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04 DE AGOSTO DE 2017

037ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA COMUNIDADE ALEMÃ 2017

 

Presidente: CÉLIA LEÃO

 

RESUMO

 

1 - CÉLIA LEÃO

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da Mesa e demais autoridades presentes. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene, a pedido desta deputada, na direção dos trabalhos, para "Comemoração do Dia da Comunidade Alemã 2017". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Alemão" e o "Hino Nacional Brasileiro". Cita diversas autoridades presentes. Enaltece o caráter e o trabalho da comunidade alemã no Brasil.

 

2 – KLAUS WILHELM LEGE

Presidente da Corporação Alemã de São Paulo, destaca as qualidades do povo alemão. Enfatiza a contribuição da comunidade alemã ao Brasil. Agradece os deputados Roberto Engler e Célia Leão pela promoção dessa sessão solene.

 

3 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Anuncia a apresentação do Coral dos Alunos do Colégio Benjamin Constant. Realiza homenagem a Sra. Úrsula Dormien, com entrega de flores.

 

4 - MAGDA VON GALEN

Diretora do Colégio Benjamin Constant, anuncia parabéns à deputada Célia Leão, pela passagem de seu aniversário em 03 de agosto.

 

5 – KLAUS WILHELM LEGE

Declara seu apreço e honra por presidir esta sessão em homenagem a comunidade alemã.

 

6 - AXEL ZEIDLER

Cônsul-geral da República Alemã em São Paulo, enaltece, in memoriam, a pessoa e o trabalho o ex-presidente da Associação Escolar Benjamin Constant, Sr. Stefan Graf Von Galen. Discorre sobre o relato "Viagem pelo Brasil", dos naturalistas bávaros Johann Baptist Von Spix e Carl Friedrich Philipp Von Martius, realizado no início do século XIX. Comenta as atividades culturais do Consulado Alemão em São Paulo.

 

7 - ECKHARD KUPFER

Diretor do Instituto Martius-Staden, palestra a respeito da imigração alemã para o Brasil, desde sua origem até os dias atuais.

 

8 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Realiza homenagem ao jornalista e diretor do Instituto Martius-Staden, Sr. Eckhard Kupfer, com entrega de diploma alusivo ao evento. Anuncia apresentação musical da Igreja da Paz Evangélico Luterano. Relata homenagem ao colégio Koelle de Rio Claro e ao colégio Rio Branco, com entrega de quadros ofertados pelo pintor Michael Peuser.

 

9 - MICHAEL PEUSER

Pintor, discorre sobre a história de Francisco II, pai da imperatriz Leopoldina. Agradece o apoio da deputada Célia Leão à comunidade alemã.

 

10 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Entrega ao pintor Michael Peuser diploma alusivo ao evento. Discorre sobre sua relação com esta solenidade.

 

11 - MAGDA VON GALEN

Diretora do Colégio Benjamin Constant, traça histórico da vida pessoal e profissional de Stefan Graf von Galen, ex-presidente da Associação Escolar Benjamin Constant.

 

12 - GUNAR WILHELM KOELLE

Diretor geral do colégio Koelle de Rio Claro, discorre sobre a história da instituição que dirige.

 

13 - PRESIDENTE CÉLIA LEÃO

Agradece a todos que colaboraram na realização desta homenagem. Discorre sobre seus laços pessoais com a Alemanha. Solicita um minuto de silêncio em memória a Stefan Graf von Galen, ex-presidente da Associação Escolar Benjamin Constant. Anuncia exibição de vídeo com depoimentos e imagens do homenageado. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Célia Leão.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Gostaria de, com muita alegria, iniciando os nossos trabalhos, agradecer a presença de todos, das senhoras, dos senhores, jovens, amigos e amigas, que vêm mais uma vez e de forma muito especial - absolutamente especial - a todas as sessões solenes que nós já fizemos em homenagem à comunidade alemã. Nesta noite que estamos começando, me perdoem alguns minutos de atraso, mas faz parte um pouquinho também do nosso Brasil, diferente da Alemanha, mas estamos tentando copiar a perfeição de vocês.

Começamos com muita emoção e alegria mais este momento que certamente vai marcar nos Anais da Casa e na história da Assembleia Legislativa. Eu queria convidar, com muita honra, as pessoas para comporem a nossa mesa dos trabalhos.

Com muita alegria eu queria, com uma salva de palmas, convidar o nosso cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Sr. Axel Zeidler, que chegue até a nossa mesa e sente aqui à nossa direita.

Com a mesma alegria, com a mesma emoção, alguém que faz parte desta e das outras sessões solenes que já realizamos aqui na Assembleia, ele aparece não só nas fotos ou nos vídeos, porque está sempre presente. Mas ele, de fato, faz coro com essa festa bonita. Então, com alegria, eu queria convidar aqui o nosso querido presidente da Cooperação Alemã em São Paulo, nosso Dr. Klauss Lege, venha conosco. Uma salva de palmas também ao nosso querido Dr. Klauss.

Queria convidar ela que faz parte e tem uma história diferenciada na comunidade Alemã, como uma grande mulher, em todos os sentidos, linda por fora e por dentro, uma mulher literalmente abençoada, tem uma história de vida que faz valer a pena ter um livro escrito. E que bom que podemos desfrutar da sua presença como diretora do Colégio Benjamin Constant, nossa querida professora Sra. Magda von Galen, com uma salva de palmas.

E queremos chamar agora aquele que vai fazer, em momento oportuno daqui a pouquinho, toda uma explanação, professor; conhecedor que é, com cultura e competência, nós queremos chamar o nosso diretor do Instituto Martius-Staden o nosso querido professor Eckhard Kupfer. Por favor, com uma salva de palmas o nosso Dr. Kupfer.

Essa sessão solene foi convocada pelo nosso presidente, deputado Cauê Macris, com a finalidade de comemorar mais uma vez o Dia da Comunidade Alemã, só que agora no ano de 2017. Eu convido todas as senhoras e senhores para que, em pé, possamos ouvir os nossos hinos, da Alemanha e do Brasil. Iniciando neste momento com o hino da Alemanha.

 

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- É executado o “Hino Nacional Alemão”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - E agora ouviremos o hino nacional brasileiro, na regência do maestro PM Gleidson.

 

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- É executado o “Hino Nacional Brasileiro”.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas aos nossos dois hinos, da Alemanha e do Brasil. Muito obrigada, estamos muito contentes com a presença dos senhores.

Dando continuidade então à nossa sessão solene, nós queremos registrar e agradecer a presença de todas as senhoras e senhores, mas gostaríamos de fazer aqui alguns registros do senhor Michael Peuser, que é artista plástico e pintor e que tem uma participação efetiva e importante na nossa sessão solene. Também representando o Coronel Nivaldo César, comandante-geral da Policia Militar, o Comandante Marcelo Streifinger, que está conosco nesta noite. Queremos também agradecer e registrar a presença do Dr. Flavio Holzchuh, diretor do colégio Imperatriz Leopoldina. Também do senhor Ingo Roger, presidente do Conselho Empresarial da América Latina. Do doutor Mauritius Vom Dubivitz, que é diretor de relações teuto-brasileiras e recursos humanos. Obrigada pela presença. Também do senhor Volkmar Ett, presidente da Electrocell, que está conosco. Agradeço a presença do Sr. Pedro José Winterstein, diretor-presidente do Colégio Rio branco de Campinas, da nossa cidade. Uma alegria recebê-los aqui. Também do nosso cônsul de assuntos culturais, senhor Sebastian Barnet Fuchs. Do Sr. Júlio Muñoz Kampff, presidente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, muito obrigada pela presença. Ao Sr. Jens Gust, cônsul-geral adjunto da Alemanha aqui em São Paulo. Muito obrigado, que eu tive o prazer de conhecê-lo agora a pouco. Também agradeço a presença do senhor Fabio Correa, que é gerente administrativo e financeiro do Colégio Rio Branco, também da nossa cidade de Campinas. Agradeço ainda a presença do diretor-sênior para América do Sul da Lufthansa Group, o Sr. Tom Maes. Muito obrigada pela participação e presença dos senhores. Outros registros serão feitos assim que chegar à nossa Mesa.

Eu queria, aqui então, de forma muito rápida, comunicar que esta nossa sessão solene está sendo transmitida ao vivo neste momento pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia pelo canal 7, Net e pela TV Digital no canal 61. Ou seja, nós estaremos mostrando esta sessão solene a todas as pessoas que estiverem conectadas nestes canais.

