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19 DE JUNHO DE 2017

032ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidente: LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

 

RESUMO

 

1 - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que a Presidência Efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido deste deputado, para "Prestar Homenagem aos Trabalhadores da Indústria Química". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Destaca a importância do trabalho realizado pela categoria homenageada. Ressalta as dificuldades enfrentadas pelo setor, diante da crise que assola o Brasil. Enfatiza a necessidade de resistir às reformas trabalhista e a Previdenciária e reagir ao projeto que libera a terceirização irrestrita da mão de obra. Reconhece a militância dos trabalhadores de indústrias químicas, cujo trabalho considera fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população. Cita deputados que se elegeram em decorrência do apoio da categoria. Reitera críticas ao atual momento político nacional, o qual avalia como um retrocesso e um ataque aos direitos trabalhistas. Anuncia os homenageados nesta solenidade. Entrega diplomas e medalhas de honra ao mérito.

 

2 - RAIMUNDO SOUZA SUZART LIMA

Presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, faz coro ao discurso do presidente da sessão, acerca da crise política brasileira. Ressalta o simbolismo deste momento, em que uma categoria ocupa a Casa do Povo. Comenta o alto percentual de ICMS, cobrado em São Paulo, o que, a seu ver, faz com que muitas empresas deixem o estado. Defende as diretas já. Enfatiza a nova paralisação nacional, prevista para dia 30/6.

 

3 - HÉLIO RODRIGUES

Diretor da Secretaria de Tecnologia da Comunicação do Sindiquim, comenta o momento crítico pelo qual passam as organizações sindicais. Saúda os presentes. Fala sobre a união das maiores forças sindicais nacionais, UGT, Cut e Força Sindical, em favor da manutenção de direitos trabalhistas. Chama a atenção da classe trabalhadora para que dê continuidade a essas lutas.

 

4 - FRANCISCO QUINTINO

Diretor da Federação dos Químicos e presidente da Inspir, Instituto Sindical Interamericano pela Promoção da Igualdade Racial, lembra participação na última paralisação nacional. Ressalta a adesão de afrodescendentes aos movimentos sociais. Tece críticas à gestão de Michel Temer.

 

5 - FRANCISCO CHAGAS

Ex-deputado e ex-vereador paulistano, tece considerações sobre as conquistas trabalhistas advindas de parcerias. Parabeniza o deputado Luiz Fernando pela iniciativa da homenagem. Avalia a atual crise como a mais grave e profunda enfrentada pelos trabalhadores. Repudia veementemente a condução de projetos de lei, em Brasília, que intensifica a crise, a qual, adita, deve perdurar. Destaca a aprovação, no passado, da Farmácia Popular, cujos recursos, informa, serão suprimidos a partir de agosto.

 

6 - TELMA VICTOR

Representando o Sr. Douglas Izzo, presidente da Central Única dos Trabalhadores, agradece o deputado Luiz Fernando pela homenagem. Faz críticas ao Governo Temer. Dá conhecimento de que, neste ano, comemora-se cem anos da primeira greve ocorrida no Brasil. Cita mulheres representantes do setor químico. Conclama a todos os sindicatos que se unam, a fim de ocupar as cadeiras políticas. Parabeniza os componentes da Mesa. Defende as diretas já.

 

7 - SÉRGIO LUIZ LEITE

Presidente da Federação dos Químicos de São Paulo e 1º secretário da Força Sindical, agradece ao deputado Luiz Fernando pela homenagem aos trabalhadores da indústria química. Destaca garantias trabalhistas conquistadas em 1988, dentre elas, o acordo de 40 horas semanais. Combate leis em tramitação no Congresso Nacional, bem como a da terceirização, já aprovada. Comenta as ações em torno da próxima greve geral, como a panfletagem que se inicia amanhã, em todo o estado de São Paulo.

 

8 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando T. Ferreira.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Companheiros e companheiras, quero agradecer a presença de cada um de vocês. Esta sessão solene foi convocada pelo presidente efetivo da Assembleia Legislativa, deputado Cauê Macris, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de prestar homenagem aos trabalhadores da indústria química do Estado de São Paulo.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 1º tenente músico PM Jassen Feliciano.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

Saudações petistas. Quero cumprimentar todos e todas. Quero saudar aos meus irmãozinhos Raimundo Souza Suzart Lima, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC e Hélio Rodrigues, diretor da Secretaria de Tecnologia da Comunicação do Sindiquim, bem como o Francisco Quintino, diretor da Federação dos Químicos e presidente da Inspir - Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial.

Quero cumprimentar o Sérgio Luiz Leite, que não veio da primeira vez. Ele teve uma fatalidade no ano passado, mas, graças a Deus, está presente hoje. Ele é presidente da Federação dos Químicos de São Paulo e 1º secretário da Força Sindical. Quero cumprimentar a Telma Victor. Ainda bem que há uma mulher aqui. Faltam mulheres.

Quero cumprimentar ainda a Lucia. Ele reclamou que, na composição da Mesa extensora, os homens deixaram as mulheres para trás, vindo eles para frente.

Eu quero dizer a você, Lúcia, que a mulherada tomou tanto espaço que, agora, nós homens precisamos vir para frente para poder aparecer. Uma mulher vale mais do que os cinco que estão aqui na Mesa. Quero agradecer a presença da Sra. Telma Victor, representando o Sr. Douglas Izzo, presidente da CUT Estadual; cumprimento o sempre deputado da categoria química, que foi vereador em São Paulo, meu irmãozinho Francisco Chagas. Quero anunciar e cumprimentar, também, a presença do vereador de Diadema, Ronaldo Lacerda; o nobre vereador Orlando Vitoriano, também ligado à categoria dos químicos; a Mesa extensora que será homenageada hoje: Cícero Alves de Araujo; Danilo Pereira da Silva; Deusdete José das Virgens; Expedito Lopes Feitosa.

Quando me elegi vereador, disseram-me o seguinte: “Fernando, você precisa trazer um assessor cabeça”. Eu sou de São Bernardo do Campo e ali eu saí procurando, e a maior cabeça que eu encontrei foi a deste cidadão, Expedito Lopes Feitosa, meu irmãozinho; Izabel Pólo Rodrigues; José Braz Sobrinho - história viva dos químicos - ; José Drummon; Levy Gonçalves Ferreira; Lucimar Rodrigues da Silva; Remígio Todeschini; Renato Zulato; Rosana Souza Fernandes; Sheila Aparecida de Oliveira Onório; Sônia Helena Souza.

