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19 DE DEZEMBRO DE 2012

181ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: BARROS MUNHOZ, JOOJI HATO, WELSON GASPARINI, ED THOMAS e ULYSSES TASSINARI

 

Secretário: GILMACI SANTOS

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão. Responde questão de ordem, do Deputado Alencar Santana Braga, sobre reunião conjunta de Comissões que apreciou o PLC 39/12.

 

002 - MARCOS MARTINS

Discorre sobre a deliberação desta Casa sobre projetos de lei de autoria de Deputados. Afirma que é pequeno o número de proposições deste tipo votadas. Clama para que no ano de 2013 esta situação mude.

 

003 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

004 - ITAMAR BORGES

Tece considerações sobre sua primeira experiência como Deputado Estadual de São Paulo. Comenta que trabalha pelo fortalecimento do empreendedorismo e pela melhora das condições de micro e pequenas empresas. Afirma que várias conquistas foram realizadas, mas ainda há muito por fazer. Cumprimenta todos os que trabalham nesta Casa em prol do cidadão.

 

005 - CARLOS GIANNAZI

Fala sobre os trabalhos desta Casa durante o ano de 2012. Critica o papel desta Assembleia no tocante à fiscalização do Executivo Estadual. Lamenta a não instalação de diversas comissões parlamentares de inquérito solicitadas por Deputados da oposição. Comenta sobre requerimento, de sua autoria, de convocação de José Ortiz, ex-dirigente da FDE, para prestar esclarecimentos nesta Casa. Lamenta a provável aprovação de projeto de lei, de iniciativa do Governador, que privatiza parte do Parque do Estado.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Relata o assassinato do policial militar Orivaldo Silva dos Santos, em sua própria casa, a 102ª vítima da corporação neste ano. Critica a má situação de trabalho que os policiais estão submetidos no Estado. Lamenta que parte dos seus discursos, neste ano, tenha sido para denunciar mortes de agentes da segurança pública.

 

007 - WELSON GASPARINI

Assume a Presidência.

 

008 - JOOJI HATO

Tece considerações sobre o resultado da eleição municipal em São Paulo. Deseja boa gestão ao Prefeito eleito Fernando Haddad e aos futuros vereadores, que foram diplomados hoje. Comenta a aprovação do PL 1207/12, de sua autoria, que cria a Delegacia Especial de Proteção a Crimes de Maus-Tratos Contra os Animais. Explana sua satisfação por esta Casa ter deliberado a matéria.

 

009 - MILTON VIEIRA

Discorre sobre a gestão do Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Cita diversas conquistas que seriam mérito da atual administração municipal. Comenta que o trabalho desta Casa, no ano de 2012, foi inferior ao desejado. Relata que as proposições deveriam ser mais debatidas.

 

010 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

011 - VINÍCIUS CAMARINHA

Recorda sua passagem nesta Assembleia Legislativa. Faz pronunciamento de despedida como Deputado desta Casa. Informa que deverá exercer o cargo de prefeito de Marília no próximo ano. Destaca o seu vínculo com o município. Agradece a todos que o ajudaram durante os três mandatos parlamentares (aparteado pelos Deputados Welson Gasparini, Ed Thomas, Alex Manente, Roberto Massafera e Mauro Bragato).

 

012 - Presidente JOOJI HATO

Tece elogios ao Deputado Vinícius Camarinha. Deseja êxito em sua gestão frente ao município de Marília.

 

013 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência. Recorda sua convivência com o pai do Deputado Vinícius Camarinha. Tece elogios ao Parlamentar.

 

014 - OLÍMPIO GOMES

Cumprimenta o Deputado Vinícius Camarinha, que deverá assumir o cargo de Prefeito de Marília no próximo ano. Mostra-se preocupado com a situação da segurança pública estadual. Cita estatísticas da violência no Estado. Faz paralelo entre dados de homicídios envolvendo civis e policiais.

 

015 - ED THOMAS

Assume a Presidência.

 

016 - GILMACI SANTOS

Tece elogios ao Deputado Vinícius Camarinha. Deseja êxito em sua gestão frente ao município de Marília.

 

017 - JOOJI HATO

Faz comentários acerca do massacre ocorrido em escola localizada no estado norte-americano de Connecticut. Cita caso de violência. Pede ao Deputado Vinícius Camarinha que promova no município de Marília ações para coibir o consumo de bebidas alcoólicas. Deseja ao Parlamentar êxito em sua gestão frente ao município. Solicita "blitz" do desarmamento (aparteado pelos Deputados Chico Sardelli, Rodrigo Moraes e Gilson de Souza).

 

018 - WELSON GASPARINI

Sugere à Presidente Dilma Rousseff o retorno de soldados em missão no Haiti. Lembra que a intervenção estimada inicialmente era de seis meses. Ressalta que há oito anos mais de mil militares estão no país. Destaca que foram gastos cerca de dois bilhões de reais no Haiti. Defende que tal investimento deve ser aplicado no Brasil. Cita dados divulgados pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Critica a qualidade da educação brasileira. Cita Martin Luther King. Combate a corrupção no País.

 

019 - ISAC REIS

Combate o pronunciamento do Deputado Welson Gasparini quanto aos soldados em missão no Haiti. Faz críticas ao destaque dado ao julgamento do "Mensalão".

 

020 - WELSON GASPARINI

Solicita a suspensão dos trabalhos por 40 minutos, com anuência das lideranças.

 

021 - Presidente ED THOMAS

Defere o pedido. Destaca a importância de projeto, de sua autoria, que disponibiliza equipamentos de eletrocardiograma a crianças com síndrome de down, aprovado ontem nesta Casa. Suspende a sessão às 16h34min.

 

022 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h19min.

 

023 - LUIZ CARLOS GONDIM

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 18 horas e 20 minutos.

 

024 - Presidente ULYSSES TASSINARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h20min.

 

025 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 18h33min.

 

ORDEM DO DIA

026 - ULYSSES TASSINARI

Solicita a prorrogação dos trabalhos por uma hora.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por uma hora. Coloca em votação e declara sem debate aprovados os seguintes requerimentos de urgência: ao PDL 10/12; do Deputado Campos Machado, ao PL 588/12; do Deputado Carlos Cezar, ao PL 269/12; do Deputado Olímpio Gomes, ao PL 235/12; da Deputada Vanessa Damo, ao PL 566/12; do Deputado Estevam Galvão, ao PL 975/11; do Deputado Alencar Santana Braga, ao PL 500/12 e ao PR 35/09; do Deputado Carlos Cezar, ao PL 162/12; do Deputado Carlos Bezerra Jr., ao PL 845/12; do Deputado Olímpio Gomes, ao PL 564/12; do Deputado Alencar Santana Braga, ao PR 12/12; e do Deputado Carlos Bezerra Jr., ao PL 617/12.

 

028 - OLÍMPIO GOMES

Solicita a suspensão dos trabalhos por uma hora, com anuência das lideranças.

 

029 - Presidente BARROS MUNHOZ

Acolhe o pedido. Convoca as Comissões de Administração Pública e Relações do Trabalho; e Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião conjunta, hoje, às 18 horas e 45 minutos; e de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião extraordinária, a realizar-se hoje, às 18 horas e 48 minutos. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 18h39min; reabrindo-a às 18h40min. Convoca reuniões conjuntas das Comissões de: Constituição, Justiça e Redação; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 18 horas e 50 minutos; Constituição, Justiça e Redação; e Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, hoje, às 18 horas e 53 minutos; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 18 horas e 56 minutos; reunião extraordinária da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, hoje, às 18 horas e 59 minutos; reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 19 horas e 02 minutos; reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, hoje, às 19 horas e 05 minutos; e reuniões conjuntas das Comissões de: Constituição, Justiça e Redação; e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, hoje, às 19 horas e 08 minutos; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 19 horas e 11 minutos; Constituição, Justiça e Redação; e Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, hoje, às 19 horas e 14 minutos; Constituição, Justiça e Redação; e Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 19 horas e 17 minutos. Suspende a sessão às 18h44min, reabrindo-a às 19h50min. Convoca sessão extraordinária, a realizar-se hoje, com início 10 minutos após o término da presente sessão, e uma reunião extraordinária, a realizar-se dois minutos após o término da presente sessão. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 19h54min; reabrindo-a às 19h56min.

 

030 - MARCOS MARTINS

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

031 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. por conveniência da ordem, suspende a sessão às 19h57min; reabrindo-a às 19h50min. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 20/12, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, com início às 20 horas e 30 minutos. Levanta a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Gilmaci Santos para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - GILMACI SANTOS - PRB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta Presidência passa a responder a Questão de Ordem formulada pelo nobre Deputado Alencar Santana Braga na 59ª Sessão Extraordinária, realizada em 18 de dezembro de 2012

O nobre Deputado Alencar Santana Braga, líder do Partido dos Trabalhadores, formulou Questão de Ordem na 59ª Sessão Extraordinária, realizada na data de 18 de dezembro, contestando parte da resposta da Presidência à Questão de Ordem formulada, também por Sua Excelência, na 170ª Sessão Ordinária, ocorrida em 4 de dezembro último.

Diz o nobre Líder do Partido dos Trabalhadores, que concorda com a resposta desta Presidência que declarou nula a reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração e Planejamento, convocada para, na data de 4 de dezembro último, apreciar o projeto de lei complementar nº 39 de 2012.

No entanto, Sua Excelência discorda de parte da resposta que entende ser restritiva aos direitos da minoria.

Eis os trechos apontados:

“... A leitura do parecer do relator, restrita à sua conclusão, teve respaldo dos membros presentes, nos termos do artigo 51 § 1º, do Regimento Interno, que dispõe que “as comissões deliberarão por maioria simples de votos”.”

“É importante ressaltar que o dispositivo citado não é absoluto. Não pode ser utilizado para, no limite, inviabilizar, por exemplo, a discussão de matéria de competência da comissão.

No caso presente, porém, isso não ocorreu.

A leitura da conclusão do parecer consubstancia o posicionamento do relator quanto a sua opinião sobre a conveniência da aprovação ou rejeição total ou parcial da matéria, ou sobre a necessidade de se lhe dar substitutivo ou se lhe oferecer emenda, como dispõe o artigo 71 de nosso Regimento Interno. Essas informações permitem o debate da matéria, não residindo aqui qualquer mácula à norma regimental.”

Desses trechos da resposta àquela Questão de Ordem, o Deputado Alencar Santana Braga inferiu que esta Presidência admitiria a dispensa da leitura do parecer, ou de parte dele, mediante aprovação da maioria dos membros do colegiado, o que infringiria, segundo Sua Excelência, nosso Regimento Interno.

E conclui sua argumentação dizendo entender que “a dispensa da leitura, na sua totalidade ou não, somente será possível se houver consenso entre todos os presentes. Caso algum membro das comissões solicite a leitura, na íntegra, do parecer, essa deverá ser automaticamente efetuada, pois não haverá previsão regimental de se submeter a votos tal decisão”.

A Questão de Ordem formulada mostra que o tema exige, de fato, esclarecimento.

Nota-se, de início, que o próprio Deputado Alencar Santana admite a possibilidade da dispensa da leitura do parecer do relator, no todo ou em parte, e, por decorrência lógica, também do voto em separado.