Eu queria aqui dizer a todas as senhoras e senhores que é uma sessão diferenciada hoje. Porque em todos os anos a emoção é nova. Alguns convidados, que bom, se repetem, e alguns chegam pela primeira vez. E eu quero dizer aqueles que estão aqui hoje conhecendo a nossa sessão solene, ela não poderia deixar de existir por algumas razões: primeiro, porque ela engrandece a Assembleia Legislativa. Os 93 deputados se sentem honrados em poder homenagear uma comunidade tão importante, respeitando todas as demais comunidades do mundo, mas tão importante quanto a comunidade alemã. Ela que faz o diferencial em uma estrutura de economia, educação, saúde, enfim, em uma estrutura de desenvolvimento. Sobretudo de desenvolvimento econômico. E se alguém faz um trabalho para o desenvolvimento econômico, Sr. cônsul, com certeza de forma direta faz um trabalho para o desenvolvimento social. E o nosso Brasil - que é um País bonito, de futuro, de esperança - embora estejamos vivendo um momento muito difícil, que nos dá vergonha, que às vezes nos dá o desalento, mas eu quero dizer aos alemães, a todos os senhores e senhoras, que o Brasil é um País bom. Um País que plantamos, é fértil e dá bons resultados, tanto que os senhores estão aqui. Os colégios alemães cada vez mais estão sendo procurados, não só pelas famílias alemãs, mas pelas famílias brasileiras, porque a cultura é diferente, a educação é mais forte. Então, nós precisamos da presença dos senhores aqui no nosso País.

Mas quero dizer também que além dos senhores fazerem o diferencial, nós brasileiros - acreditem - também podemos fazer. E podemos fazer à medida em que acreditamos em alguém que vem aqui investir. Um País que recebe a todos vocês, e milhares de outros alemães que não estão aqui neste momento, ou famílias de alemães que estão espalhados pelo Brasil, fazendo o Brasil ser melhor. Então temos esta sessão primeiro pela honra da Assembleia recebê-los, depois pelo diferencial que a Alemanha faz. E terceiro, pelos amigos que ao longo desses mais de dez anos a Assembleia foi conquistando. E é com este carinho, amizade, ternura que eu quero passar a palavra a ele, que faz parte desta caminhada, todas as sessões solenes, sem exceção, as que eu participei, presidi, todas elas o Dr. Klaus estava presente. Por isso, todas as fotos, vídeos, tudo o que a gente vê tem lá a presença do Dr. Klaus porque de fato é um homem que assumiu este trabalho de divulgar o que significa Alemanha no Brasil. Portanto, neste momento eu passo a palavra ao Dr. Klaus, muito obrigada. Podemos aplaudi-lo e ele vai se somar na tribuna de honra da Assembleia.

 

O SR. KLAUS WILHELM LEGE - Boa noite, nobre deputada do estado de São Paulo, Célia Leão. (Expressão em idioma estrangeiro) e cônsul de assuntos culturais, Sebastian Fuchs. Caros integrantes da aliança das associações e instituições de língua alemã em São Paulo, senhoras e senhores, Guten Abend. Em nome da aliança das associações e instituições de língua alemã em São Paulo, agradeço a presença de todos nesta sessão solene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para comemorar a imigração alemã em São Paulo e no Brasil.

A aliança é integrada por cerca de 60 institutos culturais, comunidades religiosas, escolas de ensino geral e profissional, clubes de esportes, clubes sociais, bem como outras entidades nas quais o idioma alemão é usado de forma predominante. Longe dos seus países de origem, os membros das associações e instituições de língua alemã têm conservado as suas características positivas, as que são geralmente peculiares aos alemães, tais como: confiabilidade, pontualidade e profundidade. Bem como a capacidade de organização, a consciência da qualidade e disciplina. Estas associações e instituições se baseiam no trabalho voluntário honorário não remunerado de seus membros. Exercem suas atividades com uma enorme quantidade de horas e significativos aportes financeiros próprios. Elas vivem da criatividade e iniciativa dos seus membros, seu trabalho é livre e absolutamente transparente. A diversidade presente das associações e instituições de língua alemã refletem o pluralismo praticado nos países de origem. Na contribuição para o descobrimento, conquista, colonização e construção, bem como para o desenvolvimento da nação brasileira, é levada em consideração a participação de todos os povos de língua alemã, austríacos, alemães Estados Unidos, alemães de Luxemburgo, Suíça, Rússia, por exemplo, do rio Volga e outras cristãos e judeus de origem alemã.

A contribuição alemã para o desenvolvimento do Brasil consiste em uma história de homens e mulheres que desbravaram regiões até então desconhecidas. Agindo com diligência e perseverança, colonizaram e pesquisaram, fazendo ainda hoje e certamente continuarão fazendo no futuro. Esses homens e mulheres foram e são envolvidos de alguma forma em associações e instituições de língua alemã. Um deles foi Stefan Graf von Galen, presidente do Colégio Benjamin Constant e representante da comunidade alemã no conselho estadual parlamentar das comunidades de raízes e culturas estrangeiras. Ele se engajou muito e conseguiu transformar o Dia da Comunidade Alemã, junto com o então deputado Romeu Tuma Júnior. O nosso muito obrigado ao Stefan Graf von Galen e ao deputado Romeu Tuma Júnior. Nossos agradecimentos também ao deputado Roberto Engler bem como a deputada Célia Leão por terem aceito o convite para dar continuidade a este evento ano a ano.

Façamos deste dia de hoje, o Dia da Comunidade Alemã no Brasil, o marco na história em todos os países, para que os nossos filhos e netos entendam e valorizem o passado destes imigrantes, seus avô e bisavôs, e transmitam para as futuras gerações a importância desta data, a importância de se preservar a língua, cultura e a tradição. Deixe-me terminar agradecendo a todos os dirigentes unidos na Aliança das Associações e Instituições de Língua Alemã em São Paulo pelo seu trabalho nos últimos anos. Agradeço ao Michael Peuser por sua atuação. Nossos sinceros agradecimentos a todos que prepararam esta sessão solene e também aos benfeitores que contribuem para o sucesso desta festividade. Nossos agradecimentos ao colégio Benjamin Constant, que continuará fazendo a sua parte na preparação do Dia da Comunidade Alemã.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Obrigada Dr. Klaus, parabéns pelas suas palavras, pelo seu sentimento e pelo seu compromisso. Não só obviamente com o seu país, mas com o nosso País, Brasil, e aqui dentro com a nossa comunidade alemã.

Eu queria agora, com muita alegria, convidar a todos para ouvirmos ela, que é diretora do colégio Benjamin Constant, professora Magda, que está conosco aqui, que traz a todos nós os alunos do colégio Benjamin Constant para apresentar o coral. Então, agora ouviremos o coral do colégio Benjamin Constant.

 

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- É feita apresentação musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Bravo. Parabéns. Uma salva de palmas a este coral magnífico dos alunos do colégio Benjamin Constant, onde a nossa diretora Magda se faz presente. Parabéns diretora Magda e aos alunos do colégio Benjamin Constant. Também a nossa maestrina Ângela e maestro Leo. Encantadores, com vigor; alegria; competência. Uma nova salva de palmas para que eles possam se retirar sendo aplaudidos, reconhecidos, homenageados. E convidamos, obviamente, a maestrina; maestro e alunos, que permaneçam, conosco para participar desta sessão. Meus parabéns mesmo.

Os senhores e senhoras que estão aí obviamente estão de costas ao maestro e maestrina. Então, peço ainda que fiquem uns minutinhos aqui os alunos, o maestro e a maestrina. Mas os senhores não estão vendo o rosto de ambos na hora de cantar, fazer a música; tocar é uma coisa impressionante, só quem vê é que pode contar. Vocês falam com o olhar, com o sorriso.

Então agora, permanecendo neste momento aqui, queremos fazer um momento muito especial desta sessão nesta noite. É um momento muito especial porque vamos chamar aqui uma pessoa que faz a história junto com todos vocês e na comunidade, ela que esteve à frente da aliança das entidades alemãs.

Uma coisa é nós vivermos cinco anos e realizarmos com criança muita coisa. Depois, aos dez, como adolescente. Depois aos 15, ainda como adolescente. Aos 20, já passando para a idade adulta. Aos 40 sendo produtivo por um país; nação, para a família, para os amigos. Aos 50, ainda sendo produtivos. Aos 60. Aos 70. Aos 80. E ela está chegando aos 90 - que daqui a pouquinho vai chegar - e continua absolutamente forte, vigorosa.

Eu queria, em pé, uma salva de palmas para a nossa querida Úrsula Dormin que vai receber agora flores pela sua história, trajetória, vigor, alegria, ensinamentos como amiga, maestrina. Por favor, junte-se a nós, ao nosso cônsul; professora Magda; Doutor Klaus, professor Kupfer, por favor. E vamos ter a honra de entregar a ela uma flor, singela, mas com todo o nosso amor e todo nosso reconhecimento.

 

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- É feita a entrega das flores.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Nós brasileiros, fazemos às vezes homenagens póstumas a todo e qualquer brasileiro de qualquer idade. Mas eu digo que é tão bonito quando podemos fazer homenagem assim, ao vivo e em cores para quem merece. Muito obrigada, professora Úrsula.

 

A SRA. MAGDA VON GALEN - Eu quero aproveitar e dizer para vocês que a nossa querida Célia Leão fez aniversário ontem e nós gostaríamos muito que o nosso coral e todos vocês cantassem parabéns a ela. E pediria também à Gabriela von Galen, que é neta do Stefan, que entregasse umas flores para você.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Isso não estava no script. Por isso que eu não estava entendendo porque que o coral tinha que ficar aqui, eu já queria mandar o coral para lá e não ia. Muito obrigada.

