035ª SESSÃO
SOLENE EM HOMENAGEM
AO CORPO MUSICAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Presidente: CORONEL CAMILO
RESUMO
1 - CORONEL CAMILO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CORONEL ARRUDA
Mestre de cerimônias, nomeia as autoridades presentes.
3 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO
Informa que a Presidência efetiva
convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Coronel Camilo,
ora na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear o Corpo
Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo". Convida o público a
ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de
vídeo institucional do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Destaca a importância do Corpo Musical, reconhecida, acrescenta, por leis que
instituíram dias comemorativos relativos à unidade e aos policiais músicos. Faz
histórico do Corpo Musical, a unidade mais antiga da Polícia Militar,
destacando os desafios enfrentados ao longo do tempo. Afirma que o grupo é motivo
de orgulho para a corporação e a aproxima da sociedade. Argumenta que a difusão
da arte colabora na prevenção do crime. Declara que, no período em que comandou
a Polícia Militar, procurou prestigiar o Corpo Musical.
4 - EDSON
FERRARINI
Coronel e ex-deputado estadual,
expressa sua satisfação por participar desta solenidade. Discorre sobre a
Assembleia Constituinte do Estado de São Paulo, da qual participou,
que funcionou entre os anos de 1988 e 1989. Relata que, na ocasião, houve
tentativas de denegrir as Forças Armadas, com propostas de acabar com a Justiça
Militar e desmilitarizar a Polícia. Afirma que, graças a esforços contrários,
tais mudanças não foram levadas a cabo. Ressalta que a Polícia Ambiental
paulista, a maior do País, foi criada pela Constituição Estadual de 1989. Fala
sobre seu pai, Ítalo Ferrarini, que lutou na Revolução de 1932. Destaca que o
Corpo Musical já atuava na época. Comenta que o Dia do Policial Militar Músico
foi instituído por projeto de lei de sua autoria.
5 - REYNALDO
SIMÕES ROSSI
Coronel e diretor de Ensino e Cultura
da Polícia Militar do Estado de São Paulo, agradece
pela homenagem. Reafirma o compromisso de colaborar com os parlamentares que
representam a Polícia Militar. Declara que só teve uma visão adequada do papel
desempenhado pelo Corpo Musical após assumir a Diretoria de Ensino da Polícia
Militar. Afirma que o trabalho da unidade é imprescindível para a Segurança
Pública. Lembra que os policiais militares músicos exercem uma função dupla,
pois não ficam desobrigados de seus deveres de policiamento.
6 - CORONEL TELHADA
Deputado estadual,
destaca que não existe organização militar sem um corpo musical. Critica
aqueles que tentaram, ao longo da história, relegar a unidade ao segundo plano.
Afirma que tem uma forte ligação com o Corpo Musical. Descreve evento em que
assumiu o comando da Rota, que contou com a participação da Banda da Polícia
Militar. Afirma que vê como sua missão, nesta Casa, trabalhar a favor dos
interesses dos policiais militares e educar os demais deputados quanto à
importância das forças de segurança. Lamenta o alto índice de policiais mortos
no estado de São Paulo e no Brasil. Argumenta que as Forças Armadas garantem a
manutenção do Estado Democrático de Direito.
7 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO
Diz que a tradição não é incompatível
com a modernidade. Argumenta que as tentativas de acabar com unidades
tradicionais da polícia, como o Corpo Musical e a Cavalaria, são equivocadas.
Destaca a presença do Corpo Musical em homenagens a policiais mortos em serviço.
8 - CORONEL ARRUDA
Mestre de cerimônias, faz leitura de breve histórico do Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Anuncia a apresentação da Seção da Banda do
Corpo Musical. Faz leitura a respeito do significado da Láurea de Mérito Pessoal,
a ser concedida nesta sessão.
9 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO
Presta homenagem a diversos policiais
militares, com a entrega de Láureas de Mérito Pessoal em 5º, 4º, 3º e 2º graus.
10 - ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO
Major e comandante do Corpo Musical da
Polícia Militar do Estado de São Paulo, faz histórico
das bandas militares no Brasil, que tiveram início em 1808, com a vinda da
família real portuguesa ao País. Menciona a participação do Corpo Musical da
Polícia Militar paulista em diversos eventos, como a inauguração de Brasília e
um concurso nacional de bandas militares, em que o grupo obteve o primeiro
lugar. Informa que as apresentações da unidade alcançam um público estimado em
185 mil pessoas por ano. Descreve a composição do Corpo Musical.
11 - PRESIDENTE CORONEL CAMILO
Convida o público a cantar, de pé, a
"Canção do Corpo Musical". Lembra de
apresentação do Corpo Musical em homenagem à Polícia Militar, no período em que
foi comandante da corporação. Faz agradecimentos gerais. Convida a todos para
uma apresentação da Banda Sinfônica da Polícia Militar, no Hall Monumental.
Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Camilo.
* * *
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL aRRUDA - Sessão solene com a finalidade de homenagear o Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo.
Senhoras e senhores, boa noite. Sejam
bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Nesse instante, daremos início à sessão solene
com a finalidade de prestar homenagem aos 158 Anos do Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, Dia do Policial Militar Músico e entrega da
Láurea de Mérito Pessoal a integrantes desta unidade,
que é a mais antiga unidade da Polícia Militar de São Paulo.
Comunicamos aos presentes que esta sessão solene
está sendo transmitida ao vivo pela TV WEB e será retransmitida pela TV
Assembleia no próximo domingo, dia 18, às 21 horas; pela NET, canal 07; TV Vivo, Canal 66, analógico, e digital, 185; e pela TV
Digital Aberta, canal 61.
Anunciaremos neste momento a composição da
Mesa desta solenidade. Para presidir a Mesa gostaríamos de convidar o
proponente desta sessão, o deputado estadual, presidente da Frente Parlamentar
de Segurança, líder do PSD nesta Casa, o deputado estadual Coronel Camilo.
(Palmas).
Convidamos à Mesa o nobre deputado estadual, Coronel
Telhada. (Palmas).
Com muito carinho, o sempre deputado estadual,
autor do Projeto de Lei do Dia do Policial Militar Músico, Coronel Edson
Ferrarini. (Palmas).
