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26 DE AGOSTO DE 2016

 

052ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DA INDÚSTRIA MOVELEIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: LUIZ FERNANDO

 

RESUMO

 

1 - LUIZ FERNANDO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - VERA BUCHERONI

Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.

 

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Informa que o presidente Fernando Capez convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Luiz Fernando, na direção dos trabalhos, para prestar "Homenagem aos Trabalhadores da Construção Civil e da Indústria Moveleira do Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Nomeia as demais autoridades presentes. Discorre sobre a proposta da presente homenagem. Declara-se honrado em receber nesta Casa representantes dos trabalhadores. Afirma que há em curso no País um golpe político que visa atingir os direitos da classe trabalhadora. Comenta a importância dos trabalhadores da construção civil. Faz histórico da indústria moveleira no Brasil. Afirma que seu mandato e do deputado Ramalho da Construção estão à disposição dos homenageados desta sessão.

 

4 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO

Deputado estadual, discorre sobre seu histórico como trabalhador e empresário da construção civil. Destaca a importância do setor para a geração de empregos. Afirma que a área habitacional deveria ser o carro-chefe da construção civil.

 

5 - CLÁUDIO DA SILVA GOMES

Presidente da Confederação Nacional do Sindicato de Trabalhadores da Construção e da Madeira, filiado à CUT, critica o governo do presidente interino Michel Temer. Discorre sobre os direitos que trabalhadores conquistaram nos últimos 13 anos. Afirma que o governo provisório quer reduzir estas conquistas. Clama a todos para que lutem contra esta situação.

 

6 - WILMAR GOMES DOS SANTOS

Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, discorre sobre a recente situação política do País. Comenta o alto índice de desemprego na construção civil atualmente. Destaca a importância da homenagem na luta contra o problema.

 

7 - ROSEVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA

Presidente da Federação Nacional dos Empregados nas Empresas Concessionárias nos Ramos de Rodovias Públicas, Estradas em Geral e Pedágios, comenta a importância dos trabalhadores da construção de estradas. Conclama todos a lutar pela melhoria das condições econômicas do setor.

 

8 - AÉCIO DARLI DE JESUS LEITE

Vereador da Câmara Municipal de Serra (ES), clama aos trabalhadores para que lutem pelos seus direitos no atual quadro político.

 

9 - JOSEMAR BERNARDES ANDRÉ

Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira, da CUT de São Paulo, destaca a importância dos trabalhadores da construção civil para a economia do País. Considera o governo do presidente interino fruto de um golpe político. Declara-se preocupado com os direitos dos trabalhadores diante do quadro político atual.

 

10 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Anuncia homenagem, com entrega de medalha de honra ao mérito e diploma a trabalhadores da Construção Civil e da Indústria Moveleira do estado de São Paulo.

 

11 - VERA BUCHERONI

Mestre de cerimônias, lê biografia dos trabalhadores homenageados da Construção Civil e da Indústria Moveleira do estado de São Paulo.

 

12 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Destaca a importância do setor de construção civil ter representantes eleitos nos poderes Legislativo e Executivo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

* * *

 

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.

  

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Boa noite senhoras e senhores. Sejam muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Daremos início a sessão solene com a finalidade de homenagear os trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira no estado de São Paulo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia dia 28, neste domingo, às nove da noite, pela NET canal sete, pela TV Vivo Digital canal 185 e pela TV Aberta canal 61.2.

Convido para compor a Mesa principal desta sessão solene o deputado Luiz Fernando Teixeira, proponente desta sessão; o presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção, Sr. Admilson Lúcio Oliveira; o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústria da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo, Sr. Josemar Bernardes André, o Bacaninha; o presidente da Confederação Nacional do Sindicato de Trabalhadores da Construção e da Madeira filiados à CUT, Sr. Cláudio da Silva Gomes; o presidente da Federação Nacional dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias Públicas, Estradas em Geral e Pedágios, Sr. Rosevaldo José de Oliveira; o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesadas, Sr. Wilmar Gomes de Oliveira. E para compor a extensão da Mesa principal, o deputado estadual Ramalho da Construção.

Só fazendo uma correção, Sr. Wilmar Gomes dos Santos, desculpe, Sr. Wilmar. Com a palavra o deputado Luiz Fernando Teixeira.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Boa noite. Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Senhoras e senhores, nobre deputado Ramalho da Construção, essa sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, deputado Fernando Capez, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de prestar homenagem aos trabalhadores da construção civil e da indústria moveleira no estado de São Paulo.

Gostaria, nesse momento, de convidar a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente Borghese.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, muito obrigado, senhores.

   Gostaria de citar alguns membros aqui, ainda compondo a extensão dessa Mesa. Citados já aqui os membros, conosco também se encontra Admilson Lúcio, presidente da Confederação Nacional dos Empregados na Indústria da Construção; meu irmãozinho, meu querido Anderson Inácio da Silva, presidente do Sindicato do Trabalhador da Indústria da Construção Mobiliária de Botucatu; André Luiz de Almeida, secretário - geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Salto; Antônio Bekeredjian, que todo mundo dizia: “Ele não vem”, e eu quero te agradecer, eu ganhei uma aposta do Admilson como a tua chegada. Quero saudar você. Em teu nome, saudar todos os demais dirigentes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, Infraestrutura e Afins do Estado de São Paulo; Aloízio Costa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Mobiliário de Bauru; Aparecida Maria de Menezes, presidente interina do Sindicato dos Trabalhadores e Indústria da Construção Mobiliária de São Bernardo do Campo; Cláudio Bernardo da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo e da Indústria Mobiliária; o Edmilson Girão da Silva, secretário de Finanças da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo, Guarulhos; João Batista Gomes, trabalhador e ex-diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Campinas; João Gomes Quintal Júnior, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Mobiliária de Cerqueira César; João Oliveira Campos, trabalhador antigo da categoria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliário da cidade de Guarulhos; José Andrade de Lima, diretor licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliário de São Bernardo do Campo; José Luis Fernandes, diretor social licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Botucatu; Luiz Albano da Silva, diretor, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Campinas; Luiz Carlos Geraldo, diretor licenciado do Sindicato dos Trabalhadores e Indústria de Construção Mobiliária de Mogi das Cruzes; Luiz Carlos José de Queiroz, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Mogi das Cruzes; Marcelo Ferreira dos Santos, secretário - geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Mobiliária de Guarulhos; Marcos José de Souza Fonseca, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Mogi das Cruzes; Roberto Alves Lopes, diretor coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Mobiliária de Campinas; Ronaldo Batista dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Indústria de Construção Mobiliária de Cerqueira César; Sílvio Sérgio Ventura, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Indústria de Construção Mobiliária de Duartina; Valdemir Oliveira, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores de Indústria de Construção Mobiliária de Bauru; Valmir Severino de Souza, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores de Indústria de Construção Mobiliária de Guarulhos; Valter Oliveira, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores de Indústria de Construção Civil e Mobiliária de Duartina; Vitório Matiuzzi, trabalhador antigo da categoria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Mobiliária de Salto.

E eu também gostaria de saudar o presidente do Sindicato da Construção Civil da cidade de São Paulo, meu companheiro nesta Casa, o deputado Ramalho da Construção. E eu queria pedir a todos uma salva de palmas a todos os anunciados.

Queria saudar, é um momento de muita felicidade para mim. Eu cheguei a essa Casa como deputado estadual por um grande apoio que tive de vários dirigentes, do Sindicato da Construção Civil, e eu quero destacar aqui o meu amigo, irmãozinho, o Admilson presidente lá de São Bernardo, e Claudinho, seu diretor.