A questão é: como se dá essa possibilidade? Quando e como é possível a dispensa da leitura de voto, no todo ou em parte?

Esta Presidência entende que o direito ao amplo conhecimento da matéria que está em discussão não pode ser relativizado.

Nesse sentido, tratando-se de procedimento expressamente previsto em nosso Regimento Interno, artigo 50, inciso V, a leitura do voto do relator ou de voto em separado, só poderá ser dispensada a partir de requerimento que conte com a anuência da totalidade dos membros presentes à reunião.

Aqui, faz-se necessária uma pequena digressão:

A oitiva do áudio da reunião conjunta das Comissões, que suscitou a primeira Questão de Ordem, não registra qualquer voto contrário ao requerimento da dispensa da leitura do parecer em sua integralidade, o qual, dessa forma, foi aprovado.

Esse fato foi fundamental, no caso concreto, para a resposta anterior desta Presidência.

O assentimento unânime à proposta da leitura das conclusões do parecer do relator, necessário para o seu acolhimento, atesta que a decisão da presidente daquela reunião não infringiu, nesse aspecto, nosso Regimento Interno.

Ao contrário, o inciso XI, do artigo 38, do Regimento Interno, reza que cabe ao presidente da comissão “submeter a votos as questões sujeitas à comissão e proclamar o resultado da votação”.

Foi o que ocorreu naquele episódio, em plena consonância com a norma regimental.

Esta é a resposta da Presidência à Questão de Ordem formulada pelo nobre Deputado Alencar Santana Braga.

Dando sequência à lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectadores da TV Alesp, aqueles que nos acompanham pelo Serviço de Audiofonia da Casa, estamos em mais uma sessão e nos aproximando da conclusão dos trabalhos deste ano. Ainda teremos que votar o Orçamento, mas esperamos que tudo ocorra dentro da normalidade e votando projetos de Deputados, os que ainda faltam, pois ontem foram votados em torno de 24, se não estou enganado, e hoje temos ainda em torno de 60 projetos a serem votados. Lamentavelmente durante todo o ano nós não votamos projetos de Deputados, pois ficaram represados. E agora, no final do ano, acabamos por tentar cumprir um acordo de que se votasse pelo menos um projeto por ano, por Deputado.

É muito pouco, pois cada Deputado tem alguns projetos a serem aprovados que certamente poderão ajudar a melhorar a vida da população em diversos aspectos. Acredito que a maioria dos projetos tenha essa função e objetivo e a Assembleia Legislativa tem o principal papel de legislar e fiscalizar o Executivo, mas à medida que nós não tenhamos oportunidade de pôr em votação os nossos projetos, mesmo sem a garantia de que o Executivo não vá vetá-los, aliás, a quantidade de vetos que nós temos na pauta diária é muito grande, esperamos que no próximo ano não ocorra o que aconteceu este ano e que nós possamos ter a oportunidade de ver nossos projetos aprovados, e não apenas os projetos do Governador, porque passa a impressão à população de que é o Executivo quem está legislando aqui.

Também percebemos que quando os projetos do Executivo chegam aqui, já vêm com urgência e, muitas vezes, sequer passam na Comissão Temática, na comissão que o projeto aborda, como aconteceu com o projeto da carreira dos médicos que, eu como Presidente da Comissão de Saúde, considero simplesmente um absurdo esses projetos virem com urgência para um Congresso de Comissões, tendo um relator especial, que normalmente dá o parecer favorável, que nem sempre coincide com a Comissão Temática, mas é aprovado em caráter de urgência, ao passo que os projetos de Deputados amargam na fila durante muito tempo.

Na comissão que nós presidimos, durante todo esse tempo nós fizemos questão de que os projetos de Deputados não ficassem parados. Todos foram passados à frente, houve relator, fizemos audiências públicas quando havia a necessidade, para que os projetos dos Deputados pudessem estar à disposição para serem colocados em plenário para votação. Não me recordo de nenhum Deputado ter me procurado para acelerar o seu projeto, ou saber porque o seu projeto estaria parado, porque procuramos dar andamento a todos designando relator e em seguida chamando reunião da Comissão decidindo sobre as matérias. Aliás, a nossa Comissão poucas vezes não deu quórum, Sr. Presidente. Inclusive nos últimos dois dias quando vieram algumas comissões para reclamarem por fechamento de hospitais e fechamento de atendimento da Saúde Mental, acabou não tendo quórum. Eu fiquei até um pouco surpreso porque, ao que me parece, esse tema é tão importante quanto os demais.

Para concluir, quero dizer que a nossa Comissão cumpriu a sua tarefa, a sua missão de legislar, fazendo aquilo pelo qual os Deputados foram eleitos e procuramos cumprir a nossa obrigação. Assim como também procuramos apresentar vários projetos que sejam de interesse da população e, em especial, em defesa da Saúde Publica e do Meio Ambiente, por exemplo, com a proibição do uso de amianto, material que é cancerígeno e, agora temos também, a proibição de uso do mercúrio e assim por diante. Procuramos dar a nossa contribuição para que o nosso estado melhore a vida da população. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André do Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges, pelo tempo regimental.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero cumprimentá-los e dizer a satisfação que sinto, como também disse o colega Deputado Marcos Martins, em estar aqui, nesse momento em que estamos praticamente finalizando o ano legislativo e concluindo os trabalhos desta Casa, com a votação que acontecerá.

Também quero dizer que é uma satisfação fazer esse balanço, Deputado Welson Gasparini, V. Exa. que teve a oportunidade de ser prefeito por quatro mandatos na cidade de Ribeirão Preto e, portanto, conhece o Executivo tanto quanto eu que fui prefeito por três mandatos na pequena cidade de Santa Fé do Sul, portanto, tivemos experiências e estamos aqui cumprindo o segundo período legislativo desse mandato depois de atuar por 12 anos no Executivo.

Eu confesso que essa experiência tem sido a cada dia mais crescente e satisfatória. Não só por tudo aquilo que vivemos e articulamos juntos, Deputados Giannazi, Milton e Major Olímpio, porque aprender no dia a dia com os colegas que aqui estavam e que por aqui passaram, ou que aqui chegaram conosco.

Tenho a experiência, por exemplo, que o meu companheiro Jooji Hato trouxe lá da Câmara, de sete mandatos de vereador, um exemplo para todos nós. Temos feito, seja na nossa bancada, seja no dia a dia do exercício do mandato de cada um de nós, aquilo que um parlamentar pode fazer de melhor para contribuir tanto com o Legislativo como com a integração com a sua região, com o seu eleitor, com as suas bandeiras.

Tenho vivenciado trabalhos, tenho a presença pontual nos mais diversos municípios do Estado, de forma bem diversificada, mas tenho também uma presença localizada na região de São José do Rio Preto, Araçatuba e Barretos. Esse tripé de região é onde convivo no dia a dia, durante a semana, durante o mês. E é onde acaba concentrando o direcionamento de recursos, para entidades ou para hospitais filantrópicos, para prefeituras, sempre com o envolvimento das lideranças, sempre com o envolvimento do diagnóstico da demanda e da real necessidade.

Mas essa parceria é importante, e isso tem dado resultado. O Governo de São Paulo tem sido parceiro na liberação, no atendimento, na atenção; os Secretários estaduais, para poderem tentar e viabilizar ao mesmo tempo a solução para as demandas.

Temos vivido importantes situações. Tenho acompanhado, Sr. Presidente, praticamente todos os dias, V.Exa. aqui nesta tribuna, falar da sua preocupação e da suas sugestões para a melhoria da Segurança, para a melhoria dos mais diversos aspectos do cidadão no nosso Estado.

Tenho convivido, por exemplo, com a bandeira das Santas Casas e hospitais filantrópicos, que é uma grande preocupação. Temos aí um prenúncio, uma preocupação de que no próximo ano, em fevereiro, possamos ter uma paralisação em virtude desse não aumento dos repasses do recurso federal.

Avançamos, conquistamos, mas temos muito por fazer ainda. Temos vivido um momento especial com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que busca o fortalecimento da micro e pequena empresa. Ela busca o apoio à desburocratização e à desoneração.

Quero cumprimentar o Banco do Povo Paulista, o seu diretor Antonio Mendonça, o Secretário Ortiz, cumprimentar todos os agentes de crédito do Estado, que aprovamos aqui o programa de bônus para os agentes de crédito, que vai incentivar e valorizar esse importante instrumento do Banco do Povo, que vai fortalecer ainda mais essa relação com o pequeno empresário, com o informal, para poder viabilizar, gerar emprego, gerar renda, e dar suporte a esse que tem dificuldade de buscar o grande crédito.

A Frente Parlamentar fez um importante evento na segunda-feira, dia 10, que foi um balanço do trabalho que fizemos em todo o exercício. Esteve aqui o Deputado Vaz de Lima, que foi Presidente desta Casa, o Deputado Mendes Thame, os dois representando a Frente federal e o meu colega Luiz Claudio Marcolino, meu companheiro de coordenação dessa Frente.

Foi um balanço importante, onde comemoramos a inserção da matéria Empreendedorismo na rede pública estadual, também a conquista da Subsecretaria de Empreendedorismo, e tantos outros avanços na Secretaria da Fazenda, como a questão da desburocratização, do licenciamento simplificado do desenvolvimento econômico, e agora de um estudo importante que está passando pelo Confaz para, de uma vez por todas, fazer justiça na questão da substituição tributária.

Avançamos nesses temas, e vamos entrar no novo ano com certeza na busca de outras conquistas.

Eu não poderia deixar de estar aqui neste momento, para mais uma vez cumprimentar os 93 colegas por tudo o que contribuíram neste ano legislativo, cumprimentar os funcionários desta Casa, que fazem parte desta família, funcionários dos gabinetes, funcionários efetivos da Casa, das Lideranças, da Presidência, de todos os departamentos do Legislativo paulista, que somam esse trabalho e esse esforço em prol da dedicação ao cidadão e ao nosso Estado.

Cumprimento e agradeço a parceria com o Governo do Estado, e em especial à Mesa Diretora, na figura do Presidente Barros Munhoz, grande líder, que vai caminhando para concluir os seus dois anos de mandato na Presidência, com muito avanço, com muitos trabalhos do Legislativo, que resultaram em benefício para o nosso Estado e integração com o Governo.

Portanto, a minha satisfação em estarmos aqui neste momento, praticamente vivenciando o fechamento do ano legislativo, mas com a certeza de poder comemorar um mandato importante, resultados importantes de todos os colegas parlamentares e dessa integração, que quero cumprimentar com o Governo do Estado e com os Líderes que conduzem o nosso trabalho. Um grande abraço, parabéns, e vamos continuar a luta até votar o orçamento.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, estamos praticamente encerrando o ano Legislativo. Amanhã provavelmente nós vamos votar o Orçamento de 2013 e encerrar o ano. A Assembleia entra em recesso e só volta praticamente em fevereiro.

Vejo aqui alguns Deputados fazendo balanços positivos, e eu faço um balanço muito crítico em relação ao desempenho da Assembleia Legislativa, principalmente neste ano. Não tivemos avanços do ponto de vista legislativo, principalmente do ponto de vista da fiscalização do Governo.

