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08 DE JUNHO DE 2015

014ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO “10 DE JUNHO – DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS”

Presidentes: FERNANDO CAPEZ e MARIA LÚCIA AMARY

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que convocara a presente sessão solene com a finalidade de "Comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas ". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional de Portugal" e o "Hino Nacional Brasileiro". Solicita um minuto de silêncio em memória de Jerônimo Augusto Gomes Alves.

 

2 - ANDERSON SILVA

Mestre de Cerimônias, lê currículo do desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

 

3 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Homenageia, com entrega de diploma de honra ao mérito, o desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

 

4 - DELEGADO OLIM

Deputado estadual, saúda toda a comunidade lusitana do Brasil. Declara orgulho em possuir ascendência portuguesa.

 

5 - JOSÉ RENATO NALINI

Presidente do Tribunal Justiça do Estado de São Paulo, saúda o presidente Fernando Capez e as demais autoridades presentes. Destaca seu orgulho por representar a comunidade lusitana. Lê o poema "Transfiguração", do escritor Paulo Bonfim.

 

6 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado federal, saúda as autoridades e o público presentes. Reverencia a comunidade lusitana e seu País de origem.

 

7 - MARIA LUCIA AMARY

Assume a Presidência.

 

8 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo sobre a modernidade em Portugal.

 

9 - ANTONIO DE ALMEIDA E SILVA

Presidente da Comunidade Luso-Brasileira de São Paulo, saúda o presidente Fernando Capez pela iniciativa desta solenidade. Destaca a figura de Camões, que, a seu ver, sintetiza o espírito do homem português. Discorre sobre a imigração portuguesa em todo mundo. Lembra a identidade histórica e cultural que Brasil tem com Portugal. Enaltece a integração da comunidade portuguesa à sociedade brasileira.

 

10 - PAULO LOPES LOURENÇO

Cônsul-Geral de Portugal em São Paulo, declara-se otimista em relação ao estado atual dos laços que unem Brasil e Portugal. Enaltece a comunidade portuguesa no Brasil. Saúda as autoridades presentes a esta sessão. Convida a todos a prestigiar a homenagem que será feita a Portugal na Virada Cultural deste ano. Afirma que Brasil e Portugal partilham uma identidade comum. Defende a integração e cooperação entre as duas nações.

 

11 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia apresentação da fadista Marli Gonçalves, acompanhada dos músicos Ricardo Araújo e Renato Araújo. Anuncia homenagem, com entrega de diplomas, a membros da comunidade portuguesa no Brasil.

 

12 - ARMÊNIO RODRIGUES NOGUEIRA

Padre, agradece a todos pela homenagem. Saúda todos aqueles que disseminam a cultura portuguesa pelo Brasil.

 

13 - MIGUEL NUNO SIMÕES NUNES FERREIRA SETAS

Diretor-presidente da EDP - Energias do Brasil, saúda todos os homenageados. Afirma que a homenagem reforça os laços entre Brasil e Portugal.

 

14 - ANDERSON SILVA

Mestre de cerimônias, anuncia a presença de grupos e ranchos folclóricos da comunidade lusitana do Brasil.

 

15 - PRESIDENTE MARIA LUCIA AMARY

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Neste momento, vamos dar início à Sessão Solene em homenagem ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Para compor a Mesa, convido o deputado Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.)

O Sr. José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (Palmas.)

O Sr. Antonio de Almeida e Silva, presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo. (Palmas.)

A deputada Maria Lúcia Amary, 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas.)

Senhoras e senhores, convido todos para, de pé, ouvirmos o toque de continência reservado ao chefe do Poder Legislativo, deputado Fernando Capez.

 

* * *

 

- É feita a execução do toque de continência.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Tem a palavra o deputado Fernando Capez.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e agradece a ilustre presença do desembargador professor doutor José Renato Nalini, chefe do Poder Judiciário do Estado de São Paulo e reconhecidamente um dos maiores juristas do País, eminente processualista cuja presença engalana este evento.

Esta presidência agradece também a presença do Dr. Antônio de Almeida e Silva, laborioso e dedicado presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, um dos grandes responsáveis pela enorme força e união que tem essa comunidade que tanto fez e tanto faz pelo nosso estado.

Também está presente a deputada Maria Lúcia Amary, ilustre 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, que, no mês passado, tendo em vista a ausência deste deputado, que estava representando a Assembleia Legislativa no exterior, assumiu a Presidência desta Casa, sendo a primeira mulher a fazê-lo. A deputada Maria Lúcia Amary foi ainda presidente da nossa Comissão de Constituição e Justiça. É uma enorme honra contar com a presença de Vossa Excelência neste evento.

Integrando a Mesa também temos o eminente, querido e estimado Dr. Paulo Lopes Lourenço, cônsul-geral de Portugal em São Paulo.

Senhoras deputadas, senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada por este presidente com a finalidade de homenagear o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino de Portugal e, em seguida, o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente PM Julio.

 

* * *

 

- É feita a execução do Hino de Portugal e do Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Agradecemos a Banda da gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo, essa instituição tão amada, tão respeitada pela sociedade e, em especial, com muito carinho, por esta Assembleia Legislativa, por mais esta cooperação. Nossas homenagens aos 130 de 31.

Muito obrigado. Subtenente Júlio, receba, em nome de toda a corporação, os nossos cumprimentos. (Palmas.)

Está também presente o ilustre deputado estadual e consagrado delegado da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Antonio Olim, especializado no combate a sequestros e ao crime organizado, que, com uma extraordinária votação, vem reforçar a nossa Comissão de Segurança Pública, da qual é o presidente.

É uma enorme honra poder contar com o nobre deputado Delegado Olim prestigiando este evento. (Palmas.)

Anuncio também a presença do ilustre desembargador Marcos Cesar Amador Alves e do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, sempre presente, uma salva de palmas. (Palmas.)

Senhoras e senhores, há pouco menos de um mês a comunidade luso-brasileira perdeu um importante amigo, uma pessoa que todos nós considerávamos como de nossa família. Não só pela enorme contribuição para a difusão da culinária portuguesa, que fazia com tanto amor, com tanto carinho, mas por tudo que ele representava como pessoa, como ser humano.

Está aqui representado por seu filho, que ele tanto amava, hoje o ilustre desembargador do Tribunal Regional do Trabalho. Eu estava em uma viagem, fora do País, quando recebi o doloroso comunicado de seu passamento. Peço a todos para que prestemos uma homenagem um minuto de silêncio, em pé, à memória de nosso querido Jerônimo Augusto Gomes Alves.

 

* * *

 

- É feito um minuto de silêncio.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - À distância vejo o nosso querido Coronel Resende, que durante tanto tempo garantiu a segurança dos nossos estádios, e que além de prender o técnico Silinho, num momento de exasperação, também sempre fez-se respeitar contra as torcidas violentas.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web, e será transmitida pela TV Assembleia, sábado dia 13, às 21 horas, pela NET, canal 7, e pela TV Vivo, canal 76, analógico, e 185, digital e pela TV digital aberta, canal 61,2.

Eu, por exemplo, vou colocar no canal 07, da NET, na minha TV, para assistir a mais esta sessão solene.

Neste momento peço ao Mestre de Cerimônias que proceda à leitura do “Curriculum Vitae” do nosso homenageado.

