14 DE DEZEMBRO DE 2010

157ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: MAURO BRAGATO e ROBERTO MORAIS

 

Secretário: JOSÉ CÂNDIDO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - MAURO BRAGATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - JOSÉ CÂNDIDO

Comenta participação na abertura da Semana do Meio Ambiente desta Assembleia Legislativa. Considera poucos os esforços de órgãos competentes para salvar o planeta. Critica países e empresas que não preservam a natureza. Cita tragédias ambientais ocorridas por conta do crescimento desordenado das cidades. Sugere que as autoridades reflitam, fiscalizem e elaborem leis visando a educação ambiental.

 

003 - EDSON GIRIBONI

Fala da expectativa e dos desafios em torno do novo Governo do Estado. Aponta avanços da atual gestão, principalmente no que tange ao transporte público. Manifesta apoio à expansão metroviária na Capital. Comenta a obra do Rodoanel. Cita recuperação de vicinais do interior do Estado. Destaca a implantação de dezenas de Ambulatórios Médicos de Especialidades. Tece comentários sobre a redução nos índices de criminalidade no Estado.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Comenta matérias publicadas nos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Jornal da Tarde", sobre a escolta disponível ao ex-Governador José Serra. Critica a postura da autoridade. Questiona a lotação de policiais militares em gabinetes parlamentares.

 

005 - DAVI ZAIA

Registra o acompanhamento feito pela Assembleia na compra do banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. Cobra a ampliação da rede de agências para todos os municípios do Interior. Ressalta a importância do Banco do Brasil estar próximo da população por ser o repassador de recursos dos programas dos governos Federal e Estadual.

 

006 - DONISETE BRAGA

Defende a necessidade de discussão sobre a peça orçamentária. Afirma estar pessimista sobre a questão. Incentiva os Deputados a votarem a matéria com autonomia, justiça e equilíbrio. Comenta denúncias a respeito da construção da linha 5 do Metrô. Informa que a Região do ABC dispõe de boa malha ferroviária para a instalação do sistema.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Comenta o falecimento do coronel Hermes Bittencourt Cruz. Relembra histórico profissional do militar. Fala sobre o episódio ocorrido no Palácio dos Bandeirantes, que resultou no confronto entre policiais civis e militares.

 

008 - LUIS CARLOS GONDIM

Fala da reivindicação dos funcionários da Educação e da Saúde por reajuste salarial. Comenta emendas feitas ao orçamento para contemplar a implantação de sistema de escoamento das águas pluviais. Cita cidades que sofrem com as enchentes, como Mogi das Cruzes e São Paulo. Sugere projeto para o desassoreamento anual do Rio Tietê e de seus afluentes.

 

009 - JOSÉ CÂNDIDO

Comenta matérias publicadas em jornais locais sobre o alastramento do vício do crack por todo o País. Relata pesquisas que apontam expressivo aumento dos municípios com problemas relacionados ao uso da droga. Combate a falta de programas preventivos por parte de cidades paulistas. Diz que a população jovem é a mais afetada. Fala das consequências psiquiátricas para ex-usuários de drogas. Exige providências sobre o assunto por parte das autoridades.

 

010 - LUIS CARLOS GONDIM

Para comunicação, parabeniza o jornal "Diário de Mogi", pelo aniversário de 54 anos. Enfatiza a importância do trabalho realizado pela empresa jornalística na região do Alto Tietê.

 

011 - CARLOS GIANNAZI

Pelo artigo 82, informa que o ex-Governador José Serra possui escolta constituída por 30 policiais militares. Combate a desativação do Programa Ronda Escolar na região do 22ª Batalhão da PM. Comenta a importância do serviço no combate à violência escolar. Cita as escolas que ficaram sem o programa.

 

012 - LUIS CARLOS GONDIM

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas, por acordo de lideranças.

 

013 - Presidente MAURO BRAGATO

Convoca a Comissão de Finanças e Orçamento para reunião extraordinária, às 15 horas e 45 minutos de hoje. Defere o pedido e suspende a sessão às 15h35min.

 

014 - ROBERTO MORAIS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h11min.