Ilustríssimo senhor coronel PM Reynaldo
Simões, diretor de ensino e cultura da Polícia Militar. (Palmas). O coronel
Reynaldo Simões Rossi é diretor de Ensino e Cultura da Polícia Militar,
diretoria a qual está subordinado o Corpo Musical.
E também o major músico PM Elias Batista do
Nascimento, comandante do Corpo Musical da Polícia Militar. (Palmas).
Palavras do presidente desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
Senhores e senhoras, boa noite.
Sejam todos bem-vindos à nossa Casa de Leis.
Eu queria cumprimentar o meu
amigo, o deputado estadual Coronel Telhada, que está prestigiando o
nosso evento aqui do Corpo Musical, seja sempre bem-vindo; meu mestre, o
idealizador do Dia do Policial Músico, o nosso coronel Ferrarini, um exemplo
nosso aqui nesta Casa, e se Deus quiser voltará também aí ao nosso Parlamento,
seja aqui, seja na Câmara.
Saúdo também o nosso amigo,
Reynaldo Simões Rossi, diretor de ensino da nossa querida Polícia Militar; o major
músico Elias Batista do Nascimento.
E todos, então, sejam bem-vindos
a esta Casa, as demais autoridades que vamos nomear durante o transcorrer da
solenidade.
Agradeço a presença de vocês do
Corpo Musical, é um prazer tê-los nesta Casa, é um prazer poder fazer esta
homenagem. Agradeço a todos os familiares, os amigos aqui presentes, o pessoal
do Conseg, a todos que estão na galeria, ao nosso
Corpo Musical, sejam todos muito bem-vindos.
Senhoras e
senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente efetivo desta Casa,
o nosso deputado Fernando Capez, que tem feito um
protagonismo muito bom aqui, fortalecendo a imagem do deputado
estadual e atendendo à solicitação deste deputado com a
finalidade de prestar homenagem aos 158 anos do Corpo Musical da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, ao Dia do Policial Militar
Músico. Também faremos a
entrega da Láurea de Mérito Pessoal aos integrantes do Corpo Musical.
E para começarmos bem, dentro do
patriotismo e do civismo, convido a todos os presentes para que, em posição de
respeito, possamos entoar o Hino Nacional Brasileiro, executado pela nossa
Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a
regência do nosso querido subtenente Rogério Prado de Carvalho. Muito obrigado.
* * *
- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O SR. PRESIDENTE
CORONEL CAMILO - PSD - Muito
obrigado à nossa Banda do Corpo Musical, muito obrigado ao subtenente Rogério
Prado de Carvalho.
Eu gostaria de agradecer também a presença do coronel Wanderley Júnior,
representando, neste ato, o general Cid, comandante militar do Sudeste, muito
obrigado; capitão de fragata André Durães de Souza,
nesse ato representando o vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, comandante do 8º Distrito Naval; a 2º tenente
Ana Nery, representando o major-brigadeiro do ar Damasceno, comandante do 4º
Comar; o nosso coronel de polícia, o Coronel Castilho, comandante da Escola
Superior de Sargentos; o tenente -coronel Jonas Vicente de Oliveira, que foi
nosso comandante do Corpo Musical, seja bem-vindo, Jonas; o nosso tenente-coronel
João Antão Fernandes, seja bem-vindo também, viu comandante?
E eu gostaria de fazer um agradecimento especial ao coronel Antão, que
foi muito tempo instrutor na nossa Academia do Barro Branco, e ontem foi Dia do
Professor, não é? Então eu peço uma salva de palmas ao nosso coronel Antão Fernandes.
(Palmas).
Saúdo também a inspetora Evely, representando
o comandante da Guarda Civil, o meu amigo Gilson Menezes; Ney Cardoso,
representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati,
o nosso amigo desta Casa de Leis.
Eu gostaria, também, de saudar os demais aqui presentes, dos Consegs, a Cleusa Badanai, representando as nossas associações, sejam todos
bem-vindos.
Nós vamos agora assistir uma apresentação institucional do Corpo Musical
da nossa Polícia Militar.
* * *
- É feita a exibição do vídeo.
* * *
O SR. PRESIDENTE
CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns,
mais uma vez, ao nosso Corpo Musical. (Palmas).
Senhoras e senhores, eu vou falar um pouquinho sobre o nosso Corpo
Musical e o que a gente pensa a respeito dessa grande instituição, que me ajudou
muito no comando geral. Uma das primeiras coisas que eu fiz quando eu assumi o
comando, que eu achava importantíssimo, foi voltar a
retreta que tinha na frente do comando geral. Mudamos até para o meio-dia e
acredito que continue até hoje lá, trazendo o pessoal da comunidade ali do Bom
Retiro para ouvir música na hora do almoço. Parabéns.
Bom, é com grande alegria, então, que nós estamos hoje reunidos aqui
para homenagear o nosso querido Corpo Musical, uma unidade paulista tão
importante que esteve presente nos principais momentos da história de São
Paulo. Ela é tão importante que existem duas leis estaduais que reconhecem a
sua relevância. Uma é a Lei 9.782, de 24 de setembro de 97, do então deputado
Erasmo Dias, que instituiu o dia 7 de abril como o Dia do Corpo Musical.
E a outra, que nós temos a grata satisfação até de tê-lo presente, é a Lei 14.989, de 29 de abril de 2013, do nosso deputado e grande amigo, coronel Edson Ferrarini, que instituiu o Dia do Policial Músico. Muito obrigado, viu comandante? Uma salva de palmas para o nosso comandante, o coronel Ferrarini. (Palmas).
E os profissionais do Corpo Musical são muito especiais. Porque, além de fazer o que todos nós, policiais militares, sabemos fazer, eles fazem uma coisa que nós, a maioria de nós, pelo menos, não consegue fazer- ou seja, encantar as pessoas através da música. São policiais que, além de trabalhar no serviço operacional, servindo e protegendo as pessoas, se dedicam à música.
Ao longo de sua história, o Corpo Musical enfrentou muitos desafios, como a Guerra do Paraguai, onde muitos de seus integrantes tombaram durante a retirada da Laguna; a Revolução de 24; uma explosão ocorrida no Quartel da Luz, então sede do Corpo Musical, vitimou o comandante e grande parte do efetivo da unidade.
