28 DE AGOSTO DE 2025
112ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO, MARINA HELOU e CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 14h06min.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - MARINA HELOU
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
5 - MARINA HELOU
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
7 - MARINA HELOU
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Defere o pedido. Cumprimenta alunos da Escola Estadual Francisco Voccio e do Colégio São Luís, presentes nas galerias. Comenta sua participação em audiência pública, no Senado Federal, a respeito do projeto de lei que visa incluir os professores de educação infantil como profissionais do Magistério, de autoria da deputada federal Luciene Cavalcante. Celebra a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto conhecido como "Descongela Já", que libera pagamentos congelados a servidores em razão da pandemia, também de autoria da deputada federal Luciene Cavalcante. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 29/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h30min.
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ÍNTEGRA
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-
Abre a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o Expediente. Vamos dar início, então, ao nosso
Pequeno Expediente.
Com a palavra o deputado Dr. Olim.
Ausente. Com a palavra a deputada Thainara Faria. Ausente. Com a palavra o
deputado Luiz Claudio Marcolino. Ausente. Com a palavra o deputado Dr. Jorge do
Carmo. Ausente. Com a palavra o deputado Reis. Ausente. Com a palavra o
deputado Rafa Zimbaldi. Ausente. Com a palavra o deputado Rafael Saraiva.
Ausente.
Com a palavra o deputado Rodrigo
Moraes. Ausente. Com a palavra o deputado Marcelo Aguiar. Ausente. Com a
palavra o deputado Donato. Ausente. Com a palavra a deputada Beth Sahão.
Ausente. Com a palavra o deputado Atila Jacomussi. Ausente. Com a palavra o
deputado Jorge Caruso. Ausente. Com a palavra o deputado Sebastião Santos.
Ausente. Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. Ausente.
Com a palavra a deputada Dani Alonso.
Ausente. Com a palavra o deputado Fábio Faria de Sá. Ausente. Com a palavra a
deputada Fabiana Bolsonaro. Ausente. Com a palavra o deputado André Bueno.
Ausente. Com a palavra a deputada Marina Helou. Ausente. Com a palavra o
deputado Itamar Borges. Ausente. Com a palavra a deputada Maria Lúcia Amary.
Ausente.
Com a palavra o deputado Luiz Fernando
Ferreira. Ausente. Com a palavra a deputada Carla Morando. Ausente. Com a
palavra a deputada Ediane Maria. Ausente. Com a palavra o deputado Major Mecca.
Ausente. Com a palavra o deputado Danilo Campetti. Ausente. Com a palavra o
deputado Carlos Giannazi.
Tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, deputados,
deputadas, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente, quero fazer
um cumprimento muito especial aos alunos e aos professores da Escola Estadual
Francisco Voccio, que estão aqui hoje visitando a Assembleia Legislativa.
Professor
Carlos, professor Paulo, sejam bem-vindos e bem-vindas à Assembleia Legislativa
de São Paulo, acompanhados aqui também do professor Ferreirinha, do nosso
mandato. Importante vocês conhecerem o trabalho aqui do Parlamento paulista.
*
* *
- Assume
a Presidência a Sra. Marina Helou.
*
* *
Quero, Sr.
Presidente, aqui dizer que hoje o nosso mandato... Na verdade, o nosso coletivo
Educação em Primeiro Lugar, composto pelo nosso mandato aqui da Alesp, pelo
mandato da deputada federal Luciene Cavalcante, em Brasília, que faz parte da
Comissão de Educação da Câmara Federal e, também, do vereador Celso Giannazi.
Hoje, nós
entramos, protocolamos representações - uma no Ministério Público estadual e
uma outra no Tribunal de Contas do Estado - contra a Secretaria da Educação.
Sr. Presidente,
é grave o que está acontecendo aqui no estado de São Paulo. A Secretaria da
Educação está destruindo a Educação estadual. E como se não bastasse tudo que
está acontecendo em relação à ditadura, à máfia das plataformas digitais, que
estão agredindo a autonomia pedagógica do Magistério, agredindo a aprendizagem,
violando a aprendizagem dos nossos alunos, como se não bastasse o assédio, as
perseguições, as transferências de diretores, a demissão em massa de
professores, como se não bastasse ainda o fechamento de salas do período noturno,
de EJA, do Ensino Médio, como se não bastasse a redução do orçamento da
Educação.
