
11 DE NOVEMBRO DE 2025
162ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: PAULO CORREA JR, EDUARDO SUPLICY, PROFESSORA BEBEL e GILMACI SANTOS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - PAULO CORREA JR
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min. Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação e Cultura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta a ser realizada hoje, às 15 horas. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o encerramento da presente sessão.
2 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência. Tece comentários sobre o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi a respeito da gestão das escolas públicas pelo governo Tarcísio de Freitas e seu secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder.
5 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Parabeniza a deputada Professora Bebel pelo pronunciamento.
7 - PROFESSORA BEBEL
Assume a Presidência.
8 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - EDUARDO SUPLICY
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.
10 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL
Defere o pedido e suspende a sessão às 14h36min.
ORDEM DO DIA
11 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h33min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de urgência ao PL 476/25.
12 - DONATO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 12/11, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 44
minutos. Levanta a sessão às 16h34min.
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ÍNTEGRA
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-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Paulo Correa Jr.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - PAULO CORREA JR - PSD -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Convocação.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea
“d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião
conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura e
Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas, no Salão
Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.055,
de 2025, de autoria do Sr. Governador.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos
termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez
minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo
previsto no parágrafo 3º, do Art. 100, do Regimento Interno, com a finalidade
de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.
*
* *
- NR - A
Ordem do Dia para a 51a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O.
de 12/11/2025.
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Havendo acordo entre as lideranças...
Deputado Giannazi está chegando, e a lista de oradores está aqui na tela,
conforme inscrição.
Deputada Paula da Bancada Feminista.
Ausente. Deputado Rômulo Fernandes. Ausente. Deputado Rodrigo Moraes. Ausente.
Deputado Carlos Cezar. Ausente. Deputado Capitão Telhada. Ausente. Profª Camila
Godoi. Ausente. Deputado Marcos Damasio. Ausente. Deputada Ana Perugini.
Ausente. Deputado Luiz Fernando Ferreira. Ausente. Deputado Dr. Elton. Ausente.
Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. Ausente.
Deputado Caio França. Ausente. Deputado Conte Lopes. Ausente. Deputado Alex
Madureira. Ausente. Deputado Fábio Faria de Sá. Ausente. Deputada Márcia Lia.
Ausente. Deputado Paulo Fiorilo. Ausente. Deputado Thiago Auricchio. Ausente.
Deputado Rafael Saraiva. Ausente.
Deputado Lucas Bove. Ausente. Deputado Donato. Ausente. Deputado André Bueno.
Ausente. Deputado Guilherme Cortez. Ausente. Deputada Professora Bebel.
Ausente. Deputado Dr. Jorge do Carmo. Ausente. Deputado Reis. Ausente. Deputado
Luiz Claudio Marcolino. Ausente. Deputado Bruno Zambelli. Ausente. Deputado
Itamar Borges. Ausente. Deputado Delegado Olim. Ausente. Deputado Enio Tatto.
Ausente. Deputado Eduardo Suplicy. Ausente.
Ah, desculpa, deputado presente. Não vi
o senhor chegando. Deputado Eduardo Suplicy presente. Então tem a palavra pelo
tempo regimental, deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezado presidente Paulo Correa Jr, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, gostaria, primeiro, de informar a respeito de um projeto de
renda básica na Coreia do Sul e compartilhar uma excelente notícia, publicada
há poucos dias.
A Coreia do Sul
se prepara para iniciar a implementação de um novo programa de renda básica de
cidadania em 2026. Sete condados rurais foram selecionados para participar do
programa, que oferecerá um pagamento mensal de 150 mil wons sul-coreanos, o
equivalente a 550 reais.
A medida busca
enfrentar o despovoamento e o envelhecimento das zonas agrícolas do país e se
estenderá por dois anos, até o final de 2027. Os pagamentos serão feitos por
meio de vouchers locais, conhecidos como vale de amor local, que só podem ser
usados em estabelecimentos comerciais da própria comunidade; uma lógica muito
parecida com aquela das moedas sociais, como a mumbuca, utilizada em Maricá, e
a araribóia, de Niterói.
Com isso, o
dinheiro permanece circulando na economia local, fortalecendo pequenos negócios
e evitando a fuga de recursos para grandes cadeias ou centros urbanos.
O orçamento
total do projeto é de 886,7 bilhões de won sul-coreanos, cerca de 3.240 bilhões
de reais, para os dois anos de execução. Mais de um terço desse valor virá do
governo central, enquanto o restante será custeado pelos governos locais. O
aspecto mais inovador está na forma de financiamento complementar, parte dos
recursos virá dos lucros gerados por projetos de energia renovável.