No ABC eu tive um grande apoio, na cidade de Salto, o Cordeiro que não pôde estar aqui hoje também me trouxe um apoio muito grande. E eu quero dizer a cada trabalhador e cada trabalhadora, sei que vários familiares estão aqui. É muito comum no nosso país a gente homenagear uma figura quando ela morre. E a proposta dessa homenagem é homenagear vocês, cada um de vocês que serão homenageados hoje, pela luta que cada um, de vocês têm feito em defesa da classe trabalhadora.

Esta Casa fica extremamente honrada quando vê ela ocupada pelo povo, por pessoas como vocês que definitivamente representam a classe trabalhadora, a classe sofrida dos trabalhadores da construção civil e da indústria mobiliária, com salários normalmente aviltados no momento em que o desemprego atinge frontalmente esta categoria. E hoje nós temos muitos companheiros, muitos trabalhadores, especialmente da indústria da construção civil e também da indústria de móveis, desempregados.

Então eu quero dizer da minha alegria de ter criado essa homenagem e a nossa alegria de tê-los nesta Casa, sobretudo quando eu vejo essa Casa ocupada pelo dono dela, que é o povo, o povo trabalhador desse estado. Uma salva de palmas a vocês, que Deus possa continuar nos abençoando.

Eu queria, antes de passar a palavra para o deputado Ramalho fazer sua saudação a cada um dos membros das federações e confederações aqui representadas, mais uma vez, de forma rápida, fazer mais uma leitura a vocês. Esta solenidade que hoje a gente inicia é uma justa homenagem a duas classes trabalhadoras de suma importância para o nosso país e o nosso estado de São Paulo: os trabalhadores da construção e os trabalhadores da indústria moveleira. Não por acaso, essas homenagens acontecem em um momento em que caminhamos para consolidação de um golpe político nesse país, cujo os efeitos mais nefastos visam atacar os direitos trabalhistas importantes, conquistados as duras penas, através de muita luta dos trabalhadores, sindicatos, federações e confederações, e com importante protagonismo dessa classe trabalhadora hoje aqui homenageada. Que através de sua organização sindical sempre estiveram lutando pela valorização de suas forças de trabalho e pelo direito de trabalhar com dignidade.

Para falarmos sobre os trabalhadores da construção precisamos considerar uma característica marcante da indústria da construção, que é sem dúvida o fato de que a atividade permeia todos os demais ramos de ação do homem. Está presente em inúmeros setores constituindo, muitas vezes, na pedra angular e inicial de qualquer empreendimento - Saúde, educação, transporte, intermodalidade, hidrelétrica, rodovia, ferrovia, estradas que facilitam o escoamento da produção e geram emprego - sem citar os aglomerados urbanos e suas necessidades de infraestrutura, como saneamento básico.

O setor também serve como poderoso termômetro do desenvolvimento, balizando pela maior ou menor atividade os indicadores das modernas economias. A indústria da construção representa pujança, desenvolvimento e distribuição de riquezas, quer pela geração de empregos, quer pelo acesso de maior número de pessoas aos bens comunitários. A construção é a história do próprio homem, de sua aventura na Terra. Afinal, desde tempos imemoriais o homem se lançou na grande aventura da construção, porque queria conforto e segurança, porque precisava transpor barreiras e desejava encurtar distâncias. Enfim, porque queria mudar a paisagem terrestre com a força das obras. Caminhos tortuosos no princípio, pontes, aquedutos, a beleza dos mausoléus, pirâmides, palácios.

Depois, estendendo a maravilha da construção em benefício de todos em um ciclo de progresso e desenvolvimento, surgiram as rodovias, os viadutos, os túneis, as barragens, hidrelétricas, aeroportos, portos, sinalização, saneamento, rede de água e esgoto, gasoduto, chegando ao liminar das estradas do futuro. Os trabalhadores da construção civil trabalham pesado, muitos colocam em risco a própria vida. Seu suor e disposição são fundamentais para dotar o nosso estado e o país da infraestrutura necessária ao bem-estar da nossa população.

Sobre os trabalhadores da indústria moveleira, é importante destacar que os produtos do seu trabalho, os móveis, sempre acompanharam a evolução cultural da sociedade desde a idade média, onde pedras e madeiras serviam para abrigar alimentos e objetos até os dias de hoje, tendo as mais variadas funções.

No Brasil, a fabricação de móveis teve o início em 1836, a partir da madeira compensada. A tecnologia foi trazida por imigrantes europeus e aos poucos foi se estendendo e ganhando território, principalmente no sul e sudeste brasileiro. Em pouco tempo, grandes empresas do setor surgiram em São Paulo, onde mais tarde se organizariam para fundar o primeiro sindicato do ramo, o Sindimov, Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo. Naquele mesmo período, Mário de Andrade promove o primeiro concurso de mobília proletariado do Brasil, investimento mais verba no ramo comercial e atraindo cada vez mais o público alvo para a região.

Posteriormente, no início do século XX, no desenvolvimento, tomou conta da região do ABC paulista, especialmente em São Bernardo do Campo. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, em 2004 São Paulo foi o quarto maior exportador de móveis com uma remessa enviada ao exterior de 67,7 milhões de dólares, o que representa 7.2 do total exportado no segmento. Números expressivos que correspondem ao potencial do estado. Em 2005, o paulista comprou aproximadamente dois bilhões de dólares em artigo de mobiliário, representando 30.4 do mercado consumidor nacional, segundo estudo feito pelo Target Market. É considerado um dos principais termômetros de vendas do Brasil. O potencial de São Paulo para o consumo de móveis está à frente de outros estados. É provável que a região tenha consumido em 2005 1.998 bilhões de dólares em mobiliários e artigos para o lar, uma fatia de 30% do total do gasto nacional gerado por esses itens e quase o triplo do segundo da lista, o Rio de Janeiro. O setor é o responsável por 1.81 do total do consumo paulista.

O estudo Brasil em Foco, realizado pela Target conclui que 13 das 50 cidades brasileiras com maior potencial para o consumo do setor em 2005 estão em São Paulo.

Tais dados revalidam a importância dos trabalhadores da indústria moveleira para a economia nacional e especialmente para a paulista, e demonstram o quanto sua força de trabalho é fundamental não apenas para garantir o atendimento de uma importante demanda, mas sobretudo para o nosso avanço e progresso. A melhor forma de homenagear os trabalhadores, tanto da construção civil quanto da indústria moveleira, é reafirmando o meu compromisso de lutar ao lado de cada um vocês, buscando aqui no Legislativo estadual, juntamente com o deputado Ramalho da Construção, o amparo necessário para que seus direitos sejam preservados e ampliados. Por isso, saibam que o meu mandato representa a voz de vocês juntamente com o deputado Ramalho aqui nessa Casa.

Eu quero finalizar esse discurso fazendo uma conclamação: “Fora Temer!” Temos que estar todos juntos, de mãos dadas, porque esse golpe que está sendo dado e aplicado no nosso país não é para que se tire uma presidente do partido dos trabalhadores, mas sobretudo para que os direitos dos trabalhadores da construção civil, da indústria moveleira e demais áreas, todas as demais áreas, sejam revistas.

