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23 DE MAIO DE 2016

030ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA QUÍMICA

 

Presidente: LUIZ FERNANDO

 

RESUMO

 

1 - LUIZ FERNANDO

Assume a Presidência e abre a sessão. Informa que o presidente Fernando Capez convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Luiz Fernando, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear o trabalhador da indústria química do estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a quem tece agradecimentos. Solicita um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento do Sr. César Aparecido Leite, irmão de Sérgio Luiz Leite, presidente da Fequimfar. Nomeia as autoridades presentes. Saúda as autoridades, os presentes, as federações e os sindicatos. Agradece a presença de todos nesta homenagem. Demonstra sua admiração pela categoria homenageada. Diz ser uma das profissões mais antigas da humanidade, responsável por diversas melhorias na qualidade de vida da população. Discorre sobre o vasto campo de atuação dos trabalhadores da indústria química. Menciona que a categoria contribui para o crescimento do Brasil e de São Paulo. Afirma que esta categoria merece ser lembrada pela sua coragem e ativismo político, tendo exercido um papel essencial no combate às heranças da ditadura militar. Discorre sobre a situação atual do País, que considera estar sofrendo um golpe às bases democráticas. Ressalta que a melhor forma de homenagear a categoria é lutar por ela e seus direitos. Informa que apresentou a esta Casa o PL 361/16, que institui o Dia Estadual do Trabalhador da Indústria Química, no dia 21 de julho. Lê a justificativa do projeto. Reafirma o compromisso de seu mandato com esta classe trabalhadora, que disse ser a única que elegeu três deputados neste Legislativo. Critica o governo de Michel Temer. Defende a presidente afastada Dilma Rousseff, que afirma não ter cometido nenhum crime de responsabilidade.

 

2 - LUIZ TURCO

Deputado estadual, cumprimenta as autoridades presentes. Discorre sobre a extensa abrangência da categoria química, que contribui muito para o desenvolvimento do País. Informa que a região do ABC Paulista luta pela instalação de um parque tecnológico, cuja autorização já foi dada pelo governo estadual. Destaca o papel estratégico da categoria na construção deste parque tecnológico, no qual as áreas de química e petroquímica serão muito importantes. Parabeniza o deputado Luiz Fernando pela homenagem. Cumprimenta todos os presentes.

 

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Demonstra sua alegria em ver os assentos desta Casa ocupados pelo povo. Afirma que são poucos os representantes efetivos da população.

 

4 - OSVALDO DA SILVA BEZERRA

Presidente do Sindiquim - Sindicato dos Químicos de São Paulo, cumprimenta as autoridades presentes. Afirma que a indústria química engloba atividades de grande complexidade e vários setores econômicos, incluindo desde a área farmacêutica até a fabricação de peças de aviões. Parabeniza a iniciativa do deputado Luiz Fernando. Destaca a perplexidade dos trabalhadores com o novo governo brasileiro, que consideram "golpista". Ressalta as ameaças contra os direitos dos trabalhadores e o desrespeito à Constituição Federal. Defende a presidente afastada Dilma Rousseff. Discorre sobre notícia divulgada hoje na mídia, de escuta telefônica de um dos membros do governo atual, a respeito da Operação Lava Jato. Elogia o projeto apresentado pelo deputado Luiz Fernando, para instituir o Dia Estadual do Trabalhador da Indústria Química. Pede aplausos para o deputado proponente desta sessão.

 

5 - ANA DO CARMO

Deputada estadual, cumprimenta todos os trabalhadores e as autoridades presentes. Elogia a iniciativa do deputado Luiz Fernando em homenagear os trabalhadores da indústria química. Destaca sua luta nesta Casa, juntamente com os deputados Teonilio Barba, Luiz Fernando e Luiz Turco, para contribuir para a melhoria de vida da população do ABC. Destaca que, por serem minoria, as dificuldades são grandes. Afirma que o País passa por um momento difícil desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Discorre sobre a corrupção no governo de Michel Temer e o corte de ministérios importantes. Parabeniza o deputado Luiz Fernando.

 

6 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Lê ofício enviado pela deputada Beth Sahão, que não pôde comparecer a esta sessão.

 

7 - RAIMUNDO SOUZA SUZART LIMA

Presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, parabeniza o deputado Luiz Fernando pela homenagem. Cumprimenta as autoridades presentes. Discorre sobre a preocupação da categoria com o novo governo federal. Combate a atuação de José Serra como ministro das Relações Exteriores. Afirma que as empresas nacionais correm grande risco. Critica sessão do impeachment ocorrida na Câmara dos Deputados. Destaca a preocupação dos trabalhadores com o emprego e o salário. Agradece pela criação do projeto do Dia Estadual do Trabalhador da Indústria Química. Menciona a máfia da merenda escolar em São Paulo. Defende a CPI da Merenda. Parabeniza a iniciativa do deputado Luiz Fernando.

 

8 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Anuncia a apresentação do Trio Gara-Pé, com a participação especial do violonista Marcelo Rato, com a música Asa Branca, de Luiz Gonzaga.

 

9 - HÉLIO RODRIGUES DE ANDRADE

Associado do Sindiquim - Sindicato dos Químicos de São Paulo, saúda as autoridades presentes. Diz estar honrado em fazer parte deste ato. Demonstra seu orgulho e satisfação em representar a categoria dos químicos. Afirma que o único período em que o sindicato não lutou por seus trabalhadores foi no período do golpe de 64. Parabeniza todos os deputados presentes.

 

10 - JOSÉ LUIZ FERRAREZI

Presidente da Câmara de São Bernardo do Campo, cumprimenta as autoridades presentes. Menciona a possibilidade de criar o Dia do Trabalhador da Indústria Química em São Bernardo do Campo. Apoia a candidatura de Hélio Rodrigues de Andrade para vereador. Elogia o trabalho dos deputados nesta Casa. Parabeniza os parlamentares por esta homenagem.

 

11 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Anuncia a apresentação do Trio Gara-Pé e do violonista Marcelo Rato, com a música Cidadão, de autoria do compositor e cantor Zé Geraldo. Presta homenagem, com entrega de medalha de Honra ao Mérito e diploma, ao Sr. Jorge Luiz Cabral Coelho, vice-presidente nacional do PT.

 

12 - JORGE LUIZ CABRAL COELHO

Vice-presidente nacional do PT, agradece a homenagem recebida. Lembra de sua primeira prisão, também no dia 21 de julho, na porta da fábrica na qual trabalhava. Informa que não participará do restante das homenagens em virtude de reunião com o presidente do PT Rui Falcão.

 

13 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Lê os currículos e presta homenagem, com entrega de medalha de Honra ao Mérito e diploma, aos trabalhadores da indústria química. Destaca a importância de homenagear as pessoas em vida. Diz ter homenageado aqueles que fizeram história na categoria. Anuncia a apresentação do Trio Gara-Pé e do violonista Marcelo Rato com a música Canção da América, de Milton Nascimento.

 

14 - DANILO PEREIRA DA SILVA

Presidente da Força Sindical de São Paulo, cumprimenta as autoridades presentes. Parabeniza o deputado Luiz Fernando. Convida o deputado para visitar a Força Sindical. Homenageia o presidente do sindicato de Presidente Prudente, o primeiro sindicato da categoria no Brasil, que completou 30 anos de sua fundação. Pede a união dos trabalhadores. Parabeniza os trabalhadores da indústria química.

 

15 - DOUGLAS IZZO

Presidente da CUT São Paulo, saúda as autoridades presentes. Cumprimenta todos os homenageados. Destaca a importância da comemoração do Dia Estadual dos Trabalhadores Químicos. Diz ser uma justa homenagem para a categoria. Afirma que a categoria tem sempre participado de grandes mobilizações com a CUT, sendo parceiro fundamental na luta dos trabalhadores. Ressalta o trabalho desenvolvido pelas bancadas de oposição no combate ao governo de Geraldo Alckmin e luta pela categoria. Discorre sobre as denúncias não investigadas no estado de São Paulo, como a máfia da merenda escolar e o trensalão. Critica a não instalação nesta Casa das CPIs do Metrô e da merenda escolar. Comenta a saída de empresas do estado de São Paulo e a falta de política para mantê-las no estado, incluindo a falta de debates com a categoria química. Cita a realização de panelaços em vários bairros de São Paulo durante a entrevista de Michel Temer ao Fantástico. Critica o atual governo federal, que disse ser um retrocesso para a sociedade brasileira, considerando o mesmo ilegítimo e corrupto, com o objetivo de implementar a política das elites brasileiras e a terceirização dos serviços. Combate a reforma da Previdência em estudo pelo governo em exercício. Afirma que a categoria continuará com as mobilizações contra o que considera um golpe. Cita a realização de audiências públicas e mobilizações em todas as capitais brasileiras para pedir apoio no Senado Federal para derrubar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

 

16 - LECI BRANDÃO

Deputada estadual, cumprimenta as autoridades presentes. Diz estar orgulhosa dos discursos anteriores. Discorre sobre o seu currículo e lembra suas origens simples. Afirma que os trabalhadores fizeram parte da construção de sua carreira. Informa que sempre defendeu os menos favorecidos. Ressalta a dificuldade de seu trabalho como deputada. Agradece o deputado Luiz Fernando. Parabeniza os trabalhadores da indústria química.

 

17 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Sras. e Srs., terá início a sessão solene com a finalidade de homenagear os trabalhadores da indústria química.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia no sábado, dia 28 de maio, às 21 horas; pela Net, canal 7; pela TV Vivo Digital, canal 185 e pela TV digital aberta, canal 61.2.

  Convido para compor a Mesa Principal o proponente desta sessão solene, nobre deputado Luiz Fernando; o coordenador-geral dos químicos de São Paulo, do Sindiquim, Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka; o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Sr. Raimundo Souza Suzart Lima; o deputado estadual Luiz Turco; o Sr. Douglas Izzo, presidente da CUT no estado de São Paulo. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre deputado estadual Luiz Fernando.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sr. Deputado Luiz Turco, quero fazer uma menção aqui também à nobre deputada Beth Sahão. A distância evita que ela possa estar aqui. O deputado Luiz Turco é presidente da Frente Parlamentar da Química aqui na Assembleia Legislativa, da qual também faço parte com muito orgulho.

Senhoras e senhores, companheira e companheiros, quero saudar a Mesa.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, nobre deputado Fernando Capez, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de prestar homenagem aos trabalhadores da indústria química do estado de São Paulo.

  Antes de ouvirmos a Camerata tocar o Hino Nacional, gostaria de chamar para compor a Mesa acessória uma relação de homenageados que estarão conosco, além de alguns que já estão na Mesa.

Vereador e conselheiro do Sindiquim, Francisco Chagas; o vice-presidente nacional do PT, Jorge Luiz Cabral Coelho; o presidente da Câmara de São Bernardo do Campo, vereador José Luiz Ferrarezi; membro do Sindiquim, Hélio Rodrigues de Andrade; presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Domingos Galante Júnior; coordenador da Fetquim, Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo, Airton Cano; Jurandir Pedro de Souza, representando o presidente da Fequimfar - Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Química e Farmacêuticas do Estado de São Paulo -, Sérgio Luiz Leite, que estava programado para estar aqui, mas pelo passamento do irmão esteve inviabilizado; presidente da Associação dos Aposentados Químicos do ABC, Milton Nunes de Brito, “Tijolinho”; membro da Associação dos Aposentados Químicos do ABC, José Francisco de Santana; membro da Associação dos Aposentados Químicos de São Paulo, José Cecílio Irmão. (Palmas.)