A Assembleia Legislativa tem três funções importantes: legislar, fiscalizar o Executivo e representar a população. Eu diria que, nesses três requisitos, a Assembleia Legislativa foi péssima, ficou com nota dois ou dois e meio. Do ponto de vista da fiscalização do Governo, não houve fiscalização alguma, porque o Palácio dos Bandeirantes mantém aqui uma base de sustentação, de 66 Deputados. Dos 94 Deputados, 66 votam de uma forma canina com o Governo, obedecendo todas as orientações do Governo estadual,

Não conseguimos aprovar aqui nenhuma CPI séria, para investigar as denúncias de corrupção, de improbidade administrativa. Apresentamos vários pedidos: a CPI da Educação, a CPI da Segurança Pública, a CPI da FDE. Várias CPIs foram apresentadas, ou tentamos apresentar, porque é difícil conseguir as 32 assinaturas. Se o Governo tem 66 Deputados, nós não conseguimos 32 assinaturas, e sim 28 apenas.

Nós já propusemos aqui a CPI do Metrô, a CPI do Dersa, a CPI do DER, de tantas autarquias estatais e secretarias do Governo, mas elas foram todas praticamente obstruídas pelos 66 Deputados que compõem a base de sustentação.

Eu mesmo apresentei neste ano vários requerimentos exigindo a convocação de alguns Secretários, como por exemplo, o Secretário da Segurança Pública. Nosso pedido, por um milagre, foi aprovado, mas em forma de convite, na Comissão de Segurança Pública. Apresentei também um pedido convocando o Secretário de Administração Penitenciária, ambos para explicar a crise na área de Segurança Pública, mas eles não compareceram, dizendo que não tinham agenda. Um absurdo! A Assembleia Legislativa está de joelhos para o Poder Executivo.

Um outro requerimento que consegui aprovar aqui na Comissão de Direitos Humanos foi a convocação do Reitor da USP, João Grandino Rodas, que é considerado não um reitor dentro da Universidade, mas um xerife, um interventor do ex-Governador José Serra, que tem inclusive criminalizado o movimento estudantil, o movimento dos professores e dos funcionários.

E pesa contra ele várias denúncias, inclusive apresentamos denúncias para o Ministério Público de improbidade administrativa e criminalização dos alunos, o pedido foi aprovado, mas o reitor enviou um ofício para a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais aqui na Assembleia Legislativa, dizendo que ele não tinha agenda para este ano. E a Assembleia Legislativa nada fez em relação a esse fato. Ele disse que provavelmente virá no ano que vem, mas para obedecer a determinação constitucional de prestar esclarecimentos para Assembleia Legislativa semestralmente como ficou determinado agora na nossa Constituição Estadual.

Também consegui aprovar outro requerimento na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, convocando aqui o Presidente do Ipesp, o senhor Carlos Flory, para explicar o que vem acontecendo na área da gestão da Carteira Previdenciária dos Advogados e dos Serventuários da Justiça, mas até agora ele não apareceu para depor, para explicar as denúncias, o rombo que foi feito na Carteira por conta de um investimento no Banco Cruzeiro do Sul, enfim, Sr. Presidente, é grave a situação. E eu não vejo a Assembleia Legislativa preocupada como isso.

Também não posso me esquecer de outro requerimento que eu apresentei e que estamos tentando aprovar na Comissão de Educação, que é a convocação do José Ortiz, Presidente da FDE - Fundação para o Desenvolvimento do Ensino - afastado pela Justiça. Ele já foi convocado também na Comissão de Fiscalização e Controle, assinamos um pedido de CPI da FDE, mas até agora nada, ele nem compareceu na Comissão de Fiscalização e Controle. O nosso pedido na Comissão de Educação é sistematicamente obstruído pelos representantes do Governo. E a situação da FDE é muito séria porque são várias as denúncias de corrupção, malversação do dinheiro público, de improbidade administrativa e superfaturamento de obras. Não é à toa que tem na fila um pedido de CPI.

Logicamente esse pedido não vai vingar, porque existem vários outros pedidos na frente de CPIs cosméticas da base do Governo que investigam temas pitorescos como a CPI do Implante Dentário, a CPI que investiga as lojas que vendem a juros, a CPI da Reprodução Assistida. Nem um desses temas tem a ver com a Assembleia Legislativa, com o papel do Deputado Estadual, mas elas são apresentadas para obstruir as nossas investigações. Há CPIs sérias como a da Educação, da Segurança Pública, da FDE, do Dersa, do Metrô, do DER, entre tantas outras que já tentamos apresentamos aqui. Mas a base do Governo está a serviço do Governador Alckmin e do PSDB.

Sr. Presidente, eu gosto de ser claro e pedagógico para que o público, o telespectador que não está aqui, entenda o funcionamento desta Casa Legislativa: são 94 Deputados ao todo, sendo que 66 pertencem à base de sustentação do Governo e 28 são os Deputados da oposição, então, são 66 contra vinte e oito. E esses 28 Deputados da oposição são representados pelo PSOL, pelo PT, pelo PCdoB e pelo Deputado Olímpio Gomes, e os outros todos pertencem à base de sustentação do Governo e acabam votando sempre sistematicamente, atendendo de forma extrema, com uma fidelidade extrema, os interesses do Governo.

Como, agora, em que a base do Governo vai aprovar a privatização do Parque do Estado. Até o PV que se diz um partido defensor do meio ambiente vai abandonar a sua luta em defesa do verde e do meio ambiente para votar junto com o Alckmin contra o meio ambiente, me refiro ao Projeto nº 604/12, que deve entrar na pauta amanhã.

Nós, do PSOL, vamos votar contra e estamos obstruindo e organizando a população para que se posicionem contrários a esse crime ambiental, ecológico; que sejam contrários a esse crime contra o patrimônio público de São Paulo, que é a privatização, a venda do Parque do Estado, conhecido também como Parque Fontes do Ipiranga. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, estamos realmente chegando ao final deste ano e além do balanço que é feito sobre as atividades da Assembleia Legislativa de prós e contras, eu lamentavelmente tenho que falar sobre o falecimento do 102º policial militar, o sargento Orivaldo da Silva dos Santos, que já estava na inatividade há três anos e foi executado ontem em São Vicente. Esse policial já aposentado fazia uma atividade de segurança em uma casa de alto padrão quando os marginais o dominaram no momento da saída dos empregados da casa, ingressaram na residência e o executaram com vários tiros. Nada foi levado, ficando claro que o ânimo era de execução daquele policial e não uma ocorrência de roubo que evolui para um latrocínio.

O Sargento Orivaldo da Silva dos Santos será enterrado daqui a pouco no Cemitério Municipal de São Vicente, por volta das 17 horas.

Lamentável, mais um episódio desse enquanto o Governo faz de conta que não está acontecendo nada. Aliás, o Governador trocou o Secretário da Segurança, o Delegado-Geral, o Comandante-Geral e só piorou em termos de omissão ou de atitude da Segurança Pública. “Olha, desativamos a monitoração telefônica da região de Presidente Prudente.” “Olha, desde o dia da posse do Secretário não tem mais nenhuma ocorrência envolvendo a Rota.” Quem deve estar comemorando isso são os bandidos, é o mundo do crime, porque o cidadão está desesperado, a família policial está enlutada.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Welson Gasparini.

 

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Para melhorar um pouco, 23 mil marginais estarão sendo colocados em liberdade na saída temporária de Natal. Vinte e três mil! Minimamente, deveria se disponibilizar para as polícias Civil e Militar o local que esses indivíduos colocaram na guia Solicitação de Saída Temporária, onde, em tese, estariam, mas nem isso a Polícia recebe.

Em Ribeirão Preto, Deputado Welson Gasparini, estamos tendo uma onda de violência, alguns milhares de presos estão saindo para todos os municípios da região. E a Justiça e a Secretaria de Assuntos Penitenciários não disponibilizam o local onde o indivíduo colocou na guia de saída para a autorização judicial, que estaria. Não dá nem para a Segurança Pública fiscalizar se ele vai estar onde disse que estaria, quanto mais as suas ações. Isso é muito triste.

Às vezes falam: “O Major Olímpio fala com rancor sobre as coisas.”, mas não é com rancor, é com dor.

Hoje deveria vir aqui na Assembleia Legislativa o Secretário de Assuntos Penitenciários, a convite, mas ele cancelou. O Secretário da Segurança, nós votamos o convite, “Ah, mas trocou o Secretário e esse ainda está enrolando o paraquedas, vamos esperar mais um pouco.”

Esperar o quê? É preciso prestar contas, sim, à Assembleia Legislativa, à sociedade; é preciso pedir ajuda. A Assembleia Legislativa tem que fazer essa interlocução, buscar a força do Poder Judiciário, auxiliar os órgãos do Poder Executivo. O que não pode é ficar como está!

Neste ano, cento e duas vezes anunciei mortes de policiais militares, quatro de policiais civis, 19 de agentes penitenciários. Isso é muito triste, lamentável. Desejo que Deus dê força e consolo aos familiares do nosso Sargento Orivaldo, aos seus amigos, à comunidade da Baixada Santista. É o 15º PM executado na Baixada Santista neste ano! E vamos continuar a dizer que não está acontecendo nada, que não há um desequilíbrio?

Peço a todos que façam a sua reflexão. Quem tem responsabilidade pública, a partir desta Casa, que passemos a tomar mais atitudes concretas.

 

O Sr. Presidente - Welson Gasparini - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Alexandre Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. Jooji Hato - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caríssimo Deputado, Presidente desta sessão, Welson Gasparini, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, quero dizer da diplomação que tivemos hoje, na Sala São Paulo, no bairro da Luz, com a presença do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Dr. Alceu Penteado Navarro, e também do Juiz da 1ª Zona Eleitoral, Dr. Henrique Harris Junior.

Tivemos a diplomação do nosso Prefeito eleito, ex-Ministro Fernando Haddad, da vice-prefeita Nádia Campeão e dos 55 vereadores que ganharam essa eleição ou foram reeleitos. Desta tribuna, quero saudar a todos os diplomados neste dia. Que tenham muito sucesso nessa legislatura que começará no dia 1º de janeiro. Deixo aos vereadores aquela Casa em que fiquei durante 28 anos, com sete mandatos consecutivos.

Desejo que tenham um bom Natal, um bom Ano Novo e também uma feliz gestão! Desejo muito sucesso e muita sorte ao futuro Prefeito Fernando Haddad, à vice-Prefeita Nádia Campeão e a todos os vereadores, incluindo o meu filho George, que também foi diplomado. É uma alegria muito grande para este Deputado.

Deixei a Câmara Municipal de São Paulo, vim para esta Casa de Leis e continuo tendo satisfação muito grande. Na noite passada, neste plenário, tivemos a aprovação do PL nº 1.207/2011, que cria na estrutura da Secretaria Estadual de Segurança Pública a Delegacia Especial de Proteção a Crimes e Maus-Tratos contra os Animais no Estado de São Paulo.

Essa aprovação me deixa muito esperançoso de que teremos mais qualidade de vida. A criação dessas delegacias será um caminho aberto para um maior número de denúncias e a participação efetiva da sociedade na questão dos direitos dos animais, o que levará a uma maior e melhor aplicação da lei, que hoje é pouco divulgada.

