http://www.al.sp.gov.br/web/images/LogoDTT.gif

 

 

03 DE NOVEMBRO DE 2014

43ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 200 ANOS DA CIDADE DE CASA BRANCA

Presidentes: BARROS MUNHOZ e CÉLIA LEÃO

 

RESUMO

 

1 - BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e abre a sessão. Faz saudações gerais. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento da deputada Célia Leão, para "Comemorar os 200 anos da Cidade de Casa Branca". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro. Enaltece a iniciativa da deputada Célia Leão em homenagear a cidade de Casa Branca. Considera justa, oportuna e correta a homenagem. Lembra ser o município a "Capital Estadual da Jabuticaba". Agradece pela oportunidade de participar da solenidade.

 

2 - CÉLIA LEÃO

Assume a Presidência. Nomeia as autoridades presentes. Anuncia a apresentação de um vídeo institucional. Faz reflexão sobre a importância de todas as profissões na construção da comunidade.

 

3 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado federal, saúda os presentes. Tece considerações a respeito da contribuição de diversas autoridades para o desenvolvimento da cidade de Casa Branca.

 

4 - MÁRIO BENI

Professor da USP, cita Santo Agostinho. Enaltece a relevância do presente momento, a valorizar a história da cidade de Casa Branca. Lembra nomes de expoentes personalidades naturais do município, com destaque no cenário político, no Poder Judiciário e na Saúde. Afirma que a cidade ocupa importante posição geográfica no estado de São Paulo. Aduz que merece destaque a atividade empresarial local, além da pujante agricultura.

 

5 - LUIS RENATO THADEU LIMA

Diretor de Cultura, cumprimenta os presentes. Discorre sobre a história da cidade, a partir dos idos de 1648. Lê e comenta texto de Ganymédes José dos Santos Oliveira, escritor, músico e artista plástico, natural do município de Casa Branca.

 

6 - EURICO SASSI FILHO

Vice-prefeito municipal, saúda os presentes. Tece elogios ao povo casabranquense. Agradece pela homenagem prestada à cidade.

 

7 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Comenta atribuições da Assembleia Legislativa, dentre as quais a realização de justas homenagens em sessões solenes, a serem registradas nos Anais da Casa. Afirma alegrar-se com a oportunidade de presidir a presente solenidade. Solicita aos vereadores que fiquem de pé, como forma de simbolizar a grandiosidade da vereança. Discorre sobre a essencialidade da atividade legislativa no cenário social. Presta homenagem e solicita ao deputado Barros Munhoz que faça entrega de placa ao presidente da Câmara Municipal de Casa Branca, vereador José Renato Furlanetto Romano.

 

8 - JOSÉ RENATO FURLANETTO ROMANO

Vereador, presidente da Câmara Municipal de Casa Branca, saúda os presentes. Afirma que a cidade de Casa Branca, inicialmente denominada Freguesia, ergueu-se consoante vontade do rei Dom João VI. Faz narrativa histórica do povoamento da região, ponto de convergência entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, que alberga a comunidade casabranquense. Destaca a agricultura como pilar de desenvolvimento da referida sociedade.

 

9 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Anuncia a apresentação da música "Barão da Jabuticaba". Solicita ao deputado Barros Munhoz que entregue quadro ao prefeito municipal de Casa Branca, Ildebrando Zoldan.

 

10 - ILDEBRANDO ZOLDAN

Prefeito municipal de Casa Branca, mostra-se satisfeito com a solenidade. Faz menção especial à Câmara Municipal de Casa Branca. Aduz sentir-se envaidecido com a presença dos vereadores, independentemente da sigla partidária. Afirma conhecer todos os cidadãos de Casa Branca presentes em plenário. Agradece à sua esposa, Estela Zoldan, pelo companheirismo ao longo de sua vida. Rende homenagem a Domingos Travesso, presente na solenidade. Reflete sobre a relação entre o exercício do poder e a solidão. Alude ser enigmática, simbólica e significativa a comemoração dos 200 anos de Casa Branca. Versa sobre a história do município. Agradece ao governador Geraldo Alckmin pela atenção dispensada à cidade de Casa Branca. Clama aos cidadãos casabranquenses que se unam, perenemente, em prol da coletividade local.

 

11 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Anuncia a presença do deputado estadual Gilmaci Santos. Faz entrega de flores às autoridades que compuseram a mesa. Afirma estar prestes a iniciar o sétimo mandato parlamentar na Assembleia Legislativa.

 

12 - ESTELA ZOLDAN

Primeira-dama de Casa Branca, homenageia a deputada Célia Leão com entrega de cesta com produtos feitos com jabuticaba.

 

13 - ILDEBRANDO ZOLDAN

Prefeito municipal de Casa Branca, homenageia o deputado Barros Munhoz e Domingos Ferdinando Travesso, com entrega de cesta com produtos feitos de jabuticaba.

 

14 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Reflete sobre a relevância da vida. Lembra acidente que sofrera. Ressalta que nenhum problema é maior do que a luta pela vida digna. Diz ser cristã casada com judeu. Ressalta sua convicção na existência de Deus. Narra história filosófica sobre o valor da sinceridade. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Tenho a satisfação e a honra de agradecer as honrosas presenças do prefeito municipal de Casa Branca, querido amigo Ildebrando Zoldan, acompanhado da sua esposa Estela, da sua filha Armanda, o vice-prefeito Eurico Sassi Filho, os vereadores presentes, que saúdo na pessoa do presidente da Câmara Municipal, vereador José Renato Furlanetto.

Quero saudar e chamar à Mesa nosso querido deputado Arnaldo Faria de Sá, deputado federal que nos honra com sua presença. Quero saudar também o nosso querido companheiro e amigo, grande dirigente do Centro Paula Souza, que marcou a história dessa importante instituição de ensino, grande colaborador dos últimos governos do estado de São Paulo, Marcos Monteiro, casabranquense emérito.

Saúdo também o querido amigo Mário Beni Filho, o Marinho Beni, filho de um grande cidadão de Casa Branca, Mário Beni, ele também expoente no nosso estado. Saudar ainda nosso querido deputado Itamar Borges.

Senhoras deputadas e senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, nobre deputado Samuel Moreira, atendendo solicitação da querida deputada Célia Leão, com a finalidade de comemorar os 200 Anos da Cidade de Casa Branca

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do estado de São Paulo, sob a regência do 1o sargento PM Jefferson Bernardo, da 2a Seção do Corpo Musical da Banda da PM.

 

* * *

 

- É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do estado de São Paulo.

Senhoras e senhores, quero, muito rapidamente, cumprimentar as autoridades de Casa Branca aqui mencionadas, a população de Casa Branca e cada uma das pessoas que estão aqui fazendo esta festa tão bonita. Não é fácil, em uma segunda-feira de manhã, reunir um público tão grande e tão seleto como este para uma sessão solene na Assembleia Legislativa de São Paulo. Mas Casa Branca merece, e a deputada Célia Leão merece que sua brilhante iniciativa de homenagear Casa Branca tenha o prestígio que está tendo e seja bonita como está sendo.

Quero dizer, minha cara deputada Célia, que esta é mais uma iniciativa, dentre milhares de iniciativas de V. Exa., justa, oportuna e correta. A deputada Célia, que é para nós um paradigma de política, em exemplo, que dá o norte da nossa ação política na Assembleia de São Paulo, tem o dom de legislar bem, fiscalizar bem o Executivo, tarefas fundamentais da atividade parlamentar, mas exerce extraordinariamente bem outra atribuição nobre do parlamentar, que é representar as cidades onde é votado, onde é querido, onde é respeitado, e as cidades do nosso estado.

Assim, nessa tarefa de representação, ela presta uma homenagem a uma cidade que merece ser homenageada pela sua história, pela sua tradição, pela sua vida construída com trabalho e respeito a todos os bons valores que devemos respeitar. Uma cidade que projetou, para São Paulo e para o Brasil, nomes importantes na história do nosso estado. Uma cidade fantástica. Tão fantástica, meu caro deputado Arnaldo Faria de Sá, que é o município que mais produz a fruta que só existe no Brasil, a mais brasileira das frutas. Isso faz de Casa Branca uma cidade das mais brasileiras do nosso querido Brasil. Casa Branca é a capital da jabuticaba. Cidade doce, cidade gostosa, cidade agradável, tão qual a fruta que produz.

Quero passar a Presidência dos trabalhos para nossa querida deputada Célia e, humildemente, agradecer, Célia, a oportunidade de estar aqui ao seu lado, somando-me a você nesta homenagem - juntamente com Itamar Borges e todos os 94 deputados da Casa - que o Parlamento de São Paulo, em nome de todo povo paulista, presta aos 200 anos da história de Casa Branca. Tomara Deus que Casa Branca continue nesse trilho, engrandecendo a história de São Paulo e do Brasil, progredindo cada vez mais, desenvolvendo-se cada vez mais, enfrentando suas adversidades e seguindo no seu exemplo de cidade constituída e formada por pessoas de bem, de caráter, pessoas íntegras que bem espelham o que sonhamos que seja toda cidade do nosso estado e do nosso país.

Parabéns, meu querido amigo, prefeito Ildebrando, parabéns vereadores e parabéns a todos os casabranquenses.

Passo, com muita honra e muito orgulho, a Presidência desta sessão solene àquela que a requereu, que solicitou sua realização, querida deputada Célia Leão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Célia Leão.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Quando chamamos o deputado Barros Munhoz de presidente, é porque é presidente mesmo. É uma pessoa grandiosa e singela ao mesmo tempo. Eu queria pedir uma saudação ao deputado Barros Munhoz, não só porque foi o deputado mais votado de Casa Branca; não é o número de votos que o coloca na grandeza que o tem, mas o número de serviços prestados no estado de São Paulo e no Brasil. Uma salva de palmas ao nosso líder, amigo, presidente da Assembleia, deputado Barros Munhoz, ao qual agradecemos pelo seu trabalho, por suas virtudes, por sua obstinação na vida pública. (Palmas.)

Já foram aqui cumprimentados, mas gostaríamos de reforçar esse cumprimento, essa alegria em receber, nesta manhã histórica, na nossa capital, na nossa Assembleia Legislativa, representando todo estado de São Paulo. Como disse o deputado, é um plenário absolutamente lotado de pessoas comprometidas com a história do município, da região.

Queríamos deixar nosso abraço, nosso carinho, ao prefeito Ildebrando por estar aqui conosco. Veio com sua família, dona Estela, nossa primeira-dama, Armanda, uma de suas filhas, representando o harém em que vive nosso prefeito, ladeado de três filhas e cinco netas. Isso mostra na prática - dizem que palavras convencem, o exemplo arrasta -, meu querido Barros Munhoz, o quanto as mulheres são importantes. Para o prefeito ser bom como é, além de suas qualidades pessoais, é porque também tem muitas mulheres ao seu lado trabalhando por Casa Branca, pelo estado de São Paulo. Uma salva de palmas para a primeira-dama, para as mulheres da cidade que ela representa, e para sua família aqui representada pela Armanda. (Palmas.)

Quero deixar nosso abraço também ao vereador José Renato, representando a Câmara de Vereadores. Nossos vereadores estão chegando. O trânsito hoje em São Paulo - que não é diferente no dia a dia - acabou sendo um pouquinho mais perverso do que é. Nossos vereadores estão chegando, mas já temos o carinho da vinda deles. Receba nosso abraço, José Renato, nosso carinho.

Queremos também cumprimentar nosso vice-prefeito Eurico pelo trabalho que faz. A gente costuma dizer, Eurico, que não tem diferença entre o trabalho do prefeito e do vice, principalmente quando são comprometidos com a cidade, independentemente da questão político-partidária. No caso, são do mesmo partido, mas poderiam não ser. Na verdade, o papel do prefeito e do vice se confunde na trajetória de construir uma cidade cada vez melhor. Então, é uma satisfação também ter o segundo prefeito da cidade conosco, que é o nosso vice-prefeito.

