18 DE JUNHO DE 2025
87ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GUILHERME CORTEZ, EDUARDO SUPLICY e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GUILHERME CORTEZ
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h09min. Cumprimenta o vereador Toninho Vespoli, líder do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo, e a vereadora Poliana Quirino, de Barra Bonita/SP, presentes no plenário.
2 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
5 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Endossa o pronunciamento do deputado Guilherme Cortez.
7 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PAULO MANSUR
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.
9 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Defere o pedido e suspende a sessão às 14h38min.
ORDEM DO DIA
10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h39min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.
11 - CARLOS CEZAR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 23/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão. Levanta a sessão às 16h40min.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Guilherme Cortez.
*
* *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito boa tarde a todos e a todas. Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o Expediente.
Mas antes de passar para a lista de
oradores do Pequeno Expediente, eu queria registrar as honrosas
presenças dos nossos vereadores do PSOL, Toninho Vespoli, que é o
líder da nossa bancada na Câmara Municipal, e Poliana Quirino, que
nos representa muito bem como vereadora na cidade de Barra Bonita, sejam muito
bem-vindos; os dois mandatos de vocês orgulham muito o nosso partido. (Palmas.)
E, passando para a lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, eu chamo o deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.)
Deputado Eduardo Suplicy. Seja
bem-vindo, deputado Suplicy, o senhor tem o tempo regimental de cinco minutos
para uso da tribuna.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Guilherme Cortez, prezados vereadores
que nos visitam; um companheiro de Plenário de tantas ações conjuntas e Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, hoje é o Dia do Refugiado.
O Dia Mundial
do Refugiado, celebrado em 20 de junho, é uma data promovida pela Organização das
Nações Unidas para reconhecer a resiliência e os direitos das pessoas forçadas
a deixar seus países por guerras, perseguições, violações graves de direitos
humanos. É também um momento para refletirmos sobre os compromissos do Brasil
com a proteção dessas pessoas.
O relatório
“Tendências Globais de Deslocamento Forçado em 2024”, publicado pelo Acnur, na
semana passada, informa que 123 milhões e 200 mil pessoas estavam deslocadas à
força ao final do ano passado, o que equivale a uma em cada 67 pessoas no mundo.
Conflitos em
países como Sudão, Gaza, Mianmar, Haiti, seguem impondo sofrimento e
instabilidade. O relatório revela uma tragédia humanitária que atinge
especialmente os mais vulneráveis. Quarenta por cento dos deslocados são
crianças e metade são mulheres e meninas, muitas expostas a riscos como tráfico
e exploração.
Além disso, 73%
dos refugiados são acolhidos em países de baixa e média renda. Esses dados nos
convocam a agir, e o Brasil tem responsabilidade neste debate. Temos uma
legislação reconhecida internacionalmente, a Lei da Migração, de 2017, e
participamos de tratados e convenções que estabelecem o dever de proteger quem
busca refúgio.
No entanto, é
preciso reconhecer que há uma distância entre o que diz a lei e o que acontece
na prática. A imagem do Brasil como um país acolhedor não resiste às denúncias
de racismo, xenofobia e omissão estatal. Pesquisas indicam que o acolhimento
depende da nacionalidade, cor e origem dos migrantes.
Pessoas negras,
especialmente de países africanos e caribenhos, enfrentam maior obstáculo na
entrada, regularização, acesso a direitos e oportunidades. Casos como o de
migrantes afegãos, que não conseguem o visto de acolhida humanitária, a morte
de Evans Osei Wusu, no Aeroporto de Guarulhos, demonstra falhas graves da nossa
política migratória.
É urgente
reconhecer também a violência institucional que atinge essa população. Lembro
aqui os casos de Ngange Mbaye, assassinado por um policial no Brás e de Talla
Mbaye, morto de forma suspeita após uma invasão policial em seu apartamento.
Essas mortes precisam ser apuradas com seriedade. Revelam um padrão de
tratamento seletivo e discriminatório que precisa ser enfrentado com políticas
públicas.
É
imprescindível, portanto, que avancemos na construção de políticas públicas
comprometidas com a dignidade humana e a igualdade de direitos.
Isso passa por
ampliar o acesso à regularização migratória, garantir o acesso a políticas
públicas e atendimento humanizado nos serviços públicos. É preciso enfrentar a
xenofobia e o racismo, inclusive quando presentes nas práticas institucionais.