Hoje eu almoçava com um empresário muito grande e ele dizia o seguinte: “As reformas agora virão. Precisa ser feita uma reforma trabalhista nesse país, e vai ser feita uma reforma trabalhista no país.” É isso que eles queriam. Ao tirar a nossa presidente eles dão golpe na democracia, mas sobretudo um golpe nos direitos que a classe trabalhadora, através da luta de vocês, sindicalistas aqui que representam talvez a categoria mais humilde dos trabalhadores, são migrantes que aqui chegam de todo o estado, de todo o Brasil, buscando uma oportunidade. E eu quero aqui externar o meu respeito pela luta de vocês, pela luta de cada um, membro dos sindicatos aqui.

Quero dizer aos familiares, vocês é quem pagam o pato, porque enquanto o pessoal está na luta a família está lá em casa aguardando. São quantas e quantas vezes... Vi o Admilson quatro horas da manhã, cinco horas da manhã, ele, o Claudinho, na luta assim como todos vocês. Quero dizer que a classe trabalhadora nunca, talvez nunca tenha precisado tanto de vocês como está precisando nesse momento em que o Brasil e a classe trabalhadora sofrem um grande golpe político. Nós corremos sérios riscos de ver direitos conquistados com suor e sangue, serem simplesmente riscados da legislação brasileira.

Então quero cumprimentar cada um de vocês e que Deus possa continuar abençoando cada um dos presidentes aqui em cima, das confederações, das federações. Que Deus possa abençoar a vocês que estão na coordenação e à frente do sindicato. E que Deus possa estar abençoando, sobretudo, todos os trabalhadores da construção civil e todos os trabalhadores da indústria moveleira no nosso estado. Deus abençoe a cada um de vocês e vamos ouvir agora os membros da Mesa. Um grande abraço.

Eu queria convidar para fazer o uso da palavra, o nobre deputado, que também representa a classe da construção civil – e não é à toa que o nome é Ramalho da Construção - o deputado Ramalho da Construção para fazer sua saudação.

 

O SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Boa noite a todos e a todas. Quero cumprimentar o presidente da sessão, meu colega deputado, Luiz Fernando Teixeira, grande parlamentar atuante e irmão do deputado federal, meu amigo atuante, Paulo Teixeira. O Paulinho sempre esteve do lado dos trabalhadores e sempre nos atendeu de pronto cada vez que o procurávamos. O proponente do Projeto 285, de 2008, que se um dia for aprovado, destina 2% da União e 1% do estado e do município para construção de casas populares. Quero cumprimentar os amigos da Mesa, o Claudinho, Adilson, o Wilmar, o Josemar, o Rosevaldo e a todos vocês.

Parabenizo o nosso deputado Luiz Fernando Teixeira pela iniciativa brilhante. Deputado, eu sou peão de obra desde 1968, quando aqui cheguei. O senhor não era nascido, V. Exa. não era nascido. Então, eu completo agora 48 anos na mesma empresa, a Hidrasan. Agora em maio eu também completei dez anos que já recebo da Previdência. Quero dizer que tenho um orgulho imenso de ser operador do setor da construção. E muito embora tenha nascido no sertão da Paraíba, três dias de jegue para onde tinha gente civilizada, eu amo São Paulo, porque foi aqui que eu ganhei a vida. Mas foi aqui que os trabalhadores da construção civil ergueram essa cidade maravilhosa, nos pontos que já estão bem colocados pelo deputado Luiz Fernando.

Hoje ainda nós estamos à frente de um sindicato grande, um sindicato de São Paulo, que talvez seja o maior do Brasil. Mas, deputado Luiz Fernando, esse sindicato, muito embora tenha 92% de operários nordestinos, nunca tinha tido um nordestino presidente. Eu acho que nem paulista, a maioria era estrangeiro - espanhol, italiano - desde a fundação, Então eu fui o primeiro a quebrar esse tabu ao assumir a presidência do sindicato, o nordestino do sertão da Paraíba. E fui o primeiro a colocar uma mulher na diretoria de São Paulo, também fiz um livro de agradecimento e escancarei as portas do sindicato. Claro que não foi sozinho. Foi com o apoio de todos que estão aqui na Mesa, em especial do meu irmão, amigo, que é sem dúvidas nenhuma um chefe, pelo menos eu o considero um grande chefe, que é o Antônio Bekeredjian, homem experiente que esteve do meu lado em todos os momentos.

E nós só fizemos uma razoável administração graças a esse apoio de todos, todos que estão aqui na Mesa. Nós lembrávamos aqui embaixo do saudoso Valdemar. Acho que nós demos um pontapé para o debate, principalmente para a abertura em todos os Sinduscons do Brasil e a CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção, que organiza ali todas as instituições do círculo da construção civil.

Mas quero dizer ao nobre deputado e a todos os nossos colegas aqui do setor de construção que o Brasil está perto dos 12 milhões de pessoas desempregadas. E talvez o caminho mais curto para reduzir esse desemprego pode ser o nosso setor da construção. Com um bilhão de reais você consegue construir 13.157 unidades habitacionais. E considerando que cada unidade gera 1.2 empregos, deputado Luiz Fernando, gera-se 15.880 empregos diretos. Considerando que para cada emprego direto você gera 2.2 indiretos nas 187 indústrias que produzem para a construção civil, nós geramos mais de 50 mil empregos diretos e indiretos. E resolvemos, talvez, duas coisas: o sonho de qualquer cidadão, principalmente quando é jovem, que é ter uma carteira assinada e o endereço de uma empresa para trabalhar; e o sonho da casa própria. E ao comprar, sei lá onde for, na Casas Bahia, onde quer que seja,  dizer: “Eu tenho uma moradia própria.”

Deputado Luiz Fernando,  V. Exa. conhece e sabe  que, infelizmente, principalmente na cidade de São Paulo, 87% dos trabalhadores não têm casa para morar. Nós somos meio considerados o joão-de-barro, o pedreiro Valdemar. Então, um trabalho que acho que nós temos que começar a fazer nas prefeituras, nos próprios governos estaduais e federais, quem sabe uma cota, ainda que pequena, para o joão- de-barro, para o trabalhador da construção civil que gera riqueza, faz girar a roda do desenvolvimento, mas não tem a casa para morar. Todo mundo mora em comunidades. E nós sabemos que o déficit habitacional do Brasil está em aproximadamente 6,5 milhões de famílias que não têm casa para morar. Mas por outro lado, 18 milhões 750 mil famílias moram em residências inadequadas, cortiços nessas comunidades. E não tem um outro caminho se não for pela moradia popular subsidiada, porque 83% das famílias brasileiras têm renda inferior a três salários mínimos. Não é salário, é renda somada à renda, inferior a três salários mínimos. No Brasil, somente 5% ganha mais de cinco salários mínimos. Então um país rico, entre a sétima economia do mundo, mas de povo pobre. Como fazer para distribuir melhor essa renda para que nós possamos combater o déficit habitacional e, principalmente, resolver essas moradias inadequadas? Muitas delas até se acostumaram, porque não tem outro jeito, porque ninguém se acostuma com o que é ruim, mas quando não tem jeito você se obriga a ficar nessas moradias inadequadas.

Então, eu quero parabenizar V. Exa. pela iniciativa. Eu tinha um compromisso hoje na loja, e como se diz, falhei na loja porque eu falei: “Vou prestigiar meu colega deputado, meu amigo. Estamos sempre juntos aqui, por essa iniciativa brilhante de estar aqui homenageando o nosso colega. E eu me sinto homenageado, porque eu me sinto um operário da construção civil.” Muito embora a gente esteja um pouco afastado, talvez tenha que reaprender alguma coisa. Mas quero dizer, deputado, do orgulho que eu tenho de ser operário desse setor, do setor que constrói a moradia, desse setor que gera emprego, desse setor que dá dignidade às pessoas.

