, junto a tabela do SUS Paulista, a grande realização da mudança do novo SUS, no Sistema Único de Saúde, para as pessoas do Brasil.

Vou dar exemplos aqui para vocês que eu, no início do meu mandato como deputado, visitei Santas Casas do entorno da nossa cidade de Rio Preto. Trouxe essa posição ao secretário Eleuses, trouxe essa posição com vídeos gravados ao governador Tarcísio de Freitas. Vou dar aqui um exemplo, visitei várias Santas Casas.

E quero aqui saudar meus dois companheiros, o Campetti e a Bruna Furlan, que estão aqui representando o Parlamento de São Paulo. Visitei José Bonifácio, por exemplo; além de Tanabi, além de Nova Granada, além de Monte Aprazível, mas dando o exemplo de José Bonifácio, quando visitei no comecinho do meu mandato como deputado estadual - que sou deputado pela quarta vez.

Visitando a Santa Casa, quantos leitos tinha a Santa Casa de José Bonifácio? Respondida essas perguntas pelo provedor, que é o administrador hoje, e pelo diretor clínico, 60 leitos.

No início do ano de 2023, quando assumiu aqui o governador Tarcísio de Freitas e o Dr. Eleuses, quantos leitos estavam ocupados naquele dia que eu estive lá? Dos 60, 10 leitos; 50 vazios.

Por que estão vazios? “Porque não tem recurso”, o valor que se paga para uma internação não cobre nem os custos dos remédios. Tem a UTI aqui, visitei a UTI, tudo isso filmando com aquele moço lá, o Vitor, meu assessor.

Fiz vídeo e entreguei para eles. Tem UTI com dez leitos, tudo equipadinho com os monitores. Por que não funciona a UTI? “Não tem dinheiro para pagar plantonista de UTI.”

Fui visitar o centro cirúrgico - e eu sou médico -, quatro salas de centro cirúrgico. Quantas cirurgias são feitas aqui por mês pelo SUS? “Nenhuma”, porque não cobre o valor que se paga para a cirurgia. Quantas foram feitas este mês? “Dez, em um mutirão que estava em ação lá na cidade.” Quantas que dá para fazer por mês se tiver recurso? “Dá para fazer, por baixo, 120 cirurgias.”

Tem pediatria aqui? “Tem.” Fui visitar a pediatria, fechada. Quantos leitos de pediatria? “Dez leitos.” Por que está fechada? “Não tem recurso para pagar médico pediatra.”

Aí eu fiz a segunda pergunta: e para onde vão esses pacientes se precisar operar uma hérnia? “Vão para Rio Preto”, Hospital de Base de Rio Preto, que é um grande hospital, vou falar dele aqui já, já.

Para onde vai uma cesariana? Um parto? “Vai para Rio Preto”, as crianças não nascem mais lá, não nasciam, hoje já nascem. Para onde que vai um cisto de ovário? Cirurgias de pequeno porte, médio porte? “Vai para Rio Preto.” Uma fraturinha de um braço? “Vai para Rio Preto.” Uma desidratação de uma criança? “Vai para Rio Preto, Hospital de Base de Rio Preto.”

E quando eu mostrei essa situação que se repetia não só em José Bonifácio, mas também em Nova Granada, mas também em Tanabi, mas também nas cidades do entorno.

Precisa abrir novos hospitais lá? Não precisa. E esse hospital que recebe tudo de Rio Preto? Hospital de altíssima complexidade, Deputada Bruna Furlan. Sabe quantos leitos tem o complexo do Hospital de Base de São José do Rio Preto?

Hospital da Criança e Hospital de Base, 1.100 leitos, superlotados. Mas o diretor de lá, meu grande amigo, irmão, meu colega - eu me formei lá também - Doutor Eleuses é professor lá, não sei se ainda está atuando, mas deu aulas lá.

Quantas pessoas estão internadas nesses 1.100 leitos, que são de baixa complexidade e que poderiam estar em José Bonifácio, em Nova Granada, em Tanabi? O levantamento que foi feito - e eu apresentei para eles também - daqueles 1.100 leitos, 450 não precisavam estar lá.

Era uma hérnia simples, era uma cesariana simples, que podiam estar sendo operados, tratados, perto da casa onde eles moram, deixando livre o hospital para atender a alta complexidade, inclusive atender a nossa cidade de Rio Preto, que é minha, dele e daquele deputado ali, o nosso querido novo deputado aqui, que assumiu agora e que está sentindo que essa necessidade - é o deputado Campetti - é uma necessidade da Saúde.

E quando essa situação foi apresentada ao governador, foi apresentada ao Dr. Eleuses, não precisa se criar nenhum leito novo no estado de São Paulo. Sabe quantos leitos tinham inativos, somando essas Santas Casas do interior e de outras regiões no estado de São Paulo? Oito mil leitos. Esse dado não foi apresentado por mim, mas pelo secretário Eleuses a mim.

Ele já reativou três mil. Tua missão agora é reativar os outros cinco, para fazer com que o SUS de São Paulo volte a ser o SUS do Brasil, para fazer com que a nossa Rio Preto - e eu quero dar aqui esse recado para São José do Rio Preto - possa ser atendida no hospital que é nosso, que é o Hospital de Base de Rio Preto.

O meu trabalho como deputado, eu já tive a palavra do governador e do secretário Eleuses, que Rio Preto vai ter a sua voz e a sua vez, não só com a Santa Casa, que é um grande hospital, mas vai ter também a sua voz e a sua vez lá no Hospital de Base de Rio Preto, que é nosso. E a regionalização da saúde vai ser a grande...

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Deputado Valdomiro, por favor, para concluir.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Para concluir. A grande sacada... Mas é que o senhor me convidou aqui, deputado, e o meu coração está falando mais alto. Eu vou acabar aqui essa história...

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Mas o seu coração está falando muito bem. Nós estamos todos de acordo com o seu coração.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Estou sentindo aqui que muita gente não sabia disso. Mas vai ser a grande sacada desse governo. Já disse ao secretário Eleuses, ele vai ser o maior secretário da história - não é do estado de São Paulo, é do Brasil -, e o governador Tarcísio será o maior governador do Brasil, dando esse exemplo de fazer da Saúde a prioridade um dos seus governos.

Muito obrigado.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Com a palavra o deputado Campetti.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Boa noite a todos. Sr. Presidente, deputado Barros Munhoz, quero cumprimentar o Sr. Presidente também, André do Prado. Cumprimento o meu amigo, secretário da Casa Civil, Arthur Lima, o nosso homenageado Eleuses Paiva, o secretário de governo Gilberto Kassab, e cumprimento a todos aqui presentes, todas as autoridades nominadas, aqueles amigos que nos acompanham na TV Alesp, pela Rede Alesp.

Sr. Presidente, muito obrigado pela honra da palavra. Quero cumprimentar também aqui meus pares, deputado Valdomiro Lopes, deputada Bruna Furlan. E eu estou tomado com muita felicidade, mas, ao mesmo tempo, um sentimento enorme de gratidão.

Parabenizá-lo, Sr. Presidente, pela feliz iniciativa, feliz, justa e muito meritória iniciativa de homenagear o nosso secretário estadual de Saúde, Dr. Eleuses Paiva, como bem falou a deputada Bruna acerca da regionalização, como também muito bem falou o deputado Valdomiro Lopes sobre o SUS paulista.

Eu teria uma lista aqui também de várias coisas para dizer, mas não. Eu vou falar algo muito rápido, que foi como eu conheci o Dr. Eleuses. Muito rápido. Eu era assessor do então ministro Tarcísio de Freitas, e nós íamos inaugurar, juntamente com o presidente Bolsonaro, o trecho urbano da BR-153, lá em São José do Rio Preto, em fevereiro de 2022, salvo engano.

E, em um determinado momento, o então ministro Tarcísio estava hospedado na casa dos meus pais, em São José do Rio Preto, para esse evento onde viria o então presidente. E, em um determinado momento... Cadê o Guilherme? Guilherme, presente? Guilherme e Igor estavam lá também conosco. Quero cumprimentar também o Júlio Donizete, parabéns pela sua reeleição, a todos os vereadores eleitos e prefeitos.

E, em um determinado momento, o Guilherme me fez uma ligação e falou: “preciso que você receba um amigo meu, Dr. Hélio, que é um médico também, que vai levar uma pessoa muito importante”.

E, concomitantemente, o então ministro Tarcísio se dirigiu a mim e disse: “eu preciso receber uma pessoa aqui na sua casa, tem problema?” Eu falei: “não, a casa é sua, ministro”.

E era o Dr. Hélio com o Dr. Eleuses, e lá eu tive a grata oportunidade de conhecer o doutor Eleuses, que eu já conhecia pela sua atuação parlamentar e também por ter sido vice-prefeito de São José do Rio Preto.

