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18 DE SETEMBRO DE 2015

028ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA FRATERNIDADE FEMININA CRUZEIRO DO SUL

 

Presidente: WELSON GASPARINI

 

RESUMO

 

1 - WELSON GASPARINI

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene com a finalidade de "Comemorar o Dia da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul". Justifica a ausência do presidente Fernando Capez, que ficara impossibilitado de comandar esta sessão. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

 

2 - VIRGÍNIA MONTAGNANA

Presidente do Conselho Estratégico e Institucional da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, faz histórico das Fraternidades Femininas, que são associações civis paramaçônicas. Discorre a respeito de seus objetivos. Expõe a forma de organização das Fraternidades Femininas no Brasil e no estado de São Paulo. Comenta que muitas Fraternidades funcionam há décadas. Lista resultados alcançados pelas ações da Frafem-SP. Afirma que muitas pessoas são beneficiadas pela atuação das Fraternidades Femininas. Destaca campanhas ativas da Frafem-SP. Apresenta a diretoria da gestão 2015-2019. Exibe vídeo musical.

 

3 - MARIA ARACI PEREZ BLUMTRITT

Presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul Helena Jefferson, informa que a entidade que preside foi a primeira a ser registrada em São Paulo, embora não seja a mais antiga. Declara que a fraternidade é uma entidade pequena, mas atuante na ajuda aos mais vulneráveis e necessitados. Ressalta que as campanhas anuais da associação atendem não só a pessoas, mas também a instituições, como hospitais. Agradece pela homenagem. Afirma que o apoio da diretoria da Frafem-SP é essencial para que as fraternidades persistam em seu trabalho.

 

4 - PRESIDENTE WELSON GASPARINI

Presta homenagem, com a entrega de uma placa, à Sra. Valderez Ballouk, presidente executiva da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo.

 

5 - VALDEREZ BALLOUK

Presidente executiva da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, presta homenagem, em nome da Frafem-SP, ao deputado Fernando Capez, presidente desta Casa, com a entrega de uma placa, recebida pelo deputado Welson Gasparini.

 

6 - PRESIDENTE WELSON GASPARINI

Anuncia a exibição de vídeo da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul Helena Jefferson.

 

7 - VALDEREZ BALLOUK

Presidente executiva da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, agradece pela homenagem. Destaca a importância da instituição, voltada à prática da caridade.

 

8 - BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO

Grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo, enfatiza a justeza da homenagem à Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, que considera o braço social da Maçonaria paulista. Declara que a prática da solidariedade se torna ainda mais necessária em tempos como os que o mundo vive hoje. Parabeniza as integrantes das fraternidades pelo seu trabalho, que é, a seu ver, exemplo para toda a sociedade. Afirma ser sua obrigação, como grão-mestre, dar todo o apoio necessário às atividades da Frafem-SP.

 

9 - PRESIDENTE WELSON GASPARINI

Avalia que o Brasil passa por uma grande crise de valores, pela qual responsabiliza tanto a família quanto a escola. Lamenta o problema da violência nas escolas. Faz apelo às fraternidades femininas para que atuem na educação moral, ética e espiritual das crianças e jovens. Defende ser necessário construir uma geração com uma mentalidade nova. Discorre sobre o papel da religião no ensino do amor ao próximo. Lamenta a desilusão da sociedade com a política. Afirma que as fraternidades femininas são um exemplo para os que buscam um mundo melhor. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Welson Gasparini.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 Compondo a Mesa, esta Presidência registra a presença da Sra. Valderez Ballouk, presidente executiva da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul; do marido grão mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo Benedito Marques Ballouk Filho; da vice-presidente da Frafem Áurea Yaeko Saab e do secretário estadual de entidades paramaçônicas Luciano Rio.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente efetivo da Casa, deputado Fernando Capez, com a finalidade de comemorar o Dia da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul.

