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08 DE NOVEMBRO DE 2012

157ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e ULYSSES TASSINARI

 

Secretário: ULYSSES TASSINARI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Informa que acompanha o desenrolar da reforma do Hospital Sorocabana, desde o ano passado. Cita mobilização da comunidade local para reativação da unidade, da qual mostrou reportagem. Informa compromissos do Executivo Estadual sobre a questão, como o funcionamento de 90 leitos. Pede que seja acatada emenda para melhorias do hospital, que atende a região Oeste.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença dos alunos Guilherme e Fabrício, do Colégio Pio XII, com a professora Eline Souza, convidados do Deputado Carlos Giannazi.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Saúda seus visitantes. Lembra o início, hoje, das atividades do Parlamento Jovem. Recorda a arguição do Secretário da Casa Civil Sidney Beraldo, indicado como conselheiro ao Tribunal de Contas. Adianta seu voto contrário à indicação. Lembra que a autoridade foi Secretário de Gestão, no Governo José Serra e, a seu ver, prejudicou servidores públicos, por várias medidas que adotou. Combate proposta do Conselho Estadual de Educação, presidido por Guiomar Namo de Mello, de terceirizar a supervisão de escolas particulares. Considera que a medida afronta leis federais sobre o ensino. Lembra que o ensino privado é concessão pública. Cita requerimento para convocação de Guiomar Namo de Melo na Comissão de Educação. Comunica que 70% dos integrantes do Conselho de Estadual de Educação são de instituições particulares. Defende eleição direta para o referido conselho.

 

005 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

006 - JOOJI HATO

Adianta comentários sobre vídeo, que fez projetar, sobre a violência no feriado prolongado de Finados. Repudia as mortes de policiais e cidadãos. Pede mobilização da sociedade sobre o caso. Lembra que dobrou o número de vítimas, em comparação com o ano passado. Enaltece a necessidade de programas de prevenção às bebidas e drogas voltado aos jovens. Cita sua esperança para que esta Casa aprove leis de segurança para minimizar os problemas do setor.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Repudia a escalada da violência, sendo vítimas preferenciais os policiais militares, agentes penitenciários e policiais civis. Faz retrospecto sobre ações ganhas por 85 mil policiais que, ontem, não foram pagas. Comenta a publicação, em 07/10, de portaria que extinguiu a incorporação de aulas-horas ministradas, o que afeta 12 mil policiais. Questiona a interpretação da Procuradoria Geral do Estado sobre o tema. Cita a informação de que o Governador deve rever a portaria. Recorda a arguição, ontem, do Secretário Sidney Beraldo. Lembra a deliberação de projeto sobre a concessão de nível universitário a escrivães e investigadores de Polícia, até agora, não implantada. Relata caso de policial, com problemas psiquiátricos, que se algemou em grade. Afirma que os policiais estão em situação de desespero. Propõe marcha de policiais ao Palácio dos Bandeirantes.

 

008 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta sua concordância com a fala do Deputado Olímpio Gomes. Argumenta que a base governista está omissa sobre a convocação de secretários. Informa que foi aprovada, na Comissão de Segurança Pública, a convocação dos Secretários de Segurança e de Administração Penitenciária, ainda não agendada. Lamenta que propostas, de sua autoria, sejam obstruídas pelos governistas. Considera que o Governo perdeu o controle da segurança pública, tendo em vista a ajuda do Governo Federal no processo. Lamenta a morte de jovens pobres e negros, bem como a perseguição a policiais. Argumenta que esta Assembleia não pode ficar indiferente aos fatos. Questiona a mudança de atitude quanto à segurança, por parte do Governo do Estado, depois do segundo turno das eleições. Refuta argumentos políticos sobre o caso. Cita propostas suas sobre o tema. Pede a valorização dos profissionais de segurança pública.

