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12 DE DEZEMBRO DE 2016

092ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM À MARINHA DO BRASIL E AO SEU PATRONO, ALMIRANTE JOAQUIM MARQUES LISBOA, MARQUÊS DE TAMANDARÉ, E EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO MARINHEIRO

 

Presidente: FERNANDO CAPEZ

 

RESUMO

 

1 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa; e outras autoridades presentes. Informa que convocara a presente sessão solene em "Homenagem à Marinha do Brasil e ao seu patrono, almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, em comemoração do Dia do Marinheiro". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pelo Coro Masculino da Polícia Militar; a quem agradece. Anuncia a apresentação de vídeo institucional com o tema Amazônia Azul. Pede o apoio da população à Marinha, que exerce um papel fundamental na proteção da Amazônia.

 

2 - CORONEL TELHADA

Deputado estadual, cumprimenta o presidente Fernando Capez e as autoridades presentes. Destaca a importância desta solenidade. Diz ter assistido o filme da Amazônia Azul e lembra de diversos outros fatos nos quais a Marinha participa. Discorre sobre a importância histórica e a participação da instituição na Segunda Guerra Mundial, com a morte de mais de 300 homens. Ressalta que a mesma é parte da Segurança Nacional, sendo a Força mais antiga. Lamenta que o Brasil não cultua a história e não valoriza os que defendem o cidadão. Menciona a luta diária da Polícia Militar contra o crime, que cresce diariamente. Afirma que a PM e a Marinha estão irmanados na luta contra o crime. Considera que, no Brasil, os militares não são bem aceitos na sociedade, em razão do Golpe de 1964. Cita o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef e a prisão de diversos políticos. Pede que os integrantes da Marinha continuem firmes em suas missões, não se deixem abater e não mudem a disciplina e a hierarquia por causa de pessoas que querem minar as instituições. Informa que há nesta Casa diversos deputados que buscam o progresso nacional e o bem da Nação. Parabeniza e agradece todos os presentes e a Marinha do Brasil.

 

3 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Presta homenagem a Marinha do Brasil, com a entrega de placa comemorativa ao Sr. Vice-Almirante Glauco Castilho Dall' Antonia, comandante do Comando do 8º Distrito Naval.

 

4 - GLAUCO CASTILHO DALL’ANTONIA

Vice-almirante, comandante do Comando do 8º Distrito Naval, cumprimenta as autoridades presentes. Agradece os deputados desta Casa e o presidente Fernando Capez pela homenagem e pela entrega da placa comemorativa. Discorre sobre a vida do marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil. Lembra os 75 anos de serviço do marquês e sua participação na manutenção da ordem no País. Afirma que a Marinha se consolidou como fundamental para o País. Destaca a dedicação do marquês de Tamandaré ao servir a Pátria e diz ser o mesmo um exemplo de espírito marinheiro e civismo. Ressalta que o dia 13 de dezembro é comemorado o Dia da Marinha em razão do nascimento do marquês de Tamandaré na mesma data. Menciona a importância econômica e de desenvolvimento social de São Paulo, considerada uma das bases do País. Informa que a Marinha estará sempre presente no estado de São Paulo, que possui um grande potencial de navegação. Cita o estabelecimento de um grupamento de fuzileiros navais em Osasco e a base de navios patrulha em Santos, com o objetivo de proteger as águas brasileiras. Destaca a necessidade de desenvolvimento da infraestrutura marítima, já que tanto São Paulo como o Brasil dependem de suas águas para o crescimento. Diz que a Marinha e seus integrantes estarão sempre prontos para o cumprimento de sua missão institucional.

 

5 - PRESIDENTE FERNANDO CAPEZ

Convida todos os presentes para, de pé, cantarem a Canção do Marinheiro - Cisne Branco, executada pelo Coro Masculino da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Abre a sessão o Sr. Fernando Capez.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Sessão solene com a finalidade de homenagear a Marinha do Brasil e o seu patrono, almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, e comemorar o Dia do Marinheiro.

Esta Presidência chama para compor a Mesa principal dos trabalhos: vamos acolher e homenagear com muito carinho e com uma salva de palmas o vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, comandante do 8º Distrito Naval. (Palmas.)