Existe uma grande ansiedade acerca da mudança da lei que protege os animais, para que se torne mais rígida, mais eficaz e que realmente puna o agressor. Isso está sendo realizado através da revisão do Código Penal, que ocorre em Brasília. Mas, além da alteração penal, temos que disponibilizar mecanismos eficazes e efetivos que atendam a essa demanda específica da população, que é a de ter um local especializado para receber e dar encaminhamento às denúncias de maus tratos aos animais.

A delegacia proposta pelo projeto de lei vai preencher essa lacuna. A delegacia poderá atuar em vários casos de violência contra os animais, tais como abandono, espancamentos, mutilações, envenenamentos, acorrentamento e transporte indevido. Poderá atuar também nos casos em que criminosos de animais os mantêm com fome e sede, negam assistência veterinária, obrigam-nos a trabalhos excessivos ou superiores à sua força, exposições a shows ou a situações que causem pânico ou estresse, brigas em rinhas ou festas ruidosas como a “Farra do Boi”.

Tenho ainda o PL 206/2012, que tramita por esta Casa, e que institui o Disque-Denúncia de Maus Tratos aos Animais no Estado de São Paulo.

Caro Deputado Welson Gasparini, V. Exa. foi Prefeito em Ribeirão Preto e sabe da importância que tem uma delegacia especial voltada aos maus-tratos a animais. Quem maltrata um animal, certamente maltrata o próximo - a esposa, os familiares, os filhos. São pessoas agressivas, que não têm Deus no coração. O indivíduo ataca o animal, e o animal não reage. Um ou outro poderá até reagir, mas é muito difícil, diferentemente do ser humano. Às vezes, você agride uma pessoa e essa pessoa reage, mas o animal, não. O animal não fala, é amigo do homem, é amigo dos filhos dessas pessoas que o maltratam impiedosamente. É por isso que é necessária essa delegacia.

Encerro a minha fala dizendo da minha grande satisfação. Não estou, em nenhum momento, arrependido de sair da Câmara Municipal de São Paulo e vir para a Assembleia Legislativa porque, aqui, estamos votando projetos extremamente importantes. Se Deus quiser, hoje, votaremos mais projetos dos nobres deputados, dos meus colegas. Certamente, são projetos que irão melhorar a qualidade de vida do cidadão. Espero que esta Casa continue na sua função principal de fiscalizar, legislar e proteger a população.

Mais uma vez, quero agradecer a Deus e aos meus queridos colegas deputados pela aprovação desse projeto, que vai proteger aquele que é o amigo do homem. Dito como ser irracional, talvez seja um dos seres mais inteligentes aquele gatinho, aquele cachorrinho que o acompanha, que dá tanto carinho e conforto nesse mundo de tanta violência em que vivemos. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Welson Gasparini - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira.

 

O SR. MILTON VIEIRA - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero neste momento usar as minhas palavras para fazer um agradecimento a um grande amigo, a uma pessoa que é importante para a Cidade de São Paulo, que é o Prefeito Gilberto Kassab, que mais alguns dias estará deixando a prefeitura, passando o posto para o Prefeito eleito, que foi diplomado hoje, Fernando Haddad, do PT. Quero, ao mesmo tempo em que desejo boa sorte, desejar um mandato eficaz para o Prefeito Haddad.

Com certeza, por mais que o Prefeito Haddad faça, o povo de São Paulo vai sentir saudades da gestão Kassab, que, a meu ver, na última eleição isso não foi nem sequer divulgado, não foi colocado em questão as benfeitorias. A cidade não foi mostrada até porque não fazia parte do processo eleitoral, Kassab não era candidato. Porém, temos muito que mostrar. O Prefeito Gilberto Kassab, o PSD, que é meu partido, tem muito o que mostrar do trabalho que foi feito na área da Educação, do Transporte, porque hoje temos problemas no trânsito, que é uma situação simples para se resolver pela quantidade de veículos. Tivemos melhoria no trânsito, quando se tirou os caminhões das Marginais, e também tivemos melhoria na área da Saúde, Educação, e em várias áreas da Cidade de São Paulo. A cidade está bonita, é limpa. Tem alguns lugares, sim, que deixa a desejar ainda porque a Cidade é grande, mas ela é iluminada, é bem cuidada.

Quero parabenizar o meu amigo, Prefeito Gilberto Kassab, que deixa a prefeitura no próximo dia 31 e passa para o Prefeito Haddad. Há pouco, ouvia aqui alguns colegas falando. Diga-se de passagem, isso que falo é tão verdade que o próprio Prefeito Haddad elogiou hoje insistentemente a gestão Kassab por mais de cinco minutos no seu discurso. Chegou até a dizer que se o Kassab fosse candidato à reeleição ele, Haddad, não seria eleito.

Mudando de assunto, quero falar um pouco sobre a nossa produção aqui. Nos mandatos anteriores que passei aqui, de 1998 a 2002, de 2002 a 2006, depois em Brasília, sinto saudades desse tempo. Acho que o trabalho do ano legislativo era muito mais produtivo.

Trabalhei individualmente nas bases da minha região. Converso com muitos colegas que trabalharam individualmente, mas, aqui, dentro desta Casa, acho que deixamos a desejar. “Deputado, está dando tiro no pé? Está falando de si”. Não. Não podemos ser hipócritas. Eu conversava agora com a Deputada Heroilma e ela me disse: “Deputado, eu não sei quantos anos o senhor tem. Eu já tenho 53 anos.” Eu disse: “Eu tenho 50 e 16 anos da minha vida vivo aqui dentro. Trabalho no legislativo, como deputado. Tenho oito anos aqui, quatro em Brasília e vou completar aqui mais um mandato”. Quer dizer 14 para 15 anos, dedicado, trabalhando. Mas confesso que este ano tivemos aqui um ano parado, ano que não discutimos mesmo a questão que o povo do nosso Estado precisa.

Tem muita coisa aqui que poderíamos contribuir mais. Poderíamos contribuir com o governador, com o governo, ações que o governo faz. Poderíamos participar mais, mas não há esse consenso aqui porque, como alguns colocaram aqui, há uma forma esmagadora que não dá nem tempo de se discutir nada e tudo vai por acordo, as coisas vão andando e acabamos a desejar em muitas situações que poderíamos contribuir mais.

Fico triste em falar isso porque gostaria de produzir, de dizer aos nossos eleitores, ao povo de São Paulo: “Olha, a Assembleia Legislativa contribuiu isso para segurança pública”. Não adianta vir aqui e só falar. Isto aqui é um instrumento maravilhoso porque venho aqui e falo o que eu quero, o que penso. Mas não adianta só falar. Não adianta também querer fazer algo sozinho porque uma andorinha só não faz o verão. Acho que tem que haver uma participação mais unificada nesta Casa dos Srs. Líderes, dos Srs. Parlamentares, discutir mais as questões que estão em relevância, a questão da segurança pública, da saúde e outras importantes. Enfim, acho que podemos contribuir muito se unirmos forças, unirmos numa questão que não venha atender apenas a região “a” ou “b”, para aquele que tem mais poder, mais força, mais acesso dentro do governo ou partidariamente falando. Aí, sim, poderíamos vir aqui e dizer: “Olha, contribuímos para isso, para aquilo”. Fora isso, não podemos dizer que fizemos muita coisa.

Sinto dizer, mas esta Casa deixou a desejar um pouco. Mas vamos olhar para frente. Não podemos amolecer, temos muito trabalho a ser feito. Tenho certeza que este pequeno discurso pode atingir o coração de alguém, dos Srs. Deputados e haver um consenso maior nas coisas prioritárias porque têm muitas coisas que se fazem aqui que não vai mudar nada na vida e no cotidiano do nosso povo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esgotado o tempo do Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra, por permuta de tempo com o nobre Deputado Alex Manente, o nobre Deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, assessoria, telespectadores da TV Assembleia, assomo a esta tribuna para me despedir desta Casa com muita tristeza porque aqui tive grandes momentos de muita luta, de muito trabalho e de muitas conquistas para o Estado de São Paulo junto com os senhores, sobretudo para a minha região de Marília, Alta Paulista, cidades pequenas, cidades agrícolas.

Foi uma luta de três mandatos, como deputado estadual, que muito me honrou, que muito dignificou a minha vida, mas, sobretudo, que muito serviu para atender a população e as expectativas do povo que aqui me mandou.

Ao mesmo tempo que eu deixo esta Casa com tristeza, recebo com muita alegria o chamado do meu povo, da minha cidade, Marília, cidade que amo, cidade onde nasci e cresci.

Dizia o Senador Mão Santa que a nossa pátria começa no nosso chão e o meu chão, Deputado Welson Gasparini, ex-Prefeito de Ribeirão Preto, é a minha Marília e região. Portanto, recebo com muita alegria o chamado da minha terra para assumir a prefeitura daquela cidade. Assumi democraticamente vencendo nas urnas, aliás, agradeço o povo da minha cidade pela expressiva votação que tive e por isso estou me despedindo dos senhores hoje.

Com tristeza despeço-me deste Parlamento, mas com alegria e entusiasmo falo da minha vontade em enfrentar este novo desafio na minha vida pública, que iniciei aos 21 anos de idade ao assumir pela primeira vez uma cadeira aqui na Assembleia Legislativa; uma vida que me deu oportunidade de conhecer as pessoas mais simples, as pessoas mais humildes, sobretudo, as mais humildes, que se socorrem do político, que vêm à presença do Estado buscar as melhorias para o dia a dia da sua vida.

Aprendi nestes três mandatos a respeitar o povo, a entender suas dificuldades, percebi a responsabilidade que deve ter um homem público.

Tenho orgulho da companhia de Deputados como Roberto Massafera, Ed Thomas, Jooji Hato, Major Olímpio, Ana do Carmo, Isac Reis. Quero dizer da alegria das amizades que construí nesta Casa. Só tenho a agradecer a experiência que adquiri com cada um dos senhores, com cada história de vida que encontrei aqui.

É com dor no coração que vou embora e não sei quando volto porque o nosso destino não é pautado pela vontade própria, mas pelos desígnios do povo, pela soberania do voto popular. Vou embora com este aperto no coração porque sei da importância que tem o Legislativo do Estado de São Paulo, sei o quanto podemos produzir neste Parlamento em prol da população, mas não posso deixar de reiterar a minha felicidade em assumir uma nova missão em nome do povo, que é tão importante quanto o mandato que desempenhei nesta Casa.

Não posso deixar de agradecer também toda a minha região, cidades menores que sempre colaboraram para que eu me elegesse com uma expressiva votação.

Quero continuar a servi-las na cidade de Marília ajudando no progresso, no desenvolvimento, no nosso hospital regional, ajudando na nossa economia para que isso se reflita por todo o Oeste do Estado de São Paulo, cidades menores que juntas crescem numa única só região.

Agradeço a todos os funcionários da Casa, às assessorias pela cordialidade, carinho, amizade, gentileza e respeito que tiveram para comigo durante todos estes três mandatos. Deixo aqui os meus cumprimentos.

À equipe que trabalhou comigo no gabinete fica aqui o meu agradecimento pela compreensão, apoio nas horas difíceis e pelos momentos de alegria que passamos juntos.

