064ª SESSÃO
SOLENE EM
COMEMORAÇÃO AO DIA DOS MOTOCLUBES
Presidente: CORONEL TELHADA
RESUMO
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
Anuncia a composição da Mesa. Nomeia as demais autoridades presentes. Informa
que convocara a presente sessão solene, a requerimento do deputado Coronel
Telhada, na direção dos trabalhos, com a finalidade de "Homenagear os
Motoclubes do Estado de São Paulo". Convida o público a ouvir, de pé, o
"Hino Nacional Brasileiro". Discorre sobre o problema de roubo de
motocicletas. Convoca os representantes de motoclubes a comparecerem em reunião
com autoridades policiais na Frente Parlamentar em Defesa do Motociclista,
nesta Casa. Comenta caso de motociclista morto por ser confundido com policial.
2 - CRISTIAN QUERIM
Do Moto Clube Bodes do Asfalto -
Facção Zona Leste de São Paulo, lista nomes de integrantes de motoclubes
falecidos em assaltos a motocicletas. Discorre sobre a alta incidência de
latrocínios que afetam a categoria. Lê manifesto pela segurança de
motociclistas de São Paulo.
3 - DOM ATHANASIOS I
Arcebispo primaz do Brasil e América
Latina e presidente do Sínodo Grego Ortodoxo da Diáspora, menciona que seu
irmão, já falecido, criara um clube de motoqueiros em Atenas. Afirma que a vida
é um privilégio e, por isso, deve-se zelar por ela. Faz oração e pede proteção
a Deus para todos os presentes.
4 - PAULO CESAR LODI (PICKA PAU)
Presidente da Federação dos
Motoclubes do Estado de São Paulo, menciona que a reunião da Frente Parlamentar
em Defesa do Motociclista, a ser realizada nesta Casa, pode ser um momento de
oportunidades para a categoria. Destaca a importância da força e união entre os
integrantes de motoclubes. Manifesta preocupação com casos de roubo a
motociclistas.
5 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Anuncia a apresentação de vídeo
referente aos últimos eventos relacionados ao motociclismo realizados nesta
Casa.
6 - DELEGADO OLIM
Deputado estadual, elogia o trabalho
social desenvolvido por clubes de motociclismo. Enaltece o empenho do deputado
Coronel Telhada em prol da categoria. Considera que a Polícia protege a
população sem distinção de classe social. Afirma conhecer os problemas do dia a
dia dos motociclistas. Garante apoio ao setor. Menciona que deve cobrar mais
patrulhamento da PM em reunião na Frente Parlamentar em Defesa dos
Motociclistas.
7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Menciona que utiliza motocicleta
desde os 19 anos, inclusive em sua carreira policial. Avalia que a Frente
Parlamentar em Defesa dos Motociclistas deve criar um espaço de debates sobre a
segurança da categoria. Destaca a importância da presença de representantes dos
motoclubes durante a reunião dia 10/10, às 10h. Tece comentários sobre o seu
papel parlamentar de representar os motociclistas frente a autoridades da área
de Segurança Pública. Frisa que existem mais de quatro milhões de motos em São
Paulo. Discorre sobre os problemas enfrentados no dia a dia dos motociclistas.
Afirma que os motoclubes são organizados e unidos para se representar.
8 - CARLOS PAES DE ALMEIDA
Presidente da Associação Paulista de
Motociclismo, desaprova o preconceito contra políticos de forma generalizada.
Tece considerações acerca dos resultados possíveis com a união dos motoclubes.
Cita números de mortes em acidentes de moto por conta de problemas de
sinalização e falta de educação no trânsito.
9 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Homenageia os motoclubes presentes
com entrega de certificado a seus representantes.
10 - MAURO
Diz sentir-se bem representado pelos
deputados Delegado Olim e Coronel Telhada, a quem agradece pela homenagem.
11 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Faz agradecimentos gerais. Encerra a
sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Eu queria fazer uma coisa aqui, não sei se vai dar certo. Quantos motoclubes nós temos? 25.
Estou vendo que tem alguns colegas em pé, queria chamá-los para que viessem à frente e ao meu lado direito os presidentes ou os representantes de cada motoclube. O que vocês acham? Legal? Então, aqui eu tenho 16 lugares. Venha um representante de cada motoclube. 27? E completando a frente também nós completamos a Mesa, temos cadeiras, de modo que nós teremos lugares para todo mundo. Ok? Acho que fica melhor, não é?
Bom,
acho que conseguimos acomodar todo mundo agora. Enquanto os colegas se
acomodam, vamos providenciar mais algumas cadeiras. Obrigado. Nós estamos na
informalidade ainda. Depois, eu queria a lista dos motoclubes para anunciar
todos eles, por favor. Vamos começar, Dr. Olim, posso começar? Nós arrumamos.
Aperta aqui, aperta lá e cabe todo mundo. Podemos começar, TV Assembleia?
Só para
vocês ficarem cientes, o evento todo é filmado pela TV Assembleia e acho que
vai constar aqui quando vai passar. Está aqui o Dom Athanasius I. Está ao vivo,
não é? Vai ao vivo hoje? Ao vivo. Domingo não é ao vivo, é gravado. Ao vivo é
hoje, na internet.
Pessoal,
vamos começar? Tudo bem? Todos prontos?
Boa
noite a todos. Vamos iniciar a sessão solene com a finalidade de homenagear os
motoclubes do estado de São Paulo.
Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
À Mesa, nós temos as seguintes autoridades: presidindo
a sessão, Coronel Telhada; ao meu lado direito, deputado Delegado Olim; ao lado
do Delegado Olim, temos o Dom Athanasius I, arcebispo primaz do Brasil e América
Latina e presidente do Sínodo Grego Ortodoxo da Diáspora. Temos, representando
os motoclubes: o presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São
Paulo... Falo o apelido ou o nome? O nome primeiro. Paulo César Lodi, conhecido
como Picka Pau.
Também
quero agradecer os amigos, vereador Salomão Pereira, que não compõe a Mesa -
muito obrigado, vereador - porque se encontra em campanha; o amigo Dr. Carlos
Roberto Campos, onde está o Dr. Campos? Também delegado do Meio Ambiente de
Guarulhos; do meu amigo Ronaldo Ligieri, que também não pode estar à Mesa
representando os motoclubes presentes nesse evento porque está em campanha.
Quero
agradecer também a presença da Banda da Polícia Militar.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, o deputado Fernando Capez, atendendo à solicitação deste deputado com a finalidade de homenagear os motoclubes do estado de São Paulo. Convido todos os presentes, para em posição de respeito, cantarmos - aliás, precisamos mudar esse cerimonial: não é ouvirmos, é cantarmos. Há uma diferença entre ouvir e cantar o Hino Nacional, o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo sob regência do Subtenente PM Brizola.
* * *
- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do
Estado de São Paulo.
Comunicamos
aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV
Web, na internet, e será transmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia
2 de outubro de 2016, às 23 horas, pela NET canal 7, pela Vivo canal 9 e pela
TV Digital Aberta Canal 61.2.
Nós
temos um protocolo das autoridades e pessoas presentes que farão uso da
palavra, mas eu gostaria de relatar algumas coisas que estão acontecendo.
Depois nós vamos passar um vídeo, no qual passaremos algumas das atividades que
fizemos relacionadas aos motoclubes e motociclistas, mas nós tivemos alguns
problemas muito sérios... Alguns presidentes de clubes vieram falar comigo
sobre um manifesto que o pessoal quer ler sobre os problemas que têm
acontecido. Eu acho que é de ciência de todos que estamos tendo problemas
sérios, não só com motos de motoclubes, mas sempre foi um problema muito sério
em São Paulo o roubo e o furto de motocicletas.
Automaticamente,
às vezes, acabam acontecendo homicídios, crimes de morte contra motociclistas e
familiares. É uma realidade que infelizmente enfrentamos há muito tempo e
quando eu comandava a Rota eu era muito incisivo - não só por ter sido oficial
de patrulhamento - e no patrulhamento muitas motocicletas são abordadas, uma
motocicleta nunca passava batida por mim e creio que com o Olim era a mesma
coisa, quando ele estava no Garra.