Parabéns, que V. Exa. seja sempre iluminado e sempre será, não somente por Deus, mas por tudo que V. Exa. tem feito para o povo de São Paulo e do Brasil. Leve um grande abraço ao meu amigo Paulo Teixeira, o qual tenho muito orgulho de ser amigo. Grande abraço, muito obrigado. Parabéns a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero agradecer as palavras do Exmo. Sr. Deputado Ramalho da Construção. E queria dar a oportunidade de passar a palavra para o presidente da Confederação Nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e da Madeira, filiado à CUT, Cláudio da Silva Gomes.

 

O SR. CLÁUDIO DA SILVA GOMES - Boa noite a todos e a todas. Primeiramente “Fora Temer!

Deputado, esse golpe não está sendo dado agora, agora é golpe político. O primeiro golpe quem sofreu foi a classe trabalhadora, principalmente os trabalhadores da construção civil. Porque no início, na preparação do golpe, nós já perdemos mais de um milhão e 500 mil postos de trabalho. Quando iniciou o processo contra a Petrobras e contra todas as obras de infraestrutura, o Minha Casa Minha Vida e todos esses grandes projetos que geravam emprego, principalmente no setor da construção civil, aí sim começou o principal golpe. Agora é a retirada dos direitos.

Para o trabalhador, a retirada dos direitos não significa tanto quanto a perda do emprego, porque a partir do momento que ele não tem mais emprego, o principal direito dele já se foi embora. E é isso que nós temos que resgatar e é essa a responsabilidade que tem aqueles que sempre lutaram para que os nossos trabalhadores tivessem um pouco de dignidade. Nós não queremos que o governo vá lá e nos dê casa, nos dê cesta básica, mas que nos dê a dignidade de ter o emprego para poder comprar a nossa casa, comprar a nossa alimentação, ter uma vida digna, poder andar de avião, poder ter lazer e poder ter direto às férias, coisa que nós nunca tivemos antes dessa última década. E quando o nosso sonho estava se concretizando, nos tiraram o direito de poder sonhar, de ter uma vida digna, de ser realmente cidadãos brasileiros. Nós não queremos esmola, nós queremos dignidade. Nós queremos ter oportunidade de trabalho. E é para isso que lutam todos os dias os trabalhadores da construção civil quando se levantam às quatro horas da manhã, cinco horas da manhã, colocam suas marmitas dentro das mochilas e vão trabalhar para poder buscar sua dignidade. Não é para ficar rico.

A partir do momento que nós tivemos os nossos sonhos interrompidos, e é o que está acontecendo agora com esse golpe, emperram o nosso sonho de poder fazer com que nós, enquanto cidadãos brasileiros, possamos ter direito. Lutamos a vida inteira por tudo isso desde quando o Brasil foi descoberto. E antes disso também, desde o tempo das pirâmides, para que os trabalhadores pudessem ter dignidade.

Moisés, ao retirar os hebreus da escravidão, era justamente para dar uma vida digna. Agora é justamente  nos trazer de volta a uma escravidão. A partir do momento que você tem um representante patronal propondo jornada de 80 horas semanais, para quem vocês acham que vão ser essas jornadas de 80 horas semanais? Para o engenheiro? Para o publicitário? Para aquele que está lá na Avenida Paulista? É claro que não. Jornada extensa, exaustiva e até a morte é para trabalhador como os da construção civil. E nós não podemos permitir que isso aconteça. E é por isso que é o nosso papel aqui, enquanto dirigente sindical, além de recebermos homenagens, também recebermos incentivo para que possamos realmente fazer a luta e buscar reconquistar os nossos sonhos. Não permitir de forma nenhuma que uma classe dominante nos subjugue e nos coloque na condição novamente de servos para que sempre possa fazer as vontades da casa grande em troca de comida e em troca de morar no porão. Nós não vamos aceitar isso e vamos para a luta!

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Eu queria agradecer as falas do Cláudio. E queria também agradecer a presença e convidar, já para fazer parte da Mesa aqui, nesta extensão da Mesa, o Aécio, presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Espírito Santos a quem eu peço uma salva de palmas.

Queria nesse momento convidar o Wilmar, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada para fazer uso da palavra.

 

O SR. WILMAR GOMES DOS SANTOS - Deputado Luiz Fernando, deputado companheiro Ramalho da Construção, meu companheiro e eterno amigo, Antônio Bekeredjian, senhoras, senhores, demais colegas, antes de mais nada eu queria, em nome dos trabalhadores da construção, agradecer a homenagem que hoje o senhor presta a todos os trabalhadores da construção do estado de São Paulo. E eu quero estender aqui também para todos os trabalhadores da construção do Brasil.

Por uma questão óbvia, eu queria dizer para os companheiros que o deputado Ramalho, além de ser amigo, além de ser companheiro, ele também faz parte da nossa federação nacional e também da nossa confederação nacional. Em razão disso e por questões óbvias, eu vou me abster de fazer comentários a respeito do atual momento político que nós passamos. Mas também como com o Claudinho: “Fora Temer!

Um pouco antes de subir até a tribuna, até a Mesa, comentava eu com o Claudinho e com o companheiro Luiz que a situação que nós viemos hoje, deputado, é uma situação bastante terrível. Se nós pegarmos três anos atrás, exatamente três anos atrás, nós brasileiros vivíamos duas situações muito diferente daquela que nós estamos vivendo hoje. Dois eventos que marcaram aquele ano, o primeiro foi a nossa seleção brasileira de futebol ter sido campeã na Copa das Confederações. Naquele exato momento também nós começávamos a viver aquilo que nós estamos chamando de golpe hoje. Surgiram movimentos de ruas, intitulados movimentos sem filiação partidária, sem bandeira, que o objetivo simplesmente era expressar aquele sentimento negativo, teórico que a população estava sentindo. E nós sabíamos exatamente que aquilo não era um movimento apolítico, antes pelo contrário, se tornou o que nós estamos vivendo hoje, um movimento, quem sabe, desorganizado, um movimento que não tinha, entre aspas, nenhuma aparência de golpe, mas ali começava a ser aplicado o golpe que se dá hoje neste país.

Independentemente disso, naquela ocasião eu me recordo que tanto eu quanto o companheiro Ramalho, e se não me falha a memória, também o companheiro Claudinho, demos uma entrevista para a “Folha de S. Paulo” em que a nossa preocupação naquele momento era qualificar trabalhadores, porque o setor da construção no país, em especial em São Paulo, demandava trabalhadores qualificados e naquela oportunidade nós não tínhamos. Algumas reportagens da TV davam ordem de que alguns encarregados em obra chegavam a ganhar até 20, 25 mil reais porque eram qualificados e a demanda para aqueles trabalhadores, engenheiros inclusive, era tanta que as empresas se viam na condição de pagar 20, 25, 30 mil reais para encarregado de obra.