Infelizmente, por motivos familiares, o deputado Fernando Capez não pôde comparecer para presidir esta solenidade, o que faria com muito prazer, e pediu-me que presidisse e fizesse a justificativa da sua ausência.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Esta Presidência quer registrar ainda a presença das seguintes pessoas: Pastor Assis, representando o deputado estadual Gil Lancaster; Thaysa Costa, Honorável Rainha do Betel “Agnes 14ª de São Paulo; Julia Casal, Miss Filha de do Estado de São Paulo; Virgínia E.P.O. Montagnana, presidente do Conselho Estratégico da Frafem Estadual;Marta Machado de Carvalho, Diretora Financeira Executiva da Frafem; Maria Araci Peres Blumtritt, Matriarca do Capítulo “Liberdade 83ª da Estrela do Oriente”; Beatriz Morais, Grande Ductor do Grande Núcleo Apejotista do Estado de São Paulo; Israel Mendes Biscaia, Secretário de Transporte e Hospedagem do Grande Oriente São Paulo; Roque Cortes Pereira, Secretário de Relações Públicas do Grande Oriente de São Paulo; Marcelo Pascios, Secretário Adjunto de Relações Internas do Grande Oriente de São Paulo; Sérgio Rodrigues Júnior, coordenador do GEAP de São Paulo e assessor do grão-mestre; Antonio Carlos Mendes, chefe de gabinete do Grande Oriente de São Paulo; João Albano Carvalho, assessor de Assuntos Institucionais do Grande Oriente de São Paulo; Décio Luís Mendes, assessor do Grão-Mestrado; Reinaldo Aparecido Rozzatti, presidente do Instituto Acácia de Responsabilidade Social; e Gilvecio Paulo Arruda de Oliveira Júnior, representando a União dos Escoteiros do Brasil.

Queremos comunicar aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB, e será transmitida pela TV Assembleia no dia 20, domingo, às 21 horas, pela NET canal 7, pela TV aberta, canal 61.2, e pela TV Vivo Digital, canal 9.

Esta Presidência concede, agora, a palavra à Sra. Virgínia Montagnana, presidente do Conselho Estratégico e Institucional.

 

A SRA. VIRGÍNIA MONTAGNANA - Boa noite a todos; boa noite, deputado, e em seu nome cumprimento todos os presentes; boa noite, grão-mestre, e em seu nome cumprimento todos os maçons presentes; Valderez, nossa presidente executiva nacional, e em seu nome cumprimento todas as fraternas presentes.

Vou fazer uma apresentação para vocês da nossa história da Fraternidade Feminina, como nascemos e o que fizemos nesses últimos anos. Temos um logo de Fraternidade Feminina do Estado de São Paulo. Por que a Fraternidade Feminina foi criada, lá nos primórdios? Foi criada para apoiar a Maçonaria, no sentido de cultivar os bons costumes, o bem, trabalhar pela humanidade, valorizando com carinho a família maçônica e família humana.

Como estamos organizadas? Estamos organizadas em três níveis: nível nacional, que temos nossa Presidência nacional que funciona em Brasília, cujo objetivo é normatizar, regulamentar e registrar as nossas Fraternidades em nível nacional.

Existimos em nível estadual, com a Fraternidade Feminina Estadual, que cumpre essas normas, orienta, motiva e trabalha junto com vocês. E em nível local, que são as nossas Fraternidades de Lojas, são as que realmente põem a mão na massa e trabalham. Existimos para isso, para poder trabalhar.

Como está a estrutura organizacional em São Paulo? A nossa estrutura organizacional de São Paulo se diferencia um pouco da estrutura dos demais estados do Brasil. Ela funciona com o grão-mestrado, estamos ligados à Secretaria de Entidades Paramaçônicas, e temos a nossa presidente executiva com toda a diretoria que vocês conhecem nas locais, porque é como vocês. Temos a nossa presidente de honra, que é sempre a presidente da gestão anterior. A nossa primeira presidente está sentadinha ali, Dona Rosa Simei Bruno. Obrigada, Dona Rosa, porque se não fosse a senhora, não estaríamos aqui falando, hoje. (Palmas.) Acho até que ela deveria estar aqui em cima conosco.

Temos o nosso Conselho Estratégico Institucional, que também tem essa divisão. Só que no Conselho Estratégico nós temos a presidente do conselho, temos a diretora de comunicação, temos a vice-presidente, temos a diretora-secretária e temos uma outra categoria que, aqui em São Paulo, é novidade para o Brasil - nós é que montamos dessa maneira -, que nós chamamos de “delegadas de macrorregiões”. Essas são as nossas fraternas que, nas regiões, nos representam e estão mais próximas de vocês, que vieram de tão longe para cá. E as nossas Frefems locais. Então, essa é a nossa estrutura.

