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10 DE OUTUBRO DE 2016

145ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e CORONEL TELHADA

 

Secretário: CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL CAMILO

Parabeniza o deputado Coronel Telhada pelo aniversário, nesta data. Discorre sobre o tema cidadania. Comenta palestra, nesta manhã, a alunos da Polícia Militar. Lê trecho de matéria jornalística acerca das funções policiais. Elenca pontos existentes na Polícia Militar, considerados pela autora do texto como imprescindíveis para as corporações. Destaca princípios da PM e a importância do reconhecimento do serviço que presta à sociedade.

 

3 - PRESIDENTE JOOJI HATO

Convoca uma sessão solene a ser realizada no dia 25/11, às 20 horas, para "Homenagear o Dia Estadual da Cultura Gospel", a pedido do deputado Luiz Fernando. Cumprimenta o deputado Coronel Telhada pelo aniversário.

 

4 - CORONEL TELHADA

Saúda o vereador reeleito George Hato, presente nas galerias. Mostra imagem de soldado da Polícia Militar, que morreu vítima de acidente de moto. Agradece o apoio da FAB, que cedera aeronave para levar o corpo do policial para Santa Catarina. Lamenta outra morte, a de um sargento do Exército Brasileiro, assassinado neste fim de semana. Informa o falecimento do soldado Filippe Pires Moreira, no Rio de Janeiro. Lê mensagem da mãe do jovem, que fizera um desabafo pela perda do filho. Defende leis mais severas para praticantes de crimes contra a vida.

 

5 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

6 - JOOJI HATO

Faz reflexão sobre os delitos cometidos por garupas de moto. Cumprimenta seu filho, George Hato, em visita a este Parlamento. Destaca solicitação feita pelo vereador reeleito para a implantação de delegacias especializadas em crimes praticados contra crianças. Discorre sobre a violência. Apela por instrumentos de segurança pessoais e para as instituições.

 

7 - JOOJI HATO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

8 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 11/10, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão solene a ser realizada hoje, às 20 horas, para "Comemorar o Dia da Polícia Civil". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Coronel Telhada para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CORONEL TELHADA - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Marcia Lia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Cezinha de Madureira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jooji Hato. (Na Presidência.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Camilo.

 

O SR. CORONEL CAMILO - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa-tarde Sr. Presidente, boa-tarde deputados presentes, um especial boa-tarde ao Coronel Telhada, que está aniversariando no dia de hoje, parabéns, boa-tarde assessoria.

Hoje vamos falar sobre uma questão muito importante: cidadania.

Hoje estive no 5º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo - é sempre importante estar na nossa Polícia Militar, deixo um grande abraço ao coronel Vilalva pelo exemplar trabalho que tem feito com os nossos alunos - fui palestrar aos alunos soldados, inclusive gostaria de mostrar algumas fotos: houve hasteamento da bandeira, um momento de civismo importante. Falei sobre cidadania, sobre o trabalho inteligente da Polícia, sobre o trabalho da Polícia de defender o cidadão, proteger o cidadão, tratar com dignidade o cidadão. Foi um momento importante e não por acaso hoje também saiu uma reportagem no jornal “O Globo” dizendo por que as reformas da Polícia não funcionam. Na realidade, é uma diretora do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Nathalie Alvarado, que fala como deve ser a Polícia, não importa se é militarizada ou não, mas ela tem de ser uma Polícia do cidadão. Ela fala que existem quatro pontos principais para que a Polícia possa desenvolver bem o seu trabalho.

O primeiro deles é ter bons líderes, ter um bom treinamento e aqui vou me ater mais à Polícia Militar de São Paulo: seis grandes escolas, quatro sequenciais, escola de soldados, escola superior de soldados, escola superior de sargento, Academia do Barro Branco em nível de graduação, temos também o mestrado, um curso de aperfeiçoamento de oficiais e doutorado. Ou seja, nós estamos formando bons líderes. Isso bate com o que ela fala na reportagem.

Segundo ponto - aqui deixamos um pouco a desejar: ela fala que tem de haver uma sociedade que reconheça os policiais, que invista nos policiais, que demonstre a esses policiais que eles têm valor, que a sociedade se preocupa com a carreira desses policiais.

