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01 DE SETEMBRO DE 2016

119ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e MARCOS DAMASIO

 

Secretário: EDSON GIRIBONI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

PEQUENO EXPEDIENTE

2 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Convoca sessão solene, a ser realizada no dia 03/10, às 20h, com a finalidade de "Homenagear Maurício de Sousa".

 

3 - EDSON GIRIBONI

Discorre a respeito da recente mudança de presidentes da República no Brasil. Comenta assuntos de interesse da população que devem, segundo ele, ser incluídos na pauta política. Aponta problemas de ordem econômica que vêm sendo enfrentados pelos setores produtivos do País.

 

4 - LECI BRANDÃO

Lamenta a decisão do impeachment que, a seu ver, configura-se um golpe de estado. Aponta sua atuação como artista na área social. Afirma que Dilma Rousseff não cometera crime de responsabilidade. Faz considerações sobre o futuro julgamento de Eduardo Cunha. Mostra-se descrente em relação às intenções declaradas e às mudanças prometidas pelo novo governo.

 

5 - MARCOS DAMASIO

Parabeniza a cidade de Mogi das Cruzes, por seu aniversário. Discorre sobre a importância da cidade. Congratula o Sport Club Corinthians Paulista pelos 106 anos de sua fundação. Afirma que a vontade da maioria foi atendida no processo de afastamento de Dilma. Relata aspectos administrativos que causaram o descontentamento popular com o governo de Dilma Rousseff. Deseja que o País volte a crescer e desenvolver-se economicamente.

 

6 - MARCOS DAMASIO

Assume a Presidência.

 

7 - JOOJI HATO

Fala sobre a importância popular do clube Corinthians, que parabeniza pelo aniversário. Anuncia o falecimento de Maria Cicera Flor Ribeiro, ex-ativista social nos campos da infância, adolescência e terceira idade, no Jardim Clímax. Elogia o trabalho do vereador George Hato nesta região. Comenta o processo de impeachment. Discorre acerca da crise econômica brasileira. Pede apoio indistinto dos partidos à tarefa assumida por Michel Temer. Exalta a riqueza natural do Brasil. Afirma a possibilidade de o País tornar-se uma potência mundial na produção de alimentos.

 

8 - JOOJI HATO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

9 - PRESIDENTE MARCOS DAMASIO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 02/09, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão solene a ser realizada na mesma data, às 10h, com a finalidade de "Homenagear o Professor Doutor Felipe Fregni". Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE – JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Edson Giriboni para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO – EDSON GIRIBONI – PV - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edson Giriboni.

Antes, porém, esta Presidência convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 03 de outubro de 2016, às 20 horas, com a finalidade de prestar homenagem a Mauricio de Souza.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, alunos e professores presentes, telespectadores da TV Assembleia, o Brasil vive um novo momento.

Tivemos ontem um fato que vai ficar na história: a questão do impeachment. Aqui, não quero discutir o mérito, se foi correto ou se não foi, se foi golpe ou se não foi. O fato concreto é que, a partir de ontem, o Brasil passou a ter um novo presidente da República e a expectativa do brasileiro é de que passemos a discutir aquilo que interessa à vida dos brasileiros.

Nos últimos meses, nesses últimos tempos, o que se discutiu no Brasil não foi aquilo que, efetivamente, mexe com a vida dos brasileiros, mas sim denúncias, “petrolão”, “mensalão”, cassação, prisão. Os assuntos políticos - e a política é feita para servir às pessoas - deixaram de ser discutidos no meio político. Passamos a discutir questões de polícia.

Não se discutiu como melhorar a Saúde Pública do País, que, infelizmente, ainda tem muito a avançar. É precária, há muita gente sofrendo, com dificuldades para fazer exames, há falta de remédios. O Ministério da Saúde vem atrasando remédios à população do Brasil. temos que melhorar muito a Educação pública para atingir patamares compatíveis à decência de um país, ao nível das escolas particulares. Hoje o Brasil apresenta mais de 12 milhões de desempregados da população economicamente ativa.

Esses são os assuntos que devemos estar discutindo neste País: como melhorar a vida dos brasileiros. Então, ao presidente que toma posse, à nova equipe de governo: tenham essa sensibilidade, passemos a discutir aquilo que interessa ao País.

Sabemos que são ações importantes, muitas vezes difíceis de serem concretizadas. Peço ao Congresso Nacional muita serenidade e muita responsabilidade na condução dos assuntos que interessam aos brasileiros.