Só temos homens aqui em cima. Está parecendo o governo do Temer, do golpista Temer.  

Para quebrar isso, quero convidar a associada do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Sra. Maria Silva Guarani; a associada do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Sra. Maria da Conceição Silva.

Esta Presidência convida a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do sargento Gleidson Azevedo.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - O SR. LUIZ FERNANDO - PT - Esta Presidência agradece a Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

Gostaria, ainda de pé, convidar a todos para que pudéssemos fazer um minuto de silêncio em homenagem ao Sr. Cesar Aparecido Leite, irmão do Sérgio Luiz Leite, presidente da Fequimfar.

 

* * *

 

  - É feito um minuto de silêncio.

 

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  O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Que Deus o receba de forma especial. (Palmas.).

  Gostaria, ao público presente, falar um pouco dessa composição. Abaixo, temos aqui diretores do sindicato dos químicos, de São Paulo e do ABC. Gostaria de citar o nome de cada um deles.

Estão presentes aqui hoje membros da diretoria do Sindicato dos Químicos do ABC: Adelmo Duarte Brandão; Amabile de Oliveira Cordeiro; Ana Maria Pereira Gomes; Avelino Conde; Cláudio da Silva Gonçalves; Danielle de Cássia Franco; Edilene Nascimento de Morais; Fábio Augusto Lins; Francisco Sales Vieira; Jociel Leite Souza; Jorge de Souza Vilela; José Adão Nascimento Fernandes; José Antonio Gomes Ferreira; José Evandro Alves da Silva; José Fernando da Silva; José Freire da Silva - são todos parentes do Luiz Inácio Lula da Silva, creio eu -; José Romualdo Neto; Lucas Alves de Melo; Manoel Messias de Oliveira; Paulo Sérgio da Silva Lima; Rodolfo Moretti; Ronaldo de Oliveira; Rozinaldo de Lima; Sheila Aparecida de Oliveira Onorio; Sidney Araújo dos Santos.

  Da Federação dos Trabalhadores das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo: Claudio da Rocha Alves; Flávio José de Barros Moraes; Francisco Quintino da Silva; José Carlos de Paula; José Roberto da Silva; Laura de Fátima dos Santos; Maurílio Pereira Alvim; Milton Ribeiro Sobral; Vanderlei Aparecido de Oliveira.

Diretores da Fequimfar: Amanda de Paula Augusto; Elias Rodrigues Ferreira; Erosnei Carvalho; Katia Oliveira; Gildo Aparecido de Souza; Gustavo Yuri Gonçalves; Heitor Danilo Apipe; João Donizeti Scaboli; José Aparecido; Josemar Barros da Silva; Levy Gonçalves Ferreira; Luciano Valadares; Ronaldo Francisco Porto; Virginia Morganti.

Da Coordenação do Sindicato dos Químicos de São Paulo: Célia Alves dos Passos; Deusdete José das Virgens; Hélio Rodrigues de Andrade; João Carlos de Rosis; Leônidas Sampaio Ribeiro; Lourival Batista Pereira; Lutemberg Nunes Ferreguete; Nilson Mendes da Silva; Renato Carvalho Zulato.

A todos eles, eu peço uma salva de palmas. (Palmas.).

Gostaria também de citar o nome de outras pessoas importantes que nos prestigiam com suas presenças: vereador por Mauá, Zé Luiz Cassimiro; ex-prefeito de Mauá, grande amigo Oswaldo Dias; Ricardo Fernandes, vice-presidente do Sindicato dos Químicos de Cosmópolis; Carlos Alberto dos Santos, presidente do Sindicato dos Químicos de Sorocaba; Maria Euzilene Nogueira, Leninha, representando o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Cassiana Rodrigues de Oliveira Dias, diretora do Sindicato dos Químicos de Rio Claro; Airton dos Santos, coordenador de Atendimento Técnico Sindical do Dieese; Francisco Quintino da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Material Plástico, Químicas e Farmacêuticas de Rio Claro e Região; José Roberto da Silva, presidente do Sindicato dos Químicos de Itapecerica da Serra; José Nildo Cassimiro, do Sindicato dos Químicos de Salto; Tadeu Morais, representando o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo Miguel Torres; e Milton Antonio Roberto, diretor do Sindicato dos Químicos de Rio Claro. A todos uma salva de palmas. (Palmas.)

Com certeza, devem ter outros nomes importantes que não foram citados. Chega muita gente ao mesmo tempo e, às vezes, o nosso pessoal não consegue pegar. Eu quero que se sintam homenageados. Peço as nossas escusas.

Mais uma vez, boa tarde, companheiros e companheiras, senhoras e senhores. Quero saudar o meu amigo e irmão, Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, coordenador do Sindicato dos Químicos da Capital; o meu irmãozinho e imigrante que nós trouxemos da Alemanha para cuidar dos trabalhadores da indústria química no ABC, Sr. Raimundo Souza Suzart Lima; o Francisco Chagas; o vereador José Luiz Ferrarezi; o meu irmão e, se Deus quiser, a categoria dos químicos há de colocá-lo à frente da Câmara Municipal de São Paulo, Hélio Rodrigues de Andrade; o Jorge Luiz Cabral Coelho; o Domingos Galante Junior; e o Airton Cano.

Está bem representado aqui, mas ausente em virtude do passamento do irmão, Sérgio Luiz Leite.

Quero saudar também os seguintes presentes: José Cecílio Irmão; Milton Nunes de Brito, o “Tijolinho”; José Francisco de Santana; Maria Silva Guarani; Maria da Conceição Silva; coordenador-geral e presidente da Frente Parlamentar da Indústria Química, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, meu irmão, grande deputado do Partido dos Trabalhadores, deputado Luiz Turco.

Quero saudar os demais que nós citamos, diretores, diretoras, coordenadores, coordenadoras. Temos presidentes de sindicatos de várias cidades do estado de São Paulo representando a Fequimfar. Quero agradecer a todos, por terem saído de suas cidades para participar desta homenagem. Quero saudar todas as federações, os sindicatos e as instituições aqui representados, toda a imprensa e o público em geral. Dentre eles, quero saudar o Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical de São Paulo.

É com grande honra e imenso orgulho que venho a esta nobre Casa Legislativa abrir a sessão solene em homenagem ao trabalhador da indústria química, justa homenagem a uma categoria de trabalhadores digna de nossa mais elevada gratidão e admiração. A história dessa profissão talvez seja uma das mais antigas da humanidade. Remonta aos nossos antepassados e suas experiências com fenômenos naturais, como o domínio do fogo há 400 mil anos.

Da alquimia, ciência moderna, à evolução da química, através do trabalho árduo de seus profissionais, foi responsável por inúmeras melhorias na qualidade de vida do ser humano. A indústria química tem um vasto campo de atuação, que engloba a área metalúrgica, mineral, da borracha, têxtil, do açúcar, do álcool, petroquímica, plástica, farmacêutica e de utilidade pública, sendo que esta última se insere no tratamento de águas e afluentes.

O crescimento do Brasil e, principalmente, do estado de São Paulo está diretamente ligado a este segmento, que encontra novas perspectivas de atuação, com estímulo à produção do etanol e os avanços do pré-sal. Trata-se de uma categoria profissional que, muitas vezes, exerce sua atividade na base industrial através de trabalho pesado e, em algumas circunstâncias, até insalubre, que resulta em inúmeros benefícios para a nossa sociedade.

Mais ainda, muito além de sua contribuição para a economia ou progresso, trata-se de uma categoria profissional que merece ser lembrada por sua coragem, idealismo e ativismo político. O trabalhador da indústria química, através de sua luta e sacrifício, desempenhou valoroso papel no combate às heranças da ditadura militar e esteve presente na vanguarda da conquista de significativos direitos trabalhistas, direitos esses que foram incorporados à nossa Constituição Federal.

A referida homenagem é uma forma de rememorar as lutas desses nossos companheiros que sacrificaram suas histórias pessoais em favor da coletividade. Em tempos sombrios, especialmente nos dias atuais, quando vivemos a iminência de um golpe através da forte ameaça às nossas bases democráticas, é fundamental resgatar as importantes lutas do passado, que contribuíram para construir a democracia do presente.

A nossa história e a história da nossa democracia estão fortemente ligadas à história dos trabalhadores da indústria química. Esta é também uma oportunidade de reflexão sobre a importância do setor químico no nosso cotidiano, através do trabalho de homens e mulheres que fazem dele fundamental para a melhoria da qualidade de vida de cada um de nós e que, portanto, merecem ter assegurado o direito de exercer sua atividade profissional de forma digna. Tenho ciência de que a melhor forma de homenagear uma categoria profissional é lutando por ela e defendendo uma legislação que preserve e amplie os seus direitos.

Aproveito para anunciar a todos que protocolei, junto a esta Casa, o Projeto de lei nº 361, de 2016, que institui o “Dia do Trabalhador da Indústria Química”, a ser celebrado, anualmente, no dia 21 de julho, em todo o estado de São Paulo. (Palmas.)

Passo ao Raimundo o documento que eu já entreguei ao Pipoka, para que ele possa ter clareza do projeto que apresentamos. Eu quero, rapidamente, destacar a justificativa disso. O nosso estado responde por cerca de 50% da indústria química brasileira e concentra 57% do número de fábricas.

É importante nós lembrarmos o dia 21 de julho de 83, em que cerca de três milhões de trabalhadores de diversas categorias paralisaram suas atividades na maior greve geral ocorrida durante o regime militar. A partir daí, a história da nossa democracia começa a ser reconstruída. A greve geral do dia 21 de julho de 83 foi o caminho encontrado pelo conjunto da classe trabalhadora em resposta à repressão e à política econômica aplicada pela ditadura militar.

Como reflexo de todo esse processo de lutas, houve um aumento significativo da participação dos trabalhadores em seus sindicatos. Por isso, nós optamos por essa data, 21 de julho. Esta Casa estará, em breve, criando o “Dia Estadual do Trabalhador da Indústria Química”.

Eu peço, mais uma vez, uma salva de palmas não ao projeto, mas a toda classe trabalhadora da indústria química. (Palmas.)

Quero reafirmar aqui, concluindo a minha fala, o compromisso do meu mandato com essa classe trabalhadora. Os trabalhadores da indústria química tem um fiel aliado. Na verdade não tem um único fiel aliado, é a única categoria - interessante - que elegeu três deputados, a deputada Beth Sahão, o deputado Luiz Turco, e o deputado Luiz Fernando.