Queremos deixar nosso abraço e nosso carinho também a este deputado sempre presente. Quando eu o cumprimentei agora cedo, falei: “O Arnaldo Faria de Sá consegue se superar e me surpreender, porque, em todos os momentos, ele está presente.” Eu tento ser presente, estar respondendo aos anseios da sociedade, mas, deputado Barros Munhoz, nosso líder, nós temos um professor: Arnaldo Faria de Sá é esse homem presente. (Palmas.) Podem aplaudir, porque é um homem que trabalha pelo povo, representa o povo, faz pelo povo. Isto aqui não é carinho, não. Tem carinho, mas não é carinho somente.

Quero deixar nosso abraço ao Itamar Borges, esse grande companheiro que chegou na Assembleia, já modificando o trabalho deste Parlamento, fazendo muito, bastante participativo. Nosso carinho ao deputado Itamar Borges.

Queremos cumprimentar também - ele deve estar chegando - o vice-presidente da Câmara, Wagner. Aliás, ele já está aqui. Prazer em vê-lo, Wagner. Parabéns pelo seu trabalho junto com os demais vereadores da Câmara Municipal de Casa Branca.

Queremos deixar aqui também o nosso carinho, nosso agradecimento a todos. Presidente Barros Munhoz, é impressionante o número de pessoas, não só na visualização, mas no número de fichas que temos aqui para cumprimentar.

O professor Mário Beni é a história da cidade com o senhor seu pai, que foi também deputado estadual. Nós tivemos o privilégio de segui-lo, e, depois, foi eleito deputado federal por nove mandatos. É uma história impressionante.

Queremos cumprimentar também o nosso querido Paulo César da Silva, subprefeito de Lagoa Branca, aqui conosco nesta festa, nesta manhã.

Também agradecemos a presença de Flávio da Silva, subprefeito de Venda Branca. Obrigada pela presença. Nosso querido Sérgio Argeu, diretor-geral da Câmara Municipal de Casa Branca. Quero fazer uma homenagem absolutamente justa, deputado Arnaldo Faria de Sá, deputado Barros Munhoz, deputados desta Casa. Foi o Sérgio que, um pouquinho distante do ano passado, sussurrou ao nosso ouvido o sonho, o desejo, a vontade de que Casa Branca, pelo espírito do prefeito, do vice, do presidente da Câmara, dos vereadores, das lideranças da cidade e da comunidade, pudesse ser honrada e tivesse nos Anais da Casa, para sempre, marcados os 200 anos da cidade.

Dai ao Sérgio o que é do Sérgio. Podem aplaudir. (Palmas.) Parabéns, Sérgio, pela sua iniciativa, pelo seu pedido. Estamos aqui realizando não só o seu sonho, mas o sonho de todos nós da Casa e também da comunidade de Casa Branca.

Agradecemos ao querido Luis Renato, nosso diretor de Cultura. Obrigada pela presença, pelo trabalho que faz na cidade. Agradecemos ao Sr. Carlos Augusto Maschietto, assessor dos Assuntos Jurídicos do município, ao querido Eliel, assessor de Cultura na cidade, à querida Elisa Samoto, diretora de Administração e Gestão Pública, ao querido João Batista, diretor de Agricultura e Meio Ambiente. O deputado Barros Munhoz entende de todas as pastas, mas nesta, ele é professor e doutor, tanto da Agricultura quanto do Meio Ambiente. Não há o que se falar em agricultura sem pensar o meio ambiente.

Quero agradecer à nossa querida Cristiane Contin, diretora de Educação, responsável pelo desenvolvimento da cidade - não temos a menor dúvida disso -, que passa pela educação, ao Sr. Pedro José, o Carrara, diretor do Departamento Jurídico, nosso querido Antônio Canato, diretor de Esporte e Turismo, nossa querida Andrea Andrade, assessora de imprensa que nos ajudou a acomodar tantos convidados que vieram até aqui nesta Casa, dando-nos a honra da sua presença, à querida Rosângela Castoldi Gonçalves, diretora de Saúde - sem saúde, não estaríamos aqui.

Aqui, com muita honra, o nosso querido João Trebeschi, representando o hoje deputado estadual Baleia Rossi, daqui a pouco deputado federal, o mais votado na cidade de Casa Branca. Uma salva de palmas ao Baleia Rossi, também pelo trabalho e votação que teve. (Palmas.)

Queremos registrar o nome do deputado Rodrigo Moraes, representado por Kelsilene Ribeiro. Muito obrigada, Kelsilene. Leve nosso abraço a esse grande deputado Rodrigo Moraes. Nosso Nei Cardoso, representando o decano da Casa, deputado Salim Curiati, que, mais uma vez, volta a esta Casa. Deixamos nosso abraço ao vereador Rogério Mendes e ao Arthur Cruz, representando o deputado Jorge Caruso.

São muitas as autoridades, as lideranças que estão conosco nesta manhã. Agora os vereadores chegaram, queremos registrar com muita honra e alegria suas presenças. Gosto dos homens na política. São imprescindíveis e necessários - começaram a política no mundo -, mas fico muito animada, minha primeira-dama Estela, quando vejo mulheres participando da política também. Fico feliz em recebermos aqui, deputado Barros, a vereadora Daniele Ferreira, nossa vereadora de Casa Branca, o nosso vereador Alziro Meglorini, o vereador Márcio Buzzato, muito obrigada pela presença. Nosso vereador Antonio Ferreira, aqui presente, vereador Carlos Alberto Rosa Filho, de Santa Rosa, também o vereador Carlos Alberto de Souza, que veio com toda caravana da cidade, e Claudenir Aparecido da Silva. Muito obrigada pela presença. Uma salva aos vereadores da cidade de Casa Branca, que, literalmente, deram quórum aqui, prefeito. (Palmas.)

Fico pensando que, se não foi feriado hoje, tem que ser feriado na cidade, porque a cidade toda está aqui representada - as lideranças, o prefeito, o vice-prefeito, os vereadores. Ficamos muito honrados com a presença de todos aqui.

Quero fazer uma fala muito rápida, porque os oradores que vão dar continuidade é que vão contar a história da cidade.

Vamos passar um filme ilustrativo, institucional, mas, antes, quero dizer a todos vocês, senhoras e senhores, que são a razão maior desta sessão, que o prefeito foi anunciado, o vice, os vereadores, a primeira-dama, a família do prefeito, as lideranças, todas as assessorias e secretarias do município - Saúde, Educação, Meio Ambiente, Esporte. Todos os temas são muito importantes, mas tenham a certeza, cada um dos senhores e senhoras presentes, de que não teria sessão solene, não teria o município de Casa Branca fazendo 200 anos, não teria a história dos bandeirantes, dando água para os animais 200 anos passados, parando para o descanso na ida para Goiás, não teriam os pés de jabuticaba plantados se não fosse a comunidade da cidade.

Prefeito, o senhor é importante, e é importante por causa da sua gente, por causa do seu povo. Os vereadores são importantes, e são importantes, por causa da sua gente, por causa do seu povo. Com isso, quero dizer ... Meus deputados federais, lideranças como o deputado Arnaldo Faria de Sá, deputado Barros Munhoz, que não é deputado federal por decisão pessoal, foi ministro, um homem grandioso, a cidade reconhece isso. Não me canso de falar, porque a gente se espelha no mestrado e doutorado que o deputado Barros Munhoz traz a esta Casa no dia a dia.

Nenhum de nós teria a importância que temos como representantes da sociedade se não fosse a comunidade. São os professores, são os jardineiros, os pedreiros, o comércio, o comerciante, as costureiras, as cozinheiras, os alunos, a escola, é a comunidade que faz a vida da comunidade.

Dizia Franco Montoro, nosso sempre governador e grandioso homem da vida pública, uma frase verdadeira que eu repeti um pouquinho agora quando me foi perguntado pela imprensa sobre a importância de Casa Branca no contexto de São Paulo e no contexto do Brasil. Vocês - permitam-me chamá-los de vocês - são senhoras e senhores que merecem o nosso respeito. Eu os chamo de vocês só para ficarmos um pouquinho mais próximos nesta sessão que é solene, mas é uma festa bonita para a cidade e para a Assembleia.

Vocês não moram na União, um ente da Federação. Vocês não moram no estado, que é o estado de direito visando à parte jurídica, mas é o estado também em que as coisas acontecem no sentido da institucionalidade. Vocês moram no município, onde, se bate na porta, tem um vizinho; onde, se tem um problema, encontra o vereador ou a vereadora; onde, se tem uma dificuldade ou um direito a ser solicitado, procura a administração pública; onde tem uma igreja, seja ela evangélica, seja ela católica, não importa, onde tem a comunidade que tem a sua fé em um Deus que é único.

É no município que as coisas acontecem. É onde os senhores choram, às vezes, algumas tristezas, mas também sorriem muito, e isso faz parte da maioria do tempo da vida, com as alegrias que esse município dá a vocês, e que vocês ajudam também a construir nesse município. É com esse espírito, com esse sentimento, com esse amor, é com essa alegria, que nós, da Assembleia, todos os 94 deputados - incluindo o nosso sempre presidente Barros Munhoz, trazendo a Câmara Federal representada por Arnaldo Faria de Sá -, fazemos esta sessão para marcar definitivamente os 200 anos da cidade.

Quero dizer, prefeito, que demorou 200 anos para que pudéssemos chegar aqui hoje. Não foram 200 dias, Estela, não foram 200 meses. Foram 200 anos. Muita gente nasceu, cresceu, construiu a história, escreveu e, agora, nós estamos no deleite desta festa para aplaudir a cidade de Casa Branca, por meio daqueles que moram, que nasceram ou foram para lá fazer essa história.

Dando continuidade ao início do deputado Barros Munhoz, vamos dar uma bela salva de palmas ao município de Casa Branca, com muito orgulho, com muita honra, com muita alegria. (Palmas.)

Quero dizer a todos vocês que estamos sendo assistidos, ao vivo e em cores - isso é um trabalho do deputado Barros Munhoz, quando presidiu esta Casa recentemente - pela TV WEB, e esta sessão será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado, dia 8 de novembro de 2014, às 21 horas, pela NET, canal 7, pela TV Aberta, canal 61.2, TV Vivo Digital, canal 185 e analógico, canal 66.

Ou seja, esta sessão, neste exato momento, está sendo transmitida para mais de 220 países do planeta Terra. Não é só Casa Branca ou só São Paulo que está assistindo. O planeta Terra, se se conectar por aqui, consegue assistir o que está acontecendo. Este é o momento da revolução - não é evolução - que temos hoje com a informática no mundo, com a telefonia, com tudo aquilo que vivemos num mundo novo.

Isso, temos que dar crédito a quem fez à época, que mudou essa questão da informática no mundo, da transmissão, que foi à época de Fernando Henrique Cardoso, que era presidente. Tinha, naquela época, de fazer a votação desses projetos, de fazer a privatização de empresas importantes que precisavam participar dessa nova tarefa. E já tinha naquela época o Arnaldo Faria de Sá, que votou. Na sua fala, com certeza, ele vai dizer isso e contar um pouquinho para todos nós. Muito obrigada, Arnaldo.

Agora, vamos assistir, deputados, a um momento importante que vai resumir em um vídeo, de talvez um pouquinho menos de dez minutos, uma história de 200 anos. Vamos assistir agora ao institucional comemorativo à cidade de Casa Branca.

 

* * *

 

- É feita a exibição de vídeo institucional.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas à história de Casa Branca, construída por milhares de mãos, inteligências e corações. (Palmas.) Os senhores e senhoras, certamente, têm uma parte importante nesse vídeo que acabamos de assistir.

Queremos passar agora, com muita alegria - até porque ele tem que pegar o avião para Brasília; o trabalho dele nos representando é no Planalto Central -, a palavra a esse grande amigo de São Paulo, deputado Arnaldo Faria de Sá, para transmitir o seu sentimento nesses 200 anos.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Bom dia a toda a população de Casa Branca. Quero cumprimentar a presidente desta sessão, deputada Célia Leão, o nosso sempre presidente deputado Barros Munhoz, Ildebrando Zoldan, nosso grande prefeito; José Renato, presidente da Câmara, e, em seu nome, todos os vereadores. Tenho certeza de que não está no Cerimonial, mas está com destaque pelo Zoldan a presença do nosso amigo Domingos Travesso. Parabéns, Domingos Travesso, aqui presente.