Não dá mais para o Brasil continuar vivendo o que está vivendo. Estamos no terceiro ano de Produto Interno Bruto negativo, de crescimento econômico negativo, prejudicando os empresários, a indústria e o comércio.

Eu tenho visitado vários comércios. Muitos deles estão tendo dificuldades para manter seu negócio em atividade, e são obrigados a demitir funcionários. Há diminuição da atividade econômica. Indústrias com 200 a 300 funcionários estão diminuindo, passando para 30 a 50 funcionários. Estão fazendo malabarismo para sobreviver diante desta realidade que o Brasil tem vivido.

Esses são os assuntos que nós devemos discutir. Como nós vamos avançar? Quais são as reformas que devemos fazer no Brasil para melhorar a vida dos brasileiros? Aqui não se deve tirar direito de ninguém, mas melhorar a vida dos mais de duzentos milhões de brasileiros.

Aquele que está desempregado que passe a ter oportunidade de emprego. Aquele que está doente que passe a ter uma saúde pública decente para poder cuidar da sua saúde. Aqueles pais que veem os filhos num ensino público de péssima qualidade que possam ter a expectativa de ter seus filhos nas escolas públicas de qualidade. Que os empresários possam se sentir seguros para investir no Brasil para gerar emprego.

Enfim, esses são os assuntos que esperamos passar a discutir. A Assembleia Legislativa é uma Casa de Leis. Que ela possa acompanhar de perto e dar sua contribuição. O estado de São Paulo tem que dar o exemplo. O estado de São Paulo é o estado mais desenvolvido e mais rico do Brasil, tem que dar sua contribuição.

Essa responsabilidade não é só da equipe que assume a Presidência da República, mas é uma responsabilidade de todos os brasileiros, principalmente de quem ocupa um cargo público neste País, e mais ainda quem ocupa um cargo eletivo, seja vereador, prefeito, deputado ou governador. As pessoas que recebem votos de confiança da população têm que retribuir, têm que retornar, esta delegação que recebe dos eleitores.

Que fiquem registradas aqui nossa expectativa e nossa esperança de que possamos começar a construir um novo Brasil, um Brasil que possa encher o brasileiro de orgulho. Esse é o grande desafio de todos nós, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, visitantes, funcionários desta Casa, recentemente fizemos aqui um pronunciamento e eu me recordo de que o deputado Jooji Hato, que é uma pessoa que eu admiro muito mesmo, discordou do nosso pronunciamento e isso é democracia. Se não tivermos diferenças, as coisas não precisam ser discutidas.

Ontem, dia 31 de agosto, acho que o Brasil viveu um dos momentos mais tristes. Eu estou deputada do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB. Sou desse partido com muito orgulho. O Congresso Nacional, no nosso entender, rasgou a Constituição e um golpe parlamentar foi consumado em nosso País, ferindo gravemente a nossa democracia.

Como artista eu vivenciei muitos momentos da redemocratização do Brasil, porque participamos das Diretas Já, sempre participamos dos movimentos populares, como, por exemplo, a demarcação das terras indígenas, Movimento das Mulheres, Movimento Negro. Enfim, nós sempre procuramos fazer da arte um instrumento para poder defender as pessoas, principalmente as menos favorecidas.

Apesar de mantermos a esperança, nos momentos mais difíceis, eu não tenho como dizer que não sinto uma grande frustração e uma tristeza, porque nós participamos da construção desse projeto que esteve aí durante todos esses anos.

Com a saída da presidenta Dilma Rousseff - acho que uma ruptura desse tipo causa trauma também - e o fato de termos a certeza de que nenhum crime foi cometido, isso só aumenta a nossa frustração. E a maior prova de que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade é o fato de ter sido cassado o seu mandato, mas o Senado manteve os seus direitos políticos.

Eu acho que esse acordo só aconteceu porque dia 12 de setembro haverá uma nova discussão dentro do Congresso Nacional que é a questão do deputado Eduardo Cunha. Portanto, para que as coisas já fiquem mais ou menos acertadas eles tiveram um pouco de dor na cabeça e resolveram manter os direitos políticos da presidenta; nós não nos enganamos com isso.

Apesar de matérias veiculadas hoje pela imprensa mostrarem que alguns partidos ameaçam recorrer dessa decisão, tudo leva a crer que isso não vai acontecer. Afinal, o que importa para aqueles que pretendem a queda da Dilma Rousseff é o retorno de uma política da elite. E estão dizendo que agora a economia vai ficar de forma correta, equilibrada. Vamos aguardar! Pouco está importando o País; o que está importando é o poder.