Então, o que é a Fraternidade Feminina? Vou falar para quem já sabe e já é. Fraternidade Feminina é uma associação civil paramaçônica - nós não somos Maçonaria, somos paramaçonaria, apoiada pela Maçonaria - sem ritual, porque nós somos uma instituição civil composta de esposas de maçons, filhas de maçons e mães.

Toda a gama de parentesco de maçom é bem-vinda na nossa Fraternidade, como também colaboradoras que tenham o perfil de trabalhar no social. Nós podemos convidar mulheres que gostem e que sejam boas, que nós podemos recomendar, e que fiquem no nosso meio. A Fraternidade Feminina não existe se não tiver uma loja que a apoie. Tem que existir uma loja que nos apoie.

Então, eu quis trazer para vocês, um pouquinho, o significado do termo “fraternidade” ou “fraterna”: vem do latim, “frater”, que significa “irmão”. Então, para nós, “fraterna” significa “parentesco entre irmãs”. Nós somos muito mais do que só amigas. Nós pertencemos a uma Fraternidade, nós temos que ter esse sentido do pertencer e do fazer, e existir para alguma coisa.

O que é ser fraterna? É a cidadã que, motivada pelos valores de participação e solidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento em função de atuação nas causas sociais e comunitárias. Então, eu costumo brincar que todas nós temos o mesmo salário: o prazer de servir.

Nossa história. É aqui que eu queria conversar um pouquinho com vocês. Em 1967, a Fraternidade Feminina foi criada pelo Grande Oriente do Brasil, em sua constituição. Naquela época, ele criou a Fraternidade Feminina, criou um estatuto geral para todo mundo, e deu a seguinte ordem: podem criar Fraternidades Femininas nas lojas.

E todo mundo, todo venerável, que achou ser legal ter uma Fraternidade Feminina, ou que já dispunha, na sua loja, de mulheres valorosas que trabalhavam junto com os maçons nas causas em que normalmente as mulheres estavam envolvidas, criou as Fraternidades Femininas.

Mas não existia a questão de registro ainda. Nós verificamos muito isto aqui em São Paulo. Quando fizemos o mapeamento, encontramos Fraternidades de 40 anos, 41 anos, 37, 30 e tantos anos que já existiu, desde aquela época, sem registro em Brasília ou em São Paulo. Elas registraram o estatuto no cartório. Então, era bem local.

Aí, se passaram 29 anos. Em 1996, foi normatizada uma lei que regulamentava que toda Fraternidade Feminina deveria ser registrada no Grande Oriente do Brasil. Ora, não foi o Grande Oriente do Brasil que criou? Então, era uma organização. Foi nessa época, com o soberano grão-mestre São Rodrigues, e a Márcia Rodrigues, que foi a nossa presidente, que começou a organizar administrativamente a nossa existência.

Aqui em São Paulo, em 1998 – em 1996 falou-se que tem que haver registro – tivemos duas Fraternidades que registraram, com diferença de seis meses, uma da outra. A Helena Jefferson de Souza, do Ipiranga, foi a primeira que se registrou. E depois, a Fraternidade Rancharia, ligada à loja Cavaleiros da Liberdade, foi a segunda que se registrou, num prazo de meses.

Em São Paulo, embora nossas Fraternidades já começassem a registrar em Brasília, umas 12 até 2003, apenas em 2003 foi criada a nossa Fraternidade Feminina estadual, com uma equipe pequena, cinco, que precisam existir, e que começaram esse trabalho de divulgação, de criação de novas Fraternidades. Então, a partir daí começaram a ser registradas as Fraternidades que vieram a nascer.

Em 2005 o GOB alterou a Constituição e melhorou um pouquinho mais a nossa situação. Também o nosso estatuto foi melhorado. E em São Paulo, em 2012, houve uma reestruturação da nossa Fraternidade Feminina, que foi apresentado no slide que vocês viram antes.