Nesse momento foi que o Tarcísio conheceu o Eleuses. E daí para frente, a relação dos dois evoluiu para uma relação de amizade, para uma relação de respeito. E o Tarcísio pediu mais ou menos para o Eleuses, não é, secretário? Cuida desse menino lá que eu dei uma incumbência para ele, que é tentar, não é, Arthur? Tentar ser deputado estadual. E o doutor Eleuses me abraçou.

E aqui eu quero estender essa gratidão, esse sentimento que me toma de gratidão. O senhor tem muita, como que eu posso dizer, muita culpa de eu estar aqui hoje. O senhor tem muita...

O senhor me ajudou demais, eu quero estender à dona Sônia, ao Eleuses Filho, à Natália, ao Fernando, que também, que são os familiares do Dr. Eleuses, que também me acolheram tão bem, não é, Beto? O Beto, que me acompanhou durante a campanha também.

Então, se eu estou hoje aqui, eu tenho uma gratidão enorme pelo senhor, viu, doutor? Muito obrigado por tudo que o senhor fez por mim, pelo exemplo, por todas as reuniões, por todos os conselhos.

Eu estou tomado desse sentimento de gratidão e não podia deixar de falar e de expressar aqui todo esse sentimento ao senhor, a toda a sua família e a todos que nos acompanham.

Muito obrigado.

Que Deus abençoe a todos.

Tenham uma ótima noite.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Com a palavra o nobre secretário-chefe da Casa Civil, que vai falar em nome do governador Tarcísio de Freitas, o Dr. Arthur Lima.

 

O SR. ARTHUR LIMA - Senhoras e senhores, boa noite. Gostaria de iniciar cumprimentando o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o senhor André do Prado; o deputado Barros Munhoz, em nome de quem eu cumprimento todos os demais parlamentares aqui presentes.

O nosso querido melhor secretário da Saúde, Eleuses Paiva, em nome de quem cumprimento os demais secretários presentes; o senhor Dimas Ramalho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; prefeitos e demais autoridades aqui presentes.

É uma honra estar aqui hoje representando o Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nesta sessão solene de outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo, ao Sr. Eleuses Paiva, nosso secretário de Saúde.

É indiscutível que a mais alta honraria desta Casa deva ser destinada a personalidades notáveis da nossa sociedade, sendo esta uma ocasião singular para celebrar e reconhecer a relevante contribuição do Dr. Eleuses. 

Desde o início da gestão Tarcísio, tenho acompanhado seu trabalho árduo e a sua competente atuação frente à Secretaria de Saúde, a qual reflete seu compromisso em melhorar o atendimento e ampliar o acesso aos serviços de saúde para todos os cidadãos paulistas. Além de uma formação acadêmica sólida, Eleuses detém uma carreira inspiradora enquanto médico, gestor público e legislador. 

Eu acredito, Eleuses, que esta carreira sólida só foi possível por você ter constituído uma maravilhosa família com a dona Sônia Paiva e filhos, o que pouca gente sabe é que tudo isso começou na discoteca Porão, lá em Assis, cidade próxima de Rancharia, onde o jovem Eleuses conheceu sua futura esposa. 

Ele é uma verdadeira fonte de inspiração para todos aqueles que desejam contribuir para uma sociedade com ética e competência. Eleuses, em nome do povo paulista, agradecemos profundamente a sua incansável dedicação e trabalho.

Que este Colar de Honra ao Mérito Legislativo seja mais um marco brilhante na sua trajetória e que ele continue a ser uma fonte de inspiração para todos nós. Uma salva de palmas para o Dr. Eleuses. (Palmas.)

Muito obrigado. 

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras do Arthur Lima, secretário-chefe da Casa Civil, dos deputados Valdomiro Lopes, da deputada Bruna e também do deputado Danilo Campetti. Agora nós vamos ler um texto do deputado estadual de São Paulo, Oseias de Madureira, para o secretário Eleuses Paiva.

Foi uma mensagem enviada pelo deputado estadual Oseias de Madureira: “Desejo-lhe, Dr. Eleuses, muita saúde e sucesso. Que essa conquista seja apenas mais um passo em uma carreira brilhante e abençoada, sempre guiada por sua integridade e compromisso com os mais elevados princípios. Que Deus continue a abençoá-lo grandemente em todos os seus caminhos.” 

Nós vamos dar início a algumas das homenagens e passo a palavra a Horacio Ramalho, que é professor de nefrologia da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base de São José do Rio Preto e diretor do Hospital Municipal Dr. Domingo Braile. (Palmas.)

 

O SR. HORACIO RAMALHO - Boa noite a todos. Boa noite, presidente desta Casa, que concede essa honraria ao Dr. Eleuses, ao deputado Barros Munhoz, ao secretário Arthur, ao secretário Kassab. Gostaria também de citar os deputados da minha cidade, Dr. Valdomiro Lopes, Dr. Campetti e a Bruna, que fazem um trabalho muito importante na Comissão de Saúde. 

Queria cumprimentar meu irmão, Dimas Ramalho, que é conselheiro do Tribunal de Contas, mas tem uma vasta trajetória política como deputado estadual, federal e também como secretário.

Queria cumprimentar pessoas da minha cidade, representando aqui também São José do Rio Preto, Dr. Elencar, Dr. Lucimar, Dr. Jorge, Dr. Crivelin e demais médicos aqui presentes e que representam a nossa São José do Rio Preto, o nosso complexo Funfarme Famerp. 

Queria cumprimentar também o Dr. José Eduardo Dolci e cumprimentando ele, todos os amigos, companheiros da APM AMB que estão aqui participando, aos prefeitos e vereadores aqui presentes. A Sônia, os filhos, o Eleuzinho, o Fernando e a Natália. Minha parte aqui, não vou repetir todos os feitos que já foram citados aqui pelos que me antecederam. 

Eu vou contar um pouco de onde surgiu esse homem Eleuses. Conheci Eleuses há mais de 40 anos. Na década de 80, quando ele já foi trabalhar lá, vocês podem acreditar, durante muito tempo nós só discutimos casos médicos. Ele trabalhava na medicina nuclear e a gente tinha um instituto que fazia o transplante e casos complexos. 

E todos esses casos mais difíceis, tinha uma vez por semana, onde a gente discutia, tanto com a equipe dele e com todos nós, qual seria a melhor maneira, o melhor diagnóstico e como trabalhar sobre aqueles casos.

O tempo passou, minha mãe ficou muito doente e precisou fazer vários exames na clínica dele. E, nesse tempo que ficava esperando esses exames, nós estávamos vivendo naquela época a primeira eleição direta para presidente. 

E, obviamente, nós começamos, como toda a sociedade estava, uma discussão toda vez que eu ia lá naquele consultório dele. E o tempo passou, minha mãe faleceu e fomos estreitando as amizades e as crianças foram se conhecendo, foram criando junto, foram desenvolvendo. Eu, na época, eu era presidente da Associação Paulista de Medicina, sociedade de medicina lá de Rio Preto. 

E, conversando com Eleuses, vendo o entusiasmo dele, eu convidei-o para participar da próxima gestão. E ele aceitou, entrou lá como diretor e, assim que ele já tomou posse, ele começou já a andar na região, conversar com as pessoas, os hospitais, os representantes da APM. 

E depois virou presidente da nossa associação, lá da APM. E teve um fato marcante, quando ele praticamente consolidou essa face dele de grande política, grande liderança.

Na implantação do Plano Real, existia a URV e ela incidia sobre todas as profissões, sobre todos os preços do país. E essa URV transformou a tabela médica numa grande defasagem. 

Ele ficou transtornado, falou, não é possível, a gente tem que reverter isso, porque na hora que passar para o Real, nós vamos desvalorizar muito o honorário dos médicos.

E aí começou um grande movimento, sozinho, em São José do Rio Preto, sobre a liderança dele. E aí também eu conheci, no dia a dia, quem era o Eleuses Paiva. 

Era uma pessoa extremamente determinada, extremamente ética, extremamente incansável, participava daquelas reuniões que, quando você já queria ir embora, não tinha mais saída, ele sempre achava um detalhe, uma forma de negociar.

E voltava no dia seguinte e retomava, sempre defendendo uma melhora e a dignidade do honorário do médico. Isso teve uma repercussão nacional. São José do Rio Preto foi a única cidade do Brasil que ganhou, durante anos, um honorário diferente de todo o país.

E esse nome, Eleuses, começou a ser ventilado na capital, nas entidades, e, como nós vivíamos esse momento de retomada da democracia, as associações, o Cremesp, a APM e a AMB passavam por reformulações e com as novas visões. E o Eleuses foi... juntou um time muito bom, desde o início.