Parabéns a vocês. Que Deus possa continuar abençoando, que Deus possa nos ajudar a combater esse golpe de Estado que está sendo dado no nosso País - um governo golpista que já começa a sinalizar, mexer no direito dos trabalhadores. Já quiseram imediatamente colocar a questão da previdência em debate, dentre tantos outros direitos, e o pior deles é a precarização do serviço através da terceirização, que é esse grupo, esses ratos que assumiram temporariamente - espero que seja de fato temporariamente o poder no nosso País, ele possa parar, que Deus possa nos ajudar a paralisar.

Porque o golpe - nós não estamos mais na iminência do golpe - foi dado. Foi dado ao depor uma mulher que não cometeu um único crime. Ela não está sendo acusada de cometer um único crime. Se gostam ou não do governo dela, até nós trabalhadores em alguns momentos questionamentos algumas decisões dela. Agora a Constituição do nosso País diz que as únicas formas de você trocar o governo neste País são duas: pela eleição, ou no caso do presidente ter cometido um crime de responsabilidade. Ora, se ela não está sendo julgada por ter cometido nenhum crime, como é que se tira ela da forma que foi tirada? Então, isso é golpe sim.

E nós temos sobremaneira parlamentares e nós sindicatos, federações, trabalhadores organizados temos que estar unidos para reagirmos, para lutarmos e estamos prontos para ir onde tivermos que ir, para falar com quem tivermos que falar, e dar o nosso peito, o nosso lombo para enfrentar quem é que tivermos que enfrentar em nome da democracia e em nome dos direitos da classe trabalhadora.

Gostaria agora de passar a palavra ao nosso coordenador da Frente Parlamentar da Indústria Química no Estado de São Paulo, deputado Luiz Turco.

 

O SR. LUIZ TURCO - PT - Bom dia a todos e todas. Hoje é segunda-feira e estamos começando a semana animados aqui nessa grande homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras da indústria química. Primeiramente quero cumprimentar aqui nosso companheiro que teve essa brilhante ideia de prestar essa homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras da indústria química, mas não só isso. Agora com esse projeto de lei que eu tenho certeza que esta Casa irá aprovar sem dúvida nenhuma.

Quero cumprimentar o nosso querido deputado Luiz Fernando, parceiro, amigo nosso. Cumprimentar aqui o Pipoka, do Sindicado dos Químicos de São Paulo; o Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC; nosso querido amigo, nosso parceiro, que também está numa grande frente aqui no estado de São Paulo, nas grandes mobilizações da Frente Brasil Popular, nosso representante da CUT, nosso companheiro Douglas, parabéns por toda a sua atuação que vem sendo feita na Frente Brasil Popular aqui no estado de São Paulo, que tem mobilizado milhares de centenas de pessoas aqui no Estado em favor da nossa democracia contra o golpe.

Quero cumprimentar também o meu querido companheiro Airton Cano, também do sindicato lá do ABC; cumprimentar o José Cecílio; o Jurandir, da Federação; o meu querido amigo Tijolinho; os aposentados dos químicos do ABC, José Francisco Santana; cumprimentar o meu grande amigo e companheiro Chagas; cumprimentar o nosso querido companheiro da Câmara de São Bernardo do Campo, José Luiz Ferrarezi; nosso parceiro também, cumprimentar o Hélio que tem um desafio muito importante aqui na Capital de São Paulo. Você pode ter certeza de que pode contar conosco, viu Hélio. Você tem o nosso total carinho. Espero que a partir do ano que vem você esteja lá na frente da Câmara Municipal também representando o nosso partido, os nossos ideais.

Quero cumprimentar também o Domingos; cumprimentar aqui o meu parceiro da direção nacional do PT, companheiro Jorge Coelho, que é da categoria, mas já está aposentado, mas foi presidente da CUT Estadual, grande amigo, parceiro, grande dirigente do PT; cumprimentar o Cidão, que eu estou vendo aqui, dirigente estadual do PT, obrigado pela presença Cidão; e não poderia deixar de cumprimentar também o meu querido amigo, parceiro de todas as horas, sempre prefeito de Mauá, companheiro Osvaldo Dias; nosso companheiro também e parceiro, o nosso vereador José Lui; cumprimentar todos os diretores e diretoras, dirigentes e químicos e químicas de São Paulo, do ABC.

É uma alegria muito grande poder estar participando hoje deste evento em homenagem aos trabalhadores da indústria química, que como bem falou o nosso querido deputado Luiz Fernando, a indústria química é a maior que existe no estado de São Paulo de todas as categorias, se não me falha a memória. Ela abrange 57% do estado de São Paulo.

E como disse o deputado Luiz Fernando, a indústria química abrange várias questões. Eu não tinha noção de tanta coisa que ela abrangia. Por exemplo, farmácia, plástico, borracha, papel, papelão e celulose, cosméticos, e nós temos uma grande indústria em crescimento lá em Diadema, no ABC, fertilizantes, vidros e cerâmicas - eu nem sabia que pertencia também.

Tem lugar em São Paulo que não pertence, mas no Brasil acaba pertencendo ao ramo químico também. Minérios também. Portanto, é uma categoria que contribui sem dúvida nenhuma com o desenvolvimento do País. Por isso estou muito feliz em estar aqui.

E nós lá do ABC temos também agora uma questão - que já há muitos anos o nosso prefeito Osvaldo Dias sabe melhor do que eu isso. Já há muitos anos a região do ABC luta para ter um parque tecnológico, como nós temos em Campinas, em Sorocaba, no Vale do Paraíba, e recentemente o Governo do Estado credenciou a região do ABC para ter o parque tecnológico. Então, o nosso prefeito de Santo André, nosso amigo Carlos Grana vem trabalhando fortemente nisso, o Governo do Estado já deu autorização, e a principal vocação desse parque tecnológico será a indústria química e petroquímica. E para nós vai ser motivo de muito orgulho, Raimundo, você que é o presidente do nosso sindicato no ABC, acho que toda a equipe química do ABC terá um papel estratégico na construção desse parque tecnológico, que será uma das grandes impulsionadoras das questões química e petroquímica, além de outras.

Portanto, quero mais uma vez parabenizar nosso querido amigo deputado Luiz Fernando, que teve essa brilhante ideia, merecida por todos os trabalhadores e trabalhadoras. Quero cumprimentar todos os químicos e químicas, mandar um grande abraço a todos vocês, e que nós continuemos lutando, como disse o Luiz Fernando.

Continuaremos lutando, e essa luta, a partir de hoje, dá sinais de que teremos uma reviravolta. Estou acreditando muito nisso, e espero que nós, trabalhadores e trabalhadoras, possam sair ganhando com isso, pois é isso que interessa para o nosso país. Um grande abraço a todos e todas e obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Vejo Paulo Lage comportadinho ali. São vários os diretores. Vejo o Fábio Lins lá em cima, acho que pela calça ocre que ele usa, está lá para ter um destaque maior. Odésio, João Carlos dos Químicos de São Paulo, vários diretores e outros mais que possam estar aqui e que eu não tenha citado, eu queria convidar todos vocês a estarem aqui conosco. Estas cadeiras foram reservadas aos diretores da Fequimfar e do Sindicato dos Químicos do ABC e de São Paulo.

Quero registrar uma coisa bonita que estamos vendo hoje aqui, o povo tomando os assentos desta Casa. Isso é ímpar. O povo se faz muito mal representado. Somos poucos representantes legítimos da classe trabalhadora ocupando esta tribuna. Quero saudar cada um de vocês. É bonito ver o plenário da Assembleia Legislativa lotado de trabalhadores. Uma salva de palmas a todos vocês. (Palmas.)

Gostaria de convidar o Sr. Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, para fazer suas considerações.

 

O SR. OSVALDO DA SILVA BEZERRA - Muito bom dia a todos e todas. Quero cumprimentar o deputado Luiz Fernando, e na pessoa dele cumprimento também o deputado Luiz Turco e a deputada Ana do Carmo. Bem-vindos a esta solenidade que homenageia hoje os trabalhadores químicos.

É fato que esse ramo de atividade é uma cadeia com grande complexidade, com vários setores de grande densidade econômica e de mão de obra. Portanto, exige de seus dirigentes a capacidade de compreensão de como melhor organizar e melhor representar os trabalhadores do ramo químico. Desde a fabricação de medicamentos a peças para automóveis, caminhões e aviões, a complexidade dessa área é de fato muito grande.

Quero parabenizar a iniciativa do deputado Luiz Fernando, pois vivemos em momento em que respiramos uma atmosfera absolutamente golpista, em um ambiente em que a Constituição foi rasgada e nossa democracia foi ferida de morte. Os trabalhadores estão perplexos com essa situação, pois junto com esse golpe vêm as ameaças que atentam contra o direito da grande maioria dos trabalhadores.

Precisamos certamente realçar a importância dessas organizações, que são organizações de resistência. A luta permanente pelos direitos e por sua ampliação é de fato muito necessária e urgente, ainda mais neste momento em que esses direitos estão ameaçados em função do golpe que a democracia brasileira sofreu. A Constituição, nossa sagrada carta magna, foi rasgada, desrespeitada por aqueles que são representantes do povo neste momento.

É absurda a situação que vivemos. Nós, trabalhadores, não podemos arredar pé, nenhum milímetro, de fazer o enfrentamento, o bom combate contra essa situação. Portanto, entendemos que os sindicatos são o legítimo espaço onde a democracia deve ser debatida e ali devem ser fortalecidas as ações que possam concretizar de fato a democracia e os direitos civis.

Vivemos um momento em que os direitos civis estão absolutamente ameaçados. Podemos sair e sermos desrespeitados, acusados, presos sem nenhuma prova, como aconteceu com a presidente Dilma. Como bem lembrado pelo deputado Luiz Fernando, a presidente Dilma foi retirada do poder sem nenhum dolo, nada que a comprometa.

As notícias dos últimos dias, principalmente deste fim de semana, dão conta de quem são os verdadeiros articulistas do golpe, articulistas contra a Operação Lava Jato. Na escuta do senador e membro do governo atual que está estampando os jornais hoje, ele declara que é preciso parar a Operação Lava Jato porque essa operação vai colocar todos os corruptos na cadeia, e os trabalhadores esperam de fato que isso aconteça.

Eles diziam que era o PT ou o governo que queria parar com as investigações, mas na verdade eram eles. O governo Temer tem pelo menos meia dúzia de ministros citados na Lava Jato ou sendo investigados, que terão que provar sua inocência.

Bem, o tema de hoje não é esse. Estamos aqui para lembrar a importância do sindicato, e quero mais uma vez elogiar a iniciativa do deputado Luiz Fernando de propor um projeto de lei que reconheça o “Dia Estadual do Trabalhador Químico”, essa categoria tão importante para a economia nacional.

Quero também homenagear duas pessoas que estão presentes nesta sessão, o primeiro presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo e o Jorge Coelho, que foram os mentores efetivos da organização de uma oposição no ano de 1982, quando ainda se respirava uma atmosfera da ditadura militar. Esses heróis tiveram a coragem e a condição de organizar uma oposição que ganhou o sindicato e o colocou na rota correta de defesa dos trabalhadores.

Nós somos resultado dessa ação dos primeiros anos da década de 1980. Sinto-me honrado por representar minha diretoria e por estar neste momento fazendo esta homenagem ao Jorge Coelho e ao Domingos Galante, que, na minha opinião, são os responsáveis por tudo o que fazemos hoje.