Nosso grande amigo, parceiro de luta, Ildebrando Zoldan, lá em Brasília, é com alegria imensa que estamos aqui participando deste evento de 200 anos de Casa Branca, a capital da jabuticaba e, sem dúvida, de outros produtos agrícolas extremamente importantes. Tenho certeza que Zoldan, que está praticamente na metade do mandato, terá oportunidade, na metade restante, de completar um trabalho maravilhoso para a agricultura local; uma emenda que nós fizemos para a cidade, da patrulha agrícola, já está implementada. Estive recentemente na cidade para a inauguração da agência da Previdência Social, uma grande conquista para a cidade, que nós tivemos o prazer de poder colaborar.

Estar aqui presente hoje, junto com a deputada Célia Leão, fazendo esta homenagem - os trabalhos presididos, inicialmente, pelo deputado Barros Munhoz - ao nosso prefeito Ildebrando Zoldan, é uma honra. Sem dúvida nenhuma é uma grande homenagem que a cidade de Casa Branca merece e faz jus. Duzentos anos, sem dúvida, é um tempo extremamente importante. Tivemos oportunidade, na Câmara Municipal da cidade de Casa Branca, de comemorar esta brilhante sessão feita na Assembleia Legislativa pelos 200 anos da cidade de Casa Branca.

Tenho certeza, Zoldan, que você completará a sua administração de maneira profícua, eficiente e eficaz. Desde os tempos da antiga CAF, junto com o Domingão, você fazia um trabalho maravilhoso. Você deixou saudade junto com o Domingos do Mosap. Sem dúvida, o Movimento dos Servidores Aposentados do Serviço Público sente a falta da sua luta e do Domingão. Emprestamos você para Casa Branca para fazer esse brilhante trabalho.

Parabéns Casa Branca, parabéns população casabranquense.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, deputado. Uma salva de palmas a essa liderança, a esse amigo, homem sério na vida pública. (Palmas.) Agradecemos a sua presença e sua manifestação.

Com a mesma alegria, com o mesmo entusiasmo, dando continuidade à nossa sessão, queremos lembrar a todos que a nossa sessão está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB e será transmitida também pela TV Assembleia, no próximo sábado, dia 8. Temos ainda tempo de gravar isso nos nossos televisores. No próximo sábado, dia 8, às 21 horas, esta sessão estará sendo transmitida pela TV Assembleia - certamente temos acesso à TV Assembleia para fazer a gravação, além de assistir -, pela NET, canal 7, pela TV Aberta, canal 61.2, TV Vivo Digital, canal 185 e analógico, canal 66.

Estamos em Casa Branca, região, estado de São Paulo, no Brasil e no mundo. Até porque Casa Branca e nós da Assembleia merecemos também a alegria de sermos conhecidos pelos demais moradores do estado de São Paulo, do Brasil e do mundo.

Queremos agora passar a palavra a ele que tem a história na vida, na família, desde criança, e que pode contar como ninguém como foi nascer, crescer e conhecer esse pedacinho maravilhoso da jabuticaba no Brasil, que é Casa Branca. Convidamos com muita honra, com muita alegria, o nosso querido professor Mário Beni para fazer a sua saudação.

Muito obrigado, professor Mário Beni. Se o senhor quiser usar a nossa tribuna embaixo, que é nossa tribuna oficial, fique à vontade para fazer sua manifestação. Uma salva de palmas ao professor Mário Beni, que foi deputado junto com o senhor seu pai. (Palmas.) Seu pai foi deputado estadual e por nove mandatos deputado federal do município, da região de Casa Branca.

 

O SR. MÁRIO BENI - Sra. presidente Célia Leão, caríssima Célia Leão, senhor prefeito municipal de Casa Branca, Ildebrando Zoldan, que, com muita emoção, é um prefeito da minha geração, daqueles tempos, José Renato, presidente da Câmara, filho do Laércio Romano, companheiro de tantas lutas políticas no município.

Deputada Célia, minha presidente, o tempo é sempre presente, lembrando Santo Agostinho. É o presente como memória de 200 anos. Duzentos anos do município de Casa Branca. É o presente como experimentamos aqui, agora, nesta solenidade, onde se recorda dos tempos de Casa Branca. As pessoas, os fatos históricos serão rigorosamente narrados e descritos logo mais.

Eu queria apenas, nessa tridimensionalidade do tempo, trazer algumas figuras que representaram Casa Branca no cenário político estadual e nacional. O primeiro deputado estadual eleito pela zona eleitoral foi o engenheiro Francisco Thomaz de Carvalho. Dr. Francisquinho, engenheiro renomado, chegou a ser professor da escola Politécnica, da Universidade São Paulo e representou Casa Branca no Parlamento estadual. O segundo deputado foi meu pai, que, em 1946, foi eleito pelo distrito de Casa Branca, já no Estado Novo.

Temos Luciano Nogueira Filho, também deputado estadual; por um breve período, este que vos fala; também Eduardo Bittencourt de Carvalho, ministro do Tribunal de Contas, conselheiro do Tribunal de Contas, Afif Domingos, atual ministro no governo federal, foi deputado federal; Sebastião Nogueira de Lima, foi interventor por um período no estado de São Paulo, logo após exercer, por muito tempo, a Secretaria de Justiça. São os nomes que representaram os casabranca no legislativo estadual e federal.

Evidentemente, no Judiciário, nós nos perderíamos se fôssemos citar tantos quantos foram aqueles que desenvolveram suas atividades no Judiciário, tanto no estado como no Supremo Tribunal Federal. Eu me lembro do ministro Costa Manso e tantos outros que por lá passaram e representaram Casa Branca.

Casa Branca se pontificou - entroncamento rodoferroviário, tem uma posição geográfica importante. Por essa razão, foi sede administrativa da região por muitos anos. Lá tivemos todas as delegacias regionais; depois, com uma nova concepção de regionalização administrativa do estado, passaram para Campinas; algumas, para São João da Boa Vista.

A cidade se destacou em todas as áreas. Nas áreas empresariais... Vejo aqui o Geraldo Villas Boas, que foi presidente da Cesp. Se fôssemos numerar aqueles que passaram pela escola normal de Casa Branca, Instituto de Educação Francisco Thomaz de Carvalho, iríamos encontrar empresários, políticos, juristas destacados, profissionais da área da saúde e tantos outros.

Por isso, Sra. Presidente, eu queria agradecê-la, em nome do povo de Casa Branca, do prefeito Ildebrando Zoldan, dos seus vereadores, por ter acolhido nesta Casa esta festividade, esta cerimônia, que traduz sua sensibilidade para com os municípios do interior. A senhora que é presidente da Frente Parlamentar de Turismo e que lidera tantas outras iniciativas traz para nós, hoje - com a lembrança desse passado de glórias, de representatividade, da sua perspectiva agrícola, hoje pujante - com este presente de lembranças e homenagens, a certeza de que o futuro também será uma expectativa presente.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, professor Mário Beni, pela sua história viva da cidade, das lideranças, da construção de Casa Branca. Muito obrigada, mesmo.

Queremos, agora, convidar com muita alegria, com a mesma alegria e o mesmo entusiasmo, o nosso querido diretor de Cultura, querido Luis Renato Thadeu para também transformar em palavras o sentimento desta festa bonita dos nossos 200 anos.

Nosso diretor de Cultura pode se direcionar ao nosso microfone da Casa.

 

O SR. LUIS RENATO THADEU LIMA - Deputada Célia Leão, deputado Barros Munhoz, prefeito Zoldan, vice-prefeito Eurico, Dr. José Renato, presidente da Câmara Municipal; vereador Wagner Genari, vice-presidente, demais vereadores, colegas de diretoria da prefeitura, amigos e casabranquenses aqui presentes, a história de Casa Branca, na verdade, tem muito mais do que 200 anos.

Mais precisamente, em 1648, o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, Anhanguera, já percorria a região em busca do ouro de Goiás. Desde 1731, o chamado “caminho de Goiás” já era intensamente utilizado, havendo moradores principalmente nos rios, onde era necessário o pagamento do serviço de balsas para que eles pudessem atravessá-los. Assim, os mascates percorriam a região até o Rio Pardo, para depois chegar ao Rio Grande.

O comércio, mais precisamente na região de Casa Branca, intensificou-se com o entroncamento do caminho de Goiás com o caminho que vinha de Minas Gerais, de São João Del Rei, Baependi, passando por Caconde e se unindo ao caminho de Goiás em Casa Branca.

No mapa da capitania de São Paulo, enviado ao rei de Portugal, datado de 1773, já existe a menção à Casa Branca. Nos recenseamentos de Mogi Guaçu, de 1765, 1767 e 1783, também há menção de moradores em Casa Branca. Por volta do ano de 1810, o padre Francisco de Godoy Coelho adquiriu campos e terras no local hoje chamado Cocais e ali construiu uma capelinha dedicada a São Mateus e Santana, com o intuito de ali construir uma nova freguesia.

Com a ajuda de Bento Dias Garcia, que já era proprietário ali na época, e animados pelo padre Godoy, os moradores da região requereram ao bispo de São Paulo a criação de uma freguesia. Seria óbvio, pelo ordenamento jurídico da época, que a mesma funcionaria na capela já existente do padre Godoy, que, de uma certa maneira, quis agradar o bispo dom Mateus. O bispo era Mateus, e Santana é a padroeira da arquidiocese de São Paulo. São Paulo passou a ser padroeiro há três ou quatro anos.

O bispo não se sensibilizou com a homenagem e, após ouvir o pároco de Mogi Guaçu, opinou a dom João VI que a Freguesia deveria ser criada no local denominado da Casa Branca, porque era o centro da região.

Dom João VI, ouvindo o parecer da Mesa da Consciência - um tribunal que aconselhava o rei de Portugal em assuntos eclesiásticos e de consciência - deu um parecer favorável e, no dia 15 de março de 1814, assinou resolução concordando com o proposto, criando a Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Casa Branca e de Bom Jesus dos Batatais. Uma, antes do Rio Pardo, outra, depois do Rio Pardo.

 O alvará para o funcionamento da Freguesia, datado de 25 de outubro de 1814, é considerado, portanto, como a data da fundação da Freguesia de Casa Branca. Casa Branca fugiu ao ordenamento que existia na época, em que todo povoado começava de uma capela. Ela foi criada como Freguesia, e pode-se dizer que é das poucas cidades do país que teve a sua certidão de nascimento assinada por um rei.

O nome Casa Branca tem uma origem poética - não comprovada historicamente - que seria uma casinha branca, ou uma casinha de argila clara, que servia de pouso aos tropeiros. Outra hipótese, historicamente constatada, é que seria um quartel que a capitania de Minas Gerais mandou erigir em Casa Branca por volta de 1800, preocupada com o desvio de ouro que existia na região. Assim, a capitania de Minas invadiu - isso é comprovado em mapas - e tomou posse dessa região do estado de São Paulo, construindo esse quartel que era chamado de aquartelamento da Casa Branca. Uma terceira hipótese seria a distorção da expressão indígena “haça-bang-ca”, que significa caminho torcido em uma alusão à fuga, ao desvio de ouro que já existia na região.

O crescimento se deu a partir da criação da Freguesia e, no ano de 1841, Casa Branca foi elevada à categoria de vila dependente de Mogi Mirim. Em 1842, foi instalada a primeira Câmara Municipal, quando da posse dos seus vereadores por procuração em Mogi Mirim, representada pelo seu presidente Manoel Thomaz de Carvalho.

Em 1841, Casa Branca era o maior núcleo populacional entre Mogi Mirim e Goiás, com cerca de mil habitantes. Em 1972, Casa Branca se tornou cidade e, em dois meses, comarca, com uma população de dez mil habitantes. Do território original de Casa Branca, surgiu a maioria das cidades, incluindo Ribeirão Preto.