 

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- É cantado parabéns.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada a todos. Muito obrigada, é uma emoção. Aniversário é vida, não é? E vida tem que ser alegria. A vida é um dom, presente de Deus e todos nós, o tempo todo temos que agradecer por isto. Então, eu estou muito agradecida aos amigos. De forma muito especial a Magda, Klaus, esses amigos que fazem estas surpresas maravilhosas. E ainda o coral do Benjamin Constant, que encanta. Jamais vou esquecer este parabéns cantado por eles.

Eu queria, agora, passar a palavra a ele que é a nossa autoridade máxima nesta noite, aqui neste plenário que é oficial da Assembleia, onde os deputados fazem as suas deliberações; debates; discussões. Portanto, nossas sessões solenes são solenes mesmo, porque neste plenário onde estamos agora, só pode participar e permanecer fisicamente dentro dele os próprios parlamentares que são eleitos, obviamente, pela sociedade e representam os nossos 46 milhões de brasileiros estrangeiros que moram aqui em São Paulo e representam cada um dos senhores, independentemente da questão político-partidária. Hoje somos 23 partidos e 94 deputados.

Então, para nós, uma sessão solene tem um sabor especial, porque ela é feita neste plenário - que para mim, de forma muito particular - é um local sagrado. Um local onde viemos pela confiabilidade da população, do eleitor. Isso, para mim, tem um peso muito forte na minha vida. Nós, que estamos aqui já há sete mandatos, grande parte da minha vida eu passei aqui dentro, estou aqui dentro, prezo por isso, respeito, amo o que eu faço e agradeço a Deus, e ao povo de São Paulo também.

Uma sessão solene, para nós, tem um sabor especial, porque é o momento que entram aqui pessoas da sociedade que não estão vestidas de mandato e têm, assim como nós temos, a honra de participar deste plenário e usar a tribuna oficial desta Casa, porque política é uma coisa bonita, de Deus, sagrada também, porque estamos aqui, ou deveríamos estar, para representar o povo e ajudar a sociedade a melhorar a sua vida. Assim que eu tenho feito. Então, para mim, cônsul, estar aqui é um momento ímpar, sempre, todos os dias, ao longo destes anos todos que eu estou aqui, cada vez que eu entro neste plenário é um momento novo para mim. Agora, fica muito melhor; mais forte este meu compromisso de vida pública quando a gente tem uma pessoa como o senhor, uma autoridade máxima. Então, queria convidá-lo agora para também fazer uso da nossa tribuna oficial e transmitir suas palavras a todos os nossos convidados.

Uma salva de palmas ao nosso cônsul que agora, neste momento, vai se pronunciar. Muito obrigada.

 

O SR. AXEL ZEIDLER - Exma. deputada estadual, Sra. Célia Leão, eu não posso aceitar esta palavra de autoridade máxima porque para nós a autoridade máxima aqui nesta instituição são os deputados. Então, eu estou devolvendo esta palavra à senhora, muito obrigado.

Prezada Sra. Magda von Galen; Dr Lege; compatriotas e caros senhores e senhoras. Eu estou muito feliz em poder falar como cônsul-geral da República Federal da Alemanha em São Paulo, aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, festejar o dia da comunidade alemã neste local, tão especial, é um grande sinal de consideração à comunidade alemã. Por isso, dirijo o meu grande obrigado à vossa excelência, Exma. Deputada Sra. Célia Leão, que nos abriu as portas desta Casa e todos nós sabemos valorizar isso. Quer agradecer de coração ao senhor, prezado Dr. Dr. Klaus Wilhelm Lege pela organização. Além de ser incansavelmente engajado em seu trabalho, o senhor também organizou este evento este ano. Ainda no ano passado, sobretudo, o nosso querido amigo Stefan Graf von Galen, participou de forma muito engajada do Dia da Comunidade Alemã.

 O Dia da Comunidade Alemã é parte de sua herança, mas principalmente também pelo seu engajamento incansável e pela comunidade alemã em São Paulo, ele foi condecorado com a cruz de cavaleiro do mérito da República Federal da Alemanha. Toda a minha consideração e enorme agradecimento pelo empenho e contribuição no tratamento da representação da cultura alemã vão a ele, Stefan Graf von Galen. Todos nós, isso tenho certeza, recordaremos dele de forma muito especial.

Prezadas senhoras e senhores, eu quero olhar rapidamente para trás e para frente. Há quase exatamente 200 anos, em julho de 1817, dois jovens alemães, de 26 e 23 anos de idade, vieram para o Brasil. Eles influenciaram a imagem deste País no mundo todo por muito tempo, com esta exclamação: “Não, o Brasil e nenhum outro país no nosso mundo é o paraíso promissor tão sonhado em tempos remotos”. Exatamente, era Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius espalhando otimismo, munidos com muita euforia, justamente como tipos jovens da Baviera.

Durante três anos ele mediram e descobriram o Brasil. Percorreram 3 mil quilômetros e em 1823 publicaram sua obra, “Viagem pelo Brasil”. Uma obra de dois estudiosos universais, tão diversificada e rica como o próprio Brasil. Se nós, hoje, 200 anos após a chegada de Spix e Martius, festejamos a comunidade alemã, deveríamos recordar a curiosidade e o espírito pioneiro destes dois jovens bávaros daquela época. Nossa maior prioridade é contar da Alemanha de hoje aos brasileiros. O país colorido e diversificado. porque a juventude valoriza outras coisas do que há 20, 50 ou 150 anos atrás.

O consulado-geral e eu nos juntamos com este propósito, com ainda mais força e de forma bem consciente no ano passado. Organizamos um bloco próprio de carnaval, o bloco do alemão, com uma banda musical brasileira de estudante de arquitetura, bem como quatro DJs de São Paulo e Belém. Vieram, aproximadamente, 2 mil pessoas. Muitos jovens, mas também, alguns mais velhos. Eu também participei. Alguns já com a ligação à Alemanha, outros com interesse e curiosidade. Todos circularam, a maioria com bandeiras alemãs e maquiados com cores, dançando e comemorando pelo centro de São Paulo. Pela segunda vez, realizamos a semana da língua alemã. Isso quer dizer, na verdade, que os senhores prezados representantes do instituto Goethe, Martius-Staden, das escolas alemãs em São Paulo e do DAD, entre outros, organizaram consideráveis 120 eventos com uma intensa dedicação e enorme engajamento.

Mas em qualquer estado brasileiro, aqui em São Paulo. Tudo isso não nos surpreende. Com isso, também queremos despertar, nos jovens, entusiasmo para a língua e a cultura alemã. Meus especiais agradecimentos, mais uma vez, aos senhores que organizaram estes 120 eventos. E nós realizamos, pela primeira vez, as jornadas alemãs, as quais as instituições alemãs, em São Paulo, puderam se apresentar ao público. Para finalizar, fechamos uma rua em Pinheiros e cobrimos com grama artificial para festejar, um pouco, como belenenses no verão. Unidos uma semana, chamamos atenção da cidade. Talvez um pouco mais do que de costume. Queremos continuar isso com os senhores. Outros consulados-gerais no Brasil e a embaixada querem se unir a nós.

Os senhores e suas instituições, e também muito indivíduos, realizaram muito no ano passado. Meu grande reconhecimento e agradecimento por isso. Se olho para a diversidade das atividades alemãs ou brasileiras, nas áreas como pesquisa, economia, meio ambiente, direitos humanos e intercâmbio de culturas, chego a seguinte conclusão: tradições são importantes para se situar no mundo, viver a própria identidade, achar estabilidade.

Mas vamos continuar nos deixando contagiar com e contribuir para a impressionante diversidade do Brasil, tolerância e todos os desafios atuais, com a alegria de viver. E já participamos com o coral com a música brasileira que parece um pouco mais vivo do que nossa música. Então, vamos nos deixar contagiar com isso. Deixe-nos olhar para a geração jovem e o futuro. Sejamos todos mensageiros modernos da Alemanha no Brasil. E vamos trabalhar para que os benefícios, fascinação e alegria das nossas duas nações juntas sejam transmitidas para a próxima geração. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada. Uma salva de palmas efusiva ao nosso cônsul-geral da Alemanha, nesta noite, aqui. E eu vou receber do senhor, de volta, a autoridade máxima. Mas eu vou compartilhar. Porque, obviamente, hoje, eu me sinto aqui, neste plenário, num pedacinho da Alemanha. Muito obrigada. E neste pedacinho da Alemanha, quero dizer que a autoridade máxima é o cônsul, não o deputado. Eu quero registrar duas presenças: do senhor Gunar Koelle, presidente da escola Koelle de Rio Claro. Muito obrigada pela presença do senhor e da escola. Também do doutor Marcos Bitelli que é presidente da fundação Visconde de Porto Seguro. Muito obrigada pela presença. E também o senhor Christian Buelau - me perdoe o acento - que é vice-presidente da fundação também Visconde de Porto Seguro. Uma honra para nós recebermos, aqui, os nossos colégios alemães sediados aqui em São Paulo, em nosso estado. Lembrem-me, ao final, o que eu gostaria de dizer agora. É só falar isso.