Eu nunca duvidei de que esse golpe era contra as conquistas sociais garantidas nos últimos anos. Era contra o projeto de mais inclusão, contra as cotas, contra “Minha Casa, Minha Vida”, contra o Bolsa Família, era para entregarem o nosso pré-sal, enfim, era contra o povo.

A presidenta sabe que esse golpe era contra o povo. A presidenta sabe que esse golpe também foi homofóbico, racista e machista. Mas se ontem a descrença e o desânimo tentaram nos dominar, amanhecemos hoje nesse primeiro de setembro com a certeza de que a descrença deve dar lugar, novamente, à esperança. E nós, mais do que ninguém, sabemos que a esperança sempre vence. Ela sempre vence o medo. E é ela que nos dá a certeza de que vale a pena lutar!

Ainda ontem à noite fizemos no auditório Paulo Kobayashi um ato solene pela reconstrução da Federação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos. E as pessoas lotaram o auditório. Foi uma coisa muito boa que deu um alento para o nosso coração. Nós não precisávamos ficar chorando, nem se lamentando. Nós tínhamos que continuar a vida e continuar a vida dando espaço para a Cultura, pedindo que essa Cultura seja respeitada no nosso estado e no nosso País.

Presidenta, sempre presidenta, a senhora combateu um bom combate, mas a sua luta, que também é nossa, continua. Qualquer dia nós nos encontramos, qualquer dia nós nos encontramos. Quem sabe nós poderemos falar das mudanças que vão acontecer neste. Nós duvidamos de tudo isso que está sendo prometido. Achamos que houve verdadeiramente um golpe neste país chamado Brasil.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

             

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre deputado Caio França. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Damasio.

 

O SR. MARCOS DAMASIO - PR - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,  telespectador da TV Alesp, eu não poderia, nesta tarde, deixar de fazer dois registros que julgo importantes.

Em primeiro lugar, quero parabenizar a minha querida cidade de Mogi das Cruzes, que hoje completa 456 anos de história, conquistas e desafios vencidos. É uma cidade com 450 mil habitantes, que se coloca hoje como uma das mais importantes cidades do estado de São Paulo. É uma cidade pela qual tenho enorme apreço e carinho, onde moro há 50 anos.

Nas últimas décadas, venho acompanhando o desenvolvimento, o progresso e a importância de Mogi das Cruzes para o estado de São Paulo e para o País. É motivo de alegria ver a minha cidade completar 456 anos de existência e de fundação. É uma das cidades mais antigas de São Paulo e do Brasil.

Gostaria também de deixar os meus parabéns ao Sport Clube Corinthians Paulista, que hoje completa 106 anos de existência. Possui uma legião de 33 milhões de torcedores. É uma verdadeira paixão nacional. Portanto, eu também queria parabenizar o Corinthians e todos os corinthianos e corinthianas deste País.

A deputada que me antecedeu, Leci Brandão, conhece bem o trecho da letra de uma música bastante conhecida, que diz: “o sol há de brilhar mais uma vez”. E ele está brilhando aí fora. Todos estão presenciando esse brilho do sol.

Há mais de 100 dias a nação brasileira vive uma triste e deprimente página política de sua história republicana. O afastamento e, agora, a destituição da Sra. Dilma Rousseff da Presidência da República nos remetem a uma profunda reflexão quanto às causas motivadoras da decisão tomada pelo nosso Senado Federal.

Golpe ou não golpe? Será que o cidadão comum, o trabalhador, o aposentado, o empresário e o eleitorado em geral sabem responder tal indagação? Os defensores de Dilma exaltam a sua história de lutas, de honestidade, de integridade e de mulher guerreira, e dizem que ela está sendo injustiçada.

Os defensores do impeachment invocam as irregularidades cometidas pela então presidente, as pedaladas fiscais, os créditos adicionais sem autorização do Congresso Nacional, a inobservância da Lei de Responsabilidade Fiscal. É uma discussão técnica, política e contábil travada à exaustão em Brasília, à qual o povo está totalmente distante e alheio. Justo ou injusto? O retrovisor da história registrará mais esse episódio da nossa vida política nacional.

