10 DE JUNHO DE 2025

81ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: GUILHERME CORTEZ, CARLOS GIANNAZI, EDUARDO SUPLICY e ANDRÉ DO PRADO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GUILHERME CORTEZ

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h07min. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento; e de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a serem realizadas hoje, às 15 horas.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Cumprimenta os pesquisadores científicos, do estado de São Paulo, presentes nas galerias.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Cumprimenta os alunos da Red House International School, presentes nas galerias.

        

6 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

8 - GUILHERME CORTEZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - PROFESSORA BEBEL

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência.

        

13 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

14 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

15 - GUTO ZACARIAS

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

16 - GUTO ZACARIAS

Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.

        

17 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h11min.

        

18 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h37min.

        

19 - FÁBIO FARIA DE SÁ

Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 17 horas.

        

20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h38min, reabrindo-a às 17h14min.

        

ORDEM DO DIA

21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Simão Pedro, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em reuniões com Ministérios do governo federal, nos dias 10 e 11/06, em Brasília/DF; Guilherme Cortez, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em visita à Alerj para reunião com parlamentares, nos dias 13 e 14/06, no Rio de Janeiro/RJ; e André Bueno, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na Sessão Solene em celebração aos 130 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão e em homenagem aos 117 anos da Imigração Japonesa no Brasil, no dia 11/06, em Brasília/DF. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de urgência ao PL 578/21, ao PL 860/23, ao PL 748/24, ao PL 145/25, ao PL 245/21, ao PL 1612/23, ao PL 1287/23, ao PL 626/23, ao PL 1023/23, ao PL 7/25 e ao PL 401/24. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

        

22 - CARLOS CEZAR

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Cumprimenta o vereador Alemão, de Guarulhos, presente no plenário. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 11/06, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 17 horas e 30 minutos. Levanta a sessão às 17h20min.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Guilherme Cortez.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Mas antes disso, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Administração Públicas e Relações do Trabalho; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas da tarde, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 16 de 2025, de autoria do Sr. Governador.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, também às 15 horas da tarde, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 10, de 2025, de autoria do Sr. Governador.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas da tarde, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 482, de 2025, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI- PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Antes de iniciar a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, gostaria de registrar a honrosa presença dos pesquisadores e pesquisadoras do estado de São Paulo, aqui presentes no plenário hoje. (Palmas.)

Estão em luta contra a aprovação do Projeto de lei Complementar nº 9, de 2025, nefasto e perverso projeto, que acaba, na prática, com a carreira dos pesquisadores do estado de São Paulo.

Hoje a presidente da APQC, a Dra. Helena Dutra, esteve presente no Colégio de Líderes, argumentando, mostrando, aos líderes partidários e ao presidente da Assembleia Legislativa, os poderes, os efeitos perversos desse projeto, não só para a carreira dos pesquisadores, mas também para a pesquisa e a ciência do estado de São Paulo. E é muito importante.

Aproveito e faço um apelo aqui aos 94 deputados e deputadas para que rejeitem veementemente tanto o PLC 9, como também o seu suposto substitutivo que está sendo preparado, já foi preparado pelo governo, e será, me parece, encaminhado aqui à Assembleia Legislativa. Esse outro projeto também não foi debatido com os pesquisadores, nem com a APQC, e não tem o apoio da categoria. Ele é tão perverso quanto o projeto original.

Então, a Assembleia Legislativa tem obrigação de defender os pesquisadores, as pesquisadoras e a pesquisa do estado de São Paulo, rejeitando com veemência qualquer possibilidade de alteração dessa importante carreira.

O que os pesquisadores precisam é de valorização salarial, funcional, da melhoria das condições de trabalho, de concurso público para que haja novos integrantes na carreira e também na carreira do quadro de apoio.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Obrigado, deputado Giannazi. (Palmas.) Também quero cumprimentar a presença dos nossos pesquisadores científicos, sejam bem-vindos a esta Casa e espero que a Assembleia Legislativa possa valorizá-los como eles merecem, porque a pesquisa científica do nosso Estado é um orgulho para São Paulo e ela é feita por trabalhadores que merecem valorização do seu trabalho, da sua pesquisa. Parabéns para vocês e sejam todos muito bem-vindos.

Dando sequência na lista de oradores do Pequeno Expediente, eu chamo o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.)

Deputado, e sempre senador, Eduardo Suplicy, para utilizar a tribuna pelo tempo regimental de cinco minutos.

Seja bem-vindo, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Guilherme Cortez, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, queridos visitantes aqui, tanto pesquisadores e também estudantes. De qual escola, presidente? O nome da escola.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Ainda não recebemos aqui o nome da escola, se o pessoal do protocolo puder nos enviar para a gente também cumprimentar os estudantes que estão aqui. Acabou de chegar, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Que bom.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Colégio Red House International School. Sejam bem-vindos, estudantes que estão presentes. (Palmas.)

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem. Queridas e queridos colegas, hoje trago a boa notícia da publicação do relatório final do grupo de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, Conselhão, que estudou a gradual transição do programa “Bolsa Família” para a Renda Básica de Cidadania, até que se torne universal e incondicional, seguindo o que está estipulado nas leis federais nº 10.835, de 2004, e nº 14.601, de 2023.

Ao longo de 2024, o grupo de trabalho reuniu-se umas 15 vezes e, em 12 de dezembro último, apresentou à Presidência da República a proposta de início de implementação da Renda Básica de Cidadania de forma escalonada, começando pelas crianças e adolescentes até atingir gradualmente a universalização, em um valor de 637 reais pagos por mês, por pessoa, que é o valor correspondente à linha de pobreza definida pelo Banco Mundial para países de renda média, como é o caso do Brasil.

Outra alternativa seria o início de uma Renda Básica de Cidadania já universal, ainda que com um valor mais modesto. Enviei para as senhoras e os senhores o documento completo do relatório que inclui, ainda, a discussão sobre as fontes de financiamento da Renda Básica de Cidadania, a importância de se utilizar a cidadania como critério, além de tantos outros pontos que considero fundamentais para a nossa atuação nesta Casa Legislativa.