Do mesmo modo, o contra-almirante intendente de marinha, Augustinho Santos do Couto, diretor de administração e finanças da empresa Amazônia Azul, tecnologia de defesa SA, Amazul; representando os 94 deputados desta Casa, que em coro homenageiam a Marinha do Brasil, o deputado estadual Coronel Telhada; Sua Excelência Dr. Kleber Leyser de Aquino, juiz em 2º grau no exercício do cargo de desembargador, um dos grandes entusiastas e apoiadores da Marinha do Brasil.

Solicito que as palmas fiquem para o final, porque é uma lista extensa, vou nominar todas as autoridades que vieram nos homenagear. Capitão-de-Mar-e-Guerra, Alexandre Motta de Sousa, chefe do Estado Maior do Comando do 8º Distrito Naval; capitão de fragata e capelão naval, Luiz Carlos Cardoso Diniz; capitão de fragata e fuzileiro naval, Raphael de Assis Trindade Simões, superintendente do Patrimônio Imobiliário do Comando do 8º Distrito Naval; capitão de fragata, Marcus Vinícius Almeida Silveira, chefe geral do Serviço do Comando do 8º Distrito Naval; capitão de fragata, André Luiz Couto Cardoso, chefe das Operações do Comando do 8º Distrito Naval; capitão de fragata Paulo Antônio Santos Siqueira, chefe do Departamento Pessoal do Comando do 8º Distrito Naval; capitão de fragata, André Durães de Souza; capitã de fragata Mirian Rose da Costa Mazzoleni, chefe do Núcleo de Serviços e Existência Integrada de Pessoal da Marinha; capitão de fragata José Silvio Fonseca Tavares Júnior, encarregado da Assessoria Jurídica do Comando do 8º Distrito Naval; major, Carlos Pisete, representando o major-brigadeiro-do-ar, Luis Roberto do Carmo Lourenço, comandante do IV COMAR; 1º tenente da Polícia Militar, Tamar, representando o secretário chefe da Casa Militar, José Roberto Rodrigues de Oliveira, coronel; Dionísio Sulzbeck, 2º diretor de divulgação da Sociedade Amigos da Marinha; Danilo Domingos, representando o nosso deputado Gil Lancaster, que também integra a Polícia Militar. Uma salva de palmas à todas essas autoridades. (Palmas.)

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, minhas senhoras e senhores, esta sessão, que não é uma sessão comum, é uma sessão solene, foi convocada por este Presidente com a finalidade de prestar homenagem a Marinha do Brasil e ao seu patrono, almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, e comemorar o Dia do Marinheiro.

Assim, como agradecer em nome da sociedade paulista o diuturno trabalho que os senhores fazem em defesa de nossos valores e Pátria. Convido todos os presentes para que em pé cantemos o Hino Nacional Brasileiro, executado pelo Coral Masculino da Polícia Militar, sob a regência do 1º sargento Eder.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Agradecemos ao Coro da Polícia Militar, em especial ao 1º sargento da Polícia Militar, Eder, PM que sempre está conosco colaborando e nos apoiando em todas as ações.

Comunicamos aos presentes que esta sessão, que é solene, por isso se realiza no Plenário principal da Casa, onde são realizadas as votações, Juscelino Kubitschek, está sendo transmitida ao vivo, TV WEB e será retransmitida pela TV Alesp no próximo sábado, dia 17, às 21 horas da noite, pela NET, canal 7; pela TV Vivo no canal 185 e pela TV Digital aberta canal 61.2.

Também a Ordem dos Advogados do Brasil homenageia a Marinha através da presença dos advogados: Dr. Gérsio Tadeu Cardeal Bantl; Rodney Bantl; Celso Oliveira Silva. Nesse momento, assistiremos a vídeo institucional, cujo tema é Amazônia Azul.

 

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- É exibido vídeo institucional.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Agora aproveito para me dirigir a todos os nossos telespectadores que nesse sábado, nove e meia da noite nos acompanham.

É dever de todos nós brasileiros apoiarmos a Marinha e a sua capacidade, não apenas de inibir eventuais ações criminosas, contra a nossa fauna, de invasões do nosso território, mas garantir a integridade da Amazônia Azul, para o futuro das nossas gerações, quantidade de minérios, reservas petrolíferas que podem estar abrigadas, são muito grandes, e nós precisamos da Marinha para proteger o território brasileiro. Você, brasileiro, é no seu interesse, da sua pátria.