Nós faremos a entrega de uma homenagem ao ilustre desembargador Dr. José Renato Nalini, presidente do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo, que vem até aqui com o prestígio de sua autoridade, não apenas a autoridade que decorre do cargo que neste momento ostenta o juiz mais importante do estado de São Paulo, com a sua autoridade de história de vida, arrimada sobre fortes pilares de conduta ética e moral, e um substancioso conhecimento jurídico e humanístico. Peço que o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, o desembargador Marcos César Amador Alves, o deputado Delegado Olim, e todos os integrantes da Mesa nos acompanhe na entrega da homenagem a S. Exa. Dr. José Renato Nalini, mas peço que antes, ouçamos a leitura de seu Curriculum Vitae.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - José Renato Nalini - Nascido em Jundiaí, estado de São Paulo, em 24 de dezembro de 1945, formou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da PUC de Campinas, em 1971. Mestre em Direito Constitucional pela USP em 1991 e Doutor em Direito Constitucional pela USP em 2000. Ingressou no Ministério Público Paulista em 1973 e, mediante novo concurso, ingressou na Magistratura do Estado de São Paulo em 1976. Exerceu as atribuições de promotor de Justiça em Votuporanga, Itu, São Paulo e Ubatuba e judicou em Barretos, Monte Azul Paulista, Itu, Jundiaí e São Paulo. Iniciou-se na docência em 1969, no Instituto de Educação Experimental, Jundiaí e lecionou na PUC, Campinas, Faculdades de Jundiaí, Barretos, Associação Padre Anchieta de Ensino, USP, São Judas, Unip, FAAP e Uninove, onde atua na área de Pós-Graduação. Foi vice-presidente, e presidente do extinto Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo e corregedor geral da Justiça do Estado em 2012/2013 e é o atual presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, biênio 2014/2015. Escreveu mais de duas dezenas de livros, com foco na Ética, Filosofia e Formação de Magistrados. Além disso, produz artigos que figuram em obras coletivas e revistas especializadas, jornais e demais publicações. Integra Bancas de Mestrado e Doutorado, orienta pós-graduando e profere palestras e conferências em inúmeros espaços. Eleito imortal da Academia de Letras em 2003, foi seu Presidente em dois mandatos e também integra inúmeras outras Academias, assim como Conselhos Consultivos de órgãos como a SOS-Mata Atlântica e o Conselho Editorial da Revista da USP. Integrou o Instituto de Estudos Avançados da USP. Foi diretor adjunto da Escola Nacional da Magistratura, na gestão do Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira e atuou como membro da Comissão instituída pelo Ministro da Justiça para auxiliar a elaboração de projeto da Reforma do Judiciário, junto à Secretaria específica. Para a implementação das Escolas de Magistratura no Brasil, em companhia de outros magistrados, visitou estabelecimentos congêneres em todo o mundo, seja na Europa, na América Latina, Estados Unidos e Japão. Participa hoje do Conselho da Fundação Innovare, que premia e reconhece boas práticas no sentido da otimização da prestação jurisdicional.

Senhoras e senhores, José Renato Nalini. (Palmas.)

 

* * *

 

- É feita a homenagem.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Trata-se de um documento oficial, com o logo oficial da Assembleia Legislativa de São Paulo e do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo. Um merecido diploma de honra ao mérito, pelo trabalho e carreira de Vossa Excelência. São estes os dizeres do documento:

“O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Fernando Capez, e o presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, Antonio de Almeida e Silva, no ensejo das comemorações do ‘Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas’, data celebrada no mundo inteiro, presta uma merecida homenagem à Sua Excelência, Dr. José Renato Nalini, pela inestimável contribuição que tem realizado para difusão dos valores históricos e culturais que unem Brasil e Portugal na maior integração dos dois povos. Oito de junho de 2015”. Segue o documento assinado por ambos os presidentes. (Palmas.)

Agradecemos também a presença daqueles que formam o conjunto indelével e inseparável da comunidade luso-brasileira, ao presidentes das associações: Dalmo Pessoa, grande jornalista, locutor e apresentador, representando o presidente do Centro Trasmontano, Dr. Fernando Moredo; Alcino A. Loureiro, da Comunidade Gebelinense; Antonio dos Ramos, Casa de Portugal de São Paulo; Armindo da Corte Faria, da Casa da Madeira de Santos; David da Fonte, do Elos Clube de São Paulo Sul; Diamantino do Nascimento Martins, do Esporte Clube Recreativo Lusitano; Fernando Guimarães Rodrigues, da Ac. Bacalhau; Fernando Ramalho, da Provedoria da Comunidade; Ildefonso Garcia, do Centro Cultural 25 de Abril; Jorge Manuel M. Gonçalves, da Associação Portuguesa de Desportos, nossa querida “lusa”; José Augusto do Rosário, da Escola Portuguesa; José Duarte de Almeida Alves, do Centro Cultural Português de Santos; José Manuel D. Bittencourt, da Casa Ilha da Madeira de São Paulo; José Pinho dos Santos, do Arouca São Paulo Clube; Justiniano L. Macedo, do Pedro Homem de Melo; Luiz Magno da Silva, do Elos Clube de São Paulo Norte; Marcelo Stori Guerra, grande amigo da Casa dos Açores de São Paulo; Márcia Maria Rodrigues, do Elos Clube do Grande ABC; Miguel Setas, da Câmara Portuguesa e EDP Energias do Brasil; Paulo Augusto de Freitas, representando a Casa de Portugal do Grande ABC; Ramiro Cruz, do Elos Clube SP Oeste “Eça de Queiroz”.

Neste momento, observo aqui a presença do nosso querido vereador de São Paulo, de vários mandatos, Claudinho de Souza, grande amigo da comunidade. (Palmas.)

Passo a palavra ao deputado Delegado Olim, para sua saudação e suas homenagens à comunidade luso-brasileira.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Senhoras e senhores, Sr. Presidente, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Dr. José Renato Nalini, todas as autoridades aqui presentes, e meu amigo deputado Arnaldo Faria de Sá, que sempre brigou pelas nossas causas. É uma honra tê-lo aqui. Sei que é filho de portugueses também. Cumprimento ainda a deputada Maria Lúcia Amary e o senhor Paulo Lopes Lourenço, cônsul-geral de Portugal, que hoje estão aqui, mesmo adiantados, para festejar, no dia 10, o Dia de Portugal.

É uma honra para mim estar aqui. Sou neto de portugueses, pai e mãe. Minha família inteira é da Ilha da Madeira. Sou ilhéu da Ilha da Madeira. Meu pai e minha mãe chegaram aqui como muitos dos senhores, comerciantes, donos de bares, restaurantes, padarias. É uma honra e um orgulho muito grande poder falar hoje para os senhores.

Terra de Portugal, que tenho no sangue, pela minha família. Alguns moram na Penha, outros no Imirim e no bairro de Higienópolis, onde morei. Meu pai e minha mãe, já falecidos, e meus avós e minhas tias e tios, todos portugueses, ainda vivos, família Olim.

Na minha profissão de delegado de polícia, sempre que pude ajudar a colônia, o meu serviço era chegar o mais rápido possível nas ocorrências de roubos a bares e padarias de São Paulo. Podem ter a certeza de que sempre cheguei primeiro para ajudar os senhores, que tanto trabalham, acordam cedo. Aqui há também empresários, mas o ramo dos portugueses é aquele em que sempre meu pai esteve e sempre trabalhou.

Quero deixar aqui o meu abraço. É um orgulho ser filho de portugueses. Sr. Presidente, está aqui a minha família inteira. Às vezes frequento a Casa Ilha da Madeira. Em campanha, eu estava chegando e V. Exa. estava saindo. Eu estava muito humildemente sozinho, que fui sozinho, e acabei indo embora. Vossa Excelência já tinha ido embora, mas acabei não entrando nessa Casa, Ilha da Madeira. Fui convidado em campanha, e me arrependo por não ter entrado.

Os senhores podem ter a certeza de que aqui é uma casa amiga. Os senhores têm os filhos de portugueses. Se precisarem de mim, podem vir ao meu gabinete. Estarei sempre à disposição dos senhores. Contem comigo. Sr. Cônsul, o que for preciso também, pode ter a certeza de que esta Casa também é sua casa, como de todas as pessoas ligadas a Portugal, familiares, filhos, que sou um filho da terra, e tenho muito orgulho em saber que meu pai e minha mãe puderam dar estudos para mim. Trabalharam. Cheguei aonde cheguei pelo trabalho e graças a essa família boa, essa família de portugueses que me fez deputado, um dos mais votados de São Paulo, para trabalhar pelos senhores, que são portugueses, são filhos de portugueses, netos de portugueses, brasileiros, que hoje alguns aqui são dados como brasileiros.

Contem conosco. A Casa é dos senhores. Muito obrigado. Parabéns, que hoje é dia de festa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Neste momento tenho a honra de passar a palavra a S.Exa., desembargador José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça. Peço ao Cerimonial que o conduza até o parlatório oficial da Assembleia que, sendo privativo dos deputados, hoje se rende à autoridade de S.Exa., dado que todos nós estamos engalanados com a sua presença, mais do que honrosa para este evento. Grande processualista, grande jurista, grande desembargador, magnífico ser humano, José Renato Nalini.

 

O SR. JOSÉ RENATO NALINI – Boa noite a todos. Queria fazer uma saudação muito carinhosa ao eminente presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Fernando Capez, que está resgatando o prestígio do Legislativo neste Estado, mostrando que Montesquieu tinha razão quando atribuía ao Parlamento a preponderância sobre os demais poderes.

O Parlamento é aquele que recolhe as aspirações populares e transforma essas aspirações em leis que devem ser a relação necessária que se extrai da natureza das coisas. Mas, por algumas anomalias no Estado brasileiro, tivemos, durante muito tempo, o predomínio do Executivo, enquanto os demais poderes ficavam sempre à mercê da vontade do detentor da chave do cofre.