Em pronunciamento, o Papa Francisco disse: “Em alguns países onde chegam, os
migrantes são vistos com alarme, com medo. Aparecem então os fantasmas dos
muros, muros na terra que separam as famílias e os muros no coração”.
O Brasil não
pode compactuar com as políticas de muros e barreiras que existem em diversos
países. Cabe a nós transformar a solidariedade em ação e o acolhimento em
política do Estado. E que isso seja válido também para russos e ucranianos,
israelenses e palestinos. É importante que mais e mais possamos acolher os
migrantes.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Obrigado,
deputado Suplicy. Seguindo na lista de oradores do Pequeno Expediente, chamo o
deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado
Paulo Fiorillo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) deputado Rafa
Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)
Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado
Reis.
O senhor tem o tempo regimental de
cinco minutos para uso da tribuna.
Seja bem-vindo, deputado.
O
SR. REIS - PT - Saudar o presidente, o deputado
Guilherme Cortez, o público presente, os funcionários desta Casa, saudar os
integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia
Técnico- Científica. Saudar também o vereador Toninho Vespoli, que se encontra
aqui acompanhado, talvez de outros vereadores, não sei.
Eu sei que ele,
com certeza, porque eu tive o privilégio de ser colega dele na Câmara Municipal
de São Paulo... Então, seja bem-vindo, deputado. Vereador, mas eu estou
profetizando. Vereador Toninho Vespoli. E também cumprimentar todos aqueles e
aquelas que estão nos acompanhando pela Rede Alesp.
Presidente
Guilherme Cortez, eu fiquei muito preocupado esta semana. Semana que passou, eu
recebi umas fotos, inclusive um vídeo, de uma formatura da Polícia Militar, que
aconteceu, me parece que lá na Cavalaria, uma solenidade de formatura.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Eduardo
Suplicy.
* * *
Inclusive,
eu vou pedir para o Machado, tem um vídeo, tem uma foto para ele colocar. Não
sei se Vossa Excelência está observando que a tropa em forma se formou sem o
fardamento, sem o devido fardamento. E chegou essa denúncia para mim, que eles
não tinham farda para se formar. Isso mostra, deputado Guilherme Cortez, o
abandono que o governador Tarcísio está promovendo nas forças de Segurança
Pública.
Tem um vídeo
também, olha o vídeo da formatura.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Nessa formatura,
a gente observa que eles estão com um uniforme, que é uma camiseta, uma calça
jeans, um tênis e uma boina. Na escola de soldados, eles chamam esse uniforme,
é o uniforme do bicho, eles chamam de “bichoforme”.
Só para deixar
registrado, deixar registrado aqui na Assembleia Legislativa, que nem
fardamento, coturno, o governador está comprando para os formandos, aqueles que
estão saindo da Escola de Soldados e que vão para as ruas fazer policiamento.
Essas reclamações, elas estão chegando o tempo todo.
Eu inclusive
fiz um requerimento de informação porque as reclamações são de que não há
fardamento, que os coturnos são insuficientes, que não há blusas de frio. Vejam
bem, nós estamos no inverno, nós estamos vivendo no inverno e não há sequer
blusas de frio; não foram compradas por essa gestão. Além da questão mais
falada aqui nesta tribuna, que foi a falta de coletes balísticos, de coletes
para proteger os policiais.
Até um tempo
atrás, deputado Suplicy, a gente tinha claro que o governador tinha abandonado
a Polícia Civil, que ele estava dando uma atenção a mais para a Polícia
Militar, mas agora, depois dessa formatura em que os policiais se formaram sem
fardamento, sem coturno, depois dessa grande quantidade de denúncias de falta
de coletes balísticos, está demonstrado que o governador também abandonou a
Polícia Militar. Sem contar os cinco por cento, que é vergonhoso, o reajuste de
cinco por cento.
Então, não há
viaturas em número necessário, não há fardamento, tanto é que está aí a prova
de que os policiais se formaram sem farda, usando o “bichoforme”, que é a
camiseta, a calça jeans, um tênis e uma boina. E há grandes reclamações com
falta de blusas de frio.
Então, é a
demonstração de que o governador realmente não está cuidando da Segurança Pública.