Nesse momento, terá a palavra em nome dos 94 deputados desta Casa, o deputado estadual Coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, Coronel Telhada. Parabéns pela homenagem aos 185 anos da Polícia Militar na penúltima sexta-feira.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PSDB – Bom dia a todos, quero em primeiro lugar cumprimentar o deputado estadual Fernando Capez, o nosso presidente na Assembleia Legislativa e que nesse momento preside essa sessão solene. Quero cumprimentar também Sua Excelência o vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, digníssimo comandante do 8º Distrito Naval.

Saúdo também o contra-almirante intendente Augustinho Santos do Couto, e em seu nome saudar os demais oficiais, praças e todos os amigos presentes nesta solenidade. Quando o presidente Capez nos convidou para esse evento em homenagem a Marinha do Brasil, não pude me furtar de estar presente, não apenas pelo fato de ser policial militar, portanto, militar estadual, mas também pela amizade que temos com o almirante Castilho e demais companheiros da Marinha; mas pelo fato da importância dessa solenidade, assisti com atenção o vídeo sobre a Amazônia Azul, e também lembrei de outros fatos que a Marinha participa ativamente, em tempos de paz, principalmente, no socorro de pessoas que sofrem problemas em catástrofes, acidentes, do serviço da Marinha do Brasil.

É uma importância histórica, estava conversando com o almirante Castilho sobre a participação da Marinha da Segunda Guerra Mundial, onde mais de 1.700 vidas de marinheiros foram perdidas, em nome da liberdade, democracia e isso nunca é lembrado. Como gosto muito de história militar, em particular, da Segunda Guerra Mundial, nós sempre falamos muito sobre a Força Expedicionária Brasileira. Lembramos a participação e a morte de 458 militares do exército, oito da força aérea, que morreram em ação na Itália.

A participação da Marinha foi de suma importância e com muito mais sacrifício, muitas vezes ela é deixada de lado e isso é interessante. Talvez, até por uma falha de explorar da nossa parte, só no navio Bahia, ao final da guerra mais de 300 homens morreram e acho que de toda a tripulação não sobraram nem 10 homens daquele acidente terrível.

Mas dizer da importância do serviço dos senhores e senhoras, porque fazem parte da segurança nacional, desde que o Brasil é assim, a Marinha é a mais antiga das armas. A exploração dos mares, o combate, a ajuda sempre foi por parte da Marinha a mais antiga. Lembrando que, no Brasil, ocorre um fato muito estranho, nós não cultuamos a nossa história, não apenas a militar, mas no geral, e não valorizamos aqueles que defendem o cidadão. Eu, como policial militar, estou vendo o tenente Tamar, representando o coronel Zé Roberto, nosso querido amigo da Casa Militar, secretário chefe; o nosso sargento maestro, Eder, que hoje comandou o nosso coral masculino.

Os nossos policiais militares estão em uma luta diária, 24 horas contra o crime, vi no vídeo, e falar em pirataria é a mesma luta, ele procura imperar em todas as maneiras. O crime organizado está em todos os setores e estamos irmanados em uma mesma luta, contra o mal. Agora no Brasil, retornando o que estava falando, nós temos uma contracultura, uma falta de cultura, chamem como quiserem.

Quando nós falamos em militares, almirante Dall’Antonia, ocorre algo muito estranho, quando você fala que é militar, todos já sentiram isso, principalmente os mais jovens, em escolas, na família ou em festa, vocês notem que algumas pessoas menos esclarecidas, para não dizer idiota, torcem o nariz.

Existe uma cultura de que nós militares não somos bem aceitos pela sociedade. O que é uma baita ignorância, essa cultura foi criada principalmente após a revolução de 64, onde houve uma ação naqueles anos necessária ou não, mas é só estudarmos que iremos notar que aquela ação foi pedida pela sociedade, principalmente, pela imprensa que hoje a crítica. Houve uma ação que durou alguns anos, não vamos entrar no mérito se foi boa ou má, mas ela existiu e muita gente foi exilada, e elas ficaram com muita bronca dos militares.