Em terceiro lugar, ela fala que é necessária uma polícia que trabalhe com inteligência, com análise criminal, respeitando o que há de melhor nas práticas. Quero mostrar aqui o mapa dos “hot spots”, porque ela fala nesse tema. Ou seja, ela fala que a polícia deve colocar o policial, o recurso, a viatura onde o crime pode acontecer. A polícia de São Paulo faz isso.

O que vemos aqui é uma tela do sistema inteligente do Copom online da Polícia Militar de São Paulo. É importante que você, que está nos assistindo, ligue para a polícia quando acontecer alguma coisa. Cada vez que você liga 190, é um pontinho nesse mapa. E a concentração de pontinhos se chama “hot spot” - ponto quente. É aí que a polícia coloca a viatura e o homem. Nós fazemos isso. Ela fala que é necessário dar transparência, publicar mensalmente o trabalho da polícia, a produtividade, as ocorrências. Também fazemos isso. Ou seja, a Polícia Militar de São Paulo faz praticamente as três coisas mais importantes que ela fala.

Eu queria mostrar aqui quais são nossos princípios, o triângulo da Polícia Militar: ela trabalha respeitando os direitos humanos e, quando isso não acontece, ela mesma toma providência através de sua corregedoria; trabalha com polícia comunitária, recebendo a melhor informação e planejando para trabalhar melhor; e trabalha com as melhores práticas - com tablet nas viaturas, bons coletes, pistolas e o que for necessário para fazer o seu trabalho.

Mas há outra coisa que ela considera muito importante - e aqui chamo a atenção do nosso governador Geraldo Alckmin. Ela fala da importância do reconhecimento do policial, não só pela sociedade, mas pelo governo, e isso está faltando um pouco aqui em São Paulo. Chamo a atenção do secretário Mágino Alves e do governador Geraldo Alckmin. Vamos reconhecer um pouco mais esses policiais que estão aí trabalhando pelo cidadão deste estado. O risco de morte do policial, em São Paulo, é seis vezes maior do que o do cidadão comum. É seis vezes maior o risco de ele não voltar para casa. Pessoas como eu e o deputado Coronel Telhada, que temos filhos na polícia, nos despedimos deles todo dia de manhã, porque não sabemos se vamos conseguir vê-los novamente.

Em relação às polícias, fica a frase da própria Nathalie Alvarado: “as melhores policias não são as que trabalham militarizadas ou não, mas aquelas que trabalham pelo cidadão de São Paulo”. Ou seja, são aquelas que trabalham de forma inteligente, respeitando o cidadão deste estado. Fica aqui nosso reconhecimento à Polícia Militar de São Paulo. Aquilo que foi falado por uma diretora do mundo civil a respeito da polícia, a polícia de São Paulo faz. Só o segundo item que precisamos melhorar. E isso depende muito de Geraldo Alckmin. Governador, vamos reconhecer os policiais de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência, atendendo à solicitação do nobre deputado Luiz Fernando, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma sessão solene a realizar-se no dia 25 de novembro de 2016, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o “Dia Estadual da Cultura Gospel”.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Caio França. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Márcio Camargo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Marta Costa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Teonilio Barba. (Pausa.)

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Coronel Telhada.

Esta Presidência, em nome de todos os deputados, deseja a V. Exa. um feliz aniversário.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, meu amigo deputado Jooji Hato, pela consideração e pelo carinho.

Boa tarde a todos Srs. Deputados, funcionários e assessores da Assembleia Legislativa, policiais militares aqui presentes e a todos que nos assistem pela TV Assembleia. Agradeço às efusivas mensagens e congratulações pelo aniversário. Aniversário é uma coisa constrangedora, a gente sempre fica meio perdido, mas, em todo caso, agradeço a Deus pela vida que me tem dado e pela Saúde que tem me dispensado até o momento.

Peço que me dê mais saúde, para eu poder trabalhar mais ainda, porque fizemos muito pouco e queremos fazer muito pelo nosso Estado. Só Deus para ajudar a gente. Muito obrigado a todos pela lembrança.

Sr. Presidente, hoje, apesar de ser meu aniversário, não temos muito motivo para comemorar. Infelizmente temos perdido muitos companheiros, pessoas que têm sido mortas ao longo desses dias. Um País que tem tudo para ser perfeito.