Ainda com respeito ao estudo da Renda Básica de Cidadania, gostaria de novamente dar destaque ao estudo “O Grande Sonho, Dinheiro para Todos”, dirigido pela instituição alemã “Minha Renda Básica”. A pesquisa, que ocorreu entre 2021 e 2024, selecionou 122 indivíduos para receber por três anos 1.200 euros mensais - o que equivaleria a quase oito mil reais.

O grupo foi acompanhado pelos pesquisadores e os achados foram comparados com o grupo de controle, formado por mais de 1.500 pessoas nas mesmas partes econômicas e etárias. Uma das principais descobertas foi de que os beneficiários da renda básica continuaram trabalhando em média 40 horas semanais, refutando a ideia de que a renda básica desestimularia o trabalho.

No entanto, a segurança financeira fez com que muitos dos beneficiários mudassem de emprego, começassem a estudar e permitiu que pudessem aprimorar ou mudar a sua vida profissional conforme o seu interesse. Outra descoberta formidável foi de que os beneficiários relataram redução significativa no estresse e uma melhora considerável na saúde mental, o que se refletiu em uma diminuição no número de licenças médicas.

Por esses motivos, faço um convite especial às senhoras e aos senhores. Conforme o e-mail que estou enviando, eu e a deputada Marina Helou estamos organizando a primeira audiência pública da Frente Parlamentar pela implementação da Renda Básica de Cidadania, a ser realizada nesta quinta-feira, 12 de junho, às 15 horas, no plenário Dom Pedro I.

O evento contará com a presença de alguns dos maiores especialistas do tema como Ladislau Dowbor, Paola Lourreiro Carvalho, Aldaíza Sposati, e se destinará a discutir a viabilidade da instituição de um programa estadual da RBC a partir dos modelos de política que já vem sendo aplicados em outras regiões do país e do mundo.

Será uma oportunidade ímpar para que possamos dialogar com toda a comunidade sobre as vantagens e possibilidades desse programa no Estado. Ficarei honrado de contar com a presença das nobres deputadas e nobres deputados.

Gostaria, Sr. Presidente... Eu vou fazê-lo ainda, mas é importante que, com relação à tramitação do Projeto de lei nº 482, de autoria do Poder Executivo - que institui o programa “SuperAção” para combater a pobreza no estado de São Paulo -, eu encaminho o relatório que me foi enviado pela Secretaria das Relações Institucionais da presidência a respeito dos avanços realizados pelo grupo de trabalho pela implementação da renda básica, que vem estudando como se fará a transição gradual do programa “Bolsa Família” até alcançarmos a universalização do direito.

Cabe assinalar que a Lei nº 10.835, que institui a renda básica, foi aprovada por todos os partidos no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula em 8 de janeiro de 2004, e em junho de 2023 foi prorrogada a Lei nº 14.601, de 2023, que extinguiu o Auxílio Brasil, reinstituiu o programa “Bolsa Família” e o definiu como uma etapa do processo gradual de implementação da renda básica.

Assiná-lo ainda que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o mandato de injunção apresentado pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul em favor de uma pessoa em situação de rua, determinou que o Poder Executivo e o Congresso Nacional vieram a colocar em prática a Lei da Renda Básica. Diante dessa evolução, considero importante que, antes de votarmos o PL da superação, levemos em conta esses avanços.

Portanto, solicito que a votação prevista para hoje seja adiada, para que possamos dialogar com o governo estadual sobre o aprimoramento do projeto, tornando-o compatível com a atuação do governo federal e mais próximo de atingir seu objetivo de efetivamente erradicar a pobreza e promover um Brasil com maior igualdade e justiça.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito obrigado, Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Obrigado. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Seguindo a lista de oradores do Pequeno Expediente, chamo o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.)

Passando para a Lista Suplementar, chamo o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, para utilizar a tribuna pelo tempo regimental de cinco minutos.

Seja bem-vindo, deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Cortez, Guilherme Cortez, quero saudar mais uma vez os pesquisadores e pesquisadoras científicos do estado de São Paulo presentes aqui no plenário da Assembleia Legislativa lutando contra o famigerado PLC 9, que destrói a carreira dos pesquisadores, a pesquisa e a ciência do estado de São Paulo. (Manifestação nas galerias.) Sr. Presidente, eu quero saudar também os alunos e os professores da escola que estão aqui conhecendo o Parlamento Paulista.

Eu quero aqui, Sr. Presidente, dizer que esse desgoverno do... O governo Tarcísio/Feder não tem mais limites para continuar atacando a educação do estado de São Paulo e, sobretudo, os seus profissionais da Educação.

Recentemente, foi publicada no Diário Oficial a Resolução nº 83, que joga os alunos da rede estadual contra os professores, instituindo a Avaliação 360 para todas as escolas da rede estadual - porque até então ela existia apenas para as escolas do programa de ensino integral, agora ela foi generalizada para todas as escolas da rede estadual -, que é uma avaliação extremamente punitiva, subjetiva, autoritária, e que não avalia nada na verdade, não é?

Só que tem, agora, um componente a mais, Sr. Presidente. Essa avaliação também faz com que o aluno avalie o professor, Sr. Presidente. Isso está gerando um verdadeiro caos, uma verdadeira revolta em todo o Magistério, em toda a sociedade, porque não há um preparo, não há nenhum tipo de preparação, Sr. Presidente, para esse modelo de avaliação.

A gente sabe do que se trata. O governo tem um projeto de destruição, de tentativa de destruição da rede estadual de ensino e de destruição do Magistério estadual, por isso ele faz de forma deliberada. Isso é um projeto de ataque aos profissionais da Educação. E a revolta hoje é generalizada, porque os alunos agora estão, na verdade, se vingando dos professores, usando esse instrumento como instrumento de vingança.

Nós temos vários vídeos circulando pelas redes sociais, inclusive no “TikTok”, mostrando o que os alunos estão fazendo nesse processo de avaliação. Quero mostrar dois desses vídeos aqui, Sr. Presidente, só para que V. Exas. tenham uma noção da gravidade da situação, da irresponsabilidade, da leviandade desse governo Tarcísio/Feder. O Feder é o secretário da Educação, mentor desse projeto de destruição da nossa rede estadual.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

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Aqui um aluno dando zero para todos os professores da sua escola. Então têm vários vídeos, Sr. Presidente, circulando nas redes sociais com esse teor. Isso se generalizou em toda a rede de ensino, impondo um clima de terror, de medo e de desânimo entre os profissionais da Educação.