Quero repreender a minha assessoria por ter deixado a mulherada atrás. A mulherada tinha que estar na frente até para enfeitar o plenário. Nunca vi tantos homens feios juntos. E as mulheres estão tão bem vestidas, teria que trocar de lugar com eles, não é mesmo, Hélio?

Quero aqui anunciar, também, a presença de importantes figuras que estão entre nós aqui, que segundo a relação que me deram aqui são os diretores do Sindicato dos Químicos do ABC: Adelmo Duarte Brandão; Ana Maria Pereira Gomes; Cláudio Marques da Silva Gonçalves; Fábio Augusto Lins; Francisco Sales Vieira; João Gomes de Oliveira; Jociel Leite de Souza; José Adão Nascimento Fernandes; José Antonio Gomes Ferreira - o Tonhão; José Romualdo Neto; Lucas Alves de Melo; Lucimar Rodrigues da Silva; Oertes Barboza Filho; Paulo Sérgio da Silva Lima; Raimundo Souza; e Sheila Aparecida de Oliveira. (Palmas.)

Há mais algum diretor do Sindicato dos Químicos do ABC que eu não tenha anunciado? Amabile, esqueceram justamente você, a mais amável dos diretores do Sindicato dos Químicos do ABC. É amável até no nome, não é? Quero também saudar a Lúcia. Tudo bem, Lucinha? (Palmas.)

Gostaria de saudar mais uma vez o Sergio Luiz Leite, que é o presidente da Fequimfar; a Virginia Morganti, assessora da diretoria executiva; o Marcos Valério de Castro, assessor político; e o Amilcar Albieri Pacheco, assessor jurídico da Fequimfar. (Palmas.)

Do Sindicato dos Químicos de São Paulo, eu queria saudar o Adir Gomes Teixeira; o Deusdete José das Virgens; o Renato Carvalho Zulato; o Hélio, que já foi anunciado; e o José Alves Neto. (Palmas.)

Há mais alguém da diretoria do Sindicato dos Químicos de São Paulo que não tenha sido anunciado?

Gostaria de cumprimentar o Airton Cano, da Fetquim. Ele está aqui? Tudo bem, Airton? A Mesa extensora está tão cheia, senão eu iria convidá-lo para estar conosco. Ele é o coordenador político da Fetquim, a quem eu peço uma salva de palmas. (Palmas.)

Ao Deusdete José das Virgens, da Coordenação de Administração e Finanças da Fetquim, peço uma salva de palmas. (Palmas.)

Peço uma salva de palmas ao Paulo Sergio da Silva, da Secretaria de Cultura da Fetquim. (Palmas.) E o Raimundo Souza Suzart Lima está nesta lista de novo!

Gostaria de saudar o José Roberto da Cunha, presidente do Sindicato dos Químicos de Araçatuba; a Deisere Pereira dos Santos, também de Araçatuba. (Palmas.)

Gostaria de pedir ao João Pedro Pereira Neto e ao Antonio Cortez Morais, de Guarulhos que se levantem. (Palmas.)

De Ipaussu, na região de Bauru, quero saudar o José Carlos de Paula e o Edmar dos Santos, sejam bem-vindos; de Itapetininga, o Jurandir Pedro de Souza, presidente e tesoureiro-geral da Fequimfar, e o Josemar Barros da Silva; de Itatiba, o Valdeci Marques da Silva, presidente do sindicato em Itatiba; a presidente do sindicato de Louveira, a Regina Célia de Mello Baialuna; de Ribeirão Preto, o Edilson Aparecido Liotti e o Ernando José de Oliveira; de Rio Claro, o presidente do sindicato Francisco Carlos Quintino da Silva; de Suzano, o Reginaldo Francisco e a Mayara; de Santos, o Heitor Danilo Apipe, o Vanderson Alves Lopes e o Luciano Valadares; de Sorocaba, o Ismael Rodrigues da Silva, o Givaldo Costa Santos e o Izael Manoel dos Santos. Sejam bem-vindos. (Palmas.)

Eu gostaria de saber se os diretores de sindicatos foram todos anunciados. Temos aqui também o João Batista, de Diadema; o Daniel, do ABC; e o Sérgio. (Palmas.) De São João da Boa Vista, temos o Valdeci. É da minha terra, sou de São João da Boa Vista. Quem nasce em Águas da Prata - sou natural de Águas da Prata - nasce em São João, pois lá não tem hospital. Então nascemos em São João e somos registrados na Prata. Agora, parece que proibiram registrar, então, na minha cidade, não vai nascer mais ninguém.

 

O SR. - Tem mais um de São João aqui, o Claudinei.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Claudinei, seja bem-vindo, conterrâneo. Fui atleta lá no Palmeiras.

Queria saudar também o Raimundo José Alves, do Simtratecor, Sindicato dos Transportes; o Gilmar de Souza, secretário de Cultura de Osasco; o José Alves Neto, suplente do Conselho Fiscal da Fetquim; o Paulo Hirofume Arashiro, aposentado do Sindicato dos Químicos do ABC; o José Francisco de Santana, do Sindicato dos Químicos do ABC, aposentado também; a Mayara Lídia Rodrigues Francisco, do Sindicato dos Químicos de Suzano; o Sales da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, representando o Sr. Miguel Torres, presidente. Sejam todos bem-vindos. (Palmas.)

Está presente o Alexandre Curiati, representando o deputado estadual Antonio Salim Curiati. O deputado Salim Curiati é o deputado mais antigo desta Casa, com só 11 mandatos. Se multiplicarmos por quatro e considerarmos que houve um mandato de seis anos, veremos quantos anos o deputado está aqui.

Quero saudar o Ronaldo Lacerda, nobre vereador de Diadema. É um cara teimoso, em todas as eleições ele insiste em ser o mais votado. Você precisa deixar para nós também. Está aqui o ex-deputado e vereador Francisco Chagas, que já foi citado; o vereador de Diadema, também com grande ligação com a categoria dos químicos, o vereador Orlando Vitoriano; Seiti Takahama, diretor da Associação Grito dos Excluídos Continental; Paulo Illes, coordenador do Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante; bispo Reginaldo Gomes Santos, da Igreja Internacional Renovo em Cristo, acompanhado do pastor Flávio de Lima - nós precisamos de bênçãos; Carlos Augusto dos Santos, 4º secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e secretário da Força Sindical do Estado de São Paulo; pastora Neia, coordenadora do Movimento de Moradia Vermelho para Lutar, da zona leste; Rafaela Cristina, que tem de aguentar o marido chato para burro, coordenadora do Movimento de Moradia Vermelho para Lutar, da zona norte, um beijo no coração; quero saudar o Moacir, presidente do Movimento Anchieta; Everton Gentil, da Associação dos Moradores de Primavera; Rubens, vice-presidente da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo; Roberto, coordenador-geral do Movimento Vermelho para Lutar Roberto; José Bonfim, diretor da Apeoesp; Maurício Alvim, presidente do Sindicato dos Químicos de Marília. (Palmas.)