Aqui vejo o Dr. José Luiz Gomes do Amaral, que estava desde o primeiro momento, e ganhou essa eleição. E daí pra frente, todas essas características dele foram se acentuando.

Pessoa leal, ética, determinada, incansável, sempre discutindo a saúde, tanto pública como privada. E sempre, não só colocando a visão corporativista do médico. Ele trazia sempre, em todos os seus pronunciamentos, o compromisso do atendimento da população, com dignidade e ética.

E aí foi uma trajetória que o Dr. José Luiz deve contar. Presidente duas vezes da APM, presidente da MB, nome nacional, e várias vezes foi vinculado a ser secretário de Saúde do estado de São Paulo. E foi muito ruim, muito triste não ter sido aproveitado naqueles períodos, porque nós já teríamos tido toda essa revolução que nós estamos assistindo.

Mas ele foi para a política, disputou o cargo, foi eleito deputado federal, participou ativamente em Brasília, participou ativamente em todos os setores e hoje faz uma mudança, já dita aqui pelos anteriores, crucial no sistema de saúde.

Todos nós que trabalhamos no SUS, todos nós que vivemos o SUS, todos nós que queremos o SUS implantado, estávamos cansados de saber... falar só de gestão. Nós já fazíamos grandes gestões. Temos grandes exemplos de gestões.

E faltava financiamento. Era óbvio que faltava financiamento. E agora, com essa mudança, com essa visão do governador, e juntamente com o Dr. Eleuses, de fazer o SUS paulista. É uma verdadeira revolução.

Vai reabrir leitos, vai incentivar a regionalização. A população começa a ser atendida de forma diferente. E isso aí não dá para resolver só em um ano e meio, menos de um ano. Então, nós já estamos sentindo uma diferença grande no interior.

E eu tenho a certeza de que daqui para frente, com a utilização da tecnologia, utilização da equipe dele, que é excelente, vai trazer cada vez mais um avanço no Sistema Único de Saúde.

Gostaria também de dizer, Eleuses, que essa homenagem, muito bem detectada pelo deputado Barros Munhoz, que tem uma experiência enorme, tenho certeza de que ele já vislumbrou isso.

Nós não estamos aqui nesse plenário só falando do que ele já fez, do passado dele, do compromisso dele. Nós estamos aqui e vamos sair com a certeza, com a absoluta esperança e a determinação de que ele vai prosseguir para uma carreira brilhante que lhe espera.

Lideranças igual a dele, são mais do que necessárias para São Paulo e para o Brasil. Nós precisamos de líderes como ele. Com essa capacidade, com essa integridade e com esse dinamismo.

E tenho certeza de que vamos sair daqui com determinação de que a trajetória política dele será muito maior do que ele exerce no momento. Então, Eleuses, meu amigo, meu companheiro, família, todos vocês, nós veremos muito mais realizações.

E o futuro aguarda ele ocupar cargos que vão ajudar muito a população de São Paulo e do Brasil.

Um grande abraço e muito obrigado por tudo que você fez. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras do professor Horacio Ramalho e passo a palavra ao José Luiz Gomes do Amaral, que é o segundo vice-presidente da Associação Paulista de Medicina. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL - Muitíssimo boa noite a todos. Eu gostaria de cumprimentar o presidente da Alesp, André do Prado, o presidente dessa sessão, deputado Barros Munhoz, cumprimentar o secretário de Estado de Relações Institucionais, Gilberto Kassab, cumprimentar o secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lima, cumprimentar o nosso amigo Horacio Ramalho e o conselheiro Dimas Ramalho.

Cumprimentar Hélio Begliomini, nosso presidente da Academia de Medicina de São Paulo, Antonio José Gonçalves, nosso presidente da Associação Paulista de Medicina, Eliete Bouskela, presidente da Academia Nacional de Medicina, o reitor da USP, professor Carlos Carlotti, Paulo Pêgo, vice-diretor da Faculdade de Medicina da USP, e Ruy Baumer, presidente do Comsaúde da Fiesp.

Caríssimos amigos, Eleuses Vieira de Paiva. Vou começar com uma história, e espero que seja uma história resumida. São os idos de 1994, há 30 anos. Eu recebo um convite para integrar uma chapa concorrente à direção da Associação Paulista de Medicina e compor o seu departamento científico.

Alguns poucos anos antes, havia assumido a direção da anestesiologia e da medicina intensiva do departamento de cirurgia da minha Escola Paulista de Medicina. Na ocasião, eu acalentava um conjunto de sonhos, todos voltados para o desenvolvimento de pesquisa e qualidade assistencial dessas especialidades.

Acreditei, então, que no departamento científico da Associação Paulista de Medicina eu poderia concretizar tais propósitos e conciliá-los com os interesses dessa nova casa, a Associação Paulista de Medicina.

Aceitei, portanto, o honroso convite. E foi quando eu conheci Eleuses Vieira de Paiva. Conheci o Eleuses. Ele vinha, como bem mencionou Horacio, precedido de um histórico de uma bem-sucedida liderança naquela época numa cidade distante, que era São José do Rio Preto. A Sociedade Médica de São José do Rio Preto.

Logo que eu o conheci, ficou para mim claro, e para todos que estávamos naquele grupo, a sua clareza de propósitos, a sua simplicidade, a sua atenção para com os colegas.

E esses atributos conquistaram, já naquela primeira reunião, a aceitação de todos. Percebemos imediatamente que o Eleuses seria a melhor indicação para representar os médicos paulistas. Entretanto, se para nós nunca houve dúvida, os adversários viam dificuldades na condução daquela instituição, a APM, por alguém radicado a 500 quilômetros de distância da sede.

E esta crítica ganhava ouvidos dos eleitores, e a campanha não se afigurava nada fácil. Ficou logo evidente ser necessário um candidato a vice-presidente, residente na capital, e me vi na contingência de migrar do departamento científico para a vice-presidência. No futuro, quem sabe, eu poderei votar o departamento científico? E pensei aquela época. Àquela época, não mais.

Fechei uma porta, mas abriu-se outra. Nós vencemos aquela primeira eleição Eleuses, por uma estreita margem. E esta eleição dependeu muitíssimo do entusiasmo de alguns colegas, particularmente de São José do Rio Preto.

Aqui, o José Cipullo e o Horacio Ramalho têm de ser lembrados por aqueles acontecimentos. Mas, em poucos meses foram superados os desgastes daquela acirrada campanha, e o novo presidente ganhava amplo apoio dos médicos, incluindo aqueles que lhe haviam sido oponentes. O que deixava bem evidente a capacidade de agregação do nosso presidente, Eleuses Vieira de Paiva.

Bom, se para o Eleuses a presidência da APM lhe caía perfeitamente, eu tive que me adaptar a um novo perfil, tarefa que, para minha surpresa, só me trouxe prazer. Sempre foi muito agradável trabalhar com ele, mesmo na lida de situações de grande complexidade.

Mesmo por um aluno com as minhas insuficiências, aprender com Eleuses é muito fácil, dada a generosidade com que ele compartilha a sua experiência e como divide as suas expectativas.

Em trabalho qualificado e intenso, este jovem de terras distantes era presença marcante em todos os momentos da Associação Paulista de Medicina, que caminhava muito bem, em crescente prestígio.

A reeleição do Eleuses fluiu naturalmente, depois dela, uma segunda gestão, com brilho ainda maior, e concluiu-se com a aclamação do Paiva na direção da Associação Médica Brasileira, em duas gestões consecutivas.

Quanto a mim, talvez tenha sido visto pelos pares como um bom aluno, pois me concederam sucedê-lo na Associação Paulista de Medicina, onde continuei a acompanhá-lo de perto como seu vice-presidente na região sudeste, e depois terminei por sucedê-lo também na Associação Médica Brasileira.

Como acontecera na APM, a AMB transformou-se ao longo das gestões do Eleuses: tomou o vulto maior junto aos médicos, junto à sociedade e mesmo junto à Associação Médica Mundial, onde inúmeras foram as ocasiões quando me pediram que lhe transmitissem o quanto colegas de vários lugares do mundo o admiravam.

Eu pude ainda acompanhar o incansável deputado Eleuses no Congresso Nacional, uma fortaleza inexpugnável na defesa da boa medicina, da qualidade da atenção à saúde do nosso povo brasileiro. Que orgulho, Eleuses, tê-lo nosso representante naquela casa.

Eleuses me privilegiou com uma visão cristalina dos problemas e das soluções da medicina e da saúde, da gestão de intrincadas questões político-administrativas e de conflitos interpessoais.

Não me lembro de palavra descumprida, fosse qual fosse o custo, mantê-la. A nobreza dos objetivos nunca lhe deu lugar a vaidades. Os seus sólidos princípios jamais lhe permitiram tergiversar com a ética.