Logicamente que eu apresentei um PDL, um projeto de decreto legislativo revogando essa Resolução nº 83, ela tem que ser revogada imediatamente, porque ela agride a dignidade de todos os profissionais da Educação da rede estadual. Então, nós temos que avaliar, na verdade, a gestão do governo e sobretudo da Secretaria da Educação.

Foi por isso que eu apresentei, também, o PL 546, que institui a avaliação de desempenho do secretário Renato Feder e dos seus dirigentes de ensino, eles que devem ser avaliados pelos profissionais da Educação. (Palmas.) O governo tem que ser avaliado pela população.

Então, nesse sentido, eu quero repudiar veementemente, Sr. Presidente, o que está acontecendo hoje na rede estadual e que essa resolução e essa avaliação seja imediatamente revogada, anulada, porque não já... como se não bastasse todos os ataques que a rede estadual vem sofrendo com a ditadura; com a máfia das plataformas digitais; com o assédio; com a demissão em massa de diretores, de professores categoria “O”;  com a falta de autonomia pedagógica dos professores; com a tentativa de retirada do livro didático das nossas escolas; com o fechamento de salas, de turnos.

A rede está sofrendo um verdadeiro ataque agora. Esse que é um ataque, Sr. Presidente, que nós não podemos permitir que alunos façam avaliação dos professores nesses moldes que nós estamos vendo aqui pelas redes sociais.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Obrigado, deputado Giannazi. Quero convidá-lo para me substituir aqui na Presidência dos trabalhos, para que eu possa também utilizar a tribuna. Seguindo na Lista Suplementar, enquanto o deputado Giannazi sobe até aqui, chamar a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PT - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, já na Lista Suplementar. Com a palavra o deputado Guilherme Cortez, que fará o uso da tribuna na forma regimental.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, deputado Giannazi, todos os deputados e deputadas presentes, servidores desta Casa e o público que nos acompanha aqui da galeria e através da Rede Alesp. Quero começar também saudando os nossos pesquisadores científicos do estado de São Paulo, que hoje estão aqui em luta pela valorização do seu trabalho, uma luta pelo estado de São Paulo.

Porque é um estado rico, um estado próspero, um estado com desenvolvimento, depende de pesquisa científica. E a pesquisa científica depende de pesquisadores, de professores, de estudiosos. Vamos lembrar que se nós saímos da pandemia de Covid-19, quando a gente tinha presidente negacionista que não queria comprar vacina, foi graças aos nossos pesquisadores do Instituto Butantan, que todo mundo aqui pode estar vacinado hoje, a gente pode ter saído desse período nefasto, poupado vidas.

Eu, como uma pessoa que estudou na universidade pública, que se formou numa universidade pública, que teve bolsa de iniciação científica da Fapesp e que, hoje, nesse mandato de deputado estadual, defendo aqui as nossas universidades e a pesquisa pública do nosso Estado.

Quero me solidarizar com os nossos pesquisadores que estão sofrendo um processo de desmonte da ciência no estado de São Paulo. Não só pelo projeto (Palmas.) de desestruturação das suas carreiras que não é reestruturação. Você está desestruturando as carreiras dos nossos pesquisadores, mas também o governo chegou ao limite de querer privatizar os institutos, as áreas de pesquisa científica do Estado.

Eu estive, recentemente, em uma audiência pública em defesa do Instituto Agronômico de Campinas, que fica lá em Jundiaí, que é uma das áreas que estão na mira do governo, que quer vender tudo. Quer vender água, escola, transporte e agora quer vender até as áreas onde se desenvolve o conhecimento científico do nosso estado. É um absurdo sem tamanho.

E nós, do PSOL, e toda a bancada de oposição, estaremos juntos aqui defendendo a pesquisa científica, os serviços públicos e o desenvolvimento do nosso estado. Contem com o nosso apoio, e parabéns pela mobilização de todos vocês.

Dando sequência, Sr. Presidente, eu quero me solidarizar aqui com os 12 tripulantes da Flotilha da Liberdade, que era uma embarcação que estava percorrendo o Mar Mediterrâneo para levar ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza.

Uma embarcação que contava inclusive com um ativista brasileiro, Thiago Ávila; a Greta Thunberg, uma grande voz do combate às mudanças climáticas; uma eurodeputada chamada Rima Hassan; e outras pessoas que estavam levando, arriscando a própria vida e a segurança para levar comida, para levar remédios, para levar próteses para a população que está sofrendo com genocídio há mais de 500 dias na Faixa de Gaza.

Foram interceptados pelo exército israelense, sequestrados pela ação ousada de querer levar comida para quem está passando fome, querer levar remédio para quem está sem remédio, querer levar prótese para as crianças que foram mutiladas por essa guerra... que não é elas. Isso é um absurdo, presidente, que escancara para o mundo que o horror que está sendo cometido na Faixa de Gaza não conhece fronteira.

O Estado de Israel sequer tem direito à zona costeira da Faixa de Gaza para ter interceptado esses navios e muito menos para fazer isso, para barrar a chegada de ajuda humanitária. O Estado de Israel está cometendo vários crimes contra a humanidade, crimes contra o direito internacional.

E, neste momento, presidente, mais urgente do que nunca que o nosso governo, que o governo federal, que não deixa de ser solidário com o povo palestino, de condenar o genocídio, a gente precisa começar a transformar as nossas palavras, a nossa solidariedade em ação. Porque só as palavras não estão sendo suficientes para impedir a barbárie na Faixa de Gaza.

Já passou da hora de o governo brasileiro romper relações diplomáticas com o Estado de Israel, porque a partir do momento que você reconhece que um Estado está cometendo genocídio e você mantém as suas relações como se nada estivesse acontecendo, você está legitimando que tudo bem isso acontecer.

Nós temos um brasileiro hoje que está em cativeiro, está preso pelas forças do exército de Israel por levar ajuda humanitária para o povo que precisa na Palestina. Então, quero reforçar essa campanha que está sendo feita, uma carta que foi assinada por mais de 1.000 pessoas - Chico Buarque, vários parlamentares e ativistas - para que o governo federal rompa as suas relações com o Estado de Israel.