Quero pedir uma salva de palmas e cumprimentá-los por esta noite festiva.

Quero, mais uma vez, cumprimentar a Mesa, autoridades sindicais presentes, na verdade o povo da luta.

É com grande honra e imenso orgulho que venho a esta nobre Casa Legislativa abrir a segunda edição desta solenidade, uma justa homenagem a uma categoria de trabalhadores digna de nossa mais elevada gratidão e admiração.

Lamentavelmente, esta homenagem se dá em um momento crítico e de muita apreensão para a classe trabalhadora, seja dos químicos, seja metalúrgica, enfim, em geral. Por isso, esta data comemorativa não poderia deixar de ser também um marco para os trabalhadores da indústria química, protagonistas de muitas lutas em defesa de direitos e que hoje incluem em suas pautas a necessidade de resistir às reformas trabalhista e da previdência, a reagir aos golpes que têm sido sucessivamente aplicados contra todos os trabalhadores, como foi o caso da aprovação do projeto que libera a terceirização irrestrita da mão de obra, aplicando-se inclusive à atividade-fim das empresas.

Mesmo com todas as pressões nas ruas e tratando-se de um governo que chegou ao poder de forma ilegítima, golpista, é clara a intenção de dar celeridade à aprovação de todas as pautas que trazem retrocesso aos direitos dos trabalhadores. Afinal, elas atendem ao grande capital, aos donos do poder, e estão sendo apoiadas pela imprensa porque também representam o interesse das grandes corporações de mídia.

Cabe destacar que o trabalhador e a trabalhadora da indústria química possuem um importante registro histórico de contribuição no combate às heranças da ditadura militar e estiveram presentes na vanguarda de significativas conquistas dos direitos trabalhistas, direitos estes que foram incorporados à nossa Constituição Federal a duras penas, através de muita luta, de muito suor e de muito trabalho. Hoje, estes mesmos profissionais se colocam novamente na linha de frente contra a opressão do grande capital e estão presentes nas importantes mobilizações que acontecem pelo país. Esta homenagem é uma forma de rememorar as lutas destes nossos companheiros e companheiras que lutaram e permanecem na luta pelos direitos de todos os trabalhadores, especialmente dos que mais precisam.

É também uma oportunidade de reflexão sobre a importância do setor químico no nosso cotidiano, através do trabalho de homens e mulheres que fazem dele fundamental para melhoria da qualidade de vida de cada um de nós e que, portanto, merecem ter assegurado o direito de exercer sua atividade profissional de forma digna. Tenho orgulho em dizer que sou o autor da Lei nº 16.364, de 2017, que institui o Dia Estadual do Trabalhador da Indústria Química, a ser comemorado anualmente em todo o estado de São Paulo. Aproveito para reafirmar meu compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras da indústria química e registrar que vocês têm um fiel aliado dentro desta Assembleia Legislativa.

E, neste sentido, quero dizer que podem contar com a nossa luta, com o nosso empenho, com o nosso trabalho. Esta categoria dos químicos tem nesta Casa três deputados que saíram do apoio da categoria. Eu creio que na área sindical é a categoria que mais elegeu deputados estaduais, tendo elegido o deputado Luiz Turco, especialmente apoiado em Santo André, em Mauá e em São Caetano. Eu recebi um grande apoio dos trabalhadores da indústria química na cidade de São Bernardo e na cidade de Diadema, especialmente, e, por fim, a deputada Beth Sahão, também apoiada especialmente aqui na cidade de São Paulo.

O momento pelo qual este País passa é muito triste. O momento é crítico, porque simplesmente querem, de novo, jogar o trabalhador no gueto. Querem, de novo, escravizar o trabalhador. Nós vivemos em um País escravagista, que, quando descoberto, escravizou o índio. Depois, escravizaram os nossos irmãos negros e, em seguida, o branco e o negro. E dizimaram os índios. A classe trabalhadora vem conquistando através da luta de todos os trabalhadores, de todos os sindicatos, mas o Sindicato das Indústrias Químicas, os trabalhadores das indústrias químicas, sempre estiveram à frente desta missão, deste trabalho, com muita coragem, com muito comprometimento, e o que nós assistimos hoje no nosso País é o capital, é a elite, são os grandes donos das indústrias, são os banqueiros, são os donos da terra, dizimando os nossos direitos, retroagindo às condições que nem nós vivemos, que esta geração que aqui está presente não viveu, de um retrocesso muito grande.

Contem com a nossa luta aqui na Assembleia Legislativa. Assim como a indústria química também se representa no Congresso Nacional e na frente parlamentar, temos vários deputados federais ligados à categoria. Eu quero dizer sobre a honra que tenho de ser um deputado estadual ligado ao setor dos trabalhadores químicos especialmente. Estou na frente parlamentar que busca pela melhoria da implantação das indústrias químicas em São Paulo, até porque, nós precisamos de empregos. E temos de lutar e estarmos juntos, de forma que vi Raimundo, muitas vezes, tendo de ir à Brasília lutar para que a Petrobras liberasse um pouco mais de matéria-prima para a indústria química no ABC e na Capital.

Defendemos a indústria, mas, sobretudo, os trabalhadores. Sou um deputado dos trabalhadores da indústria química, e, por isso, apresentei este projeto que marca a história da nossa Assembleia Legislativa, a maior da América do Sul. O trabalhador da indústria química tem de ser lembrado, homenageado, e a sua história tem de ser marcada.

Quero cumprimentar e agradecer a todos os presentes nesta sessão solene, à Mesa, e, sobretudo, a vocês que serão homenageados pelas suas histórias e suas lutas. Esta sessão de hoje, do ano 2017, é para homenageá-los. Que Deus abençoe a nossa luta, os trabalhadores e as trabalhadoras da indústria química. Que Deus abençoe os nossos sindicatos que lutam por nós, e que nos dê coragem e força para enfrentarmos este momento tão complicado do nosso Brasil. Muito obrigado.

Vamos, na sequência, prestar as devidas homenagens. (Palmas.)

Tenho certeza que Raimundo está preocupado. Ele, quando chegou, falou: “Luiz, vamos começar porque eu preciso pegar o fim da novela.” Mas, ao mesmo tempo, ele quer falar. Então, ele que espere para falar, o Hélio e o Sérgio também. Calma.