 

015 - RODOLFO COSTA E SILVA

Pede o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

016 - Presidente ROBERTO MORAIS

Registra o pedido. Convoca duas sessões extraordinárias, a serem realizadas hoje, com dez minutos de intervalo entre ambas. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 15/12, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra-os da sessão extraordinária a realizar-se hoje, com início às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Mauro Bragato.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado José Cândido para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOSÉ CÂNDIDO - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Bruno Covas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lucia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputado Maria Lucia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Davi Zaia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

Esgota a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à lista suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que assiste à TV Assembleia, antes mesmo de começar a sessão de hoje tive oportunidade de participar nesta Casa da abertura da Semana do Meio Ambiente. Vi várias exposições, mas todo cuidado é muito pouco para salvar o planeta Terra.

Convivemos, hoje, com muitas tragédias. As cidades vão crescendo, as infraestruturas também, como pavimentação, o uso de materiais que poderiam ser reciclados e ás vezes são jogados no chão indo para o esgoto, o que nos preocupa muito.

Ultimamente, cada chuva que cai nas grandes cidades, na região metropolitana, pessoas morrem e perdem seus bens como casa, carro etc. Muitas vezes elaboramos documentos, requerimentos, projetos de lei sobre esses problemas, mas precisamos avançar mais.

Os países que dominam o planeta Terra se recusam a ter um cuidado maior com o meio ambiente, os empresários que contribuem para aumentar a poluição se recusam a tomar providências por causa do lucro em cima do lucro e, a cada dia que passa, acontecem coisas terríveis. Tenho assistido não só aqui no Brasil, mas tenho visto na imprensa notícias de coisas que não aconteciam em outros países de todo mundo, como grandes tempestades e furacões.

Por isso é muito importante que a cada Semana do Meio Ambiente todas as pessoas reflitam sobre o nosso planeta, principalmente nós legisladores que temos oportunidade de fiscalizar, fazer leis e ver a possibilidade de educar o povo para que o planeta Terra seja preservado. Isso depende de cada um de nós. Se cada ser humano se preocupar com a preservação do meio ambiente, teremos uma vida melhor. É responsabilidade de todos nós. Os professores falam disso nas escolas. Isso é importante desde a pré-escola para que as nossas crianças aprendam a preservar o meio ambiente não só para si mesmas, mas para as futuras gerações.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Giriboni, pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, pessoas aqui presentes nas nossas galerias, telespectadores da TV Assembleia, estamos terminando mais um ano, estamos no fim de um governo e na expectativa do dia 1º de janeiro, quando o governador eleito Geraldo Alckmin tomará posse.

Acho que nessa época é sempre importante fazer uma avaliação desses quatro anos de trabalho do governo que se encerra no próximo dia 31 de dezembro. Entendo que esse governo, comandado inicialmente pelo governador José Serra e nos últimos meses pelo governador Alberto Goldman, avançou muito. Eles priorizaram o transporte metropolitano sobre trilhos na Grande São Paulo, com investimentos maciços no metrô e na CPTM. Essa é uma necessidade que não se discute mais na grande região metropolitana de São Paulo pelo trânsito caótico que temos e pelos altos índices de poluição. Os investimentos que ocorreram nesses quatro anos no metrô e na CPTM tiveram total apoio desta Casa. Esperamos a implementação ainda maior desse programa de aumento do transporte metroferroviário no Estado de São Paulo, atendendo principalmente a população mais carente, que não tem veículo próprio e precisa se deslocar em grandes distâncias entre o trabalho e a residência, escola e hospital, possa ter um transporte digno na nossa região metropolitana.

Tivemos também um avanço importante na questão do Rodoanel. Uma obra importante para desafogar vias importantes, tirar os caminhões da região mais central da cidade de São Paulo.

No interior do estado, tivemos grandes investimentos na recuperação de estradas vicinais, que são importantes para um estado como o nosso, que tem uma produção rural significativa na sua economia, fazendo com que essas propriedades pudessem transportar suas produções agrícolas. Muitas estradas foram recuperadas, outras estão em recuperação.

Também tivemos o início de um programa de recuperação de nossas rodovias estaduais. Nossa malha viária é importante para todo o país, porque detém a maior economia do Brasil. É importante que as rodovias estaduais que não estão concessionadas, mas estão nas mãos do estado, principalmente do DER, apresentem condições seguras de tráfego.

Tivemos a implantação de dezenas de AMEs - Ambulatórios Médicos de Especialidades, em várias cidades do interior do Estado de São Paulo. Particularmente, minha região recebeu dois desses ambulatórios. É um avanço. São locais em que as pessoas têm uma estrutura de médicos especialistas e exames especializados a custo zero. Foi um grande avanço num sistema de saúde ainda muito crítico, não só no nosso Estado, mas em todo o Brasil. Entendemos que foi um programa importante.