Quando voltam com a anistia, a primeira coisa que falam é “precisamos mudar tudo que nós tínhamos” e o principal foco, o alvo de ataques dessas pessoas foram os militares. Simplesmente atacaram por atacar, sem qualquer base, objetivo. A ideia era mudar o que existia. Nós, militares, fomos os alvos disso, nenhum dos senhores, principalmente talvez o almirante ou os oficiais mais antigos, tenham entrado na década de 70 na Marinha, mas os outros são muito mais jovens.

Notem que quando os senhores falam que são militares, são relacionados a ditadura, tortura, e outros absurdos que dizem da gente, e por que? Porque incomodamos e porque essas pessoas que queriam desordens nos anos 60 e 70, hoje, muitos deles estão no poder e vem falar em democracia, em uma série de coisas que eles combateram como guerrilheiros e pessoas de grupos armados, essas pessoas que pegaram em armas, hoje, usam o seu mandato para tentar desvirtuar a ordem novamente.

Vejam o que aconteceu, nós tivemos uma presidente deposta, estamos com dezenas de políticos presos e pessoas que se diziam, que inclusive participaram de guerrilhas, hoje, presos por formação de quadrilha, corrupção, bandido, são essas pessoas que querem nos atacar, por isso que quero dizer as senhoras e senhores o seguinte, continuem firmes na missão, não abaixem a cabeça e não deem ouvidos para essas pessoas que querem o mal, porque 90% da população, a grande maioria, quer o bem-estar do país, a sua segurança.

São os senhores que representam essa segurança nos nossos mares, rios, bacias hidrográficas, que trazem a comunhão e o progresso para o Brasil, haja vista que inclusive estamos procurando expandir a nossa área marítima. Quem faz isso com maestria?

Os senhores, então não se deixem abater, por comentários contrários à nossa missão. Não mudem a disciplina, a hierarquia, as missões estabelecidas por causa dessas pessoas que justamente isso, nos dividir, destruir e exterminar as nossas instituições. Na Polícia Militar, nós estamos passando por uma fase terrível, por causa de barulho, os senhores estão sentindo, de previdência, por causa de WhatsApp, Facebook, porque as pessoas usam as redes sociais como uma arma poderosa para causar instabilidade na tropa.

Estamos passando por uma fase terrível por causa disso, então estejam juntos ao comando, sejam firmes na missão, não esmoreçam, vamos procurar manter as nossas tradições, mas vamos valorizar a nossa tropa. Aqui, nesta Casa, os senhores têm deputados que estão alinhados totalmente com a Marinha do Brasil, a começar pelo deputado Fernando Capez, nosso presidente, que tem uma postura muito correta nesse aspecto.

Temos oficiais de Polícia Militar, delegados da Polícia Civil, pessoas de ótima índole e também quem não presta, quem vem dar trabalho, mas a grande maioria é composta por pessoas que querem o bem da Nação, fortalecer nossas instituições, que querem o progresso nacional, e os senhores são uma peça fundamental para isso. Esse motivo, dessa missão hoje, nessa Casa, não é apenas de homenagear a Marinha do Brasil, na figura do almirante de Tamandaré, mas uma forma de dizer a todos muito obrigado e falar aos senhores que estamos juntos nessa missão.

Os senhores têm deputados que representam as polícias Militar e Civil, as Forças Armadas; pessoas totalmente amigas das instituições que fazem o bem para a Nação, tenho certeza que existe quem faça o mal e reclama, mas a grande maioria é constituída por pessoas que querem o bem, basta que elas se apresentem.

Edmund Burke, já falava no século 19 que para o bem vencer, conseguir resultados satisfatórios, basta que as pessoas se calem. Foi isso que fizemos ao longo dos anos. Ficamos calados e eles foram crescendo, mas isso vai mudar.

