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23 DE SETEMBRO DE 2016

060ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO DOUTOR DAVID UIP, SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, COM A OUTORGA DO COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: FERNANDO CAPEZ

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa. Informa que convocara a presente sessão solene com a finalidade de prestar "Homenagem ao Doutor David Uip, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, com a outorga do Colar de Honra ao Mérito". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Nomeia as autoridades presentes. Lê mensagem enviada pelo governador Geraldo Alckmin. Anuncia exibição de vídeo com homenagem dos amigos e familiares ao doutor David Uip.

 

2 - ITAMAR BORGES

Deputado estadual, saúda as autoridades presentes. Enaltece o trabalho do Dr. David Uip em prol da Saúde.

 

3 - JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA

Coronel PM e secretário chefe da Casa Militar do Estado de São Paulo, discorre sobre sua relação profissional com o Dr. David Uip. Declara admiração pelo trabalho e pela carreira do homenageado.

 

4 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Lê biografia do homenageado. Anuncia a entrega do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

5 - DAVID UIP

Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, discorre sobre sua formação acadêmica e profissional. Destaca dedicação, na maior parte de sua carreira, à Saúde Pública. Agradece o governador Alckmin pela oportunidade em ser secretário da Saúde. Comenta diversas ações de sua gestão, listando números de investimentos e programas. Homenageia a Faculdade de Medicina do ABC, na qual fez graduação. Agradece a todos pela homenagem.

 

6 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Discorre sobre a trajetória acadêmica e profissional de David Uip. Cita passagem bíblica, elogiando a pessoa do homenageado. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. Fernando Capez.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sessão solene com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao professor Dr. David Uip.

Para a composição da Mesa principal dos trabalhos, solicito uma calorosa salva de palmas ao nosso homenageado, Exmo. secretário de Estado da Saúde, professor Dr. David Uip. Representando o governador do Estado de São Paulo, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel da Polícia Militar, José Roberto Rodrigues de Oliveira.

Alguns dos senhores me viram ao telefone, estava conversando com o senador e ministro José Serra, que acaba de chegar de uma viagem de Nova Iorque e pretende se dirigir a esta sessão para cumprimentar o seu amigo David Uip.

Ainda está presente o secretário-adjunto da Saúde do Estado de São Paulo, Dr. Wilson Pollara. E agora, cumprimentaremos todos os demais.

Dr. André Franco Montoro Filho, presidente da Fundação Butantan; Kabalan Frangieh, meu grande amigo, cônsul geral do Líbano; Jimmy Douaihy, cônsul adjunto do Líbano; Luiz Flávio Borges D’Urso, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, um dos maiores criminalistas de nosso país; Dr. Osvaldo Gonçalves, ou Nico Gonçalves, diretor do Decade, delegado de polícia; Cezar Roberto Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo; deputado estadual Itamar Borges, que fez questão de estar aqui, nosso estimado deputado; deputado Salim Curiati, representado por Udine Verardi; vereador Mário Covas Neto, presidente do diretório municipal do PSDB.

E, na medida que as demais fichas forem chegando, nós nominaremos as autoridades aqui presentes.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta não é uma sessão comum, esta não é uma sessão qualquer, está é uma sessão solene. Sendo assim, obedece à rígida forma sacramental nos termos do Regimento Interno desta Casa. A sessão solene só pode ser solicitada por deputados estaduais em exercício do mandato nesta Casa Legislativa. Solicitada pelo deputado, ela é convocada pelo presidente da Casa, mas não sem antes passar por vários órgãos internos e ser submetida à prévia autorização do Colégio que congrega os Líderes de todos os partidos da Casa. Isso porque não se pode solicitar uma sessão solene para qualquer finalidade. Não se pode, por exemplo, solicitar uma sessão solene para homenagear um amigo, apenas pelo fato de ser amigo. A sessão solene só pode ser realizada por motivo de notório e relevante valor social. Por isso que ela se realiza no plenário principal da Casa, o plenário Juscelino Kubistchek. Aqui, nas cadeiras em que os senhores estão tomando assento, os deputados tomam assento normalmente para votar os projetos de lei do estado de São Paulo.

E esta sessão solene foi convocada por este presidente após ter sido aprovada, David Uip, pela unanimidade das lideranças da Casa. E com a finalidade de outorgar-lhe o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo, por sua trajetória de vida privada e pública que serve como exemplo a todos nós.

Convido todos os presentes para, em pé, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Camerata da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro sargento Gleidson Azevedo.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Nós anunciamos também a presença do ministro Luiz Furlan, e solicito ao Cerimonial que percorra o plenário para que possamos trazer à baila outras autoridades que estão aqui presentes prestigiando este evento.

Está presente também o magnífico reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, professor José Vicente.

Passo a leitura da missiva encaminhada pelo Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin: “Prezado David Uip, a homenagem que a Assembleia Legislativa hoje lhe presta é um justo tributo ao médico, professor, secretário de Estado e cidadão exemplar que muito tem feito para transformar e engrandecer a Saúde Pública em São Paulo. Com admiração, de Geraldo Alckmin.”