Queremos, agora, também, com a mesma alegria, emoção, convidar uma pessoa muito importante para esta noite. Porque vai nos trazer a história, um pouco, nas suas palavras, aula, porque é um professor. Eu já o conheço, ouvi falando, conheci o conteúdo. Então, elegemos, nesta noite, até para dizer a todos os senhores e senhoras: para esta sessão solene acontecer, precisamos de muitas mãos, corações, inteligências, participação de várias pessoas. Não é tão fácil organizar uma noite solene e tão festiva quanto esta. Então, montamos um grupo de trabalho, que trabalhou bastante ao longo destes últimos meses para que nada pudesse sair errado. E pensamos em uma pessoa, além do cônsul - que é uma grande figura entre nós e já nos prestigiou com nossa fala -, que pudesse nos falar um pouco, mesmo que mais breve, uma palavra e mais que isso, uma palestra sobre toda essa história alemã. E não tinha outro no momento em que nós pensamos, conversamos, analisamos. Queria convidar, agora, nosso diretor do instituto Martius-Staden, senhor Kupfer, para fazer nossa palestra desta noite. Uma salva de palmas ao professor Kupfer. Muito obrigada pela presença e ter aceitado nosso convite.

 

O SR. ECKHARD KUPFER - Boa noite a todos. Desculpe-me se eu estiver repetitivo. Mas quero ter a oportunidade de cumprimentar, bem especialmente, algumas pessoas que para a comunidade, evento e país também é muito importante. Em primeiro lugar, Excelentíssima deputada estadual, Sra. Célia Leão, nosso senhor cônsul-geral, Axel Zeidler; Sebastian Fuchs; o presidente da corporação alemã em São Paulo, doutor Klaus Wilhelm Lege; prezado doutor Marcos Alberto Bitelli, presidente da nossa grande fundação de Visconde de Porto Seguro, senhora Evelyn Beck Matthes, diretora do colégio Imperatriz Leopoldina, que também leciona alemão e mantém esta língua viva.

E não posso esquecer algumas pessoas que me ligam. Por exemplo, o senhor Alfred, ex-presidente da fundação Colégio Visconde de Porto Seguro, amigo de longa data; e a querida Úrsula Dormin, com quem eu trabalhei mais de 15 anos, que, semanalmente, publicamos o Brasil Imposto.

A minha palavra, esta noite, como não poderia ser diferente, no instituto Martius-Staden, onde trabalhamos com a história, seria da imigração. Eu não quero falar sobre a imigração para o Brasil, mas chegar um pouco mais longe e falar sobre migração de pessoas, que já era um processo constante na época antiga. Tribos seguiam adiante quando a terra não oferecia mais suprimentos.

O historiador entende a migração de povos inteiros a partir do declínio do império romano entre os anos de 300 e 400 pós Cristo. Principalmente em épocas de guerra, os povos eram forçados a deixar os territórios onde estavam. Agora, me desculpem. Eu sempre faço um símbolo com a mão. Porque, obviamente, a tecnologia não permite que com o controle remoto eu possa conseguir acionar as imagens. Então, por favor. A época da guerra dos 30 anos, entre 1618 e 1648, historicamente, é um exemplo claro como etnias e povos tiveram de fugir das violentas tropas militares que circularam pela Europa.

Embora o início da disputa na Boêmia tenha sido motivado pela repressão dos protestantes, a batalha se espalhou fora das fronteiras e culminou numa disputa pelo domínio da região germânica entre suecos, franceses e império Áustria-Boêmia. O resultado de milhões de pessoas deslocadas. Além disso, a população europeia foi reduzida em um terço: de 18 para 12 milhões de pessoas. Proporcionalmente, a guerra mais brutal da história.

Um movimento de fugitivos tão numeroso, aproximadamente, na Europa, só ocorreu em guerra mundial. Com esta breve explicação, quis mostrar que os processos de migração, ou seja, a mudança de pessoas e povos de sua terra natal para outras regiões, sempre foram constantes na história. E, muitas vezes, foi cruzada por brigas, domínios de terras, regiões, países e por motivos religiosos. Novos aspectos surgiam a partir do século 19. Com a industrialização da Europa e catástrofes naturais, regiões inteiras mergulharam na miséria. Muitas vezes, até os sacerdotes, nas missas, aos domingos, aconselhavam as pessoas que quisessem sobreviver, a procurar o seu futuro no além do mar. O rápido crescimento da população causou, também, na Inglaterra e, sobretudo, na Irlanda, uma onda de pessoas procurando a sorte na América, com a esperança de uma vida melhor. Entre os anos de 1820 e 1850, a estatística mostra que cerca de 5 milhões de pessoas imigraram da Irlanda e Inglaterra para os Estados Unidos. O Estado norte-americano estava disposto a receber essas pessoas em função da sua expansão, território para oeste e sul do subcontinente.. Nessa mesma época, o Brasil declarou a sua independência, em 1822. E teve de se preocupar com a segurança de suas fronteiras no sul do país. Porque, por sugestão da imperatriz Leopoldina, o major Von Schäffer foi escolhido para aliciar europeus para essa finalidade.

Em troca, eles receberiam terras como tanto sonhavam na Europa. As primeiras 39 famílias chegaram no Rio Grande do Sul em 1824. Foram assentadas na mata, onde, hoje, se encontra a cidade de São Leopoldo, cujo nome é homenagem à imperatriz Leopoldina. Junto com as famílias, também chegaram indivíduos com caráter duvidoso, como prisioneiros de Mecklemburgo, que foram libertados, diretamente, da prisão. Schäffer não foi muito seletivo. Afinal, ele recebeu um prêmio por cabeça. A preocupação de Dom Pedro I foi assegurar a fronteira no sul do país, contra Uruguai e Argentina. A segunda leva de imigrantes chegou à Porto Alegre por volta de 1849.

Não se tratava mais de artesãos e trabalhadores do campo, mas de militares com patentes intelectuais que haviam participado da fracassada revolução de 1848 na Alemanha. A partir dessa data, estabeleceu-se ali uma vida cultural. Um major do exército alemão, por exemplo, criou um jornal de língua alemã. E inclusive, chegou a implicar a Assembleia de Rio Grande do Sul. Faça o favor. Em 1950, doutor Hermann Blumenau foi enviado pela colonização de Hamburgo para iniciar uma colônia às margens do rio Itajaí.

Após superar várias dificuldades, ele conseguiu atrair colonos para a região, entre eles, estavam o agrimensor Emilio Odebrecht e o naturalista Fritz Müller. Na mesma época, instalou a colônia Dona Francisca. Hoje chamada Joinville. Nome adotado em referência ao marido da princesa Francisca. Uma das pessoas que se destacavam foi o senhor Ottokar Dörffel, fundador da Kolonie-Zeitung, segundo jornal mais antigo da língua alemã no Brasil. E também um participante da revolução de 1848, na Alemanha.

Na mesma época, o dono de uma grande fazenda de café no interior de São Paulo, o senador Vergueiro, que havia trazido os primeiros imigrantes alemães para o Estado, em 1827, ressentiu-se da escassez de mão de obra pela impossibilidade de trazer novos escravos da África. Ele viajou, então, para Portugal, Suíça e Alemanha, para atrair pessoas através do sistema de contrato de parceria, que ofereciam, aos interessados, as passagens de navio, uma gleba de terra, mudas para plantio de café e sustento até a primeira coleta. A partir de então, os colonos tinham de pagar as dívidas que haviam acumulado. Em vários casos, haviam aumentado de tal maneira que os colonos ficaram impossibilitados de deixar a fazenda.

Acabaram tornando-se verdadeiros escravos brancos. O colono suíço Thomas Davatz, no entanto, conseguiu informar o cônsul do seu país, no Rio de Janeiro, sobre essa situação que havia se tornado insustentável. Isso acabou causando conturbações diplomáticas e como consequência, o parlamento da Prússia proibia o aliciamento de colonos para o Brasil em seu território. Esse decreto foi revogado somente em 1875. Não podemos esquecer os primeiros imigrantes para o município de São Paulo. Em 1827, chegaram 126 famílias no planalto. No extremo sul da cidade que, até hoje, chama-se subúrbio Colônia. Os protestantes permaneceram nesta região.

E somente uma greve de fome, em 1829, deu a eles o direito de terra e apoio financeiro. Os imigrantes de confissão católica foram assentados em Itapecerica. Com tudo, imigrantes europeus continuaram a chegar no Brasil. Nos anos de 1870, principalmente italianos, mais tal de libaneses, sírios e árabes; e no final do século, russos que estavam fugindo da revolução vermelha, que a partir de 1918, dominou o império russo definitivamente. Neste grupo, também chegaram alemães oriundos do sul da Rússia. Seguidores da religião menonita, que assentaram no vale do rio Krauel em Santa Catarina, e, posteriormente, se mudaram para o Paraná, mais conhecido, até hoje, o Município de Witmarsum.

No século 20, imigrantes alemães continuaram a chegar ao Brasil, porém em menor número. Isso começa a mudar, novamente, a partir dos anos de 1930, com a ascensão do regime nazista da Alemanha. Políticos contrários ao regime e cidadãos da religião judaica que eram perseguidos encontraram, no Brasil, uma nova pátria. A partir de 1938, no entanto, esses cidadãos passaram a sofrer uma nova repressão. Dessa vez, em função do processo de nacionalização pelo qual passava o Brasil e entrada do Brasil na segunda guerra mundial. O regime de Getúlio Vargas não diferenciava os alemães com simpatia ao nazismo dos que eram perseguidos em função da sua religião e convicção.