Nós criamos, então, um novo modelo de gestão, porque nessa época, em 2012, existiam 748 lojas, e apenas 42 Frafrems registradas, embora saibamos que ainda existem várias Fraternidades no estado de São Paulo, naquela situação de ter sido criada lá atrás, e que se acostumaram a trabalhar sem registro.

Foi criado esse novo modelo de gestão e, como resultado, hoje temos 68 Frafems registradas. Há muitas lojas no estado de São Paulo, abrangendo o tamanho do Estado, e também distribuição de tarefas e delegação de competências, para conseguirmos vencer, visitar lojas, divulgar a Fraternidade Feminina, criar novas Fraternidades Femininas, e levar os nossos ideais para frente.

Vocês estão vendo agora as Fraternidades registradas em São Paulo, até 2015. São 68. Temos uma Fraternidade, lá no fim, que é a 68ª, a Perpétuo Segredo, a última nossa a ser criada. A papelada está toda correta e já está em Brasília. Estamos portanto, com 68 registradas.

Vou fazer um resumo dos resultados obtidos, de 2012 para cá, porque antes disso, não existiam registros. Foi só depois da reestruturação que conseguimos fazer isso. Esse resumo, na verdade, são alguns tipos de atuação, além de milhares de cestas básicas que foram distribuídas, milhares de medicamentos, milhares de fraldas geriátricas e fraldas para as crianças. Temos até Fraternidade Feminina que tem fábrica de fraldas, em Orlândia, e elas trabalham muito ligadas ao Hospital do Câncer de Barretos. Trouxe para vocês só alguns exemplos.

Criaram-se, portanto, 28 novas Frafems. Foi criado um site que está passando por reestruturação, e vai ficar muito melhor agora. Foram realizadas 19 campanhas, foram feitos três encontros de Frafems no Estado, três eventos de premiação de veneráveis mestres - depois explico para vocês o que é isso – três reformas de imóveis, Fraternidades que trabalharam para reformar organizações onde elas atuam, que estavam com o prédio caindo, o teto caindo, enfim, fizeram isso.

Foi montado um consultório oncológico, resultado de uma campanha do “Outubro Rosa”; foi montado um consultório móvel odontológico, um tipo de van; foram doados equipamentos hospitalares para a maternidade; foram criadas quatro bibliotecas; equipamentos fisioterápicos; e foram doados e utilizados 14.150 livros em campanhas de educação.

Esse é o resultado geral. Temos uma campanha que chamamos de “Frafem, vem você também!” Essa campanha é a que motiva a criação de novas Frafems, e para registrar as que estão atuando sem registro. No estado de São Paulo, o grão-mestrado reconhece quando a presidente e o venerável mestre se mobilizam para criar uma nova Frafem. Uma vez por ano, é realizado um evento no qual o venerável recebe uma medalha, como agradecimento da nossa parte, a loja ganha o diploma de “Guardiã da Família” e a presidente da Frafem ganha um troféu de “Mérito Fraterno”. Então, reunimo-nos, congratulamo-nos e esse é o resultado: 28 Frafems.

Nas demais campanhas e ações que foram realizadas, 248.060 itens foram doados para 106.156 pessoas. É um exército de pessoas beneficiadas, e também um exército de pessoas generosas que doaram seu trabalho e talento para beneficiar essas pessoas. Isso aconteceu nesses anos. Calculo o quanto não foi feito durante todo o tempo que a Frafem existe.

Atualmente, estamos com estas campanhas no ar: “Madrinhas da Educação e Cultura”; “Inverno da Responsabilidade Solidária”, que já foi fechada; “Papel da Mulher na Família e na Sociedade”; e uma novidade, que é a “Inclusão de Idosos na Família e na Sociedade”. A pedido das Fraternidades, no último encontro foi incluído esse tema. E “Natal da Filantropia”. Essas estão em andamento. Na verdade, mais as três de baixo porque as de cima começaram a ser encerradas.

Aqui, temos o quadro da nova gestão: presidente executiva, Valderez. (Palmas.); vice-presidente executiva, Aurea. (Palmas.); diretora secretária executiva, Vera Maria. (Palmas.); diretora financeira, Marta Machado. (Palmas.); diretora social e cultural, Rita. (Palmas.); presidente do conselho estratégico, eu mesma, Virgínia. (Palmas.); Vera, que colabora nos dois lados. (Palmas.); diretora secretária, Roseli. (Palmas.); Zoraide está viajando, não está presente; e Elizabeth. (Palmas.)