Mas o Corpo Musical resistiu a todos esses desafios, sobreviveu, e aos que não conseguem entender a sua missão, desponta hoje como a mais antiga unidade da Polícia Militar, motivo de orgulho para todos nós, paulistas, e em especial para nós, policiais militares. O Corpo Musical difundindo a arte e educando os jovens reforça valores e colabora poderosamente com a prevenção criminal.
Eu destaco também que o nosso Corpo Musical, além de fazer o policiamento, além de levar a música, é um grande instrumento de um dos principais princípios que rege a Polícia Militar de São Paulo, que norteiam todas as ações da Polícia Militar, que é a Polícia Comunitária. Então, onde o Corpo Musical toca, normalmente, a comunidade acompanha, vem, gosta, está presente - é uma forma de aproximar a Polícia Militar do cidadão através da Polícia Comunitária.
A presença desses profissionais é aplaudida sempre em vários pontos da cidade. Nos últimos meses, estivemos presentes em Pinheiros, na “Rua Cidadã”, Rua 25 de Março, com a presença do Corpo Musical. Em shoppings, no vão do Masp, Festival de Inverno, em Campos do Jordão, no Campo de Marte e em muitos outros lugares.
No meu comando, sempre procurei prestigiar o Corpo Musical. Nós trabalhamos muito forte não só no fardamento, na época que nós tínhamos problemas, mas também nos instrumentos, e principalmente na construção de uma nova sede que mereça aí a pujança do nosso Corpo Musical, que, segundo o Elias, rapidinho vai estar pronta - vamos terminar o restinho que está faltando lá.
Eu gostaria de destacar o coronel Antão, não só por isso, mas porque ele integra a minha equipe aqui. Ele é descendente do nosso Joaquim Antão, o criador do nosso Corpo Musical. Muito obrigado, viu Antão? Por tudo que a sua família fez pelo Corpo Musical de São Paulo. Ao seu tio aqui presente também. Nos deixa muito satisfeitos.
A obra, que já está em fase final lá no Corpo Musical, deve ser inaugurada recentemente. Construímos um grande auditório, reformamos um grande auditório que tinha lá.
Eu gostaria de deixar aqui os meus agradecimentos a todos vocês do Corpo Musical por tudo que fazem pela nossa Polícia. Saibam que, aqui na Assembleia Legislativa, eu, o Coronel Telhada, os que passaram por aqui como o Coronel Ferrarini, mas principalmente nós, que estamos aqui, agora, continuando o trabalho do Coronel Ferrarini, nós estamos à disposição de vocês, estamos à disposição da família Policial Militar, nós continuamos a ser coronéis da Polícia Militar. Fizemos questão, inclusive, que até a forma, o nome no painel, ficasse coronel da Polícia Militar, justamente para lembrar a todos aqui que nós pertencemos a essa grande instituição e que tem essa brilhante unidade, que é o nosso Corpo Musical.
Então, mais uma vez, parabéns a vocês do nosso Corpo Musical, uma salva de palmas, agora vocês mesmos, o nosso Corpo Musical, muito obrigado. (Palmas).
Eu gostaria de chamar agora, para fazer uso da palavra, esse homem que é um exemplo para a gente, que eu aprendi a conhecer ainda quando era tenente da Polícia Militar, naquela época ele era comandante da Rota. Foi nosso deputado por várias legislaturas e criou essa homenagem ao Corpo Musical. Com a palavra, o nosso coronel Edson Ferrarini.
O SR. EDSON FERRARINI - Muito boa noite a todos os senhores, as senhoras. É um prazer
saudar o coronel Camilo presidindo esta sessão. Ele foi um comandante-geral
brilhante na história da Polícia Militar, ao lado do Coronel Telhada também,
que nos representa aqui com bastante dignidade, bastante entusiasmo.
E com muito prazer nós estamos
aqui homenageando essa corporação, que completa 158 anos, que é o Corpo
Musical. E hoje tão bem comandada pelo major Nascimento, os oficiais que
compõem o Corpo Musical, o capitão Kleber, o tenente Ismael, o tenente Jassen, e mais o pessoal do
quadro de administração, o tenente André Luiz, o tenente Pereira, o tenente
Marcos, são as pessoas que nós temos o orgulho de dizer que estão no nosso
Corpo Musical.
Eu vou, depois, agradecer o coronel
Wanderley Júnior, representando o Sr. General Cid,
comandante do Sudeste, o capitão de fragata André Durães
de Souza, representando o comandante do 8º Distrito Naval, o coronel PM
Reynaldo Simões Rossi, o major músico Elias Batista do Nascimento, o coronel
Castilho, comandante da Escola Superior de Sargentos, o tenente-coronel Jonas
Vicente de Oliveira, a inspetora Evely, representando
o comandante da Guarda Civil Metropolitana, o tenente Coronel João Antão
Fernandes, a 2ª tenente Ana Nery, representando o major brigadeiro, todas as
pessoas que estão representando o capitão Wlader,
representando o comandante do CPAmb, da Polícia
Ambiental.
Eu queria cumprimentar também
a minha amiga Cleusa Badanai,
os meus amigos do bairro do Ipiranga, o Laerte Toporcov,
que está aqui junto com o maestro Norberto Sorato,
muito prazer em tê-los aqui.
E eu me lembro de que aqui,
nesta Assembleia, havia uma mesa, exatamente neste corredor, em 1958, que
cuidava da vida da Polícia Militar de São Paulo. Era a Constituição que estava
sendo feita, a Constituinte, imagine isto... A revolução acabou em 1984, nós tínhamos
que fazer a Constituição Estadual,
este livro, este documento. E eu era deputado e tinha o apanágio. O objetivo de
tudo aquilo que estava ali era deteriorar, acabar com a Polícia Militar e
denegrir o mais que podia as Forças Armadas.
Imagine isso lá atrás. Eu
estava representando a Polícia Militar. Entre os deputados que estavam aqui,
para os senhores entenderem como o negócio era muito sério, vários deputados
estavam aqui. Era 84 e a revolução tinha acabado,
todos queriam acabar conosco. José Dirceu era um dos deputados estaduais junto
comigo que estava na minha frente, aqui, sentado.
E graças a Deus, a cada
momento que eu estava aqui eu me lembrava do meu pai, soldado da Força Pública.