Não ficaremos mais calados, nós estamos atentos e agindo, usando todos os meios competentes para não deixarmos o Brasil prosseguir no caminho em que estava, de total desordem e contradição as coisas boas. Parabéns a todos, a Marinha do Brasil. Estejamos alinhados e tenham certeza de que a vitória sempre será nossa. Deus abençoe a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Nesse momento, solicitamos que o Dr. Mizael Antônio de Souza, que nos apoia nas relações institucionais com as Forças Armadas, juntamente com o Cerimonial se encaminhe com a placa comemorativa, com a qual vamos homenagear a Marinha do Brasil, na pessoa do nosso vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, comandante do Comando do 8º Distrito Naval. Solicito que o Coronel Telhada e também que o nosso que comandante contra-almirante que se encontra na Mesa, Augustinho Santos do Couto, nos acompanhe nessa homenagem, ao almirante.

 

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- É feita a entrega de placa comemorativa.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Essa placa comemorativa em que nós prestamos um agradecimento pelo trabalho feito pela Marinha. Ela tem a logo oficial da Assembleia Legislativa, portanto trata-se de um documento oficial, em forma de placa.

A Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, o que significa que é uma homenagem dos 94 deputados desta Casa, feita oficialmente, não se trata de uma ação isolada de um ou outro deputado, mesmo sendo o presidente, mas são os 94 deputados da maior Assembleia Legislativa da América Latina e o segundo maior Parlamento do país.

Em sessão solene, portanto, oficial, que obedece uma rígida forma sacramental, presta tributo a Marinha do Brasil e ao seu patrono, o almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré. Essa homenagem somasse a inúmeras outras a que faz jus a Marinha do Brasil, por ocasião das comemorações do Dia do Marinheiro, e por atuar de modo irretocável na defesa, nos vimos, da nossa Amazônia Azul. Seu pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que acrescento, é um orgulho para nós a qualidade pessoal da marinha do Brasil.

Professa valores morais e éticos que identificam historicamente o marinheiro brasileiro, motivo de orgulho para o nosso país e para o estado de São Paulo. A placa vem assinada por mim, o presidente da Assembleia Legislativa. A nossa população tem muito a agradecer e apoiar, precisamos aumentar cada vez mais a nossa capacidade dissuasória da nossa Marinha do Brasil.

Neste momento tem a palavra, para falar em nome da Marinha do Brasil, o excelentíssimo senhor vice-almirante Glauco Castilho Dall’Antonia, comandante do 8º Distrito Naval. Peço que conduza a tribuna privativa dos deputados, mas que hoje engalanada se rende a Marinha do Brasil.

 

O SR. GLAUCO CASTILHO DALL’ANTONIA - Bom dia a todos, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia, Fernando Capez, a quem eu agradeço a homenagem e a placa. Excelentíssimo Coronel Telhada, representante dos 94 deputados desta Assembleia Legislativa. Minhas palavras iniciais são de agradecimento a esta Casa de cidadania e aos nobres deputados que compõem, pela homenagem que a Marinha do Brasil agora recebe, por ocasião do Dia do Marinheiro, comemorado em 13 de dezembro, com a alusão a data de nascimento de Joaquim Max de Lisboa, o marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.

Ele nasceu em 13 de dezembro de 1807, na antiga Vila do Rio Grande e cresceu aprendendo com o seu pai, o patrão mor, da Barra de Rio Grande, a nobre arte de navegar. Aos 13 anos sentou praça na Marinha como voluntário na fragata Niterói e ingressou na Academia Imperial aos 15 anos.

Recebeu o título de marquês de Tamandaré, em 16 de maio de 1888, e em 1890 foi reformado e transferido para o Superior Tribunal Militar, tendo prestado ao país, durante sua longa existência serviços de tal natureza, que jamais poderão ser esquecidos.

Faleceu em 21 de março de 1897. O Brasil que o viu nascer e iniciar a sua carreira na Marinha, era totalmente diverso daquele que chorou a sua morte. Ao longo dos seus quase 75 anos de serviço, muitas foram as transformações que ocorreram. Joaquim Max de Lisboa acompanhou o crescimento da pátria emprestando-lhe a sua dedicação integral, energia, bravura, lealdade e disciplina.

Inicialmente, durante o período em que a Marinha teve o papel preponderante nas lutas pela independência, ajudou o Brasil a tornar-se uma nação livre e soberana. A seguir, na época em que a estabilidade do império foi afetada por convulsões regionais, contribuiu para a consolidação interna e manutenção da ordem do país.