O mandato parlamentar é a construção de uma equipe, é um time que trabalha em conjunto e deixo aqui meu abraço a todos da equipe por terem me ajudado a tocar este mandato como deputado estadual e ao povo do Estado de São Paulo, pelo carinho. Dei de mim o máximo do meu espírito público para ajudar o Estado, este Parlamento e o povo com bons projetos de lei, com grandes debates, debates históricos. Tudo isso me deu condições para ser um bom prefeito e compreender ainda mais a população.

Concedo um aparte com muito prazer ao grande prefeito de Ribeirão Preto, hoje Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Deputado Vinicius Camarinha, lamentaremos a ausência de V. Exa. nesta Casa como deputado estadual, mas temos certeza de que estará sempre presente nos auxiliando e participando ativamente dos destinos do Estado de São Paulo agora nessa missão tão importante que é a de ser prefeito. Vossa Excelência honrou e dignificou o Parlamento paulista e com muitos méritos é agora selecionado para o Executivo da sua cidade.

Que Deus abençoe o seu caminho, que lhe dê um caminho de luz, de paz, de saúde. Tenho certeza de que o caminho que vai trilhar será o do desenvolvimento e progresso social da sua querida Marília.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - Muito obrigado, Deputado Welson Gasparini. Ouço com prazer o Deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - Estou feliz, como o Deputado Vinicius e agora Prefeito de Marília está. A gente que tem uma convivência mais próxima sabe do sofrimento, da dificuldade vivida. No tapetão, não. No voto, sim. Esta é a verdadeira democracia e o prefeito eleito que se despede desta Casa venceu os dois: venceu a Justiça, que tem de prevalecer sempre, e o respeito, que se deve ter pelo voto popular.

O seu mandato aqui é o mandato de rua, dos mais simples, dos mais humildes, é o mandato do seu pai Abelardo Camarinha e não se pode falar de Vinicius Camarinha sem falar em Abelardo Camarinha, que passou por esta Casa, foi deputado federal e um dos melhores prefeitos de Marília, se não o melhor. É uma superação. E como é uma marca do PSB ter os melhores prefeitos deste País, o mesmo teremos na cidade de Marília.

A gente sabe que tem muita coisa a se fazer, mas eu sei da sua capacidade. Sei mais: sei da sua fé, sei da sua vontade e o mais especial de tudo: era durante o período eleitoral encontrar pessoas de Marília e dizer ‘o menino é bom, o rapaz é do bem, ele tem um coração bom’ e o administrador não precisa de toda essa frieza que dizem devem ter. Ele deve ter a quentura no coração, ele tem de ser sensível aos problemas daqueles que menos tem e V. Exa. com certeza vai se superar.

Amigo Vinicius Camarinha, Deus lhe abençoe. Será o meu sempre líder. Teu aprendizado está guardado comigo e com certeza nos momentos mais difíceis estarei lá te aplaudindo. Um grande abraço. Vai com Deus.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - Obrigado companheiro Ed Thomas pelas palavras tão carinhosas. Concedo com prazer um aparte ao Líder do PPS Deputado Alex Manente.

 

O SR. ALEX MANENTE - PPS - Deputado Vinicius Camarinha, prefeito eleito, diplomado e que a partir de janeiro comandará a cidade de Marília.

É com tristeza de fato que perderemos a sua companhia. Ao longo destes três mandatos sua atuação foi brilhante, especialmente para com sua região. Com certeza é com muita alegria que a população de Marília o escolheu para administrar a cidade e não tenho dúvida alguma de que nos próximos quatros anos Marília caminhará para frente e V. Exa. conseguirá dar um novo patamar de qualidade de vida àquela população.

Então, quero desejar-lhe todo sucesso, que V. Exa. conte conosco, conte com o nosso partido, conte com a minha amizade particular, mas que também Deus possa te iluminar nesse caminho que V. Exa. trilhará e, certamente, a população reconhecerá, como já o fez nas urnas.

Por isso parabéns, felicidades. É com tristeza que nós perdemos a sua companhia, mas é com muita alegria que eu tenho certeza de que a população de Marília receberá muito mais qualidade de vida. Parabéns e que Deus o ilumine!

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Muito obrigado, companheiro e amigo, Deputado Alex Manente.

 

O SR. ROBERTO MASSAFERA - PSDB - ASSENTIMENTO DO ORADOR - Meu amigo. Deputado Vinícius Camarinha, dizem “a flecha lançada não volta mais”. Você brilhou aqui na nossa Casa, como Deputado Estadual, mas eu considero na sua vida, na sua existência, um aprendizado. Nesse aprendizado você já foi lançado para encargos maiores, porque ser prefeito de uma cidade como Marília, hoje, é um cargo maior para você. Você vai enfrentar o Tribunal de Contas, o Ministério Público, Vereadores e a Lei de Responsabilidade Fiscal, e vai ter que fazer, dentro de um orçamento com muitas necessidades, vai poder fazer só o possível. Essa é a opção do político: em optar e fazer o possível.

Mas você, jovem, brilhante, a prefeitura é um trampolim para que amanhã você seja conduzido a outras alturas. Sendo moço, bem comportado, ficha limpa, você amanhã será, certamente, nosso Deputado Federal, nosso senador, quem sabe nosso Governador. Enfim, o mundo está aberto para os seus objetivos.

Eu me lembro que morei em Marília em 1949. Quando fui ao grupo, em 1953, no primeiro ano, fazíamos o mapa do município de Marília e os municípios vizinhos e escrevíamos nesse mapa: “Marília, 25 anos de município; população: 20 mil habitantes.” Hoje, Marília está atingindo menos de cem anos, ainda, já é uma cidade que suplantou Araraquara, de onde tenho a minha origem, de onde fui prefeito, onde tenho experiência de falar até a dificuldade de que hoje temos de ser prefeito.

Mas hoje Marília é um polo regional, e você, como jovem, nós companheiros desta Casa, depositamos em você muita confiança, muita fé, de que você brilhe na sua gestão em Marília, honre a sua terra e que também seja um trampolim para voos maiores, pois tenho certeza de que nos próximos quarenta anos nós ainda ouviremos falar muito em Vinícius Camarinha. Parabéns e boa sorte.

 

O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nobre Deputado Vinícius Camarinha, eu quero, rapidamente, parabenizá-lo mais uma vez pela sua vitória, belíssima vitória em Marília, mostrando o seu prestígio, a sua ligação com a população e acima de tudo, desejar-lhe boa sorte. Mais do que nunca, nos dias de hoje, quem assume um cargo no Executivo, principalmente municipal, tem que ter boa sorte. Isso porque, infelizmente, com a judicialização da política, cada vez mais está ficando complicado o prefeito poder comandar um município pequeno, município médio principalmente. Desejo-lhe boa sorte. E colocamo-nos aqui à sua disposição.

Esse é um momento importante para você, só posso, nesse momento, desejar-lhe boa sorte e dar o nosso apoio.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Muito obrigado, nobre Deputado Mauro Bragato, pelas palavras carinhosas, pelo reconhecimento, pelo apoio e pela companhia aqui nesta Casa.

Sr. Presidente, agradeço à tolerância exagerada do tempo. Deixo aqui meu grande abraço. Agradeço a minha família e meus amigos pela compreensão, mas, sobretudo, agradeço a Deus por ter-me dado saúde, força e entusiasmo para continuar na vida pública, política, sem nenhum arrependimento. Em nenhum momento me arrependi de ingressar na vida pública, em nenhum momento. Tenho orgulho de ser político, orgulho de fazer a boa política e orgulho de continuar nessa trajetória, que muito me honra, mas, sobretudo muito honra, sem dúvida alguma, as pessoas que acreditaram no nosso nome.

Muito obrigado São Paulo, muito obrigado Assembleia Legislativa e até uma próxima oportunidade, se Deus quiser.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Caríssimo Deputado Vinícius Camarinha, parabéns pela sua coragem, pela sua luta e pelo entusiasmo de ir a Marília e administrar agora aquela bela cidade na Alta Paulista, onde todos nós temos lá grandes amigos. Mas V. Exa. é uma estrela que saiu de Marília e veio para São Paulo e brilhou aqui no Estado e irradiou essa sabedoria com apenas 21 anos de idade. Imagina agora, V. Exa. com 30 anos de idade, administrando aquela grande cidade, a região de Marília? Vossa Excelência tem um grande futuro. Por isso, em nome de todos os Deputados desta Casa, em nome da Assembleia Legislativa, nós desejamos muito êxito na sua administração, nesse novo desafio. Parabéns de coração. Que V. Exa. tenha um belíssimo mandato. Muito obrigado.

Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência solicita um minuto ao nobre Deputado Olímpio Gomes, para dizer que fez questão de estar aqui também para cumprimentar esse jovem e talentoso Deputado, que será, sem dúvida alguma, se Deus quiser, um jovem talentoso e brilhante prefeito de Marília.

Eu sou suspeito para falar de Vinícius Camarinha, porque desde que aqui cheguei aprendi a admirá-lo, respeitá-lo e fiz com ele uma relação de amizade. Já era amigo do senhor seu pai, Abelardo Camarinha, fui colega dele nesta Casa, admirador do Abelardo Camarinha e estabeleci com o Vinícius uma relação, não sei se de pai e filho, ou de irmão, mas, muito mais do que simplesmente colega.

Aconselhei às vezes, fui aconselhado outras tantas, e aprendi, realmente, que o Vinícius Camarinha é um vocacionado para a política, vocacionado para a coisa pública.

E é por isso, Vinícius Camarinha, que não tenho a menor sombra de dúvida de que você será um grande prefeito de Marília. Você nasceu e cresceu num ambiente voltado para as causas populares e para as coisas públicas. Por isso você vai ser um prefeito que vai cuidar dos mais pobres, vai cuidar da democracia, da transparência, e vai fazer tudo aquilo que tanta gente prega, mas que muito pouca gente faz. Deus te abençoe.

Nós sentimos a perda de um amigo tão agradável, bacana, tão companheiro quanto você. O convívio fica empobrecido sem a sua presença, mas ficamos alegres por vermos um jovem como você, não desanimou diante de tanta razão para desanimar, persistiu, lutou, venceu brilhantemente na voz das urnas, e vai continuar vencendo na Justiça e vai ser um grande prefeito. Deus te abençoe!

Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, antes do tema que venho abordar nesse Grande Expediente, gostaria até então, Deputado Vinícius Camarinha, e a partir do dia 1º, Prefeito de Marília, acredito que ainda um dos mais jovens prefeitos da história de Marília. Não sei se teve mais novo, teve três mandatos, mas ainda é extremamente jovem. Quero dizer da satisfação de saber que V. Exa. venceu nas urnas, e venceu numa afronta à Justiça que nós estávamos assistindo.

Muitas vezes se diz que decisão judicial não se discute, se cumpre. Mas cada vez mais, e principalmente em relação à Justiça Eleitoral, nós temos assistido a algumas circunstâncias em que o papel da Justiça precisa ser revisto. Mas no vosso caso, a própria justiça já se encarregou de dar o caminho certo. Quanto ao seu destino, não tenho dúvida de que ele será brilhante, porque assim tem sido ao longo da sua carreira. Boa sorte, e que Deus lhe ajude! Marília merece.