Quando eu nasci, ele, na sala da minha casa, contava histórias, contava da
Revolução de 32, pegava o capacete de aço e me mostrava como um troféu e dizia:
“Meu filho, eu estava lá no túnel, nós estávamos lá, aquela história da matraca
é verdadeira, nós não tínhamos munição. Minas Gerais nos traiu, nós ficamos
sozinhos. E nós fomos cantando, e nós íamos em forma,
e a banda de música já tocava Paris-Belfort, e nos
entusiasmava, nos enchia de alegria. Nós queríamos era democracia. Getúlio
Vargas prometeu e já não marcava, não fazia a democracia”.
Eu então pude, aqui nesse
corredor, impedir. Era objetivo de toda a oposição acabar com a Polícia
Militar, deteriorá-la neste documento aqui, que é a Constituição de São Paulo -
o Exército também. Eles queriam combater as Forças Armadas. E eu estava aqui,
eu não podia deixar que nada disso acontecesse. Eu me lembrava do meu pai, o coronel
Ítalo Ferrarini, me contando as histórias.
E meus amigos, nesta
Constituição, nós não perdemos uma vírgula, com que orgulho eu lhes conto isso.
Cada um tem a sua marca, a sua passagem. Não perdemos uma vírgula aqui. O
apanágio, o que eles mais queriam era acabar com a Justiça Militar de São
Paulo. Só três estados têm Justiça Militar, os outros que estavam em criação,
iniciando, eles acabaram, mas a de São Paulo não. Aprendi a negociar, e nós
aumentamos uma vaga, foi tomada a posse já.
Então, meus
amigos, aqui não se perdeu. A Polícia Militar não tinha o CPAmb, a Polícia Ambiental - eu
pude incluí-la no artigo 191 de São Paulo, agora ela está aqui. Nela, na CPAmb, nós temos hoje 2.300
soldados, é a maior Polícia Ambiental do Brasil, modelo para o Brasil. Eu
incluí o artigo 191, parágrafo 1º, está aqui, eu pude redigi-lo. Polícia
Ambiental que hoje é comandada orgulhosamente por um homem, que é o coronel
Rogério Oliveira Xavier, filho do meu colega de turma, coronel José Ilo Xavier, que fez a música da Academia do Barro Branco -
num estudo noturno ele redigiu a canção da Escola de Oficiais.
Então, meus amigos, só para
lhes contar que cada um de nós vai marcando a sua defesa para a nossa alma, o
nosso coração, está aqui: não perdemos uma vírgula. Ela foi promulgada no dia 5
de outubro de 88. E a Polícia, a Banda Musical, o Corpo Musical, precisava ser
fortalecido, e nós conseguimos. Eu criei o Dia do Policial Militar Músico,
prestando uma homenagem aos senhores. Prestando uma homenagem aos senhores que,
como disse o coronel Camilo, sabem fazer tudo o que
nós fazemos e mais. E eu, além de não tocar coisíssima nenhuma, ainda morro de
inveja de quem sabe cantar. É um pecado, mas Deus vai me perdoar. Mas, qualquer
hora, eu ainda tenho uma esperança. Outro dia um cidadão falou para mim: “Se o
senhor sabe falar, se o senhor falar no ritmo, o senhor canta”. Eu falei: “Tem
alguma esperança, é uma esperança”.
Encerrando, meus amigos,
parabéns ao Corpo, à nossa Banda Musical, o nosso Corpo Musical. Nós temos
orgulho dos senhores. Major Nascimento, parabéns ao senhor, parabéns a você,
Antão, que criou, que já tem lá atrás a sua tradição.
E assim, meus amigos, eu pude
criar esse dia para homenageá-los, mas pude lhes contar que nesta Constituição
nós não perdemos uma vírgula. Foi em 88, e assim é que eu pude defender a nossa
querida Polícia Militar. Fiquem com Deus, um grande abraço a todos. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE
- CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns. Parabéns ao nosso deputado, coronel Ferrarini, pelas palavras,
pela homenagem, pelo carinho que tem com o nosso Corpo Musical.
Eu gostaria de chamar agora o
nosso diretor de Ensino e Cultura, o coronel Rossi, para que faça o uso da
palavra em nome do comando da Polícia Militar de São Paulo.
E aproveito também para
agradecer a presença dos nossos cadetes da Polícia Militar de São Paulo, da
nossa querida Academia de Polícia Militar do Barro Branco, sejam todos
bem-vindos. Saibam que esta Casa de Leis está sempre
aberta, a hora que quiserem conhecer, venham, frequentem, e vão acostumando que
a política deve fazer parte da nossa vida, representatividade é fundamental
para a nossa instituição.
Com a palavra, então, o coronel
Reynaldo Rossi.
O SR. REYNALDO SIMÕES ROSSI - Bom, boa noite a todos e a todas. O Coronel
Camilo, o Coronel Telhada, o Coronel Ferrarini, na pessoa de quem eu, em nome
do comando geral, agradeço essa deferência dispensada à Polícia Militar em
geral, e ao Corpo Musical em especial. E reafirmo o nosso compromisso e a nossa
crença que os senhores, cada vez mais, têm colaborado com a Polícia Militar na
busca das suas demandas e, em especial, em atender os anseios da sociedade.
Major Nascimento, o nosso
comandante do Corpo Musical, meus parabéns. As autoridades das Forças Armadas,
já aqui nominadas, autoridades da Guarda Civil, da sociedade em geral,
policiais militares, senhoras e senhores, muito obrigado.
É com grande alegria que eu me
dirijo aqui para, primeiro, ratificar a brilhante descrição do que o Corpo
Musical fez e tem feito ao longo da história, feita pelo senhor no seu breve
relato, Coronel Camilo.
E para reafirmar que essa
existência do Corpo Musical, assim como a existência da Polícia Militar, elas
são garantidas por quê? Apesar de serem organizações seculares, elas têm a
capacidade de ser permeáveis à sociedade, não sofrerem qualquer tipo de
processo de entropia, e conseguirem se aperfeiçoar e atender aos anseios
institucionais e aos anseios da própria sociedade.
Eu confesso que até chegar ao
comando da diretoria de ensino, não tinha a visão da importância e do papel que
a música e o Corpo Musical têm para a Polícia Militar. Hoje, como diretor de
ensino, eu posso afirmar com convicção, esses homens e mulheres - e eu me
refiro assim porque nós temos as bandas regimentais - são imprescindíveis para
a política de segurança pública da Polícia Militar. E são imprescindíveis por
quê? Porque eles mantêm essa dupla função citada pelos senhores e conseguem se
atualizar e responder aos anseios da sociedade.