 

009 - JOOJI HATO

Faz projetar vídeo sobre a criminalidade na Capital, que afetou delegado. Lembra as dificuldades para o cidadão comum, que anda desarmado. Faz reflexão sobre o abandono de adolescentes, que podem se tornar marginais em potencial. Comenta a violência por motivos fúteis, que somam 83% dos casos no Estado de São Paulo, 93% no Pará, e 100% no Acre. Afirma que a situação pode ser controlada. Discorre sobre a criação da "lei seca", quando vereador paulistano, adotada em outros municípios. Pede incentivos à educação, esporte, cultura e geração de emprego, além da religião, como medidas saneadoras. Ressalta a necessidade de fiscalização sobre o consumo de álcool. Comenta medidas adotadas pelos governos Federal e Estadual. Pleiteia ações efetivas para enfrentar os problemas sociais, para garantir o direito de viver.

 

010 - JOOJI HATO

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

011 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 12/11, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra a realização: da 14ª Edição do Parlamento Jovem Paulista, dia 09/11, às 09 horas e 30 minutos; da sessão solene, dia 12/11, às 10 horas, para "Comemorar os 60 anos do Colégio Santa Cruz". Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Ulysses Tassinari para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - ULYSSES TASSINARI - PV - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, venho acompanhando desde o ano passado o desenrolar da construção e da reforma do Hospital Sorocabana, que ficou praticamente 12 meses fechado. Houve várias intervenções, não só da Assembleia Legislativa, mas também por parte de alguns vereadores, através de um baixo-assinado por boa parte da população da Zona Oeste de São Paulo, Bairro da Lapa, colocando a necessidade da reabertura desse hospital, e também houve um grande ato, que cobrou essa reabertura.

Vou mostrar as imagens desse ato. Já havia um compromisso por parte do Governador e do Prefeito de até o mês de novembro termos 90 leitos do hospital em funcionamento, nesse hospital regional.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo.

 

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Acabamos de ver as imagens do ato que foi realizado no dia 27/08/2011, depois disso encaminhamos emendas ao Orçamento para que efetivamente fosse feita a reforma e a reabertura. O terreno foi retomado para o Estado de São Paulo e repassado à Prefeitura, dois AMAs já foram feitos, tanto uma de especialidade como a de 24 horas já estão em funcionamento fazendo um pronto atendimento, mas existe um compromisso do Governador do Estado de São Paulo e do Prefeito da cidade de São Paulo de que até o final do mês de novembro 90 leitos já estariam funcionando no Hospital Sorocabana.

Então, estamos deixando aqui as nossas cobranças: o prazo até o final do mês de novembro deste ano, para que os 90 leitos sejam reabertos. Mais uma vez estamos indicando para o Orçamento do Estado para 2013 recursos para reforma e equipamentos para o Hospital Sorocabana, mas é importante que se o compromisso era até o mês de novembro deste ano, 90 leitos estarem em funcionamento, vamos cobrar os 90 leitos.

Aproveitamos também para cobrar do Governo do Estado que acate a emenda que foi apresentada não só na audiência pública na cidade de São Paulo, mas também encaminhada aos Parlamentares desta Casa para que o hospital seja reaberto o mais rápido possível, e que possa não somente atender a Lapa, na cidade de São Paulo, mas toda a Zona Oeste no nosso Estado. Ele é um hospital muito importante e precisa ser reaberto o mais breve possível. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença dos alunos Guilherme e Fabrício, do renomado Colégio Pio XII, acompanhado da professora Eline Souza, a convite do nobre Deputado Carlos Giannazi. Solicito uma salva de palmas aos ilustres visitantes. Sejam bem-vindos. (Palmas.)

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, em primeiro lugar gostaria de saudar a presença na Assembleia Legislativa dos alunos do Colégio Pio XII, o Guilherme e o Fabrício, acompanhados pela professora de História, Eline Souza. Hoje, estão aqui conhecendo a Assembleia Legislativa, o funcionamento do Poder Legislativo do nosso Estado. Coincidentemente estamos hoje, também, Sr. Presidente, iniciando a semana do Parlamento Jovem, na verdade hoje e amanhã é quando existe a interação entre as escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo com a Assembleia Legislativa.