Agora, nós
tivemos, Sra. Presidente, que agora é a deputada Marina Helou que está
presidindo a sessão, aqui uma denúncia gravíssima, que foi, inclusive, feita
através de uma matéria muito bem elaborada, muito bem feita, do “DCM”, que nós
estamos repercutindo aqui e já aproveitando as informações dessa matéria para
acionar, enfim, o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Agora, a
Secretaria da Educação está usando a rede estadual, usando os nossos alunos
como cobaias da inteligência artificial. Olha só a que ponto chegou essa
situação.
Ou seja, a
Secretaria da Educação autorizou, sem nenhum tipo de documentação, sem nenhum
tipo de autorização por escrito, sem nenhuma regulamentação, sem resolução, sem
decreto, sem comunicado nenhum, nada oficial, autorizou que uma empresa dessas
de tecnologia, esse Instituto de Tecnologia Nexo, que é de Goiás, uma empresa
ligada ao bolsonarismo, à extrema-direita, esteja hoje em 11 escolas fazendo
experiências com os alunos com inteligência artificial, monitorando o
comportamento dos nossos alunos, filmando os alunos, sem autorização dos pais,
violando o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente, violando também a Lei
de Privacidade.
É um absurdo. É
essa empresa que se chama Instituto de Tecnologia Nexo. Aqui a matéria traz o
caso da Escola Estadual Deputado Augusto do Amaral, que fica lá no Jaguaré, da
diretoria Centro-Oeste. Isso é muito grave.
E nós estamos
pedindo providências imediatas, porque não há contrato, não há nada. Ou seja, a
Secretaria da Educação, o Renato Feder, do governo Tarcísio de Freitas, está
utilizando os nossos alunos como cobaias de inteligência artificial.
Nós temos aqui
depoimentos assustadores, Sra. Presidente, Srs. Deputados, público aqui
presente, que eles estão, olhem só, avaliando a expressão facial e a interação
de estudantes com o professor.
Cada
comportamento, cada respiração do aluno está sendo monitorada através de
câmeras, que são instaladas nas salas de aula, que, na nossa opinião, isso é
proibido. É uma invasão da privacidade do trabalho do professor dentro da sala
de aula e dos nossos alunos.
Então,
por isso que nós queremos... A matéria é: “Como o governo Tarcísio usa a
inteligência artificial para espionar crianças em escolas públicas”. Virou um
“Big Brother” a escola. Hoje o aluno está sendo filmado o tempo todo.
O fato é que
eles estão fazendo essa experiência para depois justificar, logicamente, a
compra desse produto de tecnologia para enriquecer mais uma empresa de
tecnologia.
Já são mais de
30 aplicativos utilizados na rede estadual de ensino, com essas plataformas
digitais, que estão enriquecendo, que são caríssimas. Só uma delas custou 70
milhões de reais para a Secretaria da Educação, por 18 meses. Depois tem que
renovar, talvez por mais 70 milhões de reais.
Então, toda a
rede estadual de ensino está voltada hoje para enriquecer as empresas de
tecnologia. A Secretaria da Educação não está preocupada com os alunos, com os
professores, se o aluno vai aprender ou não. Ela está voltada para enriquecer,
para dar lucro a essas empresas de tecnologia.
Inclusive, a do
próprio secretário, a Multilaser, que já tem um contrato de 200 milhões de
reais com a Secretaria da Educação. Então, a nossa luta. Eu apresentei um
projeto de lei aqui na Assembleia Legislativa para proibir as plataformas
digitais nas escolas estaduais.
Deputada Marina
Helou, só para concluir, V. Exa. apresentou um projeto para proibir os
celulares, as telas nas escolas públicas e privadas do estado de São Paulo, o
projeto foi aprovado aqui, mas nós temos que avançar agora proibindo também as
plataformas digitais, que representam uma mazela hoje na rede estadual.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Obrigada,
deputado Giannazi, é um prazer escutá-lo sempre defendendo a nossa Educação.
Queria pedir, deputado, que o senhor subisse aqui para presidir a sessão.
Enquanto isso eu vou chamando os próximos oradores. Professora Bebel. Ausente.
Professora Delegada Graciela. Ausente. Deputada Márcia Lia. Ausente. Deputado
Rômulo Fernandes. Ausente. Deputada Damaris Moura. Ausente. Dr. Elton. Ausente.