Neste momento, vamos prestar uma homenagem aos trabalhadores das indústrias químicas do Estado de São Paulo, através da entrega de um diploma. Solicito que, ao serem chamados, aproximem-se da Mesa dos trabalhos.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Cícero Alves de Araujo, aposentado há 28 anos. Cícero trabalhou por 32 anos no setor da indústria plástica, é membro da Associação dos Aposentados dos Químicos de São Paulo e trabalha na entidade Antialcoólica do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Danilo Pereira da Silva. Em 1984, Danilo fundou a Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Álcool, na empresa Destilaria Caiuá S/A, em Presidente Venceslau. Participou da fundação do primeiro sindicato de fabricação de álcool do estado de São Paulo e do Brasil. Atualmente, Danilo é presidente da Força Sindical e vice-presidente da Fequimfar. É também vice-presidente do Sindetanol, de Presidente Prudente e região, e tesoureiro da CNTQ. (Palmas.).

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Deusdete José das Virgens, funcionário da Indústria Farmacêutica Eurofarma. Ingressou no sindicato na gestão de 2000 e, como membro da executiva do Sindicato dos Químicos de São Paulo, coordenou a pasta de Formação, a Secretaria de Formação e a Secretaria de Imprensa, e está eleito secretário de Administração e Finanças da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT São Paulo - Fetquim. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Expedito Lopes Feitosa trabalhou na Associação Recreativa Ford, na Glasurit do Brasil e Indústria de Tintas Suvinil, que, mais tarde, passou a ser Basf do Brasil. Em 2002, ingressou na gestão pública, na Prefeitura de Diadema, onde permaneceu até 2012. Em 2013, foi para a Prefeitura de São Paulo. Em 2015, foi convidado para a assessoria do deputado Luiz Fernando Teixeira. Atualmente, é secretário de formação no PT, em São Bernardo do Campo. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Isabel Polo Rodriguez atuou como diretora da Associação dos Aposentados Químicos do ABC, de agosto de 2000 a agosto de 2012. Atuou como diretora no Sindicato dos Químicos do ABC no período de 2003 a 2006. Continua participando ativamente das atividades promovidas pelo Sindicato dos Químicos do ABC. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - José Braz Sobrinho, histórico militante do movimento sindical, é anistiado. Atualmente é membro da Associação dos Aposentados do Sindicato. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - José Drummond, aposentado, é químico industrial e cronoanalista. Trabalhou em diversas empresas do ramo metalúrgico, têxtil e químico da região do ABC. Ocupou várias secretarias e funções na diretoria do Sindicato dos Químicos e foi dirigente em duas gestões da CUT São Paulo e CUT regional ABC. Participou da fundação da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT e foi secretário de Relações Internacionais em várias gestões. Foi eleito vice-presidente da CNQ, filiada à Federação Internacional de Sindicatos da Indústria Química e Diversos. Em 98, passou a exercer o cargo de assessor da Secretaria de Relações Internacionais da CUT. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Levy Gonçalves Ferreira é membro do movimento sindical desde 1992. Desde 2003 é 2º secretário da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas no estado de São Paulo. Em 2016, assumiu como tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Louveira. No período de 2008 a 2013 foi diretor nacional de assuntos previdenciários do Sindicato Nacional dos Aposentados. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Lucimar Rodrigues da Silva, desde 2003, trabalha na empresa UCI Farma, empresa farmacêutica localizada na cidade de São Bernardo do Campo. Ficou sócia do Sindicato dos Químicos do ABC no mesmo ano da sua admissão. Atuou como cipeira na empresa de 2004 a 2006. Entrou para a Diretoria dos Químicos do ABC em 2006. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Remígio Todeschini é trabalhador da área petroquímica do ABC e militante sindical desde 1976. Foi diretor do Sindicato dos Químicos a partir de 1982, tornando-se posteriormente coordenador da Comissão de Saúde e Trabalho do sindicato. Autor e coautor de diversos livros com a temática da luta dos químicos do ABC, Disat e coletivo de Saúde da CUT nacional. Atualmente, é pesquisador consultor na área de Saúde, Trabalho e Previdência. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Renato Zulato, ingressou no Sindicato dos Químicos de São Paulo, no final dos anos 80, oriundo da indústria plástica. Foi da executiva do sindicato, por um longo período, e atualmente está no 3º mandato na executiva estadual da CUT, coordenando a pasta de Finanças. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Rosana Souza Fernandes - trabalhadora química em uma indústria de transformação de produtos plásticos, desde abril de 97. Rosana entrou para a diretoria do Sindicato dos Químicos e Químicas de São Paulo, na eleição do ano 2000, ocasião em que compôs a coordenação política da entidade, coordenando a Secretaria de Formação Política e Sindical. Assumiu a coordenação da regional sul, da Confederação Nacional dos Químicos, e ao final deste mandato, foi eleita como 1ª secretária nacional da Juventude da Central Única dos Trabalhadores. Atuou na executiva nacional da CUT, através da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora, e atualmente na Secretaria Nacional de Combate ao Racismo. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Sheila Aparecida de Oliveira Onório, que entrou para a indústria química no ano de 2005. Trabalha como auxiliar de produção na empresa CCG Indústria de Cosméticos, na cidade de Diadema. Foi cipeira por um mandato, entrou na direção do Sindicato dos Químicos do ABC, em 2012, e desde então faz parte da comissão de mulheres do sindicato. Em 2015, foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Diadema. Atualmente, é conselheira suplente do mesmo conselho. Faz parte da comissão de Saúde dos trabalhadores e do coletivo de formação. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LAINE AMORIM CHAPADA - Sonia Helena Souza, que trabalhou por 15 anos na empresa do ramo de materiais plásticos Rotis Indústria e Comércio, localizada em Diadema. Sempre foi militante do Sindicato dos Químicos do ABC, e sempre atuou no chão de fábrica. Durante cinco anos foi delegada sindical dentro da Rotis. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Todo ano, reunimos, com a diretoria, os sindicatos, e selecionamos 14 pessoas para serem homenageadas. Na verdade, todos vocês, eu gostaria que se sentissem homenageados, através da vida deles, da luta deles, do trabalho deles. Uma salva de palmas a vocês. (Palmas.)

O Hélio fica me cutucando, porque temos um coquetel na sequência, e o Hélio está com fome. Eu vou correr, Hélio, calma.

Eu queria passar o microfone para o Raimundo, à minha esquerda, para que possa deixar as suas palavras.

