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17 DE AGOSTO DE 2015

020ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 100 ANOS DE FUNDAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO - UNASP.

 

Presidente: CAMPOS MACHADO

 

RESUMO

 

1 - CAMPOS MACHADO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Campos Machado, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear os 100 anos da Fundação do Centro Universitário Adventista de São Paulo - Unasp". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a apresentação da música "Ode to Joy", pela Orquestra de Sinos da Unasp.

 

2 - DAMARIS MOURA

Presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB, cumprimenta as autoridades presentes. Diz ser este um dia de emoção. Relembra, com orgulho, que também é resultado da educação adventista. Informa que não estudou na Unasp, mas em um internato adventista no interior da Bahia. Afirma que os alunos saem educados de forma integral. Destaca que, com a escola adventista, cresceu e tornou-se uma pessoa mais autônoma, independente e responsável. Menciona suas palestras nesta entidade. Parabeniza a atual gestão da Unasp. Pede que a escola continue cumprindo seu objetivo final, o de educar e salvar pessoas para a eternidade, e que o reconhecimento de hoje nesta Casa componha os anais da historia da Unasp.

 

3 - PRESIDENTE CAMPOS MACHADO

Anuncia a apresentação da música "Medley de gratidão", pelo Coral Universitário do Unasp SP, com o solista Pizerre Borges.

 

4 - DOMINGOS JOSÉ DE SOUZA

Pastor e presidente da Mantenedora do Unasp, saúda todos os presentes. Agradece o deputado Campos Machado. Cumprimenta as autoridades presentes. Diz que 100 anos é ser ainda muito jovem. Afirma que, com a missão de transformar vidas, a Unasp nunca envelhece, ainda mais com a entrada, a cada ano de novos alunos, novos pais e professores. Destaca que a Unasp oferta valor, faz os outros felizes e trata os outros com respeito. Menciona o compromisso social da entidade com o País. Informa que a escola prepara homens e mulheres para serem úteis à sociedade, à pátria e a Deus, auxiliando os jovens a atingir seus sonhos e prestarem relevantes serviços para a sociedade brasileira. Relata que a Unasp torna o pensamento de seus alunos mais elevados e altruístas.

 

5 - PRESIDENTE CAMPOS MACHADO

Anuncia a apresentação da música "Jerusalém", pelo Coral Universitário da Unasp SP, com os solistas Evelyn Conti e Josias Campos.

 

6 - EULER PEREIRA BAHIA

Professor e reitor do Unasp, saúda as autoridades presentes e o deputado Campos Machado. Exibe vídeo da instituição. Lê a resenha com os principais eventos que marcaram a história da Unasp, desde a sua fundação. Agradece a Deus, à Nação Brasileira, à mantenedora da instituição, ao corpo discente, docente e colaboradores do Unasp, às famílias que confiam a educação de seus filhos a eles, amigos e parceiros da instituição. Diz estar honrado por esta homenagem. Ressalta que a educação cristã adventista visa a qualificação para o mundo do trabalho, a cidadania e a construção de bons relacionamentos. Cita atributos necessários como bondade, beleza, fidelidade e verdade. Afirma que a Bíblia orienta a modelagem da proposta acadêmica e de relacionamentos na esfera da vida. Critica a geração atual de jovens, que não conhecem limites e que não respeitam a sociedade. Destaca a necessidade de equilíbrio entre direitos e obrigações. Afirma que a violência urbana, os desafios ambientais, vícios, corrupção sistêmica e os conflitos sociais são decorrentes do tipo de educação. Menciona a atual ameaça de destruição da instituição família. Fala que esta homenagem foi recebida com humildade e que os remete ao compromisso de manter a trajetória da instituição, com a mesma paixão e entusiasmo pela educação. Agradece a homenagem ao Unasp. Entrega ao deputado Campos Machado e ao Dr. Aloísio de Toledo César, representante do governo estadual o "marco do centenário".

 

7 - ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR

Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania, representando o governador Geraldo Alckmin, cumprimenta o deputado Campos Machado e as autoridades presentes. Diz imaginar como foi a chegada dos adventistas em São Paulo, vindos da Europa há 100 anos atrás, quando a cidade ainda era pequena. Transmite um abraço do governador Geraldo Alckmin para todos os presentes. Demonstra sua surpresa em ver o Hino Nacional tocado em sinos. Discorre sobre seu orgulho em fazer parte do governo atual. Elogia o governador Geraldo Alckmin, que de acordo com ele, é um exemplo a ser seguido, com sua fé inabalável em Deus e o respeito por todas as religiões.

 

8 - PRESIDENTE CAMPOS MACHADO

Convida todos os presentes a ouvirem a apresentação da música "Muito além", pelo Coral Universitário da Unasp SP. Lembra que há 30 anos conheceu a escola adventista. Diz ser um exemplo de vida, de altruísmo, pregando a presença de Deus e a educação para todos. Menciona o seu profundo orgulho da comunidade adventista. Informa que conheceu melhor a religião durante sua atuação nesta Casa durante a aprovação de uma das leis. Comenta que seu filho é adventista. Cumprimenta o Coral, o maestro e os alunos. Menciona o pronunciamento do reitor a respeito da ameaça de destruição da família e a necessidade do respeito dos filhos para os pais. Afirma que esta Casa, com mais de 150 anos de história, se sentiu profundamente honrada e orgulhosa por sediar esta cerimônia. Pede que todos aplaudam de pé o Unasp. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Campos Machado.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, muito bom dia. Sejam novamente bem-vindos à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, para participar desta sessão solene que tem a finalidade homenagear os 100 Anos de Fundação do Centro Universitário Adventista de São Paulo - Unasp.