Agora, vamos falar sobre a imigração que aconteceu a partir de 1945. A Alemanha tornou-se um país de imigração. Milhões de alemães que viviam há muitas gerações na Rússia, Romênia, Hungria, Checoslováquia e partes da Alemanha ocupada pelo exército vermelho foram perseguidos e expulsos. Regiões do antigo estado da Alemanha foram transferidas para Polônia e Rússia. Como exemplo: a Prússia de Leste e Silésia. Muitos alemães fugiam, uma boa parte permanecia na Alemanha e se entregou. Mas houve, também, uma nova onda de imigração para o Novo Mundo.

Com o crescimento da economia alemã a partir da segunda parte dos anos de 1950 e, principalmente, nos anos de 1960, quando aconteceu o chamado Wirtschaftswunder, a república federal da Alemanha tinha grande escassez de mão de obra. Convidou trabalhadores de toda Europa, como Gastarbeiter. Muitos deles permaneceram no país. E hoje, fazem parte da sociedade alemã. Os filhos desses imigrantes são verdadeiros cidadãos alemães, assimilados e integrados, como pode ser visto na seleção de futebol alemão.

Embora seja politicamente difícil de avaliar e formar uma opinião a respeito do enorme movimento de imigrantes e querentes de auxilio que atravessam, atualmente, o mar Mediterrâneo, em barcos precários, à procura de uma sobrevivência ou passando por várias fronteiras entre Oriente Médio e países dos seus sonhos, é possível constatar que houve uma certa omissão por parte da Europa nos últimos anos no que diz respeito aos grandes conflitos, sejam na África, sobretudo Iraque e Síria. O desafio daqui para diante será, certamente, inédito. Porque os imigrantes do século 19 e 20 pertenciam à religião cristã judaica. O primeiro contato da Europa com o Islamismo em larga escala ocorreu na Inglaterra e França em função das suas polônias na África e Ásia, embora o islamismo, por si só, não seja uma religião agressiva. Um exemplo é a convivência com turcos na Alemanha desde os anos de 1970. Uma minoria radicalizou-se devido diversos conflitos no Oriente Médio, sobre o qual não quero entrar em maiores detalhes. E passou a executar atos terroristas cada vez mais brutais, atingindo o dia a dia de cada cidadão europeu. O grande desafio para a Europa, daqui para frente, será integração dos novos imigrantes da cultura europeia. Bem como fazer uso de toda a sua influência para acabar com a guerra na Síria. Certamente, grande parte das pessoas, provenientes dessa região não tem sonho maior do que voltar ao seu país de origem, se estiver em paz. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Obrigada, professor Kupfer. Uma salva de palmas. E, aproveitando, a vinda do senhor, queremos entregar um quadro de forma muito carinhosa, singela. Mas de homenagem da Assembleia Legislativa à sua presença, manifestação e palestra, onde todos nós aprendemos um pouco mais da Alemanha também no nosso Brasil. Por favor. E convido o senhor cônsul. Que nos ajude, então, na entrega do quadro, por favor.

 

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- É feita a entrega do quadro.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada. Dando continuidade, aqui, à nossa sessão solene, que já se encaminha para finalizar daqui a pouco - onde teremos, depois, um coquetel, oferecido pelo colégio Benjamin Constant - queremos, agora, convidar, com muita alegria, para ouvirmos e participarmos, neste momento, o que chamamos de banda. Na verdade, trata-se da reconciliação igreja da Paz. Obrigada pela presença. Na pessoa do senhor Rolf Petermann. Estou melhorando no meu alemão. Eu chego lá. Ouviremos, agora, então, a sua apresentação. Por favor. Podemos já fazer a apresentação que é a igreja da Paz Evangelho Luterano. Podem adentrar, por favor, para fazer a apresentação.

 

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- É feita apresentação musical.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Podemos aplaudir efusivamente estes jovens aqui conduzidos também pelo professor Carlos Roberto. Trazendo-nos este presente, nesta noite. Parabéns a todos os jovens que estão se apresentando aqui, neste momento. Para nós, uma alegria, um presente. Podemos aplaudir muito. Parabéns à igreja da Paz Evangelho Luterano, reconciliação igreja da Paz, Rolf Petermann, ao nosso querido professor Carlos Roberto, e nossos jovens cantores e tocadores. Parabéns para vocês, meninos e meninas.

Deem uma olhada para trás para mim. Só para dizer, a vocês, que são lindos e encantadores. Todos que estão aqui, são homens e mulheres, alguns não do Brasil, são da Alemanha. Outros, do Brasil, com família alemã. Meio loirinhos, como você. E fazemos a integração do Brasil e Alemanha. Porque tem muita coisa boa, bonita, assim como vocês. E Alemanha também tem muita gente boa, tecnologia, educação, saúde. Muita coisa para nos ensinar. Eles conseguem ser chamados de pais de primeiro mundo.

Mas o bom é que tem o velho ditado que diz que a grandeza de um homem está na sua simplicidade. E a Alemanha é assim. Eles são muito grandes. Mas simples. Vem para o nosso Brasil, gera emprego, renda, nos ajuda a crescer. Então, vocês vieram fazer uma festa muito bonita para este povo que merecemos e precisamos. Agora, nós que vamos aplaudir aos alemães. Vamos lá. Muito obrigada, professor Carlos Roberto e a todos vocês, jovens. Que continuem conosco. Vamos terminar daqui a pouco. Se puderem se posicionar para assistir ao final da sessão. Professor Carlos Roberto, coloque nossas crianças ali atrás, em algum canto que possam assistir isso. Por favor. Vale a pena fazer a sessão solene.

Todos os anos eu digo que cada ano é uma nova emoção. E por isso, Cristiane, que soltamos lágrimas. Este é o diferencial de um computador, tecnologia super moderna. E somos seres humanos. Muito bonito todas as suas lágrimas ao longo desta apresentação. Muito bonito mesmo. Dando continuidade, não dá para fazer a coisa toda certinha. Tudo oficial do começo ao fim. Temos sentimentos e temos de transformar em palavras, um pouco do que sentimos. Mas, agora, gostaríamos de chamar o nosso pintor. O senhor Michael Peuser, por favor. Para ofertar o quadro de sua autoria, da imperatriz Leopoldina ao colégio Koelle, de Rio Claro. Chamamos, à frente, então, o colégio Koelle, de Rio Claro, na pessoa do seu professor Gunar Koelle, por favor. Que esteja conosco. E também a presença do nosso querido pintor que vai fazer uma fala.

 

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- É feita a entrega dos quadros.

 

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O SR. MICHAEL PEUSER - Excelentíssima senhora deputada estadual Célia Leão, excelentíssimo cônsul-geral da Alemanha, prezados convidados da festividade do dia da comunidade alemã. Esta data festiva não pode passar sem que façamos uma justa homenagem às duas casualidades históricas fundamentais para o surgimento dos laços de amizade entre o Brasil e Alemanha. Trata-se da esposa do imperador Dom Pedro I, a imperatriz dona Leopoldina e seu pai, imperador Francisco II. Poucos no Brasil sabem que é pai da imperatriz Leopoldina.

O imperador Francisco II é totalmente desconhecido do povo brasileiro. Por isso, gostaria de contar um pouco sobre ele e por que ele é tão importante para nossa história. Ele foi o último imperador do Império sacro romano da nação germânica, que durou mil e seis anos. Esse império iniciou com a coroação do imperador Carlos Magno no ano de 800 e terminou em 1806, como imperador Francisco II. Foi a decisão dele que concedeu o matrimônio a sua filha, dona Leopoldina, selando uma nova era na história do Brasil, dando origem à imigração aos povos de língua alemão.

Dona Leopoldina casou-se em 13 de maio de 1817, com o príncipe do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Dom Pedro I. Devido à excelente educação intelectual de Dona Leopoldina, D. Pedro, que é seu marido, pudesse passar ocasiões de suas viagens, passou-lhe todos os poderes constitucionais para administrar o Brasil. Por ocasião de uma de suas viagens para resolver problemas de rebeliões na província de São Paulo, Dona Leopoldina, percebendo os anseios populares, estando na função de princesa-regente, decretou a independência do Brasil no dia 7 de setembro de 1822.

Com isso, a regente Leopoldina tornou-se a primeira governante do Brasil independente até o retorno de D. Pedro I. Ainda como princesa-regente, contratou o inglês Lord Cochrane, com a qual o Brasil pode se defender de invasores e manter a unidade do território nacional. Incentivou a vinda de cientistas e agricultores de língua alemã para o Brasil, ajudando a desenvolver economicamente o Brasil de uma colônia extrativista em uma nação. A Imperatriz Leopoldina faleceu aos 29 anos, e está sepultada na cidade de São Paulo, dentro do monumento da independência, às margens do córrego do Ipiranga. Uma homenagem a esta importante personalidade da nossa história, e para não cair no esquecimento, pois a Imperatriz Leopoldina foi a mãe da independência do Brasil. Temos o grande prazer de entregar hoje, em nome da comunidade de língua alemã, ao colégio Koelle de Rio Claro, um quadro da imperatriz Leopoldina.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Por favor, a entrega do quadro, de forma solene, e com um pequeno histórico também, parabéns ao colégio Koelle de Rio Claro, e o senhor Gunar Koelle que está conosco. E agora, queremos chamar também o colégio Rio Branco, que vai receber também das mãos do pintor Michael Peuser, também, um quadro. E chamamos o senhor Pedro Winterstein que vem aqui, por favor, para receber.