Esta Presidência faz um agradecimento aos representantes da Polícia Militar que aqui estiveram, a Camerata, instituição essa que tem o reconhecimento da Assembleia Legislativa pelos relevantes serviços prestados à sociedade.

Comunicamos a todos os presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela nossa TV Assembleia neste domingo, dia 25, em horário nobre, às 21 horas. Quem tem a NET, como eu, coloque no canal 7 para assistir. Também será transmitida pela TV Vivo canal 9 e pela TV Digital Aberta, canal 61.2.

Assistiremos neste momento a uma homenagem dos amigos e familiares ao Dr. David Everson Uip.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Começa a ficar claro e explicado todo o teu sucesso, tendo uma família maravilhosa como essa. Meus parabéns. Que Deus ainda dê longa vida ao seu pai, Dr. David, dona Natália, uma esposa maravilhosa ao seu lado e a sua frente, como a Maria Teresa, suas filhas Juliana e Carolina, o Raphael e seus netos. Parabéns, você é família, você é uma pessoa boa.

Você é tão família que nesta sessão solene aconteceu algo inusitado, minha família veio também te prestigiar, isso não ocorre em nenhuma sessão solene que eu faço. Está aqui a minha mãe, a dona Suraya, o meu irmão Flávio, e a minha filhinha que você cuidou, a Maria Fernanda, só não está aqui porque ela está em uma festa de debutante, de 15 anos. Mas saiba que todos nós somos seus fãs. Parabéns pela pessoa maravilhosa que você é, que Deus te ilumine sempre.

Muito bem, eu gostaria de anunciar aqui a presença do Dr. Florival Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina.

Para falar em nome dos 94 deputados desta Casa, passo a palavra ao deputado estadual Itamar Borges, para registrar o carinho desta Casa ao David Uip e sua família.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - Muito boa noite a todas e a todos. Presidente Fernando Capez, - você que é uma referência, um exemplo para nós, nosso presidente e o deputado mais votado desta Casa e que tem, com muita competência, conduzido esta Casa e o seu mandato parlamentar, além da relação desta Casa com a sociedade e com o governo -, tem uma iniciativa das mais nobres, como sempre, como é perspicaz e competente e de muita visão por homenagear esta figura, este homem, este ser humano.

Grande amigo Dr. David Uip. Eu fiquei aqui pensando em tudo o que eu conheço, e conheço pouco dele, mas conheço muito porque ele faz muito. Conheci um pouco mais da sua família, conheci um pouco mais aqui nessas mensagens. Eu até imaginei, Dr. David Uip, eu estava ali procurando encontrar um defeito dentro de tantas virtudes, dentro de tantos méritos. Teve ali a brincadeira do ronco no cinema. Não é defeito, mas teve ali aquela referência bonita da juventude do black power. Mas ele tem um defeito, presidente Capez, e V. Exa. vai concordar comigo, ele não é corintiano, ele é santista, esse é um grande defeito que ele tem.

Mas, brincadeiras à parte, eu quero ser bem objetivo, - mas eu tenho que dizer, eu fui vereador, eu fui prefeito por três mandatos em Santa Fé do Sul, aliás, vou sair, já medi daqui ao aeroporto, nove minutos, meu voo é 21h50 para São José do Rio Preto e vou ainda hoje para Santa Fé -, mas fiz questão de ficar aqui para deixar essa mensagem a este amigo. Eu também, além de deputado, coordeno a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, e participo da Comissão de Saúde nesta Casa, e temos uma relação e uma convivência das mais próximas possíveis.

O que eu posso dizer? Não só a presença, vejo aqui o Dr. Pollara, Dr. Melo e em nome dele saúdo toda a sua equipe da Secretaria da Saúde; Dr. André Franco Montoro Filho, essa grande figura também, que lembra o seu pai e é própria competência; Dr. D’Urso, o ministro Furlan, o nosso Mário Covas Neto, vereador aqui presente também; o Milton Flávio, sempre deputado Milton Flávio, amigo; e o Nico, Dr. Nico, presente aqui. Cumprimento o coronel Zé Roberto, representando o nosso governador Geraldo Alckmin.

Dr. David Uip, este Colar de Mérito do Legislativo entregue hoje pelo deputado Capez, proponente desta homenagem, é pouco, mas é o que esta Casa pode lhe oferecer, pode ter certeza disso. Pela sua história, pela sua trajetória como homem cidadão, profissional e como secretário de Saúde, como disse o nosso governador, fazendo uma referência especial ao seu comando.

O que eu posso dizer é que este Estado, o povo deste Estado tem o privilégio e a honra de tê-lo como secretário de Saúde. Falo como ex-vereador, falo como ex-prefeito, que viveu a Saúde Pública no município. Falo como parlamentar que convive com as entidades filantrópicas e sei o que o senhor tem feito por esses hospitais e por estas entidades. Falo como quem vive o orçamento deste estado e vê as dificuldades que o senhor tem no orçamento. E com a sua criatividade e competência, a sua equipe tem feito tudo o que é possível e mais um pouco para que o Estado possa não só suprir a deficiência de repasses, que muitas vezes nós temos da união e de credenciamentos, mas também propor políticas diferenciadas para atender a população.