Convido, para compor a Mesa principal, o Exmo. Sr. deputado Campos Machado, presidente estadual do PTB de São Paulo, secretário-geral da executiva nacional do partido e líder da bancada do PTB na Assembleia Legislativa, Exmo. Sr. Aloísio Toledo César, secretário da Justiça e Defesa da Cidadania, neste ato, representando o Sr. governador Geraldo Alckmin, professor Euler Pereira Bahia, reitor do Unasp - Centro Universitário Adventista de São Paulo; Dra. Damaris Moura, presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB.

Dando início a esta solenidade, tem a palavra o deputado Campos Machado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Srs. deputados presentes, Sras. deputadas, minhas senhoras, meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de homenagear os 100 Anos de Fundação do Centro Universitário Adventista de São Paulo - Unasp.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Orquestra de Sinos do Unasp, regido pelo maestro Wellington Ferreira.

Solicito aos integrantes da mesa principal que permaneçam voltados para o público durante a execução do hino.

 

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É feita a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Quero comunicar aos senhores presentes que esta Sessão Solene está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB e será transmitida pela TV Assembleia dia 22 de agosto, sábado, às 21 horas, pela NET, canal 7, pela TV Aberta, canal 61.2, TV Vivo Digital, canal 185 e analógico, canal 66.

Assistiremos à apresentação da música “Ode to Joy” pela Orquestra de Sinos do Unasp.

 

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É feita a apresentação musical.

 

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 O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Antes de convidar a Dra. Damaris Moura para fazer uso da palavra, quero anunciar a presença de um querido e leal amigo, pastor Domingos José de Souza, presidente da Mantenedora do Unasp, Instituto Adventista de Ensino.

Quero também anunciar que o secretário de Justiça, Dr. Aloísio Toledo César, representa, nesta manhã, o Exmo. Sr. Dr. Geraldo Alckmin, que me ligou ontem à noite dizendo que o Dr. Aloísio, secretário de Justiça viria representá-lo nesta solenidade e pediu-me que transmitisse ao Unasp o seu respeito. Ele tem profundo orgulho de ter proferido palestra no Unasp e convida o Sr. reitor para, assim que tiver oportunidade, visitá-lo e tomar um café no Palácio dos Bandeirantes.

Com a palavra, a minha amiga, Dra. Damaris Moura.

 

A SRA. DAMARIS MOURA - Quero cumprimentar esta mesa ilustre na pessoa do seu presidente, que convocou esta sessão solene em homenagem ao Unasp, meu amigo, deputado Campos Machado, na pessoa de quem cumprimento os demais ocupantes desta mesa ilustre e dizer que é um dia de muita emoção, é um dia histórico.

Relembro, com muito orgulho, que também sou o resultado da educação adventista. Embora não tenha estudado no Unasp, que é o internato do estado de São Paulo, fui aluna de um internato adventista no interior da Bahia. Falamos desta escola com convicção muito segura de que os alunos saem de lá educados de uma forma integral.

Perguntaram-me, semana passada, o que o internato adventista, o que a escola adventista me trouxe. Eu disse que consegui crescer lá, não fisicamente - porque ainda não cresci -, mas consegui crescer, tornar-me uma pessoa mais autônoma, mais independente, mais responsável. É isso que a escola adventista, deputado, tem feito ao longo das suas décadas e décadas de história.

O Unasp pode muito bem dizer isso, porque está completando cem anos de existência. Não estudei no Unasp, mas frequento constantemente. Já tive a honra de proferir algumas palestras nessa escola e quero encerrar parabenizando a sua atual gestão na pessoa do meu amigo professor Euler Bahia, dos seus diretores aqui presentes, dos seus professores, dos seus administradores, do presidente da mantenedora, pastor Domingos de Souza.

Que essa escola continue brilhando! Desejamos, no nosso coração, que ela avance, cada vez mais, atendendo pessoas e cumprindo seu objetivo final. É nisso que nós cremos. Que ela continue educando e salvando pessoas para a eternidade! É o desejo do nosso coração. Que isso se confirme cada dia mais! Que esse reconhecimento que se faz hoje, deputado, aqui na Assembleia Legislativa, através da sua pessoa que também esteve sempre ligado a esta instituição, que sempre esteve ligado à igreja adventista, que este reconhecimento que o senhor presta nesta manhã a essa escola, componha os anais desta história tão bonita, tão fecunda e tão abençoada.

Quero finalizar, rogando as bênçãos do Céu sobre essa escola, sobre seus administradores, sobre seus alunos, que estão ali atrás, e são a razão da existência dessa escola. Que Deus abençoe a todos! Muito obrigada!

 

O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Agora, assistiremos à apresentação da música “Medley de Gratidão”, pelo Coral Universitário do Unasp. Solista Pizerre Borges.