 

O SR. MICHAEL PEUSER - Conforme a nossa tradição, a entidade alemã que recebeu no ano passado o quadro da imperatriz Leopoldina, receberá hoje o quadro do imperador Franz II, pai da imperatriz Leopoldina.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas à entrega do quadro.

 

O SR. MICHAEL PEUSER - Gostaria de agradecer a excelentíssima Sra. deputada estadual Célia Leão, que há muitos anos está prestigiando a nossa colônia alemã com este dia da comunidade alemã aqui na Assembleia Estadual de São Paulo, e como gesto de imensa gratidão, desejamos presenteá-la com um quadro da Imperatriz Leopoldina.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Eu também? Hoje é a noite de homenagens. Muito obrigada. Nossa, o quadro é maior do que eu. Muito obrigada.

 

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- É feita a entrega dos quadros.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Não tem jeito, sessão solene é solene, mas a gente tem que sair do script, porque as coisas não são combinadas, tudo certinho. Nós tínhamos um grupo, fizemos toda uma estratégia para fazer a sessão solene, mas não tinha exatamente tudo, absolutamente tudo combinado. Então, eu de fato não sabia deste presente, que vou levar com muito carinho, vou guardar comigo, vou levar para minha casa, que é o lugar mais sagrado que a gente tem, o nosso lar, vou levar para lá.

Mas a gente também tinha trazido uma homenagem da Assembleia Legislativa para entregar ao Sr. Peuser, então eu vou entregar a ele agora, em nome da Assembleia, e pediria à Magda, ao nosso cônsul, Alex, ao Klaus, ao Kupfer, por favor, que entreguemos ao nosso grande pintor, que todos os anos homenageia os nossos colégios de São Paulo e do Brasil com esta grande história da imperatriz e do imperador, muito obrigada. Uma salva de palmas a ele.

 

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- É feita a entrega do diploma.

 

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A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Eu gosto de homenagem assim, ao vivo e em cores, para que guarde no coração das pessoas, e que o homenageado possa também levar o seu amor e seu carinho recebido. Eu queria agradecer também, fiquei muito feliz em reencontrar o professor Admir Morelli, que está no colégio Rio Branco, um grande amigo, um grande companheiro, parabéns ao colégio, parabéns também pela homenagem, muito obrigada pela presença.

Bom, agora estamos já chegando ao final, encerrando, e eu gostaria de pedir pra Gabriela aguentar um pouquinho mais o sono, viu, Gabriela, só mais um pouquinho, não dorme não que depois a gente vai comer gostoso, conversar, mas é que agora tem um momento muito especial. Esta noite é uma noite de festa, consequência de um trabalho sério, porque o trabalho da Alemanha com o Brasil é um trabalho sério, esta relação Brasil-Alemanha, ou Alemanha-Brasil, nós precisamos e temos tido respaldo de todos, cônsul Alex, e agradecemos por isso.

Então, esta sessão não é só uma sessão, é uma coisa que fica muito forte no coração da gente, fica gravado, filmado, mas fica muito forte, e ela não começou por acaso e nem comigo, foram outros dois deputados que levaram à frente alguns anos desta sessão, até o dia que eu fui presenteada, quase que por acaso, mas eu falo que Deus coloca sempre gente boa no meu caminho para eu tropeçar, eu tropeço em gente boa o tempo todo, sempre está na minha frente.

Uma certa feita, por dificuldade de um parlamentar, ele não podia fazer a sessão solene, e eu entrei para este plenário não sabendo quem eu ia encontrar e porque eu estava aqui. Eram vocês, alguns anos passados. Eu os assumi de coração, de verdade, com carinho, com amizade. Não é uma deputada fazendo uma sessão solene até logo, e vamos embora, não é assim. Isso, para mim, tem alma e coração, e o Klauss sabe disso, o cônsul Alex também já ouviu isso.

Nós somos o corpo, mas esta sessão sempre teve uma alma, para que acontecesse, fizesse convites, coquetel, enfim. Então eu queria passar a palavra agora para a Magda, nossa professora, diretora do colégio Benjamin Constant, uma grande mulher, como eu disse ao chamá-la, linda por fora e por dentro. Peço que, por favor, também nos dê a honra de ir à nossa tribuna e fazer a sua fala. Uma salva de palmas à Magda, com muito carinho, muita alegria e muito agradecimento, por favor.

 

A SRA. MAGDA VON GALEN - Excelentíssima deputada, minha querida amiga, Célia Leão. Senhor cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, senhor Alex Zeidler, senhor presidente da aliança das associações e instituições de língua alemã em São Paulo, doutor Klauss Wilhelm Lege; prezado Eckhard Kupfer; prezados membros da associação escolar Benjamin Constant aqui presentes, coordenadores, professores, colaboradores, pais, alunos e amigos do colégio Benjamin Constant, senhoras e senhores, boa noite.

Uma das personalidades que muito incentivou e participou com entusiasmo e determinação em diversas associações e entidades de origem alemã, para preservação da cultura e da língua alemã aqui no Brasil, o senhor Stevan Graf von Galen nos deixou em meados de junho deste ano. Nascido em 1945, me desculpem a emoção, em Rolândia, Paraná, estudou em colégio interno em Santa Catarina, e veio ainda jovem trabalhar em São Paulo. Fez faculdade de administração de empresas com ênfase em comércio exterior e trabalhou na área em diversas empresas de origem alemã, tais como Volkswagen, Henkel, Prensas Schuler. Casou-se em 1972, teve dois filhos e dois netos.

Ingressou como membro na associação escolar Benjamin Constant em 1984 e em 1986 assumiu o cargo de vice-presidente. Foi presidente da associação de 1998 a abril de 2000, e retornou em 2002, ficando à frente do cargo até 2017, quando adoeceu. O primeiro ato como presidente, em 1998, foi a reforma do telhado da sede. Neste ano, também fundou e sempre incentivou o grupo de danças folclóricas alemãs. Em 2001, organizou os festejos do centenário do colégio, e a partir deste ano, juntamente com os demais membros da associação, ampliou e atualizou as instalações da nossa escola. Apenas como exemplo, a restauração da fachada da sede em 2009 e a inauguração do ginásio poliesportivo em 2016.

Em julho de 2004, quando o Brasil festejou os 180 anos de imigração alemã, o senhor Stefan Graf von Galen, representante da comunidade alemã no Conscre, Conselho Estadual Parlamentar das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras, juntamente com o presidente da comissão das comemorações em São Paulo da imigração dos países de língua alemã, formulou um pleito ao então deputado Romeu Tuma Júnior, que os atendeu e criou o PL 196 para instituir no estado de São Paulo o dia da comunidade alemã, a ser comemorado anualmente no dia 25 de julho, projeto esse que se tornou lei estadual em abril de 2009. Em 2014, recebeu a cruz de cavalheiro da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha, pelo reconhecimento do trabalho voluntário, contínuo, durante décadas, no que se refere ao incentivo da língua alemã e as relações culturais entre Brasil e Alemanha.

Por anos acometido por uma questão de saúde, sempre mostrou força e determinação para seguir junto à família, amigos e ao colégio, mas a situação foi se agravando, e em 2017, foi a única luta que ele não venceu. Fica aqui a nossa admiração, e gratidão por tudo que ele fez por nós. Muito obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas à nossa diretora do colégio Benjamin Constant, nossa querida amiga Magda, falei que era uma mulher linda por fora e por dentro, podemos aplaudi-la com a emoção que cabe a todos nós, e que bonito assim é. Parabéns, Magda. Ainda bem que não é computador, computador a gente desliga da tomada, e gente, a gente não desliga o coração, até porque se desligar o coração, aí para, e a gente quer sempre que o coração fique batendo, bastante. Já estamos encerrando, mas antes de encerrar, eu gostaria de convidar, com muita honra, muita alegria, para nos presentear com a sua fala, tenho certeza que é rica e de agradecimento, ao nosso querido professor Gunar Wilhelm Koelle, do colégio Koelle. Por favor, que venha até a nossa tribuna fazer o seu agradecimento, em nome dos dois colégios que receberam nesta noite o quadro de nosso pintor, Michael Peuser.

 

O SR. GUNAR WILHELM KOELLE - Muito obrigado pela honra de me convidar para esta solenidade, e especialmente pela homenagem que prestam à nossa escola com este magnífico retrato da imperatriz Leopoldina, que certamente vai ter um lugar em destaque na nossa escola. Eu acredito que a maioria de vocês não conhece o colégio Koelle em Rio Claro, que estamos um pouco afastados do centro de São Paulo, e vivemos um pouco mais para o interior. Mas, a nossa escola tem uma característica própria, ela foi fundada pelo meu avô, que veio da Alemanha com 19 anos de idade, em 1883, e depois dele, veio a geração de meu pai, minha mãe, que, aliás, foi aluna da Vila Mariana Schuler, com o diretor, professor Keller, e trouxe a educação dela para contribuir com a nossa escola também.