Em Shinan, por
exemplo, a receita obtida com instalações de energia solar e eólica, geridas
por uma cooperativa local, será redistribuída entre os moradores. Já em
Yeongyang, um modelo semelhante será aplicado utilizando os ganhos provenientes
da produção eólica.
Essa integração
entre políticas sociais e transição energética, que cria um elo entre justiça
territorial e sustentabilidade, a riqueza produzida por parques renováveis
retorna diretamente para quem vive próximo a eles.
Para avaliação
do impacto do projeto, o Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos
Rurais da Coreia do Sul criou um sistema rigoroso de monitoramento formado por
indicadores de desenvolvimento local, qualidade de vida, dinâmica populacional
e vitalidade econômica.
A partir desses
dados, o governo avaliará a viabilidade de ampliar a iniciativa ou
transformá-la em política permanente. A intenção é identificar condições para
replicar o modelo em outras regiões rurais ameaçadas pela perda populacional e
pela concentração de oportunidades nas grandes cidades.
Ao unir renda
básica, economia local e energia limpa, o programa piloto sul-coreano aponta um
caminho concreto e mensurável para enfrentar os desafios do século XXI. Não
representa apenas uma ajuda financeira, mas um compromisso com a reconstrução
do elo entre território, comunidade e desenvolvimento sustentável, e,
sobretudo, com liberdade e dignidade da população.
Espero que esta
experiência possa nos inspirar, guiar nossa atuação em São Paulo, assim como os
sul-coreanos. Mais e mais acredito no potencial transformador e eco social da
renda básica de cidadania.
Por essa razão,
sou autor do PL nº 991, de 2025, ao lado dos deputados Marina Helou e Guilherme
Cortez, que busca criar a política estadual da renda básica de cidadania em São
Paulo. Convido todos a ler a proposta, para que, assim, possamos discuti-la com
seriedade e compromisso com a dignidade dos paulistas.
Assim, Sr.
Presidente, eu gostaria ainda de usar a palavra, mas entendo que o deputado
Carlos Giannazi tem uma emergência e precisa falar imediatamente. Eu me
inscrevo para voltar aqui à tribuna, se possível, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO CORREA JR - PSD - Perfeito,
deputado Suplicy.
Vamos agora caminhar para a nossa Lista
Suplementar. Deputado Carlos Cezar. Ausente. Deputado Luiz Claudio Marcolino.
Ausente. Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. Ausente. Deputado Capitão
Telhada. Ausente. Deputado Mauro Bragato. Ausente. Deputado Carlos Giannazi.
Com a palavra deputado Carlos Giannazi,
pelo tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Paulo Correa, deputado Suplicy,
deputada Bebel, venho a esta tribuna, no dia de hoje, primeiro para dizer que o
mês de novembro é o mês em que nós estamos relembrando, comemorando um
movimento importante aqui no estado de São Paulo, um movimento histórico.
Faz dez anos
que os estudantes secundaristas, juntamente com as entidades representativas do
Magistério e com a população... Nós tivemos aquela histórica ocupação -
ocupações, na verdade - de mais de 300 escolas estaduais contra o fechamento de
200 escolas estaduais promovido, lá atrás, em 2015, pelo governador Alckmin e o
seu secretário da Educação, o secretário Herman.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
* * *
Então havia um
projeto de reestruturação, de reorganização na rede, que, na verdade, sabotaria
o ensino médio no estado de São Paulo, fechando escolas públicas estaduais. O
movimento foi vitorioso, tanto é que o governador foi obrigado a demitir o
secretário da Educação e a extinguir aquele famigerado programa.
Mas hoje nós
estamos assistindo a uma nova tentativa de reorganização da rede, primeiro com
o fechamento de salas e turnos no período noturno, no ensino médio noturno; com
o fechamento de salas de Educação de Jovens e Adultos.
E para piorar a
situação, não contente com isso, o governador Tarcísio de Freitas, através do
seu secretário, está lançando agora, lançou um documento, disse que vai
publicar uma resolução em dezembro com a “Cisão de Grandes Escolas”.
Esse é o título
do documento que estava circulando nas escolas, que é esse aqui, olha: fizeram
um aviso para as escolas, reuniões feitas com algumas escolas da rede estadual
falando desse projeto “Cisão de Grandes Escolas”.
Nós fizemos um
requerimento de informação para saber o que é exatamente esse projeto. O
governo soltou agora um documento explicando, dizendo que vai dividir escolas
grandes, escolas que tenham acima de 1.200 alunos.