Isso dá um panorama para que vocês entendam o quanto fazemos. Quando juntamos tudo o que fazemos é que vemos a dimensão do que alcançamos. É um comprometimento pessoal, eu não preciso falar para quem é, porque vocês são assim. Sabemos que não moramos sozinhos no mundo, que somos responsáveis por aquele que está do nosso lado. E não é só pelo nosso filho ou por nossa família, mas por nossa família humana.

Para encerrar a minha fala, gostaria de passar um vídeo da Beyoncé, no qual ela diz: “Vamos deixar a nossa marca e fazer a diferença”. Esse é o convite que faço a vocês. Vamos continuar deixando a nossa marca e fazendo a diferença.

Tenho uma novidade boa para vocês. Vamos conseguir fazer o nosso IV Encontro de Fraternidades Femininas ainda este ano. Será no dia 28 de novembro, no Hotel Leques Brasil, na Rua São Joaquim, onde foram feitos os anteriores. Esta semana eu já vou mandar a ficha de adesão para vocês. Serão cinco vagas por Fraternidade, com fila de espera, porque algumas Fraternidades dizem que têm dez, nove pessoas querendo ir, e nós temos limite de vaga. Vocês estão sendo privilegiados porque já estão sabendo. Irei encaminhar a ficha de adesão e vocês já podem começar a responder. Será muito bacana. Queremos ver todas que estão aqui de novo.

Vamos então assistir ao nosso vídeo. Ouçam com os olhos e com o coração. Esta é a mensagem que quero deixar para vocês. (Palmas.)

 

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- É feita a exibição do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Esta Presidência concede a palavra à Sra. Maria Araci Peres Blumtritt, presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul Helena Jefferson.

 

A SRA. MARIA ARACI PERES BLUMTRITT - Irmãos e irmãs, cunhadas e cunhados, fraternas paramaçônicas, meninas e convidados, boa noite.

Meu nome é Maria Araci Peres Blumtritt, sou presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul Helena Jefferson de Souza, oriunda da loja Perfeição Maçônica Ipiranga 83.

Não represento a Fraternidade mais antiga, mas a de registro nº 2 no GOB e nº 1 no estado de São Paulo. Essa Fraternidade foi registrada no estado de São Paulo no dia 27 de junho de 1997. Por isso, tivemos a honra de sermos convidadas para falar um pouco sobre o nosso trabalho. Não somos a maior Frafem e nem a que mais metas atingiu no milênio, mas somos uma Frafem pequena, atuante e que procura contribuir com os seus menos favorecidos.

Desde o início da nossa jornada, sob a minha presidência, atendemos a uma jovem portadora de hidrocefalia em todas as suas necessidades: médicas e de moradia.

A ela prestamos auxílio mensal com cesta básica e fralda descartável, bem como o apoio possível a tudo que ela necessitar. A nossa menina é o nosso orgulho.

Em nossa jornada atendemos, com campanhas anuais, idosos, crianças e mães necessitadas. Também colaboramos com hospitais e casas de apoio. Para isso contamos com a colaboração e o apoio incondicional dos nossos cunhados da Loja Maçônica Ipiranga 83 e de terceiros, que nos ajudam através de nossos eventos para arrecadar fundos.

Em 2013, apresentamos na reunião atual das Frafems um vídeo que demonstrava o trabalho compreendido no período de 2012 a 2013. Ao final da minha fala ele será novamente reproduzido. De lá para cá muitas outras benemerências foram realizadas.

Nós amealhamos como as formiguinhas e distribuímos como as abelhas. Somos um pequeno elo que ao se unir aos outros formamos essa corrente maravilhosa, que é a Fraternidade Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, a qual nos orgulhamos muito de pertencer.

O trabalho das nossas presidentes estaduais e principalmente da incansável Virgínia Montagnana são um incentivo a mais para que a nossa Frafem não desista de ser um desses elos. Por fim, quero agradecer a oportunidade de trazer a público um pouco do nosso trabalho. Uma boa noite a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Na sequência desta sessão solene, gostaria de fazer a entrega de uma placa em homenagem à Sra. Valderez Ballouk, presidente executiva da Frafem. (Palmas.)