Tivemos uma baixa nos índices de criminalidade. A segurança pública tem um respeito maior da população, apesar dos vários problemas existentes. É sempre uma área muito sensível a garantia de segurança pelo estado. Mas hoje há uma credibilidade maior nas ações na área de segurança pública do Estado de São Paulo.

Esses são os desafios que se apresentam para o próximo governo: fazer com que o Estado de São Paulo continue crescendo, crie condições para a geração de mais empregos, fortaleça a iniciativa privada, gere renda, com respeito ao meio ambiente. Um outro desafio é ter um estado forte, sempre em crescimento, mas com respeito à natureza. Temos a lei de mudanças de políticas climáticas no Estado de São Paulo. Um desafio que apresenta para os próximos anos é começar a implantar essa lei em nosso estado, estabelecendo as reduções da emissão de gases de efeito estufa.

São grandes os desafios e fica aqui a expectativa de uma ótima administração por parte do governador eleito Geraldo Alckmin. Também esperamos que esta Casa de leis cumpra seu papel para construirmos um Estado de São Paulo cada vez melhor.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente em exercício, Deputado Mauro Bragato, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Assembleia, ouvi há pouco a respeito do aumento da preocupação com relação à Segurança, mas o que se percebe no Estado de São Paulo é que houve um aumento governamental com relação à preocupação com Segurança, mas a segurança própria.

Temos matérias publicadas nos jornais “O Estado de S.Paulo” e “Jornal da Tarde”, onde diz “Serra tem escolta três vezes maior que o antecessor” e dizendo que o excedente de policiais da Casa Militar daria pra fazer um batalhão. Diz a matéria, até, professor Claudio Lembo foi bastante austero com relação à necessidade mínima de segurança, ele o Geraldo Alckmin, e que o José Serra seria mais esbanjador. Mas creio que se deveria fazer um reparo porque pela legislação José Serra que renunciou ao mandato de Governador para disputar a Presidência da República, e no bom dicionário diz que “quem renuncia abre mão de direitos, vantagens e prerrogativas”, não tem direito a segurança pessoal nenhuma, bem como, Geraldo Alckmin, tido como austero - pode ser austero para tirar dos outros - mas quando ele ficou com 16 policiais - 14 policiais e dois oficiais - no período em que renunciou em 2.006, para disputar a Presidente da República, até quando vai tomar posse, como Governador também tem, irregular e criminosamente policiais no desvio de função; essa é a grande verdade.

Estou dizendo isso para dar conhecimento à população, já manifestei pedindo socorro à Justiça, porque é um verdadeiro descaso. Mais de 250 municípios no Estado de São Paulo contam com sete policiais no quadro organizacional de policiamento. José Serra tem 30 policiais à disposição e criminosamente desviados; crime de improbidade administrativa de quem está fornecendo o serviço.

Perguntaria hoje o seguinte: quem é o ex-governador de São Paulo que a lei beneficia com a lei de segurança pessoal? “Ah, é o professor Claudio Lembo”; não, realmente ele concluiu o mandato. “Ah, é Geraldo Alckmin”; não, ele renunciou. “Ah, é o José Serra”; não ele renunciou e hoje ele é o cidadão José Serra. Entretanto, se somarmos os policiais que estão à disposição, criminosamente, dessas pessoas, vamos chegar a quase uma centena de policiais.

A Assembleia Legislativa não tem muita moral para chamar atenção disso. Aqui também há vários policiais fantasma nos gabinetes de deputados, que por lei não deveriam estar. A assistência policial da Assembleia Legislativa é para prover a segurança dos próprios e da Presidência da Casa e por uma deliberação de Mesa o Presidente que está no mandato subsequente; mas temos aí oito ou dez deputados que fazem uso disso. Este Deputado tropeça com policiais o tempo todo pelos corredores desta Casa. Então eu pergunto: “onde você está?” - “Estou à disposição do gabinete do Deputado fulano de tal”; crime de improbidade administrativa. Portanto não adianta dizer “ah, estou com a Segurança Pública, nós queremos a Segurança Pública”. Aqui nesta Casa mesmo muitos deputados têm seu fantasma. Aliás, se fizéssemos a CPI do soldado fantasma, contando com os fantasminhas desta Casa, está se falando que se daria para criar um batalhão com a Casa Militar; acho que chegaríamos, tranquilamente, a um contingente superior a um comando de policiamento de área; péssimo e criminoso exemplo dado por indivíduos que administraram o Estado de São Paulo, péssimo e criminoso exemplo dado por aqueles que estão na Administração! E vai fazendo a bola de neve: “ah, mas esse sujeito teve, esse tinha; vamos colocar para esse também”.