O major Nascimento há pouco
tempo me disse o seguinte: “Se nós queremos ser seguidos...”, talvez fazendo
referência a Napoleão, foi isso, Nascimento? Napoleão Bonaparte?
O SR. ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO - (Fora do microfone - inaudível).
O SR. REYNALDO SIMÕES ROSSI - Exatamente, ele dizia que a música tem
esse condão e essa capacidade de fazer homens e mulheres de bem segui-los, e em
qualquer tom. E a Polícia Militar tem no Corpo Musical esse instrumento de
garantir que a sociedade perceba a sua importância e consiga estar ombreada com
a Polícia Militar para atender as suas demandas.
Eu me arrisco a dizer o
seguinte: a modernidade do Corpo Musical se confunde com essa modernidade da
polícia, e assim como a polícia foi ousada recentemente, em conjunto e através
da Secretaria de Segurança Pública, em propor um verdadeiro Poupatempo
da Segurança, à medida que ele editou normas que visam agilizar
o atendimento de ocorrências e minimizar a permanência do policial militar em
atividades burocráticas, nós vemos o Corpo Musical ousando hoje - participando
de “flash mobs”,
participando de atividades e apresentações voltadas para o policial militar
e, acima de tudo, cumprindo o compromisso de fazer o policiamento e levar o seu
talento para as ruas de São Paulo. Muito obrigado. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE
- CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns. Parabéns ao nosso diretor de Ensino e Cultura, a quem hoje
está subordinado o Corpo Musical.
E eu passo a palavra agora,
nesse momento, ao nosso colega aqui, também desta Casa de Leis, que nos ajuda
muito na Segurança Pública, o nosso Coronel Telhada.
Enquanto ele se dirige à nossa
tribuna, eu gostaria de agradecer também a presença da sua esposa Ivânia aqui, seja bem-vinda, viu Ivânia?
Veio prestigiar o evento do Corpo Musical. E a todos vocês do Corpo Musical,
mais uma vez, muito obrigado pelo grande serviço que prestam à nossa sociedade
paulista.
Com a palavra, o Coronel
Telhada.
O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Sr. Presidente desta sessão solene, Coronel Camilo, coronel
Edson Ferrarini, o nosso sempre deputado
estadual, coronel Reynaldo, diretor de Ensino e Cultura da Polícia
Militar, major Monteiro... Nascimento, major Nascimento, eu lembrava que era
com “m” ou “n”, major Nascimento, comandante do nosso Corpo Musical.
Eu estava pensando no que
falar para vocês, e queria dizer a todos os irmãos e irmãs de armas aqui,
policiais militares: quando resolvemos ser policiais
militares, quando começamos a nos interessar pela Polícia Militar, toda a
pesquisa que fazíamos, filmes que víamos, sempre havia a participação do Corpo
Musical. O Corpo Musical, a banda, ela é a alma, ela é a alma do militar. Não
existe militar, não existe uma Polícia Militar sem um Corpo Musical.
Então, eu quero parabenizar
aqui o coronel Ferrarini pela felicidade de ter proposto, enquanto nesta Casa,
esta sessão solene,
parabenizá-lo por tudo que ele fez pelo Estado de São Paulo e pela Polícia
Militar. Porquanto foi muito bem lembrado que o nosso Corpo Musical, a unidade
mais antiga da Polícia Militar, é a alma da Polícia
Militar.
Infelizmente, ao longo da
história, várias pessoas tentaram, uma vez ou outra, desprestigiar o Corpo
Musical, tentaram relegar o Corpo Musical ao segundo plano, mas graças a Deus e
vários companheiros que passaram antes de nós, foi destituída essa ideia.
Eu conversava há pouco com o coronel
Reynaldo, ele me informava que hoje mesmo foi assinado pelo comando - não é
isso, Reynaldo? - quatrocentos mil reais em compras de equipamento para o Corpo
Musical. Também me informava sobre a lei de ingresso na Polícia Militar - estão
previstas o preenchimento de 11 vagas de tenente músico, que é algo que havia
sido pedida há muito pelo Corpo Musical. Nós vamos trabalhar forte nisso, o Coronel
Camilo e eu junto ao secretário, para que isso prospere com rapidez, porque nós
sabemos a deficiência de oficiais hoje no Corpo Musical. E sabemos da
necessidade de policiais e oficiais preparados tecnicamente para essa função.
Também quero parabenizar aqui
dois amigos de longa data. O coronel Jonas, nós fomos amigos de infância,
tocávamos na igreja juntos, ingressamos na Polícia Militar, eu em 79 e ele em
80, e em nossas carreiras sempre fomos nos encontrando
ao longo dos anos. Hoje, ele já na reserva, mas ex-comandante do Corpo Musical.
É um prazer vê-lo aqui, Jonas, muito obrigado por tudo.
Outro amigo que eu gostaria de
cumprimentar, com um grande carinho, é o coronel Antão. O coronel Antão foi
nosso tenente no curso preparatório de formação de oficiais, dava aula de
música para todos os alunos oficiais. E nós sabemos o carinho que ele sempre teve pelo Corpo Musical, o carinho não só da família
dele, tendo em vista que o seu antepassado foi o fundador do Corpo Musical da
Polícia Militar, mas dele mesmo, como comandante, o carinho que ele tinha pelo
Corpo Musical e tem até hoje pela música, como é o caso do Danilo Antão também,
que é nosso amigo - o coronel Antão, também músico.
Então, nós temos uma ligação
muito forte com o Corpo Musical. A minha ligação com o Corpo Musical é muito
forte, não só por ser policial militar, mas por ser músico há 43 anos - e todos
os senhores sabem o carinho que eu tenho por vocês. Aliás, nos vemos em muitos
eventos, o pessoal da Camerata, o pessoal da Banda
Marcial, nos vemos em muitos eventos e eu nunca deixo de pedir que toquem uma
marcha, toquem uma música.