 

O SR. RAIMUNDO SOUZA SUZART LIMA - Boa noite aos companheiros, companheiras, trabalhadores químicos do ABC, trabalhadoras, trabalhadores, militantes, e a todos os presentes aqui. Em nome do Luiz Fernando, eu queria cumprimentar a todas e a todos aqui na Mesa, e aos homenageados.

Luiz Fernando, você falou da crise e eu tenho certeza que os companheiros também vão falar. Mas, para nós, trabalhadores, estar aqui dentro da Assembleia Legislativa é um simbolismo muito grande. Temos falado de um governo que está no poder há mais de 30 anos. A indústria química é, com certeza, uma das maiores do estado de São Paulo, e este governo negligencia a indústria química e os trabalhadores da indústria química.

Além disso, vimos as cenas das trabalhadoras, dos trabalhadores e dos estudantes para entrar dentro desta Casa. Para nós, trabalhadores, quando um deputado nos dá o privilégio de estar aqui, poder sentar e participar ativamente da Casa - que era para ser do povo, mas não é do povo - ficamos muito honrados, Luiz Fernando.

Em nome dos trabalhadores químicos, eu quero dizer a você sobre a importância deste momento. Precisamos ter mais espaço nas Assembleias. Não adianta falarmos da crise no Brasil, se temos um Governo do Estado que pouco se importa com os trabalhadores e com os postos de trabalho.

Nós estamos falando da indústria química que tem o maior ICMS do Brasil. Muitas indústrias vão embora do estado de São Paulo devido ao ICMS. Estou vendo, junto com nossa companheira Telma e os químicos, a forma que este governo trata os professores na Assembleia Legislativa, que vota um projeto do Governo do Estado.

Precisamos, Luiz Fernando, ter mais deputados, ter mais espaço, para que as trabalhadoras e os trabalhadores possam participar. Queremos que esta Casa vire a Casa do povo, da trabalhadora, do trabalhador, dos trabalhadores químicos e de todas as categorias. Porque é disto que nós estamos precisando. Em nome dos trabalhadores e do Sindicato dos Químicos de São Paulo, eu quero agradecer.

Não tem o que dizer de um governo que hoje foi para a Rússia e sequer sabe dizer o que é a União Soviética. É este o presidente que nós temos. O que dizer de um presidente deste? Parece que o Brasil não tem assessoria, é uma vergonha atrás da outra com este ser humanos nos representando fora do nosso País. Não tem saída se não for com a derrubada deste presidente e eleições diretas já, porque não tem condição.

Companheiros, é preciso ter luta permanente. Dia 30 terá greve geral e nós vamos ocupar Brasília novamente. Com bomba ou sem bomba, com o Exército, com a Polícia Militar ou sem a Polícia Militar. As trabalhadoras e trabalhadores deste País vão resistir e não vamos deixar roubarem nossos direitos. Muitos pais e mães de família derramaram sangue ou perderam sua vida para garantir nossos direitos hoje. Portanto, a luta é permanente.

Viva às trabalhadoras e trabalhadores. E mais uma vez, Luiz Fernando, muito obrigado pela sua atenção a nós, químicos. (Palmas.)

 

O SR. LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Vou passar a palavra ao companheiro Hélio, para ele também deixar a sua mensagem.

 

O SR. HÉLIO RODRIGUES - Boa noite a todos, companheiras e companheiros. Queria saudar a Mesa, o Raimundo, o Chagas, a Telma da CUT, o Francisco Quintino, o Sérgio - nosso Serginho , da Fequimfar. Eu queria saudar a todos os companheiros que estão sendo homenageados na noite de hoje. Em nome da Rosana, eu queria saudar todas as mulheres e, em nome do Deusdete, gostaria de saudar todos os companheiros que estão sendo homenageados.

Não quero me estender em minha fala, porque sabemos do momento crítico pelo qual a organização dos trabalhadores está passando. Parabenizo, de novo, o deputado Luiz Fernando, por trazer a esta Casa o conjunto dos companheiros e das companheiras, trabalhadores químicos e trabalhadoras químicas, que fazem a riqueza deste País.

É muito importante, como o Raimundo falou, e simbólico, estar sentado aqui, hoje, nesta Mesa, para poder falar em nome dos trabalhadores químicos e trabalhadoras químicas do Estado de São Paulo. Saúdo meus companheiros da Fequimfar, que sempre foram parceiros em nossa luta. Neste momento, não há mais diferença se é da CUT, da Força ou da UGT. Somos nós que lidamos com os interesses da classe trabalhadora e que temos que ir às ruas defender o interesse da classe trabalhadora, independentemente da central que representa.

Foi isto que fizemos em Brasília. Encontrei o Raimundo na volta do bombardeio da Polícia Militar e todos os demais companheiros das centrais sindicais que estavam lá. O momento é difícil, mas, hoje, nesta segunda-feira, em uma sessão solene, viemos falar que os companheiros e companheiras do Sindicato dos Químicos de São Paulo, assim como os de todos os outros sindicatos, assim espero, estarão nas ruas amanhã.

Às cinco da manhã estaremos fazendo a panfletagem do esquenta da greve e dia 30 estaremos na greve geral. Não vamos nos curvar ao interesse do grande capital, que é esfolar a classe trabalhadora e transformar ela de novo em uma senzala. A Casa Grande quer que voltemos para a senzala e isso não é admissível em pleno século XXI.

Nós estamos aqui para chamar a classe trabalhadora a continuar na luta, independentemente do que vai acontecer. A reforma passando ou não, temos a obrigação de honrar nossos antecedentes e continuar lutando pelos trabalhadores. Temos uma frente parlamentar encabeçada pelo deputado Luiz Fernando, que é a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores.

Teremos uma atividade agora, em agosto, e vamos articular estas atividades em conjunto com o pessoal do Fórum contra a Terceirização e com o pessoal da universidade, para que continue viva a chama da luta da classe trabalhadora.

Não vamos nos curvar. Não é bomba, não é polícia que vai fazer com que arredemos o pé da luta pelos direitos dos trabalhadores.

Boa noite a todos, parabéns aos homenageados e, mais uma vez, parabéns ao deputado Luiz Fernando.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Agradeço ao Hélio e passo a palavra ao Francisco Quintino, que é diretor da Federação dos Químicos e presidente do Instituto Sindical Interamericano pela Promoção da Igualdade Racial.

 

O SR. FRANCISCO QUINTINO - Boa noite, deputado Luiz Fernando Teixeira, agradeço a oportunidade deste momento para dizer que, olhando daqui para lá, para aquelas cadeiras de cima, e olhando de lá para cá, percebo que existe uma absoluta maioria de negros e de negras presentes. Os restantes, com certeza, têm o pé na cozinha.