No regime democrático, a vontade da maioria há que ser sempre respeitada, e foi isso o que aconteceu, ainda mais diante da gravíssima crise econômica, dos 12 milhões de desempregados, das indústrias e comércios de portas fechadas, da falta de credibilidade política, dos desvios de dinheiro público revelados pela Operação Lava Jato, responsáveis por dilapidar ferozmente uma das maiores empresas do mundo, a nossa querida Petrobras. Creio que foram esses os motivos que levaram milhões de brasileiros e brasileiras às ruas para manifestar o seu descontentamento.

Sr. Presidente, não irei julgar aqui a presidente Dilma; se foi justo ou injusto. O que esperamos é que um novo tempo se inicie no nosso País. Não dá para continuar com esse sofrimento e com essa paralisia econômica. O País precisa voltar ao seu ritmo normal. Nós continuamos sendo uma das grandes nações deste mundo, com tremendo potencial. Somos uma das principais economias do mundo.

O Brasil precisa ter a tranquilidade política e administrativa para que retome o crescimento, a geração de empregos, para que traga perspectivas para os nossos jovens. Que dias melhores possam vir. Realmente, essa é a nossa expectativa. Há quantos meses estamos vivendo neste calvário? Há quanto tempo o País está paralisado, esperando uma definição política?

Acredito que a partir de hoje possamos encontrar um rumo e que esse rumo seja o do progresso e o do bem-estar dos brasileiros. Este é o meu desejo, creio que este seja o desejo da imensa maioria dos brasileiros.

Que o País volte ao seu ritmo normal de crescimento, de geração de emprego e de qualidade de vida para a nossa população.

Quanto ao julgamento, acho que a história, acho que os fatos, acho que o dia a dia vai nos reportar a uma conclusão e espero que seja em benefício do País, em benefício do povo brasileiro.

Trago no dia de hoje a esperança de que estejamos iniciando um novo período, um novo tempo e que esse tempo seja de desenvolvimento para a nação brasileira e de bem-estar para o nosso povo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jooji Hato. (Na Presidência.) Tem a palavra o nobre deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Gileno Gomes. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Cezinha de Madureira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Márcio Camargo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Raul Marcelo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Davi Zaia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Neder.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Marcos Damasio.

 

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O SR. PRESIDENTE - MARCOS DAMASIO - PR - Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Angelo Perugini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, no dia de hoje quero trazer duas notícias: uma triste e outra muito alegre. Vou começar pela notícia alegre.

Hoje é o aniversário do Sport Club Corinthians, esse clube que é do povo, esse clube que tem a maior torcida do Brasil, num país onde o futebol é a paixão do povo brasileiro. O Corinthians representa isso. A nação corintiana traz muita alegria quando ganha, mais ou menos quando empata e muita tristeza quando perde. O País amanhece triste quando o Corinthians perde, mas é um time poderoso, um clube que merece as nossas homenagens no dia de hoje.

Mas quero também falar de um fato muito triste ocorrido entre a noite de ontem e a madrugada de hoje. Refiro-me ao falecimento de uma das maiores líderes comunitárias, na minha opinião, uma grande amiga, amiga de todos, amiga da minha família. Estou falando da dona Maria Cícera Flor Ribeiro, que aos 80 anos, moradora do Jardim Clímax, deixou o marido, Sr. Ribeiro, conhecido carinhosamente por toda a comunidade como Tio Ribeiro, e três filhos maravilhosos: André, Rosa e Valéria.

Portanto, quero render minhas homenagens à Maria Cícera Flor Ribeiro, um ser humano especial, uma mulher que dedicou toda sua vida ajudando as crianças e adolescentes do Jardim Clímax. Esta região é carente. Fica perto da região do Cursino, Ipiranga, na zona sul. É justamente ao lado de onde o meu filho George Hato, o mais jovem vereador da capital, preocupado com adolescentes e crianças, colocou um campo de futebol com grama sintética, alambrado, vestiário, além de muitas pistas de skate. A ideia é tirar esses adolescentes de lá e encaminhá-los para o bem, e não para as drogas, como tem acontecido.

Justamente nessa região é que a dona Maria Cícera Flor Ribeiro dava sua contribuição. Dona Cícera, presidente das obras sociais da Creche Monsenhor Gerônimo Rodrigues, também presidia um grupo de adolescentes no bairro. Era uma mulher ativa, que participava ainda de um grupo da terceira idade chamado Associação da Colmeia, onde também temos muitos amigos e amigas. Eu e minha esposa Marlene tivemos momentos de emoção no velório e no sepultamento de dona Maria Cícera. Eram muitos amigos e amigas presentes naquela triste despedida, hoje pela manhã. Ela era uma dessas pessoas que agradecemos a Deus por termos conhecido. Agradecemos por ela ter passado por este mundo.