Nesta placa está escrito: “O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez, em sessão solene, presta homenagem à Sra. Valderez Evangelista Marques Ballouk, presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, pelo excelente trabalho realizado em prol das mulheres. Esta homenagem realizada por esta Casa de Leis faz-se necessária, justa e perfeita, principalmente porque a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul defende os deveres básicos de amor à família, fidelidade, e devotamento à pátria, com o cumprimento da lei e dedicação à comunidade. O trabalho é nobre e dignificante, com o direito inalienável à livre manifestação do pensamento, ideologias e dignidade de cada uma, com a promoção do reconhecimento e das prerrogativas relativas aos direitos universais da mulher”.

Assina Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. VALDEREZ BALLOUK - A Fraternidade Feminina do Grande Oriente de São Paulo federado ao Grande Oriente do Brasil agradece e homenageia o Sr. Fernando Capez, através da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por esta sessão solene, por ter criado a Lei da Fraternidade, com o intuito do Dia da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O Sr. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Conforme anunciei no início desta sessão solene, o autor da homenagem, o deputado Fernando Capez, pediu que justificasse sua ausência.

Infelizmente S. Exa. não pode estar presente. Entregarei a S. Exa. esta justa homenagem que se presta ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, que foi o deputado estadual mais votado do estado de São Paulo.

Mais votado por quê? Pela conduta séria, honesta, idealista como se porta não só no dia a dia da sua vida, mas na área política também.

Tenho a certeza de que S. Exa. vai ficar emocionado com esta homenagem. Desculpem a sua ausência.

Quero registrar também a presença da cunhada Vera Rodrigues, secretária executiva estadual da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul.

Vamos agora assistir a este vídeo da reunião no Palácio Maçônico do Grande Oriente de São Paulo.

 

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- É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Passamos agora a palavra à Sra. Valderez Ballouk.

 

A SRA. VALDEREZ BALLOUK - Boa noite às autoridades já nominadas, que cumprimento na pessoa do eminente grão-mestre do estado de São Paulo, Dr. Benedito Marques Ballouk Filho.

Caríssimas fraternas, hoje é um dia muito especial para a Frafem-SP, que, com muito orgulho, recebe da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a homenagem comemorativa ao seu dia, o qual festejamos todos os anos, sempre lembrando da importância dessa instituição paramaçônica voltada ao exercício do bem e da caridade, na luta constante por seus ideais de fraternidade e trabalho voluntário com muito amor, carinho e dedicação.

Parabéns a todas as fraternas e a todos que fizeram desta magna data uma realidade para a Maçonaria paulista em geral e para a Fraternidade Feminina do Estado de São Paulo em particular.

Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Agora, vamos ouvir a palavra do honorável grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo, irmão Benedito Marques Ballouk Filho.

 

O SR. BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO - Meu querido irmão e amigo Welson Gasparini, presidente desta augusta sessão, quero aqui cumprimentar todas as presidentes das Fraternidades Femininas, na pessoa da nossa presidente Valderez Ballouk, todas as fraternas, na pessoa da nossa vice-presidente Áurea Saab, e meus queridos irmãos, na pessoa do nosso secretário estadual de entidades paramaçônicas, Luciano Rio.

Hoje é uma noite muito especial. É uma noite especial dentro do aspecto de um reconhecimento pelo estado de São Paulo, com a criação da Lei nº 15.526. Essa lei, na verdade, vem apenas agraciar esse braço social da Maçonaria paulista, formado por essas verdadeiras obreiras de Deus, essas mulheres que não têm fronteiras ao praticarem a solidariedade, tão escassa no mundo de hoje.

Hoje, em um momento em que a intolerância toma conta de todos os setores da consciência humana, quando vemos a grave crise ética, moral, religiosa, entre tantas outras classes que pululam no mundo todo, principalmente na Europa e nos países árabes, nós sabemos o que é a solidariedade humana.