E o deputado Fernando Capez, em pouco tempo, está evidenciando que o Parlamento é a Casa de onde devem sair as regras, de onde devem sair as normas. E os demais poderes na verdade são ancilares, caudatários da vontade do Parlamento porque, no Estado de Direito, governar, administrar, é exatamente e tão-somente cumprir a lei, enquanto ao Judiciário resta fazer incidir a vontade concreta da lei aos conflitos que forem submetidos à apreciação.

Então, esta Casa tem dois momentos no presente: antes e depois de Fernando Capez. Ele merece o reconhecimento de toda São Paulo, porque está mostrando o prestígio, a força e o valor do Parlamento. Parabéns, Sr. Presidente!

Queria cumprimentar a deputada estadual Maria Lúcia Amary. Tive a satisfação de participar do primeiro ato em que ela substituiu V. Exa. no encontro de juízes da infância e juventude.

Vossa Excelência esteve muito bem representado, Sr. Presidente.

Queria cumprimentar o Dr. Antonio de Almeida e Silva e o presidente da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo.

Agradeço essa homenagem que não mereço, mas recebo, em nome do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: um tribunal que hoje não é apenas o maior do Brasil. É o maior do mundo, sem mérito para quem o preside transitoriamente.

Mas porque não há nenhuma outra corte judiciária no Planeta que tenha as dimensões do Tribunal de Justiça de São Paulo: mais de 50 mil funcionários, 2.500 magistrados e 25 milhões de processos. E o orçamento é assim pequeno.

Dr. Paulo Lopes Lourenço, grande cônsul-geral de Portugal em São Paulo, uma pessoa cujo cavalheirismo está demonstrando que Portugal continua no nosso coração e daqui não pode sair nem com um mandado de despejo.

Sr. deputado Arnaldo Faria de Sá, grande amigo do Poder Judiciário, pessoa a quem a Justiça de São Paulo tanto deve.

Deputado estadual Delegado Olim, que é um parceiro da Polícia Civil e que está auxiliando na renovação de uma política de Segurança Pública nesta respeitada Casa.

Desembargador Marcos César Amador, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

Demais autoridades presentes, associações ligadas à comunidade luso-brasileira, homenageados, familiares, senhoras e senhores: falar sobre Portugal é falar sobre nós mesmos, é deixar que as raízes se transformem no florilégio da língua portuguesa, a pátria espiritual de todos nós.

O bandeirismo é o décimo primeiro canto dos Lusíadas. As passadas de nossos sertanistas desenharam o mapa do quinto império. Predestinadamente, a primeira História do Brasil, de autoria de Pero de Magalhães Gândavo, foi prefaciada por Luís de Camões.

Evocando a figura heroica do português João Ramalho, patriarca dos paulistas, celebramos, neste templo da democracia, nesta Casa do povo paulista, o 10 de junho, data da nossa saudade e da nossa esperança.

Eu quero brindar os senhores com um poema do príncipe dos poetas brasileiros, alguém que respeita e ama muito Portugal, o nosso poeta decano da Academia Paulista de Letras, Paulo Bonfim, chamado Transfiguração:

“Venho de longe, trago o pensamento banhado em velhos sais e maresias. Arrasto velas rotas pelo vento e mastros carregados de agonias. Provenho desses mares esquecidos nos roteiros de há muito abandonados e trago na retina diluídos os misteriosos portos não tocados. Retenho dentro da alma, preso à quilha, todo um mar de sargaços e de vozes, e ainda procuro no horizonte a ilha onde sonham morrer os albatrozes... Venho de longe a contornar a esmo o cabo das tormentas de mim mesmo.”

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Neste momento passo a palavra ao deputado Arnaldo Faria de Sá, ex-secretário municipal de esportes, ex-presidente da Portuguesa de Desportos, o maior representante da comunidade portuguesa no parlamento brasileiro.

Tem a palavra o Sr. Arnaldo Faria de Sá.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Boa noite, Sr. Presidente Fernando Capez, grande incentivador da valorização da comunidade luso-brasileira, deputada Maria Lúcia Amary, deputado Delegado Olim, presidente do Tribunal de Justiça, muito justamente homenageado, Dr. Cônsul de Portugal e nosso presidente das comunidades, Almeidinha.

Quero pedir licença a todas as comunidades para cumprimentá-las na pessoa do Fernando Ramalho, nosso presidente da provedoria.

Cumprimento todas as entidades presentes.

Sr. Presidente, deputado Fernando Capez, é uma cerimônia extremamente positiva e vejo a presença de muitas entidades valorizando esta cerimônia. Sem dúvida nenhuma, 10 de junho, “Dia de Portugal”, “Dia de Camões”, “Dia das Comunidades Luso-Brasileiras”, é uma data ímpar. Veja bem, Sr. Presidente, como é viva esta homenagem: tantas entidades aqui se apresentam, mostrando, neste momento, a importância desta comemoração.

Quero cumprimentar o nosso desembargador Marcos César, o filho do Gomes. Sem dúvida nenhuma, é outro grande companheiro, que certamente estaria, neste momento, fisicamente, aqui presente. Digo “fisicamente” porque, em espírito e memória, ele está aqui, entre nós.

Neste momento, em que estamos nos regozijando pela comemoração do dia 10 de junho, fazemos aqui, na Assembleia Legislativa de São Paulo, uma reverência especial a Portugal, a Camões e às comunidades.

Presidente Fernando Capez, é uma alegria poder estar presente, neste momento, como filho de portugueses que sou e português por adoção. Sem dúvida nenhuma, é um momento ímpar da nossa comunidade luso-brasileira, brilhantemente dirigido pelo nosso querido Almeidinha.

Nesta homenagem, queremos retribuir àquele que atesta a todos nós, o deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez. Parabéns! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Neste momento, com enorme orgulho da pessoa a quem passarei o bastão - mas com dor no coração -, dado que a função de presidente da Assembleia nos obriga a atividades multifacetárias e que se desenvolvem simultaneamente em alguns casos, tendo em vista não possuir o dom da ubiquidade e não poder estar em dois locais ao mesmo tempo, fisicamente, terei que passar a Presidência desta sessão, sem a possibilidade de ouvir as tão sábias e bonitas palavras que o Dr. Antonio de Almeida e Silva sempre profere. No momento, no evento a que me encaminho já se faz presente o governador do estado de São Paulo e terei que falar antes dele. Seria indelicado que S. Exa. permanecesse por mais tempo - afinal de contas, os poderes são independentes, mas são harmônicos.

Por essa razão, peço licença ao mestre de cerimônias, que dará sequência, e, depois, ao presidente Antonio de Almeida e Silva, para, com muito orgulho, passar a Presidência à 1ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada Maria Lúcia Amary. (Palmas.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Maria Lúcia Amary.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Senhoras e senhores, realizada a transferência da Presidência, na sequência desta sessão solene, assistiremos a um vídeo que trata do moderno Portugal. Vamos todos acompanhar pelo telão.

 

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- É feita a apresentação de um vídeo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Viva Portugal, senhoras e senhores! (Palmas.)

Para a sequência das cerimônias, ouviremos a deputada Maria Lúcia Amary.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Tem a palavra o Dr. Antonio de Almeida e Silva, presidente do Conselho e porta-voz da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo.

 

O SR. ANTONIO DE ALMEIDA E SILVA - Boa noite a todos, companheiros da comunidade, autoridades.

Caríssimo deputado estadual, Dr. Fernando Capez, que, infelizmente, teve que se ausentar, compreensivelmente. Saúdo agora a deputada Maria Lúcia Amary, com as nossas homenagens da Comunidade Portuguesa de São Paulo.

Dr. Paulo Lopes Lourenço, digníssimo cônsul-geral de Portugal em São Paulo; Dr. José Renato Nalini, digníssimo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, que também teve que se ausentar pelo mesmo motivo; deputado federal Arnaldo Faria de Sá; deputado estadual Delegado Olim, que também tem grande e estreita ligação com a nossa comunidade; vereador Claudinho de Souza; senhores presidentes das nossas entidades; companheiros da Baixada Santista que vieram prestigiar este evento; Dr. Cesar Amador Alves, companheiro, querido amigo e desembargador do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo; presidentes das nossas associações; dirigentes de modo geral; componentes dos grupos folclóricos, valorosos grupos folclóricos; imprensa luso-brasileira.

Gostaria de saudar os jovens da Comunidade Luso-Brasileira que estão fazendo a renovação, e peço vênia a todos para fazê-lo na pessoa de um jovem que prezo muito, Vítor Santos Pereira, diretor do conselho da comunidade.

Senhoras e senhores, já se referiram à comunidade pessoas ilustres; outras virão, também ilustres. A minha função é, em nome do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira de São Paulo, agradecer a todos que nos brindam com essa gentileza e com essas palavras generosas.