Parabéns. O presidente Capez me deu a honra de aqui de falar em nome de cada um dos 94 deputados desta Casa, me deu esta honra porque ele é que é o nosso líder e presidente, e falará como proponente desta homenagem. Parabéns, que Deus continue te iluminando e te abençoando para que o senhor continue por muito tempo não só nesta missão, mas em outras missões que a vida possa lhe reservar. Porque o senhor tem uma trajetória pela frente, e quero estar sempre junto, de mãos dadas com essa sua história, tão linda.

E parabéns, presidente Capez, porque mais uma vez você carimba esta Casa com esse privilégio de homenagear esta grande figura, este grande homem que é o secretário, o amigo, o médico, Dr. David Uip. Boa noite a todos, um grande abraço e muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Sua Excelência, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, presidente do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, encaminha-lhe uma missiva: “Permito-me acusar o recebimento e agradecer o convite para a sessão solene com a finalidade de prestar homenagem ao mui digno Dr. David Uip, secretário de Saúde do Estado de São Paulo, com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo. Impossibilitado de comparecer, em razão de compromisso institucional do qual não posso declinar, transmito os meus cumprimentos ao homenageado, com votos de êxito e realização do evento.”

Também encaminho a missiva do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antônio Donato; do deputado estadual, que já foi duas vezes presidente desta Casa, Barros Munhoz; da deputada estadual Célia Leão; do deputado estadual Padre Afonso Lobato. E eu vou fazendo as leituras de pouco em pouco para não torná-las muito cansativas.

Neste momento também está presente o professor Dr. Adilson Casemiro Pires, diretor da Faculdade de Medicina do ABC, onde você leciona e lecionou, grande professor. E cumprimento mais uma vez o Milton Flávio, meu colega deputado e médico.

Passo a palavra, neste momento, ao coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, secretário chefe da Casa Militar, que falará em nome do governador Geraldo Alckmin.

 

O SR. JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA - Boa noite a todos e a todas. Gostaria de cumprimentar o deputado Fernando Capez, presidente desta Casa de Leis, o Dr. David Uip, homenageado, secretário de Estado de Saúde, e também seus familiares. Cumprimento o coronel Roberto, diretor de Saúde da Polícia Militar, e todos os presentes.

Para quem um dia quis ser médico, falar de um médico como o Dr. David Uip é muito fácil, porque você sempre vislumbra alguém para se espelhar. A minha primeira imagem do Dr. David é dando entrevista na televisão, de bigode, falando sobre a Aids, aquilo que, naquele momento, causava preocupação em todos no País e no mundo.

Quis o destino que eu fosse trabalhar no Palácio em 96, com o então governador Mário Covas, com quem eu tive o prazer e o privilégio de trabalhar, momento em que vivemos juntos, também, um trabalho em que o Dr. David era o médico do governador. Tivemos experiências juntos em poder trabalhar com aquele grande homem, grande político.

Como coordenador da Defesa Civil em dezembro de 2015, tive a incumbência de cuidar também da questão das arboviroses, do momento de mobilização da comunidade. Dr. David, do ponto de vista médico infectológico, e eu, como coordenador da Defesa Civil, da questão da mobilização. Mais uma vez eu tive a oportunidade de admirá-lo.

A homenagem que hoje é prestada ao senhor é mais do que justa, mais do que merecida. Nós, da Defesa Civil, como agentes públicos, temos a oportunidade e o dever de fazer a diferença na vida de pessoas, e o Dr. David Uip é uma pessoa que faz a diferença na vida de pessoas, como secretário de Saúde e como médico, não só no País, mas também na África e na Angola, cuidando daqueles que mais precisam.

Me orgulho, também, de representar o governador Geraldo Alckmin neste momento, pois ele não poder vir. Muito feliz, fiquei muito contente. Parabéns ao senhor, somos felizes por termos um médico como o senhor cuidando do povo de São Paulo, do País e do mundo. Boa noite a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Estamos nos aproximando do clímax desta sessão solene.

Nascido no bairro do Ipiranga, em São Paulo, David Everson Uip iniciou a sua trajetória escolar no Colégio São Francisco Xavier, concluindo o ensino primário e secundário na Escola Estadual Alexandre de Gusmão. Fez Medicina na Faculdade de Medicina do ABC e residência médica no Hospital das Clínicas de São Paulo. Possui mestrado, doutorado e livre docência pela Faculdade de Medicina da USP, tornando-se professor titular da Faculdade de Medicina do ABC em 2001.

Possui mais de 400 capítulos de livros e artigos publicados, além de 314 trabalhos científicos apresentados no Brasil e no exterior, além de mais de 500 participações em conferências. Ministrou 287 aulas em cursos de especialização, graduação e pós-graduação e tem 61 participações em bancas universitárias de orientação de mestrado e doutorado.