Gostaria de retomar um assunto não de ontem, pois ontem não foi possível discutir esse tema, Sr. Presidente, por conta da sabatina com o Sidney Beraldo, que provavelmente será indicado ao Conselho do Tribunal de Contas do Estado. Logicamente ele não terá o nosso voto, o voto do PSOL, vamos votar contrariamente a indicação do Sidney Beraldo por tudo o que ele representa. Primeiro, porque é uma indicação do Governador Geraldo Alckmin. Segundo, não vamos nos curvar a essa indicação. E terceiro, porque o Sidney Beraldo foi Secretário de Gestão Pública durante toda a gestão do ex-Governador José Serra, que foi uma gestão marcada pelo arrocho e compressão salarial, uma gestão que prejudicou imensamente os servidores públicos do nosso Estado, da Educação, da Saúde, da Segurança Pública e do Sistema Prisional.

Lembrei-me ontem, aqui na minha intervenção no debate, frente a frente com Sidney Beraldo, que ele foi o responsável pelo descumprimento da lei que nós aprovamos aqui na Assembleia Legislativa, que estipula e determina a data-base salarial dos servidores. Ele afrontou a legislação! Como um ex-Secretário que não respeitou a lei da data-base salarial vai ser o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo?

Esse mesmo ex-Secretário foi o responsável também pela aprovação da Lei 1.093/09, que criou no Estado de São Paulo a figura do professor categoria “O”, sem direitos trabalhistas. O professor categoria “O” não tem direito à aposentadoria pública, a utilizar o Hospital do Servidor Público Estadual. Esse professor é colocado na famosa quarentena após o vencimento do seu contrato, o professor fica impedido de lecionar na rede estadual após o vencimento do seu contrato que é de apenas um ano. É um absurdo! O professor sai da escola no mês de setembro, outubro e os alunos ficam sem as aulas daquela disciplina.

Por tudo isso e muito mais, porque temos a ficha corrida do Sidney Beraldo sobre o que ele fez contra os servidores, aliás, citei ainda e não posso deixar de registrar, o caso do Departamento de Perícias Médicas do Estado, conhecido com a ‘casa dos horrores’ que continuou sendo sucateado, degradado na gestão do Sidney Beraldo, votaremos contrariamente na próxima semana. Já estou antecipando o meu voto contra a indicação do Sidney Beraldo.

Gostaria de retomar o assunto, Sr. Presidente, sobre o qual, na verdade, quero falar hoje, que é em relação a uma proposta apresentada pela Presidente do Conselho Estadual de Educação, a Guiomar Namo de Mello, que já foi Secretária Municipal de Educação do Município de São Paulo, já fez parte do Banco Mundial, da Unesco e agora, ela é a Presidente do Conselho Estadual de Educação. A Sra. Guiomar apresentou uma proposta extremamente, eu diria, nefasta para a Educação do nosso Estado: a supervisão escolar não seja mais feita nas escolas particulares, ou seja, que as escolas particulares tenham a partir de agora, uma fiscalização, uma supervisão terceirizada. Na verdade ela está querendo privatizar a supervisão escolar das escolas privadas, o que é uma afronta a LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. É uma afronta ao capítulo da Constituição Federal no que se refere à Educação, que coloca claramente que a escola particular é uma concessão pública e tem que ser autorizada, fiscalizada e supervisionada pelo Poder Público.

A Guiomar Namo de Mello em sua proposta quer transferir essa responsabilidade, esse dever que é do Poder Público, da Secretaria da Educação, através do seu quadro de supervisores que são concursados para as empresas terceirizadas ou privatizadas que já recebeu uma proposta contrária da Apase - Sindicato dos Supervisores de Ensino da Rede Estadual.