Olha o Georginho lá em cima. Abraço, Georginho. Nosso vereador eleito, filho do Jooji Hato. Georginho, você está na televisão. Obrigado pela presença.

Como eu dizia, infelizmente, não temos muitos motivos para comemorar. Peço que sejam exibidas fotos dos policiais mortos. Agora tem que ser por lista, o negócio está tão ruim que precisamos saber quem é o primeiro, quem é o segundo.

Esse menino aí. Esse menino de 24 anos, soldado da Polícia Militar, no whatsapp compartilharam essa foto dele criança, brincando de polícia. O sonho dele era ser policial militar. Esse é o soldado Korsekwa, um nome estrangeiro, deve ser russo. Ele era da Rocam, do 22º Batalhão, na zona sul. Ele foi apoiar uma ocorrência quando estava encerrando o patrulhamento, podia ter recolhido o patrulhamento, mas achou por bem apoiar os colegas em uma ocorrência. Estava de moto na Rocam e acabou sofrendo um acidente e morrendo. Foi socorrido no PS Pedreira em estado grave, mas não resistiu.

Estive dispensado na quinta e na sexta-feira da semana passada, por isso não fiz o plenário, porque quando não estou aqui estou em missão. Eu, o Jooji e alguns deputados estamos todos os dias aqui e, quando não estamos, podem ter certeza de que estamos em outra missão. Sabemos cumprir nossa obrigação aqui.

Mas sexta-feira passada, quando eu voltava de Brasília, fui lá conhecer o sistema de defesa aérea nacional, convidado pelo brigadeiro Lourenço, comandante do IV Comar, e, quando descíamos na base aérea de São Paulo, tive a oportunidade de participar das honras fúnebres do soldado Korsekwa e foi muito triste. As honras fúnebres são uma situação muito triste, disparo de armas de fogo, toque de corneta, é uma situação difícil. Mas, mais triste ainda, foi ver o caixão dele ser colocado dentro de um avião bandeirante da FAB. Quero agradecer publicamente à FAB, ao major-brigadeiro Lourenço e ao coronel Pontirolli, comandante da base aérea, pelo apoio que têm dado à Polícia Militar.

Eles cederam o avião da FAB para levar o corpo do Korsekwa a Santa Catarina e foi muito triste vermos o caixão entrando sozinho no avião. Não tinha ninguém junto. Foi uma capitã da PM e um soldado acompanhando o corpo. Fiquei imaginando a situação daquela família que deixou o filho vir a São Paulo para trabalhar, para ser policial, e agora está recebendo o menino de volta dentro de um caixão lacrado.

Vocês que são pais e mães e que me assistem nesse momento, pensem na situação desses pais, dessa família que está recebendo o corpo do Korsekwa, um menino de 24 anos, dentro de um caixão. Por que morreu? Porque era policial militar e estava trabalhando. Uma grande pena.

O outro é um sargento. Desse vou mostrar a foto pelo whatsapp. É um sargento do exército que foi morto nessa madrugada. Ele estava em uma motocicleta, era um jovem sargento do exército brasileiro, primeiro-sargento de infantaria. Estava servindo no Tiro de Guerra de Guarulhos, se não me engano antes ele era da Polícia do Exército, mas estava servindo em Guarulhos. É o sargento do Exército Brasileiro Elisandro de Andrade Silva, 42 anos. Ele foi morto por ladrões na noite passada, na Marginal Tietê, no Pari.

O primeiro-sargento Elisandro pilotava uma motocicleta Yamaha, 660 cilindradas, quando foi abordado por dois ladrões em outra moto. Acelerou e foi perseguido por cerca de quatro quilômetros, mas, 300 metros após a Ponte da Vila Guilherme, o bandido emparelhou sua moto com a do sargento e o garupa anunciou o roubo. Atiraram duas vezes na cabeça do militar, que caiu com a motocicleta.

O sargento morreu no local, e a dupla fugiu levando apenas a arma do militar. Portanto, mais um militar é morto na nossa guerra. Há quem fale que nós não estamos em guerra, mas está aí: o soldado Korsekwa, da Polícia Militar, morto e o sargento do Exército, Elisandro, morto.