E um dos momentos mais fortes
na minha carreira foi quando eu assumi a Rota, eu lembro tranquilamente, como
se fosse hoje. Quando eu assumi a Rota em 2009, eu me preparei para passar em
revista a tropa, junto com o comandante que me passava o comando. Quando eu me
posicionei à frente da tropa, bem no caso à direita do
quartel, e a banda começou a tocar “Ardor do Infante”, a vibração naquele
momento fazia fluir de todo o meu ser o espírito militar - tanto que eu sempre
peço para tocar o “Ardor do Infante”.
Então, como foi dito aqui, sem
música nós não temos a Polícia Militar. Parabéns a todos os senhores, contem
conosco. Hoje, o Coronel Camilo e eu aqui nesta Casa não abrimos mão da nossa
condição de policiais militares, sempre dizemos: “Estamos deputados estaduais, somos policiais
militares e nós não abrimos mão disso”. Aliás, praticamente todo dia o Camilo e
eu vamos à tribuna, falamos sobre a polícia diariamente no Pequeno Expediente,
falamos e falamos, os deputados já não aguentam mais
ouvir a gente falar de Polícia Militar, mas nunca se falou tanto em Polícia
Militar nesta Casa, com todo o respeito, porque nós tínhamos o coronel
Ferrarini, o major Olímpio, mas nós estamos aqui trabalhando na cabeça do
pessoal diariamente, eles vão cansar de ouvir falar em polícia.
Infelizmente,
nós temos trazido também a realidade da polícia, que são os nossos heróis a
morrer diariamente, policiais que têm sofrido na mão do crime e muitas vezes,
na grande maioria das vezes, os deputados não percebem isso, porque eles não
têm a vivência que nós temos e não conhecem a Polícia Militar como nós
conhecemos. Então, a
nossa missão aqui hoje é fazer com que todos os 94 deputados desta Casa entendam
o que é a Polícia Militar, respeitem a Polícia Militar. Tal qual o coronel
Ferrarini fez no passado. Nós estamos aqui com a missão de cada vez mais
elevarmos o nome da Polícia Militar e garantir todos os direitos de trazermos
mais direitos.
É importante, como o Coronel
Camilo falou, que os senhores entendam, se acostumem
com esta Casa. A política faz parte da vida da Polícia Militar. Aquele passado
que nós temos que nós não nos envolvíamos em política, que política não era
discutida por nós, é problema da Polícia Militar sim. Nós vamos brigar pelos
nossos direitos sim, nós vamos fazer a população e o Governo de São Paulo entenderem que, sem a Polícia Militar, não existe Estado de
São Paulo unido, não existe um Estado de São
Paulo democrático. Nós, da Polícia Militar, garantimos a democracia no Estado de São Paulo e todas as Polícias
Militares junto com as Forças Armadas garantem a democracia no Estado
brasileiro.
Os senhores do Corpo Musical são peça preponderante da nossa Polícia Militar. Se orgulhem por pertencerem ao Corpo Musical, se orgulhem por pertencerem à Polícia Militar, porque tenham certeza que nós fazemos a diferença neste Estado. Parabéns a todos por serem soldados, parabéns a todos por serem artistas. Deus abençoe a todos e nós estamos sempre à disposição. Muito obrigado. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns ao nosso Coronel Telhada pelas brilhantes palavras.
E eu gostaria de complementar a fala dele. Ele falou de tradições. Eu queria deixar bem claro para vocês e para todos que nos assistem, até pela TV, já que essa nossa sessão está sendo transmitida ao vivo, para que lembrem que tradição não tem nenhuma incompatibilidade com a modernidade. Então, todos aqueles que tentaram, em algum momento, destruir as tradições da Polícia Militar, seja a Cavalaria, seja Corpo Musical, eles caminham na contramão da história.
Eu estive no Japão conhecendo a Polícia Comunitária, e o Japão tinha na época em que eu fui, em 2009, mais de 800 pequenas seções de banda na polícia do Japão, tamanha a importância da música.
O Telhada falou dos nossos entes queridos, eu infelizmente - e infelizmente porque ninguém gostaria de passar por uma situação dessas - entreguei 47 bandeiras nacionais aos familiares de policiais heróis que deixaram este mundo durante o meu comando. E nesse momento também estava presente a música, é infelizmente um toque que nos emociona muito, nos deixa muito tristes, que é o Toque de Silêncio. Então, mais uma vez aí vemos a presença da música.
Eu gostaria de passar agora ao nosso Cerimonial, o coronel Arruda, para falar um pouquinho do nosso Corpo Musical e depois nós vamos passar às homenagens.
O SR.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - Criado em 7 de Abril de 1857, com base na Lei
575, oriunda desta Casa Legislativa, o Corpo Musical teve o seu início histórico
contando com 17 componentes e um sargento mestre. No seu passado, tinha como
função levar entretenimento às praças aquarteladas. Ao longo dos anos, a banda
deixou de entreter apenas a tropa para integrar-se à comunidade paulista.
Um dado importante da história da
banda remonta ao ano de 1886, quando Sua Majestade, o Imperador Pedro II,
visitou mais uma vez a província de São Paulo.
Da Capital Bandeirante, seguiu para Ribeirão Preto, para ver de perto os
cafezais que faziam a riqueza do Brasil. E para tornar mais alegre essa
excursão do imperador, acompanhou-o a Banda de Música da Polícia Militar,
dirigida pelo então jovem maestro Joaquim Antão Fernandes.
O crescente e contínuo progresso
da cidade fez com que as grandes obras que urbanizaram São
Paulo, tais como o Viaduto do Chá, inaugurado em 8 de novembro de 1892,
o Teatro Municipal, em 1911, tivessem a presença marcante da Banda da Polícia
Militar. Também na inauguração da Avenida Paulista e em outros eventos
marcantes da vida de São Paulo, como o féretro
de Tancredo Neves e também do piloto Ayrton Senna.
Atualmente, o Corpo Musical é
composto por Banda Sinfônica, hoje a mais antiga em serviço no país, o Jazz Band, a Camerata, o Coral
Masculino e Seções de Banda distribuídas por todo o território paulista.
O Corpo Musical
vem divulgando a cultura por meio da arte e da música nos mais diversos setores
da sociedade, nos momentos de festa e de dor, abrilhantando eventos cívicos
militares, realizando concertos, apresentações, homenageando autoridades nacionais
e estrangeiras, distribuindo a alegria e o entusiasmo adquiridos ao longo de
sua rica história.