A partir de 1878, com a chegada dos trilhos da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, a cidade transformou-se em ponto obrigatório de embarque de passageiros e de mercadorias vindas de Minas e Goiás, trazidas por tropas de animais. Desenvolveu-se, nessa época também, a cultura cafeeira, incentivada pela facilidade do transporte ferroviário.

Nessa época, Casa Branca recebeu por duas vezes a visita do imperador dom Pedro II, tendo o mesmo agraciado a três casabranquenses - ou quatro, se considerarmos o barão de Monte Santo, que era de Mococa e, à época, Mococa era uma vila, pertencente a Casa Branca - com o título de barão.

Foi uma das primeiras cidades a contar com o serviço de energia elétrica e de transporte público com bondes a tração animal. Mesmo com a extensão dos trilhos da Mogiana até Franca e, posteriormente, Ribeirão Preto, a cidade se manteve como importante tronco ferroviário, pois era ponto de partida de vários ramais para o sul de Minas Gerais.

A partir de 1913, com a criação de três grandes escolas normais pelo Governo do Estado de São Paulo, sendo uma delas em Casa Branca, com o trabalho do deputado provincial, à época, Dr. Francisco Thomaz de Carvalho - que o Dr. Mário Carlos Beni aqui mencionou -, a cidade é transformada em uma capital-escola, recebendo estudantes de toda a região. Houve também a mudança de várias famílias em busca da educação dos filhos.

Junto com a ferrovia e o café, a escola foi a responsável pelo aumento da população da cidade que, em 1920, chegou a quase 27 mil habitantes, aproximadamente um pouco menos que a população atual.

Com a crise do café em 1924, a escola normal assumiu um papel preponderante na vida da cidade e no crescimento das manifestações culturais bastante intensas nas suas variadas formas. Tal liderança permaneceu até o fim dos anos de 1950.

Na década de 1930, foi construído no município um grande hospital para tratamento de hanseníase, Asilo Colônia Cocais, constituindo-se em uma pequena cidade com toda infraestrutura, como cinema, teatro, estádio de futebol, igreja católica, presbiteriana, centro espírita, jornal e emissora de rádio. Com isso, considerável parte da população passou a trabalhar no referido estabelecimento, que, em 1973, com o final da internação compulsória dos hansenianos, foi transformado em centro de reabilitação para portadores de doenças mentais.

Com a construção e asfaltamento das rodovias, Casa Branca tornou-se um importante entroncamento rodoviário, fortalecido com o declínio, privatização e até supressão de vários trechos da ferrovia.

Em Casa Branca, além das boçorocas já apresentadas no vídeo e da festa da jabuticaba do Bosque Municipal, temos também, como atrações, a Igreja de Nossa Senhora das Dores, o Santuário de Nossa Senhora do Desterro, o marco comemorativo da retirada da Laguna. Os soldados que foram para a guerra do Paraguai e protagonizaram a célebre retirada da Laguna, quando se dirigiam para o Paraguai, acamparam em Casa Branca. Fazia parte da equipe o engenheiro Alfredo d’Escragnolle Taunay, o futuro visconde de Taunay, que, posteriormente, ao escrever seu romance “Inocência”, imortaliza Casa Branca em suas páginas: “Nascera Cirino de Campos, na sossegada e bonita Vila de Casa Branca, a qual demora umas 50 léguas do litoral.”

O Dr. Mário Carlos Beni falou das pessoas do campo jurídico - pedindo perdão, porque, com certeza, vou omitir alguém -, mas eu ousaria citar alguns nomes. Ele mencionou o Dr. Manoel da Costa Manso, que foi juiz somente na comarca de Casa Branca e era nascido em Mogi Mirim. De Casa Branca, ele saiu como desembargador para o Tribunal de Justiça e, posteriormente, ministro do Supremo Tribunal Federal. O fórum de Casa Branca hoje recebe o nome do ministro Costa Manso.

Chegaram ao cargo de desembargador os casabranquenses Odilon e Young da Costa Manso, filhos do ministro Costa Manso, Joaquim de Sylos Cintra, Francisco Thomaz de Carvalho Filho, Lourenço Abba Filho, juntamente com Francisco Thomaz de Carvalho Júnior e Antônio Luiz Pires Neto, de famílias da cidade. Ainda Mário Hoeppner Dutra e Flávio Torres, que exerceram suas atividades em nossa comarca como juiz e promotor respectivamente. Na esfera federal, temos também o desembargador Luiz de Lima Stefanini, nascido em Caconde, filho do escritor casabranquense João Stefanini.

Casa Branca teve também muitos escritores. Esses, eu não ousaria citar os nomes, porque, com certeza, eu cometeria omissões e até erros graves. Mas eu gostaria de citar um que surgiu, a partir do ano de 1974, e ficou muito conhecido e popular entre toda a juventude do Brasil: Ganymédes José dos Santos Oliveira, nascido em Casa Branca em 1936 e falecido em 1990. Quem o conheceu sabe que o Ganymédes, além de escritor, foi compositor, músico, artista plástico dos mais criativos e reconhecido em todo o Brasil.

Encerrando, eu vou ler um texto do Ganymédes, chamado “Nossa Cidade”, que talvez tenha sido publicado por volta de 1980, neste livreto feito à época pelo saudoso prefeito Carmo Aga, para a divulgação da cidade.

“Nossa Cidade”, Ganymédes José: “No começo, na rota dos bandeirantes que demandavam Minas Gerais, nasceu a rua do Comércio. Depois, a comprida coronel José Júlio, da estação da Mogiana ao marco da fé, a Igreja do Rosário, engalanada com o leque das palmeiras imperiais. E, nas asas da poeira, do vento, da chuva, ia a história, vagarosamente, girando as coloridas páginas da tradição de um povo que se formava.

Nascentes de idealismo e coragem, as casas de ensino preparavam levas e levas de novos profissionais, que, como revoada de abelhas em busca de outros pomares, um a um espalhava cultura pela imensidade deste Brasil. E o povo de Casa Branca tornava-se conhecido pelos nortes, suis, lestes e oestes brasileiros.

Mas, se, de um lado, a barba-de-bode continuava lançando sementes praguejantes de nossos campos, mutirões começaram a apontar, alimentados por novas esperanças. E os quintais dos antigos casarões começaram a ser fracionados. Ali como vagalumes, a cada anoitecer, acendia-se a luz de um novo lar. Eram os imigrantes que acreditavam na generosidade desse solo.

Muito já se escreveu sobre esses nomes que, através das letras, das artes e da ciência, imortalizaram o nome da terra da Casa Branca. Na ciranda do tempo, muita coisa aconteceu. Pela circunvizinhança, iam as demais cidades se emancipando, alargando seus parques industriais, seus bairros, suas ruas, suas escolas. Enquanto isso, a pequena Casa Branca estacionava-se solitária, vendo, com angústia, os filhos de seus filhos partindo para os grandes centros, onde procuravam realizar novas condições de vida.

Cresceram as cidades pequenas, e a cidade grande tornou-se ainda maior. Surgiu a nova mentalidade. O átomo deixa de ser empregado para fins pacíficos, o computador substitui a razão, a tecnologia disseca a espiritualidade, as florestas são cortadas rente ao chão, secam-se as fontes cristalinas, homem polui os rios e o próprio ar que respira. E Casa Branca, igual à avozinha que, da cadeira de balanço, pacientemente, observa a correria da criançada.

De repente, os carros começam a chegar. Primeiro, durante as férias, depois, para fins de semana. E até os filhos dos filhos que se foram regressam, cansados, desiludidos, sufocados pela batalha desgastante de um mundo agressivo, que se consome aí por fora, estertorando em morte, sufocando pelas fornalhas e semeando detritos de radioatividade pelo azul do infinito. Voltavam sedentos por um pedacinho da terra nos quintalões, onde seus antepassados haviam vivido anos de paz e bem.

Olhando-se para a praça da matriz, vista do topo do edifício Bazilone; olhando-se para a rua da estação, onde, como coruscante diadema vivo, os automóveis circulam; olhando-se para as sinuosas fileiras de postes iluminando a escuridão; olhando-se para a capela do Desterro, o farol vigilante que vela pela tranquilidade do sono dos casabranquenses; respirando-se o ar que emerge dos portais do céu e por onde se avalia o total brilho das estrelas. Qualquer um pode seguir o significado desta nossa terra.

Então, dá-se graças por tudo, mesmo apesar de havermos perdido nossos trens, ou nossas indústrias, ou mesmo por não havermos crescido a ponto de nos tornarmos um grande entres os maiores. Porque paga-se um preço muito elevado pelo progresso e, na maioria das vezes, é o preço da nossa própria vida. Afinal, mesmo pequena no tamanho, Casa Branca teve o maior mérito, que foi o de conservar a pureza de suas raízes e dos ideais daqueles que lançaram seus alicerces. E, para os filhos dos filhos, que retornam sedentos pela água pura e sufocados pelo ar poluído, aqui puderam reencontrar a paz da qual as gerações passadas tanto haviam falado; igual encontrariam a paciente avó na cadeira de balanço e cujos braços abre para receber os cansados aventureiros que descobriam lá fora que a verdadeira grandeza de uma terra se mede, não através da receita financeira que ela possui, mas sim através da generosidade do coração de seus moradores, porque a eles chegam e ficam para sempre.”

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, nosso diretor de Cultura. Uma salva de palmas ao Luis Renato que nos trouxe, deputado Barros Munhoz, a história contada literalmente em verso e prosa. (Palmas.) Uma história que muitos de nós que nascemos lá, crescemos lá ...

Nosso querido prefeito Ildebrando me dizia que é do distrito de Lagoa Branca. Quer dizer, tem toda a história na cidade, desde sua família. Muitos de nós - não digo eu no caso, não sou diretamente da cidade; quando digo nós, são todos os senhores e senhoras, todos vocês que crescem em uma cidade, vivem na cidade, aprendem da cidade, curtem a cidade - muitas vezes não sabemos a riqueza dessa história aqui repassada.

Muito obrigada ao nosso querido Renato Thadeu. Não podia ser diferente, prefeito. O senhor escolheu a pessoa no lugar certo, nosso diretor de Cultura.

Com esse mesmo entusiasmo, essa mesma alegria, dando continuidade à nossa sessão solene dos 200 anos da cidade de Casa Branca, queremos, agora, convidar, para fazer parte da tribuna de honra desta Casa, e deixar aqui transformado seu sentimento em palavras, o nosso vice-prefeito de Casa Branca, Sr. Eurico Sassi Filho, nosso amigo, companheiro, que também está ajudando a construir e escrever essa nossa história.

Se o senhor preferir, pode fazer uso da tribuna oficial ou aqui de cima. Como o senhor preferir.

Todos os microfones são importantes, mas eu fico muito feliz quando o orador fala da tribuna de honra da Casa. Quem senta aqui é o presidente. Não sou eu que me sento aqui todos os dias, é o deputado Samuel Moreira, nosso presidente, que foi precedido pelo deputado Barros Munhoz. Aqui é a Mesa Diretora, mas a tribuna oficial é a tribuna oficial.

Por favor, nosso vice-prefeito.

 

O SR. EURICO SASSI FILHO - Prefeito de Casa Branca, Ildebrando Zoldan, que tenho a satisfação de estar ao lado, oferecendo meus serviços à Casa Branca, deputada Célia Leão, o meu carinhoso abraço, gratificante abraço, por esta grande festa, eu diria. Através da senhora, estendo meu abraço a cada um daqueles que compõem esta Mesa.

Casabranquenses presentes, e os que não são casabranquenses, mas hoje, com certeza, são casabranquenses de coração. Falar de Casa Branca é falar de um povo, um povo que tem raça. Toda história vai sendo formada por aqueles integrantes, e Casa Branca veio construindo sua história, ao longo desses 200 anos, errando, acertando. Com certeza, acertou mais do que errou. Com certeza, enxergou mais do que, às vezes, teve a visão obscurecida.