Houve ainda o caso de um soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o soldado Felipe Pires Moreira, de 25 anos, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora na Cidade de Deus. Ele foi morto a tiros na tarde de domingo, perto de uma das entradas da Quinta da Boa Vista. Ele estava com a namorada e duas crianças quando foi rendido por três suspeitos de bicicleta.

A mãe do policial, Sra. Fátima Pires, desabafou para o jornal “Extra”: “Queria pedir para ter direitos humanos para os policiais. Eles estão guerreando pelos cidadãos e não têm direitos humanos para eles. Ninguém pensa que policiais têm mãe, têm pai, têm família. Só isso que quero falar. Direitos humanos para os policiais. Eles são gente, estão lutando pela gente e ninguém reconhece isso. Só acham que policial é corrupto. Tiram um por meia dúzia. Vocês querem saber meu nome? Eu sou a mãe do soldado Moreira. Grande menino. A razão da minha vida e da dos irmãos dele”.

O irmão de Felipe, Artur, disse que o irmão tinha orgulho de ser policial e que atualmente tentava realizar seu grande sonho, que era integrar o Batalhão de Operações Especiais, o BOP. Então, meus amigos, é isto: dois policiais militares e um sargento mortos pela violência em nosso país.

Gostaria ainda de dizer que hoje pela manhã tivemos a reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Motociclista, da qual sou o coordenador. Estiveram presentes mais de 180 motociclistas, e também o nosso secretário-adjunto, Sérgio Turra; um coronel da Polícia de Trânsito, um major da Polícia Rodoviária, os delegados da Divecar, o pessoal da Polícia Rodoviária Federal e o inspetor Molinari.

Essa reunião foi presidida por mim e pelo deputado Delegado Olim. Temos trabalhado fortemente em defesa dos motociclistas. Agradeço ao deputado Carlão Pignatari, que também esteve presente. Ouvimos os motociclistas, suas propostas, seus pedidos. O próprio secretário-adjunto anotou, e estamos pedindo mais policiamento nas ruas, mais Operação Cavalo de Aço nas periferias de São Paulo e mais patrulhamento nas estradas, porque tem havido muito roubo de moto.

O major Gottardo, da Polícia Rodoviária, contou que, apesar do grande movimento que houve nas estradas neste fim de semana, só ocorreu um roubo de moto, e mesmo assim ela foi recuperada, pois o bandido não conseguiu fugir e a abandonou. Portanto, a Polícia Militar e a Polícia Civil têm trabalhado. Todos os órgãos têm trabalhado, mas ainda há muito a se fazer, por isso pedimos mais empenho à Polícia Militar e à Polícia Civil.

Motociclistas, contem com os deputados da área de Segurança - eu, o Delegado Olim, o Coronel Camilo, o Gil Lancaster - e com todos os deputados desta Casa. Estaremos à disposição para trabalhar pela segurança de todos os cidadãos, nãos só dos motoristas. É preciso que os senhores nos apoiem também, porque temos que mudar a legislação do nosso país, que é tacanha, covarde e hipócrita, pois valoriza o bandido e amarra a mão dos policiais. Precisamos mudar essa triste realidade da Segurança, colocar esses bandidos na cadeia e fazer com que nossa população esteja mais protegida. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência lamenta o fato ocorrido com mais um policial militar vítima de garupa de moto. Infelizmente este é um crime banalizado que nós temos que coibir.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caríssimo deputado Coronel Telhada, que preside esta sessão, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e telespectadores, eu venho a esta tribuna, hoje, muito preocupado. Há instantes, meus antecessores estavam preocupados com essa violência, com o grau de insegurança que nós temos no País inteiro. Lamentamos, repito, a morte de um PM por garupa de moto, que é algo que banalizou, parece que é corriqueiro. Infelizmente, a polícia não pode estar em todos os lugares. Infelizmente, tem pessoas que utilizam moto, que é muito rápida, para praticar delitos, assaltos, roubos e até latrocínio.

Eu estou vendo daqui o meu filho, vereador George Hato, que está visitando esta Casa. Ele foi reeleito recentemente e teve a honra de ser colega do nosso querido deputado Coronel Telhada, do também hoje deputado Coronel Camilo e de outros deputados e vereadores.