Mas nós
notamos que ultimamente esse tipo de operação caiu e em todos os eventos em que
encontro o pessoal da PM, eu tenho cobrado esse tipo de atitude dos coronéis,
não só do Choque, do CPTran, que é o policiamento de trânsito da rodoviária,
também. O Olim e eu tivemos uma reunião com o pessoal do Bodes não é, Olim? Que
veio conversar conosco.
Então,
só como ciência: essa sessão solene hoje é para homenagear os motoclubes, mas
nós estamos chamando uma reunião da Frente Parlamentar de Proteção ao
Motociclista - da qual eu sou presidente e o Olim é o vice-presidente e
conselheiro - no dia 10 de outubro às 10 horas da manhã. Estamos convocando
autoridades policiais.
Só para
vocês terem uma ideia, estamos chamando o comandante do policiamento da capital
e o comandante do trânsito da rodoviária; estamos solicitando o pessoal da
Polícia Rodoviária Federal, da Divecar... De onde mais, Apolo? Do Detran, do
CT, enfim, todo mundo relacionado às motos. Então, eu queria convidar vocês; no
mínimo, um de cada motoclube tem que estar nessa reunião, porque será o dia em
que falaremos diretamente com as autoridades responsáveis sobre segurança ao
motociclista.
Nós
estamos convocando também algumas associações e empresas, todo mundo
relacionado ao motoclube, à motocicleta, porque é um problema que tem que ser
observado com muita atenção. Nós tivemos no dia 7 de setembro a morte daquele
cidadão que estava se preparando para uma viagem para o Chile. Todo mundo aqui
já programou uma viagem, está louco para ir, vibrando, e de repente acontece
aquela desgraça. O pior é que ele foi morto por ser confundido com um policial.
Olhem como a vida de um policial está complicada.
Então,
nós precisamos reverter esse problema. A única maneira de revertermos esse
problema é com policiamento forte e eficaz; é com abordagem, com fiscalização.
Porque o indivíduo que vem roubar o motociclista normalmente está de moto
também, com garupa - são dois indivíduos - e praticam o roubo contra um
terceiro motociclista.
Então,
nós vamos ter essa reunião no próximo dia 10 de outubro. É uma segunda-feira -
aliás, não contem para ninguém, mas é o dia do meu aniversário - às 10 horas da
manhã, e eu gostaria do máximo possível de senhores e senhoras presentes,
porque será o momento de nós colocarmos o preto no branco, de falarmos o que
está acontecendo, exigir providências e saber das autoridades o que eles vão
apresentar de proposta.
Estamos
chamando o comandante do Choque também, porque tem a Rocam, tem a Rota, enfim.
Nós estamos fazendo um leque para chamar todas as autoridades responsáveis.
Isso eu queria apresentar como notícia aos senhores.
Quem é
que lerá o manifesto? Qual o nome do cidadão?
Quem
lerá o manifesto é o Cristian Querim. Cristian, por favor, se dirija à tribuna
e fique à vontade, por gentileza.
O
SR. CRISTIAN QUERIM - Boa noite, Coronel
Telhada, presidente da sessão e presidentes dos motoclubes aqui presentes.
Desejo uma boa noite a todos os integrantes, a todos aqueles que compareceram
nesse chamado.
O irmão
que é motociclista também já tem anunciado que a Assembleia está tomando alguma
atitude em criar essa Frente Parlamentar do Motociclista. Eu tenho certeza de
que o fato de a plenária estar bem cheia de motociclistas hoje é para dizer que
nós não temos o que comemorar nesse dia de homenagem. Trago aqui alguns nomes
de irmãos nossos de motoclubes diversos que faleceram em assaltos de
motocicletas. Eu quero começar lendo esta relação aqui, que é breve.
Vou
falar do Motoclube Abomináveis: o apelido dele era Borrachinha. Brasil Riders:
perdemos o Faluga. Dorme Sujo: perdemos o irmão Pintado. Falcões Motoclubes: perdemos
o Velasco. Famintos por Estrada: perdemos o Ivanildo. Motoclube Gato Sujo de
Itaquaquecetuba: perdemos o Emerson. Highlanders em Caieiras: perdemos o Dito.
Motoclube Lobos Guará: perdemos o Daniel. Via Brasil: perdemos a Verinha. E,
ainda, dois motociclistas que não eram de clubes: Fernando Martinelli e José
Albino Cardoso Ribeiro.
É uma
relação bastante breve se formos comparar com grandes acontecimentos que vimos
passando aí nos últimos meses, vamos dizer assim, ou no último período. Só no
nosso Motoclube Bodes do Asfalto, nós tivemos, pelo menos nos últimos 15 dias,
uma meia dúzia de ocorrências de assaltos. Graças a Deus não tivemos a perda de
nenhum irmão, mas com certeza o trauma ficou para aqueles que tiveram suas
motos roubadas e passaram por violência nessas situações.
Nós
fizemos um manifesto e eu vou pedir para todos os que estiverem presentes que
assinem; nós entregaremos ao Coronel Telhada, para ele apresentar nessa reunião
do dia 10. Aqui eu passo a ler alguns tópicos do manifesto. Eu não citei
nenhuma instituição específica do motociclismo porque creio que esteja falando
em nome de todos os motoclubes do estado de São Paulo.
Manifesto
pela segurança do motociclismo em São Paulo.
Os
motoclubes e motogrupos são associações constituídas e organizadas por
motociclistas e pessoas que apreciam o motociclismo, são entusiastas como nós,
que se deslocam para o trabalho, para a escola ou para o lazer fazendo uso de
motocicleta. Somos cidadãos comuns; circulamos nas ruas esperando sair de casa
e tornarmos ilesos, sem qualquer tipo de perda, agressão ou roubo seguido por
morte. Não estamos aqui para comemorar, mas sim para manifestar a nossa
insatisfação com a segurança pública no estado de São Paulo, principalmente na
Grande São Paulo. Dentre outras atribuições, os deputados devem atender aos
eleitores encaminhando seus pedidos aos órgãos governamentais ou apresentando
em plenárias os assuntos de interesse do segmento social da região que os
elegeram. Houve a opinião de diversos grupos organizados que reivindicam a
colocação de temas específicos na pauta, como este dos motoclubes e motogrupos
de São Paulo, sobre a ineficiência do poder público, especificamente quanto à
nossa segurança.
Nós
motociclistas e a sociedade de modo geral, estamos cansados de nos defrontarmos
com a violência e vivermos assombrados pela impunidade. Nós andamos desarmados,
deputado. O meliante armado rouba e mata. A polícia prende, a Justiça bota na
rua. É a certeza da impunidade. Aí o meliante armado volta a roubar e a matar,
a polícia volta a prender e a Justiça a soltar. O ciclo não muda, exceto para o
cidadão de bem, que morre em algumas dessas histórias.
Os
roubos seguidos de mortes são cada vez mais estimulados pela ineficiência dos
nossos órgãos de segurança pública e a complacência das nossas leis. A quem
devemos, enfim, cobrar toda a violência e a impunidade em que vivemos, se não
de vocês parlamentares, que sempre prometem em campanha e, quando eleitos,
acabam por não nos representar?
Toda
pessoa tem direito à verdade. Nenhum estado pode crescer ou estabilizar-se
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão e da mentira, que
sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana, quanto mais a de uma Nação,
conforme o Decreto 1.171, de 1994.
Concluindo
essa mobilização, na verdade, expressamos um anseio de paz, com justiça e mais
segurança para nós e nossas famílias. Estamos aqui para demonstrar que medidas
necessitam ser tomadas para mudar esse quadro de indiferença com a violência
urbana. Desejamos a firme e efetiva aplicação das regras punitivas já
existentes pelos órgãos competentes. Queremos dotar a sociedade dos mecanismos
dos quais ela necessita para prevenir a barbárie e a violência através da firme
aplicação das penas por crimes de furtos, roubos e latrocínios.