Três anos apenas nos separam daquele estado. Ramalho, Claudinho, Wilmar e demais companheiros, nós não sabíamos o que fazer naquela oportunidade para treinar trabalhadores para aquela ocasião. Exatos mil dias aproximadamente daquela data, nós vemos hoje o desemprego que, segundo o companheiro Ramalho colocou, está na ordem de 12 milhões de trabalhadores no Brasil. O que isso quer dizer? Quer dizer que nós, da construção, somamos aí alguma coisa perto de 30 a 40% desse efetivo. Nós tínhamos naquela oportunidade, deputado Luiz Fernando, no Brasil inteiro, alguma coisa perto de quatro milhões e meio de trabalhadores efetivamente contratados com carteira assinada. Hoje eu acho que nós não passamos de 1.2 milhão de trabalhadores a nível de Brasil. Isso é muito grave, porque além de não termos trabalho, nós não temos perspectiva de que isso acontecerá em curto prazo. O fato é terrível. E como diz o companheiro Ramalho, eu acho que a saída para o desemprego é a retomada dos investimentos da ordem de infraestrutura e na construção de casas que a nossa demanda é muito grande por isso. E o mais grave é que nós não estamos vendo saída, nós não estamos vendo luz no fim do túnel.

Então eu acredito, deputado Luiz Fernando, que essa homenagem hoje não só vem de encontro com o anseio da classe trabalhadora, mas também vem no sentido de fortalecer os companheiros sindicalistas e nós, no sentido de lutarmos para que mudemos o quadro a curto prazo, apesar de acreditar que ao que parece está muito complicado e muito difícil. Não há que se falar em perda de direito nesse momento, porque no nosso caso a perda, a perda do emprego é mais do que urgente reverter esse quadro. Então eu acho que a retirada dos direitos fatalmente vai vir. Mas para nós, trabalhadores da construção, neste exato momento o que nós precisamos é retomar o nosso emprego perdido há três anos.

Agradeço o deputado Ramalho e a todos os presentes, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Gostaria de convidar para fazer o uso da palavra o Sr. Rosevaldo José de Oliveira, presidente da Federação Nacional dos Empregados nas Empresas Concessionárias nos Ramos de Rodovias Públicas, Estradas em Geral e Pedágios.

 

O SR. ROSEVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA - Boa noite deputado Luiz Fernando; deputado Ramalho da Construção, e cumprimentando-o cumprimento toda a Mesa aqui presente. Cumprimento aí a plateia, a pessoa do presidente do Sindicato da Construção Pesada, o Antônio Bekeredjian, e os demais colegas.

Eu faço as minhas palavras as dos companheiros aqui, sabemos que a situação não está fácil. Tenho viajado conversando aqui com alguns companheiros e tenho viajado o Brasil todo e sabemos que a crise se alastrou. A minha categoria é uma categoria nova, muito injustiçada. Sabemos que todas às vezes que estão passeando, pegando um feriado, feriadão, a gente passa pelo pedágio. E é uma categoria que o pessoal pensa que está pagando ali e esquece que o trabalhador que está atrás da cabine ali. Então é uma categoria que infelizmente é deixada para trás, mas estamos aí para lutar. Eu acho que a luta não é só minha, a luta é de todos os companheiros.

Cumprimento também o Luizinho, com quem trabalhei no GT da construção, no grupo Departiti. É uma vitória que nós temos no anexo da NR18. E essa luta não é de agora, essa luta minha vem de longas datas. Acho que me sinto o mais novo aqui diante de tanta experiência aqui da Mesa, experiência da plateia e estou aqui só para aprender e lutar.

A minha promessa sempre foi de luta e o meu lema é “Juntos na luta” porque no dia da vitória não vamos comemorar com ninguém. E diante da situação do nosso país hoje, em que estamos vivendo a crise política, a crise financeira, o que a gente deve fazer é juntar todos mesmo, todos os trabalhadores, todas as categorias, todas as centrais para estar lutando. Lutando para um Brasil melhor, lutando para acabar com essa crise, porque é só pelo trabalho e pela luta que conseguiremos vitória.

Sem mais delongas eu quero agradecer aqui ao deputado mais uma vez, e quero cumprimentar aqui o Aécio, que é presidente do Espírito Santo, estive no estado dele trabalhando também. E que Deus abençoe a todos. E juntos na luta, companheiros.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Tem gente com nome que é completo. Tem o Aécio que é um golpista e tem o Aécio bom. Eu queria convidar nesse momento o vereador em Serra, companheiro, presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Espírito Santo, diretor secretário de educação da CNTIC, o Aécio bom para fazer uma fala com a gente.

O SR. AÉCIO DARLI DE JESUS LEITE - Boa noite a todos. Em nome do deputado eu quero agradecer a presença aqui. E de longe, lá do Espírito Santo, mas é gratificante. Em nome da Conticom, em nome da CNTIC, eu acho que os trabalhadores precisam unir esse movimento, unir as mãos independente de partido, independente de qualquer sentido. Quem está sofrendo nesse momento são os trabalhadores da construção civil. Então nós temos que ir para frente. Nós estamos vendo aí quem está sendo prejudicado.

E o grande golpe nesse país, que vem pela frente, é tirar todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, nós temos que estar atentos. Eu queria dizer a todos vocês que nós precisamos e temos que nos unir e ir para a rua, porque se ficarmos calados nós vamos voltar à época de 64. Os trabalhadores não podem ficar calados, os trabalhadores não podem perder seus direitos. Foi muito difícil conquistar o que nós temos hoje. Jamais poderemos perder.

E aí eu clamo a todas as centrais sindicais deste país, vamos esquecer as ideologias políticas e pensar naquele que mais necessita que são os trabalhadores da construção civil.

Parabéns, deputado, parabéns a todos nós. Os trabalhadores da construção civil estão precisando da nossa união. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Eu gostaria de registrar o Admilson Lúcio Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção. Naturalmente faria uma fala, mas em virtude da lei eleitoral nós achamos, em comum acordo, que é melhor o Admilson ficar quieto nesse momento. Mas eu acho que a fala de todos nós seria a fala do Admilson.

E gostaria nesse momento de convidar um cara legal, um cara bacana, o Bacaninha, Josemar Bernardes André, presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo, com quem eu conversei a respeito desse evento e que fez questão de homenagear todo o interior, de pensarmos. E a ideia é que nós passamos, Admilson, fazer todos os anos essa homenagem e aí a gente possa estar trazendo outros membros dos nossos sindicatos para serem homenageados em nome da classe trabalhadora. E agora eu queria ouvir um papo bacana.

 

O SR. JOSEMAR BERNARDES ANDRÉ - Boa noite a todos e todas. Quero cumprimentar aqui o deputado Ramalho e o nosso companheiro Luiz Fernando, e parabenizá-lo pela iniciativa. O setor da construção é de fato um dos setores que é, a meu ver, a mola dessa economia e de qualquer outra economia. E homenagear esses trabalhadores na pessoa dos representantes aqui presentes para nós é um motivo muito grande de orgulho. Entendo que sem essa classe trabalhadora nada existe. Os trabalhadores da construção e do mobiliário chegam antes de todos, deputado Luiz. O deputado Ramalho que tem uma vida inteira no setor da construção, sabe disso.

Nós não estaríamos aqui se não fossem os trabalhadores da construção. Homenagear  os trabalhadores da construção e da madeira nesta noite é uma iniciativa muito sábia do deputado.

Eu quero dizer sobre a questão política, independente da cor do partido, da questão das centrais. Nós, da CUT, já tivemos agora recentemente um ato unificado de todas as centrais sindicais porque ainda que se pensasse que o interino que está aí traria um projeto de alavancagem do emprego, chegaram à conclusão que de fato o que está em curso é um projeto onde o principal objetivo deles é primeiro barrar o que está em curso, um projeto que traz para participar daquilo que se produz, a classe trabalhadora como um todo e a construção civil, os trabalhadores da construção civil foram muito participativos nesse crescimento que nós tivemos recente. Tal qual esse crescimento propiciou salário enormes, grandes ganhos salariais para os profissionais, técnicos e para os trabalhadores em si que fazia lá com a mão na massa levantando parede e assim por diante.