E aqui em São Paulo nós também podemos dar exemplo. Algumas semanas atrás eu enviei um requerimento de informação, que foi prontamente respondido pela Secretaria de Segurança Pública, questionando os contratos do Governo de São Paulo com empresas de segurança e a compra de armamento de Israel.

Nos foi respondido que o estado de São Paulo gastou R$ 37.306.614,20 comprando armamentos do Estado de Israel, dinheiro público da população que paga impostos aqui em São Paulo, que está sendo utilizado para importar as armas que são utilizadas contra a população na Faixa de Gaza para atingir a população aqui em São Paulo, porque a gente tem visto os números da violência policial dispararem no nosso estado.

E eu pergunto se esse dinheiro não seria muito melhor investido nos serviços públicos que a gente tem aqui no nosso estado, que estão tão defasados, a nossa escola, o transporte público, que esse governador só fala em vender, mas a prioridade dele é comprar armamento de um estado que pratica genocídio, Sr. Presidente. Eu acho que não tem cabimento.

Eu estou aqui com uma série de contratos firmados pelo Governo do Estado de São Paulo com empresas de armamento de tecnologia militar do Estado de Israel. O nosso dinheiro, o dinheiro público do estado de São Paulo não pode ser utilizado para financiar a máquina da guerra, de morte e de genocídio que acontece na Faixa de Gaza contra o povo palestino, e que agora está atingindo inclusive os brasileiros que estão se solidarizando, como é o caso do Thiago Ávila.

Então, Sr. Presidente, nós estamos apresentando hoje um projeto de lei para suspender esses contratos e para proibir o Governo do Estado de São Paulo de firmar contrato para aquisição de armamentos de tecnologia militar com empresas oriundas do Estado de Israel até que cesse o genocídio contra o povo palestino.

Só com o boicote, só com a pressão internacional, só quando começar a sentir no bolso que esse horror que está acontecendo há 600 dias no mundo vai ser interrompido. Que o nosso dinheiro, que o dinheiro de quem paga imposto neste estado não seja mais utilizado para financiar a morte da população palestina, nem a população de nenhum lugar do mundo.

Então, queria convidar os deputados para se somarem nesse projeto, para que a gente possa suspender esses contratos e que o nosso dinheiro público possa ser mais bem gasto, não alimentando morte e genocídio.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Guilherme Cortez. Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, com a palavra a deputada Professora Bebel, que fará o uso regimental da tribuna.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento também a minha diretora de trabalho, os assessores à minha esquerda, à minha direita, todos que nos ouvem e nos veem através da rede Alesp.

Enfim, Sras. Deputadas e Srs. Deputados que aqui estão presentes e todo o público presente, os pesquisadores científicos que estão aqui lutando veementemente para que a sua carreira...

Veja, nós às vezes temos carreira e queremos aprimorá-la, se luta para aprimorar, não para perdê-la. E lamentavelmente o que os governos têm feito é exatamente o desmonte da carreira. Falo isso porque os professores do estado de São Paulo foram afrontados com a lei de subsídio, e ele desmontou toda a carreira dos professores da rede estadual de ensino.

E olha como é que está a Educação. Olha como é que está a valorização dos profissionais da Educação. A Ciência e a Tecnologia, elas vêm há um tempo sendo atingidas frontalmente.

Aqui nesta Casa, deputado Giannazi estava comigo, acho que dos outros não, mas nós estávamos aqui. Quantas vezes nesta tribuna nós viemos defender que não privatizasse, por exemplo, o Instituto Butantan, aquele pacote que o governo Doria fez.

A gente pensou, sabe, deputado Giannazi: “Acho que parou. Acho que agora entenderam que a ciência é necessária não só, sabe, porque pode fazer grandes coisas, não, porque em qualquer momento da nossa vida nós nos utilizamos da ciência e da tecnologia”. Portanto, tem aí todo o nosso apoio, da bancada do Partido dos Trabalhadores, para junto com vocês lutarem contra o desmonte de mais uma carreira no estado de São Paulo.

Mas eu quero dizer o seguinte. Aqui, dialogando um pouco com o meu querido deputado que eu gosto muito, deputado Guilherme Cortez, eu tenho a honra de dizer, e aí não é uma questão de ser melhor ou pior, mas a honra de dizer que o primeiro presidente no mundo que foi para frente das câmeras e disse: "Há um genocídio na Faixa de Gaza", e ele foi tripudiado, pisaram na cabeça dele, foi o presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele fez isso. Então, agora, se vamos romper relações com Israel, nós vamos ter que construir uma forma de relação diplomática, e construir esse movimento e eu concordo com ele. Acho que o movimento meio que é dando força para que isso aconteça, para a gente não criar a ideia dos apartheids.

Agora, é incompatível conosco também, por óbvio, ficar junto com um estado que é o estado de Israel, e que está atacando aí frontalmente os palestinos lá na Faixa de Gaza, e fica aquele amontoado que é triste de ver, muito triste de ver.

Mas, gente, nós vamos ter que fazer tanta luta. Nós estamos fazendo tanta luta, tanta luta. Veja, sexta-feira estivemos na Paulista e, olha, a coisa mais triste deste mundo é a gente ver diretores, professores serem demitidos. Nós temos que fazer um levante. Nós vamos fazer um levante.

Esses diretores estão sendo demitidos, porque a tal prova do Saresp, que não tem historicidade nenhuma - ela não tem uma série histórica, né? -, ela está o seguinte: a escola não atingiu o índice? Demite o diretor.

Então, a gente está vendo a necessidade dessa solidariedade, não é? Mais do que isso, nós vamos ter que fazer a luta pela reintegração desses diretores nos seus cargos, porque não é justo que o estado não dê nenhuma condição de trabalho - e não dá - e depois ele vá avaliar. É óbvio que a nota não é das melhores. Aí ele vai fazendo a troca do jeito que ele quer.