Também gostaria de dizer, companheiro Hélio, que, naquela atividade que fizemos dia 24 de maio, em Brasília, em meio a bombas e gás lacrimogêneo, eu fiz os três metros mais rápidos da história

Sou químico, operário de fábrica na minha cidade de Rio Claro. Tenho o meu presidente Serginho, da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, e o meu presidente Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical do Estado de São Paulo, que é meu chefe, porque eu sou secretário de Promoção da Igualdade Racial da Força Sindical do Estado de São Paulo.

Naturalmente, estando aqui, neste momento, eu sinto como se fosse um navio negreiro, onde o seu mandato, deputado, nos dá a oportunidade de trazer, na história dos antepassados dos negros e negras deste País, um momento, mesmo que seja breve, na Assembleia Legislativa. Com certeza, nós precisamos de muitos mais espaços e estes espaços são renegados - sobretudo, pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem uma tremenda dificuldade de entender quais são as pautas dos negros e negras do estado de São Paulo, que são negros e negras brasileiros.

Quero me dirigir, também, aos homenageados - sobretudo, à companheira Rosana. Na pessoa da Rosana, eu homenageio todas as mulheres que foram homenageadas - mulheres negras, guerreiras. Como foi dito aqui, nós passamos, de fato, por um momento absolutamente crítico, mas seremos sempre vencedores, porque a nossa história demonstra que é na luta, na garra e na determinação que vamos superando obstáculos. Não será um governo golpista que vai nos derrotar.

Boa noite e obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Quero passar agora a palavra ao sempre deputado que lutou muito em Brasília pelos trabalhadores da categoria química e também foi vereador aqui em São Paulo, o Francisco Chagas.

 

O SR. FRANCISCO CHAGAS - Boa noite a todos e a todas. Quero, em primeiro lugar, cumprimentar o nosso deputado Luiz Fernando T. Ferreira e parabenizar o caro deputado pela iniciativa. Aliás, eu fui um dos primeiros a receber esta grata homenagem.

Isto demonstra o quanto esta relação do movimento sindical com a luta parlamentar, legislativa e institucional é importante. Todas as conquistas que nós tivemos foram decorrentes desta aliança necessária entre a luta direta dos trabalhadores e a luta institucional. Deputado Luiz Fernando T. Ferreira, V. Exa. está fazendo isto com muito brilhantismo. Meus parabéns.

Quero cumprimentar meus amigos da Mesa. Cumprimento o Hélio e o Suzart. Em nome deles, cumprimento os demais. Em nome da Rosana, do Renato e do Deusdete, os homenageados, quero cumprimentar todos os presentes, das categorias químicas e de outras categorias.

Vou ser bem rápido. Todos estão falando da crise e é impossível passar por este microfone sem tratar dela. Esta crise que estamos vivendo talvez seja a mais grave e profunda que os trabalhadores brasileiros já enfrentaram.

Primeiramente, é um verdadeiro desmonte dos direitos que nós conquistamos ao longo de um século de lutas. Estamos vendo aquilo que foi conquistado nas greves de 1917 e 1919 ser retirado na mão grande. Isto não é simplesmente uma transferência de renda. É um assalto ao bolso, à renda, ao emprego, à vida dos trabalhadores brasileiros.

Eu tenho certeza de que, a exemplo do que já estão fazendo todas as categorias, bem como a Frente Brasil Popular e os partidos democráticos de esquerda, nós vamos enfrentar isto durante o tempo que for necessário. Posso dizer a vocês uma coisa: minha impressão é de que vai durar. Vai durar pelo menos até que nós tenhamos novamente, através do voto direto, a legitimação de um programa que represente os anseios do povo brasileiro.

Estes anseios, representados na última eleição, foram absolutamente golpeados. E permanece o golpe, embora aqueles que se apoderaram por via inadequada do poder central se constituam, hoje, muito mais como um grupo criminoso, assaltando o Brasil, transferindo as riquezas brasileiras, entregando nosso petróleo. Sempre quiseram dizer que somos muito parecidos com a Venezuela. Mas a diferença de nós para a Venezuela é que, aqui, essa quadrilha vacilante que se encontra hoje no Palácio do Planalto está entregando sem resistência o petróleo brasileiro. E, lá na Venezuela, estão resistindo. Esta é uma diferença muito grande.

Sou uma daquelas pessoas crentes e acredito que, com este grau de reação que já estamos tendo, no ano que vem vamos dar a volta por cima. Todas as pesquisas mostram que o nosso presidente Lula é a única liderança no Brasil, hoje, que consegue unificar minimamente a sociedade brasileira. Goste quem gostar. E o medo deles é exatamente este. A tentativa de obstruir a possível candidatura nos dá até um alerta. Nós podemos ter também o calendário institucional alterado. Não podemos fechar os olhos às possibilidades. E eles estão tirando todos os direitos conquistados.

Orgulho-me de que, ainda na Câmara Municipal de São Paulo, aprovamos o projeto de Farmácia Popular. E é o mesmo projeto que o Lula levou como um programa nacional para beneficiar milhões e milhões de brasileiros, como é de conhecimento público. Uma má notícia: a partir de agosto, os recursos para a Farmácia Popular serão suprimidos. Ou seja, quantos milhões de trabalhadores e trabalhadoras vão ficar à míngua, por necessitarem daquele atendimento que é muito importante para a saúde e vida das pessoas?

Mas tenho muita esperança de que, a partir do ano que vem, vamos dar a volta por cima, aliando luta popular, luta sindical e luta institucional. E vamos recuperar os direitos dos trabalhadores, já derramados no mar de lamas por estes golpistas. Mas, principalmente, vamos devolver a soberania popular ao povo do Brasil, porque sem democracia o povo não tem direito, não tem representação, não tem futuro. Parabéns, meu deputado. Muita sorte para Vossa Excelência. Continue nesta trajetória. Grande abraço. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT- Gente, para vocês terem uma ideia, estamos na Assembleia Legislativa de São Paulo, e só há um microfone. Eu gostaria de reclamar ao sistema de som, porque seriam necessários pelo menos dois. É verdade que eles não têm culpa, porque a Mesa, nos dias de sessão, desceu. Levaram, assim, toda a fiação para baixo. Cumprimento a Casa, mas poderiam ter deixado mais um microfone.