Ontem à noite, domingo, nós estávamos em um evento na zona norte, às 21 horas. Ninguém acredita que um deputado, um vereador esteja domingo à noite em algum compromisso. Nós estivemos em um compromisso e lá ele me lembrou de um projeto que ele já pediu, como vereador, e que eu também já pedi, como deputado - nós estivemos na Secretaria da Segurança -, a criação, como a delegacia da mulher, da delegacia da criança, porque se nós não cuidarmos das crianças e dos adolescentes, nós não teremos futuro.

Os futuros herdeiros são justamente os adolescentes que aí estão pelas ruas de São Paulo, pelas ruas do nosso País, em um caminho que não interessa. Eles saem das escolas e tem os botecos da vida oferecendo bebida alcoólica e depois crack, oferecendo um caminho muito ruim até as drogas ilícitas, levando-os ao caminho do mal.

Eu quero dizer publicamente que nós estamos empenhados em fazer com que o Governo se sensibilize e atenda as crianças com mais carinho, tenha um especialista em crianças e adolescentes para atender, para não acontecer o que aconteceu no Rio de Janeiro, por exemplo.

Eu quero também acrescentar que a violência é tão grande que eu estou entrando com um projeto de lei para que nós possamos diminuir ou acabar com a cobrança de impostos sobre coletes à prova de bala, roupas de segurança, carros blindados, armas paralisantes. Tirando os impostos sobre esses produtos certamente nós conseguiremos mais segurança, mais qualidade de vida. Um projeto que nós aprovamos nesta Casa, extremamente importante, é a de isenção de impostos para as câmeras de segurança. Se implantado, será o projeto detecta, com câmeras acopladas aos radares que vão detectar até carros roubados. Além de isentar câmeras de segurança, devemos isentar detector de metais para que possamos desarmar os marginais. Quem tem que andar armado é policiais, pessoas que estão oficializadas, não pessoas que são marginais, que não têm nada a ver e, quando andam armadas, fazem asneiras, assaltam e cometem delitos. Essas nós temos que coibir.

Essa isenção de impostos certamente fará com que tenhamos acessibilidade a esses equipamentos que vão nos proteger, já que nós não temos segurança completa. Aqui na Assembleia Legislativa nós não temos detector de metais. Qualquer um entra neste plenário armado, às vezes com arma com numeração raspada, contrabandeada, roubada, e atira. Pode atirar em qualquer deputado, em qualquer funcionário. Quem sabe se isentando o colete à prova de balas eu venha de colete a esta Casa, já que não temos segurança nem aqui dentro. Talvez eu possa usar o colete agora. Não sei se uso o colete debaixo do meu paletó. Terei que pedir à Mesa Diretora que me esclareça se posso usar o colete por cima do paletó, pois somos obrigados a usar terno e gravata. Aqui é uma corte, e temos que usar os nossos uniformes.

Quem sabe possamos usar o colete debaixo do paletó. Se esse colete tiver isenção, todos teremos acesso, inclusive as pessoas que trabalham com segurança; todos os guardas e não apenas os PMs. Fui informado de que todos os PMs têm colete à prova de balas, mas há seguranças particulares, seguranças de rua e seguranças de bairro que não têm coletes. Não sei se a Guarda Metropolitana tem colete à prova de bala. Se esse colete for isento de impostos, certamente será mais fácil adquiri-los. Até eu quero entrar na fila. Irei começar a usar colete à prova de bala.

Sr. Presidente, quero a isenção em todos os equipamentos de segurança, como carros blindados, coletes à prova de balas, detectores de metais e câmeras. Espero contar com o apoio de Vossa Excelência. Quero que tenhamos mais qualidade de vida e segurança, porque a população não tem. Ela já paga tantos impostos que seria interessante poder comprar um colete à prova de balas de forma mais acessível. Eu estou na fila.

Sr. Presidente, muito obrigado.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Deputado Jooji Hato, realmente essa situação é preocupante, mas ainda há aqui policiais militares aptos para cuidar de nós. Às vezes, esses policiais militares não são valorizados pelos deputados. Alguns são até agredidos por certos deputados, mas são policiais militares experientes, armados e prontos para o confronto, caso necessário. Eu confio a minha vida a eles. Parabéns a todos!

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência irá levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão da última quinta-feira, lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de “comemorar o Dia da Polícia Civil”.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 02 minutos.

 

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