Falo, portanto, em nome do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira, em nome dos portugueses e luso-brasileiros que vivem nesta parte do Brasil, onde estão total e perfeitamente integrados a essa sociedade acolhedora e generosa à qual estaremos sempre e sempre agradecidos.

Nesse sentido, as palavras iniciais só podem ser de gratidão a esta Casa legislativa, aos seus ilustres integrantes e, muito em especial, ao deputado Fernando Capez e a toda sua competente e dedicada equipe pela iniciativa desta sessão solene, na qual comemoramos o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, data máxima e magna do nosso país e da nossa gente: Portugal, o nosso berço de origem; Camões, o poeta universal que representa o português de todos os tempos; e as Comunidades Portuguesas, que, espalhadas pelo mundo afora, garantem a essência de universalidade do nosso povo, dando-lhe essa dimensão absolutamente especial.

Querido amigo Capez, Sra. Presidente da Mesa, podem ter certeza de que a nossa comunidade está sensível e reconhecida com o seu carinho, com a sua amizade e cumplicidade, sempre visíveis e presentes com a nossa ação, com os nossos anseios e com os nossos sonhos coletivos.

Obrigado por mais esta comemoração. Aliás, é a nona comemoração que o deputado Capez faz desde que assumiu os seus mandatos, desde o início. Temos que lembrar isso sempre. É um fato que nos envaidece e emociona, como é óbvio. Não se trata, amigos, de uma comemoração de rotina, porque acima de tudo é um dia de festa, de alegria renovada em que os portugueses, onde estão e se situam, com inteira consciência em nosso espaço cultural originário no mundo de cultura lusíada manifestam solidariedade profunda e a inquebrantável vontade, não apenas de continuar Portugal, mas de construir o futuro que todos ansiamos. Um futuro que se corporize num Portugal cada vez mais moderno, capaz de corresponder cabalmente às legítimas aspirações de todos os portugueses que vivem e trabalham no velho retângulo europeu, em suas ilhas, como dos que vivem e trabalham fora das nossas fronteiras.

Estamos aqui reunidos, amigos, para ressaltar a magnitude do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, como disse, conscientes da nossa dificuldade em poder enfocar devidamente a memória de Luís Vaz de Camões, que melhor resume e significa as aspirações da raça, o ímpeto do nosso sangue.

Ao ligarmos Camões ao Dia Nacional de Portugal, implicitamente estamos cantando a epopeia dos nossos maiores e a afirmar que tal como “Os Lusíadas” transcendem a gerações, também a pátria, para nós, transcende a própria eternidade.

Realmente continua viva e eficaz a figura símbolo de Camões como ponto de união de todos os portugueses, de hoje, de ontem e de sempre. Camões não é apenas o maior, mas também o mais moço dos poetas portugueses, a mais viva encarnação do espírito português, não só nas suas obras, mas também no seu pensamento e na vida que o animam.

Basicamente, amigos, o 10 de junho é o Dia Nacional no qual o papel pujante do homem lusíada é colocado em relevo, servindo para estabelecer uma corrente de amor, de fé, entre milhões de portugueses que um dia, por motivos diversos, tiveram que deixar o seu país. Isso nunca foi fácil para nós, para ninguém, irmanados, ligados na saudade de nossa gente e dos seus cantares. Os milhões de cidadãos portugueses espalhados pelo mundo e as suas comunidades constituem um elemento estrutural da nação portuguesa, e é através dessas comunidades que se confirma a vocação universalista e humanista de Portugal, como foi dito aqui no início. Um conceito que faz parte moral dos homens que foram expoentes e referências de sucessivas gerações, e por consequência os construtores de comunidades em todo o mundo, conscientes de que o desbravamento dos mares, que sempre representaram a bravura e a determinação de um povo vencedor, mares que com os nossos heróis encurtaram separações e baniram desconhecimentos, ajudando a realizar o mundo moderno.

Mas a história, amigos, não é feita unicamente de fatos passados. Temos a consciência de que é, sobretudo, um desafio a aceitar-se para construir futuros comuns, em especial com alguns países de acolhimento, como o Brasil, com quem mantemos inegável identidade histórica e cultural. O Brasil projetou com méritos esta comunidade, a comunidade luso-brasileira de São Paulo, do Brasil, que guarda na sua base tantos e ricos valores morais que jamais poderão ser olvidados.

Luís Vaz de Camões imortalizou o pioneirismo português, ao cantar em verso a saga da nação europeia, e deu novos mundos ao mundo. Na sua magistral epopeia poética, o poeta foi visionário e desenhou a originalidade de que hoje chamamos o nascimento da globalização. É isso mesmo, um termo na época desconhecido, nem sequer sonhado. Na memória popular perdura essa imagem criada por Camões, que nos remete intuitivamente para uma ideia de pioneirismo mundial. Esse ativo histórico atravessa ainda hoje diversas gerações de portugueses, que sentem orgulho, muito orgulho daquele período excepcional.

Por isso, este é o dia adequado para reafirmar que temos orgulho da nossa história e das nossas origens, confiando no presente e no futuro do país. Reafirmar que nesse querido país de acolhimento, Brasil, vamos continuar a trabalhar e sonhar, nesse desafio permanente que acompanhou nossas comunidades. Nesse amoldar aos povos que as receberam e, como sempre aconteceu, também nesse momento difícil que atravessamos no Brasil, nossa gente estará sempre ao lado dos irmãos brasileiros, em busca de dias melhores que, não temos dúvida, virão. O Brasil é muito maior que qualquer crise momentânea. Sabemos bem disso.

Digníssimo presidente Capez, queridos amigos, ao reiterar o agradecimento por esta sessão solene, não podemos deixar passar a oportunidade de testemunhar o nosso apreço e reafirmar a afeição que nos liga estreitamente, acima das relações de interesse, de comércio e de vantagens comerciais, e sim por força do parentesco de sangue. Identidade da língua, da comunhão de sentimentos e de vida através da nossa história comum. Felizmente sempre cultivamos esse contato afetivo com os ensejos de torná-lo mais intenso e duradouro.

Amigos, os imperativos da nossa fraternidade têm raízes e origem em nós todos e exigem trabalho capaz de torná-la cada vez mais sólida e profícua, tanto no campo espiritual como material. E a verificação dessa realidade nos leva a formular ardentes votos, pela aproximação cada vez maior entre nossas pátrias, a fim de que possamos perpetuar as conquistas e as glórias desta comunidade, a comunidade luso-brasileira.

Viva Portugal! Viva o Brasil!

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Passo a palavra ao Sr. Paulo Lopes Lourenço, cônsul geral de Portugal.

 

O SR. PAULO LOPES LOURENÇO - Muito boa noite a todos. Sra. Presidente em exercício, deputada Maria Lúcia Amary, na pessoa de quem cumprimento todos os componentes da Mesa: deputados, vereadores e autoridades; presidente do conselho da Comunidade Luso-Brasileira, Antonio de Almeida e Silva; queridos dirigentes associativos; queridos compatriotas e amigos, este é o terceiro ano consecutivo em que venho a esta nobre Casa acompanhar esta importante iniciativa que celebra o dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas.

Tenho procurado, de alguma forma, ser teimosamente otimista em minhas avaliações quanto ao estado atual das relações entre Portugal e Brasil. Na verdade, já não acho que seja uma questão de teimosia, mas de convicção absoluta sobre a vitalidade desta comunidade, sobre a vitalidade dos laços que nos unem a este extraordinário País de acolhimento.

Acho que, hoje, deveríamos nos congratular com a relação que temos com o Brasil e com o estado a que chegamos graças ao esforço militante e ativo dessa comunidade. Essa comunidade luso-brasileira tem sido uma fiel e orgulhosa guardiã e sentinela daquilo que são os valores e a presença de Portugal e de sua história neste País. E ela tem sabido, de forma muito ativa, sempre fiel, sempre leal, erguer bem alto, mesmo em circunstâncias nem sempre fáceis, esses valores e esse patrimônio.

Quero dizer que, para mim, é um orgulho poder, enquanto cônsul geral, ter a companhia ativa dessa comunidade. Acho que exemplo claro dessa importância é o fato de que, este ano, pelo terceiro ano consecutivo, S. Exa., o presidente da República Portuguesa, decidiu condecorar três pessoas da comunidade luso-brasileira em São Paulo no contexto das condecorações que deu ao Brasil. É o terceiro ano consecutivo em que três membros dessa comunidade são condecorados pelo chefe de estado português.