A
Constituição estabelece que o Estado seja responsável pela prevenção da
integridade física e patrimonial das pessoas e nós estamos aqui para exigir que
os representantes do estado, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário nos
representem e nos defendam. Nós pagamos salários dos servidores de São Paulo;
vivemos e votamos em São Paulo. Nós exigimos mais segurança aqui em São Paulo,
deputado.
É muito bacana a sessão para homenagear os motoclubes; eu tenho certeza de que todos os irmãos se sentem homenageados, mas eu creio que poucos aqui tenham o que comemorar. Nós estamos perdendo muitos amigos, muitos irmãos, infelizmente, nessas ocorrências de latrocínio. É a atenção que pedimos, deputado. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Muito obrigado.
Aí
vocês veem a importância de termos essa reunião no dia 10 com as autoridades
policiais e administrativas responsáveis para que possamos dar andamento a
essas propostas e procurar minimizar os problemas que têm ocorrido,
infelizmente, não só na área do motociclismo; mas o problema é generalizado.
Nós precisamos dar um jeito de melhorar, isso não pode continuar assim.
Eu vou abrir a palavra para as autoridades. Nós estamos aqui com o Dom Athanasius, que é nosso amigo há muitos anos, e até pela proposta dos colegas que faleceram em várias situações, eu pediria para que o Dom Athanasius nos brindasse com algumas palavras e uma oração em respeito às pessoas que vieram a perder as suas vidas de maneira tão estúpida.
O
SR. DOM ATHANASIOS I - Deputado, muito
obrigado. Boa noite para todos.
Eu sou
um bispo ortodoxo grego e presidente da igreja da santa hierarquia mundial, da
Igreja Ortodoxa Grega da Diáspora. Na realidade, eu desci de paraquedas aqui,
mas tudo bem, eu iria ficar só três meses, estava trabalhando na Argentina e
passaram anos, e me escolheram bispo para ficar no Brasil. Então, eu sou
brasileiro de coração, como o Coronel conhece.
Na realidade,
eu tenho um vínculo com vocês porque o meu irmão falecido na Grécia era também
um dos que criou o Clube dos Motoqueiros de Atenas; ele era arquiteto,
professor universitário. Ele, claro, faleceu por câncer, mas tinha uma paixão
pela motocicleta. Para nós, gregos, (Ininteligível.) antigo, da época do
Alexandre Magno, é a palavra (Ininteligível.), que vocês estão lidando.
Eu aprendi a andar porque roubei a moto dele,
mas não sabia parar. Então, antes do seminário, parei em uma montanha de areia
do lado da nossa casa, que estava sendo construída. Então, eu conheço um pouco
de vocês, como é a vida rolando em cima de duas rodas.
Queridos
irmãos em Cristo, vocês têm que tomar muito cuidado, porque a vida é preciosa.
A vida é dom de Deus, tomem cuidado. Sempre peçam para o nosso Senhor, o Pai
onipotente, que deu para nós todos esses privilégios de viver nesta natureza
divina, para que proteja vocês. Eu vou abençoar todos vocês, vou orar por
vocês, como oro por todas estas pessoas que pedem de mim a oração para a saúde
e prosperidade. E eu tenho certeza, Coronel, que se o nosso senhor Jesus Cristo
chegasse nessa época do século XXI, não andaria de jumento, mas de moto, com
certeza, para ser mais rápido.
Podemos
nos levantar, para homenagearmos, lembrarmos e orarmos pelas almas dos nossos
queridos que perderam a vida. A nossa igreja sempre faz orações para todos
aqueles que partiram do mundo. Eu acredito, que a partir de hoje, ninguém mais
terá essa experiência cruel, Deus nos protege, basta pedir
a ele em oração. Antes de subir na moto, faça a oração - cada um na sua
religião, cada um no seu credo - para que o nosso Deus nos proteja. Estamos nas
mãos Dele.
Pai
Nosso que estais no céu, todos juntos. Santificado seja o vosso nome. Venha a
nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus. O
pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós
perdoamos aqueles que nos têm ofendido. E não nos deixei cair em tentação, mas
livrai-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a adoração. O Pai, o Filho e
o Espírito Santo, agora e sempre, pelos séculos dos séculos.
Que Deus abençoe, que Deus proteja. Claro, cabe às autoridades proteger todos os cidadãos, mas nós também temos que fazer o nosso dever. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, Dom Athanasios, pelas palavras.
Antes
de passar a palavra para o Picka Pau, nós recebemos alguns agradecimentos de
pessoas que foram convidadas e não puderam comparecer, mas que mandaram um
abraço a todos os motoclubes. O primeiro é o Dr. Márcio Fernando Elias Rosa,
secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania; o Coronel José Roberto
Rodrigues de Oliveira, que é chefe secretário da Casa Militar do Estado de São
Paulo; o deputado Rodrigo Garcia, que hoje é secretário do estado da Habitação;
o inspetor de agrupamento Vanderlei Bento Barbosa, nosso amigo, subcomandante
da Guarda Civil Metropolitana aqui de São Paulo; nosso amigo Dr. Marco Antonio
Zago, que é reitor da Universidade de São Paulo; o secretário do estado de
Saúde aqui de São Paulo, Dr. David Uip; a dona Lu Alckmin, esposa do nosso
governador; o nosso amigo de muita longa data, deputado federal Guilherme
Mussi; o nosso amigo aqui dessa Casa, deputado Estevam Galvão de Oliveira;
também deputado nessa Casa, o nosso amigo deputado João Caramez; o nosso amigo
Fábio de Salles Meirelles, presidente da Faesp, aqui de São Paulo; o prefeito
Fernando Haddad também manda um abraço a todos; o secretário do Planejamento e
de Gestão estadual Marcos Antonio Monteiro; e também o nosso amigo deputado
federal e hoje secretário do Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.
Eu vou passar as palavras para as ponderações neste momento ao Sr. Presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo, Picka Pau.
O
SR. PAULO CÉSAR LODI ( PICKA PAU) - Boa
noite, gente. Boa noite, senhores da Mesa. Muito obrigado pelo convite para nós
estarmos aqui hoje.
Senhoras
e senhores, eu vou dizer de forma bem curta e grossa o seguinte: eu sei que
hoje existem várias pessoas aqui que estão incrédulas com relação a tudo isso
que está acontecendo no nosso País, na nossa política, etcetera e tal. Mas eu
gostaria de dizer aos senhores o seguinte: esse projeto do Dia do Motoclube
nasceu no ano passado, talvez numa situação um pouquinho melhor do que essa em
que nos encontramos hoje, com certeza. Quando pensamos nisso, eu fui convidado
para participar desse projeto também lá atrás pelo Coronel Telhada. Logo no
começo do ano passado falamos sobre isso e, enquanto estávamos amadurecendo a
ideia, surgiu a data de hoje.
Eu sei
que nós não temos muitos motivos para comemorar, mas eu gostaria de alertar as
senhoras e os senhores para aquele dito popular que todo mundo conhece:
"Uma andorinha só, não faz verão." É a coisa mais certa do mundo. Nós
nunca tivemos uma parceria tão próxima de conseguir as coisas, como nós temos
neste momento, aqui com a criação do Parlamoto, essa reunião do dia 10. É muito
importante estarmos aqui, comparecermos. Então, eu acredito. Eu estou colocando
a minha pessoa na frente desse projeto junto à Federação, junto com todos os
motoclubes filiados que estão aqui e outras associações que existem. Nós
estamos fazendo parceria porque a reza é feita em várias línguas, mas a busca é
uma só. A fé é falada em várias línguas, mas a busca dela é uma só.