Nós sabemos que virá para esta Casa um projeto de lei de reforma administrativa, exatamente para que o governo possa demitir os profissionais da Educação. Todos. Ter esse poder de demissão. E nós fazemos a luta para que essa reforma não passe nesta Casa, porque se a gente passa em um concurso, se a gente consegue o nosso cargo, nós temos que... Só se for algo muito grave, mas nós temos que nele continuar.

 Não pode o secretário Feder inventar formas de demissão, porque ele quer rejuvenescer na marra a carreira, quando a gente sabe que o que faz uma categoria ficar mais tempo é exatamente isso, são os baixos salários e não ter uma carreira atraente. Aí ele fica para ir ganhando mais. É só pensar nessa lógica que vai entender porque é importante ter uma carreira atraente, aberta, com várias formas de evolução, e não um desmonte da carreira.

Por último, como foi tocado aqui, nós temos assistido também... Para terminar: a avaliação do aluno sobre o professor, a Apeoesp se levantou e conseguiu tirar do estágio probatório. Isso nós tiramos do estágio probatório. Nós não estamos brigando com o aluno. Não é isso. É bom que os estudantes que me assistem neste momento entendam: não é com vocês, meus queridos, nós não estamos brigando com vocês.

Nós estamos dizendo para vocês o seguinte: tem etapas da vida. Essa etapa da vida...  A educação se caracteriza pelo passar aprendizagem de uma geração para outra. Por óbvio, você pega um estudante de 15 anos que, enfim, leva para o lado subjetivo, portanto pessoal, a avaliação e demite os... A nota dele tem peso para demitir.

Isso é, na verdade, tirar a autoridade do professor. Simples assim. Quer dizer, não basta tirar as condições de trabalho, não basta tirar o salário, não basta pagar mal. Ainda tiram a autoridade do professor.

Então, nós temos uma grande luta para fazer. E vocês que são pesquisadores científicos, podem ter certeza: estamos juntos e juntas nessa caminhada e vamos à luta, porque tem luta para fazer neste estado.

Forte abraço, muito obrigada. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputada Professora Bebel.

Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra a deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Carlos Giannazi, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, eu vou trazer aqui um relato de uma ação que nós fizemos na última sexta-feira a partir da Frente Parlamentar da Pesca Artesanal e Aquicultura.

Nós fizemos uma audiência pública no litoral sul, na cidade do Guarujá, onde nós reunimos praticamente 150 pessoas, diversas comunidades da região. Uma participação representativa, como eu disse, mais de 150 participantes entre pescadores, pescadores artesanais, representantes de colônias e associações do litoral sul e norte.

Então estavam lá presentes a Associação Litorânea da Pesca Extrativista Classista, Opesc; a Confederação Nacional da Pesca e da Aquicultura; a Federação da Pesca, que o vereador de Cananeia, Lucas da Orlandina, que também coordena essa frente junto com a gente; o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Instituto da Pesca e a Secretaria Estadual de Agricultura, a Superintendência do Patrimônio da União, SPU; a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, Ceagesp; a Marinha do Brasil; a Autoridade Portuária de Santos; a Câmara Municipal do Guarujá, lá presente o presidente da Câmara, vereador Mário Lúcio, que articulou inclusive o espaço para que a gente pudesse desenvolver essa audiência pública, e o Ibama.

Então esses foram os órgãos do governo federal e do estado que estiveram presentes na atividade dessa frente parlamentar. Nós levantamos ali algumas denúncias e reclamações dos pescadores. As principais reclamações apontadas pelos pescadores na região do litoral sul foi restrição de áreas para pesca de licenciamento ambiental complexo; truculência da polícia ambiental em abordagem sem diálogo; críticas à Cetesb pela ausência e omissão na fiscalização em relação principalmente à estruturação de novos empreendimentos na Baixada Santista; falta de investimentos na recuperação de espécies; e desrespeito aos territórios tradicionais da pesca.

Foi colocado também um debate sobre qual é a importância da pesca artesanal hoje para o estado de São Paulo. Primeiro que garante a segurança alimentar da população, é uma atividade tradicional, sustentável e de base comunitária; contribui com a preservação ambiental - os pescadores defendem mangues, matas e mares; e a geração de renda para milhares de famílias do litoral.

Outra preocupação colocada também pelos pescadores nessa audiência pública: eles expressam grande preocupação com a sobrevivência da atividade. Hoje os filhos e netos dos pescadores tradicionais...

Os caiçaras do litoral sul e norte têm colocado que seus filhos e seus netos não querem mais dar continuidade à profissão dos seus pais, dos seus avós, tanto que empreendimentos que vêm sendo feitos na região têm ameaçado cada vez mais a atividade pesqueira no estado de São Paulo.

Colocou aqui também como atividade por empreendimentos, empreendimentos desfavoráveis ao meio ambiente, ameaça a comunidades tradicionais de famílias pescadores, inclusive indígenas e quilombolas. Colocaram aqui o risco também do novo PL da devastação.

O PL fragiliza hoje o licenciamento ambiental. Com a autodeclaração, que é o LAC, permite atividades em áreas protegidas sem consulta técnica; afeta manguezais, praias e territórios de pesca; pode viabilizar a dragagem sem consulta às comunidades.

Os pescadores já enfrentam dificuldades causadas pela drenagem nos rios, que movimenta lama. Então hoje está tendo algumas dragagens ali na região da Baixada Santista, principalmente na ampliação do Porto de Santos. Essa dragagem que está sendo desenvolvida lá na região, que vai de Praia Grande, Bertioga, na região da Bacia de Santos, tem prejudicado muito a população.

Não precisa passar não, Machado. Obrigado. Vou deixar para outro dia, eu complemento o convite. Então você tem ali um processo de dragagem que está sendo desenvolvido que está afetando a população pesqueira daquelas cidades, não só atrapalhando o meio ambiente, com um impacto negativo no meio ambiente, mas principalmente a geração de renda dos pescadores.

Então, em relação ao projeto de lei que nós apresentamos também, que é o pagamento de serviços ambientais, que reconhece o trabalho de despoluição dos mares e rios, foi baseado na Lei de Pagamento por Serviço Ambiental, nº 14.119/2021.

Nós aprovamos um projeto de lei aqui na Assembleia Legislativa, que é o pagamento de serviço ambiental, para ajudar a população pesqueira da Baixada Santista, do litoral norte e da pesca do continente, mas foi vetado pelo governador Tarcísio.