Acho que isso é um sinal claríssimo de como essa comunidade está bem viva. Queria, também, dar conta de um aspecto que me parece importante, que é o fato de que tanto esta comunidade como as associações que representam os portugueses e a cultura portuguesa aqui continuarem reconhecendo todos aqueles que, dentro e fora dessa comunidade, fazem a edificação e o reconhecimento da cultura portuguesa neste País.

Acho que o exemplo disso são as honrarias que esta Casa, através da proposta do conselho da comunidade, vem concedendo todos esses anos. São propostas oportunas, honrarias e distinções de justo e devido reconhecimento.

Esse é um sinal importante de como a comunidade está atenta aos sinais que vêm de dentro e os que vêm de fora. Isso porque ela sabe não apenas reconhecer os seus, mas também os brasileiros que mais têm contribuído na valorização e promoção da cultura de Portugal neste País.

Portanto, queria deixar uma palavra muito especial aos que estão sendo reconhecidos hoje, em particular ao meu querido Dr. José Renato Nalini, que me falou palavras que eu considero exageradas e demasiadas, mas as atribuo à amizade que nos une. Por experiência própria - e já disse isso publicamente - sei que ele é um verdadeiro e sincero amigo de Portugal.

Portanto, essa distinção não é apenas para a ilustre instituição que ele dirige, mas também para o curso e para a sua pessoa, como intelectual, jurisconsulto e professor de ilibada reputação.

Devemos lembrar que Portugal deve ser o único país no mundo que define o seu dia nacional através da nação, de um poeta e das suas comunidades. Acho que isso define muito bem o que é o país.

Neste ano, as comemorações do Dia de Portugal, Camões e da Comunidade Portuguesa procuraram ir um pouco mais além das condecorações, pelo menos em relação àquelas de iniciativa do consulado.

Para quem não sabe, as comemorações começaram por esses dias, com a agenda do conselho da comunidade e das agremiações portuguesas. Neste ano, demos um passo mais à frente. Em uma parceria inédita com a Prefeitura de São Paulo e suas secretarias municipais, resolvemos fazer um evento que levasse a celebração do que é Portugal e do que são os nossos valores para a rua. São Paulo é a cidade em que vive essa comunidade. Acho que esse movimento de abertura da nossa comunidade é importante.

Continuamos amarrados a essa história de 500 anos. Temos que transformar essa história em uma parceria presente para o futuro entre os dois países. Eu sinto que a comunidade portuguesa e a luso-brasileira têm interpretado bem esse movimento e acompanhado bem esse sentimento. Acredito que o evento que estamos organizando em parceria com a Prefeitura Municipal, chamado Experimente Portugal, o qual irá ocorrer nos dias 20 e 21 no Parque do Ibirapuera, é um sinal dessa revitalização e renovação dos laços que nos unem.

Portanto, convido a todos para irem à programação de 24 horas que irá preencher os dias 20 e 21, no Parque Ibirapuera e em outros pontos da cidade. Há três anos, quando vim aqui pela primeira vez, falei sobre um momento difícil que Portugal atravessava, um momento de grandes exigências para o país como nação e coletividade.

 Gostaria de dizer que o pior já passou e o momento atual é de esperança. Portugal vive hoje uma recuperação que é, antes de mais nada, consequência da capacidade de superação da nação coletiva portuguesa. Não me refiro apenas aos portugueses que vivem em Portugal, mas também aos portugueses que estão no exterior.

Não posso deixar de, nesta ocasião emblemática, dar o testemunho público de apreço, em meu nome e em nome do governo português, pela contribuição da comunidade portuguesa e da luso-brasileira para a recuperação de Portugal.

Tenho dito muitas vezes que Portugal e Brasil, ao longo do último século e meio, sempre estiveram em momento contrapostos, em momentos de contraciclo econômico. É verdade. Sempre que um país estava melhor, o outro estava, de alguma forma, pior.

As sociedades dos dois países sempre souberam interpretar essas diferenças como oportunidades para procurar experiências e oportunidades profissionais em outros países. Não foi preciso decretar isso. A sociedade portuguesa e a brasileira sabem fazer isso instintivamente em momentos de contraciclo.

Há três anos, eu estava com um discurso sobre o sentido de exigência em que vivemos e o apelo que isso merece. Nesta altura, estamos em um momento em que podemos dizer que o pior já passou e que estamos em uma trajetória de recuperação.

Acho que isso se deve muito ao esforço e à contribuição de cada um dos portugueses que vivem nas comunidades e na diáspora, em termos de investimento também. Acho que agora reina no Brasil um pessimismo um pouco exagerado sobre sua situação econômica e o mesmo está acontecendo.

Isso acontece a par de uma redescoberta mútua entre dois países que, insisto, vivem juntos há mais ou menos 500 anos, mas, no fundo, precisam se conhecer melhor. E esse movimento está acontecendo. Nós nunca vivemos um momento e um ciclo tão intenso de relacionamento entre os dois países. Nunca. E digo isso sem qualquer espécie de ligeireza ou de dúvida.

Acho que é preciso acompanhar esse movimento, é preciso interpretar o sentido e o significado dessa mudança que passa, entre outras coisas, por um aumento da própria comunidade luso-brasileira. Tenho dito que, só nos últimos quatro a cinco anos, apenas o consulado que dirijo deu 40 mil novos passaportes portugueses no Brasil. Isso não deixa de ser significativo. Ao mesmo tempo, há um aumento da curiosidade dos brasileiros por Portugal, um aumento exponencial do turismo brasileiro em Portugal e um aumento geral das trocas entre os dois países, todos os dias, em todas as áreas que consigam imaginar.

Isso é extremamente enriquecedor e está transformando silenciosamente a relação desses dois países nessa parceria a que me referi há pouco. É uma parceria transformadora que conta com todos nós juntos, em conjunto com as instituições brasileiras, com os agentes públicos e privados brasileiros. Conseguimos transformar esse legado magnífico de 500 anos em uma parceria estratégica mutuamente vantajosa para os dois países e para as duas sociedades.

Parabéns a esta Casa por esta iniciativa. Muito obrigado a todos. Viva Portugal e viva o Brasil. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Senhoras e Senhores, dia 10 de junho é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Por isso, vamos comemorar por meio da expressão máxima da musicalidade lusitana, o fado, na voz e na apresentação da fadista Marly Gonçalves, com participação dos músicos Ricardo Araújo e Renato Araújo.

Vamos recebê-los com aplausos.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. MARLY GONÇALVES - Quero dizer que dia 18 de outubro a poesia do fado estará pisando o solo da Rússia com Ricardo Araújo, Renato Araújo e Marly Gonçalves. (Palmas.)

 

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- É feita apresentação musical.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Obrigado Marly Gonçalves, Ricardo Araújo e Renato Araujo. Ao final vocês voltam para mais uma apresentação.

Passamos agora, senhoras e senhores, à entrega dos diplomas de homenagem à comunidade portuguesa, às pessoas importantes que hoje serão aplaudidas.

Vamos receber o Sr. Altino do Nascimento Valpereiro. (Palmas.)

Nascido em Parada Conselho de Alfândega da Fé - Trás os Montes - Portugal, em 02/04/1937, filho de Carlos Rosário Valpereiro e Marcis Regina Valpereiro Silva, veio ao Brasil em 09 de setembro de 1953. Casado com Maria do Rosário Valpereiro, pai de Carlos Rosário Valpereiro e Marcia Regina Valpereiro Silva, é avô de Letícia Valpereiro Silva, Vinícius Valpereiro Silva, Carolina Valpereiro e Bruna Valpereiro. Iniciou-se no folclore Português em São Paulo, sempre como músico, primeiro através do “Grupo Folclórico Lusitano”. Em 1979 e desde o ano de 1999, pertence ao “Grupo Folclórico da Casa de Portugal de São Paulo”.

Senhoras e senhores, Altino do Nacimento Valpereiro. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Os nossos homenageados são convidados a se acomodarem, sentarem-se ao lado direito da Presidência da Sessão.

Vamos receber o padre Armênio Rodrigues Nogueira. (Palmas.) Nascido em São Paulo no dia 07 de setembro de 1967, filho de Armênio Dias Rodrigues Nogueira, (portugueses de Coimbra, aldeia de Pompilhosa de Botão e de Elenice Rodrigues Nogueira (filha de brasileiro e italiana). Nasceu numa casa portuguesa com certeza, onde se respeitavam três coisas: a tradição, o fado e a família. Desde pequeno, ouvia a avó paterna (Aurora Pereira) a cantar suas cantigas com a irmã, sua tia avó (Maria Preciosa dos Santos, em sua aldeia Pampilhosa de Botão em Coimbra, Portugal. Sempre escutava o fado de Coimbra, em companhia de seu pai. Após o falecimento de seu pai em 2005, já era ordenado sacerdote e iniciou no dia 5 de julho de 2008 o programa Caravela do Fado, na Rádio 9 de Julho, 1.600 AM.