Nós ficamos
chocados porque nós achávamos que ele iria construir novas escolas e dividir
essas escolas no mesmo bairro, na mesma região, para que não houvesse nenhum
prejuízo para os nossos alunos e para os nossos professores.
Porque nós
defendemos, é lógico, escolas menores, com menos alunos por sala, que é uma
luta histórica do Magistério nacional - o fim da superlotação de salas, no
máximo 25 alunos por sala. Tanto é que nós temos projetos de lei aqui na
Assembleia Legislativa já prontos para serem votados, limitando o número de
alunos.
Mas não é isso:
o projeto vai dividir escolas acima de 1.200 alunos, mas no mesmo prédio
escolar, sem que haja mudança estrutural, dividindo escola, dividindo a
comunidade escolar.
Ou seja, é um
projeto fake, para inglês ver. E nós queremos ver o que está por detrás dessa
intenção do governo de “Cisão de Grandes Escolas”. Está aqui a matéria de hoje
da “Folha de S. Paulo”: “Gestão Tarcísio quer dividir escolas com mais de 1.200
alunos em 2026”. Isso é um absurdo, porque ele não vai construir escolas novas,
que seria o correto para diminuir o número de alunos por escolas. Haveria a
geração de novos empregos para os profissionais da Educação.
Mas ele vai
manter na mesma escola uma divisão, com dois diretores, com duas equipes,
talvez gerando mais competição dentro dessas escolas. O projeto não está claro
ainda, porque não há ainda uma resolução, um decreto, não houve a publicação
com detalhes. , para piorar a situação, o documento apresentado é também
mentiroso, porque ele diz que haverá consulta à comunidade escolar, que a
comunidade escolar vai decidir se vai ou não dividir essas escolas.
Acontece que
não há tempo hábil para isso. O tempo já está se esgotando, e as comunidades
escolares não foram consultadas. Nós conversamos com várias escolas, diretores,
diretoras; nos informaram que não, que não houve consulta alguma às
comunidades.
Então tudo é
fake nesse projeto “Cisão de Grandes Escolas”. Parece-me que o governo
pretende, na verdade, lançar uma proposta fake para enganar a opinião pública,
mas deve ter coisas atrás aí. Nós sabemos que ele está privatizando escolas na
Bolsa de Valores, como ele já fez com aquelas 33 escolas, e ameaçou agora,
anunciou que faria um novo leilão com 143 escolas.
É muito
estranho esse projeto, principalmente no ano em que nós comemoramos o movimento
vitorioso dos estudantes, que ocuparam mais de 300 escolas em todo o estado de
São Paulo e impuseram uma derrota ao programa, ao projeto de reorganização.
Reorganização significa fechamento de escolas estaduais, e nós não vamos
permitir que isso aconteça novamente.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Carlos Giannazi. Eu, quando ouço os seus
pronunciamentos, fico pensando. Espero que o secretário da Educação esteja
sempre observando a sua avaliação, mesmo que crítica e tudo, e que possa
conduzir a Secretaria da Educação ainda melhor. Eu acho importante que ele
esteja sempre atento aos seus pronunciamentos, por ser um estudioso da área de
Educação em geral.
Tem a palavra agora o deputado Paulo
Mansur. Agora é a Professora Bebel, perdão. Ah, desculpe, eu tinha me enganado
quem era. Professora Bebel antes de Paulo Mansur. Paulo Mansur pode ser depois.
Desculpe.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente, sempre senador Eduardo
Suplicy e também deputado estadual aqui da Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo.
Cumprimento
minha companheira de bancada, Ana Perugini. Cumprimento, enfim, todos que estão
presentes neste plenário, os que estão nos assistindo através da Rede Alesp,
assim como os assessores à minha direita, à minha esquerda, e todos que
acompanham o nosso pronunciamento.
É verdade que
está fazendo dez anos. Como faz dez anos a segunda maior greve do Magistério
paulista, que já antevia o fechamento de salas de aulas e, ao mesmo tempo, a
superlotação de salas de aula. Eu diria que o segundo semestre foi o esquenta
da grande greve do Magistério paulista no primeiro semestre, que durou nada
mais nada menos que 92 dias.
Eu quero dizer,
deputado Suplicy, que nós já estamos em contato com a Secretaria da Educação, e
já tem reunião marcada. Sabendo o quê? Sabendo que nós não vamos deixar barato.
Nós temos um movimento, que é o Grito pela Educação, no estado de São Paulo, e
que foi criado exatamente em 2015, por qual entendimento?