Foi diretor técnico do Serviço de Saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Serviço de Epidemiologia e desenvolvimento de qualidade no Incor. Foi fundador e diretor da Casa da Aids por oito anos, quando eu, como deputado estadual, pude um dia testemunhar a atenção, o carinho e a qualidade do seu atendimento aos pacientes que para lá necessitavam ser encaminhados. Assessor especial do governador Mário Covas, também foi diretor executivo do Incor, diretor presidente da Fundação Zerbini e diretor do Instituto em Infectologia Emílio Ribas. Coordenador do programa de assessoria à Aids e endemias em Angola, foi também coordenador da Agência de Saúde da Baixada Santista entre 2011 e 2013.

Em setembro de 2013, a convite do governador Geraldo Alckmin, assumiu como secretário de Estado da Saúde, onde já realizou diversos programas voltados à Saúde Pública, como os programas Santa Casa Sustentáveis, Mulheres de Peito, Filho que Ama Leva o Pai ao Ame, além de entregar hospitais e ambulatórios médicos de especialidades.

Recomendo também que, junto ao site da Assembleia Legislativa e no YouTube, procurem a entrevista, belíssima entrevista concedida pelo Dr. David Uip ao programa “Discussão Nacional”, em que ele relata temas muito interessantes, particularidades que realmente merecem ser assistidas.

É por tudo isso que, neste momento, eu convido a estimada Maria Teresa, sua companheira inseparável, e suas filhas, Juliana, Carolina e seu filho Raphael, para auxiliarem esta Presidência na entrega do Colar de Honra ao Mérito do Legislativo do Estado de São Paulo ao Dr. David Uip, porque me parece que essa é uma homenagem que deve ser entregue a toda essa família, tão unida.

 

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- É entregue o colar.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Peço, também, uma salva de palmas à dona Marilena, sua sogra, mãe da Maria Teresa, não é verdade? Onde está a dona Marilena?

Neste momento, solicito ao nosso Cerimonial que conduza o homenageado ao parlatório, de uso exclusivo dos deputados, mas que nesta noite, engalanado, se curva à autoridade de David Everson Uip. Vamos ouvi-lo.

 

O SR. DAVID UIP - Muito boa noite, muito obrigado pela presença de todos, é uma honra estar aqui.

Vocês esperam que eu fale depois de tudo o que eu vi, vou tentar. Muito obrigado pela homenagem, à minha família, a todos vocês. Gostaria muito de agradecer ao meu querido irmão e amigo, Fernando Capez, presidente da Assembleia Legislativa, pela sua amizade, pelo seu carinho e da sua família, e por essa honra que V. Exa. me presta.

Um abraço muito querido ao nosso governador, Geraldo Alckmin, representado pelo meu amigo coronel José Roberto, secretário chefe da Casa Militar. Deputado Itamar Borges, que nos saudou; nosso cônsul, o cônsul Kabalan, cônsul do Líbano, minha origem; presidente do meu partido, Mário Covas Neto, vereador; diretor da minha faculdade, Adilson Casemiro Pires; reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, temos grandes história, José Vicente; presidente da PM, Florival; a todos os meus amigos, amigas e familiares. Eu vou repetir algumas coisas que o meu amigo Capez falou, acaba de chegar aqui o João Doria, meu prefeito, parabéns pela campanha.

Primogênito, neto de imigrantes italianos e libaneses, cursei o primário no Colégio São Francisco Xavier, uma escola particular orientada por padres e localizada no Ipiranga, bairro onde nasci e morei por muitos anos, em um sobrado simples junto com meus pais, meus avós maternos e depois meus irmãos.

Iniciado nos estudos aos cinco anos de idade, aos oito já me vi obrigado a cursar durante todo um ano o chamado Curso de Admissão. Era a avant-première de uma sucessão de concursos que cumpriria na minha vida. Naquele caso, especificamente, para o ingresso no ginásio do Colégio Estadual Alexandre Gusmão. Em concomitância com o terceiro ano do então curso colegial em área científica, cursei o Objetivo, cursinho que preparava para o ingresso na Faculdade de Medicina. Aos dezessete anos, já era aluno da Faculdade de Medicina do ABC, então em seu segundo ano de atividade.

Por se tratar de uma faculdade recém-inaugurada, enfrentamos muitas dificuldades que culminaram com inúmeras greves em um momento político repleto de inseguranças. Era o início dos anos 70. Fundamos a Associação Atlética Acadêmica Nylceo de Marques de Castro, que presidi por dois anos. Aliás, a Faculdade de Medicina do ABC acaba de ser consagrada bicampeã da Intermed estadual, parabéns, faculdade.

Minha paixão pelo esporte vem desde a época de estudante, jogava futebol, basquete, handebol, vôlei, futebol de salão. Acredito que poderia até ter sido jogador profissional, mas como praticava diferentes modalidades, não me aperfeiçoei em nenhuma. Era bom de jogo e também bom de briga. Perdemos a semifinal de um campeonato paulista de basquete no Clube Ipiranga. A culpa foi minha porque eu fui expulso por indisciplina. Fui também tricampeão paulista de futebol de várzea, jogando pelo Nacional da Vila Mariana, título que muito me honra.

Como estudante, frequentei cursos extracurriculares, estagiei como monitor em diversas clínicas. Não era o suficiente, era preciso fazer mais. Em 1973 passei as férias de verão no Hospital de Ilha Solteira, na qual começava a ser construída a hidrelétrica binacional de Itaipu. Foram dois meses de muito trabalho e grande aprendizado.