Senhoras e senhores, o padre Armênio Rodrigues Nogueira. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma.

 

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O SR. ARMÊNIO RODRIGUES NOGUEIRA - Boa noite a todos. Uma homenagem como esta a um brasileiro filho de português é para se lembrar de uma frase que sempre ouvi da minha família de que ninguém faz nada sozinho.

Quero oferecer esta homenagem a três pessoas que fizeram muito em rádio antes de mim: um que, infelizmente, não conheci pessoalmente, mas que tenho um carinho muito grande, o saudoso Nuno Madeira, do Saudades de Além-Mar; outra que conheci muito pouco já no fim da vida, a saudosa Irene Coelho, que faz melodias portuguesas, e um que convivi um pouco mais, o nosso saudoso radialista Julio Pereira, no programa: “Longe dos olhos, perto do coração”. Foram pessoas que fizeram muito pela cultura portuguesa em São Paulo.

Hoje, graças a Deus, temos o Martins Araújo, aqui presente, o Jefferson Silveira, a Isabel Botelho, e também pessoas que divulgam a tradição portuguesa. Mas, primeiro, quero agradecer a Rádio 9 de Julho, da nossa Arquidiocese, por acreditar nesse projeto; segundo, agradecer ao César Pereira que deu o nome ao nosso programa, ao nosso amigo Zezinho, também já falecido, que deu o slogan ao nosso programa; também agradecer a presença de duas pessoas de dois estilos musicais totalmente diferentes: a professora e maestrina, pianista Arlete Gordilho e o representante da jovem guarda, nosso amigo, Claudio Fontana, também aqui presente.

Uma salva de palmas a eles. (Palmas.)

Quero agradecer a todos que ajudam e tem muita gente ajudando e incentivando a cultura portuguesa. Vamos nos unir cada vez mais para fazer com que nossas tradições não desapareçam nesta nossa cidade de São Paulo.

Que Deus abençoe a todos e muito obrigado por esta homenagem. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – ANDERSON SILVA - Muito obrigado, padre Armênio Rodrigues Nogueira.

Mais um homenageado. Vamos receber o Sr. Ernesto Lemos.

Ernesto Lemos, português - natural da Freguesia de Sequeiros - Conselho da Aguiar da Beira, distrito da Guarda - Portugal, veio para o Brasil com 14 anos de idade (16/03/1961). Casado com Maria Conceição Mendes Lemes. No ano de 1964 participou da fundação do primeiro Grupo Folclórico Português de São Paulo, o “Carvalho Araujo”, no Centro Transmontano. A partir de 1971 passou a integrar o Grupo Folclórico da Casa de Portugal, onde permanece até os dias de hoje. Verdadeiro amigo de Portugal e entusiasta da cultura portuguesa, principalmente do seu folclore, dedicou praticamente toda a sua vida a conviver com brasileiros e lusos descendentes numa verdadeira integração onde todos tocam e bailam lado a lado.

Senhoras e senhores, Ernesto Lemos. (Palmas.).

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Senhoras e senhores, na sequência vamos receber Ilda Maria Pereira Santana Gaspar Vinagre.

Atualmente com 60 anos, iniciou a vida profissional como cozinheira na Embaixada de Portugal nos Estados Unidos, aos 24 anos. Aos 31 anos abriu seu próprio restaurante denominado “Bulota”, em Portugal. Trabalhou na China acompanhando o primeiro- ministro português. Participou de eventos em vários países do mundo, entre eles China, Estados Unidos, Espanha, e Brasil, para onde se mudou em 2009, estabelecendo-se em São Paulo onde passou a ocupar o cargo de chefe de cozinha no renomado Restaurante A Bela Sintra, de comida portuguesa em São Paulo.

Senhoras e senhores, Ilda Maria Pereira Santana Gaspar Vinagre. (Palmas.).

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Mais um homenageado, Jerônimo Augusto Gomes Alves (in memorian). Recebe esta homenagem o seu filho, Sr. desembargador Marcos César Amador Alves.

Português de nascimento e brasileiro de coração - completou, em 16 de fevereiro último, 71 anos. Nasceu em Paços, no norte de Portugal. Aos 11 anos, chegava em Lisboa iniciando uma vida de muito trabalho no ramo da restauração. Em 1961, partiu para o Brasil, onde casou-se com Madalena, e constituiu uma família com o nascimento dos filhos Cláudia, Andrea e Marcos César. Militava em diversas entidades da comunidade, como a Associação Portuguesa de Desportos, a Casa de Portugal, o Centro Trasmontano e o Conselho da Comunidade. Fundou, em 1969, o restaurante “Alfama dos Marinheiros”, localizado nos Jardins e frequentado por artistas, políticos e personalidades, dedicando-se primordialmente à arte da gastronomia portuguesa. Por seus méritos, foi condecorado na cidade de Porto, em Portugal, com a prestigiosa comenda da “Ordem do Mérito da Hotelaria e Alimentação Portuguesa”. Foi agraciado também pelo Tribunal Superior do Trabalho com a formal admissão na “Ordem do Mérito Trabalhista”. No ano de 1993, como reconhecimento pelas suas indiscutíveis qualidades pessoais e por sua autêntica vocação de servir, foi agraciado pela Câmara Municipal de São Paulo com o título de “Cidadão Paulistano”. Nas palavras de seu filho Marcos César: “Nunca conheci um homem tão generoso e desprendido”. Hoje ele já não está mais entre nós, e seu falecimento, aos 71 anos, deu-se no último 23 de maio, aqui em São Paulo. Por isso, o Conselho da Comunidade Luso-Brasiteira do Estado de São Paulo e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo prestam uma homenagem, in memorian, a este valoroso português de nascimento e brasileiro de coração, como ele mesmo dizia, nas mãos de seu filho Marcos César Amador Alves. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber mais um homenageado, Joaquim Correia dos Santos.

Nascido no lugar de Passos, Freguesia de Moldes, Arouca, Portugal, em 24/06/1936. Deixou sua família aos 14 anos para trabalhar em Porto, ficando nesta cidade por cerca de 3 anos. Em 1952, deixou sua terra natal e veio para o Brasil para trabalhar no “Bar Circular”, na Praça João Mendes. Em 1956, com seus sócios, adquiriu seu primeiro negócio, e em 1958 o “Bar e Lanches Alcobaça”, entre outros. Em 1973, fundou sua empresa de papéis para embalagens, a Macropel, onde trabalhou por 37 anos. Hoje continua sua atuação profissional no mesmo ramo, na Megapel. Em sua vida profissional foi trabalhador incansável, exemplo de honestidade e ética. Casado com Mana José, a Zeza, tem duas filhas, Elisabete e Margarete, e dois netos, Marcos Victor e João Victor. Destacou-se na comunidade portuguesa a partir da fundação do Arouca São Paulo Clube, em 08 de Março de 1979, clube este que hoje é referência entre as entidades luso-brasileiras. Seu pai, Jerônimo Lourenço dos Santos, em visita ao Brasil em 1978, motivou um grupo de amigos a trabalhar perseverantemente para criar o Arouca São Paulo Clube. Em Dezembro de 1980, com o apoio da valorosa comunidade arouquense, funda o Rancho Folclórico do Arouca São Paulo Clube. Ainda hoje, do alto de seus 78 anos, é membro da diretoria que, desde sua fundação, não interrompeu sua participação. Tudo isto foi resultado do esforço do homem simples, que soube fazer por Portugal, por sua região de Arouca, sem medir sacrifícios, querendo dar vazão à vontade de engrandecer a terra onde nasceu e à Pátria que o recebeu.

Senhoras e senhores, Joaquim Correia dos Santos. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber mais um homenageado, Jorge Manuel Marques Gonçalves. (Palmas.)

Nasceu em 08 de dezembro de 1959 na aldeia de Creado, freguesia de Casal de Cinza, Concelho da Guarda, Beira Alta, Portugal. Chegou ao Brasil em 10 de abril de 1961. É filho de Firmino Marques Gonçalves e Augusta Marques Gonçalves, tendo duas irmãs, Maria Dulce e Nazaré, e é pai do Gabriel, hoje com 11 anos.

É administrador de empresas pela USP, onde cursou também a Faculdade de Direito, tendo se especializado em Direito Empresarial. É especialista em Direito Processual Civil pelo Cogeae da PUC e especialista em Direito Tributário pelo Centro de Extensão Universitária. Além desses, frequentou outros cursos de especialização em diferentes áreas do Direito, destacando-se o curso de Direito do Terceiro Setor pela Fundação Getúlio Vargas. É advogado em São Paulo, tendo trabalhado na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, na Câmara Municipal de São Paulo e prestado serviços em diferentes escritórios de advocacia. Atualmente trabalha Álcool Santa Cruz.