Estamos trabalhando para derrubar esse veto, para garantir não só um bom diálogo com os pescadores no estado de São Paulo, mas que a gente possa também garantir o mínimo de renda a partir do pagamento serviço ambiental.

Então nós estamos levantando, a partir do Ibama, a partir da Cetesb, esse impacto negativo que as dragagens no Porto de Santos têm causado ao litoral, desde Peruíbe até a região do Guarujá.

Já estamos fazendo levantamento, junto com a Cetesb, para tentar garantir a barragem desse processo, que tem prejudicado a vida dos pescadores e pescadoras no litoral sul do Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Marcolino. Com a palavra agora o deputado Eduardo Suplicy, que também fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Carlos Giannazi, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu vou aqui ler o relatório que foi encaminhado pela Secretaria de Relações Institucionais, pela Presidência da República. É sobre o grupo de trabalho que está realizando a tarefa de examinar como será instituída gradualmente a Renda Básica Universal.

“Esse relatório apresenta as principais discussões realizadas no âmbito do grupo de trabalho da Renda Básica de Cidadania, instituído no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República.

Tais discussões culminaram na formulação da proposta que tem como objetivo avançar na universalização da Renda Básica de Cidadania no Brasil, apresentada pelo deputado Eduardo Suplicy, na quarta reunião plenária do Conselhão, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, realizada em 12 de dezembro de 2024.

Esse assim chamado Conselhão foi recriado em março de 2023, com a assinatura do Decreto nº 11.454. Seu objetivo é assessorar o presidente da República na formulação de políticas públicas que impulsionam o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País.

Compõem permanentemente, este conselho, cinco comissões temáticas: Assuntos Econômicos, Combate às Desigualdades, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Democracia e Direitos e Tecnologia e Transformação Digital.

Além dessas CTs, o conselho conta ainda com fóruns participativos, de caráter temporário, como grupos de trabalho. O de Renda Básica é um deles, e Iniciativas Especiais.

O grupo de trabalho da RBC foi instituído em maio de 2024, a partir da sugestão do deputado estadual Eduardo Suplicy ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro de relações institucionais, Alexandre Padilha, para que a temática da Renda Básica fosse incluída nos debates e proposições do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

O grupo teve por objetivo desenvolver um plano de trabalho que possibilitasse avanços significativos na implementação da universalização da Renda Básica de Cidadania no Brasil, conforme estabelecido pela Lei nº 10.835, de 8 de janeiro de 2004, com a intenção de prover a todos os cidadãos e cidadãs a garantia de um padrão de renda para uma sobrevivência digna.

O grupo de trabalho foi formado por conselheiros do Conselhão, acadêmicos, pesquisadores, membros de ministérios, ativistas sociais, organizações civis e integrantes da Rede Brasileira da Renda Básica. Os trabalhos do grupo, que teve seu plano e calendário amplamente informado e divulgado, foram organizados em 15 reuniões gerais e diversas reuniões de coordenação, todas em formato virtual.

A metodologia de trabalho do grupo contou com o processo de escuta democrática, com atores chave nacionais e internacionais, e analisou resultados de pesquisas e a literatura sobre o tema.

Algumas reuniões do grupo contaram com representantes de ministérios e convidados, que compartilharam políticas públicas e experiências relacionadas ao tema que estão em andamento conforme o cronograma abaixo.

No dia 29 de maio de 2024, o grupo de trabalho recebeu o Prof. Fabio Waltenberg, de Economia, da Universidade Federal Fluminense, e pesquisador do programa “Renda Básica” de Maricá; e Manuela Mello, diretora-presidente do Banco Mumbuca, que apresentaram o programa de renda básica do município de Maricá, no estado do Rio de Janeiro.

No dia 19 de junho de 2024, o grupo recebeu, em formato virtual, o diretor de Programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Rodrigo Orair, que compartilhou o que vem sendo desenvolvido no âmbito da sua secretaria, relacionado às reformas de tributação de bens e serviços e do imposto de renda.

Em 18 de julho de 2024, (Inaudível.), mestre em serviço social, assessorou durante anos movimentos sociais no Brasil, atualmente diretor do programa internacional da organização alemã de defesa dos direitos da criança e do adolescente, (Inaudível.) e Aldaíza Sposati, professora titular sênior da PUC de São Paulo, pesquisadora, gestora pública, especialista em políticas públicas distributivas de proteção social, discutiram possibilidades de implementação de um benefício para crianças e adolescentes.”

Eu vou continuar lendo esse relatório durante a discussão do debate sobre o programa “SuperAção”, para combater a pobreza, desenvolvido pelo governo Tarcísio de Freitas.

 Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de chamar V. Exa. para continuar presidindo esta sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem a palavra então o deputado Carlos Giannazi, pelo tempo remanescente da sessão, para o Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Suplicy, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta à tribuna no dia de hoje, quero aqui fazer uma gravíssima denúncia, que na verdade eu já tenho feito sistematicamente, mas eu tenho aqui uma relação de mais de 50 escolas que foram vítimas do autoritarismo da Secretaria da Educação, por conta dessa famigerada Resolução nº 4, que instituiu o que eles chamam de apoio presencial, que, na prática - eu apelidei essa resolução de vigiar e punir -, obriga os gestores, os diretores, os coordenadores a vigiarem os professores dentro da sala de aula.

Caso isso não ocorra e caso as escolas não atinjam as metas estabelecidas pela Secretaria da Educação, metas inatingíveis, sobretudo aquelas metas ligadas às plataformas digitais, ao uso das plataformas digitais.

E hoje nós temos a máfia, a ditadura dessas máfias. Hoje toda a rede estadual de ensino está voltada para enriquecer os donos dessas empresas que vendem plataformas para a Secretaria da Educação.

O fato é que essas escolas estão sendo punidas com uma transferência dos diretores e das diretoras que não atingirem essas metas. É como se a escola hoje virasse uma empresa de telemarketing. É meta diamante, é meta ouro. O atual secretário da Educação, Renato Feder, trouxe os critérios, os princípios da administração privada, da pior espécie possível, para dentro da escola pública.