Mas a nossa convivência foi muito além disso. Pude com ele viver momentos inesquecíveis na intimidade de sua família. Conheci seus pais, Sônia, Natália, Fernando e Eleuses, e os seus amigos, muitos amigos. Sempre fui apresentado a eles como um irmão do Eleuses e sempre fui assim recebido por todos os seus.

Agradeço demais a Sônia, a Natália, o Fernando e o Eleuses Filho por terem, durante três décadas, emprestado o seu pai para nós, os médicos deste Estado. Muitíssimo obrigado. (Palmas.)

Ainda hoje me é dado viver os sonhos do Eleuses à frente da Secretaria do nosso estado de São Paulo, sonhos esses divididos com uma equipe maravilhosa, com quem eu tenho o privilégio também de trabalhar.

Eleuses tem sido incansável à frente da Secretaria. O governador Tarcísio de Freitas não tem dúvidas de que não poderia ter mais qualificado e dedicado secretário de Saúde e assim muito o tem apoiado, nós bem o sabemos.

Mas aguarde, Governador, porque há muito mais sonhos para o Eleuses materializar. É um indizível prazer poder ocupar esta tribuna para reverenciar este amigo de algumas décadas e expressar-lhe, em meu nome e dos incontáveis amigos que o admiram, o nosso muito obrigado. Fraterno, longo, apertado e afetuoso abraço, caríssimo amigo.

Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras do Dr. José Luiz Gomes do Amaral. Passamos a palavra a Eleuses Paiva Filho, que é o filho mais novo do homenageado desta noite. (Palmas.)

 

O SR. ELEUSES DE PAIVA FILHO - Boa noite a todos. Gostaria de agradecer a presença de todos aqui esta noite, numa quinta-feira, nove e meia da noite, saíram de suas casas, de suas cidades, para homenagear e vir a esta homenagem do meu pai. Gestos como esse são inestimáveis. Muito obrigado.

Eu gostaria de agradecer a todos os parlamentares aqui presentes essa noite, o que eu faço em nome do presidente dessa Casa, André do Prado. Gostaria também de agradecer ao deputado Barros Munhoz, um deputado que já admirava por uma trajetória desde 1987 nessa Casa.

E hoje, além de admiração, eu, e tenho certeza de que toda a minha família, teremos eterna gratidão por essa homenagem que V. Exa. outorga ao meu pai na noite de hoje. Muito obrigado, deputado. Vamos ver se vai dar pra segurar, né?

Falar do próprio pai nunca é uma tarefa fácil, especialmente diante de um público como este, que inclui pessoas tão queridas, como o Dr. Horacio, o Dr. José Luiz, aqui, que me precedeu, a Dra. Bete Liso, pessoas que fizeram parte da minha criação e tenho o privilégio de chamar de tios, pois são parte da minha vida e da minha formação.

Também fico extremamente feliz ao ver que duas grandes personalidades cruzaram seus caminhos, meu pai e o governador Tarcísio de Freitas, que, na minha opinião, e acredito que na opinião de muitos aqui também, é o maior homem público que temos hoje em nosso País. Mas hoje gostaria de usar minhas palavras para contar uma história sobre um Eleuses que poucos conhecem.

Falar do Eleuses garoto é falar de um filho de um trabalhador portuário que também foi jogador de futebol da Portuguesa Santista e de uma professora. Apesar da origem simples, ele recebeu uma educação rica em princípios e valores, os mesmos princípios que sempre guiaram a sua vida.

E tenho certeza de que até hoje, meus avós, Sebastião e Maria de Lourdes, continuam puxando a orelha dele lá de cima, especialmente quando ele se envolve em desafios como o de assumir uma secretaria de tamanha complexidade e responsabilidade quanto a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Ainda falando sobre o Eleuses garoto, ao contrário do que muitos possam imaginar, ele sempre teve mais facilidade com números do que com palavras. Por causa disso, sonhava em estudar engenharia.

No entanto, influenciado por seu irmão mais velho, que era seu grande ídolo e também médico, Eleuses desistiu da engenharia e ingressou na faculdade de medicina. Foi admirando e vendo a luta de seu irmão que Eleuses descobriu que lutar por um país mais democrático e uma sociedade mais justa não só era necessário, mas também era possível.

Foi durante essa fase que ele aprendeu que mesmo diante das maiores perdas, a família é o nosso ponto de apoio e a fonte de força para superar os períodos mais difíceis.

Falar do Dr. Eleuses é falar de um médico recém-saído da residência de Medicina Nuclear na Universidade de São Paulo que decidiu tentar a vida no interior do Estado. Primeiro, em Araçatuba, onde enfrentou dificuldades e, depois, em São José do Rio Preto, cidade que o acolheu e acolhe até hoje de braços abertos.

Foi lá que constituiu sua família, deu continuidade à sua carreira e conquistou dia após dia o reconhecimento dos seus pares e da sociedade riopretense. Pulando alguns anos, em 1994, em uma circunstância improvável, como muitos momentos de sua vida, Dr. Eleuses foi eleito presidente da Associação Paulista de Medicina, sendo o primeiro médico do interior do estado a alcançar essa posição.

Dali em diante sua vida pública decolou: Associação Paulista de Medicina, Associação Médica Brasileira, Câmara dos Deputados, Prefeitura de São José do Rio Preto e Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo. São mais de 40 anos dedicados à Saúde Pública e à sociedade brasileira. Agora vem a parte mais difícil para mim: falar do Eleuses como pai.

Falar do Eleuses como pai é falar de alguém que muitas vezes precisou se ausentar e por muitos anos seus filhos não compreendiam essas ausências.

Não entendiam que tudo fazia parte de um grande plano cuidadosamente arquitetado entre Eleuses e Sônia para proporcionar a melhor educação, as melhores oportunidades e, acima de tudo, o nome do qual eles poderiam se orgulhar, permitindo que caminhassem com dignidade e respeito em qualquer canto do Brasil ou do mundo.

O Eleuses Filho de sete, dez anos e até um pouco mais velho não compreendia isso, mas o Eleuses Filho de 35 anos que está diante de vocês hoje não só compreende como também agradece. Muito obrigado, pai. (Palmas.)

Gostaria de encerrar minha fala com uma citação de Guimarães Rosa de origem mineira como o homenageado e uma simplicidade singular também que tem homenageado, que dizia: “O importante da vida não é o ponto de partida, nem o ponto de chegada, mas sim a trajetória”.

Parabéns, pai, por essa trajetória.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESDIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Agradecendo as palavras dos homenageados, vamos convidar também para usar da palavra o nosso querido secretário, prefeito, deputado estadual, deputado federal, ministro, Gilberto Kassab.

 

O SR. GILBERTO KASSAB - Antes de mais nada, amigo do deputado Barros Munhoz. Queria cumprimentar aqui todos os parlamentares desta Casa. O faço em primeiro lugar cumprimentando o meu amigo, o presidente André do Prado.

Cumprimentar os demais parlamentares, também amigos, Valdomiro Lopes, querida Bruna Furlan, o nosso Campetti, o mais recente deputado desta Casa. Saudar aqui meu colega, representando neste ato o governador Tarcísio, o secretário Arthur Lima. Saudar aqui os familiares do Eleuses, a Sônia, seus filhos, Eleuzinho, Fernando.

Saudar aqui todos os amigos do Eleuses, amigas, colegas de trabalho, colegas de vida e dizer, Barros Munhoz e André, que não poderia ter momento mais especial do que esta homenagem.

Esta homenagem, primeiro, é um reconhecimento ao governador Tarcísio pela feliz escolha no início do seu mandato de convidar o Eleuses para ocupar a secretaria mais importante do nosso Estado, a secretaria que cuida da saúde de milhões de brasileiros.

Uma secretaria complexa, com muitos desafios e que não poderia estar em melhores mãos. O Eleuses, aqui todos disseram da sua qualidade de ser humano, sua qualidade de profissional, de médico, seu idealismo, sua paixão pela vida pública. Posso também testemunhar como cidadão como foi exemplar como filho, como esposo, como marido, como pai, como avô.

E eu tenho certeza, Eleuses, de que você será consagrado como o melhor secretário da Saúde da história de São Paulo. As transformações que aconteceram já neste Estado em tão pouco tempo colocam no colo do governador Tarcísio a Saúde como o seu principal legado até hoje, com recurso direcionados para projetos idealizados por você e sua equipe.

Todos eles encampados, adotados pelo governador, que estão transformando o atendimento público em São Paulo, dando mais qualidade, dando mais eficiência, o que é fundamental para os objetivos do governador Tarcísio de transformar este Estado. Que você possa continuar nos brindando com o seu trabalho, com a sua presença. Deputado Barros Munhoz, parabéns pela iniciativa.