É sócio da Associação Portuguesa de Desportos desde 1978. Membro efetivo do Conselho Deliberativo em seu terceiro mandato. Foi eleito vice-presidente do Conselho Deliberativo, cargo do qual se licenciou para assumir a Tesouraria Geral da Portuguesa, tendo renunciado a ambos os cargos para poder assumir a vice-presidência de Finanças. É presidente da Diretoria Executiva desde 21 de março de 2015.

Senhoras e senhores, Jorge Manuel Marques Gonçalves. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Mais um homenageado, senhoras e senhores: José Augusto do Rosário, representado por sua esposa, Gladis Siqueira do Rosário. (Palmas.)

José Augusto do Rosário nasceu no arquipélago de Cabo Verde, emigrou para o Brasil em 1963, aos três anos, instalando-se na cidade de Santos, onde viveu até os 21 anos.

Foi funcionário do Consulado de Portugal entre os anos de 1973 e 1976. Trabalhou na Agência de Turismo Vasco da Gama. Aos 21 anos transferiu-se para São Paulo, onde se graduou em Letras pelas Faculdades Associadas do Ipiranga. Em seguida, especializou-se em Mercado de Capitais pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhando no mercado financeiro durante 28 anos em grandes instituições financeiras como Lloyds Bank, Chase Manhattan Bank e J. P. Morgan Bank, ocupando cargos de gerência administrativa.

Participa da Associação Caboverdiana do Brasil desde 1978, ano de fundação, onde foi dirigente, tornando-se sócio gran-benemérito, sendo eleito presidente por seis gestões. Foi associado da Casa de Portugal, diretor cultural do Centro Cultural 25 de Abril, coprodutor e apresentador, juntamente com o mestre Martins Araujo, do programa de rádio “Mundo Lusófono”, na rádio 9 de Julho, programa que tinha como foco a divulgação da cultura e outros elementos de todos os países de língua oficial portuguesa. Voltou a Santos em 2009, onde assumiu o cargo de gestor do Consulado Honorário de Portugal.

É atual presidente da Escola Portuguesa de Santos, que atende a 110 crianças carentes, conselheiro da Associação Atlética Portuguesa, diretor e conselheiro do Centro Cultural Português de Santos. Em 2014, recebeu do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Santos o prêmio “Zumbi dos Palmares”.

Senhoras e senhores, José Augusto do Rosário, representado por sua esposa, Gladis Siqueira do Rosário. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Seguimos as homenagens convidando o Sr. Manoel Antonio. (Palmas.)

Manoel Antonio nasceu em Aldeia de Redinha, Pombal, Portugal, em 04 de março de 1940. Chegou ao Brasil em 10 de janeiro de 1954. É casado com Alice Naoko Antonio, pai de Rodrigo Sonada Antonio e Elaine Sonada Antonio. Iniciou sua carreira no Folclore Português, em São Paulo, como acordeonista, primeiramente no grupo folclórico “Ceifeiras de Portugal”. Pertence ao grupo folclórico da Casa de Portugal desde 1995.

Nosso homenageado, Manoel Antonio. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Seguimos, senhoras e senhores, convidando o Sr. Manuel Emílio Dias. (Palmas.)

Nosso homenageado é nascido em Gebelim, Portugal, no ano de 1943, filho de Mauricio Augusto Dias e Luiza Angelica Teixeira. Perdeu a mãe aos cinco anos de idade e sua infância foi vivida na Aldeia Gebelim. Aos quinze anos foi viver em Angola, levado por um tio. Passa então a ter que assumir uma postura definitiva de adulto. Serve o exército e vive toda a sua adolescência em Angola.

Casa-se então com Fernanda Carvalho e, juntos, constroem uma família. Desse amor nascem duas filhas, Sônia e Carla Dias. Devido à guerra, Manuel e sua família fogem de Angola. O dinheiro pouco tinha, mas tinha a coragem de um imigrante que precisava refazer a vida. Todos vão então para Portugal, onde Manuel permanece por um mês.

Vem ao Brasil em outubro do mesmo ano. Procura por um primo que lhe dá moradia, passa a trabalhar em uma padaria e logo depois torna-se motorista de ônibus. Passados alguns meses manda toda a família, então deixada em Portugal, vir ao Brasil e, no mesmo ano, compra seu primeiro comércio em Guarulhos, SP. Depois de sete anos compra a primeira padaria e voltam todos a viver em São Paulo, onde vivem até hoje. Manoel é exemplo de vida, e seus netos saberão de sua história. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber Maria de Fátima Pereira Alves. (Palmas.)

Nascida no dia 14 de janeiro de 1955, em Santos, é filha de Oscar da Silva Pereira e Alzira Melo Pereira. É casada e mãe de dois filhos. É empresária, sócia gerente da empresa Joduarte Balanças e Refrigeração Ltda. e sócia diretora da Alves e Filhos Ltda. Foi fundadora, em 1995, do Grupo Filantrópico Rosmaninho de Santos e atualmente é presidente do conselho deliberativo. Foi presidente por várias gestões, até janeiro de 2015. É um grupo criado especialmente para atender os idosos carenciados portugueses e luso-descendentes da Baixada Santista. É formada pela Faculdade de Matemática. Foi presidente do departamento feminino do Centro Cultural Português de Santos entre 1994 e 2000. Foi presidente do departamento feminino da Sociedade União Portuguesa de Santos entre 2004 e 2009. É presidente do departamento feminino do Centro Cultural Português de Santos (2010-2016). É a principal autora e responsável pela elaboração do livro “Centro Português de Santos e seu Centenário”, em 1995. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Senhoras e senhores, vamos receber mais uma homenageada: Maria João Martins. (Palmas.) Lendo um jornal, a enfermeira Maria João Martins descobriu que havia desembarcado, em 1996, na quarta maior cidade brasileira em número de imigrantes portugueses. As lembranças da cidade do Porto e a presença de tantos conterrâneos em São Paulo levaram-na a fundar, há três anos, A Casa Portuguesa, em Pinheiros. Ela e o marido, o engenheiro Antonio Candido Cunha Filho, decidiram montar uma loja especializada em produtos do seu país. Enquanto buscava a equivalência do diploma de enfermagem para atuar no país, Maria começou a seguir os passos dos pais, comerciantes. Graças aos vinhos, bacalhaus e azeites, entre outros itens importados, a casa cresceu e desde outubro de 1996 passou a servir almoço. Além de degustar a alheira, os conhecidos bolinhos de bacalhau ou os pasteis de Belém, prato principal e sobremesas típicas portuguesas, o cliente pode admirar e comprar louças e enfeites tradicionais, como Galo de Barcelos, imagens de Santo Antonio e de Nossa Senhora de Fátima. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber Marli Aparecida Antunes Gonçalves. (Palmas.) Nasceu na cidade de Santos. No dia 19 de agosto de 1995 é que inicia a sua carreira profissional. Em 1998, com o Jubileu de Prata do Troféu Brás Cubas, lhe foi atribuído o prêmio de melhor cantora de fado. No ano de 2000 lançou seu primeiro CD, “Marly Gonçalves - Recria 16 sucessos da música portuguesa”, obtendo elevada aceitação do público e da crítica. Marli Gonçalves levou a divulgação da cultura portuguesa a países como Portugal, Canadá e Ucrânia. Levaram o fado pela primeira vez à Alemanha e França. Este ano, em outubro de 2015, o fado estará em Moscou. Senhoras e senhores, Marli Aparecida Antunes Gonçalves ou, simplesmente, Marli Gonçalves. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber, senhoras e senhores, mais uma homenageada, Norma Gomes Fabiano. (Palmas.) Nascida em São Paulo, no dia 24 de dezembro de 1955, é filha de pais portugueses - Fernando Gomes (in memorian) e Maria Augusta Gomes, naturais de Resende. É formada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero. É casada com José Carlos Fabiano e é mãe de Ricardo Gomes Fabiano e Robaldo Gomes Fabiano. Trabalha como assessora parlamentar com o vereador Toninho Paiva há 18 anos. Senhoras e senhores, Norma Gomes Fabiano. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Vamos receber agora, senhoras e senhores, um diploma de honra ao mérito ao Dr. Antonio de Almeida e Silva. (Palmas.) Advogado, formado pela Faculdade do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo no ano de 1975, pós-graduado em Direito Civil e Direito Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Atualmente atua com Direito Empresarial, Mercado de Capitais, Direito de Família e Sucessões, Contratos, Direito do Trabalho, Direito Imobiliário e Direito Luso-Brasileiro. Senhoras e senhores, com o vasto currículo, vamos aplaudir, com a homenagem de honra ao mérito, o Dr. Antonio de Almeida e Silva. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Para finalizar as homenagens, vamos receber o Dr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas. (Palmas.)