Não adianta só
entre nós fazer a briga. Nós precisamos que os pais, que as famílias, que todos
entendam que retirar um aluno de uma escola e passar para outra - sobre isso já
há estudos - você tira aquela afetividade com a escola e o aluno acaba
evadindo. É isso que acaba acontecendo.
Mas o que está
por detrás disso, não precisa de muito estudo, está óbvio que é exatamente
enxugamento da máquina. Nós sempre trabalhamos com a ideia, esse número que o
deputado Giannazi falou aqui foi construído na Apeoesp, quando a gente disse no
máximo 25 alunos por sala de aula. Essa é a luta da Apeoesp.
Agora, se os
prédios estão grandes porque tem menos alunos, a lógica é implantar o número
ideal de alunos por salas de aula. Qual é o número ideal? Vinte no primeiro
ciclo, 25 no segundo ciclo do ensino fundamental e, no ensino médio, vinte e
cinco.
Esse é o número
ideal. Essa seria a possibilidade de a gente chegar na qualidade do ensino. Não
adianta falar em qualidade de ensino sobrecarregando professores, com classes
superlotadas, com inúmeras injustiças que ocorrem com os professores.
Mas gostaria,
deputado Eduardo Suplicy, e também presidente desta sessão e meu sempre
senador, que o senhor abraçasse uma causa que nós tiramos na Comissão de
Educação e Cultura, conjunta, toda a comissão. Vale para o governo Tarcísio e
vale para o presidente Lula, que é garantir que os professores se alimentem,
minimamente se alimentem da comida das escolas, porque não estão tendo
condições de fazer comida.
Por exemplo, se
ficam em tempo integral, não têm tempo de fazer comida, se não é tempo
integral, é parcial, vão dar aula em uma, duas, três, quatro, cinco escolas e o
que acaba acontecendo é que não têm viabilidade de comer. Há um adoecimento
dessa categoria.
Então, por toda
essa razão, nós estamos pedindo para que nos coloquem no PNAE, Plano Nacional
de Alimentação Escolar, e aqui no Estado também, fazer uma articulação. Isso
nós podemos fazer e gostaria que V. Exa. assinasse.
Nós lutamos
todos contra a fome, então vamos lutar. O combate à fome começa na escola
também, não é? Então, assinar esse documento vai ser muito importante para que
a gente consiga minimamente dar dignidade para os profissionais da Educação,
que doam as suas vidas e minimamente...
Veja, nós
tivemos uma vitória, que é estranho ter uma vitória assim. Uma vitória porque o
professor pode ir ao médico. Olhe, essa foi a vitória. É uma vitória? Sim, é
uma vitória porque ia ser demitido e demitiram os professores que foram aos
médicos. Nós reintegramos, através da luta que fizemos, tanto judicial, quanto
política e pressão. Acredito nessa luta. Essa luta é que, de fato, faz
garantir.
E a junção de
todo mundo, teve aqui o deputado Suplicy, Giannazi, tantos, mesmo aqueles que
não são de configuração partidária de esquerda, mas são de direita e centro.
Acredito que também querem uma Educação de qualidade para os filhos e filhas da
classe trabalhadora.
Quero ganhar o
apoio de todos contra essa reorganização branca escondida que está acontecendo
no estado de São Paulo e nós vamos barrar, sim, porque já estamos nos
organizando.
Um forte abraço.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Cumprimentos,
deputada Bebel. Apoio a sua iniciativa e me disponho, sim, a assinar o
documento. Se V. Exa. puder presidir ainda, para que eu possa fazer um
pronunciamento, que hoje será sobre as lavanderias públicas.
Estamos aguardando aqui a deputada
Bebel, que vai presidir a sessão em seguida.
Obrigado, Professora Bebel.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra.
Professora Bebel.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Boa tarde,
assumo neste momento a Presidência da Assembleia Legislativa, neste Pequeno
Expediente, e com muita satisfação, anuncio a lista de oradores que ora está
aqui. Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Em seguida, não estando o deputado
Paulo Mansur, passo a palavra para o nobre, sempre senador e deputado, Eduardo
Suplicy.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputada Bebel, essa extraordinária companheira que
tanto bem acompanha especialmente a área da Educação, mas em defesa dos
direitos humanos em todas as áreas.
Quero
compartilhar aqui nesta tribuna uma ação de extraordinária relevância do
governo do presidente Lula. Foi anunciado no Dia Internacional dos Cuidados e
do Apoio, que foi celebrado no último dia 29 de outubro, um investimento de 13
milhões de reais para a instalação de 17 lavanderias públicas e comunitárias em
todo o País.