 

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É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Quero, com muita honra, anunciar a presença do professor Paulo Sérgio de Castro da Universidade de Mogi das Cruzes, professor Ricardo Bertazzo, diretor de Desenvolvimento Estudantil do Unasp, Dr. Gilberto Cury, Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB São Paulo, Dr. Davi Batista, representando o deputado Gil Lancaster, Dr. Janio Martins, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati, Sr. Dorival Iglecias, pai da secretária do Meio Ambiente do estado, minha querida amiga, Dra. Patricia Iglecias.

Agora, tenho o profundo orgulho e imensa honra de anunciar a palavra de um plantador de sementes de sonhos, meu amigo, pastor Domingos José de Souza.

 

O SR. DOMINGOS JOSÉ DE SOUZA - Bom dia a todos. Quero saudá-los, nesta manhã, com muita alegria no coração, em um momento especial e significativo para nossa escola. Quero agradecer profundamente o presidente desta homenagem, deputado Campos Machado. Muito obrigado, deputado! Que Deus continue abençoando-o e dando a sensibilidade de sempre em formarmos parcerias, não apenas no setor educacional, mas também em outras áreas em que trabalhamos! Quero saudá-lo neste momento, pedindo que Deus o abençoe ricamente.

Quero fazê-lo também com as demais autoridades que compõem a mesa e os demais líderes presentes. Que Deus nos abençoe para que o Unasp continue a sua missão, que é transformar vidas.

Quero dizer, especialmente ao deputado Campos Machado, que conhece profundamente a nossa escola - a cada hora, ele está por lá -, e a quem quero agradecer, que 100 anos, deputado, ainda é ser muito jovem. Cem anos cumprindo uma missão de transformar vidas. O Unasp nunca envelhece, porque, a cada ano, temos novos alunos, novos pais, novos professores. Então, cem anos é ainda ser muito jovem.

Essa escola me ensinou que a maneira mais confiável e segura de conseguir tudo aquilo que você deseja na vida é ofertar. Por isso, o Unasp oferta. Para conseguir riqueza, oferece valor. Para ser feliz, você deve fazer outros felizes. Para aprender, você deve ensinar, que é a missão do Unasp. Que ele continue fazendo isso! Para ser respeitado, trate os outros com respeito.

Quero ainda dizer que o Unasp é uma instituição educacional, que tem o compromisso, deputado, social com este país. Essa escola, ao longo da sua história, tem preparado homens e mulheres para serem úteis à pátria, aos semelhantes e a Deus. Essa é a sua missão, e louvamos a Deus por isso. Ali, independentemente de raça, cor, credo ou mesmo de sexo, ela prepara jovens, e ali eles encontram a realização de seus desejos, seus sonhos, bem como de toda sua família. Por isso, louvamos a Deus.

O Unasp tem prestado relevante serviço à sociedade brasileira, quiçá até ao exterior, porque temos muitos ex-alunos espalhados por este mundo. Assim que o Unasp torna o pensamento de seus alunos mais elevados, mais belos, mais prósperos, mais altruístas, o Unasp, de acordo com um de nossos slogans, vai muito além do ensino.

Muito obrigado!

 

O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Agora, ouviremos a apresentação da música “Jerusalém”, pelo Coral Universitário do Unasp. Solistas Evelyn Conti e Josias Campos.

 

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É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Agora, também, é com extrema honra, com extremo orgulho que esta Casa vai ouvir as palavras de outro plantador de sementes de sonhos, professor Euler Pereira Bahia, magnífico reitor do Unasp.

 

O SR. EULER PEREIRA BAHIA - É com enorme alegria que tenho o prazer de saudar, nesta manhã, as autoridades que compõem a mesa: Exmo. Sr. deputado Campos Machado, proponente desta sessão, Dr. Aloísio Toledo César, que, neste ato, representa o Exmo. Sr. Governador do nosso estado, Dr. Geraldo Alckmin. Nas figuras dessas duas autoridades, cumprimento as demais autoridades presentes.

Cumprimento todos os amigos que prestigiam este evento, os líderes da Igreja Adventista, de outras denominações, de outras instituições, líderes de nossa instituição, os docentes presentes e aqueles que não puderam estar aqui nesta manhã, porque estão plantando arroz-semente junto a nossa comunidade estudantil, senhor presidente.

Uma saudação carinhosa e particularmente importante a nossa comunidade estudantil, aos discentes de nossos quatro campi, representados por esses valorosos jovens que estão aqui nesta manhã.

Antes desta locução, quero ter o prazer de anunciar-lhes que é possível vislumbrarmos um pouco da realidade institucional hoje. Vamos fazê-lo assistindo a um breve vídeo que representa a realidade da escola hoje. Logo a seguir do vídeo, tenho a honra de anunciar que ouviremos uma resenha histórica desse centenário, apresentado pelo Dr. Martin Kuhn.

Vamos ao vídeo.

 

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É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. MARTIN KUHN - O ano de 20015 tem sido emblemático para o Unasp, Centro Universitário Adventista de São Paulo, que comemora 100 anos de fundação como referência de ensino integrado e de responsabilidade social, por sua filosofia educacional. Desde sua fundação em 1915, o Unasp procura transpor os portões da instituição, sendo reconhecido por sua relevância acadêmica, social, comunitária e espiritual.