Não posso deixar de dizer também da satisfação de ver aqui o futuro Prefeito Pedro Bigardi, que graças a Deus só teve que enfrentar as urnas. E já foi mais do que suficiente. Aprendi muito com a sua forma de trabalhar, com a sua gentileza, com o seu conhecimento, e tenho certeza que será o gestor que Jundiaí quer, espera, merece e que terá. Conte sempre com o nosso apoio.

Venho aqui neste Grande Expediente para manifestar a minha preocupação em relação à Segurança Pública no Estado de São Paulo, não partidarizando, não levando para uma questão ideológica, mas principalmente em relação ao que está acontecendo com os nossos policiais.

As estatísticas mostram que no Estado de São Paulo se atingiu até 2011, graças a Deus, uma redução bastante significativa no número de homicídios, com menos de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Em algumas regiões no Estado de São Paulo estamos com 6,7 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.

Mas me preocupa demais a situação do efetivo policial - e voltando à questão de ter vindo hoje tristemente no Pequeno Expediente anunciar a morte do 102º policial militar no dia de ontem, na Baixada Santista -, que tendo mais de 100 mil policiais, tivemos até agora 102 homicídios no ano.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

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Se as estatísticas mostram que para cada 100 mil habitantes nós temos menos que 10 homicídios, saímos da condição endêmica em relação aos homicídios - como estabeleceu a própria ONU: menos de 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Em relação à força policial nós temos 100 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes - dez vezes mais. No universo de 100 mil policiais, 102 são executados num ano. Terrível isso. Requer reflexão, mudança comportamental, tomada de verdadeiras atitudes, não só no aspecto da gestão da polícia, mas da justiça, da alteração da legislação, da conduta da sociedade. Mas são necessárias mudanças de atitudes.

Trago essa comparação, que pode parecer absurda, mas é verdadeira. A cada 100 mil habitantes no Estado de São Paulo, ocorrem 10 mortes. Para cada 100 mil policiais no Estado de São Paulo, dados concretos: 102 mortes, 102 execuções. Dez vezes mais perigoso para qualquer cidadão no Estado de São Paulo é ser policial no Estado de São Paulo, ativo ou inativo. Vinte desses 102 policiais militares já estavam na inatividade e foram executados por serem policiais.

Por isso que trago essa reflexão, essa preocupação, que deve ser uma preocupação desta Casa. Esta Casa não pode aceitar ter convidado o Secretário de Assuntos Penitenciários para estar aqui hoje e de última hora ele dizer que não podia comparecer, quando a Constituição, que foi alterada por esta Casa, determina o comparecimento. Quando nós convidamos o Secretário da Segurança, o mesmo disse não ter agenda. Não tem agenda para prestar contas à Assembleia. Está desmerecendo a Assembleia. Mas a Assembleia representa o povo. Então não tem agenda para prestar contas ao povo.

Enquanto isso, eu trago dados irrefutáveis: para cada grupo de 100 mil policiais, 100 execuções. Não temos um cenário desses em nenhum país hoje em conflito interno, em guerra civil ou em guerras externas. Não há uma estatística tão nefasta.

E nós estamos prestes a virar o ano ainda com as questões de redução de salários da Polícia Militar não resolvidas. E também com a questão do pagamento do nível universitário a escrivães e investigadores não resolvida. Especulou-se através de fontes oficiais e oficiosas que o Governo irá mandar pagar por decreto a incorporação do Adicional de Local de Exercício, passando a ser um padrão único: 50% no padrão, 50 no RTP. Mas também se passou às associações e aos comandos das polícias civil e militar que isso é uma coisa que está para acontecer até o Natal. Só poderá ser feita por decreto mesmo. Na Assembleia Legislativa não há mais tempo hábil para isso. Amanhã entraremos em recesso. Não importa se será por decreto, desde que se pague, que se tire um pouco desse amargor. Mas que o pagamento dessa incorporação do adicional não esteja comprometendo o reajuste salarial que está acordado para 2013.

Quando tivemos o último reajuste salarial ficou acordado que teríamos um reajuste de 11% no padrão em 2011, 15% em 2011, a partir de agosto de 2012, 11%, para se rediscutir novos índices em 2013 em diante. Espero que haja sensibilidade pública e que possamos também avançar nessa área de recuperação da dignidade financeira e das carreiras e da motivação dos policias.

Mas, por enquanto, Srs. Deputados e população, se estão matando 10 pessoas para cada 100 mil pessoas no Estado de São Paulo, para cada grupo de 100 mil policiais se mata hoje 100 policiais. Dez vezes mais arriscado ser policial no Estado de São Paulo do que ser um cidadão de bem. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. GILMACI SANTOS - PRB - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu também não poderia deixar de vir aqui neste momento para trazer o nosso abraço ao nosso amigo e companheiro Deputado Vinícius Camarinha, que no seu discurso de despedida emocionou a todos. Dizer também da nossa tristeza de saber que V. Exa. está nos deixando, mas da alegria por saber que está indo assumir o comando da Cidade de Marília. E parabéns pela vitória que V. Exa. teve na Justiça.

Tenho certeza de que Marília estará em boas mãos, nas mãos de uma pessoa querida por aquela população. Sou testemunha disso, Sr. Presidente. Na campanha passada tive a oportunidade de caminhar por Marília com o então candidato Vinícius. Na oportunidade, ele até apresentou a melhor esfiha do Estado de São Paulo, na Rua São Luís, e víamos ali o carinho das pessoas pelo Deputado.

O Deputado Vinícius Camarinha realmente pensa no povo, pensa em fazer o melhor por aquela cidade.

Parabéns a Marília por ter escolhido Vinícius Camarinha para prefeito. Vossa Excelência vai deixar saudade, mas essa saudade vai ser para o bem, porque o povo de Marília merece e precisa de Vossa Excelência. Que Deus abençoe V. Exa. e seu mandato em 2013.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Concordamos com tudo o que o nobre Deputado Gilmaci falou, mas quanto à esfiha, há um empate com a esfiha de Presidente Prudente, na Lanchonete Tio Patinhas, no calçadão. O Deputado Vinícius sabe disso.

Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, por permuta com o nobre Deputado André Soares.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, quero dizer ao Deputado Vinícius Camarinha que a voz do povo é a voz de Deus, e o povo escolheu e isso prevaleceu, inclusive nas ações movidas contra Vossa Excelência. Mas V. Exa. teve pleno êxito e vai governar aquela linda cidade, na região dos meus pais. Meus irmãos nasceram em Marília, Vera Cruz. Eu nasci em Pacaembu, uma cidade próxima a Presidente Prudente. Falo ao Deputado Ed Thomas que Presidente Prudente pertence à Grande Pacaembu.

Em primeiro lugar, quero agradecer o nobre Deputado André Soares pela permuta do tempo. Hoje quero falar sobre algo que me atormenta, que me traz uma agonia muito grande, o episódio acontecido no leste dos Estados Unidos, no estado de Connecticut, na cidade de Newtown, o massacre na escola. Vimos o homem mais poderoso do mundo, Barack Obama, chorando e dizendo que tem que tomar providências imediatamente em relação à venda de armas.

 

O SR. CHICO SARDELLI - PV - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Vossa Excelência tem sido um brilhante parlamentar nesta Casa, defensor da segurança pública, do projeto da proibição do garupa, que aliás é inteligentíssimo. Com certeza hoje com esse projeto, pelo menos emergencialmente sendo aprovado, a situação da insegurança pública seria melhor. Conte com meu apoio.

Mas pedi um aparte porque ouvi V. Exa. falar sobre a nossa querida Marília. Não sei o ano de nascimento do futuro prefeito de Marília, mas nos idos de 80 eu ia como atleta àquela cidade. Em 89 e 90, eu ia como Presidente do Rio Branco Esporte Clube, jogando contra o Marília. Aliás, naquela oportunidade subiram quatro clubes: o Rio Branco de Americana, São Carlense, Marília e Olímpia. Essa cidade nos traz grandes recordações positivas.

Gostaria de desejar a esse grande Deputado, Vinícius Camarinha, felicidade no comando da cidade. Sei da sua competência, do seu amor à cidade e ao povo maravilhoso que lá vive. Conte com a nossa torcida, as nossas orações para que o povo de Marília seja tão bem representado por Vossa Excelência. Sinto-me feliz por ser seu amigo, companheiro de Parlamento Paulista, sabendo que V. Exa. terá uma missão nobre, que será administrar essa belíssima cidade. Que Deus o abençoe.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Parabéns Deputado Chico Sardelli, que sempre se preocupa com o esporte, nosso grande Presidente da Comissão de Esportes.

 

O SR. RODRIGO MORAES - PSC - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Agradeço ao Deputado Jooji Hato pelo aparte. Não poderia deixar de cumprimentá-lo. Estive na Sala São Paulo há instantes, onde pude ver a diplomação de seu filho, jovem como eu, Camarinha, também representando agora a Cidade de São Paulo. Parabéns pelo filho; sabemos da luta e do trabalho que ele faz.

Mas queria também mencionar o trabalho que o Deputado Camarinha tem feito nesta Casa há três legislaturas. Reconheço que vou sentir falta de V. Exa. nesta Casa, uma pessoa trabalhadora, vice-líder do Governo. Já precisei de seu conselho em relação a alguns embates e V. Exa. sempre esteve à disposição para me orientar. Gostaria, portanto de cumprimentá-lo e agradecê-lo por isso, pela sua humildade, eu que conheço seu pai, que está em Brasília com meu pai, pessoas de bem. A Justiça reconheceu um direito que o povo lhe deu. As urnas em Marília deram esse direito a V. Exa. para que exercesse o mandato como prefeito. Boa sorte, que Deus o abençoe e que V. Exa. faça um grande mandato. Pode contar com este jovem Deputado, que se espelha em V. Exa. para poder desenvolver nesta Casa um grande trabalho como V. Exa. desenvolveu. Muito obrigado.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Quero fazer um pedido ao nobre Deputado Vinícius Camarinha: já que V. Exa. vai ocupar a prefeitura, não vou pedir que haja lá a Lei da Moto sem Garupa, porque Marília é uma cidade pacata. Aqui em São Paulo tivemos, numa sexta-feira, o assassinato de dez pessoas, como o de um casal na Avenida dos Bandeirantes, às 20 horas, que vinham do litoral e iam para Itu. Eles assassinaram o casal e já no chão os assassinos voltaram, tamanha a ousadia, porque estão escondidos atrás do capacete, que é uma máscara, num veículo que é muito rápido, que é a moto - deram três tiros no casal para terminar o serviço. Infelizmente é assim. A Cidade de São Paulo convive com essa violência, como em outras cidades grandes, mas Marília não, porque é uma cidade pequena.

Então, não quero pedir que apliquem a lei da moto sem garupa na região de Marília, mas gostaria de pedir o controle da bebida alcoólica. Porque eu fiz a Lei Seca, lei que controla a bebida alcoólica, a lei que ajuda a controlar o crack e outras drogas, porque como membro da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, junto com o Deputado Donisete Braga e outros Deputados, nós tivemos uma pesquisa em que 299 cidades aderiram, entre as quais Marília, sendo que 67% dos usuários são menores, jovens e adolescentes.