Ouviremos agora a apresentação
das Seções de Banda do Corpo Musical, sob a regência do subtenente PM Rogério
Prado de Carvalho, que vai executar de Glenn Miller, “Marchando através da
Geórgia”.
* * *
- É feita a apresentação musical. (Palmas).
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns a nossa Banda da Polícia Militar, parabéns ao subtenente Rogério Carvalho.
E agora nós vamos desfazer a Mesa da Presidência e vamos nos deslocar para o plenário, a Mesa toda, para fazermos a entrega das Láureas do Mérito Pessoal, enquanto o nosso Cerimonial, o coronel Arruda, chama os nossos agraciados. Muito obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - A Láurea do Mérito Pessoal foi criada em 1974, com a denominação de PMzito do Mérito Pessoal, como forma da Polícia Militar homenagear e reconhecer seus integrantes, para distinguir oficiais e praças da instituição, que por seus méritos pessoais se sobressaíssem, fazendo jus ao reconhecimento da Polícia Militar.
Essa condecoração, ostentada com orgulho pelos policiais militares, é concedida em cinco graus que se sucedem a partir do 5º grau: 5º grau em bronze, 4º grau em cromo, 3º grau em prata, 2º grau em ouro e o 1º grau, o mais elevado, nas cores do Pavilhão Paulista.
Temos a honra de convidar, para que se coloquem em posição de destaque, a fim de receber a sua Láurea de Mérito Pessoal em 5º grau, os seguintes policiais militares: soldado PM Ismael Paravani de Souza (Palmas); soldado PM Leandro Patrício da Silva (Palmas); soldado PM Rafael Ribeiro da Costa (Palmas); soldado PM Wesley da Conceição Carvalho (Palmas); soldado PM Juliano dos Reis Santos (Palmas); e soldado PM Emanuel Gomes (Palmas).
Convidamos para receber a Láurea em 4º grau os seguintes policiais militares: cabo PM Wendel de Souza Silva (Palmas); cabo PM Clayton Sidney de Brito (Palmas); cabo PM Michel Willians Candido (Palmas); e o soldado PM Yargo Arrais Gonçalves. (Palmas.)
Para receber a Láurea em 3º grau chamamos à frente o 1º tenente QAOPM José Carlos Pereira (Palmas).
E para receber a Láurea em 2º grau chamamos o 2º sargento PM Jesiel da Fonte Ramos (Palmas).
Neste momento, o deputado Coronel Camilo e as autoridades convidadas, o comandante do Corpo Musical, major Elias Batista do Nascimento, o deputado Edson Ferrarini, o coronel Reynaldo Simões Rossi, passarão a impor a Láurea de Mérito Pessoal aos agraciados.
Nós gostaríamos de convidar a família dos policiais militares agraciados a também virem até a frente para acompanharem esse momento de reconhecimento aos seus familiares por parte da Polícia Militar. Por favor, os familiares podem se aproximar.
O Coronel Camilo convida também o coronel Antão e o coronel Jonas a descerem para cumprimentar as agraciados, por favor.
* * *
- São feitas as homenagens.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - CORONEL ARRUDA - Nós vamos pedir agora a todos, para as autoridades, por gentileza, formarem uma fila aqui em frente, sob a orientação do deputado Coronel Camilo, para fazer uma foto geral de todos os agraciados, as autoridades (Palmas).
O SR. PRESIDENTE
- CORONEL CAMILO - PSD - Parabéns
então mais uma vez. Retomando a Mesa dos trabalhos, parabéns a todos os
homenageados, vocês representam tudo o que nós desejamos: homenagear todos os
integrantes do Corpo Musical. Levem esse nosso abraço
a todos que não estão aqui, levem o nosso abraço aos seus familiares, a
presença da família é muito importante. Nós estamos aqui, a razão de ser da
polícia é o cidadão de São Paulo, e a gente sabe que a razão de ser da nossa
existência é a nossa família. Levem àqueles que da família não puderam estar
presentes o nosso grande abraço também.
E agora, para falar sobre o nosso Corpo Musical, eu chamo nada menos do
que o seu comandante. Chamo agora o major músico Elias Batista do Nascimento
para que faça o seu pronunciamento.
Parabéns ao nosso coronel Nascimento, e mais uma vez agradeço a presença
do nosso coronel Jonas, do coronel Antão, que também comandaram essa grande
unidade, levando a música que encanta a nossa alma. E como foi falado aqui
também, a Polícia Militar sem a música fica sem alma.
Elias, major Nascimento, a palavra é sua.
O SR. ELIAS BATISTA DO NASCIMENTO - Eu cumprimento o nobre deputado estadual Coronel
Camilo, que preside esta sessão, cumprimento o nosso
deputado, o Coronel Telhada, cumprimento o coronel Ferrarini, cumprimento o
nosso digníssimo diretor de Estudo e Cultura, o nosso coronel Reynaldo Simões
Rossi, em nome de todas as autoridades presentes.
Senhoras e senhores, boa noite. A origem da formação das bandas
militares no Brasil começou com a transmigração da Corte Portuguesa para o Rio
de Janeiro em 1808, ocasião em que Dom João VI trouxe
a banda da Brigada Real Portuguesa.
Passando 49 anos, ou seja, em 7 de abril de 1857, nasceu
o Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, através da Lei nº 575
da então Assembleia Provincial, quando foram reunidos 17 músicos sob a direção
de um primeiro sargento mestre, com a missão de levar entretenimento às praças
aquarteladas.
Até 1905 o seu efetivo já havia alcançado o número de 90 músicos. Em 1911
participou das solenidades de inauguração do Teatro Municipal de São Paulo, onde até hoje vem realizando frequentemente concertos
sinfônicos. No dia 21 de abril de 1960 participou das solenidades de
inauguração da cidade de Brasília. Em 1964, através de uma esplêndida
apresentação, sagrou-se campeã das bandas militares brasileiras, durante o
concurso realizado nesta capital.
No dia 3 de junho de 1973 participou das solenidades de hasteamento da grande Bandeira Nacional na cidade de
Brasília, ofertada pelo Estado de São Paulo. Em 25 de janeiro de 2004 participou,
de forma histórica, das comemorações dos 450 anos de fundação da cidade de São
Paulo através de um concerto de gala na Sala São Paulo, representando o Governo
do Estado.