Deputado Gil Diniz. Ausente.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra a deputada Ana Perugini.
(Pausa.) Com a palavra a deputada professora Camila Godoi. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra a deputada Andréa
Werner. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Marcos
Damasio. (Pausa.) Com a palavra a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Rogério Santos. (Pausa.) Com a palavra o deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Conte Lopes. Na lista suplementar, com a
palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.)
E com a palavra agora a deputada Marina
Helou, que fará uso regimental da tribuna.
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigada,
presidente, cumprimento a todas e todos aqui presentes, é um prazer sempre
quando a gente tem jovens participando da política, espero que vocês fiquem com
muita vontade de ser deputado estadual, deputado federal, presidente do País.
Quero
cumprimentar todos aqui que estão trabalhando para que nós, deputados, possamos
representar a população do nosso Estado e trabalhar para um Estado melhor para
todas as pessoas.
Subo aqui hoje
para a gente falar de um tema fundamental, que é a primeira infância, que são
as nossas crianças. Estamos no agosto dourado, mês que a gente trabalha para
fortalecer políticas públicas para a primeira infância, que são essenciais.
A primeira
infância é essa fase do desenvolvimento humano em que a gente tem o tempo mais
precioso do desenvolvimento neurológico, a nossa capacidade de aprender o resto
da vida, nosso desenvolvimento de criar vínculos, nossa capacidade de
desenvolvimento emocional, social, que tem todo o impacto para quebrar o ciclo
da pobreza, para quebrar o ciclo da desigualdade.
Investir na
primeira infância é investir em uma sociedade melhor no futuro e no presente e
por isso a gente celebra neste mês a construção de políticas públicas que
cuidam das crianças do nosso Estado, que cuidam das crianças, que são elementos
fundamentais em qualquer sociedade, mas que aqui a gente ainda está muito
distante de oferecer políticas públicas realmente integradas e de qualidade e por
isso que a gente vem lutando bastante.
Aprovamos aqui
nesta Casa a Política Estadual da Primeira Infância, estamos cobrando o nosso
plano estadual da primeira infância. Qual é o plano do Estado para as crianças
pequenas? A gente quer saber quanto a gente gasta com cada criança, que é um
investimento, quanto a gente está pondo de dinheiro.
Não existe
política pública sem dinheiro, por isso que a gente discute qual é o orçamento
da primeira infância. Colocamos a primeira infância no PPA, na LDO, e discutimos
todos os anos o aumento na LOA, e a gente quer que hoje tenha um evento. Quero
aqui agradecer todas as servidoras e servidores, todas as cidades que estão
presentes aqui na Assembleia para a gente receber hoje um evento importante
para discutir a qualidade da creche, discutir a creche e a entrega da creche.
A gente vai ter
uma mesa sobre nutrição, uma mesa sobre a construção de uma sociedade
antirracista a partir de creches antirracistas na primeira infância e a gente
vai ter uma mesa sobre qualidade da creche, discutindo como dar o melhor
serviço possível.
E quando a
gente investe na primeira infância, a gente está cuidando dessa mulher, dessa
mãe, a gente está cuidando da família inteira, cuidar das crianças é cuidar da
família inteira e por isso que é um prazer hoje a gente estar recebendo esse
evento tão importante para comemorar o agosto, um mês que a gente olha para as
crianças do nosso Estado.
Mês esse que a
gente vem discutindo aqui como cuidar melhor das crianças e adolescentes e a
gente celebra com muita alegria a aprovação do ECA Digital, Projeto de Lei nº
2.628, do senador Alessandro Vieira, excelente senador, que aprovou esse
projeto ontem no Senado e que agora vai para sanção do presidente Lula.
Eu tive a
oportunidade de ir a Brasília, de expor a defesa do projeto ao presidente Hugo
Motta, na certeza de que a gente aprovar esse projeto é aprovar a proteção das
crianças e adolescentes no ambiente digital, é avançar o Brasil em uma terra
que hoje é uma terra sem lei.
Por isso, a
gente está muito feliz, mas não satisfeito. Aprovar esse projeto é um avanço,
mas ainda não é satisfatório frente a tudo o que a gente tem visto do impacto
nas nossas crianças, nos nossos adolescentes.