A Assembleia Legislativa deveria ser a primeira a dar respeito a isso e respeito aos efetivos da Polícia Militar, e não começar trocar votação ou posicionamento de Deputado por classificação de soldados, cabos ou sargentos nos gabinetes de deputados.

Sr. Presidente, deixo aqui a minha manifestação, o equívoco da matéria do Estado de São Paulo que está atribuindo como legal uma segurança para o Sr. José Serra, que é um crime de improbidade administrativa para quem está concedendo, e também, ao ex-Governador Geraldo Alckmin.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Davi Zaia, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DAVI ZAIA - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Mauro Bragato, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, ocupamos hoje esta tribuna para mais uma vez fazer um registro que julgamos importante. Acompanhamos nesta Casa - até como bancário que somos - todo o processo de fusão e de incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.

Em função disso, temos acompanhado a atuação do Banco do Brasil aqui no nosso Estado. Por força, inclusive, do acordo quando da compra do Banco Nossa Caixa, o Banco do Brasil é hoje o banco oficial também do Estado de São Paulo. Ao longo desses anos todos, tanto como Deputado, quanto representante da categoria bancária, temos nos manifestado por uma ampliação da rede de atendimento - principalmente dos bancos públicos - no Estado de São Paulo.

Tão logo ocorreu a venda do Banco Nossa Caixa para o Banco do Brasil, constatamos que tanto o Banco Nossa Caixa quanto o Banco do Brasil existem em muitos municípios sem a presença de nenhuma de suas agências. Logo após o término do processo, e aprovado por esta Casa, fizemos um encaminhamento ao Banco do Brasil, como tínhamos feito anteriormente gestões junto ao Banco Nossa Caixa para ampliar sua rede no Estado de São Paulo.

Estivemos conversando com a diretoria do Banco do Brasil por várias vezes, para ampliar a rede, já que o Banco do Brasil é o banco que atende ao Estado de São Paulo. O compromisso da diretoria do Banco do Brasil foi no sentido de que durante esse ano de 2010 - que está terminando - havia todo um processo de incorporação, de junção dos dois bancos, mas que a ampliação da rede de agências era um compromisso do banco.

Hoje pela manhã, estivemos novamente com a diretoria do Banco do Brasil, com os gestores que cuidam da operação do referido banco no Estado de São Paulo, e pudemos lá reafirmar essa nossa reivindicação. Mais uma vez o Banco do Brasil reassumiu o compromisso de que a partir do ano que vem estará sendo ampliada a rede de agências do Estado de São Paulo. Muitos municípios que não têm uma agência bancário do Banco do Brasil passarão a ter uma agência dessa instituição financeira. Isso é importante porque o Banco do Brasil hoje é o que paga os funcionários públicos do Estado de São Paulo, é o banco oficial para efeito dos repasses dos programas do Governo do Estado de São Paulo, programas voltados à Agricultura, principalmente, são todos feitos no Banco do Brasil. Portanto, esse é um atendimento essencial para a nossa população.

Reafirmado isso, esse processo terá andamento já no início de 2011, e a perspectiva é de que, ao longo dos próximos dois anos, encaminhe-se em todos os municípios do Estado de São Paulo.

Então, queremos registrar o empenho que temos feito para que o Estado de São Paulo possa ter um banco público, o Banco do Brasil, que tem também o papel de repassador dos programas do Governo Federal. É um banco que concentra hoje uma importância muito grande para parcela da nossa população, já que é responsável pelo repasse dos programas do Governo Federal e dos programas do Governo do Estado. Portanto, é importante que esteja próximo da população.