Um século de dedicação e formação de profissionais e cidadãos é celebrado pelo slogan “Muito Além do Ensino”. O casal John e Augusta Bohem, pioneiros do adventismo no Brasil, é conhecido como fundadores da instituição. Nas primeiras décadas de existência, além da formação missionária, promovida pelo curso de teologia, o Unasp criou um curso para formação de docentes, complementou o programa do então conhecido ginásio e fundou a empresa Superbom.

Em 1942, foi atribuído o nome Colégio Adventista Brasileiro - CAB -, que perdurou por mais de duas décadas. Entre os anos 40 e 60, foram oficializadas no CAB cursos como contabilidade, colegial, clássico, normal, secretariado e o conservatório musical, que é marcante em toda a história do Unasp.

Em 1962, a escola passou a ser denominada Instituto Adventista de Ensino, como foi conhecida talvez na maior parte de sua existência. Especificamente no ano de 1968, foi autorizada pelo MEC a Faculdade Adventista de Enfermagem, precursora do ensino superior adventista em todo o Brasil.

Por meio do decreto municipal 15.877, de 1979, a prefeitura de São Paulo desapropriou grande parte da propriedade da escola, cerca de 80% da área. Com esses recursos financeiros, foi adquirida a Fazenda Lagoa Bonita no município de Artur Nogueira, depois emancipado. A propriedade, na sua maior parte, passou a pertencer ao município de Engenheiro Coelho. Lá está o segundo campus, conhecido como Campus Engenheiro Coelho.

A partir de 85, a instituição passou a ser bi campi. Na cidade de São Paulo, os cursos enfatizavam principalmente as áreas de ciências exatas, tecnológicas e da saúde. No campus Engenheiro Coelho, ênfase nas humanidades e nos estudos da sociedade.

Na década de 90, houve uma grande expansão de ofertas de cursos superiores, passando de três opções, naquela época, para mais de vinte. Pelo decreto presidencial de 10 de setembro de 1999, foi criado o Centro Universitário Adventista de São Paulo, Unasp, como conhecemos e existimos hoje.

Ao longo desses 100 anos de existência, o papel do Centro Universitário Adventista de São Paulo foi muito além das atividades educacionais e da assistência espiritual. Sua existência tem sido fundamental para o desenvolvimento da região de Santo Amaro, Capão Redondo, Itapecerica da Serra e podemos afirmar, seguros, de todo o Brasil e também do mundo. Se você viajar para os mais remotos países deste continente, certamente vai encontrar um ex-aluno do Unasp servindo ao próximo, cumprindo a missão de Deus para cada ser humano nesta terra.

Em 2001, mediante parceria com o governo estadual, foi implantado o Restaurante Bom Prato em Santo Amaro, que oferece quase três mil refeições diárias a pessoas carentes. Por mais de 14 anos o Unasp serviu à comunidade do seu entorno através do convênio para a gestão do programa Saúde da Família, atendendo a uma população de mais de 500 mil pessoas.

Unasp foi concebido desde suas origens como uma instituição sem fins lucrativos. Anualmente, centenas de estudantes carentes da comunidade local e de outras regiões do Brasil são beneficiados com bolsas-atividades nos diferentes cursos no nível superior e médio, contribuindo significativamente para a inserção profissional, formação de alto nível acadêmico e também nos valores morais e espirituais. Milhares de ex-alunos reconhecem o Unasp como referência de oportunidades singulares para sua formação.

Nas últimas décadas, o crescimento da instituição foi intenso. Em 2002, foi incorporado o campus Hortolândia; em 2013, criado o campus virtual para estender a influência da instituição através da educação à distância, que é sem fronteiras.

Cem anos atrás, Unasp iniciava suas atividades com 12 alunos. Hoje, são mais de 17 mil estudantes espalhados pelos quatro campi, cursando uma das mais de 40 opções de cursos superiores.

Pelas marcas positivas e transformações causadas na vida das pessoas que por essa instituição passaram e nas comunidades onde atua, o Unasp se sente realizado no cumprimento da missão de educar e servir. E se propõe a ir ainda muito além.

 

O SR. EULER PEREIRA BAHIA - Senhor presidente, descrita essa breve resenha dos principais eventos que marcaram esta história centenária, creio que, em nome do Unasp, há duas atitudes a serem encarecidas aqui: primeira, reconhecer e, segunda, agradecer.

Agradecemos a Deus, Supremo Governador do Universo, o nosso criador, mantenedor, o todo poderoso em misericórdia, graça, justiça, amor, compaixão e sabedoria, àquele em que vivemos, movemos e existimos. Reconhecemos e agradecemos à Nação brasileira, nossa Pátria amada, berço de nossa cidadania, palco de nossas realizações e empreendimentos, em quem ainda não perdemos a fé e nem o sonho de ver desfilando pela trilha soberana da verdadeira ordem e progresso.

Reconhecer e agradecer à mantenedora de nossa instituição, através de seu egrégio conselho deliberativo, orientado pelo seu presidente aqui presente, pastor Domingos, e por conselheiros que nos dão a honra de estarem aqui nesta manhã. Obrigado pelos conselhos, apoio e sábia direção!

Reconhecer e agradecer à comunidade acadêmica, ao corpo discente e demais colaboradores, desde os pioneiros, aqueles que atravessaram, em momentos e circunstâncias distintas, este século, se consumindo em paixão dedicada, em serviço abnegado por um ideal que se estende para muito além de sua vocação profissional.