Isso não funciona, porque a escola pública é um processo, é uma outra lógica de funcionamento. E ele está punindo, afastando já dezenas e dezenas de diretoras e diretores onde as escolas não atingem essas metas, que, repito, são inatingíveis, Sr. Presidente.

É difícil, porque metas em relação à frequência dos alunos, ao uso das plataformas digitais - é um absurdo isso, Sr. Presidente. E esses diretores estão sendo perseguidos, demitidos. Nós já tomamos várias providências. Eu até apresentei já um PDL para revogar essa Resolução nº 04, que foi editada em 2024. Fomos ao Ministério Público Estadual, porque ela afronta a dignidade dos profissionais da Educação, nesse caso dos gestores escolares.

Então o que aconteceu aqui na cidade de São Paulo, Sr. Presidente, para finalizar... Eu sei que encerrou, Sr. Presidente, o Pequeno Expediente. Eu gostaria só de continuar utilizando a tribuna pelo Art. 82 do Regimento Interno.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Encerrado o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Dou a palavra ao deputado Carlos Giannazi, pelo Art. 82.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Então, Sr. Presidente, só voltando aqui ao meu tema, é grave essa situação, porque o que aconteceu na Prefeitura de São Paulo... A mídia está repercutindo, e com razão, e nós estamos apoiando a luta dos 25 diretores e diretoras afastados para fazer um suposto curso aqui da rede municipal. Isso já vem acontecendo antes com a rede estadual.

Então nós temos aqui, eu tenho recebido denúncias de escolas, mas a Udemo, que é o Sindicato dos Diretores, está sistematizando e recebendo mais denúncias, logicamente. E nós temos aqui uma relação de dezenas de escolas que já passaram por esse processo, e outras estão sendo ameaçadas. Ou seja, os diretores e as diretoras estão sendo afastados, porque as escolas não atingiram essas metas.

Eles estão sendo punidos, porque os professores não utilizaram as plataformas, que são vendidas para a Secretaria da Educação por valores milionários. Nós estamos já investigando isso através do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, onde eu vi uma dessas compras: uma única plataforma custou 70 milhões para o estado de São Paulo, Sr. Presidente. Então a Educação virou um grande negócio para essas empresas de tecnologia. Tudo gira em torno dessas plataformas. E nós não podemos aceitar isso.

Por isso que eu apresentei o PDL para revogar a Resolução nº 04, fomos ao Ministério Público para que providências sejam tomadas, acionamos o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, porque todos esses ataques estão prejudicando não só os diretores, as diretoras, o Magistério como um todo, mas sobretudo a aprendizagem das nossas crianças.

Mas há muita reação, Sr. Presidente. Os alunos, os pais estão se mobilizando em defesa da permanência dessas diretoras e desses diretores em muitas escolas estaduais. Há uma forte mobilização nesse sentido, e nós estamos apoiando.

Eu tenho aqui, Sr. Presidente, uma relação de várias escolas. Eu vou citar algumas delas aqui. Olha, a Escola Prof. Maximo de Moura Santos - Leste 1; a Escola Estadual Lindamil Barbosa de Oliveira, da diretoria de ensino de Guarulhos Sul; a Escola Estadual João Álvares de Siqueira Bueno, da Guarulhos Sul também; a Escola Estadual Anna Lamberga Zeglio, também de Guarulhos Sul.

Depois, nós temos aqui a Escola Estadual Prof. Dr. Geraldo Campos Moreira - Leste 1; Escola Estadual Condessa Filomena Matarazzo - Leste 1; Escola Estadual Carlos Henrique Liberali - Leste 3; Escola Estadual Prof. Gabriel Ortiz - Leste 1.

E tantas outras, Sr. Presidente, que estão sendo aqui punidas, Escola Estadual Professor Emília de Paiva - Leste 1; Escola Estadual Antônio de Oliveira Camargo - Leste 1 também. E assim vai, são várias escolas que estão passando por esse processo.

Sr. Presidente, nós tivemos um problema técnico com a energia elétrica, mas eu voltarei, Sr. Presidente, depois, durante os trabalhos, para retomar esse gravíssimo tema, na verdade, essa gravíssima denúncia que eu estou fazendo contra a Secretaria da Educação.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Obrigado.

 

O SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Pela ordem, presidente. Gostaria de invocar o Art. 82 e falar pela liderança do Governo?

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Pois não. Pode falar.

 

O SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - PELO ART. 82 - Boa tarde a todos, todos que nos assistem pela TV Assembleia, pelas redes sociais, todos os assessores parlamentares que estão aqui presentes no plenário, todos os policiais e militares, nossos heróis de farda que estão aqui nos acompanhando.

Presidente, saiu em alguns portais de notícia uma denúncia que eu, juntamente com o J. Júnior e o Renato Batista - dois dos melhores porta-vozes e coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre -, uma denúncia que nós fizemos contra o PSOL. Nós entramos com uma denúncia na Procuradoria-Geral da República, pedindo que a PGR investigue uma suposta ligação do PSOL e de alguns parlamentares, em âmbito federal, com o crime organizado.

Porque a política brasileira, isso eu aprendi desde mais jovem, tem poucas coincidências. E o PSOL age como um goleiro que está em uma disputa de pênaltis e, toda vez que o atacante chuta, o goleiro cai para o mesmo lado. É assim que é a carreira política do nosso PSOL.

Desde sempre, eu achei muito esquisito que no nome do PSOL, nós vemos lá: PSOL, socialismo e liberdade. Qualquer pessoa que já leu uma única página de Ciência Política sabe que não dá para ter socialismo e liberdade.

Por exemplo, o Movimento Brasil Livre, ele tem o “L” também ali no seu nome e o “L” é de livre, querer liberdade para o povo brasileiro. E, no caso do PSOL, o “L” não é de defender a liberdade da população brasileira. É simplesmente de pedir a liberdade de quem a população de bem do Brasil quer ver presa.

É disso que se trata o PSOL. Por isso, nós ingressamos com essa denúncia na PGR para investigar uma suposta ligação do PSOL com o crime organizado. Vejam só vocês. Nesta semana, nós tivemos a prisão do MC Poze do Rodo. Não por racismo, não por criminalização do funk, não porque a Polícia Civil quer matar preto e pobre no Rio de Janeiro, mas por ligação com o Comando Vermelho, por associação criminosa e, evidentemente, também, por apologia ao crime organizado e ao tráfico de drogas.