Então,
aproveitando o meu amigo Juan, que está aqui do meu ladinho, que carrega nas
costas um brasão muito legal que tem duas palavras muito importantes na nossa
vida: "Força da união". Eu gostaria que agora nós tivéssemos força
para nos unirmos. Para mostrar essa união no dia 10, por exemplo. Falaremos com
várias pessoas importantes do segmento da segurança nacional, não é nem de São
Paulo; em São Paulo, a coisa está feia, mas está feia no Brasil inteiro. Eu
acho que é a hora de deixarmos um pouquinho de lado essa coisa do motociclismo
ser apartidário. O nosso meio nasceu assim, todo mundo sabe dessa história,
todo mundo já ouviu. Quem não participou lá do começo pelo menos já ouviu isso
alguma vez na vida. Mas nós, de repente, sozinhos podemos conseguir alguma
coisa, mas aliados podemos conseguir muito mais.
Então,
estou vindo aqui hoje com muita graça e honra comemorar, sim, o nosso Dia do
Motoclube, porém, é óbvio que com tristeza, porque o Cristian leu aí uma
relação praticamente impossível até de guardarmos tantos nomes assim e outros
tantos que já conhecemos, que já vem acontecendo essa coisa toda aí do roubo,
latrocínio, enfim.
É uma
coisa preocupante, não podemos mais escolher qual motocicleta que queremos para
comprar; nós temos que pesquisar no mercado qual é a menos roubada, qual é a
menos visada, para poder comprar um produto que às vezes você trabalha anos e
anos almejando chegar lá e aí tem que andar com uma moto velhinha porque o
ladrão não vai roubar. Então, realmente está periquitante a situação, mas nós
temos aqui nesta Casa uma força tremenda ao nosso lado, que eu acho - penso eu
- que deveríamos aproveitar. Não sei se os senhores e senhoras também
compactuam, mas esse é o meu pensamento, esse é o pensamento da nossa Federação
e outras associações que estarão presentes no dia 10 de outubro, se Deus
quiser, dia do aniversário do Coronel Telhada. Mas é muito importante também a
nossa reunião para fazermos a união da força.
Muito obrigado, senhores e senhoras. Muito obrigado pela atenção.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Antes de eu passar a palavra para o Delegado Olim, nós temos um vídeo que nós fizemos de algumas atividades relacionadas ao motociclismo durante o nosso mandato. Pusemos uma música de fundo, dos anos 1980; quem curte os anos 1980 talvez se lembre dessa música. Está no ponto? Então pode soltar, por favor.
* * *
- É
exibido o vídeo.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado. Obrigado à nossa assistência.
Nesse momento, eu passo a palavra ao nosso amigo, amigo há mais de 20 anos. Trabalhamos juntos, eu na Polícia Militar e ele na Polícia Civil, mas várias vezes nos deparamos em situações e ocorrências. Apresentei ocorrências várias vezes ao Dr. Olim, não só no Tático Móvel, na Rota também, nos DPs da vida, no Garra; agora temos a felicidade de estarmos como colegas deputados trabalhando nesta Casa, onde nós temos desenvolvido várias atividades juntos. Então, nesse momento, solicito a palavra do nosso amigo deputado Delegado Olim.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Primeiramente,
boa noite a todos. Adorei ver este plenário diferente. Estou acostumado a ver
os deputados aqui sentados, de terno, com solenidades. Essa é uma solenidade
maravilhosa e linda de se ver: todos aqui curtem a sua motocicleta. Sei o que
vocês fazem pelo povo de São Paulo. Quando vocês saem, vocês arrecadam
alimentos. Aliás, hoje é o Dia do Motoclube e parabenizo vocês todos, porque
vocês ajudam os paulistas e paulistanos. Os senhores merecem uma salva de
palmas. (Palmas.)
Gostaria
aqui de cumprimentar o presidente, Coronel Telhada, que está fazendo essa
sessão e que briga por vocês, porque nesta Casa nunca vocês tiveram o que estão
tendo hoje aqui. Desde que ele veio para cá, é uma Casa que pertence a todos
nós, a vocês, ao povo; nós, que fomos eleitos por vocês. E hoje vocês podem vir
aqui exigir e cobrar. Então, eu quero aqui parabenizar o Coronel Telhada com a
sua vinda para cá. Com certeza, o povo de São Paulo e a segurança... Vocês,
motociclistas, desde os mais humildes aos que têm as motos mais possantes, eu
sei o quanto correm riscos. Eu não quero ser repetitivo, mas antes de
cumprimentar a todos - quero entrar nesse assunto depois - quero cumprimentar
aqui também o Dom Athanasios - é que a minha vista está ruim, muito obrigado
pela sua bênção. Veio aqui, como disse, caiu de paraquedas. Hoje o senhor
ficará aqui, o senhor já é querido por todos; essa bênção valeu por tudo hoje,
só de vir aqui.
Quero cumprimentar o Picka Pau, que é Paulo César, pelas palavras que ele falou. Sempre tem jeito. E nós estamos aqui para brigar por vocês. Parabéns pelas suas palavras. Acho que nós temos que irmos unidos; vocês tenham certeza de que têm os caras da segurança aqui desta Assembleia, que mais brigam aqui dentro e respeitam e as pessoas respeitam aqui. Aqui não se conta história para nós. Quem comandou uma Rota com os homens...Quantos policiais você tinha lá? 1000? 800? 600? Quantos?
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - 750.
O
SR. DELEGADO OLIM - PP - Setecentos com
mais de 200 viaturas, com certeza. Não dá para ouvir história.
Eu
comandei alguns departamentos grandes da Polícia Civil de São Paulo. Nós vamos
para ajudar, e ajudamos a todos aqui, desde o mais humilde ao mais rico. Talvez
na Divisão de Sequestro, tem caso de milionários e tem caso de pessoas que não
tinham o que comer.
Quero
cumprimentar também em nome do Picka Pau todos os presentes, muito obrigado
pela presença, a todos que fazem parte de motoclubes e o meu amigo delegado
Roberto Campos.
Quando entrei no concurso para delegado de
polícia, ele já trabalhava na Academia Polícia e vim a conhecê-lo, um grande
amigo, um grande parceiro. Acho que ele advoga por alguns dos motoclubes, é
isso? É coordenador de Bragança, desculpem-me. Para advogar, você não pode ser
delegado de polícia que trabalha no meio ambiente. Mas ele é coordenador, é um
homem do bem, um cara muito correto, uma pessoa pela qual tenho um respeito e
carinho muito grande.
Então,
rapidamente, Srs. Policiais Militares, Srs. Funcionários, TV Alesp, eu ouvi um
colega de vocês falando e até concordo com ele por estar até meio revoltado,
meio bravo, mas nós abrimos o meu gabinete aqui a semana passada e alguns dos
senhores vieram aqui. Imediatamente, começaram a conversa comigo sobre o que
está acontecendo com vocês. Vários delegados colegas meus morreram com motos na
rua. Eu já fui em ocorrência, na Marginal, e uns dois ou três para roubos de
moto, chegaram atirando e mataram. Então, eu sei o que os senhores passam. Eu
não sou motociclista, mas eu sei o dia a dia, como delegado de polícia e
policial. Imediatamente, eu não podia fazer nada sem chamar o Coronel Telhada,
que além de ser da Frente Parlamentar, veio na hora ao meu gabinete. Abrimos as
portas, já combinamos o dia 10. Nós não estamos fechando as portas; não é só no
dia de eleição que nós queremos votos, é o contrário. Todos que nos procuram
aqui têm atendimento. Tem o Telhada ligado a segurança, o que for. Eu saio
daqui, vou lá e cobro.
Então,
os senhores estão com a razão. Os senhores estão pegando alguns para trabalho,
outros vão passear no final de semana com a família, pegam as estradas e aí
correm o risco de se ver, já desconfiando de alguém do seu lado, ou começam a
acelerar muito e acabam caindo e se matando ou já chegam tomando tiro para
tomarem suas motos. Os senhores estão com toda a razão. Tem policiais aqui,
amigos meus, que trabalharam comigo e estão no GOE; tem um monte aqui que são
motociclistas. Então, eu sei qual o risco. Eles até mais, porque andam armados;
se virem que eles estão armados, eles morrem. E os senhores que não estão
armados, como é que ficam?