E, depois da geração de meu pai, minha mãe, e 5 irmãs solteiras que trabalharam junto com meus pais na escola, com internato naquela época, vieram os filhos de Paulo e Luísa, que são Teodoro, Gunar e Ingo, que nós administramos a escola durante os últimos 40 anos. Eu já tenho 53 anos de atividade na escola, acho que sou um recordista, poderia competir com a previdência social que o Temer quer que seja implantada. Só para ser breve e localizar a nossa escola no contexto da imigração alemã, a história é a seguinte: no regime de parceria, que tão bem foi descrito pelo doutor Kupfer, o senador Vergueiro importou da Alemanha colonos para trabalharem na sua fazenda, na fazenda Ibicaba, que era uma fazenda enorme, maior do que o atual município de Limeira, e uma das maiores do Brasil.

O senador Vergueiro era uma das pessoas mais importantes do governo imperial. Vieram então muitas famílias do sul da Alemanha, da Suíça e austríacos também, para as fazendas do senador Vergueiro, Ibicaba e outras fazendas vizinhas, de outros fazendeiros. O regime que foi adotado lá, como descreveu o doutor Kupfer, era o de que quanto mais eles trabalhavam, mais deviam à fazenda, e criou-se um mal-estar muito grande nessa região em volta de Rio Claro e Limeira, tanto que o professor que trabalhava na fazenda Ibicaba, o professor Thomas Davatz escreveu um livro que foi publicado em 1850, e também o embaixador da confederação helvética publicou um livro, uma obra de 6 volumes descrevendo e criticando a situação dos imigrantes que se encontravam nessa região no interior de São Paulo.

Foi então que, em 1869, a missão da Basiléia, Basler Mission, resolveu enviar um missionário para a província de São Paulo, para reagrupar os imigrantes de língua alemã que eram na sua maioria também luteranos, em comunidades, formando igreja e escola para aquelas pessoas que, do contrário, iriam se acaipirar em breve tempo. Johann Jakob Zink veio então em 1869, ele foi enviado pela missão de Basiléia, que lhe pagou a passagem de navio à vela naquela época, levou 6 semanas para fazer a travessia, e recebeu uma verba para as primeiras despesas, equivalente a 10 dólares, então quando ele chegou ao Rio de Janeiro, os 10 dólares já tinham acabado, e ele ficou bastante perdido lá. Naquela época, as viagens eram feitas por terra, à cavalo, em lombo de burro, mas ele acabou indo para Limeira, que era a principal cidade, para fazer este trabalho de aglutinação dos imigrantes alemães. Rio Claro se tornou uma cidade muito importante em 1875, mais ou menos, porque a grande produção de café era feita naquela região.

Este café era exportado para o exterior através do porto de Santos. Foi então construída uma estrada de ferro até Jundiaí, que foi inaugurada em 1869, que chegou em 1872 a Campinas e 1875 a Rio Claro. Com isso, quando a estrada de ferro chegou a Rio Claro, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro instalou lá as oficinas de manutenção dos trens da estrada de ferro, e esses alemães e suíços que estavam nas fazendas, todos migraram para a cidade de Rio Claro e foram trabalhar nas oficinas da companhia paulista, porque na realidade eles não eram agricultores, uma grande parte eram artesãos, tecelões, padeiros, e de outras profissões também. Então, em 1883, havia mais de 200 famílias residindo em Rio Claro, num bairro que até hoje se chama Vila Alemã.

E o Johann Jakob Zink iniciou uma escola em Rio Claro, e colocou como professor o seu irmão que era tecelão também, Adam Zink, só que o Adam Zink não entendia absolutamente nada de escola e pedagogia, então sua atuação foi um fracasso, e o Zink colocou um pequeno anúncio num jornal na Alemanha, ao qual respondeu um jovem professor de 19 anos, chamado Theodor Kölle. Theodor Kölle chegou a Rio Claro e iniciou suas atividades numa escola que tinha 12 ou 15 alunos e numa única sala, então iniciou seu trabalho no dia 3 de dezembro de 1883.

É uma data que consideramos até hoje como a real fundação da escola. O Kölle veio para o Brasil com um contrato de 5 anos, e depois disso iria voltar para a Alemanha. O enorme salário que ele iria receber era de 50 marcos por mês, e pensão livre na casa do missionário Zink. Aconteceu então que ele se apaixonou pela filha mais velha do missionário Zink, com quem se casou e teve 12 filhos. Esses 12 filhos eram 9 mulheres e 3 homens. Entre os homens, o mais velho era meu pai, e todos esses filhos eram enviados, com 11, 12 anos, para a Alemanha, ficavam lá 10 ou 15 anos, e voltavam formados pelas universidades alemãs.

Meu pai também foi para lá com 12 anos de idade, voltou com 25 anos de idade. Daí um fato pitoresco também, nas famílias luteranas e alemãs, havia uma regra que só foi quebrada quando eu me casei, que os filhos só podiam casar com alemão luterano, porque acreditava-se que lá em cima, São Pedro não entendia outra língua que não fosse o alemão. Então, as 9 filhas foram se casando, a primeira casou-se com um engenheiro alemão que ficou viúvo com 6 filhos, e ele então produziu mais 6 filhos com a nova esposa, 12 filhos. Como ele morava lá na serra, numa fazenda ao longo da serra, ele mandou todos os 12 filhos para Rio Claro para serem educados pelas irmãs solteiras da sua esposa.

A segunda e a terceira filha se casaram com professores que atuavam na escola, e que brigaram com o sogro depois. Aí, a quarta, quinta, sexta, sétima, oitava e nona, resolveram que não iriam mais casar, elas preferiam ficar sozinhas do que mal acompanhadas, e nós então tivemos, meu pai teve a colaboração de 5 irmãs solteiras que viveram toda essa época, de 1925 até 1960, fazendo trabalho na escola. O colégio agregou um internato em 1910, que funcionou até 1989, 80 anos. Esse internato recebeu muitos alunos do Brasil inteiro, e muitas crianças alemãs, principalmente depois da segunda guerra mundial, porque os alemães abandonaram a Alemanha, que estava numa situação de demolição total, e vinham para o Brasil só com uma trouxinha e os filhos nas mãos.

Mas era gente altamente qualificada que logo conseguiu emprego em São Paulo, mas no início o próprio consulado-geral de São Paulo recomendava que eles mandassem os filhos para Rio Claro, para o internato. Então, tivemos muitos filhos desses alemães no pós-guerra, mesmo porque as escolas alemãs de São Paulo haviam sido fechadas durante a segunda guerra mundial, e não estavam em funcionamento pleno ainda. Mas, ao longo do tempo, evidentemente, as coisas foram mudando, hoje somos uma escola com mais de mil alunos, que serve Rio Claro e toda a região em volta de Rio Claro.

Felizmente, conseguimos avançar todos os anos com o progresso da tecnologia, da informática, e hoje gozamos de um bom prestígio em Rio Claro e região, com alunos de toda a região de Rio Claro. Rio Claro não é uma cidade com empresas alemãs, então não temos uma demanda pela língua alemã que justifique a inclusão da língua alemã no currículo normal da escola. Mas, mantemos um centro de idiomas em que continuamos dando aulas de alemão para aqueles que se interessam, e acreditamos que isso seja um mérito de, em 134 anos de existência, nunca a escola deixou de ensinar alemão, então isso é uma tradição que pretendemos manter nos anos futuros também. Então, com essa breve explicação, eu queria justificar minha ausência aqui, senão o povo vai dizer: “Por que ele está recebendo um retrato da imperatriz Leopoldina?” Mais uma vez, muito obrigado, e obrigado a todos vocês também.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Muito obrigada, senhor Koeller, agradecemos a fala e a presença do senhor e do colégio. E agora então, encerrando a nossa sessão solene, eu vou pedir para a Gabriela aguentar mais um pouquinho, viu, Gabriela, agora é rapidinho. Está parecendo fala de político, ? Que fala e não cumpre, ? Mas agora é rapidinho. Eu quero voltar à Magda, se assim posso chamá-la, que é nossa diretora do colégio Benjamin Constant, e tem muita história para contar, e muitas lágrimas para derramar com todos os direitos que lhes são cabidos.

Com esta minha fala, vamos passar um vídeo e depois vamos literalmente encerrar e passar para o coquetel, até pelo adiantado da hora. Mas, eu queria aqui só registrar, primeiro, duas coisas, porque eu não vou fazer isso ao final, vou fazer agora. Gostaria de agradecer a todos aqueles que nos ajudaram, para que a gente chegasse nesta sessão solene mais uma vez, com uma presença maciça de amigos e amigas, senhoras e senhores importantes, de toda a comunidade alemã, de colégios, da cidade de São Paulo, do interior, a gente fica muito agradecido.