Nosso compromisso é continuar dirigindo um sindicato em defesa dos interesses da classe e em defesa da democracia. É evidente que elaborar um projeto de lei que possa reconhecer um dia estadual em homenagem a esses trabalhadores no estado de São Paulo é absolutamente conveniente neste momento tão importante da luta política.

Vejo aqui vários companheiros do meu sindicato, Célia, Deusdete, João Carlos, Lourival, Leônidas, Nilson. Perdoem-me se não consegui ver todos. São essas pessoas que fazem a luta do dia a dia no sindicato. Não estamos com todos aqui. Logicamente, não pode tirar todos da trincheira; você tem que deixar alguém tomando conta da trincheira.

Quero fazer uma referência rápida ao Douglas, presidente da Central Única dos Trabalhadores - CUT. Ele tem trabalhado duro nesses últimos tempos, certamente, em função desse enfrentamento político que estamos vivendo no Brasil. Ele tem cumprido o seu papel com muita eficiência na organização e na construção da unidade no campo da esquerda para defender a nossa situação, a nossa democracia e a nossa Constituição.

Meus amigos, quero, rapidamente, pedir uma saudação à iniciativa do Luiz Fernando, nosso deputado em seu primeiro mandato, que busca uma identificação absolutamente real com o mundo do trabalho. Neste momento, quem merece os aplausos e o reconhecimento é o deputado Luiz Fernando. Palmas para ele. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero pedir uma salva de palmas a esta deputada guerreira que pelo quarto mandato defende a classe trabalhadora dentro desta Casa, deputada Ana do Carmo. (Palmas.)

 

A SRA. ANA DO CARMO - PT - Quero cumprimentar todos e todas, trabalhadoras e trabalhadores presentes. Cumprimento em especial o pessoal do ABC. Vejo aqui o Luizão, de São Bernardo, e vejo também outros companheiros que não me lembro do nome, mas são da velha guarda, de muitos encontros na madrugada, nessas portas de fábrica. Cumprimento todos que aqui estão. Em nome do vereador Ferrarezi, cumprimento todos os companheiros e companheiras. Cumprimento o deputado Luiz Turco, meu querido deputado Luiz Fernando, Osvaldo da Silva Bezerra Pipoka, coordenador-geral do Sindicato dos Químicos, Douglas, presidente da CUT e que está aqui também nos prestigiando e Raimundo de Souza, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC. Cumprimento meu amigo e companheiro deputado Luiz Fernando, que teve a brilhante iniciativa de fazer esta homenagem e se propõe a apresentar um projeto do dia dos trabalhadores e trabalhadoras químicos. É muito louvável e importante.

Vou aproveitar as palavras do último orador para dizer a vocês sobre a nossa batalha na Assembleia. A Ana do Carmo tem mais três deputados estaduais que somam nessa trincheira de luta - o deputado Luiz Turco, o deputado Luiz Fernando e o deputado Barba. Até então, nos dois últimos anos, era só a Ana do Carmo de São Bernardo e do ABC. Acabei ficando só eu. Isso nos reforça e ajuda muito a nossa trincheira de luta, em todos os momentos, aproveitando todos os espaços que temos, tudo o que temos de direito no Regimento e nos organismos da Casa para debater os projetos que são de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras do estado de São Paulo. Lutamos para que aquilo que é de ruim não passe aqui nesta Assembleia.

Infelizmente somos a minoria e as dificuldades são grandes. Às vezes os trabalhadores no seu dia a dia, cada um em cada fábrica, em cada setor, não tem a oportunidade de compreender o que passamos aqui dentro. Muitas vezes pensam: “Poxa, onde estão os nossos deputados? Será que eles estão de fato fazendo oposição?” O que fazemos não sai daqui para fora. Temos muita dificuldade em divulgar o trabalho, o esforço da nossa bancada, o que temos feito nesta Casa.

O nosso companheiro acabou de falar sobre o momento difícil. Já estamos passando por isso desde a reeleição da presidenta Dilma. De fato, essa direita reacionária não aceitou a eleição da Dilma e não deixaram, em nenhum momento, a Dilma governar. Essa é a grande verdade. A crise foi se alastrando e hoje nos encontramos nessa dificuldade e sem muita solução para os trabalhadores e trabalhadoras. Vocês estão vendo o governo que ele compôs, um governo em que todos estão envolvidos - deve ter um ou dois que não estão envolvidos. Ele começou, logo de cara, cortando ministérios importantes.

Estamos correndo um risco seriíssimo risco de perder aqueles avanços que tanto lutamos por toda a vida e que aconteceram do governo do presidente Lula para cá. Para não perdermos, precisamos estar mobilizados. É a nossa mobilização, dos trabalhadores e trabalhadoras, da dona de casa, que faremos a diferença na rua, lutando e defendendo.

Quero trazer isso para vocês. Sei que cada um de vocês que aqui estão pensam assim e estão nessa luta conosco. Um forte abraço a todos e a todas. Parabéns, Luiz, pela iniciativa merecedora desses trabalhadores e trabalhadoras químicos do estado de São Paulo. Um forte abraço a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero agradecer à minha irmãzinha e querida deputada Ana do Carmo, que comigo faz o trio de São Bernardo e o quarteto do ABC, junto com o Luiz Turco.

Quero convidar o Danilo Pereira da Silva para fazer parte da Mesa. Eu estava no meio do discurso quando me deram o cartão. Cadê o Danilo? Danilo, por favor, junte-se a nós. (Palmas.)

O Danilo é o presidente da Força Sindical de São Paulo.

Passo a ler um ofício enviado a nós pela deputada Beth Sahão:

“Ao deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira, congratulações.

Sr. Deputado, venho pelo presente cumprimentar V. Exa. pela feliz iniciativa de realizar a sessão solene em homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras da indústria química. Aproveito o ensejo para cumprimentar nas pessoas do Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, e de Hélio Rodrigues todos os dirigentes do sindicato dos químicos de São Paulo, entidade de luta que está sempre pronta a atuar em favor da classe trabalhadora e do povo brasileiro.

Estendo ainda os meus cumprimentos a todos os trabalhadores e trabalhadoras da indústria química. Meu mandato estará sempre ao lado da categoria e do sindicato, na defesa dos direitos da classe trabalhadora e na luta por melhores condições de vida e de trabalho para todos.

Infelizmente, devido a compromissos inadiáveis no interior do estado, os quais já se encontravam agendados, não tive condições de comparecer a esta sessão solene. De qualquer forma, desejo a todos uma manhã produtiva. Um forte abraço a todos.

Atenciosamente, deputada estadual Beth Sahão.” (Palmas.)

Gostaria agora de ouvir o meu irmãozinho, o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, um dos grandes responsáveis por eu e o deputado Luiz Turco estarmos aqui, Raimundo Souza Suzart Lima. (Palmas.)

 

  O SR. RAIMUNDO SOUZA SUZART LIMA - Bom dia, companheiros, dirigentes sindicais, químicos do ABC, químicos de São Paulo, Federação. Estamos muito comportados. Não é porque estamos na Assembleia que não podemos responder. Deputado Luiz Fernando, mais uma vez, parabéns pela iniciativa. Deputado Luiz Turco, presidente da Frente Parlamentar, e Ana, nossa deputada estadual. Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka. Douglas, nosso presidente da CUT, São Paulo. Em nome do Danilo e do Jurandir, cumprimento os companheiros que compõem a Força Sindical e a Fequimfar.

  Esse é o momento que tínhamos tratado com o deputado Luiz Fernando. É o momento de homenagem, mas com preocupação dos trabalhadores químicos. Já foi colocado aqui o golpe dado no nosso País, e somos uma das categorias que mais corre risco com esse golpe. O deputado Luiz Turco está aqui, é presidente da Frente Parlamentar da Indústria Química.

Sabemos que, nas Relações Internacionais, tem um entreguista. Ele está lá para entregar a Petrobras, para entregar a indústria química do Brasil, que é a quinta maior indústria química do planeta. Ele está lá para acabar com essa indústria. Mesmo tendo muitas e muitas indústrias, micro e pequenas empresas, quem toca a política da indústria química no Brasil e no estado de São Paulo são as multinacionais.

Portanto, as empresas nacionais, junto com a Petrobras, correm um grande risco. Como é o caso da Vale, que foi doada. A Vale não foi vendida, foi doada. Se esse golpe continuar, a Petrobras também será doada. Ela não será vendida, mas doada.

Os trabalhadores químicos correm um grande risco de perder os seus postos de trabalho e o Brasil de virar um quintal de importação. Quem se lembra da preocupação que tínhamos quando o presidente Lula assumiu, a famigerada Alca? Os trabalhadores da indústria esqueceram-se do que o governo do presidente Lula e da presidente Dilma fizeram pelos trabalhadores químicos. Estaríamos na mesma situação que o México. O Chagas tem acompanhado muito bem a questão dos trabalhadores no México.

Para a nossa surpresa, tivemos um debate com o pessoal da Itália. Falam muito que a Operação Lava Jato é baseada na Operação Mãos Limpas, da Itália. Isso já nos preocupa porque nas Mãos Limpas apareceu o Silvio Berlusconi. Procuramos por uma pessoa da Itália, na semana passada. Mas o que sobrou da Operação Mãos Limpas? Os trabalhadores estão contentes? Não. O que os trabalhadores mais querem é o emprego, porque acabaram com a carteira assinada na Itália.

É essa Operação Mãos Limpas que queremos no nosso País? A terceirização total, conforme está na Câmara, que esse presidente golpista apoia? Uma pessoa de ultradireita, que foi testemunha do coronel Ustra. Outro deputado, cujo nome não precisamos nem falar, citou o nome do coronel na votação do impeachment. Não votaram o impeachment para o povo, votaram para a família, para a mãe, para a esposa, para o filho, para o neto. Um parlamentar chegou ao absurdo de levar o filho, que conseguiu entrar no plenário, e ia colocá-lo para votar. Entendo que aquele voto deveria ter sido anulado, como muitos outros votos, como José Eduardo Cardozo está pedindo.

Hoje, seria um dia para sermos homenageados, mas, enquanto classe trabalhadora, estamos muito preocupados com a situação do nosso País, do emprego, do salário. Nós, trabalhadores, que vamos ter a campanha salarial em novembro, sabemos da dificuldade que enfrentaremos. É a Previdência privada que novamente estão falando em alterar. É a CPMF, que quando o governo da presidente Dilma citou, falaram que era roubo; agora, já estão defendendo.

Deputado Luiz, é importante o Dia do Trabalhador Químico. Quando V. Exa. citou, muita gente falou: “Tem o Dia do Químico.” É o dia do profissional químico, não é o dia dos trabalhadores da indústria química.

A indústria química é multinacional. Infelizmente, é uma das indústrias mais reacionárias que temos no Brasil. Se olharmos para a história, veremos que a indústria química participou ativamente do golpe militar e nos anos seguintes.