Não está cuidando da instituição Polícia Militar, não está cuidando da
instituição Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica e da Polícia Penal,
pela grande quantidade de denúncias que tem chegado aqui a esta Casa de Leis. E
cabe a nós torná-las públicas.
Obviamente, se
as pessoas trazem essas denúncias, a gente tem que mostrar aqui que aquele que
foi eleito para governar, para administrar, ele gosta muito de pedágios, de
privatizar, de vender, mas para governar, resolver as questões, principalmente
as questões de Segurança Pública - porque a violência está explodindo no estado
de São Paulo, explodindo na cidade de São Paulo, explodindo nas periferias -, o
Sr. Tarcísio de Freitas não está nem aí.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Reis.
Tem agora a palavra Emídio de
Souza. (Pausa.) Deputado Fábio Faria de
Sá. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.)
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado
Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Ferreira. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Atila
Jacomussi. (Pausa.)
Deputado Edson Giriboni. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela.
(Pausa.) Deputado Felipe Franco. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado
Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez.
Tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, deputado, meu querido amigo deputado
Eduardo Suplicy, servidores desta Casa, público que nos acompanha através da
galeria e da Rede Alesp, hoje estamos recebendo aqui as visitas mais do que
especiais de dois vereadores do meu partido que eu admiro muito: o vereador
Toninho Vespoli, que é o nosso líder da bancada do PSOL na Câmara Municipal
aqui de São Paulo, que tem exercido muito bem essa liderança.
O PSOL é o
partido mais combativo, que mais fiscaliza essa antigestão do Ricardo Nunes.
Ela está mancomunada com o Tarcísio para retirar os direitos do povo, para
piorar a qualidade de vida do povo aqui de São Paulo.
E a bancada do
PSOL é a mais combativa nessa resistência. Então, seja muito bem-vindo,
vereador Toninho. É um prazer recebê-lo aqui, e minha grande amiga Poliana
Quirino, vereadora do PSOL na cidade de Barra Bonita.
Agora eu sou
cidadão barra-bonitense, e a Poliana tem sido um grande orgulho para o nosso
partido e para toda a população da cidade. Ela que, em pouco tempo conseguiu
levar para Barra Bonita 2 milhões e meio de recurso de emendas parlamentares
através do nosso partido.
Isso porque
diziam para ela que, no PSOL, ela não ia se reeleger, que, no PSOL, ela não ia
conseguir fazer nada. E ela tem feito mais que todo mundo junto. Então é um
prazer tê-la aqui. Poliana, seja muito bem-vinda. Você sabe que aqui, na Assembleia
Legislativa, as portas estão sempre abertas para apoiar a cidade de Barra
Bonita.
Dito isso,
presidente, eu quero comentar o absurdo que foi aprovado ontem à noite no
Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados. Os deputados que dizem defender a
austeridade, a austeridade na hora do lombo do povo, ajuste fiscal, teto de
gastos, quando é para você não investir mais em serviço público, em política
pública voltada para o povo.
Agora, para
eles, sempre tem dinheiro sobrando. Então, na mesma tacada, na mesma noite, os
deputados federais do centrão e os bolsonaristas juntos, mancomunados,
aprovaram o aumento do fundão eleitoral, mas também o aumento da conta de luz
dos brasileiros. Eles que dizem que você tem que ficar reduzindo despesa,
cortando gasto público.
Agora, para o
fundão deles, para os privilégios deles, sempre tem dinheiro sobrando. Agora,
quem paga essa conta, literalmente, é o povo brasileiro, que agora vai ter que
amargar com a bandeira vermelha na conta de luz por 25 anos. Sua conta de luz
vai ficar mais cara, vai ficar na bandeira vermelha por 25 anos. É um aumento
que pode chegar a até 9% de impacto na conta dos brasileiros. É um absurdo de
um congresso que está dominado por pessoas, que é um sindicato dos ricos, um
sindicato dos bilionários.
Agora, na hora
de defender o povo, fala que você tem que cortar gasto, que você tem que fazer
ajuste, que você tem que enxugar as despesas. Para eles sempre tem que ter
dinheiro sobrando, para a boquinha deles, para os privilégios deles, para o
fundão eleitoral deles.
Agora, para o
povo, é sempre retrocesso, precarização e mais dinheiro saindo do bolso, para
pagar essa conta, para eles poderem ter os privilégios deles assegurados. Como
a gente viu acontecer aqui, aliás, no caso da privatização da Sabesp.