Então, primeiro agradeço a todos aqueles que colaboraram conosco, para que esta sessão pudesse acontecer. Reitero, para que não percam, que ela vai ser retransmitida no domingo agora, dia 6, às 21 horas, pela TV assembleia, pela TV NET no canal 7, TV digital canal 61, e TV Vivo canal 9, que assim a gente não perde nenhum instante desta sessão, quem quiser assistir novamente, ou passar para que outros assistam. E por fim, digo que as nossas fotos e vídeos tirados aqui, além dos oficiais, estarão na minha página, no meu Facebook, quem quiser pegar, por favor, para nós é uma alegria, fiquem muito à vontade, muitas das gravações, vídeos e fotos vão estar lá.

Então, feita esta explanação, eu disse que ia falar uma coisa naquela hora, que eu não falei, cônsul Alex, e só quero dizer agora, por que a Alemanha, para mim, além de tudo, é importante, dentro daquilo que eu prego e prezo aqui para vocês. Palavras convencem e o exemplo arrasta. O Stefan sabia disso, e me ajudou muito nisso, no carinho dele. Eu tenho um filho, que hoje está no Brasil, mas ficou um ano e pouco na Alemanha, e ficou em Münster, que é a cidade literal da família dele. Foi assim que nós estreitamos nossas relações, Klauss, por conta deste meu filho na Alemanha.

E depois, ele não me dava mais sossego, que coisa boa, da amizade, a participação desta sessão. E se não bastasse isto, eu tenho outro filho, que não foi, mas está se organizando para talvez ir. Hoje eu comentei com uma pessoa, e esta pessoa falou para mim: “Célia, você não sabe o que é um filho viver longe.” Eu falei: “Posso imaginar.” Nem falei, eu pensei. Meu filho está no quarto ano de residência no HC, ele é cirurgião, e tem um sonho, talvez com a noiva, que também estudou no Porto Seguro, ambos estudaram e falam alemão, ela fala melhor que ele, de morar na Alemanha.

Então, só estou contando isto de forma breve nesse encerramento, Cristiane, para dizer que tenho muito a ver com a Alemanha. Um já foi e voltou, e o outro, se quiser, vai com a minha benção, mesmo com saudades, porque tenho certeza absoluta que é um país maravilhoso e vai poder ajudar muito no crescimento e na formação do meu filho, e da minha nora. Então, com isso, eu quero encerrar minhas palavras, dizendo a vocês que nós somos o corpo, mas o Stefan sempre, para mim, foi a alma. Estamos aqui com o Francisco, do Restaurante Windhuk, ela quer que eu fale isto com uma facilidade.

É o Francisco e o Alfredo. Quantas não foram as noites que nós fomos lá, e uma delas que eu não pude entrar porque estava apressada, tomei um copinho de cerveja na porta do carro, porque tem que tomar a cerveja. Este era o Stefan, uma pessoa absolutamente diferenciada, querido, despojado, amigo, brincalhão, e comprometido com a Alemanha, com a comunidade alemã, com o Brasil, com o colégio Benjamin Constant, ele fez a gente gostar de tudo isso, ele fez a gente gostar do colégio, da Alemanha, do alemão, de vocês, conhecer vocês, fazer coquetel, gostar do Klauss, trazer o cônsul.

Então, eu queria pedir, neste encerramento de sessão, se nós somos o corpo e ele a alma, eu vou passar um vídeo de 6 minutos, e encerramos. Vamos para o coquetel, nas laterais, por detrás, onde vocês estão sentados, mas eu queria pedir que ficássemos em pé e fizéssemos um minuto de silêncio em memória do Stefan von Galen, que sempre foi a alma desta sessão solene, em todas as outras versões passadas, por favor. Eu pediria que todos se sentassem, e que já colocasse, por favor, o vídeo, e ao final do vídeo, encerraremos. Queria convidar também, ele que é uma das, não diria o único, certamente para uma sessão solene como essa, contamos com muitas almas, corações e pessoas competentes, mas sem sombra de dúvidas, se somos o corpo, ele literalmente é a alma dessa sessão solene.

Então, com muita alegria, uma salva de palmas, para nós recebermos o Stefan Graf von Galen, presidente do colégio Benjamin Constant, e grande responsável por esta noite maravilhosa, muito obrigada, querido Stefan, nosso presidente do colégio, diretor do colégio Benjamin Constant. Então, agora, eu quero agradecer a salva de palmas pelo vídeo, tenha certeza de que foi feito com muito amor, e tem a ver com Stefan também, e é para ele. Nosso querido presidente, diretor do colégio Benjamin Constant, que eu convido para fazer o uso de nossa tribuna de honra, por favor. Uma salva de palmas ao nosso diretor, Stefan Graf von Galen. Pode aplaudir, é o nosso diretor, imagina se não. Só não sei se vai ter um ponto a mais na média da nota, mas pode aplaudir.

 

O SR. STEFAN GRAF VON GALEN - Querida Célia, pelas fotos, eu já percebi que eu estava sendo direta ou indiretamente homenageado. Direta, porque na época, você me pediu uma ajuda para seu filho lá em Münster. Consegui uma moradia, ajudei, não tanto quanto eu queria, mas eu acho que ele gostou, e Münster é a cidade natal do meu pai, da minha família, então me emocionou bastante, muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Uma salva de palmas ao nosso querido diretor Stefan. E não foi mais ou menos, foi tudo que ajudou, e ajudou muito, reconhecemos para sempre.

 

O SR. STEFAN GRAF VON GALEN - Prezada deputada e amiga Célia Leão, prezado senhor Jens Gust, cônsul-geral adjunto da república federal da Alemanha, neste ato representando o cônsul-geral, senhor Zeidler. Prezado senhor Lege, presidente da corporação alemã de São Paulo, prezados senhoras e senhores. Pela décima primeira vez estamos promovendo este evento para comemorarmos o dia da comunidade alemã e sua imigração para o Brasil há 191 anos atrás.

Neste ano, não vou falar sobre a imigração e sim sobre as preservações dos valores, ou seja, a língua, cultura e tradição alemã, que os nossos antepassados trouxeram para cá e nos deixaram como herança. Eu tenho, nestas últimas 3 décadas, me envolvido muito com esse tema, principalmente através do colégio Benjamin Constant, e constatado com muita tristeza e preocupação que a preservação, a continuidade deste trio, língua, cultura e tradição, está se perdendo. A língua nem tanto, pois o Benjamin Constant, como os outros colégios alemães e o Instituto Goethe continuam a ensinar o idioma alemão, mas quanto à cultura e tradição, não se pode dizer o mesmo. Com isso, queremos garantir a continuidade do ensino do idioma alemão e preservar o legado que nossos pais, avós e bisavós nos deixaram, obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - CÉLIA LEÃO - PSDB - Meu querido Steve leva nosso carinho para nosso irmão Laurence, que não está aqui, um beijo no Nicolas também, Gabriela, você leva o beijo para o Nicolas, está bom? Eu queria dizer à minha querida Cristiane, que ainda bem que a gente não é computador, é muito interessante, importante nosso trabalho, mas ainda bem que a gente é gente. E dizer à Magda, que é esta grande mulher, por fora e por dentro, e dizer a todos vocês que é uma sessão, é oficial, é solene, mas tem muito mais do que isso aqui.

O seu pai era a alma desta sessão, nós vamos continuar com o esforço e com amor do Klauss, que o tempo todo esteve presente querendo fazer parecido, porque ele sabe que igual a gente não vai fazer, não é, Klauss? Nosso querido Kupfer, nosso querido cônsul que traz aqui a Alemanha junto do coração, do Stefan, para sempre. E cada um de vocês, amigas e amigos. Passamos todos os limites do horário, mas penso que tem coisas mais importantes que o tempo, é o que a gente pode viver, e, mais do que isso, o que a gente pode sentir. Então, estou muito agradecida a vocês, à Alemanha como um todo, ao Brasil, neste trabalho conjunto, e ao meu Rodrigo, que sumiu, não sei onde está, é o filhote que vai, está ali escondidinho, em pé, na porta.

Só para dizer a você, filho, que na vida da gente, vale exatamente a vida, e a gente sabe o que é não ter o Stefan hoje aqui, mas a gente sabe o que é continuar lutando para a gente ser feliz e fazer com que outras pessoas sejam felizes. Para mim, vocês são um presente e espero poder estar aqui em 2018 para novamente trazermos aqui a alma do Stefan e fazermos mais uma sessão solene. Muito, mas muito, mas muito obrigada mesmo, por vocês estarem aqui, por vocês existirem, e obrigada, Klauss, em seu nome, agradeço à toda comunidade, todos os homenageados, todos os presentes, todas as flores, a Úrsula com seus 90 anos, e vai chegar aos 190, Úrsula, para a gente continuar aqui presente fazendo essa festa.

Uma salva de palmas a todos vocês, e uma salva de palmas ao nosso sempre Stefan, muito obrigada, cônsul, muito obrigada, Magda, muito obrigada Klauss, Kupfer.

Estão encerrados os nossos trabalhos e a nossa sessão, e vamos para o coquetel. Os vídeos e as fotos, lembrem-se, vão estar na nossa página para quem quiser pegar.

Esgotado o objeto da presente sessão, a Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários dos serviços de Som, da Taquigrafia, do serviço de Atas, do Cerimonial, da Imprensa da Casa, da TV Legislativa e das Assessorias das Polícias Civil e Militar, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta cerimônia.

Uma boa noite a todos.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 40 minutos.

 

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