Gostaria de manifestar aqui a nossa posição. Já pedimos, eu protocolei um requerimento na Comissão de Educação pedindo a convocação ou convite da Presidente do Conselho Estadual para que ela venha explicar essa proposta privatizante da supervisão escolar.

Estamos assistindo hoje a um Conselho Estadual de Educação constituído por privatistas da Educação: 70% do Conselho têm a representação dos donos ou dos representantes das escolas privadas do Estado de São Paulo. Então, tudo o que é resolvido ali, as deliberações, as indicações, elas caminham sempre nessa direção, no sentido não de beneficiar a escola pública estadual. Temos cinco mil escolas públicas no Estado de São Paulo, com mais de cinco milhões de alunos matriculados.

Mas esse Conselho Estadual de Educação tem que ser reformulado e democratizado através de eleição. Defendemos uma eleição para que seus membros sejam indicados, e não com indicação do Governador. O Governador é quem indica, Sr. Presidente. O Governador indica todos os conselheiros do Conselho Estadual de Educação.

Portanto, temos lá só gente do PSDB, gente ligada a escola particular. Por isso apoiamos o projeto que tramita aqui na Assembleia Legislativa, que democratiza a escolha e a formação do Conselho de Educação.

Quanto a essa proposta da Guiomar Namo de Mello, nós vamos debater e vamos organizar os supervisores, o Magistério. Se essa proposta for colocada em prática, nós estamos dispostos a acionar tanto o Ministério Público como a Justiça. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donizete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva.(Pausa) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato (na Presidência). Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luciano Batista. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa)

Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, na verdade eu não gostaria de trazer essa imagem. Eu gostaria de trazer imagens de uma cidade, de um Estado com melhores condições, com qualidade de vida, de segurança, onde nós pudéssemos ir e vir, e não termos que ver cenas degradantes, chocantes.

A minha vida inteira, como médico, como vereador por 28 anos na Capital, e também como Deputado agora, a minha luta sempre foi pela vida, em busca daquilo que é mais importante, o direito à vida.

Mesmo constrangido, passo as imagens.

 

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- É feita a apresentação.

 

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São imagens como essas que nos chocam. Morrem policiais, morrem marginais e morrem civis também. O que fazer? Deixar correr, deixar essa história continuar a acontecer e não fazermos nada? Estão morrendo dos dois lados, os policiais e os marginais, e ficamos nós no meio deles.

São 135 homicídios, o dobro em relação ao mês de setembro do ano passado. Essa é a nossa estatística. A nossa função, como parlamentares, é dar qualidade de vida. É trazer projetos importantes, orientarmos os nossos adolescentes para que não vão à bebida alcoólica, oxi, crack, cocaína e outras drogas. Porque a bebida alcoólica é a porta de entrada, é o pilar que sustenta essa violência, ao lado das armas ilegais, contrabandeadas, roubadas e com numeração raspada.

A nossa função como parlamentar é fazer leis que ajudem a minorar e fazer a prevenção na área da Segurança, porque infelizmente algumas pessoas, grupos e associações, por exemplo, sindicatos, nos impedem de fazer boas leis que possam ajudar a Polícia, os civis de bem e proteger até os marginais. Porque estão matando adolescentes marginais que infelizmente, por seguirem o caminho do mal, acabam morrendo. As mães dos marginais também choram porque quanto mais o filho é ruim, parece que os pais dão mais atenção e carinho. Infelizmente, estão morrendo todos nesta guerra, que não serve para ninguém. Todos perdem. Nós perdemos. Os marginais perdem e a Polícia também está perdendo.

Encerro a nossa fala dizendo que eu tenho uma esperança, sim, que esta Casa possa aprovar leis importantes e, que essas leis, em conjunto com a tolerância zero, possam dar exemplo a outras cidades deste País e tragam à nossa cidade e ao nosso País mais tranquilidade, mais segurança e bem estar que infelizmente nós não temos.