Nós sabemos que essa homenagem é semanalmente, mensalmente direcionada àqueles que se dedicam ao nosso Estado, mas o Eleuses é uma pessoa diferenciada.

Neste momento aqui a gente efetivamente homenageia alguém que faz muito por São Paulo, que ao longo da sua vida tem feito muito pelo nosso Estado, seja em Rio Preto, pelo nosso interior, pelo nosso Estado na Associação Paulista de Medicina, pelo nosso País na Associação Médica Brasileira, e como disse José Luiz agora há pouco, levando o seu exemplo a vários países do mundo.

Eleuses, muito obrigado por tudo.

Muito obrigado por sua parceria, por sua amizade com São Paulo, por seu exemplo, e que possamos continuar contando com o seu trabalho, com o seu direcionamento, porque São Paulo merece tê-lo à frente da Secretaria da Saúde e você merece estar aonde está, e eu tenho certeza absoluta, com voos muito mais altos pela frente pelo legado que você está construindo.

Parabéns, Barros Munhoz.

Parabéns, André do Prado.

Parabéns a todos que estão presentes, porque é a dimensão de vocês que dá a essa homenagem a importância que ela merece.

Muito obrigado a cada um de vocês.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras das autoridades e familiares. Neste momento, nós teremos uma breve pausa nas falas para assistirmos a um vídeo com homenagens ao Sr. Eleuses Paiva.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Após as lindas homenagens feitas pelos seus familiares e amigos mais próximos, daremos início ao ponto alto desta noite de celebrações: realizaremos a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo a Eleuses Vieira de Paiva. Convidamos para virem à frente os membros da diretoria, juntamente com o homenageado, para a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

O Colar de Honra ao Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi criado em 2015 e concedido a pessoas naturais ou jurídicas brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso Estado, como forma de prestar pública e solenemente uma justa homenagem.

Esta sessão solene homenageia com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo Eleuses Paiva, secretário de estado da Saúde de São Paulo. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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Passo a palavra ao grande homenageado desta noite, o Sr. Eleuses Paiva. (Palmas.)

 

O SR. ELEUSES DE PAIVA - Boa noite a todos. Vou começar cumprimentando o nosso presidente da Alesp, deputado André do Prado. Deus sempre me iluminou muito no meu caminho de vida, e eu estou tendo a grata satisfação de ter o André do Prado como presidente da Alesp, sempre uma parceria muito grande.

Recentemente eu descobri por que esse carinho do André com a área de Saúde. O André começou a vida pública dele como secretário municipal de Saúde - já pagou os pecados - e tem sido um enorme parceiro que nós temos hoje na Alesp.

 Cumprimentar o deputado Barros Munhoz, que é um ícone para nós, sua trajetória política. O governador Tarcísio foi extremamente competente. Ele é o nosso líder na Assembleia Legislativa, mas, mais do que isso, o deputado Barros Munhoz está pensando em querer pensar em se aposentar, mas o governador Tarcísio já o tirou da ideia. Tem aí mais 40 anos com a gente à frente aqui na Alesp.

Cumprimentar os deputados aqui presentes, a deputada Bruna Furlan, que é a nossa presidente da Comissão de Saúde, parceira enorme que a gente tem na Casa. Eu tive a oportunidade de conviver com a deputada Bruna na última legislatura. Vossa Excelência sabe da generosidade que teve comigo, e é uma gratidão eterna que eu tenho para consigo.

Cumprimentar o Danilo Campetti, da nossa querida São José do Rio Preto, que está estreando na Casa, mas estreando com chave de ouro. Cumprimentar o deputado Valdomiro Lopes também deputado por São José do Rio Preto, colega médico. É um parceiro que a gente tem de longa data, e temos aí, se Deus quiser, uma longa caminhada pela frente.

Cumprimentar dois vereadores de São José do Rio Preto que estão nos dando a honra da presença: vereador Jorge Menezes e vereador Cabo Júlio, que já foi promovido, né? O Cabo Júlio já está aí na categoria de generalato, não é, Cabo Júlio?

Cumprimentar o nosso secretário da Casa Civil, Arthur Lima. Eu conheço o Arthur há quase dois anos, tivemos a oportunidade de conviver durante o período eleitoral. Agora, à frente da Casa Civil, o Arthur tem sido o grande articulador entre nós, secretários, a pessoa que nos articula extremamente bem com o governador Tarcísio.

Eu quero destacar sempre não só a agilidade, mas a vontade do Arthur, sempre disponível 24 horas por dia. Todas as vezes que eu preciso, eu ligo e ele está sempre à disposição e sempre resolvendo os problemas. Então a minha gratidão e de toda a equipe da Secretaria de estado da Saúde à Vossa Excelência.

Cumprimentar o secretário de Governo e Relações Institucionais, Gilberto Kassab, querido por todos nós, Gilberto que foi um grande incentivador para que eu entrasse na vida pública.

Cumprimentar o Gilberto, presidente do partido, o PSD; cumprimentar os prefeitos aqui presentes, na figura de dois que eu tenho aí, um meio como filho, o outro como um grande parceiro, que é o Caique Rossi, de Penápolis e o Roberto Cacciari, de Urupês.

Cumprimentar o Raul Christiano Sanchez, secretário-executivo da Secretaria de Justiça e Cidadania; cumprimentar o professor Carlotti, nosso reitor, magnífico reitor da Universidade de São Paulo, professor Carlotti que tem feito uma gestão à frente da universidade que orgulha a todos nós.

Parabéns, professor Carlotti. Cumprimentar o Mário César Homsi Bernardes, diretor-geral da CMB, da Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas.

Cumprimentar meu amigo pessoal, Horacio Ramalho, que é professor, assim como eu, da Famep, e hoje dirige o Hospital Municipal de São José do Rio Preto. As palavras dele, ele tentou fazer um teste coronariano para mim, mas eu ainda estou respondendo bem.

Coronária está (Inaudível.) ainda, sem nenhum problema. Cumprimentar o José Luiz Gomes do Amaral, meu amigo que sempre me acompanhou e hoje me dá a honra de estarmos juntos também na Secretaria de Estado da Saúde.

Cumprimentar minha secretária-executiva da Secretaria, uma grande parceira, a Dra. Priscilla Perdicaris. E, cumprimentando a Dra. Priscilla, eu quero cumprimentar todos os colaboradores da Secretaria de Estado da Saúde, coordenadores e assessores que estão aqui presentes.

Cumprimentar o Dr. Eudes Quintino, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde. Cumprimentar meu amigo, sempre uma pessoa extremamente gentil e generosa para comigo, Dr. Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, Sindicato de Hospitais e Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo.

Cumprimentar o Dr. Ruy Baumer; com quem estou tendo a oportunidade de conviver mais próximo, que é vice-presidente da Fiesp e diretor titular do Comsaúde. Cumprimentar o conselheiro Dimas Ramalho, e aqui eu queria fazer um parênteses. Eu tenho sempre uma gratidão muito grande pelo conselheiro Dimas Ramalho.

Em 2006, o primeiro mandato que eu concorri como deputado federal, ao chegar no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, obviamente eu vinha de entidade médica, nunca tinha feito militância partidária nenhuma, muito preocupado em como me adaptar ao Parlamento, viu, André?

Uma pessoa me pegou pela mão, eu não esqueço até hoje. Exatamente à época o deputado Dimas Ramalho me pegou pela mão, eu estava andando e alguém gritou: “Dr. Eleuses”.

Eu falei: “Não é possível que alguém me conheça aqui.” Olhei, era o Dimas Ramalho. Ele falou: “Vem cá, meu irmão falou muito de você para mim; vamos sentar aqui no fundo, que eu preciso te mostrar como é que funciona e como são as forças políticas aqui dentro.”

Foi a pessoa que me pegou pela mão e me introduziu dentro da Câmara dos Deputados. Então, minha gratidão a V.Exa., que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas e eu, particularmente, acho que a vida dele não pode parar como conselheiro do Tribunal. Acho que a gente tem que arranjar algum voo para o Dimas, porque é uma pessoa que tem sempre a acrescentar muito para todos nós.

Cumprimentar o José Luiz Crivelli, que é vice-presidente da Fehosp e também conselheiro fiscal da Unimed Nacional, meu amigo. Cumprimentar o Dr. Jorge Fares, querido diretor da Funfarme; e também cumprimentar o Dr. Paulo Pêgo, vice-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Cumprimentar a Dra. Eliete, presidente da Academia Nacional de Medicina; o Dr. Hélio, presidente da Academia de Medicina de São Paulo. Cumprimentar meu amigo Tom Zé, o superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina. Tom Zé, grande parceiro nosso.