Atualmente o Corpo Musical atua em solenidades militares junto à
comunidade geral, prestando os diversos serviços sociais a hospitais, casas de
repouso, orfanatos, escolas públicas e privadas, retretas em praças públicas,
teatros, igrejas e outras instituições, alcançando anualmente um público
estimado de 185 mil pessoas.
Além dos serviços citados, o Corpo Musical desenvolve um projeto piloto
de valorização do policial militar e aproximação da comunidade, por iniciativa
do diretor de Ensino e Cultura, o coronel PM Reynaldo Simões Rossi.
Sendo que para o público interno são realizadas apresentações durante as
trocas dos turnos de serviço nos pelotões e sedes das companhias PM, e há um
efetivo administrativo dos batalhões em CPA da capital, cuja finalidade é levar
entretenimento e promover maior reflexão no desempenho profissional e familiar
do policial militar.
Para o público externo, através da realização de apresentações em “flash
mob” e em
locais públicos, como praças, shoppings centers,
terminais urbanos e rodoviários. Simultaneamente são realizadas atividades de
policiamento a pé, o que promove maior sensação da segurança pública,
contribuído ainda para a diminuição dos índices criminais.
O Corpo Musical tem em sua responsabilidade técnica 13 bandas de música
arregimentais atribuídas de forma estratégica no Estado de São Paulo.
Senhores, eu gostaria também de fazer aqui já alguns agradecimentos. Inicialmente
farei referência aos mestres de banda que estão presentes, que vieram dessas
bandas de música distribuídas no Estado. Agradeço a presença de todos vocês. Essas bandas de música arregimentais seguem as atividades
similares às bandas aqui da capital, atuando dessa forma que foi citada
anteriormente.
Quero agradecer o meu subcomandante, o capitão Kleber de Azevedo, e os
oficiais de praça, pelo apoio que têm me dado. Quero agradecer o nosso
digníssimo, excelentíssimo coronel da Polícia Militar, comandante-geral, o coronel
Ricardo Gambaroni, pelo apoio que tem prestado ao
Corpo Musical.
Quero agradecer ao senhor deputado, coronel de Polícia Militar Camilo,
que, juntamente com o coronel Danilo muito nos ajudou quando estava no comando
da corporação. Esses dois coronéis, o comandante e o subcomandante,
determinaram o início das obras do Corpo Musical. Sou muito grato e falo em
nome dos ex-comandantes que passaram no período dos senhores, e incluo-me nessa
gratidão. Muito obrigado.
Quero agradecer aqui o nosso diretor de Ensino e Cultura, o coronel
Reynaldo Simões Rossi, pelo apoio prestado. O coronel Reynaldo me deu um susto
no início quando assumiu, mas ele falou que vai continuar me assustando, mas a
gente vai em frente trabalhando e fazendo o melhor, que quem sabe ele mude de
ideia. Então, eu sou muito grato, coronel, por tudo o que o senhor tem feito
por nós. Muito obrigado.
Quero agradecer, embora não esteja aqui presente por motivos
anteriormente agendados, a coronel PM Claudia Barbosa Rigon,
que é diretora de pessoal. Ela também tem nos ajudado muito. Então, agradeço a
ela também. Quero também agradecer o nosso diretor de logística, o coronel de
Polícia Militar Celso Aparecido Monari, que não se
encontra presente também. Mas eu sou muito grato a ele no apoio que tem dado
com relação às viaturas.
Eu não posso deixar de agradecer também o coronel Arruda, que sempre esteve
ao nosso lado, sempre nos ajudou muito. Muito obrigado coronel Arruda. Não
posso deixar jamais de agradecer o coronel Antão Fernandes, que é a nossa referência
como comandante e como pessoa, nobre coronel Antão Fernandes, muito obrigado.
Assim eu encerro a minha fala dizendo: viva o Corpo Musical! (Palmas).
O SR. PRESIDENTE
- CORONEL CAMILO - PSD - Viva.
Parabéns, Elias, o nosso major Nascimento, pelas palavras. Pudemos ver, pessoal, a importância do nosso Corpo Musical.
Eu gostaria também de deixar um agradecimento a uma coronel
da Polícia Militar, a quem também o Corpo Musical por muito tempo foi
subordinado, a coronel Maria. Não está presente aqui, passou para a reserva há
dois dias, deixou a ativa da Polícia Militar. Mas tenho certeza que, como eu,
como o Telhada, como o coronel Ferrarini, vai
continuar levando a bandeira sempre da nossa Polícia Militar, do nosso Corpo
Musical, por esse Brasil afora, onde quer que ela esteja.
Convidamos agora a todos os presentes, para ouvir a Canção da Polícia. Depois
nós vamos ter um show do nosso Corpo Musical no Hall Monumental.
Convidamos a todos os presentes para entoarmos juntos, e em posição de
respeito, a “Canção do Corpo Musical”, executada pela Seção de Banda do Corpo
Musical, sob a regência do subtenente Rogério Prado de Carvalho, a letra e
música é do 2º tenente PM Gildo Vendramini.
* * *
- É executada a “Canção do Corpo Musical”. (Palmas).
* * *
O SR. PRESIDENTE
- CORONEL CAMILO - PSD - Senhoras
e senhores, então, só para finalizar, também agora uma questão pessoal, eu
gostaria de deixar o meu agradecimento ao Corpo Musical.
Durante os três anos do meu comando eles fizeram um grande show de final
de ano a toda família Polícia Militar, um show brilhante, eu convido todos que
ainda não assistiram, assistam esse show de final de ano do nosso Corpo
Musical.
Em 2011, o último ano do meu comando, eu tive a felicidade de ser
brindado pelo Corpo Musical com um dobrado que leva o meu nome feito pelo Corpo
Musical. Então, vocês vão estar sempre no meu coração, e eu agradeço muito a
homenagem, e agradeço muito a vocês por tudo que fizeram pela nossa Polícia
Militar, tudo que fazem pela nossa Polícia Militar, e tudo que fazem pela
população de São Paulo. Que Deus os abençoe sempre.
E esgotado o objeto da presente
sessão, agradeço a presença de todos e convido para a apresentação da Banda
Sinfônica, que ocorrerá no Hall Monumental. E como disse o nosso major Nascimento,
viva o nosso Corpo Musical! (Palmas).
Está encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 21 horas e 32 minutos.
* * *