Os trabalhadores estão aqui, são trabalhadores de luta que têm feito o enfrentamento. Não temos dúvida de que vamos para as ruas defender a volta da presidente Dilma e derrubar esse golpe. Até os empresários viram que caíram no golpe. O ministro que foi colocado no Ministério do Desenvolvimento disse que a única participação que teve na indústria foi há quase 30 anos, quando trabalhou como contador em um escritório. Até hoje, qual foi a proposta apresentada para a indústria?

Disse a alguns empresários: “Vão lá e peçam para que Paulo Skaf defenda vocês!” Quando fazemos a luta, fazemos a luta do trabalhador. Não pagamos 30 reais para os trabalhadores irem à Paulista, não damos lanche de mortadela. Gostamos e comemos, mas não damos. Não temos dinheiro para sustentar todos. Eles dão filé mignon, estrogonofe e fazem o que querem na Paulista.

Estaremos juntos. Deputado Luiz, conte conosco. Parabéns por essa iniciativa do dia 21 de junho, “Dia do Trabalhador da Indústria Química”. É disso que precisamos. Precisamos dos deputados ao nosso lado, atuantes, que façam enfrentamento a esse governo do estado, ao governo da Casa em que estamos, que não aprovou a CPI da Merenda Escolar. Roubaram a merenda dos estudantes e ainda bateram neles. Não se contentaram somente em roubar a merenda. Além disso, bateram nos estudantes. Temos que denunciar! (Palmas.)

Esta Casa é conivente com o que está acontecendo no estado de São Paulo. Nesta Casa, esse partido, que domina o estado de São Paulo há vários anos, simplesmente pegou uma CPI, como é a prática desse partido, e, mais uma vez, colocou no fundo da gaveta. E vão esquecer. Defendem CPI, mas que seja contra os outros; contra eles, jamais.

A todos os deputados do nosso partido, de luta, em especial ao deputado Luiz Fernando, parabéns por essa iniciativa! Conte conosco, os trabalhadores químicos do estado de São Paulo. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Gostaria de anunciar o Cidão, do Partido dos Trabalhadores. Agradeço essa força. (Palmas.)

Para quebrar esse falatório, nada como uma música. A música que vamos ouvir é muito boa, escolhida a dedo pelo Cidão. Temos aqui o Trio Gara-Pé, que, com a participação especial do violinista Marcelo Rato, apresentará a música Asa Branca, de Luiz Gonzaga.

 

* * *

 

  - É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero agradecer ao Trio Gara-Pé, ao Marcelo Rato, violonista por esta brilhante apresentação.

  Convido agora, representando o Sindicato dos Químicos de São Paulo um grande amigo, um grande irmão. Como disse o Luiz Turco, as categorias precisam se fazer representar: se o João não me representa, eu vou e me represento. Foi assim com o vereador Francisco Chagas. A propósito, quero fazer uma homenagem a ele.

O dia municipal aqui em São Paulo do Trabalhador da Indústria Química existe por meio de um projeto de lei de autoria do vereador Francisco Chagas, a quem quero pedir uma salva de palmas. (Palmas.)

Depois a categoria química alçou o vereador Francisco Chagas a deputado federal, que em Brasília fez essa luta com muita maestria.

Quero dizer, Chagas, do orgulho que tenho de ver a sua atuação à frente, sobretudo, da categoria dos trabalhadores na indústria química.

  Quero trazer, neste momento, alguém que a indústria química está separando para ser o nosso futuro representante à Câmara Municipal de São Paulo, se Deus quiser nosso futuro vereador.

Queremos ouvir o Hélio Rodrigues de Andrade, na verdade o Helinho.

 

  O SR. HÉLIO RODRIGUES DE ANDRADE - Bom-dia a todos os companheiros e companheiras.

Quero saudar o nosso brilhante deputado estadual, parlamentar de primeiro mandato, Luiz Fernando, assim como o nosso deputado Luiz Turco. Da mesma forma a nossa querida deputada estadual Ana do Carmo. Conheci a Ana na campanha de 2006, grande companheira, militante lá de São Bernardo do Campo.

Falar do Sindicato dos Químicos de São Paulo, do ABC e Interior, falar da categoria química do Brasil é um prazer. É uma honra poder fazer parte deste ato.

Serei breve porque têm pessoas mais importantes a ocupar a tribuna e que falarão com mais qualidade, mas quero cumprimentar algumas pessoas da nossa militância, com quem estive no final de semana: pastor Obadias, que esteve comigo numa atividade boa no sábado, e a Neide e mais de 500 companheiros no domingo numa plenária do movimento de moradia da zona sul. Foi um final de semana proveitoso. Agradeço a cada um dos companheiros e companheiras que estão empenhados num projeto nosso deste ano, bem como todos os parlamentares.

Quero falar para a direção do Sindicato dos Químicos, para os meus dirigentes e os companheiros, que é uma honra, um orgulho e uma satisfação poder representar esta categoria.

Quero fazer uma saudação.

Em uma plenária em São Miguel Paulista, com os nossos queridos e bravos aposentados - que continuam na luta, sempre que chamamos para a luta nenhum deles deixa de ir para Brasília, andar 16 horas de ônibus para lutar pelo interesse dos trabalhadores -, falando da história do Sindicato dos Químicos, falando do nosso querido Domingos Galante, falando da retomada do sindicato das mãos dos interventores em 82, juntamente com o Jorge Coelho, duas companheiras se levantaram e disseram: “Esse sindicato é de luta”, tanto que o único período em que o sindicato não teve compromisso com a classe trabalhadora foi exatamente no golpe de 64 a 82. Foi o único período em que o Sindicato dos Químicos não pôde lutar em defesa da sua categoria, porque os interventores colocados no lugar dos dirigentes eleitos pela categoria eram representantes de RH. Essas duas companheiras, que estão presentes e muito nos honram, levantaram a mão e disseram “Somos da greve de 57, Hélio.”

 Peço uma salva de palmas para essas companheiras, uma salva de palmas para os companheiros Jorge Coelho e Domingos Galante.

Em 85 o Chagas e companhia limitada retomaram o Sindicato dos Plásticos. Em 94 reunificamos a nossa categoria.

Estamos na luta, ontem, hoje e vamos continuar amanhã.

Parabéns deputado Luiz Fernando, parabéns aos deputados presentes. Um forte abraço. Obrigado, companheiros. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Também quero fazer um convite. Assim como o Helinho foi o escolhido na Capital para representá-los no ABC, os químicos o escolheram e o fizeram vereador. Ele tem participado com o mandato. Ele tem representado com maestria a luta dos trabalhadores da indústria química.

Quero convidar para fazer uso da palavra o presidente da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, o vereador José Luiz Ferrarezi.

 

O SR. JOSÉ LUIZ FERRAREZI - Bom dia a todos e a todas, aos companheiros e companheiras do ABC, de São Paulo. Uma saudação muito especial ao meu querido amigo, irmão, o deputado Luiz Fernando.

É um grande privilégio estar aqui com o Luiz Turco, com a Aninha, com o Sindicato dos Químicos do ABC, com o seu presidente, Raimundo, com o Tonhão, coordenador na nossa São Bernardo do Campo, com todos vocês, homenageando uma classe de trabalhadores e trabalhadoras do ABC tão importante para o nosso País.

Eles têm, no ABC, uma história fantástica. Sabe, Luiz Turco, Aninha do Carmo, se há o dia do trabalhador químico no estado de São Paulo, eu acho que eu estou um pouquinho pressionado a fazer o dia do trabalhador químico em São Bernardo do Campo.

O Helinho é o nosso pré-candidato a vereador aqui na cidade de São Paulo. Eu acho que esse sindicato não tem disso, não: se é pré-candidato, vai ser vereador aqui na cidade de São Paulo.

Agradeço pelo privilégio de estar aqui presente numa Casa onde temos muito ainda por avançar. Vejo esses nobres deputados aqui tão lutadores. Nessa trincheira seremos todos vencedores.

Parabéns por essa homenagem tão especial.

Bom dia a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Pessoal, daqui a pouquinho, rapidamente, nós vamos começar as homenagens. Depois, queremos ouvir ainda os nossos presidentes das centrais aqui presentes.

Vamos começar logo essas homenagens. Jorge, você será o primeiro, para que possa ir embora logo. Mas, antes de começar as homenagens, mais uma vez, vamos ouvir o Trio Gara-Pé e o violonista Marcelo Rato, com a música “Cidadão”, de autoria do compositor e cantor Zé Geraldo.

Quero pedir uma saudação de todos pela presença do deputado Cezinha de Madureira. Peço uma salva de palmas ao deputado. (Palmas.)

 

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- É feita apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Uma salva de palmas para o Marcelo Rato por essa bela apresentação de uma poesia do Zé Geraldo. (Palmas.)

Neste momento homenagearemos trabalhadores e representantes dos trabalhadores da indústria química do estado de São Paulo, por meio da entrega de uma medalha que nós criamos aqui na Assembleia Legislativa em honra ao mérito, e também de um diploma.

Como havia dito, vamos inverter a ordem e quebrar um pouco o protocolo. Não poderíamos sair daqui sem ouvir o discurso do nosso vice-presidente nacional do PT. Quero chamar para ser homenageado o Sr. Jorge Luiz Cabral.

Quero convidar o Raimundo e o Pipoka, para que me ajudem a fazer essa homenagem ao Jorge. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. JORGE LUIZ CABRAL COELHO - Boa tarde, companheiros e companheiras. Quero agradecer esta homenagem, e também este dia, que eu jamais vou esquecer. Dia 21 de julho de 83 foi a minha primeira prisão como dirigente sindical, na porta da Fontoura, aqui no Brás. É um dia que, para mim, com certeza, Luiz Fernando, vai ficar muito marcado.

  Tenho uma convocatória agora, do companheiro Rui Falcão, presidente do PT, porque vocês sabem que a conjuntura política nossa muda a cada 24 horas. E nós, a cada momento, temos que aperfeiçoar, que é também para poder organizar melhor a nossa luta democrática, a nossa resistência ao golpe.

  Sinto muito, pedir licença de vocês, para sair, porque tenho uma reunião agora dos membros da Executiva de São Paulo, agora ao meio-dia, e eu me sinto muito honrado em ter sido homenageado aqui pelo companheiro Luiz Fernando.

  Vamos à luta, vamos à resistência, não ao golpe, fora Temer, moçada! (Palmas.)

 

  O SR. PRESIDENTE -  LUIZ FERNANDO - PT - O companheiro Jorge foi chamado pela direção do partido e está saindo. Pediu licença para se ausentar e por isso nós sequer lemos o currículo dele, era a pressa.

Voltando às homenagens, quero convidar o deputado Luiz Turco, a deputada Ana, o deputado Raimundo, mas não quero convidar o Pipoka para ajudar a entregar essa homenagem, até porque ele será o segundo homenageado.