Agora quero
falar de uma coisa boa. Porque, nos próximos dias, as ruas de São Paulo, como
acontece todo ano, vão se colorir. E vão ser ocupadas com alegria, com luta,
com o nosso orgulho de sermos exatamente quem a gente é. Porque, no próximo
domingo, vai acontecer a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo, que também é a
maior manifestação pública que acontece todo ano em São Paulo, e aqui no
Brasil.
A parada, ela é
sim um momento de festa, de alegria, de divertimento, de descontração. Mas a
parada é, acima de tudo, um ato de resistência política em um país em que ser
LGBT, muitas vezes, é uma sentença de morte, de violência, de opressão, de
discriminação. Porque o Brasil é apontado, ainda hoje, como o país que mais
mata pessoas por conta da sua orientação sexual e da sua identidade de gênero.
Quando não
somos mortos, sofremos com a discriminação dentro de casa, dentro da igreja,
dentro da escola, no nosso ambiente de trabalho.
Então, a Parada
do Orgulho LGBT é um momento para a gente mostrar que, apesar de tudo isso,
apesar de todos aqueles que querem que a gente se sinta sujo, que a gente se
sinta pior, que a gente se sinta indecente, que a gente volte para o armário,
que a gente tenha vergonha, nós respondemos com o nosso orgulho. Porque não tem
nada de errado em ser exatamente como a gente é.
Pelo contrário,
nós temos muito orgulho de quem nós somos e da nossa resistência, apesar de
tanto preconceito, de tanto ódio, de tantas pessoas que ganham dinheiro, que
ganham fiéis, que ganham eleitores, apenas nos combatendo, apenas com discurso
de ódio, da violência e da discriminação.
Então, para
quem tem medo do movimento LGBT, da parada, para os deputados que querem
restringir as crianças de participar da parada, eu convido para vir participar
da Parada do Orgulho LGBT nesse domingo. Porque eles não vão ver lá ninguém
fazendo arminha, e nem distribuindo arma para criança. Não vão ver lá nada de
errado, além de muita gente lutando e afirmando o seu direito, o seu orgulho de
quem se é, apesar de toda a violência, de toda a discriminação.
A parada é um
evento lindo, um evento muito potente. Espero que a gente tenha uma grande
parada este ano, para que a gente mostre mais uma vez que, apesar de todos
esses setores horrorosos da nossa política que querem nos combater, que querem
fazer a gente retroceder nos poucos direitos que nós conquistamos com a nossa
luta, com a vida de muita gente, que abriu portas para que a gente pudesse
estar aqui afirmando o nosso orgulho, para que eu pudesse estar hoje aqui, com
muito orgulho de ser um parlamentar assumidamente LGBT, ocupando um mandato de
deputado estadual e lutando pelo meu povo, lutando pela minha comunidade, a
parada vai ser um momento de a gente mostrar mais uma vez a nossa força, a
nossa potência, a nossa diversidade, e dar um recado para todos aqueles que nos
querem mal, que nos querem mortos, que nos querem adoecidos, que nos querem
dentro de armário ou debaixo da terra em caixões, que nós só vamos seguir
avançando com o nosso orgulho, com a nossa luta, com a nossa resistência.
Uma ótima
parada para todos nós.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Caro
deputado Guilherme Cortez, desejo muito sucesso para esta parada, que talvez
seja uma das maiores já acontecidas.
Tem a palavra o deputado Marcos
Damasio. (Pausa.) Alex Madureira. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Enio
Tatto. (Pausa.) Donato. (Pausa.) Lista Suplementar: Márcia Lia. (Pausa.)
Sebastião Santos. (Pausa.) Valdomiro Lopes. (Pausa.) Carlos Giannazi. (Pausa.)
Altair Moraes. (Pausa.) Enio Tatto. (Pausa.) Ana Perugini. (Pausa.) Paulo
Mansur.
Tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. PAULO MANSUR - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar você, presidente Eduardo Suplicy, e a
todos os que nos ouvem na TV Alesp e nas redes sociais. Bom, mais uma vez,
falar aqui da tentativa de golpe.