Foi nesta ação pacificadora que a Marinha se consolidou como elemento fundamental à preservação da integridade nacional. Por ocasião das guerras externas, destacou-se quando jovem como brilhante tático e mais tarde como notável estrategista; ponderável parcela da projeção internacional obtida pela Marinha e pelo Brasil deve-se ao seu talento e a sua marcante dedicação ao bem servir da pátria, do Brasil Colônia ao Brasil República. Da Marinha Vela à Marinha Vapor, Tamandaré, em todas as circunstâncias foi sempre exemplo vivo de espírito marinheiro, civismo e dignidade de permanente sujeição dos interesses pessoais aos da instituição, de consciente profissionalismo naval e de crença no futuro da nação brasileira.

A Marinha em tributo a esse grande vulto naval, instituiu o dia 13 de dezembro como o Dia do Marinheiro, pois durante toda a sua existência ele foi por excelência um marinheiro. Neste momento, reverenciamos o passado de glória proporcionado pelo nosso patrono e demais marinheiros, que, juntos, lutaram pela independência e integridade do nosso território.

Ao prestigiar a Marinha, esta Casa demonstra o respeito institucional pela Marinha do Brasil, por esse ato nos sentimentos honrados e também com maior responsabilidade de nosso país. Sabedor que São Paulo, minha terra natal é uma das bases do nosso país pela sua importância econômica e de desenvolvimento social, tenho a convicção que a Marinha se fará e cada dia mais, presente do estado de São Paulo.

Vemos que a bacia petrolífera, os portos, a pesca, a pesquisa, a utilização das hidrovias, destacando o escoamento da produção agrícola e as atividades de esporte e recreio, fazem de São Paulo um estado que tem em sua estrutura econômica o grande uso do seu potencial de navegação.

Marinha vislumbrando uma maior necessidade de no futuro se fazer presente, no estado, estabelecerá um grupo de fuzileiros navais no município de Osasco e, em Santos, um agrupamento de patrulha que será a base de navios patrulhas e estes proporcionarão uma maior capacidade de patrulhar as águas jurisdicionais do 8º Distrito Naval, bem como irão atender as eventuais demandas de socorro e salvamento, tudo isso nos faz refletir como São Paulo e o Brasil dependem de suas águas para o seu contínuo crescimento.

Por isso se fazem necessários investimentos em infraestrutura marítima, na Marinha Mercante, nas atividades de pesquisa e exploração relacionadas ao mar e no poder naval. Investir nesses elementos que compõem o poder marítimo nacional, proporciona ao país crescimento e segurança. Significa adquirir a capacidade de usar as águas jurisdicionais brasileiras, a Amazônia Azul, como instrumento de ação política e militar, como fator de desenvolvimento.

Traduz o que chamamos de vocação marítima. Representante do povo paulista, quero registrar que a par das dificuldades financeiras que atingem a força naval com a redução drástica dos seus recursos necessários a manutenção de nossos meios navais e ao investimento. A Marinha com seus integrantes, seguindo o firme exemplo do seu patrono, marquês de Tamandarê, estará sempre pronta e não medirá esforços para o cumprimento de sua missão institucional.

A defesa da pátria e a garantia da lei e da ordem. Viva a Marinha, viva São Paulo! Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Encaminhando-nos para o final dessa homenagem convidamos todos os presentes para, de pé, cantarmos a Canção do Marinheiro - Cisne Branco, música do 1º sargento Antônio Manoel do Espírito Santo e letra do 2º tenente Benedito Xavier de Macedo, que será executada pelo Coro Masculino da Polícia Militar do estado de São Paulo, sob a regência do 1º sargento Eder.

 

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- É executada a canção.

 

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O SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Sessão solene tem rígida forma sacramental, segue do começo ao fim um roteiro pré-determinado pelo Regimento Interno, de maneira que está esgotado o objeto da presente sessão.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece às autoridades, à Mesa, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, do Cerimonial – que, inclusive, está sendo assediado pela nova gestão da prefeitura, o prefeito João Dória veio até aqui convidando todos -, à Imprensa, à TV Legislativa, às assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Deus abençoe o Brasil e a Marinha do Brasil.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 01 minuto.

 

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