Criou-se uma categoria aí de trabalhadores chamados bloqueiros, tarefeiros. Pedreiro ganhar oito mil reais no mês, onde nós já vimos isso na história do Brasil? Nunca, nunca isso aconteceu. Mas o projeto, claro que está em curso, é golpe mesmo, mas não é golpe puro e simplesmente na questão dos trabalhadores em si, é o modelo neoliberal que eles estão querendo implantar no Brasil. É o modelo “just in time” onde os trabalhadores terão aqueles empregos que hoje alguns já tem, mas não nessa condição. É o trabalhador que está trabalhando em uma empresa e fica ali no “stand by” para ser chamado para uma eventual necessidade imediata de uma empresa. Então isso na Europa já está existindo e aí eles querem colocar essa questão no Brasil também e com esse governo que aí está. No governo da Dilma, do presidente Lula, do PT, isso não aconteceria, não teria como acontecer. Só dá para acontecer se tiver sim um governo, um presidente que tenha compromisso com esse setor que é o setor financeiro, que é o setor da indústria, que está aí há tempos gritando contra essa questão do avanço do direito dos trabalhadores, do aumento do salário mínimo. Isso é queixa deles, foi queixa na campanha passada, eles perderam a eleição, os apoiadores do Aécio do mal falavam: “Um salário mínimo nesse patamar prejudica o empresariado, reduz a margem de lucro do empresariado.

E olha que não foi uma eleição fácil para nós, para a Dilma, mas aí ganhou-se as eleições e eles implementaram o projeto deles de uma vez por todas que é para derrocar esse projeto que inclui as pessoas e as pessoas que deveriam já estar incluídas que são as pessoas que trabalham na área da produção.

Então eu vejo isso com muita preocupação, e agora recente em virtude desse fato em que as centrais sindicais enxergaram de uma vez por todas que não tem projeto neste governo que atenda a demanda dos trabalhadores. E aí já estão posicionando conjuntamente para estar junto pressionando o governo para que não venha a retirada do direito dos trabalhadores, não tenha nenhum sucesso esse projeto aí. Nós já tivemos isso em 96, os companheiros sabem, no setor da construção, quando se falava em retirada de direito para criar emprego. Não se cria emprego retirando direito, não se cria emprego reduzindo salário. O Lula demonstrou isso, alavancando, dando aumentos reais no salário mínimo. Foi aí que gerou emprego. Não se cria emprego reduzindo ganhos, é uma aposta equivocada do sistema, mas infelizmente o sistema neoliberal, o sistema capitalista aposta nesta tese aí, de que quanto menos se paga, mais se ganha, mas não é bem assim.

Então mais uma vez agradeço, me sinto lisonjeado por estarmos aqui, todos nós, os companheiros da federação solidária, os companheiros da CNTIC que estão aqui presentes, pessoal da pesada. Aqui está o setor que representa, de fato, toda a cadeia do setor da construção, de estar aqui sendo homenageados em nome desses trabalhadores tão valorosos para o país. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Tinha dito que seria uma palavra bacaninha e foi.

Neste momento nós iniciaremos as homenagens aos trabalhadores da construção civil e indústria moveleira do estado de São Paulo através da entrega de uma medalha de honra ao mérito e de um diploma. E para fazer essa entrega eu quero transferir a Presidência para a parte de baixo do plenário, aonde nós vãos chamar um a um os nomes para fazer essas entregas.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Convido para receber a sua homenagem o Sr. Admilson Lucio Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção. Nascido em Tarumirim, veio para o ABC em 1982. Aos 18 anos foi contratado pela empresa Cerâmica Santana, onde cumpriu três mandatos de cipeiro, dando início a sua trajetória de dirigente sindical no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de São Bernardo do Campo em 1999. Foi delegado de base, tesoureiro, secretário de Formação, secretário - geral e duas vezes presidente. Em 2001 assumiu a tesouraria e em 2005 a Secretaria de Formação. Em 2009 assumiu a presidência da Confederação Nacional dos Empregados nas Indústrias da Construção.

Para receber em nome do Sr. Anderson Inácio da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Mobiliária de Botucatu, eu convido o Sr. Eder Ferreira Martins Batista. Anderson Inácio da Silva, nascido em 12 de agosto de 71 trabalha no setor da construção civil desde 99, sendo diretor sindical desde 2001 e sócio colaborador da entidade há 17 anos. É presidente do sindicato e atualmente integra a diretoria da FSCM da CUT, como membro do conselho fiscal.

Também para receber o Sr. André Luiz de Almeida, também representado pelo Sr. Eder Ferreira, que é secretário - geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de Salto. Sr. André Luiz de Almeida nasceu em Taquarituba, São Paulo, em 26 de janeiro de 82. Mudou para a cidade de Salto em 1995. Começou a trabalhar na Cerâmica Mundi em 2005. Em 2006 foi eleito delegado sindical do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção e do Mobiliário de Salto. Em 2011 foi eleito secretário - geral e na terceira eleição, em 2015, foi reeleito novamente secretário - geral, cargo que ocupa atualmente no sindicato. Foi eleito cipeiro por três mandatos na empresa Cerâmica Mundi, também é membro do Conselho do Emprego que discute a empregabilidade no município de Salto e membro do Conselho Municipal da Saúde da cidade de Salto.

Convido agora o Sr. Antônio Bekeredjian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, Infraestruturas e Afins do Estado de São Paulo. Paulistano desde 1941, iniciou militância sindical em 1968, na Associação dos Trabalhadores da Indústria de Terraplanagem e Pavimentação do Estado de São Paulo. Foi diretor do Sindicato da Construção Pesada do Estado de São Paulo e é, pelo segundo mandato, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada, Infraestrutura e Afins do Estado de São Paulo. Uma salva de palmas, por favor.

Mais uma vez gostaria de convidar o Eder Ferreira Martins Batista para representar o Sr. Antônio Cordeiro dos Santos, presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores e Indústrias de Construção de Salto. Senhor Antônio Cordeiro nascido em Realeza no Paraná em 30 de janeiro de 69, mudou-se para a cidade de Salto em 88. Começou a trabalhar na empresa Eucatex no mesmo ano, quando já se filiou ao Sindicato da Construção Civil. Em 96 fez parte da chapa que venceu as eleições sindicais, quando começou a sua vida sindical continuando até os dias atuais, exercendo cargo de presidente da entidade sindical. Em 96, se filiou ao PT e concorreu ao primeiro cargo legislativo em 2004, ficando como primeiro suplente. Na segunda campanha para um cargo legislativo em 2012, se elegeu vereador de Salto.

Convido agora para receber a sua homenagem, o Sr. Aluízio Costa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias de Construção Moveleira de Bauru. Aluízio Costa nasceu em 26 de julho de 62, militante sindical desde 1993. Aluízio vem exercendo cargo de diretor membro do Conselho Municipal de Saúde de Bauru e é diretor da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção no Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo.