A segunda experiência com a vida comunitária foi no projeto Rondon. Primeiro no Vale do Jequitinhonha, ainda como estudante de medicina e, na sequência, já como residente do Hospital das Clínicas, em Marabá, no Pará. O convívio com a cruel realidade e os ensinamentos do professor Vicente Amato Neto convenceram-me a escolher a minha especialidade, moléstias infecciosas e parasitárias, que na época estava mais para uma espécie de medicina tropical do que para infectologia propriamente.

Os 26 meses de residência, seguidos por 12 de preceptoria, credenciaram-me em 1979 a ser contratado como médico assistente da Divisão de Clínicas de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Em 1982, iniciei um trabalho voluntário de consultoria na subcomissão de infecção do Incor-HC. No mesmo ano, candidatei-me à pós-graduação na USP, onde conclui o meu mestrado, doutorado e livre docência.

Alguns fatos importantes de grande repercussão transformaram a especialidade e a minha vida, como o primeiro caso autóctone de Aids do Brasil, diagnosticado em 1982, pela equipe do consultório particular e publicado no ano seguinte. Já em 1985, a doença e morte do recém-eleito presidente da República, Tancredo Neves. Tive a oportunidade de compor, juntamente com os professores Vicente Amato Neto e Marcos Boulos, a equipe de especialistas em infecção pós-operatória do professor Henrique Walter Pinotti, do meu queridíssimo amigo Wilson Pollara. No mesmo ano, foi reiniciado o programa de transplante do Incor, no qual passei a prestar assistência a pacientes transplantados de coração, medula, fígado e, posteriormente, coração-pulmão. Duas das minhas teses de pós-graduação versaram sobre o transplante de órgãos e infecção.

O importante crescimento do número de casos de Aids levou à criação, em 1988, de uma unidade, a Unidade 058 no ambulatório de moléstias infecciosas do HC para o atendimento específico da doença. Em 1994, ocorreu a ampliação do serviço com a criação da Casa da AIDS, até que, em 1996, foi transferida para um prédio maior na rua Frei Caneca. Tive o privilégio de dirigir o serviço por 10 anos, e foi um imenso aprendizado.

Ainda em 1996, o então ministro da Saúde, professor Adib Jatene, criou o comitê assessor para terapia antirretroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV, composto com 14 médicos. Tive a honra de ser um dos convidados pelo professor Jatene.

Pouco mais de três meses depois, em 13 de novembro de 1996, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, assinou a Lei nº 9.313, proposta pelo senador José Sarney, que dispunha sobre a distribuição gratuita de medicamentos pelo SUS aos doentes HIV e AIDS. Sinto-me afortunado por ter contribuído em uma decisão de tamanha relevância.

Mas, sem dúvida, entre tantos fatos históricos, o que mais me marcou foi a convivência intensa que tive com o governador Mário Covas. Tornei-me seu médico e amigo. Estava em sua presença no final de 1998, quando lhe foi dada a notícia de um câncer agressivo de bexiga. E, no momento de sua morte, às 5 horas e 40 do dia 6 de março de 2001, segundo o seu filho, aqui presente, Mário Covas Neto, meu querido amigo Zuzinha, o governador optou pelo médico amigo, o que
 me fez abrir mão do cargo de assessor especial de governo.

Em 2001, após novo concurso público, retornei à Faculdade de Medicina do ABC como professor titular da cadeira de medicina e urgência e em 2012 migrei, também como professor titular, para a disciplina de infectologia, onde estou até os dias atuais.

Em dezembro de 2002, a convite do Ministério da Saúde, fui nomeado coordenador do programa de assessoria contra Aids e endemias em Angola, no âmbito de programa de cooperação para o qual eu fui eleito em virtude do notório desenvolvimento do tema no Brasil. A prioridade foi prevenir a transmissão materno fetal. Embora as estatísticas disponíveis não fossem rigorosas, mais de 90% do total de transmissão a pacientes menores de 15 anos se dava por essa via. Os objetivos eram reduzir a transmissão materno fetal em 15%, tornar o teste anti HIV disponível a todas as grávidas e promover a distribuição gratuita de medicamentos.

Nas maternidades em que atuamos, reduzimos a transmissão à importante cifra de 1,3%, eu imagino que naquele momento era 50%.

Outros projetos foram implementados, como os de humanização, controle de infecção hospitalar - aqui presentes a Dra. Tânia Strabelli e o Dr. Olavo Munhoz, que são os coordenadores deste programa - e treinamento de profissionais de Saúde angolanos no Brasil. Atualmente, a despeito das enormes dificuldades financeiro-econômicas que vive o País, continuamos a atuar em Angola.

Após 21 anos trabalhando no Incor, em 2003 assumi a sua diretoria executiva, função que exerci por cinco anos. No período, introduzimos ferramentas modernas de controle, mensuração e acompanhamento de processos e custos de instituição, o que resultou em um aumento da rentabilidade e do faturamento de procedimentos estratégicos. Essas medidas propiciaram ainda uma importante agilidade nos processos de faturamento do SUS, menor desperdício de materiais e recursos, maior controle sobre os procedimentos internos e performances.