Por isso esse grande pilar que sustenta a violência, exatamente da bebida alcoólica e drogas, é um pilar que tem que ser controlado, e V. Exa. como prefeito vai certamente fazer esse controle em Marília e região, que irá diminuir a violência - inclusive o trânsito -, a desagregação familiar e conter essa juventude que está indo por caminhos que não interessam, através da bebida alcoólica e das drogas como crack e o oxi, que é o último degrau dessa escala tão nociva das drogas. Quero, portanto, pedir atenção especial para esse projeto.

Enquanto prefeito, V. Exa. poderia atuar também com fazendo uma força-tarefa, com a PM, as Guardas Municipais e a Polícia Federal, lá em Marília e fazer a blitz do desarmamento. Tirar essas armas ilegais, armas roubadas, com numeração raspada que matam. E que não estão em mãos do cidadão de bem, mas estão nas mãos de cidadãos que estão no mundo do crime. Portanto, estão em mãos de marginais, e tirar as armas das mãos desses marginais será fundamental.

Quero desejar uma feliz gestão, muita saúde para que V. Exa. governe aquela cidade, a qual temos um carinho especial.

 

O SR. GILSON DE SOUZA - DEM - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Muito obrigado pelo aparte, Deputado, pois quero deixar aqui uma palavra amiga ao Deputado Vinícius Camarinha e desejar muita sorte na administração. Nós sabemos da sua competência e que pode, e vai, ajudar a cidade. V. Exa.também vai poder contar com os amigos que tem aqui na Casa, que são muitos, porque um governo só cresce assim, através de relacionamentos e amizades. A cidade de Marília está de parabéns porque realmente escolheu o prefeito certo na hora certa.

Então, eu quero aqui parabenizar a cidade, desejar sucesso na vossa administração e dizer que como amigo, não de agora, mas de alguns mandatos ao seu lado nesta Casa, o que eu pude trazer, da minha querida Franca, foi um sapato de couro de carneiro para abençoar a sua administração. Desejo que faça bom uso desse sapato e que visite bem as residências de Marília, indo aos bairros com este sapato e pode gastar mesmo a sola dele que depois nós mandaremos outro para V. Exa. fazer um bom governo.

Eu também mandei um sapato como este, de couro de carneiro ‘abençoado’, ao Paulinho, para que ele possa fazer seu mandato na cidade de Santos e seja também bem abençoado.

Quero desejar de coração, aos dois novos prefeitos, um governo de muita realização. Eles são jovens e já estão no Executivo, gerenciando e comandando, de um município. Isso é muito importante.

Parabéns Paulinho, parabéns Camarinha e parabéns a todos os prefeitos do Estado de São Paulo, principalmente aos sete companheiros desta Casa, que foram eleitos neste pleito. Isso é gratificante. É um sinal de que nós temos o reconhecimento da comunidade, o que é muito importante. Parabéns a todos.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Quero agradecer a condescendência de V. Exa. pelo tempo e, mais uma vez, parabenizar aqui o nosso futuro prefeito Vinícius Camarinha e ao futuro prefeito da cidade de Santos, Paulo Barbosa. Que tenham muito sucesso e que Deus abençoe cada um de vocês. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Agradecemos ao Deputado Jooji Hato. Há uma permuta entre o nobre Deputado Orlando Morando e o nobre Deputado Welson Gasparini, o sempre prefeito da cidade de Ribeirão, um dos grandes políticos desse País.

Há alguns minutos tivemos a oportunidade de falar da nossa admiração e do nosso respeito por esse político digno, o Deputado Welson Gasparini. Aqui ficam o meu respeito e a minha sempre admiração a V. Exa. que é um exemplo a ser seguido.

Tem a palavra, portanto, o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas: se fosse possível, eu gostaria de falar com a Presidente Dilma; se ela pudesse estar ouvindo as minhas palavras,  neste instante, eu gostaria de sugerir-lhe  trazer de volta os soldados brasileiros  ainda no Haiti para ajudar na segurança interna do nosso Brasil.

É um absurdo, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós termos uma participação brasileira na missão de estabilização das Nações Unidas para o Haiti desde o ano de 2004. O Brasil, na época do Governo Lula, queria um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e se prontificou a ajudar enviando soldados para o Haiti visando estabilizar aquele país então sofrendo problemas muito sérios de indisciplina por parte da população e de governantes ditatoriais.

A ONU realmente precisou interferir, mas acontece que a intervenção, Sr. Presidente, estimada em seis meses, já dura oito anos. Ou seja: há oito anos nós temos soldados brasileiros no Haiti, ajudando a botar ordem naquele país. A previsão é que isso não acabe antes de 2015, indo até as próximas eleições presidenciais no Haiti.

Para se ter uma ideia da gravidade dessa situação o Brasil tem, lá, 1.897 militares. Vejam, como é impressionante: nós, um país pobre - falam que nós somos hoje uma das maiores potências do mundo, mas na realidade nós ainda temos uma população pobre -   nos damos ao luxo de mandar para o Haiti 1.897 militares para ajudar a botar segurança naquele país como se nós tivéssemos segurança suficiente aqui no Brasil.

Outro dado muito importante: quanto o Brasil já gastou mantendo esses 1.897 militares lá no Haiti? Quase dois bilhões de reais. Poxa, com esse dinheiro dava para construir hospitais e escolas aqui no Brasil. Dava para fazer muita coisa mesmo mas, principalmente, esses quase dois mil militares lá no Haiti poderiam estar ajudando na Segurança Nacional, hoje uma calamidade. Há violência em todos os estados, em todas as capitais e em quase todas as cidades.

Então, não é o Haiti quem está precisando do Exército brasileiro, ajudando na segurança da Nação: é o Brasil, somos nós! E poderíamos economizar essa verdadeira fortuna de quase dois bilhões de reais gastos pelo Brasil até agora mantendo 1.897 militares nessa missão de estabilização das Nações Unidas.

Onde estão os países ricos? Eles é que deveriam mandar militares e o mais necessário para colocar a ordem lá no Haiti mas, principalmente, porque a população do Haiti também é uma população miserável, muito pobre, muito humilde. Mande para lá, além de soldados para colocar a ordem também, principalmente, professores para as escolas. Mande ainda médicos, dentistas, enfermeiros. Disso é que um país pobre precisa.

Falo na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo mas, espero,  que estas palavras possam ser ouvidas por pessoas com influência no Governo Federal. Já há mais de oito anos estamos gastando fortunas com quase dois mil soldados no Haiti. Presidente Dilma, traga essa gente de volta para o Brasil e deixe esse problema do Haiti para os países ricos. Eles que mandem para lá todos os recursos necessários para podermos efetivamente cuidar dos problemas do nosso Brasil.

Vejo aqui uma notícia, dando sequência ao que estou falando. “Resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - Enade acabam de ser divulgados. Má qualidade do Ensino Superior brasileiro. Segundo avaliação, um terço das 2.136 Faculdades, centros universitários e Universidades avaliadas pelo MEC obtiveram notas um ou dois.” Aqui não falam nem do zero, mas houve quem tirou zero.

É o que está acontecendo com o ensino no Brasil! . E o IBGE já divulgou também uma estatística mostrando: quase metade da população brasileira não tem sequer o Ensino Fundamental. Essa é a nossa realidade, escondida por muitos governantes.

Sr. Presidente, somos um país pobre;  um país de, em grande parte, analfabetos. Precisamos de escolas, de hospitais. E é nesse sentido que as verbas devem ser colocadas nos orçamentos e aplicadas pelos nossos governantes. Mas, infelizmente, temos de cuidar do Haiti, de mandar dois bilhões de reais para um outro país quando a nação brasileira e nossos governantes não têm dinheiro para atender as emergências nacionais.

Faço este apelo neste instante. Vamos esquecer a cadeira no Conselho de Segurança. Que vaidade é essa de querer ter assento junto com as grandes potências, os países riquíssimos? Só por causa disso, vamos demonstrar sermos potentes e podermos mandar quase dois mil soldados para ajudar um país pobre quando, aqui, já convivemos com uma pobreza enorme? Vamos cuidar primeiro, portanto, dos nossos pobres, das nossas escolas, dos nossos hospitais. O triste, em tudo isso, é que me faz lembrar a célebre frase de Luther King: onde estão os bons? Por que não há reação neste País? Tudo isso que estamos falando aqui são coisas públicas.

Dias atrás, outra questão brasileira de grande significado: a roubalheira continua. Manchetes garrafais nos jornais. Milhões ou bilhões de reais sendo desviados do dinheiro público, da Educação, da Saúde, para os bolsos de espertalhões. Sai a notícia, e o que acontece? Nada, Sr. Presidente. Saíram as condenações no processo do mensalão. Vamos ver efetivamente quanta gente vai para a cadeia.

Tivemos líderes neste País com a desfaçatez de defender quem roubou e já foi condenado pelo STF. Ora, mas é possível uma coisa dessa: a pessoa ser condenada à prisão e achar que pode ser Deputado Federal, ficar lá com a sua cadeira? Vai dormir de noite no presídio e de dia ser deputado?

São essas coisas que nos deixam horrorizados. Mas, infelizmente, a nação brasileira não está se revoltando contra esses absurdos. Parece que a gente chega à noite, liga o televisor para ver o noticiário, para saber o escândalo do dia: quanto é que roubaram hoje neste País? E no dia seguinte nós continuamos a nossa vida normal.

Então, é preciso uma reação muito grande. E vamos começar colocando os orçamentos dos governos em dia, usando o dinheiro público para o prioritário, o realmente necessário para o nosso país. É o apelo que faço.

 

O SR. ISAC REIS - PT - Sr. Presidente, por cessão, usarei o tempo do Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Isac Reis, pelo tempo restante do Grande Expediente.

 

O SR. ISAC REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, assessoria legislativa, telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna para abordar outros temas.

Ouvi alguns comentários, e não posso concordar em hipótese alguma. Quero dizer, com letras garrafais, Dilma, dobre o número de brasileiros no Haiti, porque a fome e a miséria não podem ter cerca. Isso é típico das pessoas individualistas, que levaram o Brasil ao buraco.

Foi dito aqui, só não foi dito o nome, mas sugeriram, pessoas que estão sendo julgadas na Justiça, a mesma Justiça que encobriu os “sete anões do orçamento” não tem moral para julgar João Paulo e José Dirceu. A mesma Justiça que jogou para o tapete o golpe do TRE, bancado pelo PSDB, não tem moral para julgar José Genoíno. A mesma Justiça que não disse nada pela privatização da Vale do Rio Doce, que foi o maior roubo da história do Brasil, não tem moral para falar de João Paulo, José Dirceu e de Genoíno.

Sabemos que estão judicializando a política. Por quê? Porque na política eles estão percebendo que a cada eleição o PT cresce. A cada eleição aqueles que são nossos algozes hoje estão diminuindo suas bancadas, então têm que pegar pela Justiça. E essa Justiça, que julga o João Paulo por 50 mil, não julga o Sr. Azeredo, Presidente nacional do PSDB, por 16 milhões.