Assim, registro com satisfação o compromisso reafirmado pela diretoria do Banco do Brasil de ampliar a sua presença em todo o Estado de São Paulo. E temos aproveitado para continuarmos a discutir o processo de integração dos funcionários, os funcionários aposentados da antiga Nossa Caixa, no sentido da preservação dos seus direitos. Todas essas são questões que temos trabalhado muito e temos tido a compreensão e um olhar positivo da diretoria do Banco do Brasil. Esperamos que rapidamente o Estado de São Paulo possa ter em todos os municípios uma agência do Banco do Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, nobre colega Mauro Bragato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, venho a esta tribuna mais uma vez para abordar o tema do Orçamento do Estado, que estaremos discutindo amanhã na Comissão de Finanças e Orçamento - estava pautado para ser discutido hoje.

Discutiremos o relatório do Deputado Bruno Covas. E quero mais uma vez dizer que estou muito pessimista em relação à discussão que faremos amanhã, porque tem sido uma tradição desta Casa, lamentavelmente, o relator seguir rigorosamente as orientações do Poder Executivo, não aceitando as sugestões, as propostas importantes que este Parlamento apresenta para os investimentos do Estado de São Paulo, no nosso caso para o exercício de 2011, um Orçamento de 140 bilhões de reais.

E quero dizer, mesmo sabendo que não vamos ter sucesso amanhã com relação a nossas emendas, que isso não significa que esta Casa tenha que aceitar de cabeça baixa as definições do Governo. Avançamos muito com as audiências públicas, com discussões do Orçamento com prefeitos e vereadores. Acredito piamente que um dia conseguiremos avançar para que de fato possamos fazer um debate mais democrático onde possamos, de forma justa, equilibrada, de forma mais inclusiva discutir os investimentos do Estado de São Paulo para os 645 municípios.

E quero também, Sr. Presidente, falar a respeito de um tema que temos discutido muito, e que para mim é fundamental, que está relacionado às questões dos transportes metropolitanos. Na semana passada, a comissão da qual faço parte, a Comissão de Fiscalização e Controle, aprovou a convocação do Secretário Portella para que compareça à Assembleia Legislativa, uma vez que tivemos denúncias a respeito do processo de licitação das obras da Linha 5 do Metrô. E até agora não tivemos aqui na Assembleia Legislativa uma posição oficial do Secretário de Transportes. Acho muito difícil que ela venha a esta Casa, até porque já estamos em final de mandato e não acredito que ele permaneça como Secretário, mas esta Casa cumpriu seu papel.

Aprovamos na última reunião a sua convocação, faremos nesta semana e na que vem gestões no sentido de que ele possa vir aqui para discutir os temas relacionados ao Metrô. Este é um tema importante, crucial para o desenvolvimento econômico do nosso Estado. Tenho discutido muito com os prefeitos da região do ABC: Prefeito Auricchio, de São Caetano; Prefeito Aidan, de Santo André; Prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo; Prefeito Oswaldo Dias, porque é possível um dia termos na região do ABC o metrô de superfície.

Temos uma boa malha ferroviária, a região do ABC tem crescido muito, tem se desenvolvido muito e é fundamental que um dia tenhamos o metrô para atender essa grande região. Estaremos todos os anos discutindo esse tema, apresentando emendas ao Orçamento para que um dia isso aconteça, um transporte de massa que possa estabelecer uma ação de qualidade aos nossos usuários. É fundamental que isso ocorra, não só com os transportes metropolitanos, que atende hoje os 39 municípios da nossa região, mas também que tenhamos o metrô para atender a região do ABC, uma região populosa, melhorando muito a vida dos moradores. Esta foi a minha manifestação. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, no final da tarde de domingo calou-se para sempre uma das maiores vozes em defesa da segurança pública, em defesa da Polícia de São Paulo, em defesa da família policial militar e todos os seus integrantes.

Tivemos o falecimento do Coronel Hermes Bittencourt Cruz, que teve uma carreira brilhante: ingressou como praça no Exército Brasileiro; depois foi para a então Força Pública; formou-se aspirante na turma de 1965; foi diretor do Colégio da Polícia Militar; foi comandante da Academia de Polícia Militar do Barro Branco; foi comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, Rota; foi comandante do policiamento da Capital. Teve uma carreira brilhante, mas o destino havia reservado a ele tarefa até maior do que suas brilhantes ações no comandamento formal de unidades da Polícia Militar, unidades tão importantes. O Coronel Cruz acabou se elegendo presidente da Associação dos Oficiais da Reserva e Reformados da Polícia Militar e pelo seu carisma, pelo seu entusiasmo, pela sua inteligência, pela sua perspicácia acabou se tornando o porta-voz das entidades representativas de policiais, principalmente nos movimentos reivindicatórios da polícia de São Paulo. Falo não só da Polícia Militar, mas da polícia de São Paulo.