Que tentativa
de golpe é essa? Que tentativa de golpe é essa, que não existe, que vem caindo
por terra mais uma vez a cada dia. Eu vi uma notícia agora que me assustou
demais: “STF condena mãe de sete filhos a 14 anos de prisão pelo 8 de janeiro”.
E no mesmo dia: “Justiça manda soltar três acusados de decapitar mulher por
entender que eles não oferecem risco à sociedade”. Olha a inversão de valores
que a gente vem vivendo na Justiça brasileira.
E aí o próprio
tenente-coronel Mauro Cid, que é delator na investigação, voltou atrás nos
pontos que ele acabou delatando. Voltou atrás porque foi pressionado para falar
o que não queria. Então, esse é o detalhe do nosso Brasil, essa é a Justiça
brasileira.
E venho aqui,
sim, voltar a falar que golpe só é dado com tanque de guerra, golpe só é dado
com armamento, como o Irã deu lá atrás, quando existia príncipe, princesa e rei
no Irã, porque o Irã já foi um reinado, e houve um golpe 40 anos atrás, com
armas, tanques. Isso é golpe.
Agora, mães se
manifestando, avós, crianças, no 8 de janeiro, o presidente Bolsonaro com 70
anos de idade, que já é avô, tendo que passar por duas, três horas de
depoimento no STF, é um verdadeiro absurdo.
Mas hoje saiu
uma notícia, que a social mídia Rumble... Empresas do Donald Trump entraram com
uma ação contra Alexandre de Moraes para falarem que existe o Direito
Americano, que está na Constituição, da liberdade de expressão.
Então, eles
entraram com uma ação na Justiça da Flórida contra o ministro Alexandre de
Moraes, e ele tem 21 dias para responder à Justiça americana. Se ele não
responder, ele paga multa, ou seja, essa inversão agora mudou, porque o
Alexandre de Moraes sempre pressionou, deu prazo e hora para multa. E agora
está acontecendo com ele em solo americano. Então, existe ainda muita água para
rolar.
O Eduardo
Bolsonaro tem até o final de julho, que está licenciado, mas tem ainda o cargo
de deputado federal. Se ele quiser, ele ainda pode fazer um pedido para ter mais
três meses essa liberação.
Não sei se ele
vai fazer isso, mas que ele está fazendo um trabalho dentro dos Estados Unidos
para demonstrar tudo o que está acontecendo no Brasil, ele está. E a gente
precisa de um representante nosso, que tem os nossos pensamentos lá nos Estados
Unidos falando por nós.
Agora apareceu
um vídeo, gente, eu não sei se vocês viram também, esse vídeo que está
circulando nas redes sociais, falando de urânio nos Estados Unidos, porque o
urânio nos Estados Unidos... O Brasil é rico em urânio, é rico em urânio, sim.
E o primeiro-ministro de Israel afirmou que parte ocidental tem
responsabilidade em envio de urânio para o Irã. E o Brasil pode estar dentro
dessa história.
Não tem provas
ainda, estão estudando, e o Irã, e o urânio, se Israel conseguir pegar o urânio
que está sendo desenvolvido lá no Irã, eles conseguem saber qual é a origem
dele. Se a origem dele é do Brasil, isso é muito sério. E navios de guerra do
Irã atracaram no Brasil em 4 de março de 2000, na época do Lula. Foi na época
em que o Lula estava governando.
Atracaram no
Brasil, nessa época. E os Estados Unidos foram contra essa atracação de navios
iranianos. Eu acho que você que está me assistindo na TV Alesp deve se lembrar.
E nessa época existia esse tratado entre Brasil e Irã, e que tem vários
depoimentos do Lula falando que era a favor de deixar o Irã trabalhar, de
deixar o Irã fazer o papel dele.
Então, tem
muita água para rolar em cima disso. A gente ainda vai ver o que está
acontecendo nesse tema.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Presidente, peço a
suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Havendo
concordância dos líderes, por sua sugestão, a sessão está suspensa até as 16 horas
e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 14 horas e 38 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 39 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100 do inciso I do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária a realizar-se hoje dez minutos após o término desta
sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
Item 1 - Projeto de lei nº 482, de
2025, de autoria do Sr. Governador.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo entre as lideranças, requeiro o levantamento da
presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo entre as lideranças, esta
Presidência dá por levantados os trabalhos, e convoca V.Exas. para a sessão
ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os
ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término
desta sessão.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 40
minutos.
*
* *