Quando nós falamos de Casa Branca e olhamos uma plateia como esta, em todos os sentidos, enxergamos pessoas com seu nível de importância. Quando disse da história de Casa Branca, eu quis dizer da importância de cada um aqui presente. Volto a dizer, não só os casabranquenses. Vejo Casa Branca como uma grande árvore. E aqui vejo várias raízes segurando essa árvore em pé, várias raízes que não deixam essa árvore tombar.

Quando nós assumimos a prefeitura, quando fui convidado, a primeira coisa que veio no meu coração foi o povo de Casa Branca, foi a cidade de Casa Branca. Eu sou casabranquense e tenho 61 anos. Isso foi o que nos levou a acreditar que Casa Branca - olhando para vocês, volto a dizer - não é uma cidade do passado. Muitas vezes, olhamos para Casa Branca e colocamos as críticas sobre Casa Branca em nosso bolso. Isso só nos atrapalha, porque vai colocando peso, vai se tornando um fardo para cada um de nós. Mas prefiro, olhando cada um de vocês, ver Casa Branca como a cidade da esperança.

Uma pessoa como Zoldan - não o estou chamando de velho -, com essa idade, fortalecido pela nossa querida Estela, que poderia estar quietinho na sua casa descansando, abraçou essa causa. Quando olhamos para isso, não podemos ficar apáticos.

São essas palavras que eu queria deixar para você, casabranquense, que está aqui, para aquele que nos apoia, para vocês que formam esta Mesa. Esta festa, como comecei dizendo, é uma festa que Casa Branca merece, é uma festa que o casabranquense merece, é uma festa que vem acender em nós a esperança de dias melhores. O povo sem esperança é um povo morto. Aqui está a resposta dos segmentos. Aqui está a resposta daquilo que Casa Branca é e será. Aqui está a resposta daquilo que Casa Branca gerou em termo de pessoas, de grau e importância.

Quero terminar a minha fala dizendo - não só para mim - que, se você está aqui, você não veio para ficar sem trabalhar um dia lá. Você veio porque está empenhado nesta causa. Você veio porque está assumindo carregar esse fardo conosco como governantes. O governante somos nós, são vocês.

Quero terminar dizendo: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor.” Que Deus nos ajude nesta empreitada, particularmente eu e o Zoldan, e cada um de vocês que está aqui, que está assumindo conosco este fardo. Nosso muito obrigado, casabranquense. Muito obrigado a vocês que organizaram e nos presentearam com esta grande festa.

Parabéns, Casa Branca.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, Eurico, nosso vice-prefeito. Uma salva de palmas. (Palmas.) Parabéns pelo seu trabalho. Mais do que isso, pelo seu compromisso com a administração pública, com o senhor prefeito e, sobretudo, com a comunidade. Muito obrigada, mesmo.

Queremos agora, com muita alegria, com muito entusiasmo, muita honra... Não sei se os senhores e as senhoras, ou uma maioria, ou uma minoria, não importa o número, conheciam a Assembleia Legislativa. Certamente, conhecem como Poder Legislativo do estado de São Paulo, as suas atribuições, como disse o deputado Barros Munhoz. O primeiro papel do legislador, logicamente, é legislar, seja ele vereador, deputado federal ou estadual. É fazer as leis. Depois, fiscalizar o Poder Executivo, que também é uma atribuição constitucional de cada um dos membros aqui bem representando a comunidade do estado de São Paulo. Somos 43 milhões de habitantes em 645 municípios.

Também cabe a nós fazer esse tipo de trabalho, representar o povo, que é o maior trabalho que fazemos, fazer as justas homenagens, receber as solicitações e reivindicações. Para nós, da Casa, de fato, é um momento muito importante. Guardar nos Anais da Casa fica marcado para sempre. Ficará marcado na história de Casa Branca e da Assembleia Legislativa.

Fico feliz, deputado Barros Munhoz, que nós, o senhor, eu e os deputados da Casa... Não tem problema nenhum. Política é uma coisa bonita, política é uma coisa maravilhosa para nós, para toda a sociedade. É uma coisa feliz, é uma coisa sagrada. Política não é brincadeira. Política é coisa séria.

Fico mais à vontade, presidente Barros Munhoz, de fazer esta sessão marcada pela questão da data do aniversário de 200 anos e por questão de agenda deste plenário, no plenário principal da Casa, o plenário onde os debates acontecem. Os senhores e senhoras estão sentados onde se assentam os deputados, homens e mulheres, dos diversos partidos de que esta Casa é composta. Aqui fica a Mesa Diretora dos trabalhos. Esta Casa tem o papel fundamental de cuidar, organizar e orientar o estado de São Paulo.

Fico muito feliz em estar fazendo esta festa, esta sessão, depois das eleições, depois do dia 5 de outubro e do dia 26 de outubro, porque mostramos e marcamos, na prática, a isenção do trabalho na vida pública, isenção do trabalho dos políticos. Políticos esses, homens e mulheres, que são sérios, como é o nosso grande representante Barros Munhoz, que tem mais de 40 anos de vida pública. Já foi prefeito, deputado, ministro, secretário. Isso tem que ser reconhecido e conhecido.

Estamos aqui também com a presença do Marco Monteiro, nosso querido, grande companheiro, grande amigo, que faz parte da história política deste país, que cuida de obras de instituições, de empresas, por onde passa neste estado, para fazer engrandecer nosso estado. São pessoas de vida pública, assim como os senhores e senhoras. Eu vejo jovens aqui, vejo meninas, vejo pessoas com mais idade, vejo senhores... Parte da sociedade certamente não está aqui, os quase 30 mil moradores de Casa Branca. Mas parte dos que moram na cidade estão aqui representando a cidade.

Quero dizer, com isso, o quanto é importante esta festa, este evento, esta sessão solene, as lideranças que estão aqui - não pela minha pessoa -, do deputado Barros Munhoz, ao prefeito, aos vereadores, ao vice-prefeito, a cada um de vocês. Isso, de fato, marca no nosso coração. O salário do deputado não aumenta porque faz uma sessão solene, aumenta o trabalho, mas fazemos esse trabalho com muita alegria, com muita vontade. São os servidores da Casa, são os assessores da Casa que se movimentam para que possa acontecer esta sessão.

Tenham a certeza de que, quando fazemos uma sessão solene, fazemos porque tem objeto para isso, conteúdo para isso e história para isso. Não fazemos sessão solene por qualquer motivo, por qualquer tema. Fazemos com temas que, de fato, engrandeçam a história do estado de São Paulo. E Casa Branca engrandece, prefeito.

Com muita honra, pediria que ficassem em pé, neste momento, os vereadores que aqui estão representando esta grande cidade, o seu povo, porque vereador representa o seu povo. Wagner Genari, por favor, nosso vice-presidente da Câmara de vereadores de Casa Branca, fique de pé. Queremos convidar, para que fique em pé, o nosso vereador Carlos Alberto de Souza, do PMN - o vereador Genari é do PSL -, nossa vereadora Daniele Ferreira Silvério Soares, do PMN. Queremos convidar também, para que fique em pé, nosso vereador Claudenir Aparecido da Silva, do PP, vereador Alzírio Honório Meglorini, do PP, vereador Carlos Alberto Santa Rosa Filho, do PT, vereador Antônio Benedito Ferreira, do PSD - da mesma forma, fique na posição de honra para poder representar a cidade, fique em pé -, vereador Márcio Fernando Buzzato, do PSDB, que é o nosso partido. Cumprimento todos os partidos da cidade e do estado de São Paulo aqui na Casa. Vereador Rogério, que também fique em pé, por favor.

Vamos agora receber com muito carinho aqui na frente, na Mesa Diretora dos trabalhos, de forma simbólica, representando todos os senhores e senhoras, Vossas Excelências - assim tem de ser chamado pelo respeito que a cidade tem que ter por esses vereadores. Eu não sei falar bonito como o deputado Barros Munhoz, que não fala só bonito, fala com muito conteúdo, porque tem história para isso, tem passado para isso, tem presente para isso. Certamente, o futuro o espera.

Quero dizer, presidente Barros Munhoz, que aprendi com V. Exa., nas suas retóricas, nas suas falas, a importância que tem o Legislativo, seja ele municipal de um município pequeno de três mil habitantes, como Águas de São Pedro, ou um município grande que tem 55 vereadores, que é a capital de São Paulo, que acho que perpassa 12 milhões de pessoas.

Quero, com isso, dizer a importância que os senhores e a senhora têm de representar esse povo bonito, esse povo sério, esse povo sofrido, esse povo alegre. Eu digo sofrido no sentido da vida do dia a dia - cada um de vocês que tem trabalho, que procuram trabalho, que tem família, que tem pessoas que, às vezes, adoecem na família, que tem crianças para serem cuidadas e não irem para o mundo das drogas, que tem obrigação de cuidar dos idosos.

As pessoas da sociedade, vereadores e vereadora, trabalham muito para sobreviver. Para viver e sobreviver. As pessoas da sociedade são aquelas que nos elegem, assim como elegem vereadores, elegem deputados, elegem governador, elegem presidente, elegem senador, deputados federais, deputados estaduais. É para esse povo que nós temos de render nossas homenagens, prefeito.

Eu perguntava ao prefeito se ele já tinha sido vereador. Esse povo é tão sensível que, mesmo sem ter a história direta de um vereador, elegeu o prefeito, porque sabe da sua trajetória. Então, vida pública, prefeito, não é brincadeira. Vida pública é coisa séria. Vida pública é o voto sagrado. Por isso que eu digo que este chão aqui é chão sagrado.

Um dia, um deputado me disse: “Deputada, chão sagrado é chão de igreja.” Eu disse: “Também o é, mas chão sagrado é chão da Assembleia. Chão sagrado é chão da Câmara de vereadores. Porque lá tem de ter gente comprometida com a vida das pessoas da cidade, ou do estado ou do Brasil.” É isso prefeito. É nisso que eu acredito. É nisso que Barros Munhoz acredita. Por isso, que ele está na vida pública há 40 anos. É nisso que o Samuel Moreira, que agora se elegeu deputado federal, acredita.

Chão sagrado, porque, quando os eleitores vão na urna, eles não vão eleger só quem eles gostam, em quem eles confiam, alguém em quem eles acreditam. Claro que eles vão fazer isso também. Seja o candidato que for, do partido que for. Mas o eleitor, que são vocês, colocam na urna o voto da esperança, o voto da mudança, é o voto de cuidar da rua onde moro, do portão da minha casa, da escola do meu filho, da creche do meu netinho, do posto de saúde que vai receber a pessoa que está doente. Isso é o voto sagrado. E, se é voto sagrado, prefeito, é chão sagrado.

Portanto, quando peço para os vereadores se levantarem - tenham a certeza de que eu estou em pé também -, é para eles se sentirem grandiosos, porque são. São grandiosos, foram escolhidos pela comunidade. Mas para saberem também quão grandiosa é a tarefa que cada um dos senhores tem que cumprir ao longo desses dois anos e meio de mandato que ainda faltam. E ajudar o senhor prefeito e vice-prefeito.

Eu não sei a composição da Câmara, Barros. Eu não sei quem é oposição, quem é situação. Tudo isso faz parte da democracia. Não tem problema. Muito pelo contrário. A democracia existe para dar a liberdade. Muita gente morreu neste país na ditadura - jovens, jornalistas, estudantes, políticos foram exilados. Barros Munhoz conhece essa história de perto. Não por ser uma pessoa de idade velha, não, é porque tem compromisso desde jovem com a vida pública.

O Brasil sofreu muito com a ditadura. Hoje, temos a liberdade. Quando peço para a Câmara ficar de pé, peço apoio para a prefeitura, nem sei a composição. Não tem problema a oposição. Pelo contrário, faz parte.

Senhores vereadores, precisamos apoiar um governo sério, um governo bom, um governo honesto. De onde eu conheço a história de Casa Branca neste mandato do senhor prefeito, eu conheço um governo sério, um governo bom, um governo de trabalho. Usem e abusem do apoio ao seu prefeito, não pela figura singela que ele é, mas pelo que ele representa para a cidade. O que o prefeito fizer de bom repercute para este povo que está aqui representando o município de Casa Branca.