A crise financeira da Fundação Zerbini, entidade financiadora do Incor, tornou-se pública a partir de 2005. A fundação apresentava problemas de liquidez, prejuízos operacionais consecutivos e um excessivo endividamento. Em 2007, assumi a presidência da fundação. De março de 2007 a março de 2008, acumulei o cargo com o de diretor executivo do Incor, empenhamo-nos - inclusive com o professor Jorge Kalil, aqui presente - em um esforço de renegociação com bancos e fornecedores, logramos reduzir e alongar o perfil dessa dívida. A maior crise da história da instituição começou a ser resolvida a partir daquele momento. Hoje, a Fundação Zerbini está saneada.

Em 2009, a convite do saudoso secretário Luiz Roberto Barradas Barata, meu amigo, assumi a diretoria técnica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. O diagnóstico inicial apontava para um quadro de desmotivação do corpo funcional, problemas estruturais e de infraestrutura, falta de investimentos, falta de sinergia entre seus integrantes. Há uma grande reforma em andamento, graças ao governador Geraldo Alckmin, com investimento superior a 140 milhões de reais do Governo do Estado, que transformará o Emílio Ribas em um dos maiores e melhores hospitais de infecção do mundo. Dr. Luiz Carlos, que me sucedeu, também está aqui presente.

A dedicação ao serviço público não sacrificou a minha vida acadêmica, fonte de grande satisfação. Foram 61 participações em bancas universitárias, orientações de mestrado e doutorado, mais de 500 aulas, conferências e palestras no Brasil e no exterior e aproximadamente 750 artigos e trabalhos apresentados no Brasil e no exterior.

Depois de 37 anos de carreira no serviço público, há três anos assumi a Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo que, sem falsa modéstia, é, na verdade, a Secretaria da Saúde do Brasil. Agradeço ao governador Geraldo Alckmin a oportunidade de servir não só aos paulistas, mas a todos os brasileiros. São três anos e 18 dias vividos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto.

Com um orçamento de 23.5 bilhões de reais, mais de 150 mil funcionários - dos quais 22 mil são médicos -, 93 hospitais estaduais, 55 AMEs - sendo 30 AMEs Mais -, 40 farmácias ambulatoriais de alto custo, seis institutos, cinco autarquias, três fundações, 17 diretorias regionais de serviço, quatro modelos de gestão - administração direta, organizações sociais, autarquias e fundações -, a Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo é uma das maiores secretarias do Estado e, seguramente, a maior Secretaria de Saúde do Brasil.

Temos orgulho de atender com qualidade os paulistas e os brasileiros. Em 2015, foram realizadas 855 mil internações, 308 mil cirurgias, 450 milhões de consultas ambulatoriais, 2.319 transplantes de órgãos, 6.3 transplantes por dia, aplicadas 36 milhões de doses de vacina e distribuídos medicamentos de alto custo a 700 mil brasileiros. Sim, pacientes de outros estados conseguem domicílio em solos paulistas para obterem medicamentos de forma mais segura e ágil.

A Secretaria da Saúde desenvolve vários programas. É exemplo o projeto Mulheres de Peito, de rastreamento do câncer de mama, iniciado em 2014. Quatro carretas já atenderam mais de 100 locais em todo o Estado, realizaram 98 mil mamografias, quatro mil ultrassons, mais de 500 biópsias e 1.200 mulheres que não tinham acesso foram diagnosticadas, encaminhadas e tratadas de câncer de mama. Essa mobilização culminou com um aumento relevante de atendimentos em nossas 300 unidades fixas.

Outro programa muito importante, o Vale a Pena Ver, distribui gratuitamente óculos para operados de catarata. Há duas semanas iniciamos um mutirão que pretende realizar mais de sete mil cirurgias de catarata em todo o Estado.

A Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, com investimento de 190 milhões, 75 unidades interligadas que, desde março de 2013, realizaram mais de dez milhões de atendimentos.

Projeto Filho que Ama Leva o Pai ao AME, programa que realizou 117 mil consultas multiprofissionais preventivas nas áreas de urologia e cardiologia.

Projeto Primeiríssima Infância, em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, elabora a linha de cuidado das crianças de zero a três anos para todo o estado de São Paulo.

Programa Recomeço, aqui está o Nacir, nosso querido parceiro da SPDM, um programa vitorioso no combate à dependência química do Estado, que implantou já dois novos hospitais especializados, e são mais de 3.300 vagas disponibilizadas em hospitais e comunidades terapêuticas para dependentes. Em parceria com o Judiciário, no período de janeiro de 2013 a agosto de 2016 ocorreram 30.400 atendimentos, 14.100 internações, das quais 85% foram de forma voluntária, eis o jeito adequado de tratar esse grande dolo da sociedade que é o uso ilícito de drogas.

Programa de Incentivo às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, iniciado em 2014. Já repassamos 1,2 bilhão de reais para ajudar na sobrevivência desses hospitais, visto que à semelhança de todo o sistema é subfinanciado pelo SUS, cuja tabela de remuneração não é reajustada há mais de dez anos. Juntos, repasses e incentivos, mal cobrem os custos do atendimento de baixa complexidade, deixando de fora o custeio adequado de todos os atendimentos de média e alta complexidade.