Essa iniciativa
é uma parceria entre o Ministério das Mulheres e o Ministério do
Desenvolvimento Agrário e Agricultura, e integra as ações do Plano Nacional De
Cuidados estabelecido pela política nacional de cuidados, sancionada em
dezembro de 2024 pelo presidente Lula.
Um dos
principais objetivos do projeto é justamente reduzir a sobrecarga das mulheres
em dupla jornada de trabalho, para que elas consigam ter mais tempo para outras
atividades.
Segundo
informações da “Folha de S. Paulo”, dados da PNAD Contínua 2022 mostram que as
mulheres dedicam, em média, 21,3 horas semanais a afazeres domésticos e cuidados
de pessoas, quase o dobro da média dos homens, 11,7 horas.
E dados do PNAD
Contínua 2021 informam que mulheres de 80 anos ou mais trabalham 17 horas
semanais dedicadas ao cuidado, enquanto que as de 60 a 69 anos dedicam 24 horas
da semana. Esses dados mostram que as idosas são um grande alvo do governo.
Cada lavandeira
terá uso gratuito por qualquer pessoa da comunidade, e será equipada com
máquinas industriais de lavagem e secagem, brinquedoteca, sala multiuso para
curso e recepção.
Enquanto as
roupas são lavadas, as pessoas poderão participar de oficinas, ou permanecer no
local em área de convivência. Os equipamentos foram projetados para reduzir o
consumo de água e energia, o que também pretende diminuir os custos das
famílias com esses serviços.
A primeira
unidade foi inaugurada em maio deste ano, em Caruaru, Pernambuco. Outras quatro
estão em implantação: duas em Petrópolis, no Rio de Janeiro, uma em Teresina,
no Piauí, e outra em Parnaíba, no Piauí. E novas cidades estão em fase de
negociação.
Entre tantos
benefícios, essas lavanderias públicas trarão maior autonomia e diminuirão a
sobrecarga de trabalho que atinge as mulheres nas diversas faixas etárias.
Outro público-alvo que será beneficiado é a população em situação de rua, que
geralmente não tem onde lavar as suas roupas. Aqui na cidade de São Paulo, onde
temos quase 100 mil pessoas em situação de rua, há pouquíssimo espaços para
lavarem suas roupas.
Minha equipe
esteve, no mês passado, entrevistando pessoas em situação de rua na Praça da Sé
e no centro de São Paulo, Bela Vista, e me espantou a quantidade de pessoas que
afirmaram descartar as roupas por não ter onde lavar. Elas recebem roupas de
doação, usam por alguns dias ou semanas e depois as jogam no lixo. Muitas delas
afirmaram que, se houvessem lavanderias, não descartariam suas roupas.
Portanto, tenho
a convicção que esse novo programa do governo federal terá grandes benefícios,
principalmente para as mulheres que hoje em dia gastam muitas horas em serviços
domésticos de lavagem de roupas e também para as pessoas em situação de rua.
Faço, aqui, meu apelo para que as prefeituras do estado de São Paulo busquem o
governo federal para fazerem parcerias visando a implementação dessas
lavanderias públicas.
E gostaria,
Sra. Presidente, de aqui renovar a minha expectativa de que ali na reunião da
COP, que está sendo realizada em Belém, com a interação de pessoas, com mais de
100 países que estão lá presentes, venham a considerar mais e mais a renda
básica universal como um direito para toda e qualquer pessoa, não importa a sua
origem, raça, sexo, idade, condição civil ou mesmo socioeconômica.
Muito obrigado,
presidenta Bebel.
Se houver
acordo entre liderança, eu posso presidir.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Deixa eu só ver
se o deputado Carlos Giannazi... Ele disse que estava indo para uma reunião,
não está. Eu havia me inscrito, eu retiro a minha inscrição. Acredito que V.
Exa. pode dar o encaminhamento que requer.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Então, havendo acordo
das lideranças, sugiro que seja levantada a sessão... Que seja suspensa até as
16 horas e 30 minutos.
Obrigado, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Muito
obrigada, nobre senador Eduardo Suplicy. Havendo acordo de todos, está suspensa
a reunião.
Muito obrigada.
*
* *
- Suspensa às 14 horas e 36 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci
Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Ordem
do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Há
sobre a mesa requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 476, de 2025, de
autoria do Tribunal de Justiça.
Em discussão. Não havendo oradores
inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Havendo acordo entre lideranças,
solicito o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É
regimental o pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo de lideranças, a
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez
minutos após o término da presente sessão.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 34
minutos.
*
* *