Queria, agora, com muita honra - porque, para mim, tem tamanho, para mim, tem fila na vida pública e, para mim, tem história ... Não tem ninguém, a não ser Deus que está neste plenário, maior do que ele nesta Casa, representando o Legislativo - eu me somo a ele como aluna e estou aprendendo; eu sei que estou e quero aprender - que o deputado Barros Munhoz.

Quero chamar o deputado Barros Munhoz para entregar para o presidente da Câmara, Dr. José Renato, um médico renomado, conhecido, a nossa placa de honra da Assembleia para ele guardar, colocar em uma parede, e saber que esta Casa se honra muito em ter um município como Casa Branca no Legislativo no estado de São Paulo.

 

* * *

 

- É feita a entrega da placa.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Ao final da nossa sessão, o deputado Barros Munhoz e eu queremos, junto com o presidente da Câmara e todos os vereadores, tirar uma foto oficial para guardarmos nesta Casa.

Dando continuidade aos nossos trabalhos, eu queria convidar agora o nosso presidente Dr. José Renato para ir ao microfone da tribuna oficial da Casa e fazer seu pronunciamento, transformar em palavras o sentimento que ele tem pela cidade e pelo Parlamento de Casa Branca. Ainda mais, como presidente da Câmara Municipal de Casa Branca. Por favor, presidente Dr. José Renato.

 

O SR. JOSÉ RENATO FURLANETTO ROMANO - Exma. Sra. Deputada Célia Leão, Exmo. Sr. Ildebrando Zoldan, prefeito de Casa Branca, Exmos. Srs. membros da Mesa desta sessão comemorativa, ilustríssimos senhores presentes, autoridades públicas, funcionários públicos, amigos de Casa Branca, como dissemos em nossa mensagem pública, por ocasião do transcurso do aniversário de 200 anos de nossa querida Casa Branca, completados no último dia 25 de outubro, fazer 200 anos de idade não é para qualquer um. E Casa Branca tem esse privilégio, senhoras e senhores. São dois séculos trilhando o caminho do desenvolvimento do estado de São Paulo. Duzentos anos que nem sempre foram favoráveis ao nosso município.

Nascida da vontade do rei D. João VI, que, por resolução régia, determinou a criação de um núcleo habitacional, na época denominado Freguesia, Casa Branca teve o seu nascimento diferenciado da grande maioria dos municípios brasileiros.

Enquanto grande parte das cidades teve uma formação espontânea, oriunda da aglomeração de moradores sob a proteção de um santo católico de sua devoção, a fundação de Casa Branca decorreu de uma necessidade de povoamento dos sertões de São Paulo, por parte do governo central. Até mesmo a devoção à padroeira Nossa Senhora das Dores foi sugerida pela Coroa. Dessa forma, Casa Branca e sua fundação têm uma história ímpar.

Ao longo dos seus primeiros anos, das primeiras décadas de sua fundação, Casa Branca enfrentou as grandes dificuldades comuns a lugares pobres, inóspitos e atrasados. Só alcançou a alegria do progresso quando, finalmente, no final do século 19, chegaram os sonhados trilhos da ferrovia Mogiana. Por essa época, Casa Branca teve um crescimento jamais visto. Tornou-se o centro de uma região, ponto de convergência para todos que tinham de cruzar São Paulo, Minas Gerais e outras regiões do Brasil.

Novamente, em 1913, Casa Branca recebeu outro impulso inestimável para o seu desenvolvimento, com a criação da Escola Normal de Casa Branca. Para lá se dirigiam estudantes de todo estado de São Paulo e sul de Minas Gerais. A cidade tornou-se referência em educação e cultura. Por essa época, recebeu a alcunha merecida de “Atenas Paulista”. Mas, com o declínio da ferrovia em todo o país e com a superação do ensino público, Casa Branca voltou a experimentar o ostracismo, arrastando-se por décadas, sem qualquer possibilidade de alcançar as glórias do passado.

Os municípios vizinhos também progrediram. O Brasil mudou. O mundo mudou. A pequena Casa Branca continuou pequena. Município com grande extensão territorial, localização estratégica excelente, a cidade teve de reavaliar seu rumo. A agricultura tornou-se sua maior referência, graças ao desenvolvimento tecnológico e às novas maneiras de trabalhar a terra. O território de Casa Branca passou a ser valorizado para todo tipo de lavoura.

Hoje, quando completa seu bicentenário de fundação, Casa Branca ainda procura enquadrar-se no mundo atual, procurando a sua grande vocação. Não teve a sorte de ser servida por grandes indústrias, não alcançou um crescimento acelerado e dinâmico como outros municípios mais novos que ela. Sua população ainda sofre com os erros do passado, clama por moradias, por ruas asfaltadas, por empregos e saúde mais digna.

Nós, homens públicos, escolhidos pela população casabranquense, temos esta incumbência: proporcionar a realização dos sonhos do povo de nossa terra. Ao completar 200 anos, Casa Branca reinicia sua história com mais pressa, com mais vontade, com mais clareza de objetivos. É o que todos nós esperamos e desejamos.

Parabéns, Casa Branca. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Obrigada, presidente Dr. José Renato, pelas suas palavras, pelo seu trabalho e pela representatividade que o senhor tem, como presidente da Câmara, dos vereadores. E, como falamos agora pouco, representa os 30 mil habitantes da cidade, independente da questão socioeconômica, questão cultural, questão de raça, religião. Pois é uma cidade livre, de pessoas livres, representadas por todos esses vereadores e vereadora que aqui falaram.

Logo será a vez do nosso prefeito, mas antes da maior autoridade, o prefeito, gostaríamos agora de ouvir a música “Barão da Jabuticaba”. Letra e música de Percival Bacci e Heitor de Carvalho.

 

* * *

 

- É feita a apresentação musical.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas aos nossos queridos e sempre presentes Percival Bassi e Heitor de Carvalho. (Palmas.) Uma música bonita que conta a história de forma lúdica.

É com muita alegria, agora, que queremos convidar o nosso querido prefeito Ildebrando, que tem a história voltada, desde o seu nascimento, sua família ... Queremos com isso dizer do compromisso que ele tem com a cidade, do compromisso que ele tem com a sua gente.

Aqui já foi dito que, certamente, Casa Branca tem problemas. Problemas comuns de uma cidade que cresce, de sua gente, que também labuta dia e noite para viver, sobreviver e buscar qualidade de vida. Mas a grandeza do prefeito é reconhecer os problemas e buscar alternativas. Então, é a maior autoridade da cidade. É prefeito porque a cidade assim o escolheu e o acolheu. A democracia dá oportunidade de as pessoas dizerem: “Queremos A, ou queremos B. E escolhemos o Ildebrando.” Esse prefeito que foi professor primário. Eu acho que é sagrado o trabalho do professor primário, porque pega nas mãos das crianças para ensinar o caminho do futuro, as primeiras palavras, o be-a-bá, as primeiras letras. É honrado.

É uma época em que ele foi professor, diferente de hoje, em que estamos resgatando essa história do professor. Depois, com competência, auditor fiscal. Conheceu desse estado para onde foi mandado e voltou com o coração aberto para sua região, para sua cidade. Tanto aberto estava o coração que abriu o coração do seu povo. E, com essa abertura de corações apaixonados por uma cidade que ama e quer ver essa cidade bela e com um futuro brilhante, a cidade o elegeu.

 O vice-prefeito Eurico traz também na sua competência o seu apoio aos vereadores, que conhece e reconhece o talento do prefeito.

A sua família está aqui, Armanda, dona Estela, aqui representando sua família, as suas netas. Ou seja, uma pessoa, Barros Munhoz, diferenciada. Assim como o senhor foi prefeito - não foi uma vez - várias vezes, elegeu seus sucessores, porque acreditavam na sua figura. E seus sucessores foram bons. Isso é homem de vida pública, isso é pessoa com vida pública, com comprometimento com a vida do próximo. O problema do próximo, prefeito, é problema nosso, também. O problema do próximo, primeira-dama, tem que nos afligir, tem que nos atingir, tem que tirar o nosso sono. E é isso que o prefeito Ildebrando vive, o problema do próximo.

É por isso que esta Casa, grandiosa que é - eu amo este Parlamento, nós amamos este Parlamento, que é a representatividade dos brasileiros que moram aqui, mais de 43 milhões -, quer prestar uma homenagem simples, porque é um quadro, um papel escrito, rascunhado no bom sentido. Mas que leve nesse quadro, prefeito, o amor, o carinho, o reconhecimento do talento e trabalho que um homem como o senhor quer fazer por São Paulo e pelo Brasil a partir de Casa Branca.

Eu o chamaria novamente, porque ele é grandioso, e não falo da boca para fora. Se eu não falar o que eu acredito, não sai. E não me dê para ler, porque eu viro analfabeta. Eu o chamo, porque eu gosto dele, confio nele e, ao longo desses anos, aprendi a amá-lo como pessoa humana e como líder. E é mesmo o nosso professor.

Quero pedir ao meu Barros Munhoz que traga o quadro, por favor, para que possamos homenagear o nosso prefeito Ildebrando. Podíamos ficar em pé e, com isso, depois aplaudir a nossa Casa Branca, por favor.

Convidamos também a nossa primeira-dama, por favor, para receber junto esse quadro e essa homenagem.

 

* * *

 

- É feita a entrega do quadro. (Palmas.)

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Podemos aplaudir bem forte, porque é a cidade recebendo, é o prefeito recebendo, são todos vocês recebendo este prêmio.

Agora, convidamos com muita honra o senhor prefeito - e também convidamos dona Estela - para ir à tribuna de honra da Casa fazer o seu pronunciamento. Por favor. A nossa esquerda, o prefeito, que já vai se dirigindo à tribuna de honra, para fazer o seu pronunciamento final nesta sessão.

Agradecemos, mais uma vez, a presença de todos e todas, de forma carinhosa a de Marcos Monteiro, nosso companheiro e grande amigo, que também aqui representa o governo do estado de São Paulo, no braço que lhe coube trabalhar pelo governo de São Paulo.

Agradecemos cada um dos senhores e senhoras presentes, dos vereadores, lideranças, secretários do município, que também são chamados de gestores.

Queremos agradecer, mais uma vez, a presença da dona Estela, que acordou às 4:15 da manhã, como me disse, para não atrasar e conseguir chegar na hora certa. Certamente, todos os senhores e senhoras também acordaram de madrugada para poder estar aqui nesta festa.

Por favor, prefeito.

 

O SR. ILDEBRANDO ZOLDAN - Muito obrigado. Acho que ser prefeito e estar à testa de uma prefeitura, no comando de centenas de pessoas - homens e mulheres -, é bem mais fácil do que este momento.

Eu queria agradecer penhoradamente à deputada Célia Leão, uma mulher de uma sensibilidade a toda prova e ao Barros, que nos tem auxiliado bastante. Quero cumprimentar, por meio dessas insignes pessoas, todos os presentes no plenário e na Mesa.

Aqui faço uma menção toda especial à minha Câmara Municipal de Casa Branca. Temos desavenças, temos nossos problemas, nossos acertos, nossos erros, mas a presença maciça da Câmara Municipal me envaidece, me deixa realmente envaidecido, porque são atitudes de solidariedade, de colaboração, de cooperação e tudo mais.

Tem outra coisa também, minha presidente Célia, que vai ser muito difícil eu me expressar. Gostaria imensamente de citar as personalidades que aqui estão, mas, nesse momento todo que eu estava na Mesa, podem acreditar, eu corri os olhos, bancada por bancada, pessoa por pessoa, e, todos vocês, eu conheço. Um mais intimamente, ou não, outros um pouco mais superficialmente, mas conheço absolutamente todos vocês aqui. Não cometeria veleidade nenhuma de querer citar nomes para fazer ressurgir alguma coisa, etc. Eu não tenho essa condição.