Pipoka é técnico químico e técnico em segurança do trabalho, e atualmente coordenador-geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, atuando desde 2012, reeleito para o quadriênio 2015-2019. Desde 2015 vem atuando como vice-presidente do PT, do diretório municipal de São Paulo. Iniciou na categoria e na militância sindical em 82. Trabalhou na empresa Oxigênio do Brasil. Em 88 entrou para a direção do sindicato. De 2001 a 2004 foi coordenador nacional da Secretaria de Saúde, Meio Ambiente e Cidadania, da Confederação Nacional dos Químicos. De 2003 a 2006 foi presidente da Fundacentro, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança de Medicina do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, do governo federal. De 2006 a 2008, foi diretor executivo da Fundacentro, do Ministério do Trabalho e Emprego, do governo federal. Em 2008 integrou a diretoria colegiada.

Pipoka tem uma folha de serviços prestados não só como trabalhador da indústria química, mas sobretudo como dirigente sindical e também honrando as cores do partido que tem defendido bravamente, especialmente no nível do município.

A você, Pipoka, a nossa homenagem. Está aqui Osvaldo da Silva Bezerra. Não sabíamos se púnhamos Pipoka, ou não. Mas vai ser homenageado o Osvaldo da Silva Bezerra, e é com muito orgulho que entregamos a você esta homenagem.

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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  O SR. PRESIDENTE -  LUIZ FERNANDO - PT - Quero convidar o Pipoka, e não o Osvaldo. Deputada Ana do Carmo e o Suzart permaneçam aqui.

Vamos fazer também uma homenagem àquele que preside o Sindicato dos Químicos do ABC, trabalha há quase 27 anos na empresa química Ancor. Iniciou sua trajetória no movimento sindical em 97, como diretor de base. Foi membro da Comissão Estadual e Nacional do Combate ao Racismo, da CUT. Foi assessor do ex-deputado federal, Professor Luizinho, coordenador da regional de Diadema, secretário de Finanças, coordenador político da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT, em São Paulo, a Fetquim. Foi presidente do Dieese no estado de São Paulo. Atualmente é diretor da Confederação Nacional do Ramo Químico, da CUT, e também preside o Sindicato dos Químicos do ABC.

Chamo, para ser homenageado, e convido também o nosso presidente estadual da CUT, para prestar essa homenagem, o Izzo, e convido também o Raimundo Suzart Lima, para receber a homenagem. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. RAIMUNDO SOUZA SUZART LIMA - Mais uma vez peço licença ao Luiz Fernando, para justificar que nós tínhamos convidado o nosso 1º presidente da era CUT, companheiro Agenor Narciso, que em 82 retomou esse sindicato para os trabalhadores, e tornou um sindicato de luta e de massa. Mas, devido à idade avançada do companheiro, e à dificuldade de mobilidade, ele mora em Dracena, ele não pôde comparecer. Mas é um companheiro que temos como grande referência no setor químico, na CUT. Foi tesoureiro da CUT em São Paulo, por isso era para o companheiro estar aqui, mas devido a dificuldades de saúde, ele não pôde estar presente.

 

O SR. PRESIDENTE -  LUIZ FERNANDO - PT - Gostaria de convidar, para receber uma homenagem, aquele que foi vereador na capital, foi deputado federal. Foi vereador por três mandatos. É cientista social, formado pela PUC de São Paulo. Foi também diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química e Farmacêutica de São Paulo.

Vou resumir o currículo amplo dele. Iniciou sua trajetória na vida pública na década de 70, junto aos movimentos sociais, pela retomada da ação sindical em São Paulo e no País. Participou da fundação do PT em 80, tendo sido presidente do diretório do PT de Vila Prudente e Sapopemba, secretário de nucleação do PT municipal, além de desempenhar importante papel para a organização e consolidação do PT junto aos movimentos sociais.

Em 85, integrou a chapa que venceu as eleições do então Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Plástica de São Paulo, participando também da fundação da Central Única dos Trabalhadores, a CUT. Nos anos de 90 foi secretário de política social da CUT, no estado de São Paulo. Foi fundador e 1º coordenador da Confederação Nacional dos Químicos. Organizou o 1º seminário “Os Plásticos do Futuro”, discutiu a importância do plástico na indústria brasileira.

Resumindo o currículo do companheiro, eu diria que foi um grande vereador na capital, um grande deputado federal, honrando sobretudo a indústria química, os trabalhadores da indústria química e o nosso Partido dos Trabalhadores.

Gostaria de convidar, para receber a sua homenagem, peço ao Douglas que permaneça aqui na frente, o vereador e conselheiro do Francisco das Chagas Francilino. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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  O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Gostaria de convidar para receber uma homenagem o vereador José Luis Ferrarezi, eleito em São Bernardo do Campo em 2014. É o atual presidente da Câmara, sendo o primeiro a ocupar o cargo em primeiro mandato. Filiado ao PT desde 1989, ele coordenou os dois planos de governo para o Esporte do ex-presidente Lula em 2002 e 2006, sendo secretário de Esporte de São Bernardo dos Campos de 2009 a 2012.

É respeitado pelos dirigentes e representantes dos setores químicos, bem como pela classe trabalhadora do setor, que o tem apoiado e com a qual tem grande proximidade. Sem dúvida nenhuma, ele é o representante dos químicos na cidade de São Bernardo. Convido agora o vereador José Luis Ferrarezi.

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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  O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Parabéns ao homenageado. Mais uma vez, chamo para ser homenageado o Sr. Hélio Rodrigues de Andrade. Ele é formado em Engenharia e pós-graduado em Economia do Trabalho, atuando como dirigente do Sindicato dos Químicos de São Paulo, representando cerca de 100 mil trabalhadores. Sua liderança o levou à Coordenação da Frente Contra a Precarização do Trabalho, entidade que atua em todo o estado de São Paulo.

Ele é um companheiro de luta e aprendeu em casa a importância da organização das comunidades. Cresceu no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo, e bem jovem já participava dos movimentos sociais. Tem 47 anos de idade, é casado e tem dois filhos. É o meu candidato a vereador na Capital. Ele vem me apoiando por todo o meu mandato. Convido para ser homenageado o Sr. Hélio Rodrigues de Andrade. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT -  Parabéns, Hélio. Que Deus lhe dê muitos votos. Eu queria convidar o presidente da Força Sindical no estado de São Paulo para ajudar na próxima homenagem.

O próximo homenageado não pôde estar presente em virtude do falecimento do seu irmão. O nosso homenageado, Sr. Sérgio Luiz Leite, é presidente da Fequimfar - Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas no Estado de São Paulo, 1º secretário da Força Sindical e diretor do Sindicato dos Químicos de Rio Claro e região.

Ele também é membro-conselheiro titular pela Força Sindical do Codefat - Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, órgão governamental ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego. Em Araras, ele se especializou no setor químico como técnico em açúcar e álcool e analista de laboratório. No Sindicato dos Químicos de Araras, deu início à sua trajetória no movimento sindical.

Ele cursou a faculdade de Direito, formou-se como bacharel e se habilitou como advogado. No desempenho das suas funções como dirigente sindical, exerceu o cargo de secretário-geral da Fequimfar e deu prosseguimento e apoio à filosofia de trabalho e a uma nova dinâmica de luta dos dirigentes do ramo industrial químico, idealizadas pelo Movimento SOS Federação, implantadas no estado de São Paulo em 1983.

Em 2009, assumiu a Presidência da Fequimfar, dando início ao ciclo inédito de importantes iniciativas e conquistas para a categoria química, sendo reeleito para um novo mandato. Para receber a homenagem em seu nome, gostaria de convidar o Sr. Jurandir Pedro de Souza, que aqui o representa. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Queria convidar alguém que trabalhou a vida toda e hoje já está aposentado. Graduado em Administração e pós-graduado em Sociologia Política, ele é militante e filiado ao PT desde a fundação do Diretório Zonal de Pinheiros. Iniciou a luta na oposição sindical entre 77 e 78. No período de 82 a 89, foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Clínicas e Plásticas de São Paulo.

Com o sindicalismo combativo, liderou a chapa de oposição, que venceu e retirou o grupo que estava no sindicato desde a ditadura militar. De 84 a 86, foi membro da Direção Nacional da CUT, na região sudeste. De 86 a 87, foi membro da Direção da CUT de São Paulo. De 86 a 88, foi membro da Direção Nacional da CUT. De 89 a 2009, foi perito na Justiça do Trabalho.

Queria convidar para receber a sua homenagem o companheiro Domingos Galante Júnior. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Parabéns ao Domingos Galante Júnior. Queria convidar para receber a sua homenagem o Sr. Airton Cano. Ele ingressou na indústria química em 84, na Ciba, onde permaneceu até 86. Em seguida, passou pela Comgás. Em 99, entrou para a Basf, que depois passou a ser Basf S/A.

Ingressou na Cipa e, posteriormente, na comissão de fábrica em 2001. Nessa época, desenvolveu a coordenação da rede de trabalhadores da Basf nacional. Em 2009, passou a fazer parte da direção do Sindicato dos Químicos do ABC, atuando nas discussões da comissão de benzeno e nos fóruns estadual e nacional. Foi membro da Confederação Nacional do Ramo Químico, CNQ, de 2012 a 2013. Em 2015 assumiu a coordenação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo.

Estou mencionando e quero convidar para receber a homenagem o Sr. Airton Cano.

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Está ausente, em virtude de compromissos anteriormente assumidos, a Sra. Lucineide Varjão Soares, presidente da Confederação Nacional do Ramo Químico. Assim, gostaria de pedir que o Sr. Airton Cano recebesse a homenagem em seu nome. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Convido, agora, José Cecílio Irmão, que nasceu em 1939, em São Bento do Una, Pernambuco. Atualmente é viúvo, tem quatro filhos e nove netos. Ele veio para São Paulo em 60, em busca de uma vida melhor.

Ainda em 60 começou como servente na Nitro Química. Lá permaneceu por 27 anos, foi servente, operador, contramestre e mestre de fabricação de fibra artificial. Aposentou-se em julho de 1987. Sua vida sindical e política começou em 1963, quando filiou-se ao Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos.

Após sua aposentadoria, entrou na união dos aposentados, que mais tarde foi unificada com os plásticos, tornando-se a atual Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas Químicos, Farmacêuticos e Plásticos de São Paulo, da qual atualmente é presidente, sempre lutando junto com o sindicato da categoria.

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Acaba de chegar ao nosso plenário o líder da bancada do Partido dos Trabalhadores e o melhor deputado desta Casa, o deputado Zico Prado, a quem quero convidar para nos ajudar nessa homenagem. (Palmas.)

Parece que ele acenou e saiu antes de eu chamá-lo.

O próximo homenageado trabalha há quase 28 anos na empresa Solvi, iniciou sua trajetória no movimento sindical em 1982, como diretor de base. Foi secretário regional de Santo André por três mandatos, totalizando nove anos de gestão, e atualmente é presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Químicos do ABC, Milton Nunes, o “Tijolinho”. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Convido, para receber essa homenagem, o senhor José Francisco de Santana, que trabalha desde os oito anos de idade e dedicou-se por trinta e três anos ao setor químico. Trabalhou na empresa Solvi e aposentou-se na Fosfanil em 1987, sempre sindicalizado.

Hoje, aos 81 anos, é um dos sócios mais antigos e membro da diretoria da Associação dos Aposentados e Pensionistas Químicos do ABC, realizando diversos trabalhos na área.

José Francisco, venha aqui receber sua homenagem. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Parabéns.