Quero, mais uma vez, dizer aos meus colegas para fazermos uma força-tarefa aqui, na Assembleia Legislativa, para aprovarmos todos os projetos que tem como objetivo fazer prevenção na área da Segurança para ajudar a todos nós, começando pela Lei Seca e por outras leis que fiz na Câmara Municipal de São Paulo. E que essas leis possam ser estendidas para todo o Estado e para todo o País. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, realmente a escalada da violência não tem parada e as vítimas preferenciais dos criminosos, principalmente dos criminosos organizados do PCC, têm sido os policiais militares, os agentes penitenciários e os policiais civis. Estamos o tempo todo relatando circunstâncias da morte de policiais pelo simples fato de serem policiais.

E o que tem sido feito pelo Governo do Estado em relação aos policiais? O Governo tem cortado os salários e não estendido os benefícios que a lei estabeleceu e o próprio Governo sancionou. Parece brincadeira, mas é isso mesmo que eu estou dizendo.

Através de uma medida que a Procuradoria Geral do Estado ingressou, Deputado Giannazi, no dia 26 de outubro, para ser publicada no dia 31, pós-eleições, conseguiram com o Ministro Ayres Britto, a suspensão do pagamento de uma incorporação de quinquênios e sexta-parte, que a Associação de Cabos e Soldados e a Associação de Oficiais da Reserva ganharam há mais de dois anos e vinha sendo pago para 85 mil PMs.

Então, 85 mil PMs receberam ontem entre 10 e 25% a menos de salário, porque um soldado que é a grande massa nessa ação da Associação de Cabos e Soldados que tenha apenas um quinquênio, ele perdeu 250 reais; um 1º Sargento que tenha a sexta-parte há mais de 20 anos com 5 quinquênios, perdeu 900 reais.

Mas não para por aí, não. Ontem, foi publicada uma Portaria na Polícia Militar, por determinação do Governador, acabando também com a incorporação de horas-aulas ministradas por sargentos e oficiais da Polícia Militar nas escolas de formação, nos cursos, também diminuindo o salário já de 12 mil PMs, sendo 4 mil oficiais e 8 mil sargentos. Mas desses oficiais e sargentos, boa parte também perdeu essa incorporação do quinquênio. Então, perderam 25 por cento do salário, já.

E a determinação na Portaria era para ser revista e cancelada a incorporação dessas gratificações de aulas dos últimos dez anos, e os dez atrás, que sejam feitos processo a processo, numa interpretação tacanha e equivocada da Procuradoria Geral do Estado, mas que representa o Governo.

Eu recebi uma informação que o Governador vai mandar rever essa Portaria. Tem muita gente constrangida, Deputado Giannazi, porque ontem, aqui era a arguição para Conselheiro do Tribunal de Contas do atual Chefe da Casa Civil, e eu cobrei isso mesmo, e não vou parar de cobrar: “Enquanto V. Exa. estiver como Secretário, transmita ao Governador que o sentimento da família Policial Militar, é que o PCC mata na hora, mas o Governo vai matando aos poucos.”

Mas não para aí, não. Deputado Giannazi, Deputado Jooji Hato e Deputado Ulysses, no ano passado, nós votamos um projeto do Governo aqui, nesta Casa, que estabeleceu, no seu artigo 26, que uma Comissão Mista de Deputados e representantes do Governo iria estudar e apresentar uma proposta para estabelecimento do nível universitário de Escrivães e Investigadores de Polícia no Estado de São Paulo. Após 180 dias fizemos uma pressão danada e estabeleceram a Comissão.

Eu sou um dos otários da Comissão. Otário e desmoralizado. Eu e os outros cinco deputados estamos sendo desmoralizados, representando os Srs. Deputados. Somos 94 desmoralizados porque tivemos três reuniões para apresentação de uma proposta, entrou o recesso, o Governo não deu mais nenhuma notícia. Entrou campanha eleitoral, opa! Deixa para lá. Terminou a eleição? Agora já foi, já enganamos os trouxas mesmo.