Todos vocês que estão aqui hoje são meus amigos, vieram aqui voluntariamente. O que o prefeito fez ao seu corpo diretivo, ao seu corpo de funcionários, foi um convite, não uma convocação. Essa acolhida que vocês deram, esse calor humano gratificante por demais, deixa-me extremamente sensibilizado. Isso redobra a minha vontade enorme de acertar, a minha vontade enorme de ter clarividência suficiente para gerir a minha cidade convenientemente, para poder comandar homens e mulheres dentro da justiça, dentro da justeza das coisas.

Eu já ouvi muitas vezes - e muitos aqui já ouviram - que o poder é terrivelmente solitário. Ele é terrivelmente solitário. E, no refúgio dessa solidão, o que nos fortalece são pessoas que eu tenho, como a Estela. Mas ela briga comigo também. Quando trocamos ideias, temos também nossas divergências, nossos conflitos. Mas nos acalentamos e vamos assim nos fortalecendo mutuamente.

Vejo aqui figuras que há muito tempo não via. Pessoas casabranquenses da gema que moram aqui em São Paulo. Como é gostoso vê-los aqui. Não vou nominá-los, mas como é gostoso vê-los aqui. Com a permissão dos senhores casabranquenses, quero citar só o nome de uma figura que trabalhamos juntos, e o deputado Arnaldo citou. Lutamos muito em outras causas de aposentados, pensionistas, serviço público federal, colega meu de profissão, que também acolheu o convite e está aqui presente. Domingos, levanta só um pouquinho. (Palmas.)

Domingos Travesso. Vocês pouco o conhecem, porque o nosso campo de batalha é bem diferente, mas ele já foi prefeito também em Flórida Paulista e sempre está me dando conselhos.

Eu estou com o script aqui e vou ler, sim, mas senti uma necessidade muito forte, muito grande, de tentar extravasar para vocês todos o como eu estou feliz.

Esse tempo todo, esses meses que antecederam os 200 anos foram terrivelmente pesados para mim. E, na solidão do poder - como eu falei para vocês -, a todo momento me questionava: “Será que é sobre estes ombros que pesa tanto os 200 anos de Casa Branca?” É um aniversário, é mais um ano. Mas como é enigmático, como é simbólico, como é significativo, um aniversário desse jaez, dessa força.

Depois, vou ler meu improviso, mas, antes, quero dizer uma palavrinha para vocês todos indistintamente. Muito obrigado. Muito obrigado por vocês estarem aqui.

Agora, vou ler o improviso que fiz, refletindo melhor, com mais calma. Preferi trazê-lo por escrito, porque o momento é por demais importante para que, no sabor das palavras, ou no calor das ocasiões ou emoções, possa, de repente, fugir daquilo que vai na nossa alma. Ele pode até se assemelhar, por um momento, a algumas reflexões aqui exaradas pelos oradores que me antecederam. Permitam-me, então, esta leitura.

Estamos aqui, hoje, reunidos para um evento realmente significativo. Casa Branca, cidade histórica, completou 200 anos em 25 de outubro de 2014. Com o alvará real do príncipe regente dom João VI, editado em 25 de outubro de 1814, com a eleição da Freguesia de Nossa Senhora das Dores, surgiu o lugar denominado Casa Branca.

Já em 1815, chegam 24 famílias de imigrantes açorianos. Logo em seguida, famílias vindas de Minas Gerais. Assim surgiu uma cidade pioneira, passagem obrigatória e bastião avançado dos intrépidos bandeirantes rumo aos sertões. Esse foi o início.

Toda cidade tem sua história. Casa Branca tem a dela. Uma história singular, pioneira, intrépida à época, reluzente, inovadora e petulante até. Histórica, antes de tudo. Mourejou através de seus filhos pelo mundo político, jurídico, esportivo, cultural e literário da época.

O tempo passou. O crescimento, o ápice, o fastígio e a vida agradável do bem viver, da acomodação do policianismo confortável, tornou-se corriqueiro, apesar de confrontante com a vivência dos grandes centros e das grandes aglomerações das cidades vizinhas.

Duzentos anos. Que bela idade! Agora, ela precisa se inquietar. A mansidão e a quietude hão de se transformar em garra. Um reboliço dentro d’alma haverá de fazê-la voltar a crescer, revigorar-se, atualizar-se, sacudindo a cristalização de uma inércia que não pode persistir.

Por que permanecer à sombra das outras cidades que a circundam? Por que não sacolejar as imorredouras lembranças de um passado tão brilhante e acompanhar intrepidamente o avanço dos fatos e ações e alcançar soberanamente o lugar a que está destinada? Por que não empreender, realizar, mobilizar, motivar e se auto estimar? O ontem foi maravilhoso. O hoje está pleno de esperança, e amanhã há de haver o ressurgimento.

Como prefeito dessa cidade amada, que é Casa Branca, da minha querida Lagoa Branca, onde nasci, sou impelido a manifestar-me dessa maneira. Nasci, vivi, convivi todo esse período e recebi dela todo o bafejo da esperança, da cultura e a escala de valores que carrego até hoje. Muito mais por isso encarei o desafio que enfrento hoje. A minha, a nossa cidade merece. A missão árdua da retemperação do brio, do orgulho e da esperança, será a nossa saga.

Nesta oportunidade ímpar, nesta notável Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, em que se comemora tão significativa data do aniversário de 200 anos da querida Casa Branca, aproveito o ensejo para conclamar todo casabranquense, indistintamente, aqui presente, a redobrar esforços e trabalho nessa missão de reconstrução.

Aos insignes deputados desta Casa, peço que voltem os olhos para minha cidade, pelo que serei eternamente agradecido. Será o grande presente de aniversário.

Parabenizo, em especial, o deputado Rodrigo Moraes, que se fez hoje representar, por ter proposto e esposado a edição da Lei 15.093, de 22 de julho de 2013, tornando Casa Branca a capital estadual da jabuticaba, que se ajusta maravilhosamente às suas características.

Agradeço a figura maravilhosa da deputada estadual Célia Leão, que, instigada por um conterrâneo nosso, o Sérgio, nos proporcionou tão belo evento, que ficará gravado nos Anais desta Assembleia e em nossos corações.

Quero agradecer também a inúmeros outros deputados que estiveram hoje aqui - não declino nomes para evitar injustiças - e vêm ajudando muito a minha cidade, a quem continuarei recorrendo, independentemente de partido político, de qualquer sectarismo partidário.

Quero ainda agradecer ao aclamado governador do estado, Sr. Geraldo Alckmin, de quem espero a habitual atenção que sempre tem me dispensado e a minha cidade de Casa Branca. Que continue nos ajudando ainda mais nessa evolução!

Finalmente, uma palavra direta ao cidadão casabranquense, principalmente àqueles que hoje estão aqui. Façamos, neste momento, um voto solene de união perene, de solidariedade, de cooperação e de muito trabalho em prol da nossa Casa Branca. Ela espera, de braços abertos, o seu olhar e a sua força de trabalho.

Muito obrigado. Parabéns, Casa Branca. Muito obrigado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Parabéns, prefeito Ildebrando Zoldan, pelo seu trabalho, pelo seu compromisso, pela sua fala, pela sua vida e pelo seu exemplo. Nós, aqui da Assembleia - deputado Barros Munhoz e eu, simbolizando todo o Parlamento de São Paulo -, ficamos muito honrados com a presença do senhor e com sua manifestação.

Praticamente encerrando nossos trabalhos, quero registrar o nome do deputado Gilmaci Santos, na figura de sua assessora Rita Monteiro, que também é filha de Casa Branca. O nosso abraço ao deputado Gilmaci Santos.

Gostaria de chamar de forma simples, como tem sido esta sessão, a nossa primeira-dama, dona Estela, nossa querida Armanda, representando a família, nossa querida vereadora Daniele e também o nosso querido Sérgio, o grande “bom culpado” por esta manhã estar acontecendo.

Vamos entregar, de forma singela, um vaso de flor, para representar a beleza de vocês, a ternura de vocês e o compromisso com a vida. Afinal de contas, flor é vida. Uma salva de palmas a eles. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a entrega.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Cumprimentei a primeira-dama pelo trabalho que ela faz junto com o prefeito, a Armanda, por representar a família do prefeito, irmãs e sobrinhas, todas mulheres, uma família imensa de mulher - e o prefeito é o bendito o fruto entre as mulheres -, vereadora pelo trabalho que ela faz junto à Câmara, certamente, pensando na cidade e, por fim, o Sérgio. Eu disse ao Sérgio que ele é o bom culpado. Porque existem os bons culpados, e o Sérgio é o grande mentor desta manhã de festa, desta manhã bonita, que acabou se estendendo um pouquinho mais por conta de esperar que as pessoas chegassem - hoje o trânsito foi um pouco mais perverso - e pudessem se acomodar, sobretudo os vereadores, que nós gostaríamos de tê-los, como tivemos, aqui na sessão.

Quando dei essas flores, muito simples, foi para mostrar o nosso carinho e o compromisso com a vida. Afinal de contas, vida é flor - precisa do oxigênio, precisa da água, precisa da luz, precisa do sol. A flor, primeira-dama, tem esse sentimento, embora seja um vasinho muito simples.

O do Sérgio, que eu queria que ele mostrasse, é um vasinho cheio de florzinhas; tem um monte de florzinhas no vasinho dele. Eu disse que essas florzinhas era cada um de vocês, cada dos 30 mil habitantes que moram na cidade e estão representados por essas flores.

Quero, finalizando a nossa sessão e a nossa fala, dizer, quando eu falo de vida e falo de flores - o deputado Barros Munhoz sabe disso e vai me permitir dois minutinhos antes de encerrar -, o quanto é importante quando falamos de política, e a política tem a ver com vida. A política está ligada diretamente à vida. Tudo que estamos fazendo aqui dentro é vida, e tudo que estamos fazendo aqui dentro é política. Prefeitura é política, vereador é política, posto de saúde é política, escola é política, turismo é política, transporte é política, segurança pública é política, meio ambiente é política. Tudo é política. Nada fica fora da política.

Política, para mim, é a própria vida. É o que faço na minha vida há muitos anos. Não mais do que Barros Munhoz, mas há muitos anos. Nós estamos terminando o nosso sexto mandato de deputada, indo para o sétimo, porque o povo quis assim - Deus abençoe -, e a bondade do povo também nos ajudou. Somado ao de vereadora, prefeito, são oito mandatos, começando o próximo. Isso se mesclou com a minha vida. Vejo aqui o cardiologista, Dr. José Renato, que cuida da saúde diretamente, cuida daquilo que é mais importante para a gente estar vivo, o coração. Têm órgãos vitais, não só o coração, mas, sem o coração, aí que não tem vida, mesmo.

Pegando um pouco o histórico do Dr. José Renato, o trabalho dos vereadores ... Isto não estava no script, vou ler: “Deputada, estão esperando para homenageá-la. Só um minutinho.” Parada. Agora estou que nem respiro. Eu nem estou sabendo disso. Não estava no meu script que eles entregam, para nós, da sessão. É agora? Então, deixa eu parar aqui. O que eu faço?

 

A SRA. - Deputada, nós gostaríamos de agradecer pelo presente que a senhora ofereceu para nós casabranquenses, pelos 200 anos. Esta sessão, realmente, é um marco para nós, para cada um de nós que estamos aqui, porque nós construímos a nossa história junto com Casa Branca. Nós fazemos parte dessa história.

Nós gostaríamos de homenageá-la, pelas mãos da primeira-dama, com uma cesta com alguns produtos da nossa querida jabuticaba.

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

* * *

 

A SRA. - Neste momento também, gostaríamos de homenagear o deputado Barros Munhoz, que também tem se empenhado imensamente por Casa Branca. Receba uma cesta pelas mãos do nosso prefeito Ildebrando Zoldan com alguns produtos da nossa querida fruta.

 

* * *

 

- É feita a entrega.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Encerrando a nossa sessão, eu queria acrescentar ...

 

O SR. ILDEBRANDO ZOLDAN - A senhora me permite?

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Claro. Imagina se prefeito pede permissão.