Eu gostaria, agora, de ouvir a representante da CUT estadual, a professora Telma, a quem cumprimento pela vitória à frente da Apeoesp novamente. Telma, eu podia fazer e podia não fazer. Vou fazer. Lançamos algumas frentes parlamentares aqui na Assembleia. O Hélio, o Chagas e o Raimundo estavam presentes, bem como o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Todas as correntes que existem na política estavam presentes.

Nós lançamos uma Frente Parlamentar em Defesa do Trabalho e do Trabalhador - Nenhum Direito a Menos. A única central sindical que se fez ausente foi a CUT de São Paulo. Então, eu queria, professora - você não tem absolutamente nada com isso, muito pelo contrário, você está aqui -, que você levasse o nosso protesto ao Sr. Douglas Izzo, para que priorize.

Foi um lançamento em que estavam todas as centrais sindicais, da esquerda à mais conservadora que existe. Estavam aqui, e ele estava ausente. Obrigado, Telma. Você está aqui, é representante da CUT, e a palavra está contigo, querida.

 

A SRA. TELMA VICTOR - Obrigada, Luiz Fernando. Boa noite a todos e todas. Eu quero, em nome da Central Única dos Trabalhadores, em nome do companheiro Douglas Izzo, presidente da nossa central e de toda a executiva da CUT São Paulo, cumprimentar a todos e todas aqui nesta noite especial.

Quero agradecer ao deputado Luiz Fernando por mais esta iniciativa. Luiz Fernando, que é um trabalhador do ramo químico, que esteve na base, que entende as nossas questões e as nossas dificuldades e que, neste momento, coloca aqui a possibilidade do reconhecimento de uma categoria tão importante, que é o ramo químico.

Nós, da Central Única dos Trabalhadores, temos 18 ramos de atividade, cada um dentro da sua importância e, sem dúvida nenhuma, o ramo químico, dentro da sua história de luta, que construiu ao longo desses anos, tem as suas bandeiras vitoriosas em todas as suas conquistas.

Infelizmente, eu não sei o motivo pelo qual o Douglas não pôde estar presente neste lançamento da frente aqui, Luiz Fernando, mas vou levar aqui a sua consideração ao companheiro.

Não vou aqui justificar, porque não sei o motivo, mas vou levar para ele. Realmente, é inadmissível, uma vez que a Central Única dos Trabalhadores, é do conhecimento de todos, está à frente na organização de todo este questionamento que tem, de todo este golpe que foi imposto à classe trabalhadora.

Eu gostaria de fazer um comentário aqui em relação ao presidente em exercício da República, que não me representa, porque, a partir deste final de semana, eu não tenho o costume de ouvir a rede golpista de televisão, mas ela começou a fazer a propaganda da Copa que se dará no próximo período, no ano que vem.

Eu acredito que o presidente, comprometido do jeito que é, deve estar lá na Rússia, talvez fazendo as suas reservas para poder participar. O que ele menos está preocupado é com o que está acontecendo aqui em nosso País. É o que os trabalhadores e as trabalhadoras estão enfrentando.

Nós estamos comemorando, neste ano, 100 anos da primeira greve do nosso País. Uma greve que foi construída dentro de uma luta e de uma organização desta classe de trabalhadores e trabalhadoras sofridos, que, ao longo de sua história, sempre estiveram unidos, independente de centrais, após a sua organização, a partir dos anos 80, em que nós construímos toda esta luta.

Eu gostaria aqui de cumprimentar, em particular, as minhas companheiras Rosana e Lucimar, aqui do ramo químico. Rosana, companheira da direção da CUT nacional, Lucimar, nossa companheira e guerreira do coletivo de mulheres da CUT, os companheiros cutistas, que têm aqui ao longo de sua história.

Eu sou professora, sou de Pereira Barreto, região de Araçatuba. Está aqui a Deisere, representando a nossa região. Eu sempre lembro, dentro do ramo químico, que, lá no interior, eu tive a oportunidade - e era o que tinha para estudar - de me tornar professora. Tenho honra dessa profissão, apesar deste Estado não valorizar os professores, que são os formadores responsáveis por todas as outras profissões que se estabelecem, e lamentar a não política pública do governo deste estado, sobretudo para a educação, para a saúde, para a habitação e para todas as necessidades dos trabalhadores.

Quero lamentar também que, aqui neste estado, não se valoriza a questão das indústrias, sejam elas químicas, metalúrgicas e todo o ramo. É isso que faz crescer. Nós somos o maior estado da Federação. Já tivemos arrecadações no estado, principalmente no período de 2012, 2013 e 2014, e que, neste momento, infelizmente, sobretudo para os trabalhadores da Educação, esta arrecadação não foi repassada em termos de valorização destes profissionais.

Quero aproveitar que tenho companheiros de luta do ramo químico e todos os outros trabalhadores que não medem esforços para apoiar a luta dos professores porque reconhecem neles o valor e a importância que têm. Quero aqui conclamar a todos os nossos ramos, a todos os nossos sindicatos, a todos os nossos representantes dos trabalhadores de todas as categorias. Nós precisamos nos unir e ocuparmos a maioria destas cadeiras que ocupamos hoje.

É um privilégio, mas esta Casa deixou de ser do povo há muito tempo. Aliás, ela nunca foi. Aqui só se passaram e só se estabilizam aquelas pessoas que querem os trabalhadores e trabalhadoras cada vez mais do jeito que estão querendo colocar agora: através do golpe, sendo escravos do trabalho, não sendo valorizados, tendo seus direitos cortados. Mas nós temos, aqui a firmeza, o foco e a fé de que nós venceremos todos estes ataques à classe trabalhadora.

Quero parabenizar os companheiros da Mesa. Temos várias experiências, tanto com o Raimundo, que é do ramo químico, através da formação da CUT São Paulo e da formação do ramo também. Companheiro Quintino, tive o prazer de acompanhá-lo na direção do Inspir, que é o nosso instituto onde fazemos todo o impasse em relação aos menos favorecidos, trabalhadores negros e negras desse País, que são diretamente atacados.

Quero agradecer a todos e, mais uma vez, parabenizar os homenageados. Deixo aqui um abraço da Central Única dos Trabalhadores. Contem sempre conosco. Diretas já, agora!

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Sérgio, você que sabe se o povo vai demorar para comer ou não, se você vai falar 40 minutos ou 15 minutos. Eu queria ouvir o Serginho, presidente da Federação dos Químicos de São Paulo e primeiro secretário da Força Sindical.

 

O SR. SÉRGIO LUIZ LEITE - Boa noite a todos e a todas. Quero cumprimentar o deputado Luiz Fernando T. Ferreira e todos os membros da Mesa. Um abraço especial a toda aquela lista de participantes lida pelo deputado, um abraço caloroso a todos que estão aqui presentes a esta justa homenagem aos trabalhadores químicos.