Gostaria de convidar ela, que nasceu em dois de maio de 1929, em Muzambinho, Minas Gerais. Casou-se em 1947, veio para São Paulo com o esposo e teve três filhos e cinco netos.

Entrou na Nitro Química em 1951, na seção de meadeira. Trabalhou durante 33 anos e, em 1985, aposentou-se como conicaleira. Em 15 de março de 1957 filiou-se ao sindicato, participando de todas as lutas e conquistas da categoria. Atualmente é diretora da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas Químicos, Farmacêuticos e Plásticos de São Paulo.

Queria que todos dessem uma salva de palmas à Maria Silva Guarani. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Gostaria, também, de convidar ela, que nasceu em Cristina, Minas Gerais - esse povo de Minas é que vive bastante -, no dia 30 de maio de 1939. Tem três filhos e quatro netos.

Com dez anos de idade veio para São Paulo com os avós. No dia 16 de janeiro de 1952, com 12 anos de idade, começou a trabalhar na Nitro Química com a permissão do juiz. Participou da greve de 1957 e trabalhou durante 24 anos. Atualmente é sócia da Associação dos Trabalhadores Aposentados Químicos, Farmacêuticos e Plásticos de São Paulo.

Peço uma salva de palmas à dona Maria da Conceição Silva. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega de medalha e diploma.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Com essa última homenagem, encerramos as homenagens de hoje, salientando a importância de elas serem feitas em vida. Muitas vezes chamamos fulano que faleceu, e hoje o que pretendemos fazer? Homenagear aqueles que trabalharam na indústria química, que estão aqui no nosso meio até hoje, pessoas que lutaram, como essas duas senhoras de 80 anos de idade, que participaram da greve de 57, quando a maioria de nós ainda não tinha nascido, a não ser o Pipoka, que é muito mais velho. Então, queria dizer da importância dessas homenagens, dos nossos dirigentes, dos nossos parlamentares, dos nossos companheiros e daqueles que fizeram história. Faremos essa homenagem todos os anos aqui na Assembleia Legislativa.

Queria convidar mais uma vez os dois presidentes das nossas organizações sindicais aqui presentes. Queria convidar o Trio Gara-Pé e o violonista Marcelo Rato, que farão uma homenagem final, apresentando a música “Canção da América”, de Milton Nascimento.

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- É feita a apresentação musical. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - E nesse espírito de Canção da América, que trata do amigo, queria convidar o Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, em São Paulo, para fazer as considerações em nome das homenagens ao trabalhador da indústria química.

 

O SR. DANILO PEREIRA DA SILVA - Obrigado, deputado. Quero cumprimentá-lo, deputado Luiz Fernando; quero cumprimentar o deputado Luiz Turco; José Luís; vereadores; todas as autoridades aqui presentes; Raimundo, representando os químicos do ABC; toda sua diretoria aqui presente; os trabalhadores que você representa; meu amigo Osvaldo Bezerra; a coordenação-geral dos químicos aqui de São Paulo e todos os seus trabalhadores; hoje sou vice-presidente da Federação dos Químicos, e é uma pena não termos a presença do nosso amigo Serginho, presidente, mas quero parabenizá-lo. Nós conversamos, hoje de manhã, e ele me pediu que eu retribuísse, nessa homenagem, que não é só para ele, mas para todos os trabalhadores que representam os 33 sindicatos filiados no estado de São Paulo, mas que você fizesse uma visita a nossa casa. Temos um fórum, que é o conselho político.

Quero fazer aqui, com a permissão do deputado, uma homenagem ao presidente do meu sindicato de origem, Milton Ribeiro Sobral. É o Sindetanol, em Presidente Prudente, (Palmas.). O sindicato está completando, neste ano, 30 anos. É o primeiro sindicato do Brasil que representa os trabalhadores que fabricam álcool combustível. E cumprimento a todos vocês.

Deputado, o alcance desta homenagem é muito grande. Vemos aqui, hoje, duas representações sindicais importantes neste país. E hoje, além dessa homenagem, também faz com que a unidade desses trabalhadores seja demonstrada, porque o compromisso é o mesmo. Acabamos agora com essa crise, no mês de abril, mesmo no meio da crise instalada no País, superando, fazendo um acordo no setor farmacêutico. Tivemos reposição da inflação e até um aumento real. Foi a força da organização das duas categorias.

Deputado, parabéns pela sua iniciativa, parabéns a todos os trabalhadores do Brasil, e que realmente a unidade desses trabalhadores químicos seja demonstrada com essa vontade e essa unidade que temos também com o partido político, como o Partido dos Trabalhadores.

Um abraço a todos. Parabéns a todos vocês trabalhadores. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero também convidar para fazer uso da palavra o companheiro Douglas Izzo, presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo. (Palmas.)   

 

O SR. DOUGLAS IZZO - Bom dia aos companheiros e companheiras. Quero ser breve na saudação, cumprimentando o deputado estadual Luiz Fernando, que está presidindo, e, na figura dele, todos os membros da Mesa e os homenageados. Acho que é uma importante iniciativa da Assembleia Legislativa e do companheiro Luiz Fernando, que estabelece um dia estadual em homenagem aos trabalhadores da indústria química e farmacêutica. É uma justa homenagem para essa categoria que, para nós da CUT, tem sempre participado conosco das grandes mobilizações e tem sido uma parceira fundamental na construção da luta dos trabalhadores no estado de São Paulo e nas grandes atividades que temos feito em Brasília. Há uma iniciativa do deputado de criar esse dia estadual do ramo químico, trazendo também esse debate para a bancada do PT. É importante frisar que o PT está sendo muito importante nos debates que fazemos aqui na Casa.

Eu sou do ramo da Educação. A companheira Leci Brandão é uma grande aliada nossa aqui também. (Palmas.) As bancadas do PCdoB e do PSOL têm sido aliadas da CUT, dos estudantes e da Apeoesp nos debates que fazemos nesta Casa. É importante registrar para outras categorias que essas bancadas têm sido valorosas no enfrentamento do rolo compressor do governador Geraldo Alckmin nesta Casa. Em Brasília, ele se coloca como o grande defensor da ética, sempre cobrando a instauração de CPIs, mas aqui em São Paulo, na realidade, o lixo vai todo para debaixo do tapete. E temos graves denúncias quanto à máfia da merenda, organizada a partir dos gabinetes de agentes públicos que despachavam ao lado do gabinete do governador; e a partir de pessoas do alto escalão da Secretaria da Educação.

Em São Paulo, temos também denúncias quanto ao trensalão, que envolvem esquema de corrupção, e essas denúncias vieram de fora do Brasil. Mas infelizmente esta Casa não tem feito aquilo que seria o correto a fazer, implantando as CPIs do Metrô e da merenda, porque é isso que a população de São Paulo quer.

Já que estamos dialogando com o ramo da indústria, é importante frisar que em São Paulo não há uma política industrial. Estamos diante da desindustrialização; as indústrias estão saindo deste estado. Se a situação continuar dessa forma, São Paulo passará a ter outra organização, com o setor de serviços ganhando uma importância maior, porque há um processo de saída das indústrias. Infelizmente para nós, o Governo do Estado de São Paulo não tem política para mantê-las aqui e não chama os setores organizados da indústria química e metalúrgica para discutir esse problema sério, que está causando a saída de recursos, de empregos e de importância do estado de São Paulo no panorama nacional. É um debate importante para as Centrais, para o PT e para as bancadas de oposição fazerem aqui. O Governo do Estado de São Paulo não se move para tentar resolver o problema.

Quero aproveitar este espaço para me somar ao debate que foi colocado aqui contra o golpe. Esse golpe não foi dado, está em curso. E vamos continuar nossa luta no Senado para barrar o processo de impeachment. Não há nenhum crime de responsabilidade cometido pela presidenta. Está vindo à tona todo o esquema de bastidores e a podridão que está por trás desse golpe contra um governo democraticamente eleito com 54 milhões de votos. Quando o atual presidente interino deu uma entrevista coletiva na “Rede Globo”, observamos em todo o País manifestações de panelaços. Aqui em São Paulo, na maioria dos bairros, sejam eles do centro ou da perifeira, houve grandes manifestações contra ele.

Na Virada Cultural, no fim de semana, houve manifestações contra o golpe, não é, Leci Brandão? Em todas as apresentações, tanto as pequenas quanto as grandes, a iniciativa do povo de São Paulo foi dizer: “Temer jamais” e “Fora Temer”. Dizer que não queremos um governo golpista, de homens brancos, ricos e sem voto, que querem, infelizmente, impor todo um retrocesso para o conjunto da sociedade brasileira. Um governo sem voto, ilegítimo, corrupto, que quer rasgar a CLT; um governo que veio para implementar a política das elites brasileiras; que está apresentando, como solução para os problemas brasileiros, a terceirização da atividade-fim. Um governo que está propondo rasgar a CLT, impondo a questão do que foi negociado sobre aquilo que está na lei; um governo que tenta impor uma reforma da Previdência que aumenta o tempo de contribuição dos trabalhadores brasileiros; um governo que apresenta como solução vender as principais empresas públicas, dentre as quais a Petrobras. Um governo que tenta desconstruir aquilo que existe de política de Estado para atender ao povo brasileiro nas políticas sociais; que tenta, na Educação, impor um retrocesso, acabando com o acesso das classes populares às universidades públicas federais. Um governo que tem um problema com o ProUni e o Fies, os quais têm ajudado alunos provenientes das escolas públicas, da periferia, a ter acesso à Educação pública profissional.

E é por isso, companheiros, que a CUT é clara: não reconhecemos esse Governo golpista e de forma nenhuma vamos sentar para negociar qualquer que seja a reforma da Previdência para mexer com o direito dos trabalhadores. (Palmas.)

É por isso, companheiros, que nós estamos na Frente Brasil Popular e na Frente Povo Sem Medo. Estivemos, ontem, na casa desse golpista para externar o nosso descontentamento. Ao longo do próximo período, nós vamos continuar com as mobilizações, que passaram a ser praticamente diárias, contra o golpismo.

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo continuam o seu processo de mobilização e denúncia do golpe - o que nos colocou, infelizmente, no cenário internacional. Nós conseguimos construir essa narrativa e a maioria dos países e a maioria dos jornais sabem que, hoje, no Brasil, estamos diante de um golpe.

Provavelmente, nos dias 9 e 10 de junho, faremos um grande ato nacional na cidade de São Paulo para dizer que nós não aceitaremos o golpe. Realizaremos, também, várias audiências públicas e grandes mobilizações em câmaras municipais e assembleias legislativas em todas as capitais brasileiras. Queremos conscientizar e pedir o apoio dos partidos do Senado, para que nós derrubemos essa proposta, esse impeachment apoiado pela Fiesp, pelos banqueiros, pela mídia golpista e pelos grandes latifundiários, que tentam dar um cavalo de pau naquilo que existe de política para atender os trabalhadores e a população pobre deste País. Então, ao longo do próximo período, nós incentivaremos e faremos grandes mobilizações, para poder fazer o enfrentamento a esta situação.