E em nome da Fehosp, quero cumprimentar, na pessoa do Edson Rogatti, que não pôde estar presente, mas cumprimentar todos os provedores, superintendentes e diretores de filantrópicas, de Santas Casas aqui presentes.

Cumprimento os conselheiros, professores titulares do HC, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, corpo docente administrativo das universidades aqui presentes, representantes de hospitais, institutos, representantes de organizações sociais.

Representantes da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, membros de conselhos de entidade de classe, vereadores, coordenadores da Secretaria de Estado da Saúde, nossos colaboradores e amigos, diretores de departamentos regionais de Saúde, senhoras e senhores.

Vou tentar fazer uma fala breve. O pessoal do Cerimonial não me contou como seria hoje, e realmente é uma emoção muito forte. Primeiro, receber essa homenagem; não tem jeito de receber essa homenagem sem se emocionar, sem faltar palavras e, primeiro, de agradecimento a toda a Alesp, a todos os parlamentares que me concedem essa honraria.

Eu aprendi na vida que muito mais importante do que a conquista do momento, e até, não é minha, é uma frase do Confúcio, muito mais importante do que a conquista do momento é a trajetória, é o caminho e com quem a gente caminha. Eu sempre falo isso para os meus filhos, da importância de a gente escolher com quem a gente anda, com quem que a gente caminha.

Eu sempre me senti muito confortável nas opções que eu fiz, e a última agora é de caminhar ao lado do governador Tarcísio de Freitas. Então, o meu agradecimento a todos.

E eu não poderia deixar de citar todos os que fizeram parte da minha história de vida até o dia de hoje, começando pelos meus pais. Meu pai e minha mãe sempre foram extremamente rigorosos com a régua lá em cima, sob o ponto de vista de ética, de moralidade, de religiosidade.

Eu sou oriundo de uma família de religiosos. Então, sempre pautamos muito. Na minha adolescência, eu até me questionava um pouco, porque eles eram extremamente rigorosos.

E hoje eu não tenho dúvida da importância da religiosidade, da importância das discussões de princípios, que é algo que a gente vê que, infelizmente, na nossa sociedade ainda hoje nós temos de lutar muito para não perdermos a linha de ação, para não perdermos princípios fundamentais para uma sociedade e para um país.

Com uma figura que me marcou muito, infelizmente eu convivi muito pouco. Perdi meu irmão com 28 anos de idade, mas uma pessoa que foi muito inspiradora para mim, era meu irmão mais velho.

Deus foi muito generoso comigo, colocando na minha vida uma pessoa fantástica, uma mulher a quem devo muito, que me ajudou a construir e a solidificar uma família, que é aquela moça que está ali, a Sônia.

Eu, recentemente, tive um problema de saúde. Estávamos juntos nos hospitais, eu com uma septicemia, preocupado, e eu não tive dúvida de falar para ela: “Olha, aconteça o que acontecer, saiba que eu sou o homem mais feliz do mundo de ter tido a oportunidade de te encontrar”. E, junto com ela, ter construído uma família. (Palmas.)

Tivemos três filhos, dois aqui presentes, um deles o Fernando. O Fernando é o que seguiu a profissão do pai, é médico. Temos a Natália, que falou com vocês, é arquiteta, e hoje, infelizmente, mora um pouco distante do pai, tentei, mas já me dou por satisfeito.

Morava na Inglaterra, então você imagina o tamanho do meu coração. Ela veio para o Brasil, mora em Santa Catarina, está bem melhor. Pelo menos, eu consigo vê-la aí com mais frequência.

E o meu filho mais novo, que é o Eleuzinho, o advogado, que vocês viram que é o que tem mais jeito para a coisa pública, né? Eu fiquei olhando, brinquei com o Gilberto e com o André do Prado do meu lado, falei: “vamos ver o desempenho dele na tribuna, como é que vai, né?”.

E o Eleuzinho, que sempre, desde a primeira vez, quando eu fui eleito na Associação Paulista de Medicina, o José Luiz deve lembrar disso, puseram ele, na época, com cinco, seis anos de idade, em cima da mesa do “Fogo de Chão”.

Nós estávamos comemorando a eleição e ele fez um discurso: “Olha, queria agradecer a todos que votaram no meu pai, votaram na pessoa certa”. Então, o Eleuzinho sempre carregou esse dom da família.

E eu não podia deixar de falar para vocês que talvez alguns de vocês ainda não tiveram essa felicidade de ter uma coisa chamada neto. É a coisa mais fantástica do mundo. Esses meus filhos me deram cinco netos.

De vez em quando, eu estou cansado, muito cansado, trabalhamos até sábado. O governador arranja aquela agenda tranquila de sábado, e a gente vai na agenda dele, e chega tarde da noite em casa. E aí, domingo de manhã, estou querendo dormir um pouco, negocio com a minha mulher, “olha, bloqueia o quarto”, aí eu falo, bloqueia o quarto e alguém me cutuca.

E aí eu já levanto meio bravo, que eu olho e falam: “vovô, bom dia, vovô”. Acabou, ganhamos o fim de semana, ganhamos a energia. E estou tendo a oportunidade de ter cinco netos. É uma alegria fantástica. Sempre a casa movimentada, essa energia gostosa.

E, Sônia, nós temos muito que agradecer a você, porque a Sônia poucos sabem, ela abdicou de uma carreira brilhante que ela tinha, para poder estar à frente dos filhos, cuidar da educação dos filhos. Ela é o grande baluarte, é o grande alicerce que a família tem.

Eu acho que nós, os filhos, os netos, todos nós devemos muito a você, a essa sua humildade, essa clareza que você teve de abraçar e ser a grande líder de uma família, que todos nós devemos a você, a criação que você deu para todos os filhos e o parceiro, a amiga que você é. Muito obrigado. É duro falar da esposa, porque vem emoção, não tem jeito.

Mas eu queria também agradecer muito, quando em 2006 pensei talvez em entrar na vida pública e tinha muitas dúvidas, fui procurar algumas pessoas para me orientarem e uma delas foi, na época, o professor Adib Jatene, que era uma pessoa muito referente, uma grande referência que eu tinha de vida.

Eu tive a oportunidade de trabalhar com o meu diretor científico na IBB, o Fábio Jatene, e a gente conversava muito, e ele falou: “vamos falar com o meu pai para ver o que o meu pai acha”.

E o Dr. Jatene falou para mim: “olha, eu vou te apoiar, nós vamos eleger, nós médicos vamos eleger você, mas você vai prometer uma coisa para mim, nunca largue a medicina, sempre mantenha a postura de médico, porque é isso que lhe dá credibilidade, é isso que as pessoas admiram”.

E eu fiz isso na minha vida. E aí eu queria agradecer muito a equipe médica que trabalha comigo, que, obviamente, eu não pude fazer mais na mesma intensidade.

Está aqui a Albinha, que é uma amiga, uma sócia minha, trabalhamos juntos aí, trabalhei muito com o seu pai, e vocês sempre foram muito generosos comigo, até porque a gente não poderia ter o mesmo empenho e atividade que eu tinha, mas nos ajudaram muito a poder manter a atividade como médico.

E aí também os meus colegas da Faculdade de Medicina, que sempre foram companheiros, me ajudaram a sonhar, a sonhar o mundo, a construir nossos castelos. A Faculdade de Medicina é sempre um aprendizado para nós docentes, o convívio com os alunos. Então, meus colegas de faculdade, eu queria agradecer a vocês.

Não podia deixar de falar como me inspirou a ter a oportunidade de trabalhar como eu tive. Como diretor da Sociedade Médica de Rio Preto, da Associação Paulista de Medicina, da MB, eu tive a oportunidade de trabalhar com colegas brilhantes.

E eu falo brilhante não é no conhecimento, até porque a área associativa é muito ligada à área científica. Então, sempre a gente acaba convivendo com profissionais de um quilate científico muito grande.

Mas era muito mais importante, não só o quilate científico de cada um, era não só o conhecimento médico, mas a grandeza que cada um tinha de poder enxergar a vida, de orientar, de ser parceiro, de construir uma trajetória junto. Isso, eu não tenho dúvida, que me enriqueceu por demais.

Eu não podia deixar de falar de dois políticos que foram os que me convenceram a entrar na vida pública. Até hoje, eu não sei se agradeço a eles ou brigo com eles, mas tem dois que eu não poderia deixar de citar.

Um era o José Serra, que foi uma das pessoas que mais me cativava como político e que mais jogou pressão, tentando sempre mostrar um caminho. O Serra hoje, infelizmente, está passando um momento difícil da sua vida. E o outro está aqui, que é o Gilberto Kassab. O Kassab usava sempre de um jeitinho... (Palmas.)