A Maçonaria, em 193 anos de história, sempre teve esse braço social. Talvez ele ainda não fosse organizado em Fraternidades Femininas, mas, há 193 anos, com a simples permissão para que vossos maridos pudessem se retirar do lar para praticar o bem e a caridade e tentar buscar a construção social deste país em suas lojas maçônicas, ali com certeza vocês já fizeram um grande trabalho. Mas quisera eu imaginar o que essas mulheres do passado fizeram para a Maçonaria até hoje. Aquele trabalho silencioso, que a mão direita faz, e a esquerda não precisa saber. Se eu pudesse - hoje, estou com um problema na perna -, faria um genuflexo em honra a todas vocês, minhas cunhadas. Vocês são exemplo de solidariedade, fraternidade e perseverança. Continuem esse trabalho, espargindo o amor fraternal por onde estiverem. Eu, como grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo, não faço nada mais do que minha obrigação de dar o apoio incondicional a tudo de que vocês necessitarem, dar aquilo que for de fonte do Grande Oriente de São Paulo. Contem com este grão-mestre, com o secretariado do Grande Oriente de São Paulo, com as coordenadorias regionais e com os veneráveis de suas lojas, porque estamos do lado de vocês nessa maravilhosa obra.

Há quem diga que a mulher não precisa ser iniciada. E acreditem: vocês foram iniciadas muito antes de nós, a partir do momento em que Deus criou vocês, e vocês deram à luz para a continuidade de nossa existência. Acredito que um ato maior que o Criador pudesse ter feito, ele deve ter guardado para ele. A vocês, meu carinho, respeito e gratidão. E mais uma vez: não sou eu que estive aqui; todos nós estivemos, e todos continuaremos. E que venha o futuro, com todas as mazelas que essa sociedade hoje tão difícil nos traz. Mas jamais vamos abrir mão da fraternidade, do coração, alegre e feliz, e da vontade de realizar o bem ao próximo, pouco importa a mão que o faça. Boa noite a todos; muito obrigado. Em nome do Grande Oriente de São Paulo, estou muito orgulhoso desta augusta noite, que vai ficar de forma memorável no meu coração. Boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Dando sequência ao protocolo, a palavra é do presidente desta sessão solene, o que faço com muito prazer.

Saúdo todas as autoridades já mencionadas, todos os presentes nesta tão bonita solenidade, mas pediria licença para fazer-lhes um apelo. O Brasil está atravessando uma das fases mais críticas de sua história. Não é só crise econômica, mas moral e de valores éticos e espirituais. Eu queria fazer uma sugestão na qual, quem sabe, vocês poderiam ajudar. Tentei fazer uma mudança através de uma lei, mas não foi possível, porque o quadro curricular da Educação é determinado pelos Poderes Executivos federal e estadual. Mas é uma coisa simples que eu queria fazer. Aliás, antes da escola, já podemos fazer isso na família. Infelizmente, a gente sente, pelo que está acontecendo, que muitos pais hoje estão em dificuldade para educar corretamente seus filhos. O pai trabalha, a mãe trabalha. Chegam à noite cansados e não têm quase diálogo com os filhos.

Então, são algumas coisas simples que poderiam fazer com que a família fosse importante na Educação desta geração. Ensinar bons modos. Por exemplo, a benção da mãe, a benção do pai. Coisas simples, meu Deus, mas tão bonitas. Tenho certeza de que qualquer pai, mãe ou avós vão se sentir muito felizes em poder falar: “Deus que te abençoe, meu filho”, “Deus que te abençoe, meu neto”.

Hoje já não se ensina isso como se ensinava anteriormente. Não é só a benção do pai e da mãe. São gestos comuns. Dizer “Bom-dia” e “Boa-tarde” e “Boa-noite” quando sair. Muitos saem com uma cara amarrada. Parece que estão pensando longe demais e não sabem que, quando falamos um “bom-dia”, recebemos da outra pessoa o desejo de que tenhamos também um bom dia.

 “Com licença”, “Posso ajudar?”. São frases que estão sumindo dos nossos procedimentos, mas que são de grande importância. Se a pessoa está em um ônibus lotado e entra uma senhora com uma criança no colo, ela deve disputar a vez para entregar seu lugar e dizer: “A senhora quer sentar aqui?”.