Reconhecer e agradecer às milhares de famílias que nos têm legado a confiança e o privilégio de cooperar com elas na sagrada missão de educar seu mais precioso bem: filhos e filhas, nossos estudantes, nossa mais preciosa matéria, nosso mais sagrado troféu.

Aos amigos, nosso reconhecimento e gratidão. Parceiros das mais diversas áreas de cooperação, os quais nos animam, encorajam, compartilham experiências e saberes, mobilizam-se conosco nas causas e desafios comuns, aconselham-nos, o nosso muito obrigado.

Em segundo lugar, compreendo que esta homenagem, senhor presidente, encareça-se, que muito nos honra como instituição, deve ser dirigida não a pessoas individualmente. Ainda que pessoas sejam os protagonistas de cada realização, creio que esta homenagem deve ser conferida, em primeiro lugar, a uma comunidade e, em segundo lugar, a um projeto.

Com efeito, entendo que a comunidade cristã evangélica adventista recebe o gesto generoso desta Casa com humildade, respeito, satisfação e gratidão. Como membros desta preciosa família, confesso serem esses os meus sentimentos pessoais neste ato e penso traduzir de algum modo o sentimento coletivo dos que aqui representamos.

O projeto alvo desse reconhecimento é uma homenagem à educação cristã adventista. Uma proposta realizada através de pessoas e em favor de pessoas, cuja abrangência se estende para muito além da educação formal e escolar. Muito além do ensino. É um projeto de ensino que visa à qualificação para o mundo do trabalho, sim, mas não se esgota aí. Visa ao preparo para a cidadania plena, sim, mas não se restringe à cidadania temporal desta existência. Visa à eternidade. É um projeto que visa à construção de um mundo de relacionamentos e bons relacionamentos, mas não relacionamentos baseados no troca-troca, no interesse próprio, egoísta e hedonista. Relacionamentos saudáveis inspirados na fonte suprema de amor, nosso Deus Criador.

Uma educação que visa a qualificar o estudante para prestar o mais competente e eficiente serviço, sim, mas não o serviço em si, o ato de servir. Daí o lema desta instituição: educar no contexto de valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade.

O que é essa educação adventista? O que a inspira? O que a norteia? O universo da educação, senhor presidente, é visto como o paraíso das utopias. Uma vez que existe uma grande diversidade de leituras da própria realidade, cada corrente advoga a sua própria utopia.

Não quero me referir à utopia no seu sentido estrito, àquela que diz respeito a um possível padrão inatingível, a um ideal inalcançável. Não. Nossa utopia é um horizonte de longo prazo, um ideário que a sustenta, um ideário que nos inspira, que nos motiva e nos orienta. Como enxerga a realidade o ser humano para ele, assim, ele deve ser preparado para essa realidade.

Qual é a utopia da confessionalidade cristã adventista em relação à educação? O que é que nos tem inspirado por 100 anos e que modela essa proposta educativa, baliza o nosso fazer acadêmico, a construção dos saberes e a ação pedagógica dessa instituição? Quando o tema em pauta é educação há, pelo menos, três elementos interconectados que definem a abrangência de seu escopo, de seu projeto. Primeiro, educar no quê? Segundo, educar a quem? Terceiro, educar para quê?

Educar no que é o fundamento. Quais são as bases conceituais? Quais são as premissas filosóficas que sustentam um projeto educativo? No que residem as suas singularidades, as suas distinções? Qual é a sua cosmovisão da realidade? Esse é o fundamento, o elemento número um.

Em segundo lugar, o objeto da educação. Qual é o alvo das ações educativas? Como é compreendido esse alvo, esse indivíduo, esse ser? Que limitações e potenciais ele apresenta?

Finalmente, a finalidade e o propósito. Para que existe essa instituição de ensino? Para que existe esse sistema? O que se espera dele ao atuar diretamente na formação de seus estudantes? Como será esse produto final? Objetivamente, a resposta adventista: para o fundamento, o reconhecimento que é uma autoridade universal, a quem todos devemos honra, respeito e reverência. E essa autoridade é Deus. Sua pessoa, sua palavra, a suprema revelação de sua pessoa ao mundo, a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Suas revelações. Nisso está a base de tudo aquilo que oferecemos em termo de educação.

Qual é a nossa visão a respeito do homem? O homem, na convicção adventista, é um ser criado por Deus, criado à sua imagem e semelhança, embora, ainda que afastado e separado em decorrência de sua deliberada desobediência, revela e reflete atributos de seu caráter. O senso de valores do homem, sua inteligência, sua criatividade, seu senso de estética, sua consciência, sua paixão pela liberdade, seu heroísmo, seu amor, tudo isso faz sentido na medida em que reflete, ainda que palidamente, traços de seu criador.

Semelhantemente, nossas concepções de bondade, de beleza, de fidelidade, de verdade, são derivativas de um Deus que personifica absolutamente tais atributos.