Então,
os senhores têm aqui nessa Casa eu e o Telhada. Os senhores nunca tiveram o que
estão tendo agora. É a realidade. Nunca ninguém abriu a porta da Assembleia
para os senhores como agora. Os senhores estão cobrando, têm o direito a
cobrar, e nós estamos aqui para ajudá-los. Nós vamos fazer isso dia 10.
Queremos uma força de vocês, se precisar sair em carreata, nós vamos com os
senhores. Vamos pôr as Polícias Militar e a Civil para investigar e pegar quem
está matando os senhores. Hoje, os senhores não podem andar de moto com um
relógio, com nada. Os senhores estão com a razão. Aqui, ninguém está dizendo
que os senhores não estão com a razão; e muito mais. Já chegam atirando, às
vezes, nem acabou de pagar a sua moto e já a perdeu. Aqueles mais simples que
compram, que andam na rua batendo lata, que vivem da moto e perdem a sua moto
para bandidos? Tem que estar atrás das grades; esses que chegam atirando também
têm que tomar tiro. É uma pena que vocês também não possam andar armados,
porque temos hipócritas aí que não querem ninguém andando armado, mas andam com
seguranças. Então, eles não têm tranquilidade; não como os senhores, que correm
o risco de tomarem um tiro na rua e morrerem, e perderem seu bem. Não é perder
o bem, é perder a vida, que é o mais importante.
Então,
dia 10, como disse o Coronel Telhada, nós traremos todas as pessoas ligadas à
segurança desse estado. Todos serão convocados. E os que aqui não vierem serão
convocados. Então, é uma coisa séria.
Cobraremos
da Polícia Militar para que intensifiquem o patrulhamento. Vamos ver comandos
que não estamos vendo mais. Não estou aqui culpando, dizendo mal de ninguém; é
o trabalho que precisa ser exigido. É como disse o Coronel Telhada: na época da
Rota, ele parava no mínimo umas 20 motos por dia. Na minha época do Garra - que
é bem menor que a Rota, mas quando se começou a Rota, começou o Garra junto, só
que a Rota cresceu muito e o Garra ficou menor - eu também abordava muita motocicleta,
porque muitos dos ladrões estão sentados numa motocicleta, estão de olho em
vocês. Vocês vão pegar uma estrada com a família e eles já estão de olho quando
vocês saem e quando vocês voltam, para roubarem vocês na volta.
Infelizmente,
é no Brasil que está acontecendo isso. A violência é grande e São Paulo precisa
combater essa violência. Aqui não tem bandido famoso. Aqui o bandido não vem
sapatear em cima de ninguém, não, que nós vamos para cima. Eu não estou hoje na
polícia, mas sou policial, tenho sangue de policial. É a mesma coisa com o
Coronel Telhada. Aqui ninguém vem contar história, se precisar sair com um
carro oficial da Assembleia, nós vamos - e vamos juntos com os senhores. Então,
dia 10 vamos trazer as pessoas que são responsáveis, vamos cobrá-los. Se
precisar sairmos como os senhores querem sair, nós iremos juntos.
Tudo
dentro da legalidade para mostrar para a população que somos ordeiros, que
vocês são motociclistas do bem. Muitos não sabem o que esses motoclubes fazem
pelas pessoas, mas eu sei porque eu vi, estudei antes o quanto vocês fazem o
bem para as pessoas. Então, contem com essa Casa de Leis. Contem comigo, contem
com o Coronel Telhada, com os deputados dessa Casa. Contem com todos, porque os
senhores terão aqui o direito, que é o direito do Estado de dar segurança a
todos. E tenham desses deputados que cobrarão para que os senhores possam sair
com as suas motos e retornarem para as suas casas. Não podem ficar preocupados
no final de semana, porque a preocupação no carro é uma coisa e numa moto é
outra. Na moto, além de vocês estarem com mais riscos de as pessoas passarem o
pé nos seus corpos, que estão muito próximos aos carros, na preocupação de ser
assaltado, vocês se assustam, caem e se machucam. No carro, às vezes, vocês batem
e não se machucam; na moto, vocês vão para o chão e acabou.
Então, contem conosco. Tenha a certeza... Como o senhor se chama mesmo? Cristian. Conte conosco, dê um voto de confiança para nós. Eu gostei do que você falou, você está no direito de subir aqui, onde só deputado sobe. Eu acho que você falou o que tinha que falar, mas tenha a certeza de que você nunca teve o que está tendo hoje aqui. Então, você vai contar conosco, nós vamos cobrar e na verdade nós queremos que vocês saiam, se divirtam e sejam o que são aqui, com essas motos maravilhosas, desde a maior, desde a mais simples, mas que cada um tenha o direito de fazer o que quer da vida e se divirta como quiser. Parabéns aos motoclubes, parabéns aos senhores, parabéns ao Coronel Telhada por trazer esse pessoal para dentro dessa Assembleia, porque aqui na Assembleia nunca houve pessoas como vocês aqui, que vêm de tudo. Mas podem ter certeza de que vocês são os mais importantes e serão sempre importantes para nós. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Muito obrigado, meu amigo deputado Delegado Olim.
Nós, em
seguida, faremos uma entrega de um certificado aos motoclubes pela presença
aqui. Quem não me deu adesivo, ainda tem tempo. Os que estão me devendo não vão
sair sem me dar adesivo hoje. Depois, vão lá na minha sala e estará tudo lá;
quem duvida, é só passar lá.
Gente,
eu queria fazer uma breve colocação aqui a todos. Delegado Olim foi muito
próprio nas suas palavras. Eu sou policial militar há 38 anos; entrei na
Polícia Militar com 17 anos. Com 19 anos, tive minha habilitação de
motociclista na Polícia Militar; sou motociclista desde os 19 anos. Tomei uma
porrada de capotes de moto, já tentaram me roubar de moto, já atirei em ladrão
em moto, prendi ladrão estando eu de moto e o ladrão em outra. Prendi ladrão em
várias ruas e eu à paisana em cima da minha moto, porque nós somos polícia 24
horas. Então, sou motociclista desde os 19 anos. Nunca participei de motoclube
até pela vida louca que levamos na polícia, que não dá tempo de fazer nada,
você mal cuida da sua vida. E quando aqui fomos alçados a essa função de
deputado estadual, uma das nossas preocupações é atuar em todas as áreas, nós
temos vários amigos, como o delegado falou, policiais militares que são
motociclistas. E alguns, a grande parte, pertencem a motoclubes. E chega até
nós a necessidade de uma representação que representasse os motociclistas nos
seus anseios. Conversei com o Dr. Olim e com outros deputados, e criamos o Dia
do Motociclista, alguns eventos. Fizemos o Parlamoto esse ano, que foi o
primeiro encontro que nós fizemos aqui de motociclistas, para trazer o pessoal
para dentro dessa Casa.
O que
acontece? Eu entendo que o cidadão brasileiro não saiba exigir seus
direitos. Nós esperamos acontecer o problema para corrermos atrás. Acho que nós
temos que mudar isso aí. Por isso é que nós temos que nos unirmos e
fortalecermos nesse aspecto. Nós temos que estar à frente do problema, resolver
esses problema e a nossa proposta sempre foi essa, quando criamos a Frente
Parlamentar.
Estou aqui com o decreto que inclusive foi
publicado em “Diário Oficial”. Só para os senhores terem ideia, o artigo 2º do
capítulo 2 fala o seguinte: “Das competências. Compete à Frente Parlamentar de
Defesa do Motociclista realizar estudos, debates, seminários e demais
providências no sentido de: Item 1, criar um espaço de debate para assuntos
relacionados à segurança. Primeira coisa. Ao uso, condução e deslocamento com
motocicletas...” E aí vem uma série de outros... Então, a nossa preocupação,
sim, é a segurança. Eu acho que é muito próprio, como eu disse, essa semana o
Delegado Olim e eu fomos procurados pelo pessoal dos Bodes, trouxeram o assunto
e de imediato nós já nos propusemos chamando essa reunião, porque a função do
parlamentar é essa: tendo ciência do problema, reunir as autoridades
competentes, levar o problema e procurar solucioná-lo. É o que nós vamos fazer.