Em nome do Danilo, quero cumprimentar todos os homenageados desta noite, representando os trabalhadores do setor químico. O Danilo é o nosso presidente estadual da Força Sindical e está acompanhado de dois dirigentes da estadual, também, o Carlão e o Sales, dirigente da Força Sindical, e, lógico, os amigos da CUT, com os quais temos trabalhado muito conjuntamente, em várias ações do segmento, tanto a nível nacional como discutindo campanhas salariais, enfrentando, na verdade, esta crise, nas nossas campanhas.

Eu, logicamente, não vou frustrar nem a fome do Hélio, nem o finalzinho da novela do meu amigo Raimundo. Vou falar uma mensagem muito rápida para todos.

Primeiro, quero fazer um agradecimento pessoal ao senhor por esta homenagem aos trabalhadores, pela lembrança que fez do ano de 2016, quando foi lançada esta homenagem aos trabalhadores químicos. Felizmente, hoje, estamos prestigiando este evento, participando dele. Eu confesso que estou muito grato por esta justa homenagem, muito grato por sua iniciativa em relação a todos os trabalhadores químicos, por esta lembrança. Temos o Dia do Químico, o profissional engenheiro químico, químico industrial, que, aliás, foi ontem, se não me falha a memória. Agora, temos o Dia dos Trabalhadores Químicos. Quero, de coração, fazer esta homenagem.

Quanto à questão da crise, eu não quero massificar, mas quero fazer um paralelo. Já antes de 88, esta mesma categoria, quando a jornada de trabalho era de 48 horas semanais, antes da Constituição de 88, já tinha avançado, já era de 44 horas semanais. Tem muitos acordos. Por exemplo, no setor farmacêutico já é de 40 horas semanais. Em vários setores há acordos, diretamente com empresas do setor químico, de 40 horas semanais, ou até mesmo quando se trata de turno. Antes de 88, esta categoria já tinha garantias para a trabalhadora gestante. Foi uma conquista importante da nossa categoria para as mulheres, a proteção à maternidade. Ela tem um histórico de luta que não vai ser diferente agora.

Aonde quero chegar? É lógico que nós fizemos um 15 de março importante, de todas as centrais sindicais, depois fizemos um 28 de abril, talvez uma das maiores greves dos últimos tempos, que o movimento sindical fez de forma unitária. Fomos à Brasília debaixo de bomba, com toda a dificuldade, mas realizamos uma grande marcha, levamos a nossa indignação, o nosso protesto contra as propostas de reforma da Previdência e contra as propostas da reforma trabalhista.

Parece que aquele Congresso Nacional, com aquele Senado Federal, está completamente surdo. O Brasil está se derretendo, tem um governo que cai ou não cai, derramado em todo um processo de corrupção, talvez nunca visto na história deste País, mas a reforma trabalhista está caminhando a passos muito rápidos no Senado Federal e tem uma lei de terceirização já aprovada e sancionada pela Presidência da República.

Eu tenho certeza de que esta categoria - falava um pouco sobre isso com o Raimundo -, com esta organização, mesmo podendo pela legislação terceirizar a atividade-fim, vai ter que travar esta luta na base, não deixar terceirizar a atividade-fim. Nós vamos ter que levar esta luta dos trabalhadores. Existe a legislação, mas vamos ter que vencer na organização. Desafios que estão sendo colocados para o movimento sindical, vamos ter que enfrentar, como enfrentamos antes de 88, quando não tínhamos 44 horas semanais. Eram 48. Talvez, se os químicos e os metalúrgicos não tivessem lutado na Constituição de 88, não teríamos conquistado.

Então, nós vamos fazer a nossa lição de casa, sim, na nossa mobilização. E lógico, amanhã começam as panfletagens em todos os terminais de ônibus, de trem, de metrô no estado de São Paulo todo, no Brasil todo, chamando para grandes mobilizações, que não será só no dia 30. Serão mobilizações contínuas para que possamos, logicamente, se não conseguirmos evitar a votação no Senado, logicamente prepararmos nossa categoria para enfrentar estas propostas que tentam e querem retirar direitos dos trabalhadores. Mas não basta. Eles também querem acabar com a estrutura sindical, porque falar e quebrar o financiamento das estruturas sindicais e manter o financiamento da estrutura sindical do setor patronal, do Sistema S para mudar esta correlação de força, não tem nada de modernização de relações de trabalho. Possibilitar acordos individuais com os trabalhadores sem a participação do sindicato, não tem nada de modernização da legislação do trabalho. Proibir a Justiça do Trabalho de julgar - basicamente é isso que está no projeto - não é modernização de relações do trabalho. Isso é atrasar toda a conquista trabalhista que tivemos, no Brasil, nos últimos 100 anos. Sabe quanto tempo de debate teve a reforma trabalhista na Câmara? Vinte e seis horas para mudar mais de 200 artigos da CLT construído em todos estes 70, 80 anos de existência.

Então, é isso que está em jogo, mas nós também temos o nosso papel, que vamos exercer. Tendo ou não reforma trabalhista, vamos ter que travar esta luta na base, para segurar direitos dos trabalhadores.

Por isso, nesta homenagem aqui ao Dia dos Trabalhadores Químicos, vamos, na verdade, homenagear e já conclamar estes mesmos trabalhadores, porque vamos ter uma árdua luta pela frente, mas tenho certeza de que vamos vencer.

Obrigado. Parabéns a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE LUIZ FERNANDO T. FERREIRA - PT - Gente, então em atenção à fome do Hélio e à novela do Raimundo, e tendo esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece a todos os presentes, representantes dos trabalhadores da indústria química. Quero agradecer a minha assessoria, minha equipe, em nome da Susana, que esteve articulando com todos e brigando pelo currículo de um, confirmação de outro, sabendo que na última hora fulano não vem, beltrano vai, quero agradecer a toda a minha assessoria.

Vi agora alguns assessores do vereador Ferrarezi, e em seu nome, Paulo, queria cumprimentar a todos. O Ricardinho vai ficar com ciúmes.

Lembro que a sessão foi transmitida ao vivo pela TV Web, e será transmitida pela TV Assembleia no dia 24 de junho, às 21 horas.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades presentes, a toda a equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, de Atas, da Secretaria-Geral Parlamentar, do Cerimonial, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa, das Assessorias Policiais Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta sessão

Ao lado teremos um coquetel, queria convidar a todos para participar e confraternizar conosco.

Boa noite! Deus abençoe cada um de vocês.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 47 minutos.

 

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