Em terceiro lugar, qual é a finalidade? O que se pretende, através de uma filosofia de educação, agindo sobre uma pessoa com essa compreensão? Pretende-se atingir o despertamento para a suprema vocação da insistência. A mais importante, a mais relevante vocação da existência humana é o serviço. Serviço a Deus e à humanidade. Não há empreendimento mais glorioso, não há empreendimento mais realizador, senhor presidente, e não há empreendimento mais nobre do que o servir. Isso não é uma visão romântica, abstrata, alienada da realidade. Não. É realística, é lógica, é diagnóstica no seu mais profundo sentido. E é prognóstica na sua mais ampla perspectiva, pois tem como base o que a palavra de Deus nos preceitua. A palavra de Deus, a Bíblia, é o fundamento orientador normativo a modelar a proposta acadêmica, a proposta de gestão e a proposta de relacionamentos em todas as esferas da vida institucional.

Não há como negar que vivemos dias duros e críticos, graças à enorme diversidade e pluralidade de visões e de sistemas educativos. Senhor presidente, temos errado como sistemas educativos hoje ao promover junto à sociedade uma educação que visa a conhecer apenas os seus direitos de forma irrestrita e quase ilimitada. Uma geração que não conhece limites na família ou na escola não os respeitará na sociedade, porque não foi educada para tal. À escola compete, da família, a educação infantil, da educação infantil, paralelamente à família, à universidade, o papel de parametrizar adequadamente a relação entre direitos e deveres individuais e coletivos.

Já nascemos neste mundo como devedores e precisamos ter consciência permanente desse fato. Em toda a existência, sempre seremos muito mais devedores de favores do que credores dos mesmos. Só se constrói uma personalidade e equilibrada à medida em que a consciência individual se estrutura através da compreensão de um adequado equilíbrio entre direitos e obrigações, direitos e deveres.

O mundo contempla com estarrecimento e impotência os dramas que se abatem sobre crianças, jovens, famílias e a própria sociedade. A violência urbana, os desafios ambientais, as crises de autoridade, uma sociedade mórbida e adoecida, a pandemia dos vícios, a corrupção sistêmica, celebrada, às vezes, como virtude dos mais espertos, os conflitos sociais de todas as naturezas têm, sim, senhor presidente, as suas raízes e frutos decorrentes no tipo de educação que oferecemos às pessoas.

As crises, desafios e conflitos que hoje se abatem impiedosamente, que são objeto de preocupação e de quase grito de desespero dos governos, das famílias e dos educadores em última análise são o resultado direto de um divórcio, de um afastamento do que Deus planejou para este planeta e para os seus habitantes.

Decidimos escolher abraçar uma concepção de mundo que optou por excluir - excluir - da proposta educativa os postulados da fé. A tragédia está instalada. O relativismo moral e ético que persiste hoje, desconstruindo todos os bons fundamentos, valores e princípios, derivados do que está harmonizado numa família e numa sociedade, emana de um conceito que se ampara na hipótese de que Deus é desnecessário para a vida contemporânea.

Uma perspectiva sombria quanto ao futuro da sociedade reflete uma educação fundada apenas em pressupostos humanos, ainda que bem-intencionados - ainda que bem-intencionados.

Senhor presidente, no ensejo deste evento que rende homenagem a uma instituição de ensino, peço licença para abrir um parêntese, um parêntese neste ato que nos congrega em um parlamento. Na verdade, hoje, as casas legislativas muito têm se ocupado a considerar manifestações, reivindicações, pleitos e demandas que podem ser classificadas como as verdadeiras bandeiras da negação da educação, antieducação. Pior, pressionadas a legitimar as consequências ou os efeitos do que resulta de mais negativo e triste na sociedade, como se essas pautas pudessem representar o padrão ideal e desejável para toda a sociedade.

São movimentos orquestrados, senhor presidente, com alto poder de articulação, de pressão, os quais pretendem, através da ação política, impor agenda de “novos valores” que se contrapõem flagrantemente aos reais e imutáveis valores humanos e sociais fundados na ordem e na estrutura familiar.

É uma chamada nova moralidade que, na verdade, não passa da ressurreição da velha imoralidade. Entendem, por extensão, influir na agenda da escola, introduzindo elementos incompatíveis com a moral e os bons costumes adotados pela família brasileira, sob o argumento facilmente derrotável de que o ser humano está em um estágio elevado de evolução. Na realidade, uma ordem totalmente distorcida da natureza e da realidade do que é o ser humano. São uma conspiradora ameaça à destruição da família hoje e o prenúncio de uma inevitável derrocada moral da sociedade de amanhã, cujos primeiros sintomas já experimentamos agora.

Assim, senhor presidente, o que as chamadas nações civilizadas têm aprovado - ou seja, elas já capitularam e cederam às pressões desses movimentos - não são o exemplo a ser copiado por este país, a menos que desejemos antecipar as tragédias que hoje elas experimentam. Decorrência de sua própria e deliberada escolha.

Há que zelar, sim, pela proteção da família, pela proteção da escola, agentes únicos capazes de promover uma educação equilibrada e compatível com os verdadeiros valores humanos.

Portanto, senhor presidente, senhores deputados, demais autoridades presentes, encorajo esta Casa a abrir mais espaço na sua agenda para os atores da educação, aqueles que estão verdadeiramente comprometidos com o real desenvolvimento humano, aqueles que desejam resgatar a família brasileira das incursões destruidoras com que tem sido atacada, as suas reais necessidades. Que apresentemos melhores perspectivas para o futuro do país e da humanidade.

Fecho aqui este parêntese e devo concluir.