Por
isso é que no dia 10 de outubro eu preciso dos senhores aqui. Eu ouvi
atentamente as palavras do Cristian quando ele leu os que morreram. Eu quero
lembrar os senhores que diariamente essa tribuna aqui fala de um policial
militar que é morto, e muitos deles de motocicleta, na hora da folga ou do
serviço. Essa semana morreu um policial em Piracicaba com 36 anos, o Cabo
Brito, de motocicleta, perseguindo um outro ladrão de motocicleta que havia
acabado de matar a mulher e a hora que eles foram abordar, tiroteio. O Cabo
Brito tomou um tiro na cabeça e morreu. O ladrão morreu também. Então, não tem
cara que gosta mais de ladrão do que eu aqui. Vocês não tenham dúvida disso.
Ninguém
quer resolver mais problemas do que esses dois deputados que estão aqui. Agora,
é necessária a participação de todos, porque os senhores sabem como funciona no
Brasil. No Brasil, nós não temos cultura de segurança, depois, nós ficamos
sozinhos aqui. Nós precisamos estar juntos, é para isso que foi criada uma
Frente Parlamentar; é preciso uma federação de motociclismo, para que estejamos
unidos nos tempos bons e maus. Eu recebi alguns e-mails aqui. Eu até entendo que
a pessoa está nervosa e tal, mas e-mails mal-educados, que foram até pesados,
de pessoas que nunca vieram aqui trazer o problema para nós. E aqui disseram
que "esse Telhada em época de campanha vem falar com a gente"... Eu
não estou em campanha. Eu estou lutando por vocês, pelos meus amigos, por uma
cidade melhor junto com o Dr. Olim e outros deputados. Nós queremos, sim,
minimizar os problemas e, se possível, acabar com esses problemas. Tenham
certeza de que não tem dois deputados que odeiam mais ladrão aqui do que esses
dois deputados que estão em frente a vocês. Tenham certeza disso. Mas nós
precisamos fazer o correto, que é trazermos as autoridades, exigirmos
providências e, não sendo resolvidos, vamos de novo, vamos ao governador, ao
secretário de Segurança Pública, que está sendo chamado também para o dia 10, e
vamos exigir providências. Porque o nosso grupo é forte, nós temos milhares de
motociclistas em São Paulo de todos os ramos: profissionais, comerciais,
comerciantes, industriais, empresários, policiais, religiosos, de todos os
setores.
Então,
os motociclistas têm força, sim. São mais de 4 milhões de motocicletas em São
Paulo. No Parlamoto, quando nós lançamos a Frente Parlamentar, nós falamos que
não é só um problema dos que estão morrendo: mais de 2 milhões de motociclistas
morreram em acidentes de trânsito e ninguém faz nada para melhorar. O problema
da linha de pipa, que todo mundo viveu: a molecada continua empinando pipa na
rua, com cerol e tudo, e ninguém faz nada. Nós temos inúmeros problemas que nós
precisamos resolver, relacionados aos motociclistas. Então, chamo os senhores
para essa luta. Porque não é o Delegado Olim, nem o Coronel Telhada que vão
resolver esse problema. O Coronel Telhada e o Delegado Olim precisam ter força,
sim, como parlamentares, e a força popular dos senhores para chegarmos lá e
exigirmos que seja tomada a providência, que aumentem as abordagens de
motocicletas na rua, na periferia.
Nós
vemos cara sem capacete, sem placa, andando de moto para cima e para baixo e ninguém
faz nada. Como é que pode isso? E nós somos fiscalizados. Nós vamos passar num
pedágio, vem um caminhão, passa do nosso lado e quase nos lambe, e por aí vai.
Então, por que nós que cumprimos a lei somos fiscalizados e com o ladrão que
está andando de moto roubada com tudo errado ninguém faz nada? Por quê? Alguma
coisa está errada. Quando nós estávamos na polícia, nós apertávamos isso aí;
então, está na hora de apertarmos como parlamentares agora. Mas para isso, meus
amigos, é necessário estarmos juntos, entendam isso.
Os
horários são ingratos. Se estivéssemos fazendo um evento de final de semana
aqui, com certeza a Casa estaria lotada. Eu sei como a sexta-feira é ingrata,
sei como a segunda-feira é ingrata, mas é o dia que nós temos em que as
autoridades vêm, senão não virão. Então, estejamos juntos nessa batalha, sim.
Vamos, como o Delegado Olim, fazer e aproveitar o que nós nunca tivemos aqui.
Eu não sei, sou deputado há um ano e meio, antes eu não frequentava essa Casa,
era coronel da Polícia Militar. Trabalhava na Rota, estava com outra visão,
voltada para outro assunto. Eu não vinha aqui.
Eu
conheci a maioria dos amigos aqui; o Picka Pau vim a conhecer aqui. E eu não
sei se antes vocês tiveram essa oportunidade, não sei quantas vezes vocês
estiveram nessa Casa. Algumas? Nada de concreto? E eu disse na Frente
Parlamentar que vai ser a voz do motociclista, sim; que vai trazer os anseios
do motociclista, sim, mas que não pare aqui. Esse Brasil chegou onde chegou,
gente, porque todo mundo ficou quieto. Essa é uma grande realidade. Vocês aqui
são como homens de cabelo branco; a maioria dos homens aqui, alguns carecas,
mas a maioria é de cabelos brancos como eu. Nós vimos o que aconteceu no Brasil
nesses últimos 55 anos, nós vimos o Brasil ser destruído por pessoas que vinham
aqui falar que estavam trabalhando pelo preto e pobre da periferia e roubaram o
Brasil. Nós vimos gente aqui falar que está falando em nome do coitado e
explorou o coitado, que hoje está mais coitado do que antigamente.
Então,
nós precisamos mudar essa realidade. Nós temos essa força, sim. E hoje vocês
têm dois deputados aqui e posso dizer em nome de vários que assinaram aqui para
levarmos esse problema: Tenham certeza de que os deputados estarão conosco,
basta nós levarmos. Mas nós precisamos trazer as autoridades policiais,
estaduais, judiciárias. Nós precisamos, sim.
Como
nós vamos fazer isso? Com a força popular, com a lei. Vamos envolver Brasília
se for o caso, trazer deputados federais que estão conosco, senadores que
conhecemos. Vamos envolver todo mundo. Eu acredito piamente nisso, por isso
estou aqui numa sexta-feira à noite falando com os senhores. Estaremos aqui o
dia que for necessário para levarmos essas necessidades e mudarmos essa triste
realidade. Dom Athanasios falou da experiência dele de motociclista lá na
Grécia, de ter caído num banco de areia, mas mostra que sempre a pessoa do bem
tem uma história para contar, mas no final está conosco aqui.
Eu
conheço o Dom Athanasios há um bom tempo, é ex-militar, tem uma história muito
bonita. É uma pessoa do bem que está sempre procurando ajudar os outros. E nós
que somos do bem, permitam-me chama-los desse grupo, muitas vezes não somos
compreendidos e somos criticados por pessoas que quando estávamos lá sob fogo
não apresentaram. Então, vamos juntos, sim; vamos mudar isso aí. Acreditem que
nós vamos mudar, mas se apresentem conosco. Essa guerra aqui não é fácil, vocês
têm que ver o que passamos todo dia. Esse plenário outro dia foi invadido aqui
por um bando de vândalos que vieram falar o que era democracia, eram
estudantes. Um bando de vândalos que quebraram tudo aqui dizendo que são
democráticos. E nós ficamos quietos. Então, vamos mudar isso aí. Vocês são
motoclubes fortes; ajudem a federação. Vamos fazer cada vez mais essa força política
girar e sentir os deputados que estão aqui, que se não apoiarem vocês, concordo
com o Cristian, não vai ter voto depois, porque o cara tem que se apresentar,
mostrar a que veio. É fácil na época da campanha o cara chegar lá e prometer um
monte de coisa, como estamos vendo agora. E na hora de trabalhar, cadê essa
rapaziada? Cadê o pessoal que devia estar aqui?