Programa Paulista para combate ao álcool na infância e na adolescência, um milhão e cem mil fiscalizações e aplicação de 2.454 multas.

Saúde em Ação, um programa que é, na minha leitura, o melhor programa de saúde do País. Em parceira com o BID, investiu 800 milhões de reais para a construção de dois novos hospitais, 82 novas Unidades Básicas de Saúde, 22 novos Centros de Atendimento Psicossocial e dois AMEs, com todo um sistema interligado de informação, formação e capacitação.

Em parceria público-privada, a construção de três hospitais - Hospital de Sorocaba, São José dos Campos e o novo Hospital da Mulher, que será construído na região central de São Paulo, na região da Luz. Projeto importante de reurbanização do centro.

A despeito de todos os avanços, temos dificuldades, como o subfinanciamento da Saúde. Quem mais arrecada, o governo federal, cada vez repassa menos para os estados e municípios. A qualidade da gestão faz-se necessária para o aprimoramento da gestão em todos os setores da Saúde.

Outro enorme problema deste momento são os desvios e desperdícios. A Secretaria da Saúde, para coibir os desvios, criou a controladoria e a operação Raio X, para coibir, ou pelo menos minimizar, o mal dos tempos - a corrupção. A judicialização - em 2016 sairão dos cofres do tesouro estadual 1.2 bilhão de reais para financiar ações pertinentes, excêntricas e na sua grande maioria, de má fé. Desde 2010 são 80 mil ações atendidas pela Secretaria de Estado da Saúde. E eu, pessoa física, respondo por 250 ações por conta da judicialização.

A estimativa de queda da arrecadação do Estado de São Paulo, entre 2015 e 2016, é de 13 bilhões de reais, é uma quantia extremamente expressiva. Em que pese a política de extrema austeridade do governador Geraldo Alckmin, em virtude da qual não se gasta mais do que se arrecada, a necessidade de recursos em Saúde não conhece as adversidades.

A Secretaria de Estado da Saúde não esmorece. Até o final dessa gestão serão entregues dez novos hospitais e dez novos AMEs e, atualmente, divulga o que consegue fazer. De janeiro a agosto de 2016 tivemos 42.137 atividades ligadas à mídia, com 90% de matérias positivas. Trata-se de divulgação espontânea, pois a verba da publicidade está totalmente contingenciada.

Reafirmo o meu compromisso com as novas gerações. Eu as continuarei ajudando para a formação de professores, pesquisadores, gestores públicos e, fundamentalmente, profissionais da área de Saúde envolvidos e comprometidos com a Saúde digna, humanizada e universal.

Eu devo essa longa história e a dedico a muitas pessoas, a quem eu agradeço e reverencio. Primeiro a Deus, que permitiu que eu continuasse vivo depois de um grande susto neste ano, fiquei até magrinho. Viu, Giba, voltei a ser convidado a jogar futebol. À minha família, aos meus pais e sogros, meus irmãos, cunhados e sobrinhos, a Maria Teresa, esposa e companheira de todas as horas. Aos meus queridos filhos, Juliana, Carolina e Raphael, aos meus genros Tiago e Alexandre, aos meus quatro lindos netos, vocês viram, todos branquinhos e loirinhos, puxaram a mãe e as minhas filhas, felizmente para eles, o Gabriel, Helena, o Matheus e a mais novinha, a Isabel, de um aninho. Às minhas turmas, aqui todas presentes, a turma do Bertioga, a turma do Portal do Morumbi, a turma da Faculdade de Medicina do ABC, todos aqui presentes, meus amigos de vida inteira.

Uma homenagem muito especial à minha queridíssima Faculdade de Medicina do ABC, a qual eu saúdo através do seu diretor, professor Adilson Casemiro, querido amigo de longas jornadas; ao Hospital das Clínicas, que eu devo boa parte da minha formação, na presença do presidente do conselho, professor José Otávio Auler, e da diretoria clínica, da professora Eloisa Bonfá; a todos os funcionários da Secretaria da Saúde, eu quero agradecê-los e homenageá-los por intermédio do secretário adjunto e meu irmão ali atrás, meu querido professor Wilson Pollara, e do meu chefe de gabinete, meu querido amigo, Dr. Nilson Páscoa; a todos os incansáveis diretores de hospitais e AMEs, diretores de regionais, das OSSs, das autarquias, presidentes de fundações, diretores de institutos; a todos os meus amigos e colaboradores da minha clínica, citando os mais antigos, a minha prima Ana Lúcia, a Tânia e a Roberta. A Ana Lúcia e a Tânia trabalham comigo há mais de 30 anos, a Roberta não menos que isso.

Saúdo os presidentes do meu partido, o PSDB, vereador Mário Covas Neto e o deputado estadual Pedro Tobias. Muito obrigado aos conselheiros do Conselho Superior de Gestão Estadual da Saúde que auxiliam nas estratégias e nas decisões das políticas públicas da pasta. Ministro Luiz Furlan, muito obrigado, nosso querido candidato e se Deus quiser daqui a pouquinho eleito, não posso falar. Agradeço com muito orgulho a homenagem que me é prestada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida com maestria pelo meu querido amigo, deputado Fernando Capez. Agradeço com muita gratidão todos os deputados que subscreveram essa solenidade a minha indicação. Quero dividir esse lindo colar com todos os colaboradores da Secretaria da Saúde.