A cada dia, aparece uma novidade. Hoje de manhã, todos nós fomos surpreendidos por uma conversa do Jucá com outro cidadão, Sérgio Machado. Discutiam o cenário da política nacional e tal. O cidadão falou uma coisa que todos nós sempre soubemos e agora ficou público. Sabíamos que eles estão assumindo o poder para poder desmontar aquilo que nós construímos de fortalecimento da Polícia Federal.

Aliás, a Controladoria foi um dos instrumentos sobre os quais o Temer já passou a régua e acabou. Uma coisa que o PT e a esquerda não fizeram nesse período foi dizer que quem combateu a corrupção neste País foram o governo do presidente Lula e o governo da presidenta Dilma.

Não sou eu que estou dizendo. É só pegar as operações da Polícia Federal. Durante oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, foram pouquíssimas operações da Polícia Federal. Durante os governos Lula e Dilma houve muito mais operações.

Acontece neste País coisa que não acontecia no passado. No passado, a cadeia era só para o povo de lá, da “quebrada”, da periferia, não é, deputada Leci? Hoje, neste País, observamos que bandido do colarinho branco também vai para a cadeia. Uma parte da elite que sempre foi protegida das investigações da Polícia Federal está indo para a cadeia.

É um debate que não souberam fazer e tentaram construir no imaginário das pessoas que a corrupção aumentou no País. Na realidade, companheiros, o que aumentou no País foi o combate à corrupção, com a prisão de vários bandidos de colarinho branco. Eu penso que o PT e as forças democráticas não podem tergiversar, sem fazer esse debate. Nós temos que fazer esse debate.

Hoje, a Polícia Federal funciona. Até pouco tempo, pelo menos, os instrumentos de acompanhamento das verbas públicas na União, nos estados e municípios funcionavam. Agora, nem existem mais.

Voltando ao que eu tinha dito no início, veio a público aquilo que já imaginávamos: que a política deles é jogar o lixo para debaixo do tapete. Olhem a fala do Jucá: “Para a Lava Jato só com o afastamento de Dilma.” Para acabar com a Operação Lava Jato, é só com o afastamento de Dilma. Então, o que está por trás desses governos da direita, além de atacar os direitos dos trabalhadores, é também voltarmos à máxima do passado, de que não acontecia nada, não havia corrupção, porque a corrupção não era combatida.

Então, companheiros, vocês, trabalhadores da indústria química, trabalhadores do Brasil, podem contar com a nossa Central Única dos Trabalhadores. Nós não reconhecemos esse governo, que é ilegítimo, ilegal, corrupto. Vocês podem contar com a nossa central, que vai continuar sendo uma trincheira de luta contra o retrocesso, contra o golpe das elites brasileiras.

Quero dizer, aqui, em alto e bom tom: Temer, a culpa é sua. A nossa luta continua. Fora, Temer! Fora, golpistas! (Palmas.) Parabenizo o setor químico, que realizou este grande evento, e a iniciativa do deputado Luiz Fernando e da bancada do Partido dos Trabalhadores.

Um grande abraço!

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero registrar a presença do Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares. Peço para que você se levante para receber uma salva de palmas dos trabalhadores da indústria química. (Palmas.)

Quero registrar a presença de uma deputada que vai fazer uso da palavra. Tem lutado como nunca em prol da democracia, da classe trabalhadora, de Justiça social neste País. Convido para fazer o uso da palavra a minha querida amiga, deputada Leci Brandão. (Palmas.)

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Que Deus proteja, abençoe e ilumine todas e todos que estão aqui. Eu preciso me desculpar com o meu amigo Luiz Fernando, porque eu acabei de chegar do médico. Vossa Excelência sabe como está o meu problema de Saúde. Eu nem fui ao gabinete. Eu vim assinar e vi que estava acontecendo, aqui, uma solenidade da sua iniciativa. Falei para mim mesma: “Preciso ir ali em cima, dar um abraço no Luiz Fernando.”

Falei com o meu afilhado, o Cidão, que já conheço há muito tempo, do Partido dos Trabalhadores. Quero cumprimentar outro amigo, que é o deputado Luiz Turco, além do Pipoka e do Raimundo. Cumprimento o Chagas, que também é um amigo de longa data. Muito obrigada.

Quando escuto os discursos das pessoas ligadas aos partidos progressistas, fico muito orgulhosa, porque a minha história - todos que me acompanham sabem - é muito simples. Vim da origem humilde. Sou filha, com muito orgulho, de uma servente de escola pública. Moramos em escolas públicas. Fui operária de fábrica, telefonista e um monte de coisas, mas jamais poderia imaginar que, um dia, eu estaria dentro da maior Assembleia Legislativa da América Latina, que é a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Para quem não sabe, de forma indireta, vocês, que são ligados a sindicatos, trabalhadores, de um modo geral, fizeram parte da minha construção.

Por que eu estou dizendo isso? Porque eu tenho 40 anos de carreira artística e minha carreira foi interrompida por causa do viés do meu trabalho. A gente sempre procurou defender o negro, o pobre, o suburbano, o favelado, o povo da quebrada, as mulheres, os índios, o povo do MST. Eu costumo dizer que, em todas as grandes encrencas brasileiras, eu sempre estava metida.

E, aí, fica todo mundo perguntando: “Mas, Leci, por que você não está no PT?” Eu teria que estar no PT porque eu sempre cantei nos palcos do PT. Só que, quem me convidou, foi o PCdoB - o Partido Comunista do Brasil -, que é ligado ao PT.

Então, eu tenho que, além de qualquer coisa, agradecer a Deus por ter entrado aqui e ter conhecido pessoas que, de repente, não nos encontramos na parte musical, mas me ensinaram muita coisa aqui dentro dessa Assembleia Legislativa. Aqui, não é um trabalho fácil - é um trabalho bem difícil, até porque a oposição está menor. O que a gente faz aqui não é nenhum favor - é obrigação nossa defender os nossos seguimentos.

Todas as vezes que eu tenho alguma dificuldade, eu pego o flyer da campanha de 2010 e leio tudo o que está escrito lá: e eu tenho que seguir exatamente aquilo que eu falei para o povo de São Paulo que eu ia lutar e defender. Não estou fazendo nada de mais. Acho que quem tem esse tipo de história, que é a maioria das histórias dos parlamentares ligados ao PT e ao PCdoB, é uma história praticamente igual. A gente sempre foi contra a injustiça, nós sempre defendemos os menos favorecidos e, acima de tudo, quem tem fé em Deus - como eu tenho e respeito todas as religiões -, a resposta já está vindo. Chegou mais cedo do que eu supunha. De repente, já está todo mundo apavorado porque, mal o negócio começou, já está desandando desse jeito. Eu tenho quase que certeza que os trabalhadores, que sempre estiveram com os braços abertos, vão trazer as pessoas de volta. É só o que a gente quer.

E vou repetir o que eu disse ainda há pouco: eu fiquei esperando o panelaço na semana passada. As cozinhas gourmet não funcionaram? Porque é só cozinha gourmet que bate panela - não é a nossa cozinha, claro.

Eu só sei dizer que eu vi muitos amigos de todo o Brasil - pela minha profissão artística, eu conheço o Brasil de ponta a ponta - terem oportunidades que jamais a gente poderia imaginar que fossem acontecer nesse país. O grande problema dessa gente que não gosta da gente é simplesmente por causa do projeto. A questão não é partidária, não é impeachment, não é nada disso. A questão é o projeto. Eles se incomodam de ver os jovens negros tendo oportunidades e entrando em uma universidade. Eles se incomodam de ver todas as religiões serem respeitadas. Eles estão incomodados de ver o trabalhador brasileiro tendo condições de ter uma TV, um fogão, uma máquina de lavar, um carro... Isso incomoda muito!

Como essa gente sempre achou que, embora tenha acontecido a abolição da escravatura, negro tem que ser subalterno e não pode ter oportunidade, eles estão realmente revoltados. Pessoas que têm a capacidade de dizer que todos os nordestinos devem ser expulsos de São Paulo - porque o PT só venceu por causa do nordeste - não sabem da legitimidade, não respeitam a diversidade do nosso País e não entendem que os edifícios em que eles moram foram construídos pelos nordestinos. Eles não podem esquecer isso, jamais!

Eu quero agradecer o meu amigo Luiz Fernando, que tem nos ajudado muito na questão de moradia e em várias questões, inclusive quando a garotada ocupou o plenário - a gente conseguiu reverter a situação e não foi preciso vir choque para cá para bater na garotada.

Tudo isso que estamos fazendo é porque a gente é assim. Nós somos seres humanos, somos cidadãos e estamos cumprindo a nossa missão. Deus te abençoe, que proteja você e parabéns a todos os trabalhadores das indústrias químicas que estão aqui.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Eu que agradeço o discurso dessa grande deputada que honra muito a classe trabalhadora dentro desta Casa, é parceira do PT nas nossas missões aqui. É uma Casa que tem 94 deputados e somente 17 da oposição. Vocês imaginam o quanto nós apanhamos. Mas isso é bom porque nos deixa calejados e podemos estar firmes nessa luta.

Quero agradecer as palavras da deputada Leci Brandão. Ela está fazendo um tratamento de saúde faz tempo e nós precisamos da Leci inteira - e não meia Leci. A luta que te precisa inteira.

Esgotou-se o objeto da presente sessão. Quero agradecer a todos que foram homenageados por aceitarem a nossa homenagem. Quero agradecer o deputado Luiz Turco, coordenador da Frente Parlamentar da Química na Assembleia Legislativa, meu grande líder, meu irmão do ABC e da política. Quero agradecer a deputada Ana do Carmo, que aqui passou; a Leci; a Beth, que se manifestou de longe; os dois presidentes das Centrais, que aqui estiveram - vou aceitar o seu convite e farei uma visita. Quero agradecer o Raimundo, o Pipoka e todos os diretores, em nome do Tonhão, que é meu conterrâneo de São Bernardo. Em teu nome, cumprimento todos os diretores do sindicato e da federação aqui presentes, seja da capital ou do ABC. Temos vários presidentes do interior. Quero agradecer a presença de todos vocês. Sobretudo, quero agradecer a plateia que é formada por trabalhadores da indústria química.

Sintam-se homenageados com essas 14 homenagens que fizemos hoje. O ideal era que fizéssemos um milhão de medalhas e diplomas para cada um de vocês. Essa homenagem foi para vocês e que Deus possa abençoar a vida de vocês e a indústria química, que geram os empregos. Que os nossos sindicatos e centrais possam ser fortalecidos para continuar lutando por melhores condições de trabalho e melhores salários, para que não haja, em especial nesse momento, nenhum retrocesso.

Quero agradecer a minha equipe e o meu mandato. Vejo aqui vários assessores que ajudaram a fazer essa sessão solene. Muito obrigado a cada um de vocês. Quero agradecer os funcionários da Assembleia Legislativa dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas. Quero agradecer o pessoal do Cerimonial que, sem ele, nós não mexeríamos nem a perna. Quero agradecer a Secretaria Geral Parlamentar, a imprensa da Casa, a TV da Casa, as assessorias policiais Militar e Civil, que dão a segurança, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito dessa sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 13 horas e 04 minutos.

 

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