Esta homenagem, senhor presidente, é recebida com humildade e com gratidão. Ela nos remete a um compromisso, compromisso de manter elevado e aceso os marcos distintivos dessa gloriosa trajetória centenária. Não temos o direito de nos orgulhar das conquistas auferidas, como se essas fossem resultado de nossa própria sabedoria, de nossa competência ou de nossos méritos. Uma vez mais, tributamos toda a honra e toda a glória àquele que nos convocou para esta solene missão e que nos cobriu com suas bênçãos ao largo deste século de existência.

Nossa paixão pela educação, nosso entusiasmo e nosso compromisso de fidelidade aos propósitos desta honrada instituição não são hoje menores do que aqueles legados pelos que nos antecederam, ainda que conscientes de que hoje temos outras dimensões desafiadoras a enfrentar.

Nossa fé nos resultados de uma educação redentora não é um devaneio, uma hipótese a ser provada. É real, é palpável, é traduzida na transformação de milhares de jovens que hoje gratificam a essa instituição vivendo seus ideais em todas as partes do mundo.

Nós nos comprometemos a continuar empenhados e empenhando nossos melhores esforços para a construção da melhor estirpe de cidadãos para este país. Mais bem preparados para assumir as responsabilidades face aos desafios que o mundo contemporâneo lhes apresenta, melhores no caráter - uma palavra quase em desuso -, melhores para assumir responsabilidades, melhores na conduta ética e moral, melhores na responsabilidade familiar, melhores no compromisso com a solidariedade, a fraternidade, e com a competência adequada para promover a paz, a ordem, a justiça e disseminar o amor.

Propugnamos, sim, a ênfase em uma educação para as liberdades, as verdadeiras liberdades humanas; a liberdade interior de escolher, de crer, de pensar, que deve ser acompanhada da responsabilidade para reconhecer e respeitar os direitos e as liberdades dos demais. Liberdade da ignorância através do acesso irrestrito ao conhecimento. Conhecimento não como privilégio de exclusividade, mas conhecimento para todos. Liberdade de uma consciência maculada pela culpa decorrente de uma natureza sempre propensa a praticar o mal, através de um encorajamento de trilhar uma jornada acompanhada de Deus.

Nós não prometemos o céu na terra. Não. Almejamos antecipar viver e construir no que estiver ao nosso alcance fazer. E fazê-lo sob a benção e direção de Deus. Construir uma comunidade de pessoas que não sofrerão quaisquer transtornos adaptativos quando lá chegarem.

Uma educação fundada em princípios é, certamente, estreitamente compatível com os ideais de uma academia. Uma educação que busca a verdade através da pesquisa, que cultiva a liberdade de pensamento, que prestigia as artes e a cultura. Uma instituição cristã, por entender que é nesse ambiente que vicejam as mais ricas e fecundas manifestações, pois, se Deus está presente e se ele é buscado, o temor do Senhor é o princípio da sabedoria.

Senhor presidente, essa é a nossa maior motivação ainda hoje, em 2015. Esse é ainda o nosso grande sonho para os jovens deste país. Essa é certamente a nossa responsabilidade e esse é o nosso compromisso com o futuro.

Muito, muito obrigado pela homenagem que rende a esta instituição. (Palmas.)

Gostaríamos de, em nome do Unasp, também demonstrar a nossa gratidão e reconhecimento por este gesto e entregar, ao senhor presidente e ao representante de nosso governo estadual, um marco de nosso centenário, que quero ter o prazer de fazer passar as suas mãos neste momento.

 

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É feita a entrega do “Marco do Centenário”.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Quero anunciar a presença do meu grande amigo Dr. Coimbra e da presidente do PTB nacional, Sra. Marlene Campos Machado.

Em seguida, dou a palavra ao representante do nosso amigo e querido irmão Dr. Geraldo Alckmin, secretário de Justiça, Aloísio Toledo César.

 

O SR. ALOÍSIO TOLEDO CÉSAR - Bom dia a todos. Esta manhã começou com muitas surpresas e muitas alegrias. Peço licença para cumprimentar o deputado Campos Machado, uma das pessoas mais leais que conheci em toda a minha vida, e também cumprimentar, pelo discurso, o reitor Euler Bahia. A oração dele foi muito marcante e quero ter, um dia, a cópia para guardar nos meus arquivos.

Peço licença para cumprimentar também uma pessoa com quem conversei logo cedo, o professor Nevil Gorski, o primeiro reitor. Penso que ele é uma pessoa extraordinária. mais tempo do que todos, deu início a essa caminhada tão longa.

Imagino como tudo deve ter começado para os adventistas há 100 anos atrás, quando São Paulo, uma cidade pequena, que teria, vamos supor, uns 60, 70 mil habitantes, com aqueles primeiros carros andando na Praça da Sé. Daí, chegaram da Europa os primeiros adventistas que foram se agrupando e plantando essas sementinhas. E hoje vemos uma árvore maravilhosa aqui.