Uma deputada federal do PSOL, evidentemente, a Talíria Petroni, quis defender o MC Poze do Rodo, dizer que a prisão dele era por conta da cor da pele dele, sendo que, quando o MC Poze do Rodo foi preso, ele mesmo confirmou ali na sua ideologia que era o Comando Vermelho, sendo que ele poderia ter colocado TCP, poderia ter colocado ADA. Poderia ter ficado neutro e ficado na cela de presos neutros.

Preferiu ficar na cela do Comando Vermelho e uma denúncia robusta da Polícia Civil, deixando clara ali a ligação do Poze do Rodo com o Comando Vermelho. Depois, nós tivemos o MC Oruan, um sujeito que tem uma ligação umbilical com o Comando Vermelho.

Ele que é filho do Marcinho VP, um dos maiores vagabundos da história do Brasil, que é o Marcinho VP, um cara preso ali por vários anos e vai ficar, se Deus quiser, preso por vários anos por liderar o Comando Vermelho. Tem uma tatuagem do Elias Maluco; vejam só vocês.

O cara tem uma tatuagem de uma pessoa que foi presa por esquartejar o jornalista Tim Lopes. Essa pessoa recebeu afagos da deputada federal Erika Hilton. Sempre o PSOL pulando para o lado do crime organizado.

Nós tivemos também a Polícia Civil aqui de São Paulo provando que havia uma ONG que era do PCC, que estava em reuniões com o Ministério da Justiça, legislando sobre matéria pena. Uma ONG do PCC, decidindo como deveriam ser os presídios ao redor do Brasil com presos, evidentemente, do PCC. Qual partido ficou calado?

Óbvio, o PSOL. Nós tivemos o caso famoso da Dama do Tráfico, que recebeu passagem, hospedagem, diárias pagas com dinheiro do brasileiro para se reunir no Ministério da Justiça...

E não só se reuniu com o Ministro da Justiça, como se reuniu também com o Guilherme Boulos, evidentemente. Nós tivemos recentemente o corte de R$ 700 milhões do combate ao crime organizado, o que beneficia, evidentemente, o crime organizado. Qual partido comemorou o corte de R$ 700 milhões, quase R$ 1 bilhão, do crime organizado? O PSOL.

Vejam só vocês. E essas coisas não ficam apenas no âmbito da Segurança Pública. Se a gente for falar de democracia, de ditadura, toda ditadura socialista sanguinária ao redor do Brasil tem o apoio do PSOL.

Não se restringe ao crime organizado e a ditaduras. Pega também os grupos terroristas. Quase todos os grupos terroristas ao redor do mundo têm ali, não vou colocar o apoio, mas tem a passação de pano do PSOL. Entre Israel e Hamas, o PSOL está do lado de quem? Entre Israel e Hezbollah, o PSOL está do lado de quem? A gente sabe de quem essas pessoas estão de lado. Então, eu cansei. É muita coincidência no Brasil.

Ingressamos com uma denúncia na Procuraria-Geral da República para investigar se essa suposta relação do PSOL com o crime organizado é apenas livre e espontânea burrice desses parlamentares ou se tem algo por trás, sobretudo um financiamento por trás desse serviço da advocacia. O PSOL não é um partido político há muito tempo. Já faz bastante tempo que o PSOL se porta como escritório de advocacia do crime.

A denúncia está feita, agora está com a Justiça.

Obrigado, Presidente.

 

O SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Presidente, gostaria de pedir a suspensão dos trabalhos até as 16 e 30.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Regimental, havendo acordo com as lideranças, suspendo a sessão até as 16 e 30.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 11 minutos, a sessão é...

 

* * *

 

- ...a sessão é reaberta às 16 horas e 37 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão.

 

O SR. FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Fábio Faria de Sá.

 

O SR. FÁBIO FARIA DE SÁ - PODE - Pedir a suspensão até as 17 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Então estão suspensos os trabalhos até as 17 horas deste dia.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 38 minutos, a sessão é...

 

* * *

 

- ...a sessão é reaberta às 17 horas e 14 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão. Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa o requerimento do nobre deputado Simão Pedro, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de realizar reuniões nos ministérios do governo federal nos dias 10 e 11 de junho do corrente ano, em Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento do nobre deputado Guilherme Cortez, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de visita à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para uma reunião com parlamentares, a realizar-se nos dias 13 e 14 de junho do corrente ano, na cidade do Rio de Janeiro, também a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que tiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Último requerimento de comissão de representação é do nobre deputado André Bueno, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, também para uma comissão de representação com a finalidade de participar da sessão solene na Câmara dos Deputados em celebração aos 130 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, e também em homenagem aos 117 anos da imigração japonesa no Brasil, a realizar-se no dia 11 de junho do corrente ano, em Brasília, e também a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 578, de 2021, de autoria do deputado André do Prado. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 860, de 2023, de autoria do deputado Barros Munhoz. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 748, de 2024, de autoria do deputado Rômulo Fernandes. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 145, de 2025, de autoria do deputado Tomé Abduch e da deputada Carla Morando. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 245, de 2021, de autoria do deputado Edson Giriboni. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 1.612, de 2023, de autoria da deputada Solange Freitas. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 1.287, de 2023, de autoria do deputado Marcos Damasio. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 626, de 2023, de autoria do deputado Rodrigo Moraes. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 1.023, de 2023, de autoria das deputadas Clarice Ganem e Andréa Werner. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 7, de 2025, de autoria dos deputados Fábio Faria de Sá, André Bueno, Rogério Santos, Itamar Borges e da deputada Carla Morando. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento de urgência ao Projeto de lei nº 401, de 2024, de autoria da deputada Carla Morando. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o termino da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 17ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 11/06/2025.

 

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O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, requeiro o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

Antes, porém, de levantar a sessão, também gostaria de cumprimentar e saudar o vereador Alemão, que se encontra presente conosco aqui, vereador da cidade de Guarulhos. Seja sempre bem-vindo nesta Casa, vereador.

Nada mais havendo a tratar, esta levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 20 minutos.

 

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