Se uma pessoa idosa vai atravessar a rua com vários pacotes, com dificuldade, “Posso ajudar?”. São frases tão bonitas, mas que parece que desapareceram do dia a dia, ainda mais com o celular. Você sai na rua e está todo mundo com seu aparelhinho, sem ao menos olhar para o rosto das outras pessoas.

Fiz um teste outro dia em São Paulo - eu sou do interior. Para ir até a Assembleia Legislativa fui cumprimentando as pessoas. É lógico que se a pessoa não olhasse, eu não faria isso. Eles olhavam e eu dizia “Bom-dia” e sorria, e eles respondiam. Contei 17 “Bons-dias” que eu recebi só naquele pequeno trajeto.

Então, são pequenas coisas que nós podemos fazer. Principalmente esses valores éticos, morais e espirituais. Basta olhar os noticiários. Há casos em escolas e que o aluno bate no professor.

Venho de uma época - e tenho orgulho de falar isso - em que, quando a professora entrava na sala de aula, nós ficávamos de pé e a saudávamos com um “Bom-dia”, com um respeito enorme, como se a professora fosse da nossa família.

 Hoje, jogam livro na cara do professor e não acontece nada. O pior, há casos em que a diretora chama os pais para conversar e eles dão razão ao filho e não às professoras. Temos que mudar isso. Peço a vocês, que pertencem a esse movimento tão bonito, ajudem também a difundir cada vez mais esses valores.

Esses valores podem ser ensinados em casa e nas escolas pelos professores. Um professor não vai ganhar nada salarialmente com isso, mas ganha um prêmio enorme ao saber que está ajudando a construir uma mentalidade nova para uma geração inteira. Isso é de grande importância.

Os lares estão falhando. As escolas estão falhando, ensinam, mais ou menos, português e matemática, mas valores morais e éticos não estão no roteiro. As igrejas constituem outro setor que poderia ajudar demais. Em alguns casos, em algumas religiões, virou rotina. Chega o domingo e a pessoa vai ali, para uma reunião. Lê-se uma página do Velho Testamento e uma do Novo. Dá-se a bênção e terminou o compromisso com a parte religiosa. A religião pode ensinar tanta coisa, como o amor e o respeito ao próximo. Então, tudo isso que eu falei - de ajudar as outras pessoas - poderíamos aprender com mais força ainda nas igrejas.

Desculpem-me. Pode parecer até que eu saí um pouco do assunto, mas, quando eu vi aqui pessoas idealistas, voluntárias, para participar desses trabalhos de assistência às pessoas, eu fiquei entusiasmado. Ajudem a não perdermos uma geração inteirinha - que é o que está acontecendo, infelizmente.

Da parte social nem se fala. Nesta crise de agora, oito milhões de trabalhadores estão desempregados. Agora, eu pergunto: um trabalhador que tem uma família, uma esposa, dois filhos menores, ficou desempregado e não acha emprego, além de chorar, o que vai fazer? Então, nós temos que ser solidários a esta situação, realmente, e ver com o que podemos ajudar - não só com o auxílio.

Pode parecer que eu vou fugir um pouco do assunto novamente, mas quer gostemos ou não, a política manda na nossa vida. Tudo o que está acontecendo agora é fruto da política. A minha cidade é Ribeirão Preto, chamada de “capital da cultura”. Agora, nas últimas eleições, 36% dos eleitores votaram em branco, anularam o voto ou votaram por gozação. Todos esses ladrões que estão roubando bilhões de reais da Educação e da Saúde foram eleitos, infelizmente.

É sobre isso que é importante refletirmos. Como vamos fazer? Vamos ajudar a formar a consciência das pessoas sobre a importância de se ter posições firmes na defesa de valores morais, éticos e espirituais.

Parabéns a vocês pelo que fazem. Deus abençoou essa vocação de vocês. Continuem agindo dessa maneira. Vocês são exemplos na busca pela construção de um mundo melhor.

Muito obrigado. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da Secretaria-Geral Parlamentar, da Imprensa da Casa, da TV Assembleia, e das Assessorias da Polícia Civil e da Polícia Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Convidamos todos para, logo ao final desta sessão, dirigirem-se ao Hall Monumental, onde haverá um coquetel. Esperamos que todos vocês participem.

Está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 17 minutos.

 

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