Não era de muitas palavras; falava pouco. Mas era de um carinho especial e trabalhava muito em prol dos mais necessitados, sobretudo pelas crianças e jovens carentes e pelos direitos do cidadão da melhor idade. Quero que Deus receba essa nossa querida líder comunitária em um bom lugar. Que ela tenha a retribuição por tanto trabalho e carinho pelas crianças, adolescentes e pela melhor idade. Termino minha fala rendendo homenagem a essa grande líder comunitária, que com tanto sofrimento presidiu essas associações e só soube fazer o bem, só soube ajudar. Certamente estará sempre dentro de nossa consciência, de nossa mente, e estará eternamente incrustada em nossos corações. Descanse em paz, dona Cícera, e fique com Deus. Esse é o nosso sentimento aos amigos, amigas, familiares e a todos aqueles que a conheceram.

Há poucos instantes, pronunciou-se da tribuna, sempre com muita responsabilidade, a deputada Leci Brandão. Quando ela falou do presidente - agora efetivo - Michel Temer, ela disse que era um golpe. Eu disse que não, porque foi referendado pelo Congresso Nacional, pela população e pelo STF. Houve 61 votos de senadores, muitos votos na Câmara dos Deputados. Portanto, Michel Temer, vice-presidente, tornou-se presidente efetivo. Não é golpe. Acusavam-no também de não ter votos. Ele pertence ao meu partido - PMDB -, mas ele mudou para PB - “Partido do Brasil”. O presidente Michel Temer contribuiu com grande tempo de televisão  e rádio no horário eleitoral e contribui com votos. Eu votei no Michel Temer, como muitos de meus companheiros peemedebistas. Talvez até não votássemos na presidente Dilma, mas o meu partido, por inteiro, coeso, votou na chapa Michel Temer e Dilma. Essa parceria foi até o ponto em que as coisas eram normais; na hora em que elas saíram da normalidade, meu partido retirou-se.

Na sessão anterior eu disse que queria discutir o futuro. Isto é uma página virada, temos que esquecer. Agora é o futuro, agora temos problemas, um país com muita dificuldade, uma crise econômica, 12 milhões de desempregados, uma dívida social enorme. Nós temos uma bagunça generalizada, temos o caos em nosso país, parece que passou um dilúvio destruindo tudo. Temos que recompor o País, porque nós necessitamos disso.

Agora, com esta página virada, todos nós, irmanados, sem importar o partido - PMDB, PSDB, PT, PTB, PSD, PFL, PV, enfim - estamos no mesmo barco, e o nosso timoneiro, o nosso capitão é o presidente Michel Temer. Ele tem que levar esse barco a um porto seguro, senão nós iremos para o caos. Já estamos praticamente no caos, à beira do abismo. O presidente Michel Temer tem uma missão muito importante, uma tarefa quase impossível, mas, se dermos apoio - todos os partidos, todos os cidadãos brasileiros -, nós chegaremos a um porto seguro.

Portanto, quero dizer que temos futuro. Este país é abençoado por Deus, tudo o que se planta aqui, se colhe. O Brasil tem uma aptidão, tem um objetivo de produção e pode ser um celeiro mundial, levando alimento para o mundo inteiro. Há pessoas passando fome no mundo, inclusive aqui. Há brasileiros passando necessidade, passando fome. Só conhece a agrura da vida quem fica desempregado, quem não tem o pão e o leite para levar para seus filhos e encarar sua esposa, sua família, porque não tem emprego.

Queremos o apoio de todos os partidos, certamente. O presidente Michel Temer precisa disso. Ele está chegando à China para participar da reunião do G-20. Que traga bons investimentos, que traga mais emprego, que traga esperança ao nosso país. O Brasil é um país enorme, basta olhar o mapa-múndi para ver que somos um dos maiores países, ao lado da China e de outras nações. Certamente poderemos ser um líder universal junto a esses países.

Agora todos nós, brasileiros, temos uma tarefa muito importante. Não importa o partido, não importa a cor partidária, importam sim os nossos corações, o nosso propósito, a esperança de reconstruir este país que está no caos, está realmente degradado. Muito obrigado.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS DAMASIO - PR - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se amanhã, às 10 horas, com a finalidade de homenagear o professor e Dr. Felipe Fregni.

 

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            - Levanta-se a sessão às 15 horas e 10 minutos.

 

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