O Coronel Cruz tinha uma sensibilidade e uma simplicidade de comportamento que cativava a todos. Os corporativismos muitas vezes afastam as instituições policiais, os policiais civis e os policiais militares, e vice-versa, mas a figura do Coronel Cruz era maior do que esses nefastos corporativismos.

O Coronel Cruz muitas vezes esteve nesta Casa, falando no Colégio de Líderes, falando nas Comissões de Segurança Pública e de Administração Pública. Quantas vezes o Coronel Cruz esteve nas ruas, nos movimentos de reivindicação salarial!

Naquela tarde trágica, de 16 de outubro de 2008, aquela guerra fratricida, nos portões do Palácio dos Bandeirantes, quando o Governo Serra covardemente colocou policiais militares contra policiais civis e militares que estavam na manifestação pacífica, quem estava ali ao meu lado, ao lado do Paulinho da Força, único Coronel da Polícia Militar, era o Coronel Hermes Bittencourt Cruz, não com armas na mão, mas com uma capacidade inigualável de verbalizar, de transmitir à população e à imprensa o que realmente acontecia em relação à família policial, desmistificando as mentiras apregoadas pelas autoridades governamentais.

O Coronel Cruz, mesmo já acometido de grave moléstia, ainda estava à frente de todas as manifestações e reivindicações. Somente nos últimos tempos, quando a dor e o avançar do câncer já não lhe permitiam mais estar presente, ainda assim as suas frases, as suas ações eram repetidas por todos nós.

Como policial militar, só posso lamentar a perda desse grande comandante, grande companheiro. Tomara que a polícia de São Paulo faça nascer, faça desabrochar outros representantes para falar em nome da família policial de São Paulo, como o Coronel Hermes Bittencourt Cruz.

É o lamento de todos nós, o lamento da sociedade pelo grande guerreiro que perdeu, o lamento da polícia pelo grande exemplo de vida que nos deu. Tenho certeza de que, onde estiver, ele está sorrindo e na expectativa de que a Segurança melhore e os policiais possam ser mais felizes na profissão que abraçaram, que possam ser menos vítimas de todas as formas, e que a sociedade possa viver mais tranquilamente. Muito obrigado.

 

 O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luís Carlos Gondim.

 

O SR. LUIS CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, estivemos com alguns funcionários públicos do Estado, da área da Educação e da Saúde, e todos esperam que o Governador seja coerente e lhes dê um aumento.

Alegam que o Governador José Serra e o Governador Alberto Goldman não estão olhando para os funcionários públicos, principalmente as técnicas de enfermagem, auxiliares, professores, escriturários, pessoas da Polícia Civil e Polícia Militar, que não estão recebendo reajuste salarial.

Nessa reunião, eles disseram esperar que sejam corrigidos alguns erros feitos por outros governadores, que se o Governador Goldman até o final do ano não fizer esse projeto para um aumento salarial dos funcionários, que o Governador Geraldo Alckmin possa fazê-lo. Esse pessoal espera que nós reivindiquemos aqui esse aumento salarial para os funcionários públicos do Estado.

Queremos ainda comentar sobre as emendas que fizemos para o Orçamento de 2011. Estamos novamente pedindo para ser contemplado um trabalho sério antienchentes. Qualquer chuva em Mogi das Cruzes, São Paulo, no Alto Tietê, alaga a cidade. O desassoreamento do rio Tietê tem que ser feito anualmente, ou a cada dois anos, mas não é feito. As águas não fluem e existe o retorno dessas águas para os córregos pequenos. O desassoreamento tem que ser feito tanto do Tietê como também dos córregos e rios que vão para o Tietê.

Essa limpeza de córregos e rios tem que ser feita. Tem que ser um trabalho sério, um investimento do Governo do Estado para dar tranquilidade à população, tanto ribeirinha como da parte baixa de uma cidade, no caso de Mogi e de São Paulo.

Temos visto enchentes e a culpa é sempre atribuída à população que joga lixo indevidamente e não faz a reciclagem. Esse lixo entope os bueiros, ocasionando assim as enchentes.