E o que a gente diz? O que a Assembleia Legislativa diz para 25 mil investigadores e escrivães? Não são vocês os desconsiderados, nós também o somos.

Então, o que estou dizendo é exatamente para a população entender: enquanto o PCC mira os fuzis e as pistolas, como o Deputado Jooji Hato mostrou um caso concreto aqui, e matam o policial violentamente, o Governo vai comendo e matando a dignidade, a esperança, ao ponto que ontem, um policial militar que estava afastado para tratamento psiquiátrico recebeu alta, mas ele não estava bem. E, no desespero, porque seu salário está diminuindo, foi para o Palácio do Governo. Ele é da Praia Grande, do 45ºI, se algemou no gradil, com uma bolsa, dizendo que estava com arma para se matar. Uma hora e meia de negociação. O capitão dele precisou vir da Praia Grande, já que o policial só se renderia para o capitão. O capitão veio com o helicóptero Águia, para o policial voltar para tratamento psiquiátrico, no Centro Médico.

Hoje, a imprensa perguntou e eu disse: “Se for pelo desespero em que estão os policiais, vai faltar grade; o gradil do Palácio vai ser pequeno.” Vamos todos lá, vai ser aquela fila, e cobrando antiguidade: “Eu sou mais antigo; vou para o gradil dos desesperados primeiro...” Nunca vi uma coisa dessas. Em fevereiro, fez 35 anos que ingressei na Polícia Militar.

Ontem, representantes do Sindicato estiveram comigo até às 10 horas da noite, pedindo providências. O Governo Federal e o Estadual anunciaram, num oba-oba, a movimentação de presos e não tem nenhum plano de segurança para eles! E eles já disseram: “Pode dizer, Deputado. Se não tiver um plano de segurança para os agentes penitenciários, vamos trancar os presídios. Se tiver atentado contra algum agente, vai ficar 48 horas na tranca, todo mundo no presídio!” Desespero; não tem controle... Anunciou-se, num oba-oba, divulgou-se para imprensa e, depois, quem tem que abrir a porta do xadrez fica na mira. “Ah, mas isso não está no plano...”

Quero lamentar, profundamente. Nós, da Assembleia Legislativa, pelo amor de Deus! Pode ser aliado de governo; não pode ser alienado! É gente morrendo; são corpos pela rua; são policiais desesperados, com salário diminuído. A questão do nível universitário dos escrivães e investigadores é uma desonra para a Assembleia Legislativa. Votamos esse projeto! O Governador sancionou, agora, não quer cumprir e empurra com a barriga como se nós também não quiséssemos fazer nada.

Quero dizer a todos os policiais civis e militares: é uma grande ideia marcharmos para o Palácio do Governo para nos atrelarmos às grades. Vamos lá, dizer do desespero que estamos sentindo. Vamos lá, as 90 famílias dos policiais militares executados neste ano, dos 19 agentes penitenciários, dos quatro policiais civis. Vamos ao Palácio do Governo para ver se o Governo toma uma atitude digna, tratar com dignidade aqueles que já estão sendo dizimados nas ruas.

Que vergonha, diminuir o salário de 85 mil PMs que ganharam na Justiça; diminuir o salário de quatro mil oficiais e de oito mil sargentos, que, amparados na lei, têm gratificação incorporada de hora-aula. Que vergonha que o Estado faz com o Orçamento, que parece que estamos discutindo aqui.

 

O Sr. Presidente - Ulysses Tassinari - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, quero concordar inteiramente com o Deputado Olímpio Gomes e dizer, Deputado Olímpio, que a Assembleia Legislativa está, na verdade, abrindo mão das suas prerrogativas; a Assembleia Legislativa está omissa. Quando digo “Assembleia Legislativa”, estou me referindo à base do Governo que impede, por exemplo, a convocação de dois Secretários, embora tenhamos aprovado um requerimento. As nossas convocações são transformadas em convites, o que é um verdadeiro absurdo.