Convido agora a primeira mulher a receber nesta noite, a Sra. Aparecida Maria de Menezes, presidente interina do Sindicato dos Trabalhadores e Indústria da Construção Mobiliária de São Bernardo do Campo. Nascida em Pongaí, São Paulo, em seis de janeiro de 56, seu primeiro mandato como diretora foi em 1996. Entre outros cargos na entidade, já participou da Secretaria de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho. Foi cipeira da empresa Angesta e Móveis, por dois anos. Faz parte da direção plena da CUT e secretária da mulher na FSCM, ,CUT e hoje é presidenta interina da Sintracon.

Convido o Sr. Cláudio Bernardo da Silva, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção e Mobiliário de São Bernardo do Campo. Nasceu em Amaraji, no estado de Pernambuco, em cinco de setembro de 79. Iniciou a sua trajetória no movimento sindical no ano de 2002, quando foi diretor de base do grupo Trentini. Dois anos depois ficou na suplência da Secretaria de Comunicação do Sintracon São Bernardo do Campo. No mandato seguinte assumiu como titular da pasta e é atualmente o secretário-geral. Em 2009 foi diretor do Conselho Fiscal da FSCM da CUT e hoje é secretário de organização. Cursa o terceiro ano da faculdade de Direito.

Convido agora para receber a sua homenagem o Sr. Cláudio da Silva Gomes, o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo. Iniciou a sua trajetória sindical no início da década de 90 como diretor da EstinCM de Bauru. E em 94 assumiu a presidência da entidade. Foi um dos idealizadores da fundação FSCM CUT. Atual presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira Filiados a CUT, e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bauru e Região. É também diretor da CUT Nacional.

Convido o Sr. Edmilson Girão da Silva, secretário de Finanças da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e da Madeira da CUT São Paulo. Nasceu em 22 de outubro de 59, na cidade de Ceará Mirim, em Rio Grande do Norte. Morador de São Paulo desde 77, entrou na categoria em 92, na empresa Gail, exercendo a função de mecânico de manutenção. Entrou para a direção do sindicato em 2003, assumindo a presidência em 2006, vindo assumir a tesouraria da Federação do Estado de São Paulo em 2012.

Para receber sua homenagem, eu convido o Sr. João Batista Gomes, trabalhador e ex-diretor do Sindicato de Trabalhadores de Indústria e Construção Mobiliária de Campinas. Nascido em 1948, em 68 veio para São Paulo onde ingressou na construção civil em 1969, associando-se ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas e região em 1970. Recebeu o apelido de Figueiredo, por sua atuação combativa junto aos trabalhadores. Na década de 80 entrou para o grupo Pastora Operária e esteve na direção da Confederação da Construção e Madeira da CUT, de 89 a 96 e também de 90 a 94. Em 2000 retornou como funcionário do sindicato.

Para receber neste momento, convido João Gomes Quintal Júnior, diretor do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de Cerqueira
César. Nascido em 13 de maio de 64, é militante sindical desde 2006. Atualmente é membro da direção do sindicato, além de participar ativamente nos conselhos do seu município.

Gostaria de convidar João Oliveira Campos, trabalhador antigo da categoria do Sindicato de Trabalhadores da Indústria e Construção Mobiliária de Guarulhos. Nascido em 22 de dezembro de 1930, na cidade de Acetaban, Sergipe, reside em São Paulo desde 1967. Trabalhou em várias empresas da categoria da construção civil como Camargo Correa, Gutierrez, entre outras, exercendo funções que vão desde carpinteiro até encarregado de obras. Trabalhou na construção da cidade de Brasília, no Distrito Federal. Fez parte da diretoria do sindicato por vários mandatos até se aposentar em 1994. Uma salva de palmas para oSr. João Oliveira Campos.

Agora para receber a sua homenagem, Sr. José de Andrade de Lima, diretor licenciado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de São Bernardo do Campo. Nasceu em Solonópole, no estado do Ceará em 26 de fevereiro de 58. Atua em movimentos sociais como coordenador da Associação Comunitária, Assistencial e Cultural Vila Palmares, foi cipeiro na empresa Mundo por dois mandatos. Integra a diretoria do Sintracon desde 1997.

Agora convido novamente o Sr. Eder Ferreira Martins Batista para receber em nome de José Luiz Fernandes, diretor licenciado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção e Mobiliário de Botucatu. Nascido em nove de janeiro de 71, é diretor sindical desde 2001 e funcionário da empresa ECTX desde 99. É sócio colaborador há 17 anos e diretor social da entidade.

Agora para receber a sua homenagem, convido o Sr. Josemar Bernardes André, o Bacaninha, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo. Nascido em dois de dezembro ode 64, é presidente do FSCM da CUT, Sindicato da Construção do Mobiliário de Moji das Cruzes e Região. Foi diretor sindical por seis mandatos e atuou no setor de cerâmica e refratários sendo funcionário da empresa Ibar por mais de 27 anos.

Agora receberá a sua homenagem Sr. Luiz Albano da Silva, diretor coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de Campinas. Nasceu em 31 de agosto de 56, ingressou na atividade sindical em 84 quando filiou-se no Sindicato da Construção Civil de Campinas e Região. Em 1986, assumiu o sindicato. Na primeira gestão foi 1º secretário, na segunda gestão, colegiada, atual na Secretaria de Finanças, permanecendo sempre na executiva do sindicato. Atualmente está na coordenação administrativa do sindicato. Integra também a direção da federação e da CUT estadual. Também atua nos movimentos sociais e é filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1980.

Para receber a sua homenagem, eu convido o Sr. Luiz Carlos José de Queiroz, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Mobiliária de Mogi das Cruzes. Nascido em 24 de fevereiro de 1970, foi diretor sindical por seis mandatos. É secretário-geral e vice presidente da Conticom São Paulo. Foi funcionário da empresa Ibar por mais de 20 atua no setor de cerâmica em refratários como conferente de depósito.

Convido o Sr. Marcelo Ferreira dos Santos, secretário - geral do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil, Mobiliário e Madeira de Guarulhos. Nascido em 19 de novembro de 1981, em Casa Nova, na Bahia, reside em São Paulo desde 89. Entrou para a categoria em 1998, através da empresa Security S.A. exercendo a função de pintor. Ingressou na diretoria do sindicato em 2008, assumindo o cargo de secretário de esportes. Em 2012 assumiu a Secretaria-Geral. E em 2015 a Secretaria de Esporte da Federação do Estado de São Paulo.

Convido agora Sr. Marcos José de Souza Fonseca, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Mogi das Cruzes. Nasceu em 25 de fevereiro de 1974, foi diretor sindical por quatro mandatos, exerceu a função de secretário de Finanças e foi funcionário da empresa Big Domos, do setor moveleiro por mais de 20 anos exercendo a função de operador de seccionadora.

Convido agora o Sr. Roberto Alves Lopes, diretor coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de Campinas. Nascido em 14 de maio de 76. Ingressou no sindicato em 1999, como dirigente. É membro da coordenação executiva do sindicato e sempre esteve à frente da Secretaria de Políticas Sociais e Formação Política da qual faz parte até hoje. Atua na base sindical onde se encontra a sub sede de Hortolândia e Sumaré.

Convido agora o seu Ronaldo Batista dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Cerqueira César. Nascido em 28 de abril de 65, é militante sindical desde 97 e atualmente é membro da direção do sindicato e membro ativo da associação de moradores do seu bairro, há mais de dez anos.