O Olim
falou que é bonito ver esse plenário cheio. É bonito, porque nunca o vemos
cheio, está sempre vazio. É verdade ou mentira? Então, vamos mudar isso aí.
Vamos estar juntos, vamos para essa guerra, vamos mudar este País. Falei isso
numa solenidade ontem aqui no plenário ao lado. É a mesma coisa que eu falei.
Está aí o Cezinha há um tempão trabalhando conosco, me conhece há muito tempo.
Citaram até aqui o evento do policial da Rocam, aquela coisa que todo mundo
acompanhou, que foi preso, porque matou um bandido atirando nele. Lembram dessa
história? Quem foi buscar aquele policial no quartel fui eu e ainda fui
criticado por isso, que estou querendo me aparecer em cima da polícia. Só que
quem foi buscar o cara lá dentro e o tirou de dentro do quartel preso fui eu.
Por quê? Porque eu não vou deixar de apoiar os irmãos policiais que trabalham
forte contra o crime. Sim, eu estava lá também e estivemos no QG depois. Agora,
você viu o filme que eu lancei? Quem foi buscar ele no quartel? Vocês estão
entendendo?
Então,
rapaziada, nós estamos juntos. Vamos juntar mesmo, vamos dar as mãos e vamos
mudar essa história. Como é o seu nome? O Márcio estava lá. Nós estivemos em
frente à Corregedoria, fomos subir para onde depois? Para o quartel general.
Falamos com o comandante, subimos para falar com o comandante, não foi isso?
Verdade. Ele fala a verdade, e sabe por quê? Exato. O Márcio... Márcio, não é? Marcos.
Ele falou uma verdade: quando o pessoal viu um monte de moto chegando, um monte
de cara barrigudo e barbudo, os caras assustaram. O Olim e eu subimos para
falar com o coronel, com o comandante geral: "Essa rapaziada está aqui
para apoiar a Polícia Militar. Essa rapaziada veio aqui para dizer que eles
estão do lado da polícia". Nós levamos representantes de vários motoclubes
lá em cima, tomamos um café com o comandante-geral e ele falou isso que o
Marcos falou: "Eu nunca vi o pessoal se apresentar". Então, vocês
veem que têm força; vamos usar essa força. Não é só para tomar uma cerveja,
comer uma carne, fazer um churrasco. Vamos usar essa força para mudar essa
cidade, esse País.
Eu
convido a todos a estarem novamente aqui dia 10. Vocês têm uma força estupenda
na mão de vocês, acreditem nisso. E vocês têm uma coisa que muita gente aí fora
não tem, sabe o que é? Organização e união. Vocês têm, nos motoclubes. Então,
estejam fortes, acreditem. Vamos chamar outros setores, Picka Pau, não só os
políticos, vamos chamar os policiais, o Judiciário para vir junto conosco.
Vamos mudar esse País, vocês têm essa força. E é por isso - não esqueçam do meu
adesivo - que nós chamamos vocês aqui hoje para homenagear os motoclubes.
Entendam a ligação da história.
Salomão,
querido, obrigado; sucesso na campanha, um abraço. Aplausos para o nosso
querido amigo Salomão, obrigado, querido. Cuide dos táxis lá.
E é por
isso que nós fizemos esse evento. Olhem só como nós... Eu linkei tudo isso para
dizer a vocês finalmente que é por isso que nós estamos aqui hoje, para
homenagear os motoclubes. Porque vocês são fortes, vocês têm representação.
Vamos mudar esse jeito do pessoal pensar e vamos juntar essa força? Vamos
mostrar a que nós viemos? Vamos? Vamos. Sim, eu acredito, vamos.
Vamos
trazer os oficiais, os coronéis aqui ao evento, os delegados de polícia. E
vamos falar para eles que não dá mais para aguentar pararmos e sermos
fiscalizados porque o pneu está careca e o ladrão passa do lado sem capacete e
ninguém faz nada. Vamos parar na pista em dez motoclistas, percamos uma hora
sendo fiscalizados e o caminhão passe nos lambendo e tudo certo. Ou vocês acham
que não acontece comigo também?
Então,
quando o Telhada fala, o Olim fala, nós chegamos lá e reclamamos e dizem:
"Ah, esses caras são deputados, estão querendo se promover". Então, é
a hora do povo se manifestar junto a nós e mostrar para esses caras que vocês
fazem a diferença.
Então,
parabéns a todos aqui por terem vindo, por se apresentarem. Vamos mostrar,
vamos trazer mais motoclubes, Picka Pau. Vamos trazer mais gente, porque todos
têm o mesmo problema e a nossa realidade é uma só. São 4 milhões de
motocicletas no estado de São Paulo. Se cada motocicleta resolver fazer um
protesto na cidade e cada motocicleta parar numa vaga de carro, nós paramos São
Paulo. Não precisa nem fazer manifestação, é só cada motocicleta ficar numa
vaga de carro no trânsito e já acabou o trânsito de São Paulo.
Então,
nós temos que ser ouvidos sim. Está o Kenji aí, que perdeu a mãe faz... Cadê o
Kenji? Cadê o japonês? Perdeu a mãe faz pouco tempo. Pessoas que sabemos que
são nossas. Pessoal, nós somos um time e o time unido vence. Vamos vencer essa
guerra aí. Parabéns a todos.
Para
não deixar essa data passar em branco - assuma ali, por favor - nós aqui vamos
fazer uma simples homenagem, vamos fornecer aos motoclubes um certificado de
participação. Eu até queria propor... Como nós fizemos vários certificados -
não é, José? Eu queria depois que quem quisesse certificado passasse o nome
para a Valéria e nós, com tempo depois, fazemos um certificado e vocês depois
vêm retirar. Tomem um café conosco e quem quiser guardar de lembrança... Não é
isso, Valéria? Mostre o certificado, José. O coronel José Paulo é meu chefe de
gabinete.
O
certificado é simples, mas muita gente gosta de guardar essas lembranças, pôr
na sala do motoclube. Então, se algum dos senhores depois quiser guardar no seu
nome, passe o nome para a Valéria, que está ao lado do coronel José Paulo, que
é a minha assessora, e ela providenciará. Vocês já aproveitam, tomam um café
comigo e me trazem o adesivo. Pode ser? Eu não sei se todos estarão aqui dia
10, mas quem não estiver, traga o adesivo e tome um café comigo. O coronel José
Paulo vai chamar os... Oi? Haja café. O coronel José Paulo vai chamar os
motoclubes. Vamos chamar sete de cada vez? Quer falar? Lógico, por favor. Fique
à vontade.
O Carlos Paes de Almeida, da Associação Paulista de Motociclismo. Vamos abrir a palavra para ele um minutinho. Por favor, coronel, o senhor aguarde um minutinho. Faz favor, Carlos.
O SR. CARLOS PAES DE ALMEIDA - Pessoal, falarei de motociclista para motociclista.
Hoje
nós estamos presenciando um fato inédito, que nunca aconteceu. Eu comecei a
andar de motocicleta aos 14 anos e tenho 68, então faz bastante tempo que ando
de moto. Nunca aconteceu de nós estarmos com políticos que na verdade não são
políticos, são pessoas como nós e que nos procuraram para oferecer alguma
coisa, não está em época de eleição, nem são candidatos a nada agora. Nós
precisamos nos despir de um enorme preconceito que temos contra políticos. O nosso
meio é preconceituoso, sim. Temos preconceitos, graves preconceitos, contra
político, até contra advogado, e precisamos deles sempre. Então, vamos nos
despir um pouco desse preconceito. É verdade, não são todos os políticos que
participam da Lava-Jato e outras mazelas que há por aí. Isso aqui é importante,
isso tem força. Esse movimento pode levar a resultados. Não é como muitos
dizem: "Vamos fechar a Marginal, vamos parar a Paulista, vamos fazer isso
e aquilo". Não está no nosso DNA isso. Nós não somos baderneiros. Não está
no nosso íntimo fazer baderna. Então, é através desse movimento, através de
iniciativas desse tipo que nós podemos chegar ao resultado pelo qual temos
interesse. Todos nós estamos sofrendo na carne os problemas do cotidiano, ou
seja, morre, rouba moto.