No Brasil desde 2008, Miguel Setas assumiu, em Janeiro de 2014, a Presidência da EDP Energias do Brasil. Entre 2010 e 2013, foi o vice-Presidente responsável pelo negócio da Distribuição e anteriormente, durante 2 anos, o vice-Presidente responsável pelos Novos Negócios, Comercialização e Renováveis. Entrou para o Grupo EDP em 2006, como Chefe de Gabinete do Presidente do Conselho de Administração Executivo. Em 2007, foi Administrador da EDP Comercial. Foi ainda membro da Administração da EDP Inovação, da Portgás e da Fundação EDP. Formou-se em Engenharia Física no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, onde também fez o Mestrado em Engenharia Eletroeletrônica e de Computadores. Em 1996, fez o MBA na Universidade Nova de Lisboa. Entrou para o setor da Energia em 1998, como Diretor Corporativo da GDP - Gás de Portugal. Desde então, manteve-se ligado ao setor energético, tendo sido Administrador da Setgás, entre 1999 e 2001, e Administrador Executivo da Lisboagás, entre 2000 e 2001. Até 2004, foi Diretor de Marketing Estratégico do Grupo Galp Energia. Entre 2004 e 2006 foi Administrador da CP - Comboios de Portugal. Neste período presidiu a Comissão Executiva da CP Lisboa. Começou a sua vida profissional em 1995, como Consultor na McKinsey & Company, onde desenvolveu atividade em setores diversos como Energia, Banca, Seguros, Distribuição e Indústria.

Senhoras e senhores, o Dr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma de homenagem.

 

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Representando todos os homenageados, tem a palavra o Dr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas.

Senhoras e senhores, por favor, voltem aos seus lugares para que possamos ouvir a mensagem do Dr. Miguel.

 

O SR. MIGUEL NUNO SIMÕES NUNES FERREIRA SETAS - Boa noite a todos. Quero começar saudando a Sra. Presidente desta sessão, deputada Maria Lúcia Amary. Gostaria de saudar também o nosso presidente do Conselho das Comunidades Luso-Brasileiras em São Paulo, Dr. Antonio de Almeida e Silva, aqui hoje justamente homenageado. Também faço uma saudação especial para o Sr. Cônsul Geral de Portugal em São Paulo, Dr. Paulo Lourenço. Cumprimento os nossos presidentes das associações luso-brasileiras aqui presentes, todos os amigos e amigas das comunidades luso-brasileiras e colegas de trabalho.

Queria pedir a entrada deste evento para dirigir breves palavras em nome dos dezesseis homenageados. Creio que seja uma tarefa ingrata, porque, como tivemos a oportunidade de constatar, com a história, o contributo, o legado de todas essas pessoas que foram homenageadas, é muito difícil representá-las com um discurso breve, como eu vou tentar agora fazer. Vou ser muito breve nas minhas palavras.

Uma palavra inicial para registrar a importância desta sessão solene no fortalecimento, no reforço das relações entre os dois países, entre Portugal e Brasil. É inequívoca a importância desta sessão aqui hoje realizada. Uma palavra de agradecimento.

Agradeço, de acordo com o que me foi aqui pedido, em nome dos dezesseis homenageados, a delicadeza, a sensibilidade, a amizade que tiveram em se lembrar deste grupo de dezesseis portugueses, de dezesseis membros da comunidade luso-brasileira que deram a sua vida. Eu sou o mais novo desta comunidade, talvez tenha oito anos aqui no Brasil e, portanto, acho que estou tendo dificuldade em representar bem este grupo. Mas queria fazer um agradecimento formal a esta nobre Casa pela lembrança que teve de homenagear este grupo de dezesseis pessoas.

Depois um registro, com emoção, com satisfação por ver o respeito, a honra como as comunidades luso-brasileira são tratadas por São Paulo e pelo órgão mais alto, mais representativo do seu Poder Legislativo. Isso é algo que nos deixa profundamente emocionados. Não queria deixar de mencionar isso nestas breves palavras.

Uma terceira menção para destacar a força e vitalidade com que nós hoje sentimos a comunidade luso-brasileira em São Paulo. E creio que a presença massiva aqui, às 22 horas, de um grupo tão alargado de amigos, é representativa dessa força e dessa vitalidade.

Não poderia deixar, Sr. Presidente, de dizer que esta homenagem que é prestada hoje nos vai imbuir de um espírito renovado, reforçando os laços de amizade entre Portugal e Brasil, e reafirma o nosso compromisso com São Paulo e com o Brasil.

Eu não tenho dúvida de que saímos daqui com a energia e a dedicação reforçadas para continuar a contribuir, da forma que podemos, para um país cada vez melhor.

Viva São Paulo, viva o Brasil, viva Portugal.

Muito obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - ANDERSON SILVA - Muito obrigado, Dr. Miguel Nuno.

O cerimonial gostaria de agradecer a presença das seguintes autoridades e personalidades: Sr. Jorge Manuel Marques Gonçalves, presidente da Portuguesa de Desportos; Sr. Armando Correia, da Força Aérea Portuguesa; Fátima Macedo, do programa “Portugal, a saudade é você”, da Rádio Capital, completando 30 anos; Fernando Ramalho, presidente da Provedoria da Comunidade Portuguesa; Sr. Marcelo Stori Guerra, presidente executivo da Casa dos Açores de São Paulo; Comendador Vasco Monteiro, presidente da Comissão Luso-Brasileira; Nuno Rebelo de Sousa, vice-presidente da Câmara Portuguesa; Roberto Vitela, presidente do grêmio luso-brasileiro; Cláudio Fontana, o cantor da Jovem-Guarda; Paulo Almeida, vice-presidente do conselho do Clube Português; Emerson Albano, diretor do rancho folclórico Associação Atlética Portuguesa Santos; Udine Verardi, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati; Antero Pereira, presidente do Sindipan, Sampapão, Sindicato dos Panificadores do estado de São Paulo; Félix Terrível, vice-presidente da Transmontano e vice-presidente do Hospital Igesp.

Informo aos senhores sobre o ato cívico que acontecerá no dia 10 de junho, às 11hs, junto à estátua de Camões na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, tendo como orador o Dr. Paulo Lopes Lourenço, cônsul geral de Portugal. Os senhores podem adquirir os convites através dos conselhos das comunidades portuguesas.

Da mesma forma, nós gostaríamos de pedir que, ao serem anunciados os grupos e ranchos folclóricos, por favor, seus representantes levantem e apresentem as suas bandeiras.

Temos a presença do grupo folclórico Casa de Portugal São Paulo. Peço uma salva de palmas.

(Palmas.)

Também conosco, o rancho folclórico Pedro Homem de Melo.

(Palmas.)

Grupo folclórico do Arouca São Paulo Clube.

(Palmas.)

Rancho folclórico Portuguesa Aldeias da Nossa Terra.

(Palmas.)

Rancho folclórico Verde Gaio.

(Palmas.)

Grupo folclórico Veteranos de São Paulo.

(Palmas.)

Rancho folclórico Típico Madeirense do Morro de São Bento de Santos.

(Palmas.)

Agradecemos à comissão organizadora de eventos do conselho da comunidade luso-brasileira, na figura de seu coordenador, comendador Vasco de Frias Monteiro.

(Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - MARIA LÚCIA AMARY - PSDB - Foi uma honra muito grande presidir essa homenagem à Portugal, terra dos meus avós. Eu estou prestes a receber a nacionalidade portuguesa.

Eu gostaria de agradecer a comitiva de Santos, minha terra natal, por onde chegaram os meus avós. Queria agradecer ao Sr. Antonio de Almeida e Silva, presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira; ao Dr. Paulo Lopes Lourenço, cônsul geral de Portugal; ao Dr. Marcos César Amador Alves, desembargador federal do trabalho; e ao presidente, deputado Fernando Capez, que é autor desta iniciativa.

Esta Presidência agradece as autoridades, os homenageados, os funcionários do serviço de som, da taquigrafia, do serviço de atas do cerimonial, da secretaria geral parlamentar, da imprensa da Casa da TV Legislativa, das assessorias de policiais civil e militar, bem como a todos que, com a sua presença, colaboraram para o êxito dessa solenidade.

Convido a todos para um coquetel que será servido no Hall Monumental e para visitarem a exposição “Os Construtores do Brasil”.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 01 minuto.

 

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