Por isso, a
gente acabou de criar uma subcomissão da Comissão de Ciência, Tecnologia e
Inovação desta Casa para falar sobre segurança infanto-juvenil na internet.
Esta semana a gente teve nossa primeira sessão com a Sheylli, com a Júlia, do
Alana, especialistas, mostrando todos os crimes que têm acontecido, todos os absurdos
que têm acontecido e como as grandes plataformas, as big techs, precisam ser
responsabilizadas pelo que está acontecendo, precisam construir junto uma
solução.
Foi um evento
bastante importante que coroou esta semana com a aprovação do projeto de lei,
com a instauração da nossa subcomissão e agora, na sequência, com a proibição
de influencers mirins poderem monetizar seu conteúdo sem passar pela Justiça.
Isso é um tema fundamental, porque a infância não é produto, e cabe a nós
protegermos as nossas crianças e adolescentes.
Quero terminar
dizendo que a gente vai continuar nessa luta, convidar a todos para
participarem junto com a gente - inclusive você, deputado Gil - da nossa
subcomissão de proteção infanto-juvenil na internet, na Comissão de Ciência,
Tecnologia e Inovação, convidar a todos a realmente construírem a política em
que a gente acredita.
E dizer que a
gente teve muitos avanços neste mês dentro dos projetos nas nossas comissões: a
gente conseguiu avançar o projeto do “Bolsa Neném”, da Lei do Mar, da Política
Estadual de Cuidados, da realização anual do exame de mamografias em mulheres a
partir de 40 anos, fundamental para a ampliação da vida de mulheres com câncer,
implementação progressiva de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação
escolar da rede pública de ensino. A gente quer avançar esses projetos na
certeza de que a gente constrói uma sociedade melhor.
Termino agora
cumprimentando os outros alunos, agora do Colégio São Luís. Já falei para os
primeiros: que bom que vocês estão aqui, espero que vocês gostem, espero que
vocês conheçam muitos deputados inspiradores e que queiram ser deputados,
queiram ser governadores, queiram ser presidentes, queiram trabalhar por um
Brasil melhor.
Obrigada,
presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputada Marina Helou.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra,
o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só
cumprimentando a deputada Marina Helou e deixando o meu compromisso aqui,
Marina, de te ajudar nessa subcomissão. Realmente a infância e a juventude
merecem ter esse local de destaque, merecem ser protegidas. Então, conte com
meu apoio incondicional nesta Assembleia Legislativa.
E saudar aqui, tem mais uma turma aqui,
do Colégio São Luís. Quero cumprimentar todos os nossos convidados de hoje.
Presidente, fiquei muito feliz em saber que a turma viria, (Inaudível.) está
aqui, são alunos do 9º ano, de 14, 15 anos, e como eles nos inspiram, a
juventude. Eu tenho dois filhos, um de 16 e um de 14. Recebê-los aqui, andar
com eles por esses corredores, levá-los ao nosso gabinete posteriormente e
explicar um pouco aqui da nossa rotina, espero que saiam com a bagagem
enriquecida, inspirados também para serem essas lideranças e terem esse
protagonismo na nossa sociedade.
Então, fico muito feliz, sejam muito
mais do que bem-vindos. Esta é a Casa do Povo Paulista, a Casa de toda a população,
de esquerda, de direita, de centro, brancos, pretos, indígenas, como é um dos
temas que eles vão abordar aqui.
Então, vamos a essa tarde que, não
tenho dúvida, vai marcar história aqui na Assembleia Legislativa do Estado de
São Paulo, vai marcar os nossos mandatos e a gente espera poder contribuir um
pouquinho mais com o trabalho de vocês.
Muito obrigado e sejam muito
bem-vindos. (Manifestação nas galerias.)
A
SRA. MARINA HELOU - REDE - Viu, Gil, em quantas
coisas a gente concorda? Presidente, quero me juntar nas boas-vindas e também
pedir o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado, deputada Marina Helou. Antes de levantar a sessão, eu queria mais uma
vez cumprimentar os alunos do Colégio São Luís, os alunos da Escola Estadual
Francisco Voccio, aqui acompanhados dos professores Paulo e Carlos, sejam
bem-vindos e bem-vindas à Assembleia Legislativa.
E só informar a todos que ontem nós
participamos, eu participei, ontem, de uma audiência pública no Senado Federal
sobre esse tema que a deputada Marina Helou levantou agora, que é a primeira
infância, a primeiríssima infância.