O Gilberto Kassab, eu, como mineiro meio desconfiado, eu não entendia por que ele se aproximou. Porque, logo que eu assumi a Associação Médica Brasileira, na primeira semana, entraram em contato, a assessoria dele, marcando um almoço comigo. Falei: “poxa, mas por que ele quer almoçar comigo? Não conheço, não é?”, aí falei, “bom, vamos lá no almoço”.

Eu fui almoçar com ele. Ele falou: “eu quero te ajudar, quero ajudar a MB, eu quero que vocês tenham, a Associação Médica Brasileira, que eu possa ser o representante de vocês no Congresso”.

Eu olhei e falei: “poxa, o que tem além disso?” E eu, sempre com a minha franqueza, perguntei: “olha,” - na época deputado -, “deputado Kassab, fico até lisonjeado com a sua preocupação com os médicos, com a Associação Médica Brasileira, mesmo o senhor sendo um engenheiro”.

Ele falou: “mas eu vou contar um segredo para você. Eu só sou político e entrei na vida pública porque eu admirava muito o meu pai”. Ele é filho do Pedro Kassab, que foi quatro vezes, cinco vezes, presidente da Associação Médica Brasileira.

“E eu era pequeno, ia ver o meu pai como presidente da Associação Médica Brasileira, receber políticos, autoridades, eu achava fantástico. E acabei entrando na vida pública.

Então, pela gratidão que a Associação Médica Brasileira fez na minha formação e a gratidão ao meu pai, que foi presidente, eu queria ajudá-lo”. E ele foi um dos grandes incentivadores para que eu entrasse na vida pública. Então, não poderia deixar de citar você, que faz parte da minha história.

Citar uma pessoa que é ausente, mas que foi, eu tenho como meu irmão mais velho, um grande conselheiro que eu tenho, que sempre nos momentos difíceis me aconselhou, me deu conselhos, que é o Guilherme Afif Domingos.

Infelizmente, passando um momento difícil da sua vida, a sua esposa, problema grave de saúde, e o Afif não está aqui entre nós, mas eu quero deixar registrado a importância que o Afif teve em toda a minha trajetória.

Uma pessoa que é de uma generosidade, de um conhecimento, de uma grandeza de conhecimento fantástica. Então, estou vendo os assessores do Guilherme aqui, queria que transmitissem a ele que ele foi uma pessoa importantíssima na minha caminhada.

Quero agradecer primeiro a equipe que trabalhou comigo quando fui parlamentar. Estou vendo alguns ex-assessores aqui, colaboradores, prefeitos que fizeram parte dessa caminhada e que me enriqueceram muito, me dando sustentação.

O Caiado falou ali da atuação da gente, mas existia um time muito forte, o Dimas participou, o Caiado participou, várias pessoas participaram, e eu acho que é esse time que fazia a diferença. Eu sempre tenho a humildade de saber que sozinho nós não somos capazes de nada, mas em equipe, é com o time que a gente faz toda a diferença.

Eu tenho um orgulho muito grande, também uma luz divina, de ter ido para a Secretaria de Estado da Saúde. Eu tive uma grande surpresa, a qualidade dos técnicos que nós pegamos na Secretaria de Estado da Saúde, pessoas ricas de conhecimento.

Conseguimos... hoje é um time extremamente motivado, talvez eles fiquem meio bravos comigo, porque o pessoal vai embora às cinco, das outras secretarias, mas a nossa fica até oito, nove, de vez em quando até as dez.

A Dra. Priscilla, coitada, de vez em quando enverada também nos fins de semana, que a gente faz reuniões. Eu estou vendo a Dra. Beth, a Dra. Cristina Balestrin, o Dr. Okane, que esteve com a gente e é um parceiro forte. Essas pessoas são muito motivadas.

Primeiro, competentes tecnicamente; segundo, extremamente motivadas. Tudo isso que nós estávamos conversando, se não tivesse esse time tão motivado, Maria Alice aqui, nossa coordenadora, se a gente não tivesse um time tão motivado, com certeza não teria time de entrega.

Eu sempre falo que a somatória de uma equipe é que faz toda a diferença. Realmente, eu estou tendo a felicidade e muito orgulho de poder trabalhar com essa equipe da Secretaria de Estado da Saúde.

Mas eu queria terminar falando de duas coisas que foram extremamente importantes, que estão sendo para a minha caminhada, estão sendo para o nosso time. A primeira é o governador Tarcísio de Freitas.

Eu não tinha relacionamento próximo com o governador Tarcísio. Tive uma vez, que foi mencionado pelo Campetti, em uma ida a Rio Preto, queriam me apresentar a ele e eu conversei com ele por dois, três minutos.

Depois, posteriormente, em Brasília, ele me chamou umas duas vezes para poder conversar. Eu nunca tive dúvida. No Congresso Nacional, tinham três secretários que eram unanimidade do governo Bolsonaro, que eram unanimidade entre nós, parlamentares, tanto direita como esquerda.

O Tarcísio era um deles, não vou citar os outros dois, porque quem ficar de fora vai me xingar, mas o Tarcísio era um deles. Tarcísio era uma unanimidade para todos nós, a capacidade que ele tinha de realização.

Quando o Tarcísio me convidou, depois de uma reunião que nós fizemos com o pessoal da Universidade de São Paulo para poder caminhar ao lado dele, coordenando a área de Saúde, e também o Afif veio conversar comigo, que naquela época era também um pedido do Bolsonaro para estarmos nos alinhando. O Afif perguntou para mim: “o que você está achando?”.

Eu falei: “Afif, eu não tenho dúvida de que ele vai ser um governador fantástico, porque ele é uma pessoa que realiza muito, uma pessoa muito focada”. Foi essa a visão que eu tive dele como ministro, mas eu jamais podia pensar na sensibilidade social que tem o nosso governador, a parte humana que tem o nosso governador, como é que ele se envolve com as coisas sociais.

Eu falo, ele falou ali, olha, o Eleuses fala que é o Tarcísio, mas nada disso que nós fizemos, eu não sei, o André do Prado me convencendo ali do lado, nós teríamos feito, talvez, se tivéssemos um outro governador do estado.

O Tarcísio, desde o primeiro momento, eu lembro quando nós assumimos, eu acho que o Arthur estava junto com a gente, preocupadíssimo. “Eleuses, está colapsada a Saúde. Como é que nós vamos descolapsar? Qual é a estrutura que nós vamos montar?”

Nós começamos pela oncologia, eu mostrei como é que estava. Tinham filas de oncologia de sete pessoas, sete, oito meses na fila. Hoje eu me orgulho de falar que, sob a gestão do estado de São Paulo, esse é o problema que nós queremos resolver no ano que vem.

Falo muito isso com a irmã, é que nós temos duas gestões, nós temos gestão estadual e gestão municipal, nós temos filas estaduais e municipais. Na gestão do estado, não tem nenhum paciente de oncologia esperando há mais de 60 dias. Quando nós assumimos, tinha esperando há sete meses.

Olha, não precisa ser médico para saber que alguém com câncer esperando seis, sete meses para começar tratamento, nós já temos o cargo definido. Só dessa conversa com o governador, e ele me pediu um projeto, custou ao Estado 480 milhões de reais para a gente ativar um mutirão de oncologia no estado de São Paulo e pôr a oncologia no rumo certo. Assim fomos fazendo com outras, tudo com a determinação dele.

Chegou o final do ano, nós tínhamos prometido uma coisa para ele e ele queria conferir. Eu falei, “governador, nós vamos aumentar de 20 a 30% a oferta, e vamos pegar como métrica a cirurgia”.

E é verdade, chegamos no final do ano, o estado de São Paulo fazia, de cirurgia eletiva, algo em torno de 750 a 800 cirurgias, mil cirurgias eletivas por ano, nós terminamos o ano passado com um milhão e quarenta, mais de 30% de aumento de oferta no Sistema Único de Saúde.

Mas isso, para ser feito, precisava de alguém ao lado, alguém confiar, alguém colocar recursos na Saúde, porque, infelizmente, as outras experiências que eu tive no Executivo sempre não foram tão satisfatórias de ter alguém investindo na Saúde.

Tabela SUS Paulista, regionalização. Quando nós começamos a regionalização, vou contar um segredo para vocês, eu andava, e aí está o time que andava comigo, todos da Secretaria, o Okane andando também com a gente, e a gente andava, chegava na região, e por que a regionalização?

A Bruna sabe disso muito bem, ela tem andado também no estado de São Paulo, o estado mais rico da Federação é extremamente heterogêneo. Nós temos regiões chamadas de Califórnia brasileira, e eu falo que nós temos outras regiões com uma carência, com um IDH tão baixo que deveria nos envergonhar, nós paulistas, no nosso estado, termos regiões com o IDH que nós temos.