 

O SR. ILDEBRANDO ZOLDAN - Eu só vou entregar um pequeno mimo à pessoa que eu mencionei, Domingos Travesso. A minha filha fará essa entrega singelamente. Está bom, Domingos? Leva um abraço para a Dirce.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Por favor, venha até à frente, aqui embaixo, no plenário principal da Assembleia, que a Armanda vai entregar esse mimo ao Sr. Domingos Travesso, que também simboliza a história de Casa Branca. O senhor prefeito faz essa homenagem simples e grandiosa. Uma salva de palmas ao Sr. Domingos Travesso, que recebe, das mãos da Armanda, filha do prefeito essa linda homenagem. (Palmas.) Muito obrigada.

 

* * *

 

- É feita a entrega da homenagem.

 

* * *

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - A foto, Sr. Domingos, por favor. Tem que tirar uma foto para guardar. Foto fica para sempre, além da memória e das atividades que foram feitas. Vai demorar muito, mas vai ficar para sempre. Obrigada, Sr. Domingos.

Encerrando os nossos trabalhos, prefeito - o senhor não precisava nem pedir licença, porque o senhor é a máxima autoridade na sua cidade e, hoje, aqui nesta sessão também -, eu queria agradecer à Andrea pelo trabalho, pelo carinho, pela homenagem junto com o senhor prefeito e a primeira-dama.

Para encerrar, presidente da Câmara, Dr. José Renato, prefeito e todas autoridades, eu estava falando sobre a questão da vida, a importância da vida. O coração é o órgão vital. Outros também são, mas, sem o coração, a gente não vive. Quero dizer isso para todos vocês, amigos e amigas da cidade de Casa Branca, que, doravante, certamente quero tê-los e chamá-los de amigos. Dizer a vida é o maior bem que recebemos, prefeito, é o maior talento que nós temos, e é o maior presente que recebemos de Deus a todo instante e a todo tempo.

É por causa dessa vida que estamos aqui. É por causa dessa vida que o senhor é prefeito. É por causa dessa vida que o Dr. José Renato é vereador. É por causa dessa vida que cada um de vocês aqui que recebe esta homenagem. Esta homenagem é de vocês, é do município de Casa Branca, das pessoas que moram em Casa Branca, dos que nasceram em Casa Branca, dos que optaram por Casa Branca para fazer sua vida e sua família, é de cada morador dos quase 30 mil moradores de lá.

Quero dizer que a vida é a coisa mais sagrada que temos. É por causa desta vida, prefeito, que eu sou política. É por causa desta vida que eu tenho mandato. É por causa desta vida que estou aqui. Um acidente me deixou em uma cadeira de rodas, o que não é problema. Esta cadeira de rodas não é minha inimiga, é minha melhor amiga. Esta cadeira de rodas me dá liberdade para viver, para ser mãe, para ser esposa, para trabalhar, para representar o povo, para ser feliz e encontrar os problemas que existem por aí, as soluções para esses problemas. (Palmas.) Esta salva de palmas é para a vida.

Quero dizer com isso, primeira-dama, dona Estela, que os problemas - nenhum deles, prefeito - não podem ser maiores do que a vida. Eurico, nenhum problema pode ser maior do que a luta pela vida. Os problemas existem, todos os dias acontecem na nossa porta - maiores, menores, mais importantes, menos importantes, mas eles acontecem.

Temos de ter presente na nossa vida de que somos capazes de solucionar esses problemas, como prefeito, como vereador, como primeira-dama, como vereadores da cidade, como vice-prefeito, como comunidade, como instituição, sindicato, associação. Não importa. Na escola, professores, diretores. Na saúde, médicos, atendentes, enfermeiros. Os engenheiros, os arquitetos, os pedreiros. Todos nós somos um potencial de ideia, um potencial de beleza, um potencial de inteligência, um potencial de possibilidade.

Não só não morri no meu acidente, graças a Deus, estou aqui. Passaram-se 40 anos, estou sentadinha nesta cadeira de rodas por livre e espontânea pressão, mas digo isso com muita alegria, porque a vida é mais importante. É como usar brinco em uma festa: se tem o brinco, põe na festa; se não tem o brinco, que é acessório, vai para a festa.

Quando eu parei de andar, eu só perdi o acessório, só perdi o brinco. A festa continuou, porque a festa é a vida. Quando tem a vida, tem tudo. Não precisa nem de acessório, não precisa nem de brinco.

Além de ficar viva, mostrar que Deus existe para todos vocês ... Ele existe na prática do dia a dia. Sou casada com um judeu e sou cristã católica. Portanto, em casa, vivemos as diferenças. Sou filha de baiano, Daniel é filho de alemão. Sou brasileira, ele é argentino. Não podia escolher melhor do que isso, não é? Argentino está bom demais. Estou brincando.

Quero dizer para vocês que eu conheço as diferenças dentro da minha casa e aprendi a entender que nós, sociedade, somos diferentes. E, porque somos diferentes, somos plural. E, porque somos plural, podemos fazer uma sociedade melhor, atendendo a tudo e a todos, prefeito.

É com isso que quero encerrar nossa sessão. Fico emocionada. Microfone é uma coisa que faz parte da nossa vida há quase 30 anos. Da de Barros Munhoz, há muito mais tempo. Então, o microfone é uma coisa natural no nosso dia a dia, mas eu confesso que, cada momento da vida pública - este em especial, prefeito - é um momento diferente, é um momento de emoção, e é um momento em que trememos. De verdade, o coração pulsa.

Quero dizer a vocês que não podemos reclamar. Nós oferecemos flores e recebemos flores. A mão que estende amor recebe amor. Assim que temos de viver. Além de ficar viva, além de casar com um marido maravilhoso, além de ter uma família organizada - que Deus nos abençoe e nos ajude -, ainda pude ter três filhos maravilhosos.

O Dr. José Renato falou para mim, com a boca cheia: “Sou cardiologista.” Falou com a boca cheia. Achei tão bonito! Quero dizer, Dr. José Renato, sem eu pedir ... Pude ser mãe muito pouco. Fiquei na rua os 27 anos, o tempo de idade do meu filho mais velho. Estou há 27 na vida pública, e meu filho tem 27 anos. Quis ele ser médico. Está estudando e se aperfeiçoando aqui em São Paulo, no HC. O segundo, que ia ser engenheiro, está no quinto ano de medicina. A terceira, Stephanie Vitória, que tem 20 anos, e que queria ser diplomata, está no terceiro ano de medicina.

Quero dizer para todos vocês que Deus existe e que a liberdade nos dá o direito de escolher do prefeito à nossa profissão. E nos dá obrigação - não é liberdade, Barros - de ser alguém grande como você é, alguém que fez família, alguém que fez história, alguém que briga. Vocês não sabem, mas, no dia a dia, eu fico quietinha nessas mesas. Mas vem o Barros, nesses microfones, e fica até roxo de tanto que ele briga, defende. Nem pode xingar, mas, às vezes, ele xinga baixinho para ninguém ouvir. Não pode por causa do decoro. É isso, Barros, é essa obrigação de vida que temos.

Prefeito, contando tudo isso quero encerrar, agora de verdade, agradecendo às assessorias, à Imprensa, à mídia, à TV Alesp, às assessorias da Casa, ao Cerimonial, a todos que ajudaram para que esta festa acontecesse. Vamos encerrar, mas vocês não vão embora logo, não. Todo mundo acordou às quatro horas da manhã e todo mundo está com fome. Parem em qualquer boteco de São Paulo, no bom sentido - em São Paulo, chamamos de boteco -, em qualquer desses restaurantes gostosos. Tem muita gastronomia em São Paulo. Não dá para voltar até Casa Branca com a barriga vazia. Comam alguma comidinha daqui, porque vocês vão encontrar de tudo - comida baiana, comida mineira, comida italiana. São Paulo tem de tudo. Aproveitem a nossa capital, que também é bonita.

Falando essas coisinhas que falei rapidamente aqui, prefeito, veio, em minha cabeça, uma história de 15 segundos. Quero encerrar com esta história, meu deputado Barros Munhoz, meu presidente da Câmara, todos vocês, amigos e amigas.

Um imperador chinês, muito tempo atrás, muitos séculos passados, queria casar seu filho. E o filho do imperador da China era importante. Ele pensou como escolher a melhor noiva, a melhor esposa para seu filho, que era querido, era sério, era bom. Era homem de bem. Ele chamou todas as mulheres do império - certamente, todas as jovens muito bonitas - e entregou, para cada uma delas, uma semente. Como esta semente aqui. Entregou, nas mãos delas, uma semente e disse: “Voltem para suas casas, plantem esta flor, e, depois, me tragam essa flor. A flor mais bela que nascer vai ser aquela que vai casar com meu filho.”

Todas as moças, muito fogosas, muito lindas, muito animadas, saíram com suas sementes, Sr. Domingos, e foram plantar a sua flor no seu vaso, para depois poder desposar o príncipe, o filho do imperador.

Passado um tempo - tempo que o imperador achava que cresceria aquela flor -, ele chamou de volta todas as jovens. E todas as jovens enfileiradas trouxeram os mais belos vasos, Barros Munhoz. Os mais belos vasos, com as flores mais lindas, mais exóticas, mais coloridas, mais perfumadas. Foram entregando, cada uma, ao imperador. Ele recebeu todas, mandou todas as jovens irem embora para suas casas.

No dia seguinte, ele chamou uma jovem que não havia se apresentado. Aquela jovem chegou frente ao imperador, de mãos vazias. O imperador disse: “Você não veio.” Ela disse: “Imperador, perdoe-me. Eu não vim, porque a semente que o senhor me entregou naquele dia, eu plantei, eu reguei, eu fiz tudo que tinha que fazer. Mas aquela flor não nasceu. Aquela semente não germinou. Portanto, eu não tinha o que fazer aqui. Eu não vim trazer o vaso, porque não tinha flor.” Ele disse: “Portanto, minha filha, é com você que meu filho vai casar.”

Ela disse: “Mas como, imperador? Como comigo? Eu não trouxe a flor, não cumpri o que o senhor pediu, não atendi à sua solicitação, à sua ordem.” Ele disse: “Pois é, minha filha. Todas as sementes que eu entreguei a todas as jovens do nosso império eram sementes estéreis. Eram sementes que não iam produzir flor. E você, querida, foi a única que trouxe a coisa que eu mais queria para meu filho, a verdade, alguém de verdade, alguém de humildade, alguém de sinceridade. Meu filho vai ser imperador um dia. E, para ser imperador, tem que estar ladeado de alguém que seja sincera, que seja grandiosa, porque é humilde. E que seja grandiosa porque é verdadeira. ”

Para mim, esta sessão, prefeito ... Eu acho que não conheci o senhor pessoalmente; eu não sei se já o conheci. Eu não lembro. Em Porto Ferreira. Então, em alguma atividade em Porto Ferreira. Eu não conhecia os vereadores. Talvez de passagem em algum evento. A comunidade, um pouquinho de alguns que acabamos tendo o carinho do voto e dos amigos que por lá passam e moram.

Quero dizer ao senhor que, estar ao lado do deputado Barros Munhoz, estar representando o presidente da Assembleia, Samuel Moreira, junto com os outros 91 deputados desta Casa, poder fazer esta sessão solene, que vai ficar nos anais da história, é muito desse imperador. Casa Branca é grande, e o senhor é grande, porque teve a humildade de trabalhar fora, de ser professor e voltar prefeito nos 200 anos desta cidade. Junto com essa Câmara de Vereadores e junto com essa comunidade - cada um na sua tarefa, do seu tamanho, da sua possibilidade, com seu aprendizado, com a sua cultura, cada um do seu jeito; cada um é importante no seu tamanho -, teve a simplicidade de construir uma história grandiosa de 200 anos de Casa Branca.

Rendo as minhas, as homenagens desta Casa, do deputado Barros Munhoz, à Casa Branca, que terá a história contada agora, a partir da capital, a partir da Assembleia de São Paulo.

Muito obrigada. Que Deus abençoe! Um bom almoço. Uma salva de palmas. (Palmas.)

Não tendo mais nada a ser tratado, estão encerrados os nossos trabalhos.

Muito obrigada. Parabéns, prefeito.

Está encerrada a sessão.

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 13 horas e 8 minutos.

 

* * *