Por fim, reitero a minha gratidão ao nosso governador e líder, Geraldo Alckmin, um governador que trabalha todas as horas e todos os dias, exigente, minucioso, mas que dá liberdade aos seus auxiliares para que façam o melhor possível, desde que seja mesmo o melhor possível.

Ser homenageado por esta Casa é ser homenageado pelo povo de São Paulo. Para mim, não há reconhecimento maior.

Para encerrar, gostaria de deixar com vocês uma frase do nosso professor Zerbini: “Nada, absolutamente nada, resiste ao trabalho. E é com ele que iremos construir uma sociedade mais justa, em que a população, principalmente a mais carente, tenha a Saúde de qualidade que tanto buscamos.” Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Bom, querido David, eu também admiro muito esta pessoa, que também é meu amigo, que é um grande vencedor, e que nós gostamos muito, mas temos uma legislação a cumprir, então eu também vou me refrear aqui, porque existe um sentimento muito positivo com relação a essa pessoa.

Telefonaram-me aqui por duas vezes, o Cerimonial me passou o celular durante seu discurso, era o ministro das Relações Exteriores e senador José Serra, disse que se não tivesse chegado hoje de viagem de Nova Iorque viria lhe dar um abraço. Porque como seu paciente, ele diz: “Você é um grande médico.” Ele tem orgulho de você como médico e ele, também como paulista, ele tem um enorme orgulho de você. Ele pediu que eu transmitisse essas palavras.

Queria também deixar um registro, um abraço ao Dr. Wilson Modesto Pollara, seu grande companheiro, Nilson Páscoa e o Jorge Kalil, aqui presentes também. E, como você falou, Pedro Tobias, que é médico, seu patrício também, e um grande deputado.

Querido, agora no nosso encerramento, eu que tenho que dirigir algumas palavras a você. E quando nós pensamos, aqui na Assembleia, em fazer esta homenagem, a primeira coisa que nós pensamos é em um profissional que dedicou a sua vida a se aperfeiçoar no conhecimento técnico, a tornar-se cada vez melhor na sagrada atividade profissional de tentar salvar vidas, ampliando ao máximo o limite daquilo que é possível.

Quanto mais livros você escrevia, quanto mais você estudava, quanto menos tempo você tinha para se dedicar a sua família, mais você estava se aprofundando na difícil arte e técnica de ampliar a vida das pessoas. Quando você se dedica a fazer um mestrado, um doutorado, uma livre docência, a ensinar, você não está apenas se preocupando com a sua força de trabalho, a sua capacidade intelectual de poder salvar vidas, você está formando profissionais para multiplicar este trabalho.

Quando você fundou a Casa Aids e que eu te encontrei tantas vezes lá como deputado fazendo um trabalho nesse setor, você estava mostrando uma preocupação, um carinho e uma força muito grandes para combater o preconceito de pessoas que são, não apenas doentes, mas estigmatizadas por esta doença. Você é um profissional por excelência.

Mas isto não bastaria para a Assembleia te homenagear. Além de um profissional por excelência, um grande profissional privado e um homem público, você é um grande ser humano, você é uma pessoa boa. E se o médico trata do corpo, o amigo cuida da alma. E quando não há nada a se fazer a não ser confortar, entra aí o ser humano David Uip.

Eu costumo dizer que uma má pessoa será sempre um mau profissional, ele pode estudar o que for, será um péssimo juiz, um péssimo promotor, um péssimo delegado ou um péssimo profissional, onde quer que ele esteja, porque ele usará esse conhecimento para fazer o mal e deturpar a verdade.

O bom ser humano usa o seu coração para fazer o bem. Por isso, meu querido David Uip, eu encerro, porque você já falou tudo o que precisava falar. Lembrando a primeira epístola que São Paulo encaminhou aos Coríntios, aí não pega você que é santista. E nessa primeira epístola que São Paulo encaminhou aos Coríntios ele dizia que os três dons mais importantes da pessoa humana são a fé, a força propulsora que nos faz seguir adiante; a esperança, o leme que nos direciona ao rumo certo, por mais que a visão esteja obnubilada pelas dificuldades do dia a dia; e, acima de tudo, David, o que nós vimos aqui da tua família, da tua vida, de tudo - o amor. O senhor orientou a sua vida pelo trabalho, pelo esforço, pela técnica, mas, sobretudo, pelo amor. Homenagear David Uip é homenagear este sentimento.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, aos funcionários dos serviços do Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial, da TV Legislativa, das assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como todos que com suas presenças abrilhantaram esta sessão.

Convido a todos, menos os que estão nos assistindo pela televisão porque já será domingo, para um coquetel que será servido no salão Valdemar Lopes Ferraz.

 Está encerrada a sessão e que Deus nos abençoe. Boa noite.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 45 minutos.

 

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