Portanto, ficava muito claro para a gente que o investimento em cada região tinha que ser diferente, a gestão de cada região tinha que ser diferente, até porque uma das coisas que nós pautamos no SUS é a equidade, e nós tínhamos que ter essa política.

Quando nós chegávamos nas regiões, eu falava: “olha, o governador Tarcísio de Freitas manda avisar que, onde tiver vazio assistencial no estado de São Paulo, vai ter recursos do Estado para acabar com os vazios assistenciais”.

O presidente do Coegemas, na segunda região a que eu fui, chamou-me do lado e falou: “Eleuses, está começando agora, não fala isso, que o governador vai investir, porque o governador não vai investir.

Os outros governadores sempre falam isso para o secretário, que vai investir, mas depois não investe, aí você vai ficar desmoralizado.”. Eu falei para o nosso presidente do Coegemas: “Olha, vocês não conhecem o governador Tarcísio, ele combinou comigo; se ele combinou, ele vai cumprir.”. E foi exatamente o que nós fizemos.

Aí vem a história da Tabela SUS Paulista. Eu sempre falo que o mérito é do governador, porque a tabela, junto com o IGM, custou, está custando aos cofres do Tesouro do Estado, Barros, 4,8 bilhões.

A Tabela SUS Paulista mais IGM. IGM é um incentivo à gestão municipal, nós substituímos, e a Bruna sabe disso, o Pabinho. O Pabinho pagava quatro reais por habitante/ano para incentivar o quê? A Atenção Básica. Nós saímos de quatro e fomos para 15 a 40 reais, até dez vezes o valor. Quando fizemos isso, sabíamos que não adiantava só dar recursos.

Como é que funciona? Funciona porque nós temos dez degraus que cada município tem que cumprir na Atenção Básica. Nós queremos cobertura vacinal acima de 90% no estado de São Paulo.

O município que cumprir já tem 10% a mais daquele valor para receber. Nós queremos acabar com câncer de colo de útero no estado de São Paulo. Portanto, nós precisamos de uma política voltada para ele, com, principalmente, exames preventivos. O município que cumprir, mais dez por cento.

A mesma coisa com câncer de mama, necessidade de fazer uma mamografia, necessidade de acompanhar. Então, cada vez que o município atinge aquela métrica, ele tem um recurso a mais e com isso é a política para mudar os indicadores de Saúde do estado de São Paulo, mas isso custou aos cofres do estado 4,8 bilhões.

Fizemos agora uma parceria grande - o professor Carlotti está aí - com a Universidade de São Paulo, para trazer saúde digital e colocar o patamar da Saúde do estado de São Paulo no outro nível, nível digital.

Pegamos como parceria a Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a grande parceira nossa, que agora nós vamos metastizar para as outras universidades: Unesp, Botucatu, Ribeirão Preto, nós vamos agora começar São Carlos, Escola Paulista de Medicina, Rio Preto, Marília, nós vamos começar a abrir o leque.

Para isso, nós criamos aqui em São Paulo o Centro de Inovação. E o Centro de Inovação, com muita humildade, como é que é o Centro de Inovação? Então, nós fomos procurar o que tinha no mundo de melhor e descobrimos dois modelos que enriqueceram todos nós. Um modelo do NHS, modelo lá do Reino Unido.

E é justamente esse centro do Reino Unido, que também foi feito com extrema competência pela Universidade John Hopkins, que nós estamos trazendo e pujamos para começar a funcionar aqui no estado de São Paulo com a mesma riqueza da Inglaterra, com a mesma riqueza da Universidade de John Hopkins, e é esse centro que vai colocar a Saúde de São Paulo com certeza no outro nível.

Então, tem que ter um agradecimento especial ao governador Tarcísio, primeiro por confiar na gente, e segundo pela sua coragem, porque para colocar a tabela SUS Paulista, vocês não acreditam, a pressão que o governador de São Paulo recebeu para não fazer isso.

E foi justamente com a coragem, com a determinação... O governador sempre fala uma coisa para mim. Eu lembro que a primeira vez que ele falou, eu estava cansado, final de noite, e depois de uma conversa longa, ele falou: Eleuses - ele olhando para a minha cara e viu que eu estava meio cansado - só vale a pena isso que nós estamos vivendo...

E fala para você também, Arthur, e para o Kassab também... Só vale a pena isso que nós estamos vivendo se a gente fizer a diferença, se nós deixarmos um legado para as futuras gerações e para o Brasil.

E é isso que eu acho que move o homem público, deixar um legado, mostrar que é possível fazer diferente, que é possível avançar num mundo de tanta desigualdade. E eu queria terminar no meu agradecimento à Alesp e falar do coração.

Logo que assumimos, eu lembro da primeira reunião que nós fizemos com a equipe, eu tinha que vir aqui à Alesp duas vezes por ano. A gente vem à Comissão de Saúde para prestar contas daquele semestre.

E eu estava extremamente preocupado, porque nós sabemos que nós vivemos hoje num País muito polarizado politicamente. Eu fui parlamentar e eu sei como é que é o jogo. E eu falava, olha, vai ser difícil, vamos ver como é que nós vamos. E eu queria primeiro agradecer à deputada Bruna Furlan: sua liderança na Comissão de Saúde é fantástica.

A maneira com que a senhora conduz, a maneira com que os seus pares a respeito e a senhora dá a condução é motivo de orgulho para qualquer um de nós. Eu sempre tive aqui na Alesp, até pelos opositores ao governo, um extremo respeito com a minha pessoa. E toda vez que se dirige ou coloca alguma situação, sempre o coloco de maneira construtiva.

Portanto, não só eu, mas toda a nossa equipe, todo o nosso time da Secretaria de Estado da Saúde tem que ser muito grato à Alesp. E grato às lideranças que a gente tem. O nosso presidente, que tem sido um grande parceiro, tem um presidente da Alesp, que já foi secretário municipal de Saúde. Imagina o que nos ajuda?

E tem membros - e aí eu podia citar vários parlamentares, dois deles aqui presentes na minha base - que sempre foram entusiastas da área de Saúde e sempre me ajudaram. Então, eu não poderia deixar de agradecer a todos vocês e falar que o que vale é isso, muito mais do que a conquista é a caminhada.

E a todos vocês que ajudaram a construir a minha história de vida, que ajudaram a escrever toda a minha caminhada, eu queria só uma palavra para vocês. Essa palavra é gratidão a todos vocês.

Muito, muito obrigado.

Boa noite a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Passamos a palavra ao deputado Barros Munhoz para que proceda com o encerramento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Bem, antes de encerrar esta sessão, eu quero pedir desculpas ao colega Valdomiro. Mas saudar aqui a nossa querida deputada Bruna. É um orgulho para nós, deputada, tê-la na Presidência da Comissão de Saúde. Saudar o Campetti também. Quero saudar todas as autoridades aqui presentes.

O presidente pediu licença para se retirar por outro compromisso absolutamente inadiável, saudar o nosso secretário Gilberto Kassab, saudar o nosso querido secretário Arthur Lima, o nosso querido Dimas Ramalho também, do Tribunal de Contas do Estado, e fazer aqui um breve comentário.

Em primeiro lugar, eu tive a felicidade de fazer dobradinha na região de Santo Amaro, aqui em São Paulo, com o Dr. Eleuses. E olha que coisa fantástica, ele já era essa pessoa exemplar, que se revelou e se revela a cada dia.

Nós tivemos exatamente o mesmo número de votos, 19 mil votos cada um. É uma coisa muito rara de acontecer na política, não é, Kassab? Muito rara de acontecer na política.

Mas eu queria dizer o seguinte, minha gente, para encerrar. Eu sempre fiquei encafifado com aquela poesia nada romântica, ou sei lá o quê, literatura, tudo de bom que o Rui Barbosa sabia fazer, quando ele cunhou aquela frase dolorida, de tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar as injustiças, o homem chega a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto. Quem sou eu para contrariar Rui Barbosa?

Mas depois de tudo que eu assisti aqui hoje, eu queria dizer, Rui Barbosa, me desculpe, mas depois de tanta injustiça, de tudo que possa haver de errado no nosso País e no mundo, o homem deve encher-se de brio, de ânimo, de fé, de esperança e de coragem.

Seguindo o exemplo de Eleuses Paiva. É um exemplo para todos nós.

Obrigado, Eleuses Paiva.

Parabéns, governador Tarcísio, por nos ter legado o melhor secretário da Saúde do estado de São Paulo.

Viva Eleuses Paiva, e declaro encerrado o objeto da presidência da sessão, agradecendo a todos os envolvidos na realização dessa solenidade.

Viva Eleuses Paiva! (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 41 minutos.

 

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