Será que é só isso? Será que não deveria ter sido feita uma prevenção, uma limpeza desses bueiros antecipadamente? Acontece que isso não é feito. Há cidades que não têm um esgoto para eliminar a água da chuva: essa água não escoa. São vários pontos a serem observados. Todas as vezes em que temos uma chuva forte, a Cidade de São Paulo pára, e temos as enchentes na nossa cidade, em Mogi das Cruzes.

Pedimos uma atenção a essa emenda ao Orçamento, para contemplar o desassoreamento anual do rio Tietê e de seus afluentes, para podermos evitar essas enchentes. Queremos que sejam contempladas as emendas que possam prevenir principalmente as enchentes, que só acometem as pessoas mais simples na grande São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ouvi atentamente o pronunciamento do deputado que me antecedeu a respeito das enchentes neste primeiro dia da Semana do Meio Ambiente e também sobre a saúde da população. Li uma matéria do jornal “O Estado de S.Paulo” a respeito de uma doença que virou epidemia nacional: o vício do crack.

Diz a matéria: “O consumo de crack já se alastrou pelo País, atingindo sem distinção grandes centros urbanos e zonas rurais, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada ontem. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios (3.871) enfrentam problemas relacionados ao crack.”

Outra manchete diz: “90% não têm programa de tratamento”.

Vivemos uma campanha eleitoral acirrada em que todos os candidatos falaram sobre o combate ao crack. Inclusive o Presidente Lula, em seus discursos, dizia que há verba para que as cidades possam ajudar a combater esse infeliz vício.

A matéria continua: “Os dados da primeira grande pesquisa nacional sobre crack revelam que, das cidades pesquisadas, apenas 8,43% executam programas institucionalizados de combate ao crack - no Estado de São Paulo, a média é de 8,46%. Entre os depoimentos recolhidos com os secretários municipais de Saúde, há relatos de aumento de consumo do crack entre a população jovem e houve até quem pedisse 'socorro'.”

Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quando as pessoas percebem que estão no fundo do poço, quando percebem que essa infeliz doença já se alastrou em seu corpo, já queimou seus neurônios, pedem socorro. Onde serão socorridos? Quem poderá dar um amparo? Ou clínicas de tratamento ou o poder público municipal, estadual ou federal. Há casos de tratamento e há casos de internação. Nesta semana, visitei a Casa de Custódia de Franco da Rocha. Tive a oportunidade de presenciar mais de 500 pessoas com problemas psiquiátricos. A diretora, a Sra. Odete, dizia-me que 70% daqueles que lá estavam já tinham queimado todos os neurônios e não tinham mais recuperação.

Por isso, Sr. Presidente, vejo uma grande necessidade de nós, políticos, seja do Legislativo, seja do Executivo, levarmos a sério o combate a essa doença tão lastimável. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

          O SR. LUIS CARLOS GONDIM - PPS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, gostaria de parabenizar o jornal “Diário de Mogi”, que completou 54 anos, e seu diretor-presidente Tirreno Da San Biagio. Quero destacar o trabalho que ele faz na região do Alto Tietê. O jornal, inclusive, encampa lutas como a do desassoreamento do Rio Tietê, o trabalho feito com a Mogi-Bertioga, que representa o quarto movimento até as praias.

A respeito desse assunto, diz o jornal “O Diário”, de hoje:

“O jornal ‘O Diário’ acaba de completar mais um ano de atividades, e carrega agora o slogan ‘Cinquenta e quatro anos a lutar pela Cidade’. Além de lembrar as bandeiras e importantes conquistas para a Cidade, o diretor-presidente do grupo, Tirreno Da San Biagio, reafirma o compromisso de acompanhar o dia a dia do mogiano, sempre em busca de novas motivações e melhorias.” Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ontem falei a respeito da denúncia publicada no jornal “O Estado de S.Paulo” de sábado dando conta de que a escolta do ex-Governador José Serra é constituída por 30 policiais militares. Um ex-governador tem direito a 30 servidores da Segurança Pública. Na nossa opinião, isso é uma afronta à população do Estado de São Paulo, que vive uma total insegurança. Não temos policiais para fazer a segurança básica da população. No entanto, o Estado praticamente privatiza 30 policiais para dar segurança ao ex-governador que renunciou ao cargo para concorrer à Presidência da República. Enquanto isso, várias regiões do nosso Estado estão abandonadas, sem policiamento.