É um peso e duas medidas. Têm que parar o crescimento do PT a qualquer custo. Mas nós sabíamos que isso ia acontecer. Nós sabíamos que pela nossa força e pela nossa garra nós íamos chegar ao poder. Sabíamos que mais difícil que chegar ao poder seria dar sustentação ao nosso Governo, porque a discriminação seria muito grande.

Não vou generalizar e falar que é toda a elite, mas uma parte da elite não admite ver o pobre andando de avião. Uma parte da elite, aqueles que se perpetuaram no poder, aqueles que se locupletaram no regime militar não conseguem entender e ver o filho de um trabalhador estudando numa Faculdade de graça, sendo os doutores de amanhã, usando o mesmo espaço que o filho dele está usando.

É esse o pano de fundo que está colocado por quatro eleições seguidas. O plano de governo, principalmente do PSDB e do DEM é esse, é falar do mensalão. Em 2006 já vieram com essa história. Lula foi reeleito, e dobramos a nossa bancada de Deputados. Na eleição municipal de 2008, qual o plano de governo deles? Falar do mensalão. Elegemos o maior número de vereadores e prefeitos na história do Brasil. Veio a eleição de 2010, e qual o plano de governo do PSDB? Falar do mensalão novamente. Elegemos a Dilma sucessora do Lula. Aumentamos nossa bancada. Aqui somos a maior bancada do Estado de São Paulo. E aqueles que sempre vivem atacando pedra estão diminuindo.

Eu acredito que nesta época em que o espírito solidário e a esperança estão no ar, precisa se rever as posições. Entender que estão erradas, mas estão em um caminho que tem a grandeza de mudar. Mas mudar radicalmente, ver qual é o plano de fundo, e não ficar usando artifícios para enganar a população como, por exemplo, dizer que estão combatendo a violência, como foi dito aqui não é trocando o Secretário e o comando da Polícia que vai resolver a violência, não.

O que vai resolver, Sr. Governador, é saber por que um policial ganha R$ 1.200,00 e um preso custa R$ 2.000,00 para este Estado, é essa a vergonha que ninguém tem coragem de dizer.

Srs. Deputados, para dizermos que estamos querendo moralizar, quando chegar a esta Casa uma Comissão Especial de Inquérito para apurar a corrupção, eu quero ver o voto de cada um, o voto do Deputado que usou esta tribuna agora há pouco para atacar companheiros do PT. Qual foi o voto dele quando pedimos uma Comissão para apurar o superfaturamento do Rodoanel? Foi contra! Não tem que apurar nada. Eu quero ver o voto quando perguntamos por que é cobrado o pedágio mais caro do Brasil? O voto qual foi? Foi contra! Não pode apurar nada. Queríamos uma Comissão para apurar por que o IPVA cobrado em São Paulo é o mais caro do Brasil? Qual foi o voto desse Deputado? Foi contra a Comissão! Não pode apurar nada.

É evidente que não aparece corrupção em lugar nenhum porque é tudo jogado debaixo do tapete.

Hoje, na Comissão de Fiscalização e Controle tem voto em separado. O Tribunal de Contas julgando as contas de 2011 do Governador fez várias indicações, inclusive de que não foi usada a verba na Educação. Foi dito no Tribunal de Contas que a verba devida não foi usada para a Educação, e qual foi o voto do relator? Favorável a posição dos deputados que fazem parte da situação. Claramente a Constituição está sendo jogada na lata do lixo. Demos o voto contrário, mas foi vencido.

Então, não aparece corrupção em lugar nenhum porque são todos blindados.

Para mim doa a quem doer, não interessa de que partido é, mas nós temos que ter a grandeza conosco, porque aqui nesta Casa os dois maiores trabalhos que um deputado tem é fiscalizar e legislar. Fiscalizar não deixam porque não aprovam uma Comissão Especial de Inquérito, e legislar, para se ter uma ideia, ontem foram aprovados 27 projetos dos deputados desta Casa , pode ter certeza que no começo do próximo ano chegam 28 vetos, já tem um veto para o próximo projeto que vier. Não temos o direito de legislar também.

Essa é a flecha lançada que falam tanto neste plenário. Palavra é igual flecha lançada, ele vota favorável ao projeto, mas quando vem o veto do Governador não tem coragem de derrubá-lo. Muito obrigado, Sr. Presidente, pela sua tolerância. Que Deus ilumine a cabeça de cada um de nós, e um feliz 2013 para todos!

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PMDB - Sr. Deputado Isac Reis, fica resguardado o seu tempo remanescente para o Grande Expediente.

Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Grande Expediente.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 40 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Welson Gasparini e suspende a sessão por 40 minutos. Antes, porém, peço permissão para dizer muito obrigado pelo projeto deste Deputado ter sido aprovado ontem. Dentre esses projetos, ele é um projeto simples que pede um ecocardiograma especial para as crianças com síndrome de Down. Não é um ecocardiograma que todos nós fazemos, é algo muito além disso, mas que não há acessibilidade e custa entre R$ 90,00 e R$120,00, a pessoa que não tiver realmente condições não vai fazer, e o exame sendo feito, com certeza a qualidade, a propensão e a expectativa de vida daqueles que têm a síndrome de Down será muito melhor.

Fica aqui o agradecimento deste Deputado a todos os Deputados.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 34 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 19 minutos, sob a Presidência do Sr. Ulysses Tassinari.

 

* * *

 

O Sr. Luiz Carlos Gondim - PPS - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 18 horas e 20 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Luiz Carlos Gondim e suspende a sessão até as 18 horas e 20 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 17 horas e 20 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos passar à Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. ULYSSES TASSINARI - PV - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a prorrogação dos trabalhos por mais uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis ao pedido de prorrogação por uma hora, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada a prorrogação solicitada pelo nobre Deputado Ulysses Tassinari.

Há sobre a mesa os seguintes requerimentos:

Solicitando regime de urgência para o Decreto Legislativo nº 10/12, que considera regulares e aprova as contas anuais apresentadas pelo Sr. Chefe do Poder Executivo, relativas ao Executivo Econômico Financeiro de 2011. Assinado pelo número regimental de Deputados.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 588/12, de autoria da Deputada Heroilma Soares Tavares. Assinado pelo nobre Deputado Campos Machado.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 269/12, de autoria do nobre Deputado Marcos Neves. Assinado pelo Deputado Carlos Cezar, Líder do PSB.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 235/12, solicitado pelo nobre Deputado Olímpio Gomes.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 566/12, de autoria do Deputado Itamar Borges, solicitado pela nobre Deputada Vanessa Damo.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 975/11, do nobre Deputado Aldo Demarchi.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 500/12, de autoria do nobre Deputado Marco Aurélio de Souza, assinado pelo Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de Resolução nº 35/09, de autoria do nobre Deputado José Zico Prado, assinado pelo nobre Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 162/12, de autoria do nobre Deputado Carlos Cezar. Assina o requerimento o Líder do PSB, Deputado Carlos Cezar.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 845/10, de autoria do nobre Deputado Fernando Capez. Assina o requerimento o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr..

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 564/11, de autoria do nobre Deputado Rogério Nogueira. Assina a requerimento o nobre Deputado Olímpio Gomes, Líder do PDT.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 12/12, de autoria do nobre Deputado Adriano Diogo. Assina o requerimento, o nobre Deputado Alencar Santana Braga, Líder do PT.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Requerimento de urgência para o Projeto de lei nº 617/12, de autoria do nobre Deputado Carlão Pignatari. Assina o requerimento o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr..

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a suspensão dos nossos trabalhos por uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É regimental o solicitado por Vossa Excelência. Antes de deferir o pedido de V. Exa., esta Presidência convoca reunião conjunta das comissões Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, no Salão Nobre da Presidência, às 18 horas e 45 minutos, com a finalidade de apreciar o PLC nº 40/12, e também a reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, para apreciar o Projeto de Resolução nº 12/12; Projeto de lei nº 295/12; Projeto de Resolução nº 35/09 e o Projeto de lei nº 269/12, a realizar-se também no Salão Nobre da Presidência, às 18 horas e 48 minutos.

Esta Presidência suspende os trabalhos por um minuto por conveniência da ordem.

 

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- Suspensa às 18 horas e 39 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 40 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência retifica o anúncio da reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, para o fim de excluir dessa reunião o Projeto de Resolução nº 12, de 2012, de autoria do nobre Deputado Adriano Diogo, que vai ser convocado para outras Comissões.

Esta Presidência faz as seguintes convocações:

Reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e Finanças, Orçamento e Planejamento para realizar-se hoje, às 18 horas e 50 minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 500, de 2012 e o Projeto de lei nº 150, de 2011.

Reunião Conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Defesa dos Direitos da Pessoa Humana para apreciar o Projeto de lei nº 588, de 2012, a realizar-se no Salão Nobre da Presidência, às 18 horas e 53 minutos.

Reunião Conjunta das Comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Finanças, Orçamento e Planejamento com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 923, de 2011, a realizar-se no Salão Nobre da Presidência, às 18 horas e 56 minutos.

Reunião extraordinária da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana para apreciar o Projeto de lei nº 235, de 2012, a realizar-se no Salão Nobre da Presidência, às 18 horas e 59 minutos.

Reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Meio Ambiente e Finanças, Orçamento e Planejamento para apreciar o Projeto de lei nº 617, de 2012, a realizar-se às 19 horas e dois minutos.

Reunião extraordinária da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a realizar-se hoje, às 19 horas e cinco minutos, com a finalidade de apreciar os Projetos de lei nº 845, de 2010 e 769, de 2011.

Reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a realizar-se hoje, às 19 horas e oito minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 566, de 2012.

Reunião conjunta das Comissões de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 11 minutos, para apreciar o Projeto de lei nº 975, de 2011.

Reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, para apreciar o Projeto de lei nº 116, de 2012, a realizar-se hoje, no Salão Nobre da Presidência, às 19 horas e 14 minutos.

Reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 19 horas e 17 minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 678, de 2012 e o Projeto de Resolução nº 12, de 2012.

Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, está suspensa a presente sessão por uma hora.

 

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- Suspensa às 18 horas e 44 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 50 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, às 20 horas e 30 minutos, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 60ª Sessão Extraordinária foi publicada no Diário Oficial no dia 20 de dezembro de 2012.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência convoca também uma Reunião Extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça e Redação, a realizar-se dois minutos após o término da presente sessão, no Salão Nobre da Presidência, para apreciar a seguinte matéria: Projeto de lei nº 154 de 2011, redação final, de autoria do nobre Deputado André Soares, que foi votado ontem.

Está suspensa a sessão por um minuto.

 

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- Suspensa às 19 horas e 54 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 56 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência vai suspender a sessão por um minuto

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 19 horas e 57 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 59 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência adita à ordem do Dia o Projeto de lei nº 589, de 2012, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para 2013, bem como o Projeto de Decreto legislativo nº 10, de 2012, que aprova as contas do Poder Executivo referentes ao exercício de 2011.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje e os aditamentos ora anunciados, lembrando-os que por determinação constitucional, dos Art. 26, Parágrafo Único, e 28, § 6º, combinados com o Art. 246, § 6º. da XIV Consolidação do Regimento Interno, constarão da Ordem do Dia apenas os projetos de autoria do Sr. Governador, com solicitação de urgência constitucional e os Projetos de lei vetados.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 20 horas.

 

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