Conseguimos aprovar, na Comissão de Segurança Pública, a vinda dos dois Secretários da área de Segurança: o da Segurança Pública e o da Administração Penitenciária. Até agora, nada, não tem data marcada, não tem calendário, o ano está se encerrando.

É bom que o telespectador saiba disso. A Assembleia Legislativa tem 94 deputados, sendo que 66 deles pertencem à base do Governo, dão sustentação ao Palácio dos Bandeirantes. Apresentamos propostas no sentido de resolver questões estratégicas do Estado nas áreas de Segurança, Educação, Saúde, Sistema Prisional. No entanto, elas são obstruídas. Não conseguimos aprovar CPIs para investigar questões relacionadas à Segurança Pública, à Educação, à corrupção nas empresas estatais, como Dersa, Metrô e tantas outras. Os nossos pedidos são inviabilizados e obstruídos nas próprias comissões.

Agora, estamos vivendo um verdadeiro drama, a insegurança pública, mostrando claramente que o PSDB perdeu o controle da situação. Não é à toa que já há uma intervenção branca do Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça. A situação é grave: aumento da criminalidade, aumento dos assaltos e homicídios, chacinas na periferia não só da Cidade de São Paulo, mas em várias cidades, como Osasco, Guarulhos, Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu das Artes. Estamos assistindo a chacinas de jovens pobres e negros das periferias de nossas cidades, além das questões colocadas pelos Deputados Olímpio Gomes e Jooji Hato, ou seja, o extermínio dos policiais pelo crime organizado.

Portanto, a situação é grave e a Assembleia Legislativa não pode se curvar à apatia, sobretudo aos interesses do Governo Estadual. Até o dia 28, quando ocorreu o segundo turno das eleições, o Governo Alckmin dizia que não havia crise alguma na área da Segurança; o Secretário da Segurança também. Passado o dia da eleição, o Governador resolveu falar uma meia-verdade, que há certa crise. Dizemos que não, que a Segurança Pública faliu no Estado de São Paulo.

Estamos tomando providências. Quando digo nós, refiro-me à oposição. Alguns deputados estão se manifestando, apresentando propostas. O nosso mandato apresentou a proposta da convocação desses dois Secretários; estamos defendendo a PEC 300 em Brasília, na Câmara dos Deputados, uma emenda à Constituição Federal que estabelece o piso nacional salarial para os servidores da Segurança Pública.

Na Assembleia Legislativa, estamos apoiando a comissão constituída para apresentar uma proposta de valorização dos servidores da Segurança Pública, o Art. 26 da Lei 1.150. Enfim, estamos tomando todas as providências, mas o Executivo continua negando essa crise. Agora, está dizendo que não precisa da ajuda do Governo Federal porque há uma guerra política entre o PT e o PSDB. Quem paga a conta é a população, que está refém não só do crime organizado, mas também do crescimento da criminalidade em todo o nosso Estado. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Ulysses Tassinari - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. Jooji Hato - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caríssimo Deputado Tassinari, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, vamos assistir a uma reportagem.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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Com certeza, o delegado não vai reconhecer a garupa de moto que geralmente está com capacete com o visor escurecido, o insulfilm até espelhado. Então como o delegado vai reconhecê-lo?

O que preocupa é que o delegado, que porta uma arma, seja assaltado e procura o auxílio, a Polícia Militar. Imagine o que acontece com os cidadãos que não usam arma.

Não são apenas os policiais militares que estão sendo assassinados pelos marginais, mas os policiais civis também. Tem um exemplo aí. Houve um atentado contra o delegado. Graças a Deus, ele só se feriu.

Acho que o tempo é muito importante. Acredito que teremos no futuro condições melhores do que estamos vivendo hoje.