Em contraponto a essa informação, temos uma outra denúncia grave, que tem a ver com essa outra, que é em relação ao 22º Batalhão da Polícia Militar, da 3ª Companhia, e mesmo na zona Sul, na região da Cidade Ademar e do Jardim Miriam, onde tivemos a desativação da Ronda Escolar. Estamos com vários ofícios de escolas estaduais reclamando, dizendo que simplesmente o capitão Edson Rodrigues Cardoso, que assumiu esse batalhão, desativou a Ronda Escolar.

Citarei algumas escolas: Escola Estadual Zenaide Lopes de Oliveira, Escola Estadual Vicente Rao, Escola Estadual Luiz Simões Sobrinho, Escola Estadual Professor José Baptista Rios Castellões, Escola Professor José Hermegildo Leone, entre tantas outras escolas da Diretoria Sul 1, que não estão tendo mais o trabalho da Ronda Escolar. Vivemos hoje o grande drama da violência, dentro e fora das escolas, e o Programa Ronda Escolar é fundamental, essencial para o combate à violência nas escolas. No entanto, vivemos esse paradoxo. De um lado, o ex-Governador José Serra tem à sua disposição, no mínimo, 30 policiais militares, e do outro lado, na periferia de São Paulo, a desativação da Ronda Escolar, abandonando milhares de alunos em dezenas de escolas públicas do Estado de São Paulo à própria sorte na questão da Segurança Pública.

Queremos uma apuração rigorosa em relação a essa denúncia. Isso é um crime, uma agressão à cidadania, aos alunos da rede estadual de ensino, aos professores e a toda a comunidade escolar. Exigimos que o Comandante Geral da Polícia Militar, o Secretário da Segurança Pública e o Governador do Estado tomem providências imediatas para que a Ronda Escolar volte a funcionar nas escolas da Diretoria Sul 1 da Capital, na região do Jardim Miriam e da Cidade Ademar, e dessas escolas que eu elenquei.

Diante disso, solicitamos que cópias desse nosso pronunciamento sejam enviadas ao Comandante Geral da Polícia Militar, ao Secretário Estadual de Segurança Pública e ao Governador do Estado de São Paulo, para que, no mínimo, a Ronda Escolar seja reativada na região, e que providências sejam tomadas em relação ao comportamento desse capitão, Edson Rodrigues Cardoso. É inconcebível que 30 policiais militares estejam à disposição do ex-Governador José Serra, que não sofre nenhum tipo de ameaça. Quando ele foi governador não enfrentou nenhum crime organizado, nenhuma grande máfia e nem fez reforma agrária no Estado, não tendo enfrentado os latifundiários. Enfrentou sim os servidores públicos, jogando a Polícia Militar e a Tropa de Choque contra os professores, os servidores da Justiça e os policiais da Polícia Civil. O Governador não precisa então de 30 policiais. Queremos que esses policiais estejam lá no Jardim Primavera fazendo a Ronda Escolar e dando proteção à população do Estado de São Paulo, que paga impostos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIS CARLOS GONDIM - PPS - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - MAURO BRAGATO - PSDB - Antes de dar por suspensos os trabalhos, nos termos do Art. 18 do inciso III, alínea “d” da XIII Consolidação do Regimento Interno, esta Presidência convoca as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados para uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças e Orçamento no Salão Nobre da Presidência, às 15 horas e 45 minutos, com a finalidade de se apreciar a seguinte matéria, em regime de urgência: PL nº 815 de 2010.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Luis Carlos Gondim e suspende a sessão até as 16 horas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 35 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 11 minutos sob a Presidência do Sr. Roberto Morais.

 

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O SR. RODOLFO COSTA E SILVA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - É regimental. Antes, porém esta Presidência faz as seguintes convocações: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do artigo 100, inciso I, da XIII Consolidação do Regimento Interno, convoco V.Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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N.R. - A Ordem do Dia da Sessão Extraordinária foi publicada no Diário Oficial do dia 15.12.10.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do artigo 100, inciso I, da XIII Consolidação do Regimento Interno, convoco V.Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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N.R. - A Ordem do Dia da Sessão Extraordinária foi publicada no Diário Oficial do dia 15.12.10.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO MORAIS - PPS - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da sessão de hoje, lembrando-os da sessão extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão asa 16 horas e 13 minutos.

 

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