E essa audiência pública foi em torno
da luta pela aprovação do Projeto de lei 2.387/23, se não me engano, da
deputada federal professora Luciene Cavalcante, aqui de São Paulo, cujo projeto
faz o enquadramento na carreira do Magistério das educadoras de educação
infantil, que são professoras, de fato, mas não são consideradas professoras,
porque há um erro na interpretação da lei por vários municípios e, muitas
vezes, até do próprio Ministério Público - que nós discordamos da interpretação
do MP.
Essas professoras estão sendo
penalizadas, não tendo direito ao enquadramento na carreira do Magistério e sem
acesso ao piso nacional do Magistério, sem acesso à jornada do piso, sem acesso
à aposentadoria especial, quando, de fato, elas são professoras. Elas exercem a
carreira docente, elas são aprovadas em concurso público de provas e títulos,
como determina a legislação, e elas têm formação na área pedagógica; são
professoras.
Então essa é uma luta que nós começamos
aqui na Assembleia Legislativa, em 2007, 2018, com audiências públicas, com
várias redes municipais, para fazer o enquadramento.
O movimento cresceu, transformou-se no
movimento “Somos Todas Professoras”, e o projeto já foi aprovado na Câmara
Federal, pela deputada Luciene Cavalcante, que fez todo um esforço, toda uma
movimentação nas comissões permanentes e depois no plenário. O projeto hoje já
está no Senado Federal.
E ontem eu tive aqui a honra de
participar da audiência pública fazendo exatamente essa defesa pelo
enquadramento das educadoras de educação infantil, porque nós entendemos que
quem cuida, de fato, da primeiríssima infância são as educadoras de educação
infantil, que estão lá nas creches, no chão das creches. Elas têm que ser
valorizadas, porque não adianta dizer, defender a primeira infância, se a gente
não defende quem cuida da primeira infância.
Então eu queria fazer esse registro,
aproveitando a oportunidade que hoje haverá uma audiência pública aqui na Alesp
sobre esse tema, e pedir o apoio de todos os deputados e deputadas, de todos os
partidos políticos, para que nós possamos pressionar agora o Senado Federal a
aprovar o projeto da deputada Luciene Cavalcante, que garante o enquadramento
de todas as educadoras de educação infantil na carreira do Magistério.
E também aqui celebrar e comemorar,
mais uma vez, na Assembleia Legislativa de São Paulo, a aprovação também do
projeto na Câmara dos Deputados, há dois dias atrás, do descongelamento da
evolução funcional, projeto da deputada, também, Luciene Cavalcante, que é
professora, supervisora de ensino aqui de São Paulo, da rede municipal, nossa
deputada federal em Brasília.
Ela conseguiu um feito inédito. Além de
já ter conseguido aprovar nas três comissões o projeto de lei do
descongelamento dos quinquênios, anuênios, dos biênios, da sexta-parte, da
licença-prêmio, ela conseguiu aprovar no plenário da Câmara dos Deputados. O
projeto segue agora para o Senado Federal e depois para a sanção presidencial.
Foi uma vitória importante dessa fase
mais difícil, de aprovar um projeto na Câmara dos Deputados, ainda mais pelo
que está acontecendo lá, toda a crise que está acontecendo. Então está difícil
aprovar alguma coisa. Mas, com a articulação, pelo trabalho obstinado que ela
fez e conseguiu transformar essa luta em uma luta suprapartidária, conversando
com todas as forças políticas do Congresso Nacional, o projeto foi aprovado. E
agora a gente vai fazer a luta para que ele seja aprovado no Senado Federal.
E a Lei Complementar nº 173, essa
famigerada lei - aprovada no governo Bolsonaro - contra os serviços públicos e
contra os servidores públicos do Brasil, que ela seja revogada nesses artigos,
sobretudo nessa questão do congelamento do tempo de evolução funcional. Tem
muita gente esperando aí esse descongelamento para pedir aposentadoria, para
fazer um enquadramento, para ter um pequeno reajuste aí no seu salário.
Então eu queria... A deputada Luciene
Cavalcante está de parabéns duas vezes aqui: pelo projeto do “Somos Todas
Professoras”, pelo enquadramento na carreira do Magistério, e também pelo
“Descongela Já”.
Então, havendo acordo de lideranças,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 30
minutos.
* * *