Há muitos anos, eu dizia que não podemos deixar os garotos, os adolescentes nos cruzamentos das ruas, nas esquinas, nos semáforos porque eles aprendem tudo que não presta. Eles crescem e vão para a Fundação Casa. Se não os tirarmos desses locais, esses adolescentes crescem nas ruas e vão para penitenciárias, se a polícia não os matarem antes. Acontece que esses que estão hoje assaltando, assassinando os PMs certamente são oriundos desses locais. Eram garotos, meninos, que foram crescendo, e hoje estão assaltando, assassinando, traficando.

Eu dizia, também, que um dos nossos maiores problemas é a violência por motivos fúteis, como por uma briga em casa, rixa, ciúmes, briga de vizinho, de trânsito. O indivíduo bebe um pouco e agride outras pessoas.

Para se ter uma ideia, 83% dos homicídios são por motivos fúteis, por nada. Bebe um pouco, atira num amigo, dá uma paulada no irmão como aconteceu lá em Bertioga. Se, no Estado de São Paulo, o índice de homicídio chega a 83%, temos no Pará 94% por motivos fúteis. Poderemos controlar isso. O índice no Acre é 100 por cento. Lá, praticamente, os homicídios são por motivos fúteis. Por isso que criei a “Lei Seca”, lei que controla a bebida alcoólica, que fecha os botecos. Mas, infelizmente, nem todas as cidades ainda seguem essa lei. Mas, creio que em mais de 80% das cidades brasileiras já adotaram essa lei que fizemos aqui, na Capital.

Diadema é uma das cidades que diminuiu em muito a violência só com o fechamento dos bares, apostando também no esporte, na cultura, na educação, na religião. É no conjunto de tudo isso que vamos conseguir a qualidade de vida.

Além dessa “Lei Seca”, temos que incentivar a educação, o esporte, a religião, a cultura, geração de emprego para combater a violência. Mas, infelizmente, tivemos muitos problemas. Havia grupo de pessoas que era contra essa lei. Uma parte da mídia também era contra essa Lei Seca e, também, à chamada Lei do Silêncio. Mas conseguimos superar isso depois de 10/12 anos e agora temos o reconhecimento de que a lei é boa.

Só que é preciso também a fiscalização. A polícia tem que fazer blitz constantemente, para tirar armas ilegais, de numeração raspada das ruas. Hoje, com o convênio entre o Governo Federal e o Governo estadual, está se tentando fazer exatamente o que propusemos há muitos anos.

Termino a minha fala dizendo que tenho a esperança de ver a “Tolerância Zero” na nossa cidade, no nosso Estado e no nosso País, para não termos mais notícias, como, há poucos instantes, foram veiculadas na TV Globo e outras emissoras, de assassinatos dos policiais militares, policiais civis e dos civis. Por outro lado, temos também a morte dos marginais. Todos perdem. Não são apenas os marginais que levam vantagem. Os marginais também morrem como os policiais e outras pessoas, quando deveria ter nas nossas cidades ordem pública, que, infelizmente, não temos por falta de prevenção.

Não aplicamos corretamente essa “Lei Seca” que propusemos. Não tiramos os adolescentes dos cruzamentos, que eram menores, e hoje estão assaltando e assassinando. Não fizemos prevenção na área de Segurança Pública e hoje estamos pagando com a vida, que é um bem maior, que é fundamental para qualquer ser humano.

A cidade é composta de cidadãos e os cidadãos têm o direito de viver mas, infelizmente, os marginais não estão deixando.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente Ulysses Tassinari, havendo acordo de lideranças, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de líderes, esta Presidência, antes de levantar a sessão, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se na próxima segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de prestar homenagem aos 60 Anos de Fundação do Colégio Santa Cruz, e, também, da realização amanhã, sexta-feira, a partir das 9 horas e 30 minutos, neste plenário, do Parlamento Jovem.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas 28 minutos.

 

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