A sinalização é péssima, porque nós estamos falando de uma parcela que não é pequena. Quando morre uma pessoa, para mim, já é um exagero. Mas de acidente de motocicleta, é um absurdo os que morrem. Têm mais visibilidade esses assassinatos, que são uma coisa traumática, de mídia. Mas morre muito mais gente de acidente de motocicleta por problemas de sinalização, problemas de falta de educação, do que em assassinatos. Então, eu vou estar aqui efetivamente no dia 10 e convoco todas as pessoas que estão aqui, porque hoje nós temos cabeças pensantes. Outros amigos, outros irmãos, não nessa reunião de dia 10, porque vai ser uma coisa que me parece um pouco mais restrita para poder falar mais e ter mais voz, porém vamos trazer mais gente para o nosso movimento e explicar que não é político de que estamos falando, estamos falando de gente como nós, gente que quer resolver o problema. Agradeço a cada um que trouxer mais uma pessoa na próxima reunião. Muito obrigado e muito obrigado ao Coronel Telhada pela iniciativa.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado pelas palavras, Carlos.
José, vamos chamar. Nós temos 27. Vamos chamar três grupos de nove? Pode ser? Três grupos de nove, por gentileza. Eu e o Dr. Olim vamos descer. O Cerimonial assume para cumprimentarmos os nossos amigos. Tragam os adesivos.
O SR. JOSÉ PAULO - Bodes do Asfalto; Moto Sossego; Águia de Fogo;
Abençoados; Pegasus; Curupira; Carrascos; Pouca Sombra; Harpias.
Obrigado,
amigos. Pedimos que retornem aos seus lugares para que outros motoclubes possam
ser homenageados.
Chamamos aqui para ocupar o lugar de destaque o representante dos Dragueiros; Bastardos Inglórios; Coração de Óleo; Tomahawk Scuderia; Perpétuos; Das Estradas; Legionários de Aço; Carpe Diem; Jacarés do Asfalto; Black Rebel. Perpétuas.
O SR. - Pessoal do certificado, aí.
O SR. JOSÉ PAULO - Pessoal, vamos juntar aqui para fazer uma foto do grupo.
Juntem mais.
Pedimos
que retornem aos seus lugares para que possamos homenagear os outros
motoclubes. Um aviso do gabinete do Coronel Telhada: os interessados em obter o
certificado de participação podem entrar em contato com e-mail
valeria@coroneltelhada.com.br ou contato@coroneltelhada.com.br. Coronel Telhada,
por extenso. É só entrar em contato e pedir a expedição do certificado e ele
será enviado à residência dos interessados.
Vamos
chamar para ocupar local de destaque à frente o motoclube Pires do Asfalto;
Templários Moto Clube; Rastro; Vamo Que Vamo; Insônia; Águias TS; Hawkrider;
Turma da Amizade; Los Antiguos; Monte Cristo; Espírito Livre. Pedimos que se
enfileirem aqui as pessoas nominadas para que possam receber a homenagem e
tirar a foto. Por último, a Associação Paulista de Motociclismo; Aclimação Moto
Grupo e Os Impossíveis. Nervosão Moto Clube.
Pedimos
que se enfileirem para a foto do grupo.
* * *
- São entregues os certificados.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Pessoal, só para eu poder fechar a sessão, pediria que
os senhores se sentassem, por gentileza. José Paulo, cadê meus adesivos?
Pediria a todos que se sentassem, por gentileza, para podermos encerrar a
sessão solene.
Pessoal,
nós vamos encerrar neste momento a sessão solene. Eu pediria que todos se
acomodassem, por gentileza. Por favor, atenção para o aviso, senhores: a
reunião do dia 10 será às 10 horas no Plenário Franco Montoro. Contamos com a
participação de todos.
Para quem não sabe, o Plenário Franco Montoro é logo nesse corredor ao lado, no final do corredor. É ao lado desse plenário, esse aqui é o JK. Então, será no Franco Montoro, dia 10 de outubro, às 10 horas. Eu ia encerrar, mas o Mauro pediu para fazer uso da palavra. Por favor.
O
SR. MAURO - Senhores, eu gostaria de
registrar nesse minuto final e agradecer, porque o Coronel passou aqui para nós
que foi criticado, recebeu e-mails de pessoas que de certa forma acharam que o
momento era o momento oportuno para que se fizesse esse tipo de ação. Mas eu
gostaria de dar uma palavra de incentivo, de deixar claro que eu me sinto muito
bem representado pelos senhores e que também temos que nos orgulhar das boas
pessoas que nos representam. E que nós também tenhamos a consciência - nós como
eleitores, como contribuintes e pessoas - que nós temos a nossa família e
também temos que fazer o nosso papel, quer dizer, o nosso papel não se encerra
a cada quatro anos. Nós temos que voltar para os nossos lares, conversar com a
comunidade, com a nossa família. Porque nós sabemos da importância, não são só
esses dois homens ou só essa Casa que vão trabalhar para o nosso bem próprio.
Quer dizer, se conseguirmos conversar com a nossa família, explicar que tem pessoas que estão brigando, que estão querendo melhorar, nós sabemos que essa questão de segurança, sempre vai ter alguém levantando uma bandeira ou várias pessoas querendo falar dos direitos humanos dos humanos que não são direitos. Então, nós temos que fazer o papel na nossa sociedade, no nosso meio. E isso começa com a nossa família, com os nossos parentes, para que todos saibam, que possamos divulgar e dar respaldo e força para eles. Gostaria de pedir uma salva de palmas e que eles possam sentir que estamos muito bem representados. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PSDB - Obrigado, senhores, muito obrigado pelas palavras. Muito
obrigado a todos os senhores, de verdade, obrigado. Nós vamos juntos mudar
essa história, tenham certeza disso.
Eu
agradeço a presença de todos, convido mais uma vez, a comparecerem dia 10 de
outubro às 10 horas no Plenário Franco Montoro. Aguardamos os senhores para
essa reunião, que seja a primeira de muitas. Trataremos com várias autoridades,
solicitaremos a presença ou até convocaremos, se for o caso. Agradeço a
presença do Dr. Olim, Delegado Olim, nosso parceiraço aqui. Delegado e hoje
deputado, ele tem feito a diferença nessa Casa, obrigado, Dr. Olim. Obrigado, Picka
Pau, presidente da Federação. Obrigado a todos os motoclubes presentes, a todos
os amigos. Vamos estreitar esse relacionamento e cada vez que houver um problema,
chamaremos uma nova reunião e vamos exigir nossos direitos. Muito obrigado a
todos.
Esgotado
o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades presentes, à
minha equipe e assessores na pessoa do coronel José Paulo, meu chefe de
gabinete. À toda equipe, muito obrigado. Muito obrigado aos funcionários dos
serviços de Som, de Taquigrafia, das Atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral
Parlamentar, da Imprensa da Casa, do pessoal da TV Alesp, muito obrigado. Das
assessorias da Polícia Civil na figura do Dr. Marzagão e da assessoria da
Polícia Militar na figura do Coronel Priell, a todos os policiais militares
presentes aqui e policiais civis também, muito obrigado, bem como a todos os
senhores e senhoras que estiveram aqui conosco e que com as suas presenças
colaboraram para o êxito dessa sessão, muito, muito obrigado. Cautela no
deslocamento para casa agora, vão na manha, cuidado com as curvas, juízo e que
Deus abençoe a todos.
Está
encerrada a sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão ás 20 horas e 44 minutos.
* * *