Agora eu convido Rosevaldo José de Oliveira, que é presidente da Federação Nacional dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias Públicas, Estradas e Pedágios. Mineiro, nascido em Formiga, chegou em São Paulo no ano de 200, onde ingressou no curso de engenheria e técnico de segurança. Foi integrante do grupo tripartite para mudança da NR18, norma regulamentadora de condições e meio ambiente do trabalho. Entrou para o ramo de concessão de rodovia vindo fazer parte da diretoria do Sindicato dos Empregados de Concessão. Em 2008 veio a presidir a Federação Nacional dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias Públicas, estradas em geral e pedágios. Como presidente da federação, tem contribuído com a fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Construção. Uma salva de palmas, por favor, para o senhor Rosevaldo.

Para receber a sua homenagem, convido o Sr. Sílvio Sérgio Ventura, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Duartina. Nascido em quatro de março de 78, é militante sindical desde 98 e atualmente presidente do sindicato. Membro do Conselho da Previdência Regional Bauru, membro da Comissão Municipal de Emprego, diretor da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo.

Também para receber pelo Sr. Talel Soleiman Ismail, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores das Indústria de Construção Mobiliário de Salto, eu convido novamente o senhor Eder Ferreira Martins Batista.

Convido agora o Sr. Luiz Carlos Geraldo, diretor licenciado do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliária de Moji das Cruzes. Foi diretor sindical por seis mandatos e é diretor sindical aposentado. Trabalhou na empresa Cerâmica Gyotoku Ltda. por mais de 27 anos. É professor de história e vereador pelo Partido dos Trabalhadores no Município de Suzano pelo quarto mandato consecutivo.

Agora eu convido o Sr. Valdemir Oliveira, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de Bauru. Nascido em 14 de novembro de 62, é militante sindical desde 1994 e está exercendo cargo de diretor financeiro. Também é vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeiras filiados à CUT.

Agora eu convido a Sra. Edna de Almeida Santos que vai representar o senhor Valmir Severino de Souza, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Mobiliário de Guarulhos.  O Sr. Valmir é nascido em oito de dezembro de 69, na cidade de Boa Ventura Paraíba, ele reside em São Paulo desde 87 e entrou na categoria em 99 na empresa Marmogrini, exercendo a função de marmorista. Entrou na diretoria em 2006, como suplente do conselho fiscal. E em 2012 assumiu a tesouraria do sindicato. Assumiu a suplência da direção da Federação do Estado de São Paulo no ano de 2015.

Gostaria de convidar o Sr. Valter Oliveira, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de Duartina. Nascido em 28 de abril de 65, é militante sindical desde 2010. Atualmente diretor financeiro do sindicato, já atuou como membro da Comissão Municipal de Saúde da sua cidade, Duartina.

Mais uma vez eu gostaria de convidar o Eder Ferreira para receber em nome do senhor Vitório Matiuzzi, trabalhador antigo da categoria do Sindicato de Trabalhadores de Indústria de Construção Mobiliário de Salto. Sr. Vitório, advogado, nascido em salto em 28 de junho de 58. Aos 17 anos, ingressou no setor de mecânica, empresa da construção civil e mobiliário. Iniciou a participação na vida sindical como membro atuante nas comissões de fábrica, em negociação coletiva de trabalho. Em 88 foi candidato a prefeito, com 11% dos votos válidos. Em 89 assumiu o departamento jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos de Salto. Em seguida, o Sindicatos dos Trabalhadores da Construção e também metalúrgicos. No ano de 2001, assumiu o departamento jurídico da Câmara Municipal de Salto até a sua aposentadoria especial em 2007. Foi presidente do Conselho de Ética da Ordem dos Advogados de Salto até 2013. Pós-graduado em Direito Previdenciário, continua dando assessoria aos trabalhadores da construção e metalúrgicos da sua cidade em plantões semanais.

E agora eu gostaria de convidar o Sr. Wilmar Gomes dos Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada para receber a sua homenagem. Wilmar Gomes dos Santos iniciou a sua trajetória política sindical na década de 80, trabalhando como soldador e na condição de cipeiro por três anos na empresa Sociedade Brasileira de Eletrificação, uma metalúrgica hoje já extinta. Fez parte da fundação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de Minas Gerais. Assumiu assento junto a recém fundada Fenatracop, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada, entidade essa que hoje preside e conta com mais de 22 sindicatos estaduais específicos organizados. Auxiliou a organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Construção, entidade na qual também tem assento em sua diretoria executiva.

E agora eu gostaria de também convidar o Sr. Aécio, Aécio bom, Darli de Jesus Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Espírito Santo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil.

E agora eu gostaria de pedir uma salva de palmas para todos os homenageados.

 

                                                           * * *

 

- É feita a entrega. (Palmas.) 

 

                                                           * * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Eu queria cumprimentar a todos os homenageados, a todas as homenageadas. Queria dizer que para nós é uma honra estar fazendo essa homenagem, justa homenagem. Eu queria lembrar, tem algumas pessoas que eu gostaria muito que estivessem usando o microfone, porque se colocam como representantes da categoria, buscando um cargo público, vários candidatos a vereador aqui, candidato a prefeito.

Eu queria dizer para vocês da importância, assim como a construção civil na capital elegeu o Ramalho da Construção, assim como o Sindicato da Construção Civil no ABC e várias cidades do interior ajudaram a me eleger deputado estadual, é muito importante que outros companheiros, outros colegas nossos pudessem ocupar posições como temos ocupado em algumas cidades como vereador, prefeito. Salto hoje tem um prefeito que é da construção civil. O Luizinho, professor Luizinho, vereador por quatro mandatos na cidade de Suzano. É vereador. Temos aqui vários postulantes que eu, por cuidado, não vou citar os nomes, como temos na cidade de Serra um Aécio bom, que é vereador. Era tão importante a gente buscar saber os nossos companheiros nas respectivas cidades. Eu vejo aqui candidato de Diadema, vejo aqui candidato de São Bernardo, vejo aqui candidato de Suzano, temos de Salto, temos de vários lugares que são companheiros da construção civil, da indústria moveleira e da importância da gente dar a eles um mandato.

Quero lembrar que quando um companheiro nosso chega ali, fortalece a categoria. Então queria sugerir. Eu conheço pessoas em várias cidades, sugerir aquelas pessoas, às vezes tem parente, nós temos amigos, irmãos nessas cidades, que a gente pudesse estar fortalecendo as campanhas dos nossos companheiros. Queria agradecer a Deus por esse momento, pela vida de cada um de vocês.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece as autoridades, aos representantes dos trabalhadores da construção civil, da indústria moveleira no estado de São Paulo. Quero agradecer a presença que abrilhanta esse evento do grande deputado Ramalho da Construção, meu colega, atuante deputado desta Casa. Quero agradecer a toda a minha equipe, minha assessoria na figura da Suzana, na figura de todos os demais por terem organizado essa sessão. Quero agradecer aos funcionários da Assembleia, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial que tiveram que se enrolar com as nossas abreviaturas aqui. Quero agradecer o André e a Luzia que estiveram junto com a Suzana à frente desse processo. À Imprensa da Casa, à TV Assembleia e das Assessorias Policiais Militar e Civil, bem como a todos que com suas presenças colaboraram para o êxito desta sessão.

Queria convidar a todos que estão embaixo, que descessem aqui, saíssem pela direita, está tendo um coquetel para que a gente possa matar um pouco a fome. Queria convidar também o pessoal da galeria, que pudesse estar conosco fazendo essa confraternização.

Deus os abençoe e a Assembleia Legislativa, hoje, está honrada com a construção civil e moveleira aqui representada. Um grande abraço.

Neste momento eu declaro encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 10 minutos.

 

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