Quando eu vinha para cá, o governador Geraldo Alckmin que conhece esse trabalho, pediu-me que transmitisse um abraço afetuoso a cada um dos senhores. Se ele estivesse aqui presente, ia querer dar um abraço afetuoso em cada um desses estudantes que vieram aqui para cantar e para nos encantar. Fiquei muito sensibilizado com o que eles fizeram e ressalto que, muitas vezes, representando o governo, compareço a solenidades e canto o Hino Nacional. Houve um dia em que eu tive que cantar o Hino Nacional três vezes. Quando cheguei em casa e liguei a televisão, tinha um jogo de futebol e estava tocando o Hino Nacional.

Hoje, a surpresa maior foi ver o Hino Nacional tocado nesses sinos. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Então, cumprimento cada um dos integrantes e, especialmente, o maestro. Imagino quanto de cuidado e carinho que ele teve para que pudéssemos desfrutar desse espetáculo.

Tive uma carreira muito feliz como juiz e desembargador. Agora, sou secretário da Justiça do governo Alckmin e me orgulho muito de fazer parte deste governo. Por que me orgulho? Porque é um governo de cara limpa, de gente séria. Marca deste governo, os senhores não tenham dúvida, é a austeridade. O governador Geraldo Alckmin é uma pessoa em quem não dá para chegar e fazer qualquer proposta que não seja absolutamente correta. Ele é um exemplo para cada um de nós.

Acima de tudo, o que admiro nele é a incrível fé inabalável. Ele crê em Deus de uma forma magistral. Tanto ele como a esposa. Ele sempre repete que o exemplo dessa religiosidade vem do pai. Segundo ele, o pai passou os últimos 30 anos com os olhos voltados para Deus e para a eternidade. É um exemplo. Por ser um homem assim religioso, respeita as outras religiões. Tenham certeza os senhores desse respeito no que se refere aos adventistas.

É tudo o que teria a dizer. Muito obrigado para os que tiveram a paciência de me ouvir. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Esse aplauso dos estudantes encoraja o Dr. Aloísio a disputar um cargo eleitoral.

Quero convidar a todos a ouvir a apresentação da música “Muito Além” pelo Coral Universitário do Unasp. Solista Evelyn Conti.

 

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É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - CAMPOS MACHADO - PTB - Quero agradecer a presença do meu amigo, meu irmão de fé, nosso sempre deputado coronel Edson Ferrarini.

Antes de encerrar, peço licença ao Sr. Euler e pastor Domingos para tomar o trem da saudade. Para me lembrar que, há 30 anos, fui advogado de um homem que marcou a minha vida, chamado Jânio Quadros, que me convidou - com aquele linguajar próprio dele - para ir no que ele chamava de Escola Adventista.

Lá fomos nós para a zona sul. Após a reunião que ele teve com os diretores, professores e alunos, na saída, disse-me: “Campos Machado, esse é um exemplo de vida, exemplo de altruísmo, que prega a presença de Deus e defende a educação para todos.

Quero dizer nesta manhã, caminhando para a tarde, que tenho um profundo orgulho pela Igreja Adventista e pela comunidade adventista. Eu não a conhecia. Conhecia de nome. Só pude conhecer a pujança, a dedicação, a fé, a esperança, a crença e o amor que movem os adventistas quando esta Casa se transformou em uma espécie de batalha cívica e religiosa para aprovar a lei referente ao pôr do sol de sexta-feira e ao pôr do sol de sábado. Aí, aprendi a conhecer os adventistas.

Não sou adventista - meu filho é adventista -, mas rendo minhas homenagens. Há 24 anos sou deputado nesta Casa, há 24 anos sou líder de bancada, e é a primeira vez na história que presido uma sessão solene pelo respeito, pelo carinho e pelo amor que tenho pela Igreja Adventista.

Quero cumprimentar o coral, o maestro e o solista. O secretário de Justiça vai deixar esta Casa apaixonado. Quero cumprimentar a presença de alunos.

Se ouvimos as palavras do professor Euler e prestamos atenção, ele deixou aqui hoje duas lições. Uma diz que o Unasp abraça a comunidade como um todo, embora seja de origem adventista, e a segunda fez um alerta. Estamos vivendo sob uma nuvem de ameaça à família. Querem deteriorar a família, o respeito dos filhos e das filhas aos pais e mães, o respeito que existe entre irmãos.

Se isso prosperar, o que nos resta mais? Educação sem amor, educação sem Deus, não existe. A educação tem que ter um objetivo maior que é o servir à comunidade, à sua gente, ao seu povo.

Professor Euler, o secretário Aloísio foi enfático ao dizer que precisa da cópia do seu pronunciamento. Eu quero fazer o mesmo para anunciar aos quatro cantos deste estado e deste país, na minha condição de liderança política, o que precisa ser feito.

Aos alunos e alunas, o tempo tem asas. Hoje, é nossa vez. Lá nos horizontes, os clarins anunciam: está chegando a hora de vocês. É isso que os clarins anunciam.

Portanto, meu amigo pastor Domingos, professor Euler, esta Assembleia com mais de 150 anos de história, pela qual desfilaram Jânio Quadros, Ulysses Guimarães, Franco Montoro e outros grandes vultos de nossa história se sente hoje profundamente honrada e orgulhosa por ter sido palco desta cerimônia de 100 anos de luta educacional pelos adventistas.

Vou romper todos os protocolos para que, de pé, possamos, com nossos corações e nossas almas, aplaudir o Unasp, esperando pelos próximos 100 anos. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários da Casa, à equipe do Cerimonial e a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 55 minutos.

 

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